Viking metal é um sub-gênero do folk metal, power metal, e black metal com influências da cultura e da mitologia nórdica. Traz em sua música menções à Era Viquingue e às conquistas épicas. Expressam em suas letras crenças e sagas viquingues, assim como também o fazem em relação à parte artístico-visual das bandas. As letras das músicas são escritas em inglês e também em idiomas nórdicos. A sonoridade do estilo é caracterizada de acordo com o sub-gênero do heavy metal seguido, podendo soar com uma essência heavy metal, death metal, black metal, etc. Outro fator de grande influência na sonoridade do viking metal é o elemento folclórico musical, pois muitas vezes são utilizados instrumentos tradicionais do norte europeu, assim como algumas estruturas musicais que são características da música folclórica nórdica.

Viking metal
Origens estilísticas
Contexto cultural Início da década de 1990 na Europa, principalmente nos Países Escandinavos
Instrumentos típicos Bateria, Baixo, Guitarra, Vocal, Teclados
Popularidade Underground; Escandinávia
Formas regionais
Noruega, Suécia e Finlândia
Outros tópicos
Bandas  • Viquingues  • Mitologia nórdica

História

editar

A banda Bathory, de Quorthon, em sua segunda fase, criou o viking metal.[1] Foi na metade de sua carreira, durante o final dos anos 80 e início dos 90, que os majésticos álbuns Blood Fire Death, Hammerheart e Twilight of the Gods vieram a ser criados - mais tarde, em 2002 e 2003, Nordland I e Nordland II. Quorthon era grande admirador da história escandinava antes do cristianismo, por isso decidiu abandonar suas músicas sobre ocultismo e satanismo para se dedicar à sua verdadeira paixão, a mitologia nórdica. Estes discos incorporaram instrumentos de percussão e voz - além dos instrumentos habituais, sendo influência direta para grupos como Enslaved, Mithotyn e Thyrfing. Embora o Bathory seja o criador deste estilo musical, foram estes grupos, juntamente com outros, que deram forma ao estilo, trazendo freqüentes coros de vozes masculinas, influência folclórica e temáticas viquingue. No século XXI apareceram numerosas bandas pelo mundo fazendo viking metal, moldando o gênero que, apesar de ser pequeno, já está perfeitamente consolidado.[carece de fontes?]

Nos anos 80, a banda de heavy metal Manowar tinha letras sobre viquingues, mas não deu segmento ao viking metal - por mais que participe da história. O nome do grupo vem de um termo usado em inglês arcaico, precisamente man o' war ou man-of-war, que é um tipo de navio de guerra que esteve em uso entre os séculos XVI e XIX.[1]  Formada em 1980, a banda é conhecida pelas letras das canções serem baseadas em fantasia (particularmente espada e feitiçaria) e mitologia (particularmente a mitologia nórdica). Seus temas líricos viriam a influenciar toda a cena do power metal e especialmente bandas posteriores de viking metal.

Características

editar

O vocal pode ser limpo, gutural grave ou agudo, o que depende do sub-gênero do heavy metal que está sendo seguido e que varia de banda para banda. A sonoridade dos instrumentos está relacionada aos mesmos fatores, portanto pode-se encontrar grande peso na execução dos instrumentos, como guitarras fortemente distorcidas, vocal rasgado e blast beat, que são características do black metal, assim como pode ser encontrada sonoridade mais leve, com vocais limpos e execução instrumental mais branda.

As temáticas abordadas se relacionam com inúmeros fatores locais do norte da Europa e com fatores históricos, fazendo referências às sagas viquingues, batalhas, guerreiros, crenças, costumes, religiões, mitologia, literatura, e até mesmo à bebidas, clima e geografia local.

Existe também a variedade instrumental encontrada em muitas bandas que agregam instrumentos tradicionais do norte europeu e instrumentos clássicos e acústicos a formação instrumental padrão das bandas de heavy metal. O tratamento artístico-visual também é relacionado a temática viquingue, o que pode ser observado nos clipes das bandas, nas artes das capas dos CD e também no vestuário utilizado em suas performances.

Referências

  1. Ferrier, Rob. «Bathory review». Allmusic. Consultado em 27 de março de 2008