Empirismo de David Hume Filosofia Resumo
Empirismo de David Hume Filosofia Resumo
Empirismo de David Hume Filosofia Resumo
o de Escolaridade
Os dados ou impresses sensveis so as unidades bsicas do conhecimento. Diviso do contedo do conhecimento em duas espcies/elementos de estados de conscincia/percepes: Impresses actos originrios do nosso conhecimento imagens ou sentimentos que derivam imediatamente da realidade, vivas e fortes correspondem a dados da experincia presente/actual sensaes, paixes e emoes, e.g. Ideias representaes ou imagens debilitadas, enfraquecidas, das impresses no pensamento marcas deixadas pelas impresses, uma vez estas desaparecidas impresso menos viva, cpia enfraquecida da impresso original A diferena entre as impresses e ideias simplesmente de grau de fora e vivacidade e no de natureza.
Percepes
Impresses
Ideias
Simples
Complexas
Simples
Complexas
() as nossas ideias simples no seu primeiro aparecimento so derivadas de impresses simples, que lhes correspondem e que elas representam exactamente () as impresses simples precedem sempre as ideias correspondentes e nunca aparecem na ordem contrria ()
Negao da existncia de ideias inatas na mente humana (caracterstica empirista): tudo o que conhecemos baseado no contacto/experincia sensvel
() as nossas ideias, ao apresentarem-se, no produzem as impresses que lhe correspondem () as impresses so as causas das nossas ideias e no as nossas ideias das nossas impresses.
2. Os tipos de conhecimento Distino entre os modos ou tipos de conhecimento: Conhecimento de ideias relao entre ideias anlise do significado dos elementos de uma proposio e estabelecimento de relaes entre as ideias que esta contm pela simples operao do pensamento (razo) proposies cuja verdade pode ser conhecida pela simples inspeco lgica do seu contedo Embora todas as ideias tenham o seu fundamento nas impresses, podemos conhecer sem necessidade de recorrer s impresses, isto , ao confronto com a experincia (). conhecimentos da lgica e da matemtica informao intuitiva e demonstrativamente certa conhecimentos tautolgicos (as proposies no do novas informaes porque o predicado diz, implicitamente, o mesmo que o sujeito)
Conhecimento de factos implica um confronto das proposies com a experincia proposies cujo valor de verdade tem de ser testado com a experincia (no pode ser decidido pela simples inspeco priori do significado dos termos)
Todo o conhecimento de factos (emprico) meramente provvel, se entendido que a experincia no fornece universalidade e que o contrrio de uma verdade de facto sempre logicamente possvel.
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Pedro Rodrigues
3. O problema da causalidade - Qual a crtica de David Hume ao princpio da causalidade? - Como a sua concepo de ideia de causalidade? Todas as nossas ideias derivam de impresses sensveis A toda e qualquer ideia tem de corresponder uma impresso (as ideias so imagens das impresses) No h impresso sensvel no h conhecimento. Hume submete o princpio da causalidade a uma anlise crtica rigorosa, baseando-se na sua teoria do conhecimento (embora tendo conscincia da sua importncia).
1. Observao de um facto Surge uma impresso sensvel A Surge outra impresso sensvel B Verifica-se uma conjuno constante entre A e B: B sucede A, e.g.
2. Anlise do fenmeno Nasce, na nossa mente, (como consequncia da conjuno constante/sucesso regular) a ideia de relao causal ou conexo necessria:
Sempre que se d A acontece B. Referimos um facto futuro, que ainda no aconteceu As inferncias causais esto sempre sujeitas ao erro: perante novos objectos ou circunstncias no sabemos realmente o que vai acontecer. Ultrapassamos o que a experincia nica fonte de validade de conhecimentos de facto nos permite O conhecimento dos factos reduz-se s impresses actuais e passadas No podemos ter conhecimento de factos futuros porque no podemos ter qualquer impresso sensvel ou experincia do que ainda no aconteceu. A ideia de relao causal, de uma conexo necessria entre dois fenmenos (sempre foi assim, sempre ser assim), uma ideia da qual no temos qualquer impresso sensvel. 3. Concluses Inferimos uma relao necessria entre causa e efeito pelo facto de nos termos habituado a constatar uma relao constante entre factos semelhantes ou sucessivos apenas o hbito ou o costume que nos permite sair daquilo que est imediatamente presente na experincia em direco ao futuro
A razo humana sente-se impelida a criar a fico de uma conexo necessria ou causal por fora do hbito ou do costume (contiguidade espacial e prioridade temporal). Ausncia de experincia
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Pedro Rodrigues
til para a vida quotidiana (seria angustiante viver sem a crena no princpio de causalidade) Base das cincias naturais ou experimentais Os raciocnios causais no so demonstrativos Tem um fundamento no racional (no deriva da razo, mas de factores psicolgicos vontade de que o futuro seja previsvel e, logo, controlvel)
O princpio da causalidade, considerado um princpio racional e objectivo, nada mais do que uma crena subjectiva, o produto de um hbito, o desejo da transformao de uma expectativa em realidade. O PC leva-nos alm dos sentidos e informa-nos da existncia de objectos que no vemos nem sentimos Hume nega que haja ligao necessria entre o que existe e o que no existe; podemos sempre conceber a possibilidade de que o 1 ocorra sem o 2, ou seja, a causa se apresente e o efeito no A vinculao entre causa e efeito, tida como lgica e necessria, decorre de um sentimento de crena e, por isso, no pode ser tomado como inferncia lgica e vlida
4. O cepticismo de Hume O empirismo de Hume surge como um cepticismo Hume nega a evidncia Para ele no existem princpios evidentes (crtica ao mtodo de Descartes) As descobertas filosficas devem ser sempre caracterizadas pelo probabilismo, ou seja, todas as explicaes devem ser vistas como tentativas destinadas a serem substitudas por outras A impossibilidade de enumerar outras causas , para ele, absoluta, o que vai fazer, evidentemente, que o pensamento indutivo seja um caminho inseguro para a verdade
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Pedro Rodrigues