Apostila de Soldagem
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Apostila de Soldagem
SÃO LUÍS - MA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO
DEPARTAMENTO DE MECÃNICA E MATERIAIS - DMM
TECNOLOGIA E PROCESSOS DE SOLDAGEM
Prof. Waldemir Martins
APRESENTAÇÃO
Esta apostila foi elaborada com o objetivo de permitir ao aluno do Curso de
Engenharia Mecânica e dos cursos técnicos de Mecânica, Eletromecânica, Metalurgia e
Materiais, dentre outros cursos do INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO,
complementar sua formação com as informações sobre a Tecnologia e os Processos de
Soldagem dos metais.
Esta apostila se inicia abordando a junção de peças passando por soldagem oxi-
gás e aluminotermia.
Em seguida mostra-se a terminologia de soldagem e a simbologia de soldagem por
ser estes tópicos relacionados com outros processos de soldagem.
Deste ponto em diante inicia-se o estudos dos principais processos de soldagem
mais utilizados no mercado a saber: Arco submerso; TIG; MIG/MAG; Eletrodo Revestido;
Arame Tubular e Eletroescória.
Abordam-se também a maior quantidade possível das descontinuidades induzidas
pelos processos de soldagem mostrando defeitos, causas e soluções. Finaliza-se
mostrando uma tabela com os Critérios de Aceitação de Defeitos em Soldas.
Logo, como se percebe, é evidente que a Tecnologia e os Processos de Soldagem
se caracterizam como um assunto muito vasto e assim sendo esta apostila apresenta
apenas os principais aspectos relacionados com o tema e que entendemos ser o mínimo
necessário de conhecimento que o público alvo necessita.
Para um aprofundamento maior no assunto, apresentamos no final da apostila a
bibliografia utilizada, bem normas e catálogos para consulta.
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TÓPICOS
1. JUNÇÃO
1.1 Definição da tecnologia de junção
1.2 Divisão dos processos de junção
1.3 Junção por conformação
1.4 Junção por soldagem
1.5 Junção por brasagem.
2. SOLDAGEM POR OXI-GÁS (SOLDA A GÉS)
3. SOLDAGEM ALUMINOTÉRMICA
4. TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM
5. SIMBOLOGIA DE SOLDAGEM
6. PROCESSO DE SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO (SAW)
7. PROCESSO DE SOLDAGEM TIG (GTAW)
8. PROCESSO DE SOLDAGEM MIG/MAG (GMAW)
9. PROCESSO DE SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO COM ELETRODO REVESTIDO
10. PROCESSO DE SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR
11. PROCESSO DE SOLDAGEM POR ELETROESCÓRIA
12. DESCONTINUIDADES MAIS FREQUENTES NAS OPERAÇÕES DE SOLDAGEM
13. CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO DE DEFITOS EM SOLDAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1. JUNÇÃO
1 Definição da tecnologia de junção
Junção é a ligação permanente ou uma colocação em contato de duas ou mais peças com uma
determinada forma geométrica ou até mesmo de peças com material sem forma definida. Em um processo
no qual a composição local é alterada e misturada como um todo.
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Para tanto as peças a serem unidas devem apresentar uma boa qualidade de acabamento de suas
arestas, produzidas por exemplo por estampo. A seguir são ambas as peças cravadas uma na outra e
finalmente a região de cravação é dobrada. Neste caso, pode surgir um movimento relativo das peças que
estão sendo unidas, o qual também facilita a cravação das peças.
Pré-condição: boa ductilidade a temperatura ambiente.
- A junção por conformação com parcela de corte é executada em três etapas: corte por
cisalhamento combinado, com o processo de junção por conformação e processo de recalque a frio.
- A junção por conformação sem parcela de corte é realizada através de um processo de
confinamento de matriz e embutimento e finalmente um processo de recalque a frio, de tal modo que o
processo de ligação ocorra também mediante um processo de extrusão.
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Figura 6: Comparação dos processos de junção por conformação e o processo de junção TOX.
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Soldabilidade do material
- composição química
- propriedades mecânicas
- propriedades físicas
Possibilidade da soldagem
- Preparação da soldagem
- Condução do trabalho de soldagem
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Segurança da soldagem
- Arranjo do cordão de solda e fluxo de forces
- Tipo de soldagem
- Propriedades mecânicas dos materiais
- Estado de deformação e tensões residuais
Seleção de materiais com boa soldabilidade:
- Aços estruturais: RSt 34-2, RSt 37-2, St 52-3
- Chapas finas: St 12, St 14, RSt 37-2
- Aços inoxidáveis: X 12 CrNi 18 8, X 5 CrNiMo 18 10
- Ligas de alumínio: AlMg 3, AlMgMn, AlMg3Si, AlMgSi 1, AlMg 0,4Si1,2
Solda a ponto
Após a aplicação da força no eletrodo a corrente de soldagem é acionada, de tal modo que no
ponto onde as peças estão sendo tocadas pelo eletrodo, surge uma resistência elétrica do contato que
provoca o aquecimento da peça até a temperatura de fusão.
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Surgindo finalmente um ponto de união com a forma elipsóide de uma lente, o ponto de solda. Após
a soldagem, a corrente elétrica é interrompida e só após a solidificação do ponto de solda, o eletrodo de
solda é retirado, removendo-se a pressão. Neste processo trabalha-se em geral com correntes elevadas
(até 100 kA), tensões relativamente pequenas (até 20 V) e tempos de soldagem o mais curto possível (da
ordem de dezenas de segundo).
Conforme o tipo do arranjo do eletrodo sob a peça podem ser identificados dois processos: solda
com ponteamento apenas de um lado e solda com ponteamento pelos dois lados. A solda a ponto, falando
de um modo geral, é possível de ser feita em todos os materiais, os quais consigam um bom aquecimento
pela passagem de corrente elétrica.
Exemplo: chapas de aço zincadas só podem ser soldadas a ponto em condições bastante
controladas, uma vez que ocorre formação de liga com o eletrodo o que implica em retrabalho posterior.
Figura 18: Soldagem por pressão sob arco elétrico com arco elétrico movido magneticamente
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Figura 21: Efeito mútuo da condução térmica, hidrodinâmica e evaporação na soldagem profunda
por feixe de laser.
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Figura 25. Soldagem por feixe de lase de uma coluna de direção de alumínio.
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O alumínio e suas ligas oferecem desafios bastante importantes na condução de seu processo de
soldagem. Para a soldagem por laser de CO2 na coluna de direção, visando um aumento da segurança,
usa a técnica de feixe duplo (TwistLas) da firma Trumpf.
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Gases de proteção
- Atmosfera de brasagem (H2N2; 95% N2, 5% H2)
- Uso predominante na brasagem dura
- Remoção da camada superficial de óxidos por reação química com o gás protetor
Meio Fluxante
- predomina no emprego de brasagem fraca (solda fraca)
- Redução, dissolução e retirada dos novos óxidos que estão sendo formados durante o processo
de brasagem.
- estimular o contato térmico dos pares que estão sendo brasados com o meio de brasagem.
- Temperatura efetiva do meio fluxante (TW) deve ser inferior a temperatura de trabalho do material
de brasagem (TA)
- Seleção do meio fluxante depende do material de base da temperatura de trabalho do meio de
brasagem.
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Introdução:
Todos os metais e ligas comercialmente conhecidas fundem em temperaturas abaixo dos 4000ºC, e
especialmente as ligas de aço, que são a maior utilização do processo oxi-acetilênico, na faixa de 1500ºC.
Assim, mostrou-se viável a execução de soldagens através das temperaturas e poder calorífico
desenvolvidos pela combustão dos diversos gases.
O processo de soldagem oxi-gás é um dos mais antigos processos de fusão. Em termos industriais,
pode-se apontar os períodos e responsáveis pelos desenvolvimentos mais significativos:
1837 - Desbassyns de Richamond descobre a chama aero-hídrica
1893 - Linde obtém Oxigênio da liquefação do ar
1894 - Jottrand executa a primeira soldagem industrial com a chama oxi-hídrica
1895 - Le Chatelier inventa o maçarico oxi-acetileno
1903 - Fouché e Picard desenvolvem a tocha de soldagem
Atualmente, outros processos de soldagem são apresentados como alternativa ao processo oxi-
acetilênico, e se este perde em competitividade nas faixas de grande espessura, continua a ser em alguns
casos, ainda o método mais adequado para soldar tubos e chapas de aço de estruturas finas, além de
outras técnicas entre as quais podemos destacar: revestimento superficial corte térmico e seus derivados,
metalização, desempeno à chama e aquecimento localizado.
O equipamento utilizado na soldagem oxi-acetilênica tem um custo relativamente baixo, é
normalmente portátil e tem a vantagem de poder ser utilizado como equipamento auxiliar em outros
processos de solda, especialmente para pré-aquecimento nos processos eletrodo revestido e arco-
submerso, sendo assim extremamente versátil.
Fundamentos do processo:
O processo baseia-se na fusão do(s) metal(is) de base e eventualmente a fusão de um material de
adição que é adicionado na junta que esta sendo soldada, com a utilização de uma chama proveniente da
queima de uma mistura de gases. Estes gases passam por um dispositivo cuja função é dosa-los na
proporção exata para a combustão e leva-los até a extremidade onde ocorre a chama. Este dispositivo,
chamado maçarico, deve ainda possibilitar que se produza diferentes tipos de misturas necessários para se
obter os diferentes tipos de chama, de acordo com o tipo de chama necessária para a soldagem dos
diferentes materiais.
As superfícies dos chanfros dos metais de base e o material de adição quando presente, fundirão
em conjunto formando uma poça de fusão única que após o resfriamento se comportará como um único
material.
A chama oxi-acetilênica:
Sempre que se realiza uma reação química entre gases com aparecimento de luz e calor, a zona
em que se processa esta reação é denominada chama.
Os fatores, dentro de um mesmo maçarico, que controlam a chama, são o tamanho e a forma
longitudinal do orifício. As pressões do Acetileno e do Oxigênio são as quantidades relativas na mistura
destes dois gases que se queimam no bico do maçarico.
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A reação secundária é a representada pela parte externa da chama, também conhecida como
envoltório, que é a reação do monóxido de carbono resultante da reação primária com o hidrogênio também
resultante da reação primária na presença do Oxigênio do ar.
2 CO + O2 = 2 CO2
2 H2 + O2 = 2 H2O
Tipos de chamas:
Os tipos de chamas variam em conseqüência das proporções de Oxigênio e Acetileno que
produzem. Basicamente existem 3 tipos: neutra, carburante ou redutora ou oxidante. Estes tipos bem como
as zonas definidas nas chamas podem ser vistas na figura abaixo:
Figura 28. Colorações típicas das diferentes zonas para cada tipo de chama. Estas diferentes zonas
são definidas pela intensidade e coloração da luz.
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A soldagem por oxi-gás é um processo de soldagem por fusão, no qual a união entre os metais é
conseguida através da aplicação do calor gerado por uma ou mais chamas, resultantes da combustão de
um gás, com ou sem o auxílio de pressão, podendo ou não haver metal de adição. As superfícies dos
chanfros dos metais de base e o material de adição quando presente fundirá em conjunto formando uma
poça de fusão única, que após o resfriamento se comportará como um único material.
O sistema é simples, consistindo dos cilindros dos gases comprimidos, reguladores de pressão,
manômetros, mangueiras, válvulas de retenção e uma tocha de soldagem, com bico adequado; podem ser
conseguidas diferentes atmosferas pela variação da quantidade relativa de comburentes e combustível.
Há uma grande variedade de gases disponíveis para a soldagem a gás, sendo que normalmente o
Acetileno é o preferido, tanto pelo custo, como pela temperatura de chama; entretanto outros gases
combustíveis são também utilizados, tais como o Butano, Propano, Metano, Etileno, gás de rua, Hidrogênio
e ainda as misturas produzidas pelas industrias de gases.
O metal de adição é uma vareta, normalmente especificada para cada caso de soldagem e de um
modo geral, para a soldagem de ferros fundidos e metais não ferrosos utiliza-se um fluxo de soldagem,
também chamados de fundente, que tem a finalidade de manter a limpeza do metal base na área da solda,
bem com ajudar na remoção de filmes de óxidos que se formam na superfície.
A soldagem pelo processo oxi-gás oferece várias vantagens: o equipamento é barato e versátil, é
ótima para chapas finas, é realizada com pequenos ciclos térmicos, não usa energia elétrica e solda em
todas as posições. Em compensação o processo apresenta inúmeras desvantagens tais como: chamas
pouco concentradas, o que acarreta grandes zonas termicamente afetadas pelo calor, é necessária grande
habilidade do soldador, não é econômica para chapas espessas, tem baixa taxa de deposição, manuseia
gases perigosos e o uso de fluxo acaba gerando produtos corrosivos no metal.
No processo por oxi-gás, a chama oxiacetilênica é a mais utilizada, portanto vamos conhecer os
seus gases:
OXIGÊNIO
É o gás comburente, apresentando-se inodoro, insípido e incolor e encontrando-se em abundância
na natureza. Industrialmente pode ser obtido por liquefação e destilação do ar, reação química ou eletrólise
da água. O processo mais usado é o primeiro, sendo o ar inicialmente purificado e em seguida, após várias
compressões, expansões e resfriamentos sucessivos, o mesmo é liqüefeito. Em uma coluna de destilação e
retificação realiza-se a separação dos vários componentes do ar, obtendo-se assim no final oxigênio de alta
pureza.
A distribuição do Oxigênio para soldagem normalmente é realizada através de cilindros de aço sem
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costura, sob pressão de 150 kgf/cm (147,1 bar) ou seja 7000 litros de gás comprimido, em cilindros de 46
litros aproximadamente. Em instalações de consumo elevado de Oxigênio pode-se optar por trabalhar com
tanques criogênicos, os quais recebem o Oxigênio líquido; conforme o mesmo for sendo consumido, será
vaporizado em evaporadores instalados na saída dos tanques. Uma outra maneira de fornecimento de
Oxigênio que vem sendo adotada por alguns fabricantes, baseia-se no fornecimento de uma pequena usina
geradora de Oxigênio ao consumidor do gás, o qual passa a ter a responsabilidade da operação e
fornecimento de energia à mesma; este processo utiliza a tecnologia de geração de Oxigênio pela
passagem do ar através de leito de zircônia e não produz o gás com pureza suficiente para uso medicinal.
ACETILENO
O Acetileno é obtido da reação da água sobre o Carbureto de Cálcio, que por sua vez é produzido
em fornos apropriados pela reação entre o Carbono (C) e o Cal (CaO).
3 C + CaO → CaC2 + CO – 108 Kcal.g/mol
CaC2 + 2 H2O → C2H2 + Ca( OH )2 (+ 400 cal/kg CaC2 )
A formação do Acetileno propriamente dito é resultante de uma reação endotérmica reversível, que
melhora o rendimento calorífico da chama, mas ao mesmo tempo contribui para aumentar o perigo no
manuseio do gás em caso de uma dissociação.
2 C + H2 ←→C2H2 – 53.200 cal
A produção do Acetileno pode ser realizada no próprio local por meio de geradores ( geralmente em
pequenas oficinas) ou ser armazenada em cilindros onde o mesmo se encontra dissolvido sob pressão em
Acetona líquida, a qual é retida no interior do cilindro em uma massa porosa ( carvão vegetal, cimento,
amianto e terra infusória). Nestas condições consegue-se armazenar até 11 kg de gás em pressões da
ordem de até 18 kgf/cm2 (17,6 bar) com bastante segurança, pois a Acetona consegue dissolver 575 vezes
seu próprio volume para cada atmosfera.
O Acetileno é um gás que apresenta certa instabilidade sob pressões elevadas e corre o risco de se
dissociar, gerando uma grande liberação de calor e podendo explodir; desta forma deve-se tomar todo o
cuidado para que a pressão do mesmo na rede de distribuição não ultrapasse 1,5 kgf/cm2.
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OXIGÊNIO
1. O oxigênio não pode entrar em contato com graxa, óleo ou matéria gordurosa.
2. O cilindro não deve sofrer impactos violentos.
3. O transporte do cilindro deve ser realizado com seu capacete de proteção.
4. Não eleve ou transporte cilindros utilizando cabos de aço ou eletroimã.
5. Não use o cilindro deitado.
6. Não utilizar o oxigênio para aeração, limpeza de máquinas, roupa, pele, etc.
7. Utilizar mangueiras verde ou preta para distribuição e conexões com rosca à direita.
ACETILENO
1. Não transportar o cilindro deitado ( aguardar de 36 a 48 hs para estabilização).
2. A pressão máxima da rede não pode ultrapassar 1,5 kgf/cm2.
3. O transporte do cilindro deve ser realizado com seu capacete de proteção.
4. Não eleve ou transporte cilindros utilizando cabos de aço ou eletroimã.
5 .Não use o cilindro deitado.
6. Não utilizar canalização de Cobre (formação de Acetileto de Cobre, explosivo).
7.Consumo máximo de Acetileno: 1000 litros/hora.
8. Não usar até a pressão zero.
9. Utilizar mangueiras vermelha para distribuição e conexões com rosca à esquerda.
REGULAGEM DA CHAMA
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zinco na superfície da poça que impede a continuidade de reações posteriores, impedindo a contínua
volatilização do Zinco, o qual iria se oxidar em seguida na atmosfera.
Solda a Esquerda: também chamada de Solda para a Frente, apresenta boa penetração e
acabamento, sendo utilizada em espessuras de até 7 mm, onde se trabalha aquecendo a peça ou região a
ser soldada. Apresenta grande consumo de gases e tempo.
Solda a Direita: Também chamada de Solda para Trás, é utilizada quando a peça a ser soldada
ª
requer chanfros ou seja, para espessuras maiores. É uma técnica desenvolvida durante a 2 Grande Guerra,
e que apresenta boa velocidade, boa penetração e economia de tempo e gases. Trabalha-se mantendo a
união soldada aquecida.
3. SOLDAGEM ALUMINOTÉRMICA
Este processo de soldagem, também conhecido como soldagem termítica, engloba um grupo de
processos que utiliza o calor liberado por uma reação exotérmica para viabilizar a soldagem.
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A exotermia da redução de um óxido metálico é utilizada como fonte de energia para a soldagem,
sendo que os óxidos usados são os que possuem um baixo calor de formação, enquanto os agentes
redutores são aqueles que possuem alto calor de formação.
As extremidades dos componentes a serem soldados são colocados dentro de um molde,
especialmente construído para as peças a serem soldadas.
Esta mistura é incendiada por meio de um fusível de magnésio ou outra faísca e a redução do óxido
provoca calor suficiente para a fusão do metal. O metal fundido flui para a cavidade do molde onde se une
com os metais de base. As aplicações típicas desse processo são a união de cabos elétricos, hastes de
aterramento, conectores terminais, aço de construção e ainda a soldagem de trilhos (típico exemplo dos
trilhos do Metrô, com necessidade de pré-aquecimento e os respectivos ensaios de Certificação de
Qualidade).
REAÇÃO TÍPICA
3Fe3O4 + 8 Al → 9 Fe + 4Al2O3 + Calor (temperatura atingida: 2500ºC)
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Um arco elétrico pode ser definido como um feixe de descargas elétricas formadas entre dois
eletrodos e mantidas pela formação de um meio condutor gasoso chamado plasma.
Há neste fenômeno a geração de energia térmica suficiente para ser usado em soldagem, através
da fusão localizada das peças a serem unidas.
O arco elétrico de soldagem tem uma eficiência alta (≈100%) na transformação de energia elétrica
em energia térmica. Baseado nessa eficiência podemos afirmar que o calor gerado num arco elétrico pode
ser estimado a partir de seus parâmetros elétricos pela equação:
Q=V.I.t
onde:
Q = energia térmica gerada, em joule (J);
V = queda de potencial no arco, em Volt (V);
I = corrente elétrica no arco, em ampère (A);
t = tempo de operação, em segundos (s).
São conseguidas altas temperaturas no arco, conforme mostra o perfil térmico (isotermas) de um
arco de soldagem, aberto com um eletrodo não consumível de Tungstênio e uma peça de Cobre refrigerada
a água e separados entre si por 5 mm, em atmosfera de gás inerte.
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O arco elétrico gera calor e também radiação eletromagnética de alta intensidade, nas faixas do
infravermelho, luz visível e ultravioleta, necessitando, portanto de proteção visual com filtros apropriados
para seu manuseio.
O arco de soldagem é um condutor de corrente elétrica e sendo assim, sofre interação da corrente
elétrica por ele transportada com os campos elétricos por ela gerados; isto gera alguns efeitos que podem
favorecer ou prejudicar a soldagem.
Quando um condutor de comprimento l, percorrido por uma corrente i é colocado numa região de
influência de um campo magnético B, então ele experimenta uma força F, conhecida como “Força de
Lorentz”, que é enunciada pela equação:
F=B.i.l
onde:
F, B e i são grandezas vetoriais perpendiculares entre si, sendo que o sentido de F pode ser obtido
aplicando-se a Regra do Parafuso, onde imagina-se um parafuso convencional que gira no sentido de i para
B. O sentido de F será aquele de avanço do parafuso.
Um efeito magnético de suma importância no arco elétrico é o chamado Jato Plasma, que é um dos
responsáveis pela penetração do cordão de solda e que pode ser considerado um condutor elétrico gasoso
de forma cônica e que ao passar a corrente por ele, induz um campo magnético de forma circular
concêntrico em seu eixo e ele se comporta como um condutor colocado em um campo magnético; dessa
maneira surgem forças de Lorentz na região do arco, que têm sentido de fora para dentro, conforme vemos
na figura abaixo:
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Portanto, o modo de transferência do metal do eletrodo para a peça depende de todos esses
fatores e também da tensão do arco, que está proporcionalmente ligada ao comprimento do arco e em
conseqüência ao diâmetro máximo da gotícula.
As forças de Lorentz promovem ainda o efeito indesejável que é chamado de sopro magnético, que
é o fenômeno de desvio do arco de soldagem de sua posição normal, influenciado pela não simetria na
distribuição das forças eletromagnéticas devido às variações bruscas na direção da corrente elétrica; este
efeito pode ser causado também pelo arranjo assimétrico de material ferromagnético em torno do arco.
Fisicamente o que se observa é o desvio do arco da região de soldagem, criando assim regiões frias junto à
poça de fusão e provocando o aparecimento de defeitos tais como falta de fusão, falta de penetração e
instabilidade do arco.
Se entre dois pontos A e B ligados por um condutor elétrico for mantida uma corrente
constante, escoa entre eles uma corrente de intensidade constante e sempre no mesmo sentido; esta
corrente é chamada de corrente contínua, CC e quando representada em função do tempo gera uma reta
horizontal. O tipo de corrente fornecida pelos retificadores é dita contínua, mas na verdade é ligeiramente
ondulada, sendo facilmente identificada em um osciloscópio, porém em termos práticos de soldagem
comporta-se como uma corrente contínua.
Agora, imaginemos dois pontos A e B ligados por um condutor e que cada um deles possui
uma tensão alternadamente positiva e negativa em relação ao outro; entre eles escoa uma corrente que
muda de sentido na mesma freqüência que a tensão (60 Hz). Esta corrente é denominada de corrente
alternada, CA.
POLARIDADE DIRETA
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POLARIDADE INVERSA
Falta definir a questão da polaridade; como sabemos os pólos do arco elétrico não se comportam
de maneira igual. O bombardeio a que os elétrons sujeitam o anodo (eletrodo positivo) é mais eficiente que
o bombardeio dos íons no catôdo em função da energia cinética de cada elétron ser muito maior que a de
cada íon, bem como pelo fato da saída dos elétrons do catôdo consumir energia, enquanto a chegada no
anodo se faz com entrega de energia. Isto significa sempre que a temperatura do anodo é maior que a do
catôdo.
Em função do comportamento dos pólos do arco serem diferentes, convencionou-se chamar
de polaridade direta aquela em que o eletrodo é o catôdo (polo negativo) e a peça é o anodo, representada
por CC- ; quando o eletrodo é o anodo (polo positivo) e a peça o catôdo, a polaridade é dita inversa, CC+.
4. TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM
A terminologia de soldagem é bastante extensa e muitas vezes os termos técnicos que utilizamos
em uma região geográfica não são aplicáveis em outras.
O próprio nome soldagem é adotado no Brasil, enquanto em Portugal o nome mais utilizado é
soldadura; vamos indicar alguns termos mais importantes utilizados. O primeiro termo a ser definido é junta
– junta é a região onde duas ou mais partes da peça são unidas pela operação de soldagem. Abaixo vemos
alguns tipos de juntas mais comuns.
Para conseguirmos executar as soldas, na maioria das vezes precisamos preparar aberturas ou
sulcos na superfície das peças que serão unidas – estas aberturas recebem o nome de chanfro. O chanfro
é projetado em função da espessura da peça, do material, do processo de soldagem a ser adotado, das
dimensões da peça e da facilidade de acesso à região de solda; abaixo vemos alguns dos tipos de chanfros
mais comuns em matéria de soldagem.
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Abaixo vemos algumas das características dimensionais dos chanfros e das soldas de topo e filete.
A solda em si também possui diferentes seções e cada uma recebe um determinado nome. A zona fundida
de uma solda é constituída pelo metal de solda, que normalmente é uma mistura do metal base (material da
peça) e do metal de adição (metal adicionado na região de solda). Ao lado do cordão temos uma região que
tem sua estrutura e propriedades afetadas pelo calor e que denominamos zona termicamente afetada.
Eventualmente podemos utilizar um suporte na parte inferior da solda, que ajuda a conter o material
fundido na operação de soldagem e que pode ou não ser removido após o término da solda, chamado de
mata-junta ou de cobre-junta.
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5. SIMBOLOGIA DE SOLDAGEM
Em soldagem utilizamos uma série de números, sinais e símbolos que representam a forma do
cordão de solda, processo utilizado, dimensões, acabamento, tipos de chanfro, etc.., os quais permitem
maior rapidez na confecção de projetos e evitam erros de interpretação. Conforme AWS A 2.4–86 temos:
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O fluxo, na forma granular, para além das funções de proteção e limpeza do arco e metal
depositado, funciona como um isolante térmico, garantindo uma excelente concentração de calor que irá
caracterizar a alta penetração que pode ser obtida com o processo.
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da atmosfera tendo a facilidade de formar óxidos e nitretos que alterariam as propriedades das juntas
soldadas.
Com o resfriamento posterior, remove-se o fluxo não fundido (que pode ser reaproveitado) através
de aspiração mecânica ou métodos manuais, e a escória, relativamente espessa de aspecto vítreo e
compacto e que em geral se destaca com facilidade.
O fluxo é distribuído por gravidade. Fica separada do arco elétrico, ligeiramente a frente deste ou
concentricamente ao eletrodo. Esta independência do par fluxo-eletrodo é outra característica do processo
que o difere dos processos eletrodo revestido, MIG-MAG e arame tubular. No arco submerso, esta
separação permitirá que se utilize diferentes composições fluxo-arame, podendo com isto selecionar
combinações que atendam especificamente um dado tipo de junta em especial.
O esquema básico do funcionamento do processo pode ser visto na Figura - Componentes
essenciais de um equipamento de arco submerso.
Possibilita também ouso de elevadas correntes de soldagem (até 4000 A) o que, aliado as altas
densidades de corrente (60 a 100 A/mm2), oferecerá ao processo alta taxa de deposição, muitas vezes não
encontradas em outros processos de soldagem. Estas características tornam o processo de soldagem por
arco submerso um processo econômico e rápido em soldagem de produção. Em média, se gasta com este
processo cerca de 1/3 do tempo necessário para fazer o mesmo trabalho com eletrodos revestidos.
As soldas realizadas apresentam boa tenacidade e boa resistência ao impacto, além de excelente
uniformidade e acabamento dos cordões de solda. Através de um perfeito ajustamento de fluxo, arame e
parâmetros de soldagem conseguem-se propriedades mecânicas iguais ou melhores que o metal de base.
A maior limitação deste processo de soldagem é o fato que não permite a soldagem em posições
que não sejam a plana ou horizontal. Ainda assim, a soldagem na posição horizontal só é possível com a
utilização de retentores de fluxo de soldagem.
Na soldagem circunferencial pode-se recorrer a sustentadores de fluxo como o que é apresentado
na Figura - Exemplo de recurso para sustentação de fluxo.
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O equipamento para este processo consta basicamente das seguintes unidades: a) fonte de
energia; b) unidade de controle; c) conjunto de alimentação do arame; d) pistola de soldagem; e)
alimentador de fluxo; f) aspirador de fluxo. As unidades b,c,d,e constituem o elemento conhecido como
cabeçote de soldagem; a figura da página anterior mostra as unidades componentes do sistema.
No processo automático, o cabeçote pode mover-se ao longo da peça a ser soldada ou ser
estacionário, sendo que nesse caso é a peça que se desloca sob o arco. Quando o processo é semi-
automático, o alimentador de fluxo e a pistola de soldagem constituem um conjunto separado que é
conduzido pelo operador ao longo da junta.
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Cabeçote Móvel:
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Cabeçote fixo
VANTAGENS
a) Este processo permite obter um grande rendimento térmico.
b) Alcança-se uma elevada produção específica de material de adição, que em conseqüência
propicia uma grande velocidade de soldagem.
c) Consegue-se alcançar uma grande penetração com este tipo de processo, o que diminui a
necessidade de abertura de chanfro.
Possibilita ao operador dispensar o uso de protetores visuais.
Permite obter maior rendimento de deposição que a maioria dos outros processos.
DESVANTAGENS OU LIMITAÇÕES
A soldagem pode se realizar somente nos limites da posição plana ( ou em filete horizontal desde
que haja um suporte adequado para o pó).
É praticamente impossível soldar juntas de difícil acesso.
Há necessidade de remoção de escória a cada passe de soldagem.
A superfície do chanfro deve ser regular e a ajustagem da junta bastante uniforme.
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ABERTURA DO ARCO
Neste tipo de soldagem existem diversos métodos de abertura de arco:
pela aplicação de alta freqüência
por retração instantânea do arame
por intercalação de uma pequena esfera ou palha de aço
por arraste
pelo uso de arame eletrodo de ponta afiada
pelo uso de eletrodo de carbono
por abertura em bolha de fusão
ESPECIFICAÇÃO DE CONSUMÍVEIS
ARAME ELETRODO
Os eletrodos são especificados com base em sua composição química, sendo divididos em três
tipos: baixo (L), médio (M) e alto (H) teor de Manganês. Dentro de cada grupo, os arames podem ter
diferentes teores de Carbono, além de teor de Silício baixo ou alto (K).
Resumidamente, arames com maiores teores de Carbono, Manganês e Silício favorecem a
deposição de cordões com maior resistência e dureza; o Silício aumenta a fluidez da poça de fusão,
melhorando o formato de cordões depositados com elevadas velocidades de soldagem.
As bitolas de arames eletrodos mais utilizados situam-se na faixa entre 1,6 e 6,4 mm; podemos
também trabalhar com fitas contínuas no lugar do arame, principalmente para deposições superficiais.
Para aumentar a velocidade de soldagem e a deposição do metal, pode-se usar dois ou mais
arames eletrodos ou fitas; eles podem situar-se em paralelo ou em linha em relação `a junta e alimentados
por uma ou mais fontes de energia.
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FLUXOS
Os fluxos têm diversas funções na soldagem a Arco Submerso, entre elas: estabilizar o arco,
fornecer elementos de liga para o metal de solda, proteger o arco e o metal aquecido da contaminação pela
atmosfera, minimizar as impurezas no metal de solda, formar escória com determinadas propriedades
físicas e químicas que podem influenciar o aspecto e o formato do cordão de solda, sua destacabilidade, a
ocorrência de mordeduras, etc..
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DEPOSIÇÃO/PENETRAÇÃO
CCPI – Produz alta taxa de deposição, ótimo controle de formato de cordão e baixa penetração.
CCPD – Produz boa taxa de deposição, bom controle do formato de cordão e alta penetração.
CA – Penetração intermediária entre CCPD/CCPI; não aparece o fenômeno do sopro magnético.
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É um processo de soldagem por fusão, a arco elétrico que utiliza o calor gerado pelo arco formado
entre o eletrodo de Tungstênio não consumível e a peça que se deseja soldar. A proteção da poça de fusão
é conseguida com a adição de um gás inerte ou mistura de gases inertes sobre ela, sendo que o gás
também tem a função de transmitir a corrente elétrica quando ionizado durante o processo e ainda auxiliar a
resfriar o eletrodo; a soldagem pode ser realizada com ou sem metal de adição.
A abertura do arco pode ser facilitada pela sobreposição de uma corrente de alta freqüência, para
evitar que se tenha de riscar a peça com o eletrodo de Tungstênio. O arco inicial, obtido pela corrente de
alta freqüência, ioniza o gás possibilitando a abertura do arco principal.
O eletrodo não consumível utilizado para soldagem é constituído de Tungstênio puro ou ligado a
diversos elementos químicos, pois a presença desses elementos de liga aumenta a capacidade de emissão
de elétrons, além de permitir uma maior vida útil ao eletrodo.
O eletrodo serve apenas como ponto focal para o direcionamento do arco, sendo que para não
haver fusão do mesmo na temperatura do arco, utiliza-se o Tungstênio, que possui ponto de fusão 3370ºC;
sua ponta deve ser convenientemente preparada para minimizar o diâmetro do arco conforme esquema
abaixo.
Preparação da ponta do eletrodo de Tungstênio
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Nos processos de soldagem da maioria dos materiais procura-se ligar o eletrodo em CC polaridade
direta pois o calor gerado em sua extremidade é menor, comparadamente à polaridade inversa.
Na soldagem do Alumínio no entanto, muitas vezes utiliza-se a polaridade inversa, mesmo com o
risco de fusão do eletrodo, pois para quebrar a camada de óxido de alumínio, de alto ponto de fusão, é
necessário que o fluxo de elétrons saia do Alumínio para o eletrodo ( fenômeno que recebe o nome de
dispersão); melhor que utilizar CC em Alumínio é optar pelo uso de corrente alternada, que quebra a
camada de óxido e não aquece em demasia a ponta do eletrodo
Para soldagem com corrente acima de 130 A deve-se utilizar tochas refrigeradas a água; para
correntes menores há tochas de diferentes tamanhos, que devem ser escolhidas em função da aplicação.
É um processo lento, usualmente manual, podendo ser automatizado (taxas de 0,2 a 2 kg/h) e as
soldas produzidas são de excelente qualidade; não produz escória, gera poucos respingos, pouca fumaça,
pequena Z.T.A. com poucas deformações e pode ser utilizado em todas as posições. Os cordões de solda
são de ótimo acabamento, uniformes, geralmente não requerendo nenhum procedimento de acabamento ou
limpeza posterior.
A soldagem TIG é bastante adequada para espessuras finas, pois possibilita o perfeito controle da
fonte de calor, sendo que muitas vezes ela é utilizada sem metal de adição, somente caldeando-se as
bordas do metal a ser soldado. É muito comum, também utilizar o TIG para o passe de raiz na soldagem de
peças espessas e de grande responsabilidade.
É um processo que requer muita habilidade do soldador, uma limpeza perfeita dos metais a serem
soldados, além de emitir grande quantidade de radiação ultravioleta. Estas radiações queimam rapidamente
as partes da pele expostas, bem como as vistas e ainda tem capacidade de decompor solventes
armazenados nas imediações, liberando gases bastante tóxicos; as radiações facilitam a geração de O3
nas proximidades. Pode-se soldar aços carbono, inoxidáveis, alumínio, magnésio, titânio, cobre, zircônio e
outros metais de difícil soldagem, nas espessuras de 0,5 a 50 mm.
Os gases de proteção mais utilizados são o Argônio e o Hélio, ou uma mistura de ambos; os gases
são direcionados por bocais cerâmicos, metálicos ou por bocais tipo gás-lens, visto na figura abaixo.
O Argônio é o gás mais utilizado, principalmente devido ao menor custo e maior disponibilidade,
mas possui outras vantagens:
Arco mais suave e estável, sem turbulências; menor voltagem do arco, para um dado comprimento
do arco; menor vazão de gás para uma boa proteção; facilita a abertura do arco (mais ionizável); resiste
mais às correntes de ar.
O Hélio é utilizado para soldagem de materiais mais espessos, pois produz mais calor; por ter a
densidade menor que a do ar, é utilizado para soldagens sobre cabeça; promove maior penetração do
cordão; possui custo mais elevado que o Argônio.
Em alguns casos de soldagem são utilizadas misturas especiais, contendo H2 (aços inoxidáveis) ou
N2 (soldagem de cobre e suas ligas).
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Como se pode utilizar todas as formas de corrente para soldagem TIG, normalmente se utiliza um
transformador/retificador que pode fornecer tanto CC como CA. Trata-se de máquinas especialmente
desenvolvidas para soldagem TIG e que incorporam as unidades de controle de fluxo de gás protetor e de
geração de corrente de alta freqüência. No mercado estão surgindo equipamentos para soldagem
automática de tubos, recebendo o processo a denominação de TIG ORBITAL (pelo fato de realizar o cordão
de solda automaticamente em 360º).
Recentemente desenvolveram-se equipamentos ainda mais específicos que incorporam uma
unidade de programação e que fornece CC pulsada com freqüência na faixa de 1 a 10 Hz; tal equipamento
é normalmente utilizado em aplicações automatizadas.
Ciclo da corrente de solda TIG pulsada
As varetas ou arames de metal de adição para TIG tem basicamente a mesma composição química
dos materiais base; nenhuma reação química é esperada que ocorra na poça de fusão.
Nas aplicações automáticas pode se utilizar o processo adicional HOT-WIRE, com pré-aquecimento
do arame eletrodo. As varetas são utilizadas para os processos manuais, enquanto para os processos de
alimentação automática se utilizam rolos de arame, similares ao do MIG, porém sem a proteção superficial
de cobre.
As principais especificações de arames para soldagem TIG são:
Material Nº da especificação
Cobre A 5.7
Aços inoxidáveis A 5.9
Alumínio A 5.10
Revestimento A 5.13
Níquel A 5.14
Titânio A 5.16
Aço carbono e baixa liga A 5.18
Magnésio A 5.19
Zircônio A 5.24
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Equipamentos de Soldagem
Porta-eletrodo com passagem de gás e bico para direcionar o gás ao redor do arco, com
mecanismo de garra para energizar e conter o eletrodo de Tungstênio.
Suprimento de gás protetor.
Indicador de vazão e regulador-redutor de pressão de gás.
Fonte de energia.
Suprimento de água de refrigeração se a pistola é refrigerada a água.
Equipamento básico para soldagem TIG
Parâmetros operacionais
Corrente de soldagem: 10 a 600 A
Bitola de eletrodo de W: 1 a 7 mm
Espessuras de soldagem: a partir de 0,5 mm
Taxa de deposição: até 2 kg/h
Taxa de diluição: 2 a 20% com metal de adição
100% sem metal de adição
Tipos de juntas: todas
Posições de soldagem: todas
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Introdução:
A soldagem a arco com eletrodos fusíveis sobre proteção gasosa, é conhecida pelas denominações
de: MIG, quando a proteção gasosa utilizada for constituída de um gás inerte, ou seja um gás normalmente
monoatômico como Argônio ou Hélio, e que não tem nenhuma atividade física com a poça de fusão
MAG, quando a proteção gasosa é feita com um gás dito ativo, ou seja, um gás que interage com a
poça de fusão, normalmente CO2 - dióxido de Carbono. GMAW, (abreviatura do inglês Gás Metal Arc
Welding) que é a designação que engloba os dois processos acima citados
Os dois processos diferem entre si unicamente pelo gás que utilizam, uma vez que os componentes
utilizados são exatamente os mesmos. A simples mudança do gás por sua vez, será responsável por uma
série de alterações no comportamento das soldagens.
Estes gases, segundo sua natureza e composição, tem uma influência preponderante nas
características do arco, no tipo de transferência de metal do eletrodo à peça, na velocidade de soldagem,
nas perdas por projeções, na penetração e na forma externa da solda. Além disto, o gás também tem
influência nas perdas de elementos químicos, na temperatura da poça de fusão, na sensibilidade a
fissuração e porosidade, bem como na facilidade da execução da soldagem em diversas posições.
Os gases nobres (processo MIG) são preferidos por razões metalúrgicas, enquanto o CO2 puro, é
preferido por razões econômicas.
Como seria lógico de concluir, muitas das vezes impossibilitado tecnicamente por um lado e
economicamente por outro, acabamos por utilizar mistura dos dois tipos de gás, como por exemplo, Argônio
(inerte) com Oxigênio (ativo), Argônio com CO2 e outros tipos. Existe certa indefinição de quais seriam os
limites percentuais dos gases, a partir dos quais um mistura deixaria de ser inerte e passaria a ser ativa e
vice-versa, porém é uma discussão meramente teórica.
Assumimos na prática o comportamento em soldagem e o modo como ocorre a transferência
metálica como determinantes da percentagem correta onde ocorre a transição. Assim, misturas cujo maior
componente seja um gás inerte (exemplo: Argônio 98 % - Oxigênio 2 % utilizado para a soldagem de aços
inoxidáveis), conservam as características gerais de gás inerte e são consideradas como gás inerte.
Misturas cujo maior componente seja um gás ativo (CO2 75 % - Argônio 25 % usado para a
soldagem de aços ao Carbono em posição diferente da posição plana), conservam as características gerais
de gás ativo e são consideradas como gás ativo.
O processo MAG é utilizado somente na soldagem de materiais ferrosos, enquanto o processo MIG
pode ser usado tanto na soldagem de materiais ferrosos quanto não ferrosos como Alumínio, Cobre,
Magnésio, Níquel e suas ligas.
Uma das características básicas deste processo, em relação aos outros processos de soldagem
manuais, é sua alta produtividade, que é motivada, além da continuidade do arame, pelas altas densidades
de corrente que o processo pode ser utilizado.
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A tabela abaixo apresenta uma comparação entre os valores de densidade de corrente dos
processos MIG MAG e eletrodo revestido. Na tabela abaixo, os valores comparativos de densidade de
corrente:
Processo Densidade de Corrente
E. revestido 5 a 20 A/mm2
MIG/MAG 100 a 250 A/mm2
De um modo geral, pode-se dizer que as principais vantagens da soldagem MIG MAG são:
Alta taxa de deposição e alto fator de trabalho do soldador;
Grande versatilidade, quanto ao tipo de material e espessuras aplicáveis;
Não existência de fluxos de soldagem e, conseqüentemente, ausência de operações de remoção
de escória;
Exigência de menor habilidade do soldador, quando comparada à soldagem com eletrodos
revestidos.
A principal limitação da soldagem MIG/MAG é a sua maior sensibilidade à variação dos parâmetros
elétricos de operação do arco de soldagem, que influenciam diretamente na qualidade do cordão de solda
depositado. Além da necessidade de um ajuste rigoroso de parâmetros para se obter um determinado
conjunto de características para solda, a determinação desses parâmetros para se obter uma solda
adequada é dificultada pela forte interdependência destes, e por sua influência no resultado final da solda
produzida.
O maior custo do equipamento, a maior necessidade de manutenção deste, em comparação com o
equipamento para soldagem com eletrodos revestidos e menor variedade de consumíveis são outras
limitações deste processo.
A soldagem MIG/MAG e a soldagem com arame tubular, tem sido as que apresentaram um maior
crescimento em termos de utilização, nos últimos anos em escala mundial. Este crescimento ocorre
principalmente devido à tendência à substituição, sempre que possível da soldagem manual por processos
semi-automáticos, mecanizados e automáticos, para a obtenção de maior produtividade em soldagem.
Estes processos tem se mostrado os mais adequados dentre os processos de soldagem à arco, à
soldagem automática e com a utilização de robôs.
Resumo Histórico:
MIG é um processo por fusão a arco elétrico que utiliza um arame eletrodo consumível
continuamente alimentado à poça de fusão e um gás inerte para proteção da região de soldagem. MAG é
um processo de soldagem semelhante ao MIG porém utilizando um gás ativo (CO2) para proteção da região
de soldagem. Em ambos os processos geralmente o metal de adição possui a mesma composição química
do metal base.
O processo MIG baseou-se no processo TIG, iniciando com a soldagem do Alumínio e
posteriormente estendeu-se à soldagem dos aços inoxidáveis, ao se notar que uma pequena adição de O2
ao gás inerte facilitava a abertura do arco. Posteriormente ao processo MIG, desenvolveu-se o MAG para
baratear custos e concorrer com os eletrodos revestidos na maioria das aplicações, utilizando-se CO2 e
mistura de gases como gás de proteção; o primeiro desenvolvimento para o MAG ficou conhecido como
subprocesso MACRO-ARAME.
Pelo fato das dificuldades deste subprocesso trabalhar com pequenas espessuras e soldar em
todas as posições, desenvolveu-se a seguir o subprocesso MICRO-ARAME (para diâmetros até 1,2 mm);
na seqüência do desenvolvimento e visando a minimização dos respingos e melhoria do formato do cordão,
desenvolveu-se o subprocesso ARAME-TUBULAR (até diâmetro de 4 mm).
Todas estas melhorias permitiram um aumento na velocidade de soldagem do processo MIG/MAG
em relação a outros processos, e isso vem refletindo-se na evolução da utilização mesmo,
comparativamente aos processos mais antigos, conforme Figura 40.
O calor gerado para fundir o metal de enchimento é suficiente para fundir também as superfícies do
metal base. A transferência do material do arco é bastante melhorada comparando-se ao processo TIG
devido ao aumento da eficiência do ganho de calor causado pela presença no arco das partículas de
material superaquecido. As partículas funcionam como elementos importantes no processo de transferência
de calor, sendo que a transferência de material se processa a uma taxa de várias centenas de gotículas por
segundo.
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Figura 40. Comparação da utilização dos vários métodos de soldagem na Europa: Arco Submerso
(SAW), Eletrodo Revestido (MMA) e MIG/MAG ( incluindo arames sólidos e tubulares).
Figura 41. Principio do processo MIG/MAG: 1. Arco elétrico 2. Eletrodo 3. Carretel ou tambor 4.
Roletes de tração 5.Conduíte flexível 6. Conjunto de mangueiras 7. Pistola de soldagem 8. Fonte de
potência 9. Bico de Contato 10. Gás de proteção 11. Bocal do Gás de proteção 12. Poça de fusão.
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44. Representação do processo de transferência por Curto-Circuito. Uma gota de metal fundido é
formada no fim do eletrodo. Quando ela se torna suficientemente grande para entrar em contato com
a poça de fusão, o arco sofre um curto circuito. Isto eleva a corrente de soldagem e a corrente é
liberada, permitindo que o arco seja ignitado novamente. O aumento da corrente causado pelo curto
circuito gera respingos. 1.Ciclo do curto circuito. 2.Período do arco. 3.Período do curto circuito.
Figura 45. Princípio do arco pulsado. 1.Pico da corrente de pulso. 2.Corrente de transição. 3.Corrente
média de soldagem. 4.Corrente de base.
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A soldagem MIG pode ser usada em ampla faixa de espessuras, em materiais ferrosos e não
ferrosos como Alumínios, Cobre, Magnésio, Níquel e suas ligas. O processo MAG é utilizado apenas na
soldagem de materiais ferrosos, tendo como gás de proteção o CO2 ou misturas ricas nesse gás.
CONSUMÍVEIS DO PROCESSO
GASES
METAIS DE ADIÇÃO
GENERALIDADES:
Ao contrário da soldagem TIG, a maior parte dos casos de soldagem MIG/MAG utiliza a CCPI,
ficando a utilização da CCPD apenas para os casos de deposição superficial do material de adição e
aplicações onde a penetração não é importante.
RESULTADOS
Corrente Tamanho de Velocidade de Quantidade de Dispersão dos
Penetração
Gota Transferência Respingos Óxidos
CCPI Pequena Alta Alta Pouca Ocorre
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EQUIPAMENTOS
Figura 46. Exemplo de uma fonte de potência para solda (Máquina de soldar)
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É um processo de soldagem por fusão a arco elétrico que utiliza um eletrodo consumível, no qual o
calor necessário para a soldagem provem da energia liberada pelo arco formado entre a peça a ser soldada
e o referido eletrodo. A proteção da poça de fusão é obtida por meio dos gases gerados pela decomposição
do revestimento do eletrodo, sendo que o material de adição que é manuseado sem pressão provem do
metal que compõe o eletrodo.
O metal de base no percurso do arco é fundido, formando uma poça de metal fundido. O eletrodo é
também fundido e assim transferido à poça de fusão na forma de glóbulos de metal fundido a cada 0,001 a
0,01 segundos a elevada temperatura. Nessas condições a expansão dos gases contidos no arame
eletrodo, tanto em solução como armazenados em microporosidades, bem como os gases produzidos pela
elevada temperatura dos componentes do revestimento, provocam a explosão desses glóbulos, projetando-
os contra o banho de fusão.
O sopro das forças do arco, bem como o impacto dos glóbulos de metal fundido, forma uma
pequena depressão no metal de base que é chamada de cratera.
A distância medida no centro do arco, da extremidade do eletrodo até o fundo da cratera é
chamada comprimento do arco.
O comprimento do arco deve ser o menor possível (variando na faixa entre 3 e 4 mm ou ainda de
0,5 a 1,1 o diâmetro da alma do eletrodo) a fim de reduzir a chance dos glóbulos do metal em fusão
entrarem em contato com o ar ambiente, absorvendo Oxigênio e Nitrogênio, os quais tem efeito bastante
adverso nas propriedades mecânicas do metal depositado.
A coluna do arco estende-se desde o fundo da cratera até o glóbulo em fusão da ponta do eletrodo.
De acordo com alguns pesquisadores, a temperatura do gás no centro do arco ao longo de seu eixo é de
6000ºC, a temperatura do catôdo é de 3200ºC e a temperatura no anodo é de 3400ºC.
A possibilidade de inúmeras formulações para o revestimento explica a principal característica
deste processo que é sua grande versatilidade em termos de ligas soldáveis, operacionalidade e
características mecânicas e metalúrgicas do metal depositado. O custo relativamente baixo e a simplicidade
do equipamento necessário, comparados com outros processos, bem como a possibilidade de uso em
locais de difícil acesso ou abertos, sujeitos à ação de ventos, são outras características importantes.
Quando comparada com outros processos, particularmente com a soldagem com eletrodo
consumível e proteção gasosa ou com a soldagem a arco submerso, a soldagem com eletrodos revestidos
apresenta como principal limitação uma baixa produtividade, tanto em termos de taxa de deposição (entre
1,5 e 5 kg/h para eletrodos de aço carbono), como em termos de ocupação do soldador, geralmente inferior
a 40%.
Outras limitações são a necessidade de um treinamento específico, que é demorado e oneroso,
particularmente para certas aplicações de maior responsabilidade, necessidade de cuidados especiais para
os eletrodos, principalmente com os do tipo básico (baixo Hidrogênio), e o grande volume de gases e fumos
gerados no processo, que são prejudiciais à saúde, particularmente em ambientes fechados.
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PRINCÍPIOS DO PROCESSO
O arco elétrico é aberto tocando-se o eletrodo na peça a ser soldada. Apesar de não se exigir uma
técnica especial, é necessário um treinamento prévio para não se causar danos na peça a ser soldada,
principalmente se o eletrodo for do tipo de baixo Hidrogênio (eletrodo de revestimento básico).
A manutenção do arco, por sua vez é uma mera questão de controlar a velocidade de deposição e
o comprimento do arco elétrico, uma vez todas as outras variáveis estabelecidas.
Na extinção do arco finalmente, um cuidado especial deve ser tomado para evitar a formação da
cratera no final do cordão. A cratera deve ser preenchida convenientemente, mantendo-se o eletrodo
estacionário sobre o fim do cordão, até que ela seja eliminada.
A corrente que alimenta o arco elétrico provem de uma fonte geradora, podendo ser corrente
contínua ou corrente alternada. Os aparelhos que servem de fonte dividem-se em três categorias:
Máquinas de corrente contínua: grupos rotativos, grupos eletrógenos, retificadores.
Máquinas de corrente alternada: transformadores e conversores de freqüência.
Máquinas mistas: transformadores/retificadores.
A corrente alternada não é sensível ao fenômeno do sopro magnético (fenômeno do desvio do arco
devido a campos magnéticos que atravessam a peça).
Maior velocidade de solda (devido possivelmente à inversão do sentido da corrente a todo instante).
As máquinas de soldagem em corrente alternada são de menor tamanho, custo e peso que as de
corrente contínua, além de exigirem menor manutenção.
Menor consumo de energia (η= 0.8 no transformador; 0.5 no gerador e 0.6 no retificador).
Maior refinamento no metal depositado, devido agitação do banho de fusão.
Permite utilização de eletrodo com elementos pouco ionizantes no revestimento. Melhor uso de
eletrodos para ferro fundidos e aços inoxidáveis.
Mais recomendada para a soldagem de chapas finas e soldagem fora da posição.
A mudança de polaridade permite modificar certas características do depósito, como por exemplo a
penetração.
A corrente contínua é independente de circuitos elétricos, pois pode ser gerada pelos grupos
eletrógenos.
Os eletrodos revestidos são constituídos por uma alma metálica cercada por um revestimento
composto de matérias orgânicas e ou minerais de dosagem bem definida.
Os vários materiais que compõe o revestimento entram na forma de pó, com exceção do
aglomerante que é geralmente silicato de sódio ou potássio. O revestimento é composto por elementos de
liga e desoxidantes tais como ferro cromo, ferro manganês, etc.., estabilizadores de arco formadores de
escória e materiais fundentes (asbesto, feldspato, ilmenita, óxido de ferro, mica, talco, rutilo, etc..) e
materiais que formam uma atmosfera protetora (dolomita, carbonato de ferro, celulose, etc..).
A princípio, as funções básicas do revestimento são:
Proteger o arco contra o Oxigênio e Nitrogênio do ar, através dos gases gerados pela
decomposição do revestimento em alta temperatura.
Reduzir a velocidade de solidificação, proteger contra a ação da atmosfera e permitir a
desgazeificação do metal de solda através da escória.
Facilitar a abertura e estabilizar o arco.
Introduzir elementos de liga no material depositado e desoxidar o metal de solda.
Facilitar a soldagem nas diversas posições de trabalho.
Servir de guia às gotas em fusão em direção ao banho.
Constituir-se em isolante elétrico na soldagem em chanfros estreitos ou de difícil acesso.
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TIPOS DE REVESTIMENTO
Em função de sua formulação e do caráter da escória, os revestimentos dos eletrodos podem ser
classificados em diferentes tipos. Essa classificação varia bastante, de acordo com os diferentes autores e
da norma utilizada; utilizaremos a classificação dos tipos de revestimento abaixo:
- Revestimento oxidante: são os eletrodos que contém no revestimento uma grande quantidade
de óxido de ferro, com ou sem óxido de manganês, dando uma escória oxidante, abundante e que se
remove com facilidade, e um metal depositado com baixa penetração e baixas propriedades mecânicas;
hoje em dia este tipo de eletrodo já está superados pelos eletrodos rutílicos.
- Revestimento básico: estes eletrodos tem um revestimento com altas quantidades de carbonato
de cálcio, que lhe confere uma escória de caráter básico, pouco abundante e de rápida solidificação. A
penetração é média, porém o metal depositado é de elevada pureza, com baixo teor de Enxofre e com
valores baixos de Hidrogênio ( causadores de trincas de solidificação e de trincas a frio respectivamente),
apresentando ainda elevada resistência mecânica e resistência à fadiga. O grande perigo para este tipo de
eletrodo é sua alta higroscopicidade, que poderá ocasionar porosidade e trincamento no cordão no caso de
umidade, exigindo portanto grande cuidado na armazenagem.
- Revestimento ácido: o revestimento é a base de óxido de ferro e óxido de manganês ou de
titânio ou de silício. A escória é de caráter ácido, abundante, leve e que se destaca com facilidade; a
penetração é razoavelmente boa, a taxa de fusão é elevada, o que limita portanto a posição de soldagem à
condição de plana e horizontal. É necessário que o metal de base tenha baixo teor de Carbono e impurezas
a fim de evitar trincamento de solidificação.
- Revestimento rutílico: são eletrodos com grande quantidade de rutilo (TiO2) no revestimento,
gerando uma escória abundante, leve e de fácil remoção. A taxa de deposição é elevada, o eletrodo é
soldável em todas as posições e a penetração é media; as propriedades mecânicas do metal depositado
são boas, porém são exigidos os mesmos cuidados que os eletrodos de revestimento ácido no que diz
respeito ao metal base.
- Revestimento celulósico: estes eletrodos possuem revestimento com alto teor de materiais
orgânicos combustíveis, os quais geram um invólucro de gases protetores quando se decompõem no arco.
A escória é pouco abundante, de média dificuldade de remoção, porém o arco é de alta
penetração, que é sua característica mais importante. O cordão de solda possui um aspecto bastante
medíocre e a perda por respingo é elevada, porém as propriedades mecânicas são bastante boas, com o
eletrodo apresentando soldabilidade em todas as posições.
Obs.: É muito comum a utilização de pó de ferro incorporados aos diversos tipos de revestimento,
objetivando um aumento no rendimento de metal depositado em relação ao tempo de soldagem. Isto
permite um aumento na taxa de deposição do eletrodo, ao mesmo tempo que permite um aumento na
corrente de soldagem, pois a adição de pó de ferro torna o revestimento mais resistente à ação do calor; ao
mesmo tempo isto dificulta a soldagem fora da posição plana, devido ao maior volume de líquido
desenvolvido na poça de fusão.
Os eletrodos são classificados com base nas propriedades mecânicas e na composição química do
metal depositado, no tipo de revestimento, posição de soldagem e tipo de corrente.
A classificação da AWS (American Welding Society) utiliza uma série de números e letras que
fornecem várias informações a respeito do eletrodo, conforme procedimento abaixo.
Para os eletrodos de aço carbono e aços de baixa liga, a classificação utiliza 4 ou 5 algarismos
precedidos da letra E, onde E significa eletrodo.
Os primeiros dois (ou três) algarismos se referem à tração mínima exigida e é dado em mil libras
por polegada quadrada (ksi).
O terceiro (ou quarto) algarismo se refere à posição de soldagem, e o próximo algarismo, que é o
último para os eletrodos de aço carbono indica o tipo de revestimento, corrente e polaridade.
Para os aços de baixa liga, a classificação AWS coloca após o último algarismo um hífen, seguido
de um conjunto de letras e números, indicando classes de composição química, relativas aos diversos tipos
de ligas.
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ÚLTIMO ALGARISMO
Eletrodo Tipo de Revestimento Corrente
EXXX10 Celulósico (Sódio) CC+
EXXX20 Ácido CC-
EXXXX1 Celulósico (Potássio) CC+,CA
EXXXX2 Rutílico (Sódio) CC-,CA
EXXXX3 Rutílico (Potássio) CC+,CC-,CA
EXXXX4 Rutílico (Pó de Ferro) CC+,CC-,CA
EXXXX5 Básico (Sódio) CC+
EXXXX6 Básico (Potássio) CC+,CA
EXXXX7 Ácido (Pó de Ferro) CC-,CA
EXXXX8 Básico (Pó de Ferro) CC+,CA
Códigos Significado
A1 Eletrodo de aço carbono-molibidênio (0.40-0.65% Mo)
B1 Eletrodo de aço cromo-molibidênio (0.40-0.65% Cr e Mo)
B2 Eletrodo de aço cromo-molibidênio (1.00-1.50% Cr e 0.4-0.65 Mo)
B2L Idem ao acima, com baixo teor de Carbono (0.005%)
B3 Eletrodo de aço cromo-molibidênio (2.5% Cr e 1% Mo)
B4L Eletrodo de aço cromo-molibidênio (2.25% Cr e 0.65 Mo, baixo Carbono)
B5 Eletrodo de aço cromo-molibidênio (0.6% Cr e 1.25% Mo, traços V)
C1 Eletrodo de aço Níquel (2.00-2.75% Ni)
C2 Eletrodo de aço Níquel (3.00-3.75% Ni)
C3 Eletrodo de aço Níquel (1.10% Ni, Cr<0.15%, Mo<0.35%, V<0.05%)
D1 Eletrodo de aço manganês-molibidênio (1.75% Mn e 0.45% Mo)
D2 Eletrodo de aço manganês-molibidênio (2.00% Mn e 0.45% Mo)
G Outros tipos de eletrodos de aço baixa liga
M Especificações militares americanas
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Introdução:
Data da década de 30 o início da utilização de proteção gasosa nas operações de soldagem, para
resolver problemas da contaminação atmosférica nas soldas de materiais reativos (i.e. alumínio, titânio e
ligas de magnésio), tendo dado origem ao processo TIG (Tungsten Inert Gas).
Utilizando o mesmo princípio de funcionamento do TIG, ou seja um arco elétrico estabelecido entre
um eletrodo e a peça, envolto por uma atmosfera protetora de gás inerte, surge em 1948 o processo MIG, o
qual difere do anterior por utilizar um eletrodo consumível de alimentação contínua.
Inicialmente utilizado para ligas altamente reativas, pois a utilização de gases inertes tornava seu
custo elevado para utilização em aços carbono e baixa liga. Quando da introdução do CO2 como gás de
proteção revelou-se um processo bem aceito para soldagem de aço carbono e baixa liga, uma vez que
barateou o custo do processo.
No início apenas arame sólido era utilizado e por volta dos anos 50 foi introduzido o uso de Arame
Tubular com proteção gasosa. Na década de 60 o Arame autoprotegido foi introduzido por pesquisadores e
engenheiros da Lincoln Eletric [Miskoe 1983].
A utilização de Arame Tubular deu uma alta qualidade ao metal de solda depositado, excelente
aparência ao cordão de solda, boas características de arco, além de diminuir o número de respingos e
possibilidade de solda em todas as posições, tendo ganho popularidade para soldagem de aços carbono e
baixa liga, em chapas de espessura grossa e fina.
Muitas vezes sendo utilizado em grandes espessuras onde a geometria de junta e posição de
soldagem não permitia a aplicação de outros processos de alto rendimento tal como arco submerso ou
eletroescória.
O processo de soldagem por Arame Tubular tem duas variantes, podendo ser protegido por gás
inerte, por gás ativo ou mistura destes ("dualshield") ou autoprotegido, sem a utilização de gases de
proteção ("innershield").
Atualmente a utilização de Arames Tubular autoprotegido tem tido grande interesse em
conseqüência da sua versatilidade e possibilidade de aplicação em ambientes sujeitos a intempéries como,
na fabricação de plataformas de prospeção de petróleo, estaleiros navais, locais de difícil acesso e
condições de trabalho, onde até então era absoluto o domínio do processo de soldagem por eletrodos
revestidos, assim como vem aumentando sua utilização em estações de trabalho automatizadas e ou
robotizadas.
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Definição:
O processo de soldagem por Arame Tubular é definido como sendo um processo de soldagem por
fusão, onde o calor necessário a ligação das partes é fornecido por um arco elétrico estabelecido entre a
peça e um Arame alimentado continuamente.
É um processo semelhante ao processo MIG/MAG, diferindo deste pelo fato de possuir um Arame
no formato tubular, que possui no seu interior um fluxo composto por materiais inorgânicos e metálicos que
possuem várias funções, entre as quais a melhoria das características do arco elétrico, a transferência do
metal de solda a proteção do banho de fusão e em alguns casos a adição de elementos de liga, além de
atuar como formador de escória.
Este processo possui basicamente duas variantes:
- Arame Tubular com proteção gasosa;
Figura 50. Esquema do processo de soldagem com arame tubular com proteção gasosa (FCAW-G)
Figura 51. Esquema do processo de soldagem com arame tubular autoprotegido (FCAW-S)
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Histórico:
Os precursores do processo começaram ainda no século passado com a soldagem na posição
vertical em um único passe através do confinamento do metal líquido com sapatas de grafite, cerâmica ou
cobre, executava-se a soldagem por arco elétrico ou por processo térmico. Os russos na década de 50
desenvolveram o princípio do processo, que consiste em uma escória líquida condutora de energia elétrica
para a soldagem na posição vertical ascendente.
Princípio do Processo:
O processo de soldagem eletroescória é um processo por fusão através de uma escória líquida a
qual funde o metal de adição e as superfícies a serem soldadas. O processo de soldagem Eletroescória é
usado onde se necessita grandes quantidades de material de solda depositado, como por exemplo para
soldar seções transversais muitos espessas.
O processo passa a ser viável economicamente em juntas de topo a partir de 19 mm de espessura
e, para espessuras máximas praticamente não há limitações. Todos os cordões são executados na posição
vertical ascendente ou aproximadamente a esta. A poça de soldagem é circundada, pelos lados das bordas
por suportes de cobre, resfriadas na parte interna com uma vazão constante de água, a qual chama-se de
sapata de refrigeração.
Antes de iniciar o processo coloca-se no chanfro, fluxo para soldar. Depois inicia-se o processo de
soldagem com um arco elétrico, entre o eletrodo (em fusão) e o lado inferior do chanfro. Este arco voltaico
funde o fluxo. A condutibilidade elétrica da escória líquida, que resulta do processo, aumenta diretamente
com a temperatura.
Tão logo a condutibilidade do banho de escória tenha aumentado, a tal ponto que a escória
conduza melhor do que a corrente elétrica do arco, este se apaga. Então a corrente elétrica corre do
eletrodo, através da escória líquida e através da zona metálica fundida, até o metal base.
O aquecimento, devido às propriedades especiais de condutibilidade da escória, funde o metal
adicionado e as faces do chanfro, devido a passagem da corrente elétrica pelo banho da escória aquecido.
Este calor gerado pela corrente elétrica é o principio que serve como fonte de calor.
O guia do eletrodo e as sapatas se deslocam continuamente para cima, isto é, de modo que a
superfície do metal líquido seja mantida sempre na altura média das sapatas de refrigeração. O metal
solidificado é coberto lateralmente com uma camada fina de escória, e portanto deve ser substituída com a
adição regular de fluxo, para que a profundidade do banho de escória seja mantida estável. Na maioria dos
casos a profundidade mais favorável está entre 40 e 60 mm.
Campos de Aplicação:
Construções metálicas: Soldas em chapas grossas de topo.
Construção naval: Solda de seções do navio e laterais de tanques.
Construção de recipientes, vasos de pressão: Costuras longitudinais e circulares.
Técnica nuclear: Partes de componentes para usinas nucleares.
Construção de máquinas: Carcaças para turbinas, cilindros, eixos, bases para máquinas.
Construção de vagões ferroviários: superfícies de rolamento, jogos de rodas.
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Vantagens:
Preparação do chanfro a baixo custo, por meio de oxicorte, pois não há tolerâncias críticas a serem
consideradas.
O processo lento de solidificação é favorável, do ponto de vista metalúrgico, para as reações
químicas na poça de fusão.
O metal depositado é bem desgaseificado e livre de poros, tampouco mostra endurecimento,
conferindo alta qualidade da junta soldada.
Devido ao resfriamento lento surgem tensões próprias da solda consideravelmente mais baixas do
que em soldas executadas por outros processos.
Solda sem distorções, o que evita trabalhos, de ajustamento, muito onerosos
Desvantagens:
Granulação grosseira, com baixa resistência ao impacto, sendo necessário tratamento térmico
posterior.
Alto custo dos dispositivos de soldagem.
Mão-de-obra especializada é recomendada na operação.
A soldagem só pode ser feita na posição vertical ascendente, e tem que ser iniciada
preferencialmente a soldagem uma única vez.
Solda seções acima de 19 mm.
Tecnologia do Processo:
O processo de soldagem por eletroescória, pode ser executado com um ou vários arames, os quais
podem ter oscilação através de dispositivos acoplados ao sistema tracionador de arame.
O revestimento com fita, com depósito em aço inoxidável e alta liga de níquel, podem ser feitos com
excelente qualidade metalúrgica e sanidade ultra-sônica.
Para tal aplicação utiliza-se os dispositivos e demais componentes do processo de soldagem arco
submerso. A grande vantagem da utilização dessa variante de processo seria a sua baixíssima diluição, que
gira em torno de 6%, nunca maior que 10%..
A abertura do chanfro é de aproximadamente 20 até 30 mm. Seu valor mínimo é determinado pela
forma do guia do arame. A abertura deve ser o suficiente para que não ocorra curto-circuito entre guia de
arame e as faces do chanfro. Aberturas de junta, grande demais, não são econômicas.
A soldagem por eletroescória exige uma escória líquida que, por um lado, conduza bem a corrente
elétrica e por outro lado, garanta uma boa transmissão de calor para as chapas a serem soldadas. No inicio
do processo, as sapatas de refrigeração fixados nas faces a serem soldadas, contendo apenas fluxo
granulado.
O percurso de espaço inicial de 3 à 8 cm de cordão de solda são feitos sob escória não totalmente
fundida. Esta parte do cordão mostra uma penetração baixa demais. Por causa disso é colocada, abaixo do
cordão, uma peça de acesso a qual não deve ser menor que 100 mm.
Para terminar o cordão devem ser previstas peças de saída. Esta não têm apenas como objetivo
manter a escória confinada, com também manter fora do cordão, os últimos milímetros da solda, que devido
à interrupção do processo, podem desenvolver uma estrutura metalográfica diferente.
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A soldagem por eletroescória exige operação ininterrupta. Cada interrupção, por sua vez, por mais
curta que seja, leva ao resfriamento do banho de escória, o que causa uma penetração insuficiente
provocando descontinuidades. Por esta razão, antes de iniciar a soldagem, deve-se ter quantidade de
arame suficiente para todo o tempo de arco aberto.
Equipamento:
As fontes de energia típicas para o processo são similares as utilizadas no arco submerso. com
ciclo de trabalho de 100%, com tensões em vazio da ordem de 60 V e tensões de trabalho de 30 a 55 V.
A soldagem por eletroescória pode ser realizada com corrente alternada ou contínua com eletrodo
no polo positivo). Algumas vezes usa-se corrente alternada.
Uma tensão de soldagem mais alta provoca uma maior penetração na face. Com o aumento do
avanço do eletrodo aumenta a corrente, a profundidade da poça de fusão e a potência de fusão. Com
velocidade pendular mais alta, a formação da microestrutura será melhor.
Tabela. Parâmetros para soldagem por eletroescória com 1 eletrodo sem oscilação.
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Podemos definir descontinuidade como sendo uma interrupção das estruturas típicas de uma junta
soldada, no que se refere à homogeneidade de características físicas, mecânicas ou metalúrgicas. De
acordo com as exigências de qualidade da junta soldada, uma descontinuidade pode ser considerada um
defeito, exigindo ações corretivas. Abaixo temos algumas descontinuidades mais comuns encontradas nas
operações de soldagem, e eventuais cuidados para evitar o surgimento das mesmas.
Abertura de arco – É uma imperfeição local na superfície do metal de base resultante da abertura
do arco elétrico.
Ângulo excessivo de reforço – É um angulo excessivo entre o plano da superfície do metal de
base e o plano tangente ao reforço da solda, traçado a partir da margem da solda. É causado por excesso
de material de solda no acabamento.
Cavidade alongada – Vazio não arredondado com a maior dimensão paralela ao eixo da solda,
podendo estar localizado na solda . Pode ser causado por excesso de velocidade de soldagem.
Concavidade – reentrância na raiz da solda, podendo ser: central, situada ao longo do centro de
cordão; ou lateral, situada nas laterais do cordão. Geralmente é causada por movimentação rápida do
eletrodo.
Concavidade excessiva – Solda em ângulo com a face excessivamente côncava. É uma falta de
material de reforço.
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Desalinhamento – Junta soldada de topo, cujas superfícies das peças, embora paralelas,
apresentam-se desalinhadas, excedendo à configuração de projeto.
Inclusão metálica – Metal estranho retido na zona fundida. Como exemplo deste tipo de
descontinuidade temos a inclusão de Tungstênio freqüentemente vinculada à soldagem TIG.
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Falta de fusão – É uma fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base, ou entre passes
da zona fundida, podendo estar localizada: na zona de ligação (a); entre os passes (b) ou na raiz da solda
(c e d).
Falta de penetração – Insuficiência de metal na raiz de solda. As causas mais comuns deste tipo
de defeito são: manipulação incorreta do eletrodo, junta mal preparada (ângulo de chanfro ou abertura de
raiz pequeno), corrente de soldagem insuficiente, velocidade de soldagem muito alta e diâmetro de eletrodo
muito grande.
Inclusão de escória – Material não metálico retido na zona fundida, podendo ser: alinhada (a e b);
isolada (c); ou agrupada (d).
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Perfuração – Furo na solda (Fig. 16a) ou penetração excessiva localizada (Fig. 16b) resultante da
perfuração do banho de fusão durante a soldagem.
Porosidade alinhada – Conjunto de poros dispostos em linha, segundo uma direção paralela ao
eixo longitudinal da solda.
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Solda em ângulo assimétrica – Solda em ângulo, cujas pernas são significativamente desiguais
em desacordo com a configuração de projeto.
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Trinca de cratera – Trinca localizada na cratera do cordão de solda, podendo ser: longitudinal (a),
transversal (b) ou em estrela (c).
Trinca irradiante – Conjunto de trincas que partem de um mesmo ponto, podendo estar
localizadas: na zona fundida (a); na zona termicamente alterada (b) ou no metal de base (c).
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Trinca longitudinal – Trinca com direção aproximadamente paralela ao eixo longitudinal do cordão
de solda, podendo estar localizada: na zona fundida (a); na zona de ligação (b); na zona termicamente
afetada (c) ou no metal de base (d).
Trinca na margem – Trinca que se inicia na margem da solda, localizada geralmente na zona
termicamente afetada.
Trinca na raiz – Trinca que se inicia na raiz da solda, podendo estar localizada: na zona fundida
(a); ou na zona termicamente afetada (b).
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Trinca sob cordão – Trinca localizada na zona termicamente afetada, não se estendendo à
superfície da peça.
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DEFEITOS
NORMAS
INCLUSÕES DE ESCÓRIA POROSIDADE
Para E= 1 Para E = 1
lmax = 6,3 mm p/ t< 19 mm AT ≤ 38,7 t mm2 em uma solda de
= 1/3 t p/ 19≤ t ≤57 mm comprimento = 150mm.
= 19 mm p/ t > 57 mm ∅ max = 0,2 t ou 3,2 mm (o menor valor)
Σ L < t para cada trecho de solda de exceto quando está afastado do adjacente
comprimento = 12t, exceto quando a distância de mais de 25 mm, quando então
ASME VIII entre os defeitos for > 6L (L é o tamanho do ∅max=0,3 t ou 6,3 mm (o menor valor).
(DIVISÃO 1) maior defeito). Porosidade alinhada: Σ ∅ < t em um
ASME I Σ l ≤ 25 mm para cada 300 mm de solda. comprimento = 12 t ou 150 mm (o menor
Para E < l: valor) e que cada poro diste pelo menos 6 x
l ≤ 19 mm ∅(do maior poro) do outro poro.
l ≤ 2/3 t Ver cartas de porosidade.
Σ L ≤ t para cada trecho de solda de Para E < 1
comprimento = 6t, e se a distância entre os Não é fator a ser levado em consideração.
defeitos for ≥3L.
Soldas Circunferenciais e Longitudinais Soldas Circunferenciais e Longitudinais
Para E = 1: ∅ ≤ 1,6 mm ou ∅ ≤ t/3 para E = 1
l ≤ t/3 ∅ ≤ 2,4 mm ou ∅ ≤ t/2 para E < 1
Σ L ≤ t/2 para cada 150 mm de solda AT ≤ 6,5 mm2 (3 áreas ∅ = 1,6 mm ou ∅ =
ANSI
largura ≤ 1,6 mm 2,4 mm) em uma área de 650 mm2 por 25,4
(B 31.3)
Para E < 1: mm de espessura.
l ≤ 2t
ΣL ≤ 4t para cada 150 mm de solda
largura ≤ 2,4 mm
Inclusões Isoladas: AT ≤ 0,06t para cada 150 mm de solda.
l < 6,3 mm são aceitas para qualquer t. ∅ ≤ 0,2t ou 3,2 mm (o menor valor). Se for
l < 2/3 t e < 19 mm. poro isolado distante 25,4 mm ou mais de
Inclusões Alinhadas: outro poro, ∅max ≤ 0,3t ou 6,3 mm (o
API
a) Σ L > t, para cada trecho de solda de menor valor).
(650) comprimento = 6t não são aceitas, a menos Para cada solda de 25,4 mm ou 2t de
que o espaço entre os defeitos seja 3 vezes o comprimento (o menor valor) a porosidade
tamanho do maior defeito. poderá se agrupar em uma concentração 4
vezes superior à permitida no item acima.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ASM Handbook, vol 6., Welding, Brazing and Soldering, ASM, International 1993.
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