GuiaColectorCogumelos 2
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GuiaColectorCogumelos 2
Guia do
Colector de
Cogumelos
PARA OS
COGUMELOS SILVESTRES COMESTVEIS
COM INTERESSE COMERCIAL
EM PORTUGAL
Em caso de intoxio
Aos primeiros sintomas de indisposio
(vmitos, nuseas, diarreia, dor
abdominal, tonturas) contacte:
Centro de Informao
Anti-Venenos (CIAV)
112
Nmero Europeu
de Emergncia
Grupo A
23
Grupo B
85
Grupo C
95
Grupo D
107
Grupo E
113
Grupo F
121
Morquelas
Guia do
Colector de
Cogumelos
PARA OS
COGUMELOS SILVESTRES COMESTVEIS
COM INTERESSE COMERCIAL
EM PORTUGAL
Ficha Tcnica
TTULO Guia do Colector de Cogumelos para os cogumelos silvestres
ndice
Introduo
ndice Visual
7
15
23
85
95
107
113
121
Glossrio
131
Anexos
ndice Remissivo
Comentrios (cont.)
138
140
ADVERTNCIA
A utilizao de cogumelos na
alimentao tem riscos. S uma
correcta identificao garante segurana
no seu consumo. Se tiver a mnima
dvida acerca da identificao de um
cogumelo, rejeite-o.
ISENO DE RESPONSABILIDADE
Nem a DGADR nem o ICNF nem o autor
dos textos podem ser responsabilizados
por quaisquer danos resultantes de
erros de identificao de cogumelos.
Introduo
INTRODUO
O que so os cogumelos
Um cogumelo, tal como o vemos,
apenas a parte visvel e reprodutora de
um organismo cuja parte vegetativa
formada por finssimos filamentos (as
hifas) a cujo conjunto se chama miclio.
Frequentemente, quando se levanta
uma camada de folhagem em decomposio na manta morta de uma floresta no outono pode facilmente observar-se o miclio que tem o aspecto de um
feltro branco ou uma poro de algodo
em rama. Por vezes, o miclio aglomera-se formando finos cordes, o que pode
ser facilmente observado na base de
alguns cogumelos. Toda esta rede miceliana serve para colonizar o substrato
e obter os nutrientes e, pelo seu crescimento, aumentar a rea de explorao.
no miclio, depois de reunidas determinadas condies, que se vo diferenciar estruturas resultantes da aglomerao organizada das hifas, destinadas
produo de esporos; estas estruturas
so os esporforos ou corpos frutferos,
FIGURA 1
lminas
na superfcie
das quais so
produzidos
os esporos
germinao
dos esporos
anel
esporforo
ou carpforo
miclio
primrdio
volva
(resultante do
vu universal)
vu parcial
fases juvenis
(representao em corte
para mostrar a origem
da volva e do anel)
vu universal
11
INTRODUO
FIGURA 2
cutcula
carne
restos do vu
universal
tubos
lamela
lminas
poros
anel (s em
algumas espcies)
ornamentao do p
(retculo)
p (ou estipe)
volva (s em
algumas espcies)
base do p
12
13
INTRODUO
FIGURA 3
adnata
livre
apertadas
sinuada
anastomosadas
bifurcadas
sinuada-uncinada
14
distante
decorrente
desiguais
(lminas e lamelas)
B - Formas do chapu
aplanado
mamelonado
convexo
hemisfrico
campanulado
esfrico
ovoide
cnico
deprimido
truncado
infundibuliforme
C - Formas do p
delgado
fusiforme
ou inchado
cilindrceo
obeso
sinuoso
bolboso
clavado
atenuado
ou afilado
radicante
15
ndice Visual
de Cogumelos
Grupo A
24
Agaricus
arvensis
Agaricus
bresadolanus
32
Agaricus
sylvicola
16
Amanita
verna
38
Amanita
boudieri
46
44
Amanita
muscaria
50
48
Agaricus
sylvaticus
Agrocybe
cylindracea
42
Amanita
curtipes
30
36
34
40
Amanita
ponderosa
Agaricus
campestris
Agaricus
xanthodermus
Amanita
caesarea
28
Amanita
phalloides
52
Amanita
virosa
54
Chlorophyllum
rachodes
58
56
Lactarius
deliciosus
Lactarius
semisanguifluus
Lactarius
sanguifluus
66
64
Marasmius
oreades
Macrolepiota
procera
80
Lepista
nuda
70
Pleurotus
eryngii
Omphalotus
olearius
Russula
cyanoxantha
62
68
74
72
Pleurotus
ostreatus
60
76
Tricholoma
equestre
78
Tricholoma
portentosum
82
Legenda
Tricholoma
scalpturatum
Tricholoma
terreum
Comestvel
No
comestvel
Txico
Mortal
19
Grupo B
Cantarelos e Craterelos
86
Cantharellus
cibarius
88
Craterellus
cornucopioides
90
Craterellus
lutescens
92
Craterellus
tubaeformis
Grupo C
Boletos
96
Boletus
aereus
Boletus
badius
104
Boletus
reticulatus
20
98
100
Boletus
edulis
102
Boletus
pinophilus
Grupo D
Hidnos
108
Hydnum
repandum
110
Hydnum
rufescens
Grupo E
Morquelas
114
Morchella
costata
116
Morchella
elata
118
Morchella
esculenta
Grupo F
Choiromyces
gangliformis
124
Terfezia
arenaria
126
Terfezia
leptoderma
128
Tuber
oligospermum
21
Fichas das
espcies
24
Agaricoides
com lminas
Grupo A
Cogumelos com lminas debaixo do chapu
Agaricus
arvensis
26
Schaeff.
CARNE
Branca, adquirindo tonalidades amareladas ao corte. odor Ligeiro a anis ao ser colhido mas que depois se esvanece. sabor
Noz fresca aps mastigao.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Castanho-escura.
---------------------------------ECOLOGIA
Prados abertos, pastagens, por vezes em
clareiras de bosques, normalmente em
grupo. Saprbio. Primavera e outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Agrico-arvense.
COMENTRIOS
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Agaricus
bresadolanus
Agaricus
xanthodermus
Amanita
virosa
Amanita
phalloides
27
Agaricus
bresadolanus
28
= A. romagnesii Wasser;
= A. campestris var. radicatus Vittad.
Bohus
CARNE
Branca, muito levemente rosada na carne
do chapu e amarelada-laranja sob a zona
cortical na base do p. odor Muito ligeiro
e complexo, um pouco anisado e fngico
na carne do chapu, levemente fenlico
ou a iodo na base do p. sabor Doce.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Castanho-escura.
---------------------------------ECOLOGIA
Cresce principalmente em jardins.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
TXICO. Provoca sndrome gastroentrica
constante (tempo de incubao curto).
MORFOLOGIA
chapu jovem Hemisfrico. adulto
Plano-convexo, com a margem enrolada,
fina e esbranquiada, excedente e franjada com restos de vu parcial, no final um
pouco deprimido no centro.
dimenso 3-10 cm .
cutcula Revestida por finas fibrilas ou
finas escamas fibrilosas aderentes, dispostas radialmente, mais densas no disco e quase completamente ausentes na
margem.
cor Fibrilas e escamas castanhas sobre
fundo branco acinzentado.
lminas Inicialmente rosa-plido, passando a rosa-salmo e, finalmente, acastanhadas, com a margem mais clara;
apertadas, desiguais, com muitas lamelas
de todos os tamanhos.
p 3-8 x 1-2 cm; cilindrceo, alargado na
base, que apresenta um evidente apndice em forma de rizide; cheio, depois
oco com a idade; flocoso abaixo do anel
e amarelecendo ligeiramente por frico,
finamente flocoso e rosado acima do anel.
anel Fino e membranoso, branco, frgil,
pelo que em exemplares mais maduros
pode no estar presente.
Apndice na base do p
COMENTRIOS
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Agaricus sylvaticus (comestvel) que cresce
geralmente em bosques de conferas, ou
outras espcies comestveis que tenham
o chapu com tonalidades acastanhadas
sobre fundo esbranquiado.
Agaricus
sylvaticus
29
Agaricus
campestris
30
L.
CARNE
Espessa, rija, branca, ao corte vira lentamente e com pouca intensidade para
acastanhado rosado. odor Fraco, agradvel. sabor Doce.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Castanho-escura.
---------------------------------ECOLOGIA
Em pastagens e prados frequentados pelo
gado, geralmente em grupos numerosos.
Saprbio. Primavera e outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Agrico-campestre.
COMENTRIOS
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Agaricus
bresadolanus
Agaricus
xanthodermus
Amanita
virosa
Amanita
phalloides
31
Agaricus
sylvaticus
32
Schaeff
CARNE
Branca, tornando-se vermelho-laranja ao
corte e depois vermelho-sangue. odor
Agradvel. sabor Doce.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Castanho-escura.
---------------------------------ECOLOGIA
Em terrenos calcrios, geralmente em
bosques de conferas, raramente de folhosas ou matas mistas. Saprbio. Outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Bom.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Agrico-dos-bosques.
COMENTRIOS
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Com Agaricus lanipes (comestvel)
que tem a base do p revestido por
escamas fibrilosas brancas e cujo
avermelhamento da carne no to
forte, ou com Agaricus langei (comestvel) em que o p se torna avermelhado ao toque passando a cinzento
acastanhado.
Agaricus
Agaricus
langei
lanipes
33
Agaricus
sylvicola
34
(Vittad.) Peck
CARNE
Branca, que amarelece ao corte. odor Forte a anis. sabor Adocicado.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Castanho muito escuro.
---------------------------------ECOLOGIA
Bosques de folhosas, em pequenos grupos. Saprbio. Outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Agrico-dos-bosques-anisado.
MORFOLOGIA
chapu jovem Hemisfrico. adulto
Convexo e depois aplanado.
dimenso At 12 cm .
cutcula Facilmente separvel, espessa,
seca, sedosa, lisa ou por vezes com algumas escamas pequenas apressas.
cor Branca, amarelecendo ao toque ou
mesmo espontaneamente, passando depois a amarelo aafro.
lminas Livres, apertadas, durante muito
tempo cinzento claro rosado, depois acastanhadas e por fim castanho chocolate ou
caf.
p At 12x2 cm; cilindrceo, esbelto, um
pouco bolboso na base, fistuloso, liso acima do anel e um pouco escamoso abaixo,
amarelecendo quando esfregado. anel
Persistente mas frgil, amplo, pendente,
muito ondulado, membranoso liso por
cima e polposo e crenelado por baixo.
COMENTRIOS
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Agaricus
bresadolanus
Agaricus
xanthodermus
Amanita
virosa
Amanita
phalloides
35
Agaricus
xanthodermus
36
Genev.
CARNE
Macia, branca, tornando-se amarelada
sob a cutcula e acastanhando depois um
pouco; fibrosa na camada externa do p,
branca e muito brilhante, mas amarelo-crmio na base bolbosa. odor Desagradvel, fenlico ou a iodo. sabor Adocicado
a um pouco desagradvel.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Castanho-escuro.
---------------------------------ECOLOGIA
Bosques pouco densos, tanto de folhosas
como de resinosas, mas mais frequentemente em parques e jardins, prados, terrenos de pastagem, em grupos numerosos,
por vezes formando anis-de-fada. Saprbio. Vero e outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
TXICO.
Para evidenciar a alterao de cor para amarelo-crmio, deve-se esfregar o cogumelo com
o polegar, no chapu ou na base do p, o que tambm ir intensificar o seu cheiro a iodo.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Agaricus
sylvicola
37
Agrocybe
cylindracea
38
(DC.) Maire
CARNE
Compacta, branca no chapu, acinzentada e depois acastanhada no p. odor Barril velho de vinho. sabor Avel.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Castanho-tabaco.
---------------------------------ECOLOGIA
Em cepos, troncos mortos ou na base de
rvores senescentes de choupos e salgueiros, sobretudo em zonas ribeirinhas.
Saprbio. Durante todo o ano em condies de humidade prolongada.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom comestvel, sobretudo em jovem.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Agrocibe-do-choupo.
COMENTRIOS
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Difcil de confundir, devido s suas caractersticas tpicas.
39
Amanita
boudieri
40
Barla
CARNE
Branca, imutvel. odor e sabor no apreciveis.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branco-creme claro.
---------------------------------ECOLOGIA
Espcie mediterrnica, que cresce em bosques mistos pouco densos e ensolarados,
em terrenos cidos e arenosos. Micorrzico. Outono ou mais frequentemente na
primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
TXICO. Tradicionalmente era considerado comestvel, mas, aps recentes registos
de intoxicao, tendo provocado insuficincia renal aguda, deve ser considerado
como nefrotxico.
MORFOLOGIA
chapu jovem Hemisfrico. adulto Progressivamente convexo a convexo-aplanado e deprimido, com a margem lisa e
apendiculada.
dimenso 6-20 cm .
cutcula Seca e separvel, sedosa, coberta
de pequenas verrugas piramidais brancas, mais ou menos aderentes, espessas
na zona central e mais rebaixadas para a
periferia.
cor Branca a esbranquiada, com tendncia a amarelecer.
lminas Creme a amareladas, livres a subadnadas, desiguais.
p 8-15 cm; cilindrceo, dilatado na base
em forma de bolbo turbinado (como um
cone invertido ou em forma de pio) mais
ou menos volumoso, geralmente radicante e encurvado; branco e pruinoso na zona
do anel; inicialmente cheio, tornando-se
oco com a idade. anel Branco, membranoso, estriado, frgil e rasgando-se facilmente. volva Esbranquiada, frivel e rapidamente reduzida a algumas verrugas
flocosas a cobrirem a margem do bolbo.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Amanita
curtipes
Amanita
ponderosa
Agaricus
arvensis
Agaricus
campestris
41
Amanita
caesarea
42
(Scop.) Pers.
CARNE
Branca, amarelada prximo da superfcie, bastante espessa, consistente, macia.
odor Fraco, agradvel, tornando-se ftido
em exemplares velhos. sabor Suave a noz,
doce.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
Em montados e pastagens sob coberto
de sobro ou azinho, povoamentos de castanheiros (soutos e castinais) e de carvalhos (Quercus pyrenaica), em solos cidos
e em locais abertos e soalheiros. Micorrzico. Espcie termfila. Finais de vero,
outono e raro na primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Excelente (pode ser consumido cru).
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Amanita-dos-csares.
Sendo grande a presso de colheita de espcimes jovens (forma de ovo), deve deixar-se no
campo alguns exemplares para chegarem fase adulta e, assim, garantir a disperso de
esporos.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Amanita
muscaria
Amanita
curtipes
Gilbert
44
CARNE
Firme, compacta, branca, rosando ou no
por frico, escurecendo ento lentamente. odor Pouco caracterstico. sabor Doce.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
Matas de pinheiros ou mistas de pinheiros e sobreiros, com vegetao arbustiva
de cistceas, em solos cidos e terrenos
arenosos; frequente nos pinhais arenosos
do litoral; carpforos gregrios, isolados
ou em grupos de dois. Micorrzico. Outono,
mais raro na primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Razovel.
MORFOLOGIA
chapu jovem Globoso. adulto Convexo a aplanado, por vezes um pouco deprimido ao centro, margem regular, lisa,
encurvada a recta, podendo ser apendiculada, canelada nos espcimes mais velhos.
dimenso 3-8 cm .
cutcula Textura lisa, acetinada a mate,
facilmente separvel, geralmente com
uma ou mais placas apressas, resultantes
do vu universal.
cor Branca ou creme, por vezes rosando
ao toque.
lminas Livres, pouco apertadas, brancas
a creme.
p 3-8 x 1-1,5 cm; cilindrceo, ligeiramente
bulboso, loculado ou meduloso; um pouco
flocoso na parte superior, concolor com o
chapu, tornando-se rosado por frico.
anel Spero, fugaz, deixando apenas vestgios flocosos. volva Membranosa, saciforme, ampla, livre, lobada, arredondada
na base quando em adulto, turbinada ou
no quando jovem.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Amanita
ponderosa
Amanita
boudieri
Amanita
verna
Amanita
phalloides
45
Amanita
muscaria
46
(L.) Lam.
CARNE
Branca, densa, colorida de amarelo-laranja por baixo da cutcula do chapu. odor
No aprecivel. sabor Agradvel herbceo ou a avel.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
Frequente em terrenos cidos com preferncia por cobertos de btulas ou de conferas, geralmente em grupos numerosos,
e tambm em florestas mistas mas em
menor abundncia. Micorrzico. Final de
vero, outono e primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
TXICO. Provoca intoxicao neurolgica,
com efeitos psicotrpicos, caracterizada
por sndrome micoatropnica (perodo de
incubao curto).
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Amanita caesarea distingue-se
facilmente por ter as lminas,
o p e o anel de cor amarela,
desde muito jovem.
Amanita
caesarea
47
Amanita
phalloides
48
CARNE
Branca, densa, colorida de amarelo-laranja por baixo da cutcula do chapu. odor
No aprecivel. sabor Agradvel herbceo
ou a avel.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
Espcie muito comum que cresce solitariamente ou em grupos numerosos, preferencialmente sob folhosas, em terrenos cidos, hmidos e ricos em hmus;
mais frequentemente associada a carvalhos, tambm cresce sob faias, btulas,
castanheiros, aveleiras e, menos frequentemente, sob conferas, como pinheiros e
abetos. Micorrzico. Geralmente em finais
de vero e outono, depois de um perodo
chuvoso.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
MORTAL. A sua ingesto provoca a sndrome faloidiana (perodo de incubao prolongado).
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Tricholoma equestre distingue-se facilmente por ter as lminas e o p de cor amarela e no
possuir nem anel nem volva.
Tricholoma
equestre
49
Amanita
ponderosa
50
COMENTRIOS
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
As confuses so mais susceptveis de acontecer com os espcimes mais jovens,
quando o vu universal ainda envolve quase todo o corpo frutfero.
Amanita
curtipes
Amanita
boudieri
Amanita
phalloides
Amanita
verna
51
Amanita
verna
(Bull.) Lam.
52
CARNE
Branca, imutvel, macia. odor No aprecivel nos espcimes jovens, mas exalando
um cheiro ftido com a idade. sabor Adocicado.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
Cresce em cobertos de folha caduca e em
particular nas matas de carvalhos em terrenos calcrios. uma espcie essencialmente termfila, precoce e bastante rara
em reas de menor influncia mediterrnica, frutificando em finais de primavera,
da o nome vulgar de amanita-primaveril
que lhe dado em alguns pases da Europa, embora seja observvel tambm
no outono. Relativamente pouco comum,
pode ser abundante em reas de crescimento com clima temperado ou quente.
Micorrzico. Primavera e outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
MORTAL. A sua ingesto provoca a sndrome faloidiana (perodo de incubao
prolongado).
MORFOLOGIA
chapu jovem Hemisfrico. adulto
Convexo a plano-convexo e deprimido na
maturidade, a margem direita, lisa, no
estriada, regular e por vezes ligeiramente
franjada e rugosa.
dimenso 5-10 cm .
cutcula Separvel, lisa, glabra, viscosa
em tempo hmido, acetinada em tempo
seco, sem restos do vu universal na superfcie; diferentemente de A. phalloides,
a cutcula no raiada radialmente por
fibrilas.
cor Branca a creme plido, podendo na
parte central apresentar uma tonalidade
ocrcea esverdeada.
lminas Branco-creme, livres na maturidade, espessas, apertadas, desiguais.
p 8-12 x 1-2 cm; cilindrceo a um pouco
clavado, com a base ligeiramente bolbosa
e adelgaando para o topo, inicialmente
cheio, depois fistuloso; branco, liso a sedoso ou pruinoso. anel Branco, membranoso, fino, persistente mas frgil, rasgando-se facilmente; estriado na face superior
e rodado volta do p, ficando-lhe depois
aderente na maturidade. volva Branca,
membranosa, persistente, em forma de
saco envaginante mais ou menos cilndrico, com os bordos livres e aderente base
do bolbo, rasgando-se de forma irregular.
COMENTRIOS
Qualquer das trs espcies Amanita verna, Amanita phalloides e Amanita virosa provoca
a sndrome faloidiana; a taxa de mortalidade atribuda a Amanita verna , contudo, muito
inferior de Amanita phalloides; esta diferena muito provavelmente devida sua
raridade bem como abundante distribuio desta ltima.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Amanita
curtipes
Amanita
ponderosa
Agaricus
arvensis
Agaricus
campestris
53
Amanita
virosa
(Fr.) Bertill.
54
CARNE
Branca, imutvel, macia. odor Adocicado
a trevo, que se torna ftido com a idade.
sabor Ligeiramente acre.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
um cogumelo pouco comum que prefere ambientes hmidos e solos siliciosos;
cresce principalmente em bosques de conferas, por vezes, sob folhosas acidfilas
como as btulas.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
MORTAL. A sua ingesto provoca a sndrome faloidiana (perodo de incubao
prolongado).
MORFOLOGIA
chapu jovem Inicialmente cnico-ovode, depois campanulado. adulto Aplanado com um mamelo central mais ou menos pronunciado, com a margem lisa que
se torna progressivamente mais involuta
com a idade, frequentemente assimtrico
ou lobolado, de forma irregular e pouco
carnudo.
dimenso 5-10 cm .
cutcula Separvel, viscosa em tempo
hmido, acetinada em tempo seco, geralmente sem restos do vu universal na
superfcie.
cor Branco-leitoso a branco-marfim, com
tons ocrceos na zona central.
lminas Brancas, livres, apertadas, desiguais.
p 10-15 x 1-1,5 cm; cilindrceo a um pouco
clavado, com a base ligeiramente bolbosa
e adelgaando para o topo, inicialmente
cheio, depois fistuloso; branco, tipicamente fibrilo-viloso ou lanoso; um tanto excntrico e por vezes um pouco curvo. anel
Branco, membranoso, flocoso, franjado,
frgil, rasgado e fugaz na maturidade; posicionado muito acima e com tendncia a
ficar oblquo. volva Branca, membranosa,
espessa, livre, em forma de saco mais ou
menos envaginante e frequentemente
bilobada.
COMENTRIOS
Qualquer das trs espcies Amanita verna, Amanita phalloides e Amanita virosa provoca
a sndrome faloidiana; a taxa de mortalidade atribuda a Amanita verna , contudo, muito
inferior de Amanita phalloides; esta diferena muito provavelmente devida sua
raridade bem como abundante distribuio desta ltima.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Amanita
curtipes
Amanita
ponderosa
Agaricus
arvensis
Agaricus
campestris
55
Chlorophyllum
rachodes
(Vittad.) Vellinga
56
COMENTRIOS
---------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Macrolepiota
excoriata
Macrolepiota
procera
57
Lactarius
deliciosus
58
(L.) Gray
CARNE
Firme e compacta, quebradia, esbranquiada no centro e cor-de-laranja na
periferia; ao corte segrega um leite cor
de cenoura que ao fim de algumas horas
evolui para esverdeado. odor Agradvel a
fruta. sabor Adocicado com final um pouco acre.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Amarelada plida com reflexos rosados.
---------------------------------ECOLOGIA
Exclusivamente associado a pinheiros, em
todos os tipos de solo. Micorrzico. Outono
e primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Lactrio-delicioso.
--------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Ver ficha seguinte.
COMENTRIOS
Lactarius
sanguifluus
60
(Paulet) Fr.
CARNE
Compacta, branca no interior, no exterior
virando rapidamente vinosa ao corte.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Ocrceo plido.
---------------------------------ECOLOGIA
Em pinhais mediterrnicos de solos calcrios. Micorrzico. Outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom a excelente, considerado de
qualidade superior a Lactarius deliciosus.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Lactrio-sanguneo.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Lactarius
deliciosus
Lactarius
deterrimus (a)
Lactarius
salmonicolor (b)
Lactarius
semisanguifluus
Lactarius
zonarius
61
Lactarius
semisanguifluus
62
CARNE
Branca no interior e laranja no exterior,
que passa a vermelho-vinoso em cerca de
15 minutos aps o corte.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Ocrceo plido.
---------------------------------ECOLOGIA
Pinhais de Pinus sylvestris em terrenos calcrios. Micorrzico. Outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom, mas de qualidade inferior a
Lactarius sanguifluus.
COMENTRIOS
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Lactarius
deliciosus
Lactarius
deterrimus (a)
Lactarius
salmonicolor (b)
Lactarius
sanguifluus
Lactarius
zonarius
63
Lepista
nuda
(Bull.) Cooke
64
CARNE
Espessa, um pouco hidrfana, macia no
chapu, de branca a lils plido, violeta
no p. odor Agradvel, por vezes intenso,
a fruta ou especiarias, caracterstico, mas
difcil de definir. sabor Adocicado.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Bege-rosado.
---------------------------------ECOLOGIA
Bosques tanto de folhosas como de resinosas, em terrenos muito variados, por
vezes em pequenos grupos crescendo em
linha ou em anis-de-fada pouco definidos. Saprbio. Outono e primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
um bom comestvel, embora possa desagradar devido ao seu odor muito aromtico, mas que no deve ser consumido
cru, pois pode causar perturbaes digestivas, nem em grandes quantidades, pois
provoca abaixamento da presso sangunea. O seu congnere Lepista personata,
que geralmente a espcie cultivada e comercializada, tem um odor mais discreto.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
P-azul.
COMENTRIOS
Ler na pgina 140
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Lepista
personata
Lepista
sordida
Cortinarius
traganus
65
Macrolepiota
procera
(Scop.) Singer
66
COMENTRIOS
Ler na pgina 140
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Macrolepiota
phaeodisca
Macrolepiota
prominens
Chlorophyllum
rachodes
Lepiota
brunneoincarnata
67
Marasmius
oreades
68
CARNE
Esbranquiada, delgada, mais espessa no
centro do chapu, muito fibrosa e coricea
no p. odor A amndoa amarga. sabor
Fngico suave e agradvel.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
Em terrenos de pastagem e prados hmidos, nas bordas dos caminhos de passagem do gado, no meio das ervas, quer em
pequenos grupos, quer em linha, quer em
grande nmero formando crculos. Saprbio. Primavera e outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Considerado bom comestvel, embora de
pequenas dimenses.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Marsmio-das-orades.
MORFOLOGIA
chapu jovem Semi-esfrico a campanulado. adulto Aplanado com um mamelo, com a margem fina arredondada,
ondulada, levemente estriada.
dimenso 3-6 cm .
cutcula Lisa, no separvel, hidrfana.
cor Em tempo hmido ocre a castanho-clara com tons avermelhados, mais escura na parte central e empalidecendo para
a margem, tornando-se mais clara at
creme-ocrceo em tempo seco.
lminas Livres, muito espaadas, intercaladas com pequenas lamelas a partir da
margem do chapu, de cor creme esbranquiado.
p At 11 x 0,6 cm; cilndrico, comprido e
delgado, de cor prxima da do chapu,
mas mais clara, aveludado, tomentoso e
branco na base, fibroso, elstico (no se
quebra ao ser torcido).
COMENTRIOS
um bom comestvel, muito apreciado, que, apesar de ser de pequenas dimenses, fcil
de colher em volume aprecivel, dado que geralmente ocorre em grande quantidade; os ps
devem ser rejeitados, devido sua consistncia fibrosa. um dos cogumelos que suporta
bem a secagem para ser guardado e utilizado posteriormente aps reidratao.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Marasmius
collinus
Omphalotus
olearius
(DC.) Gillet
70
CARNE
Fibrosa, de tons amarelos. odor e sabor
No apreciveis.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Amarelada plida.
---------------------------------ECOLOGIA
Espcie de distribuio tipicamente mediterrnica que cresce geralmente em tufos
sobre cepos de oliveira ou na base do tronco de exemplares velhos, mas tambm de
sobreiro e carvalhos e mesmo de conferas. Saprbio. Outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
TXICO. Provoca gastrite aguda, com nuseas e vmitos muito precoces, sem diarreia (perodo de incubao curto).
MORFOLOGIA
chapu jovem Hemisfrico a convexo.
adulto Deprimido a umbilicado.
dimenso 6-15 cm .
cutcula Lisa a um pouco escamosa e lubrificada em tempo hmido.
cor Alaranjada a laranja avermelhada
com tons castanhos.
lminas De cores vivas predominando o
amarelo ou alaranjado, muito decorrentes, apertadas ou no, segundo o estado
do crescimento.
p 5-10 x 0,5-2,5 cm; geralmente excntrico ou mesmo lateral, cilindrceo com a
base atenuada; da mesma cor do chapu.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Omphalotus illudens (txico), muito
semelhante e difcil de distinguir, cresce
sobre cepos de oliveira ou na base do
tronco de exemplares velhos.
Cantharellus
cibarius
Omphalotus
illudens
71
Pleurotus
eryngii
(DC.) Gillet
72
CARNE
Branca e compacta, flexvel tanto no chapu como no p. odor e sabor Agradveis.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
Cresce sobre razes secas de umbelferas
(de plantas mortas do ano anterior), especialmente de cardos como Eryngium campestre (cardo-corredor), em terrenos calcrios incultos, isolado ou em pequenos
tufos. Saprbio, dando a impresso de ser
terrcola, por o seu substrato serem razes
mortas enterradas. Outono e primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
um comestvel muito bom, considerado mesmo superior s outras espcies de
pleurotos.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Pleuroto-dos-cardos.
COMENTRIOS
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Confuses pouco provveis, dada a especificidade do substrato.
73
Pleurotus
ostreatus
74
CARNE
Branca, compacta, pouco espessa excepto
junto ao p, macia nos exemplares jovens,
torna-se rapidamente rija e mesmo quase
lenhosa no p. odor Fngico suave muito
peculiar. sabor Doce.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca a creme plido um pouco lilacino.
---------------------------------ECOLOGIA
Troncos vivos ou mortos e cepos de folhosas, especialmente olmeiros, faias,
choupos e salgueiros, em zonas hmidas,
crescendo em grupos cespitosos e imbricados. Saprbio lenhcola, mas tambm
podendo actuar como parasita. Outono a
inverno.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Bom comestvel em jovem.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Pleuroto-ostra.
COMENTRIOS
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Pleurotus
cornucopiae
Pleurotus
pulmonarius
75
Russula
cyanoxantha
76
(Schaeff.) Fr.
CARNE
Branca, densa, imutvel na cor, facilmente
atacada por larvas. odor e sabor Pouco
notveis.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
Geralmente sob folhosas, associado a azinheiras, carvalhos ou faias, geralmente
em grupos numerosos; mais raramente
sob resinosas. Micorrzico. Finais de vero
e outono, sendo menos frequente na primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom.
MORFOLOGIA
chapu jovem Convexo. adulto Aplanado e depois um pouco deprimido, margem
encurvada e no estriada.
dimenso 5-12 cm .
cutcula Brilhante, lisa, em geral ligeiramente rugosa radialmente, separvel at
um tero.
cor Muito varivel, violeta lils ou violeta
avermelhado, por vezes mesclado ou com
nuances de verde, cinzento e castanho.
lminas Adnadas, brancas, desiguais, pouco bifurcadas, apertadas e finas, flexveis
ou de consistncia elstica, dando a sensao de gordurosas ou cerosas quando
se passa com o dedo.
p 5-7 x 1-2 cm; cilindrceo, branco, cheio,
mas frequentemente invadido por larvas.
COMENTRIOS
Russula cyanoxantha a nica rssula descrita neste guia, por as suas caractersticas a tornarem de identificao relativamente fcil, por ser muito apreciada gastronomicamente
e por ser uma das espcies que aparece em maior abundncia. Contudo, dada a variabilidade que esta e outras espcies podem apresentar na cor tpica do chapu, pode assemelhar-se a outras espcies de Russula, pelo que se deve provar a carne e verificar o caracterstico
tacto gorduroso das lminas, para evitar confuses com espcies com sabor da carne picante, que, em princpio, so txicas, ou no comestveis, como o caso de R. sardonia. Porm,
esta regra de que so comestveis as rssulas cuja carne no picante ou amarga, no
totalmente vlida, pois a carne de R. aeruginea, que txica, doce.
Com efeito, as rssulas constituem um gnero do qual se conhecem para cima de 200 espcies, muitas delas comestveis, mas cuja identificao no fcil apenas pela caracterizao morfolgica macroscpica e pelo sabor da carne no momento da colheita; em muitos
casos s possvel uma identificao segura com o recurso ao ensaio de reaces qumicas
e da observao de caracteres microscpicos, que no so geralmente acessveis ao vulgar
colector.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Russula
vesca
Russula
sardonia
Russula
aeruginea
77
Tricholoma
equestre
(L.) P. Kumm
78
= T. auratum, Gillet.
= T. flavovirens, S. Lundell
CARNE
De consistncia intermdia, branca a
amarelo-citrino muito plido no interior e
amarela prximo da superfcie. odor Leve
a farinha ou fngico. sabor Agradvel,
lembrando avels.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
uma espcie que tem um amplo espectro ecolgico e em que o habitat se reflecte muito na morfologia e na colorao;
cresce quase exclusivamente em pinhais,
mas, por vezes, tambm sob algumas folhosas. Nos pinhais arenosos do litoral os
exemplares so geralmente mais robustos. Micorrzico. Frutifica no outono, embora tambm haja registos na primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom; muito apreciado e consumido, apesar da advertncia de que pode
provocar intoxicaes (ver comentrios).
A sua comercializao est proibida em
muitos pases da Unio Europeia.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Tricoloma-amarelo.
COMENTRIOS
Ler na pgina 140
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Tricholoma
sulphureum
79
Tricholoma
portentosum
80
(Fr.) Qul.
CARNE
Espessa, firme, branca, amarelada junto
superfcie. odor e sabor Suaves a farinha.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
Em matas de conferas (pinheiros e abetos), raramente sob folhosas, em solos
cidos, muitas vezes juntamente com Tricholoma equestre. Micorrzico. Espcie um
pouco tardia, de outono a inverno.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom a excelente.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Tricoloma-portentoso.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Tricholoma
gausapatum
Distingue-se por
apresentar restos
do vu parcial nos
espcimes jovens e
cutcula lanosa
Tricholoma
sciodes
Tricholoma
virgatum
81
Tricholoma
scalpturatum
82
(Fr.) Qul.
CARNE
Branca que amarelece com a idade. odor
e sabor Forte a farinha.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
Sob folhosas e conferas, em terrenos calcrios. Micorrzico. Outono e primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Bom, embora de qualidade inferior de T.
terreum.
MORFOLOGIA
chapu jovem Convexo; adulto. adulto Aplanado, pouco mamelonado, com a
margem irregular e enrolada.
dimenso At 8 cm .
cutcula Seca, separvel, a princpio fibrilosa lanosa rasgando-se depois em escamas finas de cor cinzento-claro a cinzento-fuliginoso ou cinzento-acastanhado,
com tendncia a amarelecer.
cor Desde cinzento fuliginoso com tonalidades violceas at cinzento acastanhado.
lminas Brancas, passando a amarelas
com o envelhecimento, sinuadas-uncinadas, apertadas, desiguais.
p At 6 x 1 cm; cilindrceo, branco com
aspecto ceroso, macio.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Tricholoma
terreum
Tricholoma
gausapatum
83
Tricholoma
terreum
(Schaeff.) P. Kumm
84
CARNE
Pouco espessa, frgil, branca, acinzentando um pouco. odor Inaprecivel (no
cheira a farinha como os outros tricolomas). sabor Suave e agradvel.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
Em pinhais arenosos, ou sob folhosas, em
solo calcrio, em grupos geralmente numerosos. Micorrzico. Outono e princpio
de inverno.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Bom.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Tricoloma-cinzento.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Tricholoma gausapatum pode-se
distinguir de T. terreum por, nos
exemplares jovens, apresentar sobre
o estipe uma zona anelar alta com
restos acinzentados do vu (cortina)
e ter porte geralmente mais obeso.
Tricholoma
gausapatum
Tricholoma
sciodes
85
86
Cantarelos
e Craterelos
Grupo B
Cogumelos com pregas por baixo do chapu
A famlia Cantharellaceae,
onde esto includas
as diversas espcies de
Cantharellus e Craterellus,
caracterizada por o himnio,
onde so produzidos os
esporos, e que reveste a parte
inferior do chapu, no se
dispor em lminas, mas tomar
a forma de pregas mais ou
menos bem definidas. Com
a contribuio de recentes
estudos taxonmicos,
baseados em caracterizao
molecular, algumas das
espcies de Cantharellus
foram reclassificadas,
e includas no gnero
Craterellus.
87
Cantharellus
cibarius
Bull.
88
CARNE
Branca, externamente amarelada, rija,
algo fibrosa no p, com tendncia a escurecer na maturidade; dificilmente putrescvel e atacada por larvas. odor Agradavelmente aromtica, com cheiro a frutos,
ameixa ou pssego seco. sabor Doce, por
vezes um pouco amargo ou apimentado,
travo que desaparece uma vez cozinhado.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Amarelo alaranjado claro.
---------------------------------ECOLOGIA
Em coberto de folhosas (carvalho, castanheiro, btula, sobreiro e azinheira) e
pinhais adultos com vegetao arbustiva e herbcea ou terrenos incultos com
estevas; solos siliciosos; geralmente em
grandes grupos. Micorrzico. Primavera e
outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom a excelente.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Cantarelo.
COMENTRIOS
Apresenta muita variabilidade na cor das pregas ou do chapu e no tamanho. Nos pinhais
e matos surgem habitualmente formas mais pequenas, de cor amarelo-vivo, enquanto nos
montados aparecem as variedades grandes, mais plidas. Nas Serras do Algarve a principal
espcie colectada. Relativamente aos confundveis, Hygrophoropsis aurantiaca, que no
tem interesse como comestvel, reconhece-se pelas lminas bem formadas, todas elas
bifurcadas e pela sua carne mole e esponjosa; a confuso com Omphalotus olearius, que
provoca intoxicaes com vmitos e diarreias, menos provvel, pois tem cor avermelhada,
tem lminas, carne mais rija, um p fibroso e afilado para a base, e encontra-se normalmente
a crescer sobre as razes e base dos troncos de oliveiras, geralmente em tufos.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Hygrophoropsis
aurantiaca
Omphalotus
olearius
Omphalotus
illudens
89
Craterellus
cornucopioides
(L.) Pers.
CARNE
Acinzentada, delgada, fibrosa, algo cartilaginosa, pouco putrescvel. odor Cheiro
agradvel, levemente frutado a ameixas.
sabor Doce, aromtico, por vezes algo
adstringente.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
Preferencialmente sob folhosas, sobreiros,
azinheiras, castanheiros, carvalhos e faias,
mas tambm em povoamentos mistos
com pinheiros, geralmente em grupos e
muito abundante nos locais onde cresce;
em solos argilosos e calcrios. Saprbio.
Outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom; beneficia em aroma e sabor
com o processo de secagem e reidratao.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Trombeta-dos-mortos.
COMENTRIOS
Esta espcie muito fcil de reconhecer, pela sua forma e cor caractersticas; no
existe risco de confuso com alguma outra txica. Cantharellus cinereus, com
a qual se poderia confundir pelo aspecto e pela colorao, tem o himnio
formado por pregas muito bem definidas.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Cantharellus
cinereus
91
Craterellus
lutescens
(Fr.) Fr.
92
CARNE
Amarelada, delgada, fibrosa e elstica; dificilmente putrescvel ou atacada por larvas. odor Cheiro aromtico forte a fruta
(ameixas), misturado com o de pimento
ou almiscarado. sabor Doce.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branco-amarelada ou creme.
---------------------------------ECOLOGIA
Povoamentos densos de pinhal, com mato
e solo hmido, preferindo solos calcrios,
geralmente em colnias muito numerosas. Saprbio. Outono e primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Muito bom a excelente.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Bico-de-cegonha.
COMENTRIOS
Para alm de ter um bom tempo de conservao em fresco, beneficia em aroma
e sabor com o processo de secagem e reidratao.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Craterellus
tubaeformis
93
Craterellus
tubaeformis
94
(Fr.) Qul.
CARNE
Branca amarelada, com tendncia a escurecer, delgada e elstica. odor Cheiro
fngico dbil, a terra molhada ou bolor.
sabor Doce suave.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Creme esbranquiada.
---------------------------------ECOLOGIA
Povoamentos densos de pinhal ou de folhosas, hmidos e sombrios, em locais ricos em hmus e com musgos, sem preferncia pelo tipo de solo, normalmente em
grupos. Saprbio. Menos frequente que
Cantharellus lutescens. Outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Bom.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Cantarelo-tubo.
COMENTRIOS
Distingue-se de Cantharellus lutescens por este ter as pregas pouco salientes
ou quase inexistentes.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Craterellus
lutescens
95
Grupo C - Boletos
Cogumelos com poros por baixo do chapu
96
Boletos
Grupo C
Cogumelos com poros por baixo do chapu
A famlia Boletaceae,
a que pertencem os
boletos, caracterizada
pela existncia, na parte
inferior do chapu, de um
agregado de tubos, que
constitui o himnio, onde
so produzidos os esporos,
e que facilmente
destacvel da carne do
chapu. este conjunto
compacto de tubos
dispostos verticalmente
que, com a sua extremidade
aberta, do o aspecto de
uma superfcie com poros
na parte inferior do chapu.
97
Grupo C - Boletos
Cogumelos com poros por baixo do chapu
Boletus
aereus
Bull.
98
CARNE
Compacta, branca e imutvel, mesmo
sob a cutcula. odor Agradvel, um pouco
oleaginoso em tempo seco. sabor Suave
a nozes.
--------------------------------ESPORADA (COR)
Castanho olivceo.
---------------------------------ECOLOGIA
Exclusivamente sob folhosas; montados
de sobro e de azinho; cobertos de folhosas
(carvalhos, castanheiros e faias); com preferncia por solos calcrios. Micorrzico.
Termfilo. Primavera e outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Excelente, considerado ainda melhor que
Boletus edulis (em jovem, laminado, pode
ser consumido cru).
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Boleto-dos-sobreiros ou Boleto-bronze.
COMENTRIOS
Diferencia-se de outros Boletus pela cor do seu chapu, com tons mais escuros,
quase negros.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Boletus
edulis
Boletus
pinophilus
Boletus
reticulatus
99
Grupo C - Boletos
Cogumelos com poros por baixo do chapu
Boletus
badius
(Fr.) Fr.
100
CARNE
Firme, esbranquiada a amarelada, azulando ligeiramente no corte. odor Agradvel, mas pouco intenso. sabor Adocicado.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Pardo olivceo.
---------------------------------ECOLOGIA
Cobertos de conferas, mas tambm sob
folhosas (faias e carvalhos), em solos cidos; embora sendo micorrzico, por vezes
cresce sobre cepos de rvores em apodrecimento. Primavera e outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Bom comestvel, com muito bom sabor,
embora inferior ao de Boletus edulis.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Boleto-baio.
COMENTRIOS
Diferencia-se de outros Boletus pela cor do seu chapu, com tons mais escuros,
quase negros.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Pode ser confundido com Boletus edulis,
do qual se distingue por no ter o p
reticulado e os seus poros se mancharem
ligeiramente de azul quando
pressionados.
Boletus
edulis
101
Grupo C - Boletos
Cogumelos com poros por baixo do chapu
Boletus
edulis
Bull.
102
CARNE
Espessa, dura quando jovem e depois esponjosa, de cor branca imutvel em contacto com o ar, apenas castanho rosado
debaixo da cutcula. odor Agradvel. sabor Doce a noz ou avel.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Amarelo-esverdeado a verde azeitona.
---------------------------------ECOLOGIA
Montados de sobro e de azinho, povoamentos de conferas (pinhal) e de folhosas
(castinal e carvalhal), terrenos incultos
com estevas; solos geralmente cidos. Micorrzico. Outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Excelente (em jovem, laminado, pode ser
consumido cru).
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Boleto-de-bordus.
COMENTRIOS
Tylopilus felleus (Bull.) P. Karst. (= Boletus felleus), com o qual pode ser confundido, tem poros rseos, brancos no princpio, de carne esbranquiada, ligeiramente
rosada em contacto com o ar, possui um reticulado grosseiro e largo que chega
base do p. A confuso impossvel pelo seu sabor muito amargo, a fel.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Boletus
aereus
Boletus
pinophilus
Boletus
reticulatus
Tylopilus
felleus
103
Grupo C - Boletos
Cogumelos com poros por baixo do chapu
Boletus
pinophilus
104
= Boletus pinicola
(Vittad.) A. Venturi
CARNE
Branca, consistente e com sabor doce.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Amarelo-esverdeado.
---------------------------------ECOLOGIA
Povoamentos de conferas e mistos (pinheiros e carvalhos); solos cidos. Micorrzico. Primavera e outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Excelente (em jovem, laminado, pode ser
consumido cru).
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Boleto-dos-pinheiros.
COMENTRIOS
Tylopilus felleus (Bull.) P. Karst. (= Boletus felleus), com o qual pode ser
confundido, tem poros rseos, brancos no princpio, de carne esbranquiada,
ligeiramente rosada em contacto com o ar, possui um reticulado grosseiro e largo
que chega base do p. A confuso impossvel pelo seu sabor muito amargo,
a fel.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Boletus
aereus
Tylopilus
felleus
105
Grupo C - Boletos
Cogumelos com poros por baixo do chapu
Boletus
reticulatus
106
Schaeff.
CARNE
Branca, espessa e firme, amarelecendo e
tornando-se mole com o envelhecimento;
rapidamente atacada por larvas. odor
Agradvel. sador Um pouco adocicado.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Castanho oliva.
---------------------------------ECOLOGIA
Encontra-se nos bosques de folhosas, especialmente de carvalhos e castanheiros,
em diversos tipos de solo. Micorrzico. Necessitando de calor e de humidade, desde
o ms de maio at ao fim do outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Excelente (em jovem, laminado, pode ser
consumido cru).
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Boleto-reticulado.
COMENTRIOS
Termfilo, gosta de perodos secos e quentes, no frutificando quando chove.
Em relao espcie confundvel Tylopilus felleus, ver comentrio em Boletus
edulis.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Tylopilus
felleus
107
Grupo D - Hidnos
Cogumelos com agulhes por baixo do chapu
108
Hidnos
Grupo D
Cogumelos com agulhes por baixo do chapu
109
Grupo D - Hidnos
Cogumelos com agulhes por baixo do chapu
Hydnum
repandum
110
L.
CARNE
Carne espessa, rija, quebradia, branca,
adquirindo tons amarelo alaranjados ao
corte. odor Leve a flor de laranjeira ou
ligeiramente fngico. sabor Adocicado
quando jovem, um pouco acre em adulto.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
No solo, tanto em cobertos de folhosas
como de conferas, sendo frequente nos
diversos povoamentos florestais, principalmente em solos cidos. Micorrzico.
Outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Bom comestvel. Com bom poder de conservao e no atreita ao ataque de larvas,
mantm estabilidade e qualidade durante algum tempo.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Hidno.
COMENTRIOS
frequente os corpos frutferos desta espcie crescerem em grupos que se
dispem em linha ou em circunferncia.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Hydnum
rufescens
Cantharelus
cibarius
Hydnum rufescens (comestvel), que se reconhece pela cor laranja acastanhado do chapu
e do p, geralmente com um porte mais pequeno; quando Hydnum repandum no apresenta os caractersticos agulhes por baixo do
chapu, que por qualquer motivo tenham sido
danificados, poder ser confundido com Cantharelus cibarius (comestvel).
111
Grupo D - Hidnos
Cogumelos com agulhes por baixo do chapu
Hydnum
rufescens
112
= Hydnum repandum
var. rufescens (Pers.) Barla
Pers.
CARNE
Carne no muito espessa, quebradia,
branca, adquirindo tons amarelados ao
corte. odor Fraco, agradvel. sabor Suave a amargo variando com os espcimes
e a idade.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Branca.
---------------------------------ECOLOGIA
No solo, tanto em cobertos de folhosas
como de conferas, com preferncia por
solos cidos; no to frequente como H.
repandum, mas abundante nos locais
onde aparece. Micorrzico. Outono.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Bom.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Hidno-ruivo.
COMENTRIOS
frequente os corpos frutferos desta espcie crescerem em grupos que se
dispem em linha ou em circunferncia.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Hydnum
repandum
113
Grupo E - Morquelas
Cogumelos com chapu alveolado
114
Morquelas
Grupo E
Cogumelos com chapu alveolado
115
Grupo E - Morquelas
Cogumelos com chapu alveolado
Morchella
costata
(Vent.) Pers.
116
= Morchella elata
var. costata (Vent.) Kreisel
CARNE
Fina, elstica, esbranquiada. odor Fngico discreto. sabor Doce.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Creme.
---------------------------------ECOLOGIA
Prados, jardins e parques. Saprbio. Primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Comestvel, aps cozedura, de qualidade
muito boa a excelente, devendo, contudo,
ser tido em conta a sanidade do habitat
em que cresceu.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Morquela.
MORFOLOGIA
chapu Robusto, oco, de forma ovide
alongada, estreitando para o topo e ligado directamente ao p sem a presena de
qualquer sulco; tem o aspecto de favos
de uma colmeia em que os alvolos, profundos e irregulares, so delimitados por
divisrias formadas por tabiques verticais
paralelos quase rectos, que percorrem
o chapu do topo at a base, unidos por
outros tabiques transversais mais ou menos regulares, de cor mais escura que os
alvolos.
dimenso 6-15 cm de altura e 4-6 cm .
cor Castanho-escuro a castanho acinzentado.
p Mais curto que o chapu (5 x 2 cm),
cilndrico, oco, de cor branca, pruinoso, geralmente comprimido, curvo ou deformado ao crescer entre detritos, com a base
sulcada e alargada.
COMENTRIOS
Morchella costata tem a caracterstica por crescer frequentemente em
vazadouros de lixo e de entulho, ou montureiras, e apresentar geralmente
exemplares de grandes dimenses.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Outras Morchella spp. (comestveis); menos provvel com Gyromitra esculenta (txica/mortal)
ver esta entrada na ficha de
Morchella esculenta.
Morchella
elata
Gyromitra
esculenta
117
Grupo E - Morquelas
Cogumelos com chapu alveolado
Morchella
elata
Fr.
118
CARNE
Branca acinzentada, de espessura mdia,
delgada no p. odor Fraco. sabor Doce.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Creme.
---------------------------------ECOLOGIA
Em diferentes tipos de bosques, em terrenos de altitude, onde geralmente crescem
em grupos. Saprbio. Primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Comestvel, aps cozedura, de qualidade
muito boa a excelente.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Morquela.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Outras Morchella spp. (comestveis); menos provvel com Gyromitra esculenta (txica/mortal)
ver esta entrada na ficha de
Morchella esculenta.
Morchella
spp
Gyromitra
esculenta
119
Grupo E - Morquelas
Cogumelos com chapu alveolado
Morchella
esculenta
(Vent.) Pers.
120
CARNE
Branca, delgada, cartilaginosa. odor Fngico agradvel. sabor Doce suave.
---------------------------------ESPORADA (COR)
Creme.
---------------------------------ECOLOGIA
Povoamentos de folhosas ou mistos, pouco densos (bem iluminados), em solos hmidos e ricos em hmus, junto a cursos de
gua e lagos, prados frteis, sem grande
exigncia relativamente ao tipo de solo.
Saprbio. Primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Excelente.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Morquela.
COMENTRIOS
Morchella esculenta caracteriza-se por ter alvolos irregulares, sem margens
paralelas entre si, diferentemente de Morchella costata ou Morchella elata.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Gyromitra esculenta (txica/mortal), que geralmente aparece mais
cedo e em bosques de conferas, sobretudo pinhais, distingue-se por
ter um chapu cerebriforme, sem as depresses alveolares, e o corpo
frutfero no ser totalmente oco como em Morchella.
Gyromitra
esculenta
121
122
Tberas
e falsas tberas
Grupo F
Cogumelos hipgeos tuberiformes
123
Choiromyces
gangliformis
124
Vittad.
ECOLOGIA
Terrenos com estevas (Cistus ladanifer)
com as quais se encontra em associao
micorrzica. Primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Razovel.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Tbera-das-estevas.
COMENTRIOS
Choiromyces meandriformis (txico) com o qual pode ser confundido e
que provoca irritaes gastrointestinais, encontra-se geralmente associado
a Quercus robur em terrenos cidos com forte pluviosidade e prefere
solos argilosos, sendo frequente encontrarem-se os seus corpos frutferos,
parcialmente desenterrados, no outono. O seu cheiro muito forte e distintivo,
sendo desagradvel em exemplares muito maduros.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Choiromyces
meandriformis
125
Terfezia
arenaria
126
(Moris) Trappe
ECOLOGIA
reas abertas no cultivadas e de pastagens permanentes no arveis com intensidade, prados permanentes de sequeiro
e grandes clareiras de povoamentos florestais no mobilizados, com a presena
da planta cistcea Xolanta guttata, com
a qual estabelece associao micorrzica.
Terrenos cidos. Primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Bom.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Terfzia.
Aspecto da gleba
COMENTRIOS
Habitualmente nos mesmos locais aparecem exemplares de Terfezia
leptoderma, que tambm comestvel. Muito semelhante, mas normalmente
de menores dimenses, apresenta perdio mais liso e mais fino e uma cor mais
escura, de castanho avermelhado, no final. A gleba formada por ndulos mais
pequenos e mais escuros, evoluindo estes com a maturao, para castanho
esverdeado.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Terfezia
leptoderma
Choiromyces
gangliformis
Choiromyces
meandriformis
127
Terfezia
leptoderma
128
ECOLOGIA
Em reas abertas no cultivadas, ou de
pastagens permanentes, com estevas,
principalmente com a presena da cistcea Xolanta guttata, com as quais estabelece associao micorrzica. Esta espcie,
embora mais precoce e a crescer em solos
mais densos, parecida e cresce nos mesmos locais que Terfezia arenaria e Choiromyces gangliformis tambm comestveis. Final de inverno, primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Razovel.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Terfzia leptoderma (de pele fina).
Aspecto da gleba
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Terfezia
arenaria
Choiromyces
gangliformis
Choiromyces
meandriformis
129
Tuber
oligospermum
130
ECOLOGIA
Matas de pinheiro manso (Pinus pinea) e
vegetao arbustiva com estevas (Cistus
ladanifer), com os quais estabelece associaes micorrzicas, frutificando em colnias de numerosos exemplares. Em solos
arenosos alcalinos. Primavera.
---------------------------------COMESTIBILIDADE
Razovel.
---------------------------------DESIGNAO COMERCIAL
Tbera-gibosa.
---------------------------------------------------------------------COGUMELOS CONFUNDVEIS
Choiromyces
gangliformis
131
Glossrio
GLOSSRIO
135
GLOSSRIO
137
Anexo
ndice remissivo
Comentrios (continuao)
Lactarius vinosus | 58
Lactarius zonarius | 59, 61
Lepiota brunneoincarnata | 65
Lepista nuda | 62
Lepista personata | 63
Lepista sordida | 63
Leucocoprinus rachodes | 54
Macrolepiota excoriata | 55
Macrolepiota phaeodisca | 65
Macrolepiota procera | 55, 64
Macrolepiota prominens | 65
Macrolepiota rachodes | 54
Macrolepiota venenata | 54
Marasmius collinus | 67
Marasmius oreades | 66
Morchella conica | 118
Morchella costata | 114
Morchella elata | 115, 116
Morchella elata var. costata | 114
Morchella esculenta | 118
Morchella rotunda | 118
Omphalotus illudens | 69, 87
Omphalotus olearius | 68, 87
Pleurotus cornucopiae | 73
Pleurotus eryngii | 70
Pleurotus ostreatus | 72
Pleurotus pulmonarius | 73
Russula cyanoxantha | 74
Russula aeruginea | 75
Russula sardonia | 75
Russula vesca | 75
Terfezia arenaria | 124, 127
Terfezia leonis | 124
Terfezia leptoderma | 125, 126
Tricholoma auratum | 76
Tricholoma equestre | 47, 76
Tricholoma flavovirens | 76
Tricholoma gausapatum | 79, 81, 83
Tricholoma myomyces | 82
Tricholoma portentosum | 78
Tricholoma scalpturatum | 80
Tricholoma sciodes | 79, 83
Tricholoma sulphureum | 77
Tricholoma terreum | 81, 82
Tricholoma virgatum | 79
Tuber oligospermum | 128
Tylopilus felleus | 101, 103, 105
Xerocomus badius | 98
aegerita
aereus
aeruginea
aestivalis
arenaria
arvensis
aurantiaca
auratum
badius
badius
boudieri
bresadolanus
brunneoincarnata
caesarea
campestris var. radicatus
campestris
chrysorrheus
cibarius
cinereus
collinus
conica
cornucopiae
cornucopioides
costata
curtipes
cyanoxantha
cylindracea
deliciosus
deterrimus
edulis
elata var. costata
elata
equestre
eryngii
esculenta
esculenta
excoriata
felleus
flavovirens
gangliformis
gausapatum
haemorrhoidarius
illudens
langei
lanipes
leonis
leptoderma
lutescens
lutescens
Agrocybe
Boletus
Russula
Boletus
Terfezia
Agaricus
Hygrophoropsis
Tricholoma
Boletus
Xerocomus
Amanita
Agaricus
Lepiota
Amanita
Agaricus
Agaricus
Lactarius
Cantharellus
Cantharellus
Marasmius
Morchella
Pleurotus
Craterellus
Morchella
Amanita
Russula
Agrocybe
Lactarius
Lactarius
Boletus
Morchella
Morchella
Tricholoma
Pleurotus
Gyromitra
Morchella
Macrolepiota
Tylopilus
Tricholoma
Choiromyces
Tricholoma
Agaricus
Omphalotus
Agaricus
Agaricus
Terfezia
Terfezia
Cantharellus
Craterellus
meandriformis
muscaria
myomyces
nuda
olearius
oligospermum
oreades
ostreatus
personata
phaeodisca
phalloides
pinicola
pinophilus
ponderosa
portentosum
procera
prominens
pulmonarius
rachodes
rachodes
rachodes
repandum
reticulatus
romagnesii
rotunda
rufescens
salmonicolor
sanguifluus
sardonia
scalpturatum
sciodes
semisanguifluus
sordida
sulphureum
sylvaticus
sylvicola
terreum
traganus
tubaeformis
tubaeformis
venenata
verna
vesca
vinosus
virgatum
virosa
xanthodermus
zonarius
Choiromyces
Amanita
Tricholoma
Lepista
Omphalotus
Tuber
Marasmius
Pleurotus
Lepista
Macrolepiota
Amanita
Boletus
Boletus
Amanita
Tricholoma
Macrolepiota
Macrolepiota
Pleurotus
Chlorophyllum
Leucocoprinus
Macrolepiota
Hydnum
Boletus
Agaricus
Morchella
Hydnum
Lactarius
Lactarius
Russula
Tricholoma
Tricholoma
Lactarius
Lepista
Tricholoma
Agaricus
Agaricus
Tricholoma
Cortinarius
Cantharellus
Craterellus
Macrolepiota
Amanita
Russula
Lactarius
Tricholoma
Amanita
Agaricus
Lactarius
141
COMENTRIOS (CONTINUAO)
Lepista nuda
Continuao da pg.63
COMENTRIOS
Macrolepiota procera
Continuao da pg.65
COMENTRIOS
Consultar a descrio de Chlorophyllum rachodes (txico) que uma espcie que pode
muito facilmente ser confundida com M. procera, mas cuja altura geralmente no
ultrapassa os 10 cm. Ter tambm em ateno que o gnero Lepiota compreende espcies
que parecem pequenos exemplares de Macrolepiota spp. mas cuja altura no ultrapassa
os 6 cm. Assim, por norma, nunca devem colher-se espcimes de altura inferior a 10 cm
como sendo de M. procera, sob o risco de se tratarem de Lepiota spp. (do grupo Lepiota
helveola) algumas das quais so txicas ou mesmo mortais, como o caso de Lepiota
brunneoincarnata.
Tricholoma equestre
COMENTRIOS
Continuao da pg.77
Notas pessoais
143
Notas pessoais
144
Notas pessoais
145
Notas pessoais
146
Notas pessoais
147