Aquietai-Vos e Sabei Que Eu Sou Deus - Jonathan Edwards
Aquietai-Vos e Sabei Que Eu Sou Deus - Jonathan Edwards
Aquietai-Vos e Sabei Que Eu Sou Deus - Jonathan Edwards
Traduzido do Espanhol
Via: IglesiaReformada.com
Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida
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1. O dever de ficar quieto diante de Deus, debaixo das mercs de Sua providncia. Isto implica que devemos manter quietude de palavras, nos resignando de falar ou reclamar contra
os desgnios da providncia, no obscurecendo a razo com palavras de ignorncia, nem
usando a linguagem pomposa da vaidade. Temos que manter a calma em nossas aes e
em nossa conduta, de modo que no contrariemos a Deus em Seus desgnios. E em relao disposio interior de nossos coraes, devemos cultivar a calma e uma serena submisso de esprito vontade soberana de Deus, seja ela qual for.
2. Podemos considerar os fundamentos deste dever, ou seja, a Divindade de Deus. O fato
dEle ser Deus razo mais do que suficiente para que estejamos quietos diante dEle, sem
o menor murmrio, sem objeo, sem oposio, mas tranquilamente e com humildade
submeter-nos a Ele. Como devemos cumprir este dever de estar quietos diante de Deus?
Simplesmente com um senso de Sua Divindade, compreendendo que o fundamento o
conhecimento de que Ele Deus. Nossa submisso correspondente aos seres racionais.
Deus no requer que nos submetamos a Ele contra a razo, mas enquanto percebemos a
razo e o fundamento de agir assim. Da que, a mera constatao de que Deus Deus
pode ser o suficiente para calar todas as objees e oposio aos Seus Divinos e soberanos
desgnios.
Tudo isto pode ser visto considerando o seguinte:
1. Porquanto Ele Deus, um Ser absoluta e infinitamente perfeito, sendo impossvel que
pudesse incorrer em erro ou maldade. E, como eterno e no deve Sua existncia a nenhum outro, no pode em medida alguma ter limitaes no Seu ser nem em nenhum de
Seus atributos. Se algo tem limites em sua natureza, deve haver alguma causa ou razo
pelas quais estes limites existem. Assim se deduz que toda coisa limitada deve ter uma
causa. Portanto, Aquele que no tem causa deve ser ilimitado. As obras de Deus mostram
com toda evidncia que Sua sabedoria e Seu poder so infinitos, pois quem fez todas as
coisas do nada, que as sustenta, governa e as dirige a todo momento e em todas as eras,
sem se cansar, deve possuir um poder infinito. Igualmente tem que ser infinito em conhecimento, pois se Ele fez todas as coisas, e sem cessar sustenta e governa a todas, seguese que Ele continuamente e num nico olhar, v e conhece perfeitamente todas as coisas,
tanto as grandes como as pequenas. O que no possvel sem um conhecimento infinito.
Sendo, pois, infinito em conhecimento e poder, Deus tem que ser perfeitamente santo. A
falta de santidade supe sempre defeito e pobreza de viso. Onde no h trevas nem
engano, no pode faltar a santidade. impossvel que a maldade possa coexistir com a luz
infinita. Deus, sendo infinito em poder e conhecimento, precisa ser totalmente autossuficiente. Portanto, impossvel que Ele possa cair em qualquer tentao ou cometer alguma
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falta. No h nenhum motivo para que Ele incorra em nada semelhante. Sempre que algum tentado a ceder ao incorreto, para fins egostas. Ento, como poderia um ser
todo-poderoso, que no precisa de nada, ser tentado a fazer algo errado por fins egostas?
Portanto, impossvel a Deus, que essencialmente santo, possa em sentido algum
incorrer no mal.
2. Pelo fato de ser Deus, Ele to grande que est infinitamente alm de toda compreenso. Portanto, irracional de nossa parte pretender julgar Suas decises, uma vez que
estas so misteriosas. Se fosse um ser ao qual ns pudssemos compreender, no seria
Deus. Seria irracional no supor nada alm do fato de que h muitas coisas na natureza de
Deus, e em Suas obras e governo, que so para ns um mistrio que jamais poderemos
descobrir.
O que somos e que ideia temos de ns mesmos se esperamos que Deus e Seus desgnios
possam estar ao nvel de nosso entendimento? Somos infinitamente incapazes de tal coisa
como compreender a Deus. Para ns seria menos irracional conceber que uma casca de
noz pudesse conter um oceano. J 11, versculo 7 em diante diz: Porventura alcanars
os caminhos de Deus, ou chegars perfeio do Todo-Poderoso? Como as alturas dos
cus a sua sabedoria; que poders tu fazer? mais profunda do que o inferno, que
poders tu saber? Mais comprida a sua medida do que a terra, e mais larga do que o
mar. Se pudssemos perceber a distncia entre Deus e ns, entenderamos a razoabilidade da interrogao do apstolo Paulo em Romanos 9.20: homem, quem s tu, que
a Deus replicas?.
Se cremos encontrar faltas no governo de Deus, estamos virtualmente supondo que somos
capazes de ser Seus conselheiros; quando na realidade seria mais conveniente, com grande humildade e adorao, clamar com o apstolo (Romanos 11:33-36): profundidade
das riquezas, tanto da sabedoria, como da cincia de Deus! Quo insondveis so os seus
juzos, e quo inescrutveis os seus caminhos! Por que quem compreendeu a mente do
Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja
recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, so todas as coisas; glria, pois, a ele
eternamente. Amm.
Se houvesse meninos que levantassem a voz para criticar os rgos legislativos de seu
pas ou para colocar em causa de juzo as decises do poder executivo, no se estimaria
que eles estavam se intrometendo em coisas demasiado elevadas para eles? E quem somos ns seno bebs? Pois nossas inteligncias so infinitamente menores do que as dos
bebs, em comparao com a sabedoria de Deus. Seria sensato se considerssemos isso,
e ajustssemos nosso comportamento a isso. Diz o Salmo 131:1-2: SENHOR, o meu
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Podemos ver a este respeito por que, quando J padecia cruis penas por desgnio Divino,
Deus lhe respondeu no explicando as razes da Sua misteriosa providncia, mas fazendolhe ver sua condio de miservel verme, sua nulidade; e quo distante ele estava da altura
Deus. Essa atitude Divina estava em melhor consonncia com Deus do que haver entrado
em algum debate com J, ou haver-lhe revelado o mistrio de suas dificuldades.
E para J foi bom submeter-se a Deus naquelas coisas que no conseguia entender, as
quais quis trazer-lhe a resposta Divina. Convm que Deus habite na escurido profunda,
ou em luz que nenhum ser humano pode resistir, a qual ningum viu nem pode ver. Nada
h de estranho em que um Deus de infinita glria resplandea com um brilho demasiado
rutilante e poderoso para o olho humano. Porque mesmo os anjos, aqueles espritos
poderosos, aparecem cobrindo seus rostos perante esta luz (Isaas 6).
3. Sendo que Ele Deus, todas as coisas so Suas, portanto tem direito de dispor delas de
acordo com Sua vontade e prazer. Todas as coisas neste mundo inferior so Suas. Pois o
que est debaixo de todos os cus meu (J 41:11). Eis que os cus e os cus dos cus
so do Senhor teu Deus, a terra e tudo o que nela h (Deuteronmio 10:14). Todas as
coisas so Suas porque todas procedem dEle; so totalmente dEle e somente dEle.
Aquelas coisas feitas por homens no so inteiramente deles. Quando um homem edifica
uma casa, no completamente sua, nenhum dos materiais com que foi feita deve a ele a
sua origem. Todas as criaturas so total e completamente fruto do poder de Deus.
lgico, portanto, que todos sejam para Ele e sujeitas Sua vontade (Provrbios 16:4).
Assim, todas as coisas so de Deus, e todos so sustentados por Ele, e se afundariam em
runa em um instante se Ele no as sustentasse. E todos so para Ele: Porque dele e por
ele, e para ele, so todas as coisas (Romanos 11:36). Porque nele foram criadas todas
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as coisas que h nos cus e na terra, visveis e invisveis, sejam tronos, sejam dominaes,
sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele antes de
todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele (Colossenses 1:16-17). Toda a humanidade Sua: suas vidas, seu alento, seu ser, pois nele vivemos, nos movemos e somos.
Nossas almas e as nossas capacidades Lhe pertencem. Eis que todas as almas so minhas; como o a alma do pai, assim tambm a alma do filho minha: a alma que pecar,
essa morrer (Ezequiel 18:4).
4. Posto que Ele Deus, digno de ser soberano sobre todas as coisas. Amide os homens
possuem mais do que so dignos de possuir. Deus no somente dono de todo o universo,
sendo que todo este procede e depende dEle, mas tal a Sua perfeio, excelncia e
dignidade de Sua natureza, que Ele digno de ser soberano sobre tudo. Ningum deveria
ousar a opor-se a que Deus exera a soberania do universo como se no fosse digno disto,
pois o ser soberano absoluto do universo no glria ou honra demasiado grande para
Ele.
Todas as coisas no cu e terra, anjos e homens, no so nada comparados a Ele; todos
so como uma gota de gua em um balde ou como um gro de areia na praia. to
apropriado que cada coisa esteja em Suas mos, para que Ele disponha delas segundo
Lhe aprouver. Sua vontade e desejo so de importncia infinitamente maior do que os de
todas as criaturas. correto que Sua vontade seja feita, ainda que seja contrria a todos
os demais seres, que Ele faa de Si mesmo Seu prprio fim, e que disponha de todas as
coisas para Si. Deus dotado de tais perfeies e excelncias de forma que possui o ttulo
de ser o soberano absoluto do mundo.
Certamente, muito mais apropriado que todas as coisas estejam debaixo da direo de
uma sabedoria irrepreensvel e perfeita do que expostas a cair em confuso ou sujeitas a
causas incontrolveis. Alm disso, no bom que nenhum negcio do governo de Deus
possa permanecer sem a direo de Sua sbia providncia, especialmente aquelas coisas
de maior importncia.
absurdo supor que Deus pudesse estar obrigado a prevenir qualquer criatura de pecar e
de expor-se a um castigo adequado. Se assim fosse, resultaria que no pode haver tal coisa como um governo moral de Deus sobre os indivduos racionais, e seria arbitrrio para
Deus dar mandamentos j que Ele mesmo seria a parte comprometida a observar a conduta
e estaria fora do lugar das promessas e das ameaas. Mas se Deus pode deixar que algum
peque e se exponha punio, ento resulta ser muito mais apropriado que o assunto seja
tratado com sabedoria quem, em justia, deve ser exposto a castigo devido ao pecado
e quem no do que permitir que isso seja tratado pela confuso ou acaso.
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silencia assim permanece. Quando Ele Se prope a algo, quem O impedir? E quando estende Sua mo, que O far recolh-la? No h, portanto, uma maneira de impedir que Deus
seja soberano nem que aja como tal. Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece
a quem quer (Romanos 9:18). Ele tem as chaves da morte e do inferno, e abre e no h
quem feche; fecha e no h quem abra. Isso pode nos fazer ver a loucura de nos opormos
aos soberanos desgnios de Deus, e quo sbios so aqueles que quietamente e de bom
nimo se submetem Sua soberana vontade.
6. Como Ele Deus, est em posio de Se vingar daqueles que se opem Sua soberania. Ele sbio de corao e forte em poder, quem poder endurecer-se contra Deus e
sair em paz? A isso deve responder todo o que intenciona contender com Ele. E ai do miservel que quiser pelejar contra Deus; poder defender sua posio diante dEle? A qualquer
um de Seus inimigos movidos de orgulho, o Senhor lhe mostrar que est acima dele. Viro
a ser como palha ao vento, ou como gordura de carneiros; o fogo os consumir e desaparecero. No h indignao em mim. Quem me poria saras e espinheiros diante de mim
na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria (Isaas 27:4).
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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10 Sermes R. M. MCheyne
Adorao A. W. Pink
Agonia de Cristo J. Edwards
Batismo, O John Gill
Batismo de Crentes por Imerso, Um Distintivo
Neotestamentrio e Batista William R. Downing
Bnos do Pacto C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleio
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos
Cessaram Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da
Eleio A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida
pelos Arminianos J. Owen
Confisso de F Batista de 1689
Converso John Gill
Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins
Doutrina da Eleio, A A. W. Pink
Eleio & Vocao R. M. MCheyne
Eleio Particular C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A
J. Owen
Evangelismo Moderno A. W. Pink
Excelncia de Cristo, A J. Edwards
Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon
Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink
In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah
Spurgeon
Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao
dos Pecadores, A A. W. Pink
Jesus! C. H. Spurgeon
Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon
Livre Graa, A C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield
Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill
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Sola Fide Sola Scriptura Sola Gratia Solus Christus Soli Deo Gloria
2 Corntios 4
1
Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,
3
na presena de Deus, pela manifestao da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho est
4
encoberto, para os que se perdem est encoberto. Nos quais o deus deste sculo cegou os
entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria
5
de Cristo, que a imagem de Deus. Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,
7
para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porm,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns.
8
12
13
nossa carne mortal. De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. E temos
portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,
14
por isso tambm falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar
15
tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. Porque tudo isto por amor de vs, para
que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de
16
Deus. Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
17
interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentnea tribulao
18
produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; No atentando ns nas coisas
que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se
no veem so eternas.
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