Exercícios Resolvidos Diego Oliveira - Vitória da Conquista/BA

Exercícios Resolvidos: Integral por Substituição

Trigonométrica
Contato: nibblediego@gmail.com
Escrito por Diego Oliveira - Publicado em 05/01/2017 - Atualizado em 15/10/2017

O que você precisa saber?

É imprescindível que você tenha conhecimento das identidades trigonométricas

fundamentais (seno, cosseno, tngente, cosecnte, secnte e cotngente) e das
seguintes:

p1 : sen2 () + cos2 () = 1

p2 : 1 + cotg2 () = csc2 ()

p3 : tg2 () + 1 = sec2 ()

p4 : sen(2) = 2sen()cos()

p5 : cos(2) = cos2 () − sen2 ()

p6 : cos(2) = 1 − 2sen2 ()

p7 : cos(2) = 2cos2 () − 1

Se você sentir dificuldade para decorá-las tente se lembrar pelo menos das iden-
tidades fundamentais e das propriedades p1 , p4 e p5 , pois as demais (p2 , p3 , p6 e
p7 ) podem ser deduzidas através delas.

Como funciona?

O processo de resolução por substituição é descrito basicamente em três passos:

1. Primeiro determinamos qual será a substituição (em θ) a ser utilizada.

Isso é feito examinando o radical da função.

Radical Substituição a ser usada

p
2
p − 
2  =  · sen(θ)
p +   =  · tg(θ)
2 2

2 − 2  =  · sec(θ)

1
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2. Resolvemos a integral em θ.

3. E finalmente voltamos para a variável original da função.

Z Æ
Para entender melhor vamos calcular a integral 10 − 42 d

IDENTIFICANDO A SUBSTITUIÇÃO

Note que o radical da função a ser integrada não se parece com nenhum dos rad-
icais da nossa tabela de substituição, assim precisamos trabalha-lo algebricamente
para identificar que tipo de substituição usaremos.
Z Æ
10 − 42 d

Z v
u 
10

= 2
t
4 −  d
4
v 
‚p

Z u Œ2
u 10
= t4  − 2  d
u
2

v
u‚ p Œ2
10
Z u
p
= 4× − 2 d
t
2
v
p
u‚ 10 Œ2
Z u
=2 − 2 d
t
2

p que o radical da integral recai agora no primeiro caso ( =  · sen(θ)),

Observe
com  = 10/ 2, assim as substituições que usaremos são:

p
10
= · sen(θ) (1)
2

e também

2
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p
10
d = · cos(θ) dθ (2)
2

RESOLVENDO A INTEGRAL EM θ

Fazendo a substituição de (1) e (2) na integral

v
p p
u‚ 10 Œ2 ‚ 10
Z u Œ2 p
10
=2 − sen(θ) · cos(θ) dθ
t
2 2 2

v 
u‚ p Œ2 ‚ p Œ2
p 10 10
Z u
= 10 − · sen2 (θ) cos(θ) dθ
t 

2 2

‚p Œ2
10
evidenciando e retirando-o de dentro do radical
2

v 
u‚ p Œ2
p 10
Z u
= 10 (1 − sen2 (θ)) cos(θ) dθ
t 

2

Z ‚p Œ
p 10 q
= 10 1− sen2 (θ) cos(θ) dθ
2

Z q 
=5 1 − sen2 (θ) cos(θ) dθ

Como cos2 (θ) = 1 − sen2 (θ) (ver p1 ) então:

Z q 
5 1 − sen2 (θ) cos(θ) dθ

Z q 
=5 cos2 (θ) cos(θ) dθ

3
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Z
=5 (cos(θ)) · cos(θ) dθ

Z
=5 cos2 (θ) dθ

Para resolver essa integral ainda precisamos de outra identidade trigonométrica

(veja p7 ).

Z
5 cos2 (θ) dθ

1 + cos(2θ)
Z  
=5 dθ
2

5
Z
= (1 + cos(2θ)) dθ
2

5 5
Z Z
= dθ + cos(2θ)dθ
2 2

5 5
= θ+ sen(2θ) + C (sendo C uma constante.)
2 4

RETORNANDO A VARIÁVEL

Já sabemos que o “resultado" (em θ) da integral é

5 5
Z Æ
10 − 42 d = θ+ sen(2θ) + C onde (C ∈ R).
2 4

então o que falta agora é retornar a variável original, ou seja, passar de θ para
.
p
10 2
Como a substituição usada foi  = · sen(θ) então sen(θ) = p e como
2 10
sen(2θ) = 2 · sen(θ)cos(θ) então:

Æ
sen(2θ) = 2sen(θ) 1 − sen2 (θ)

4
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 v 
4 t 2 2
u  
⇒ sen(2θ) =  p 1− p 
10 10

 v 
4 t 42
u
⇒ sen(2θ) =  p 1− 
10 10

 v 
Z Æ  5

2

5 4
u
4 2
sn−1 p
t
⇒ 10 − 42 d = + p 1− 
2 10 4 10 10

d
Z
Exemplo 2: Calcule a integral p
 25 − 2

Solução:

Como 25 = 52 então:

d d
Z Z
p = p
 25 − 2  52 − 2

Observando o radical do integrando vamos usar a substituição de  =  · sen(θ),

com  = 5.

 = 5 · sen(θ) ⇒ d = 5 · cos(θ)dθ

d 5 · cos(θ)dθ
Z Z
p = Æ
 25 − 2 (5 · sen(θ)) 52 − (5 · sen(θ))2

5 · cos(θ)dθ
Z
=

q
(5 · sen(θ))  2 · sen2 (θ)
2 − 5
5

cos(θ)dθ
Z
= Æ
5 · sen(θ) 1 − sen2 (θ)

Usando p1

cos(θ)dθ dθ 1 dθ
Z  Z Z

= = =

Æ
5 · sen(θ)  2
cos (θ)
 5 · sen(θ) 5 sen(θ)

5
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1
Como = csc() então:
sen()

1 dθ 1
Z Z
= csc(θ)dθ
5 sen(θ) 5

1
= − n|csc(θ) + cotg(θ)| + Constante
5

Acabamos de encontrar a solução da nossa integral em θ, mas como nosso prob-

lema originalmente estava em função de x devemos retornar a x. Como a substitu-
ição que fizemos foi de  = 5 · sen(θ) então:


sen(θ) =
5
5
⇒ csc =


Como sen2 (θ) + cos2 (θ) = 1 então:

Æ
cos(θ) = 1 − sen2 (θ)
v
2
u
⇒ cos(θ) =
t
1−
25

cos(θ)
e como cotg(θ) = então:
sen(θ)

v
2
u
t
1− p
25 25 − 2
cotg(θ) =  =

5

O que implica em

1
− n|csc(θ) + cotg(θ)| + Constante
5
p
5 1 25 − 2 
 
= − n +
  + Constante (Solução).
5   

6
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3
Z
3. Calcule a integral p d
9 − 2

Solução:

Usando  = 3 · sen(θ) então:

3 (3sen(θ))3
Z Z
p d = Æ 3cos(θ)dθ
9 − 2 32 − (3 · sen(θ))2

27sen3 (θ) 27sen3 (θ)

Z Z
⇒ Æ 3cos(θ)dθ = Æ 3cos(θ)dθ
32 − 32 · sen2 (θ)) 32 (1 − sen2 (θ))

27sen3 (θ) 27sen3 (θ)

Z Z
⇒ Æ cos(θ)dθ = Æ cos(θ)dθ
1 − sen2 (θ) cos2 (θ)
Z
⇒ 27 sen3 (θ) dθ (1)

Para resolver a integral (1) fazemos o seguinte.

Z Z
27 sen3 (θ) dθ = 27 sen2 (θ) · sen(θ) dθ

Z Z
2
(1 − cos (θ))sen(θ) dθ = 27 sen(θ) − sen(θ)cos2 (θ) dθ


⇒ 27

Z Z 
2
⇒ 27 sen(θ) dθ − sen(θ)cos (θ) dθ

 Z 
2
⇒ 27 −cos(θ) − sen(θ)cos (θ) dθ (2)

Z
A integral sen(θ)cos2 (θ) dθ pode ser resolvida por substituição fazendo  =
cos(θ).

3 cos3 (θ)
Z Z
sen(θ)cos2 (θ) dθ = − 2 d = − =−
3 3

assim, (2) fica como

cos3 (θ)
– ‚ Œ™
⇒ 27 −cos(θ) − −
3

7
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cos3 (θ)
– ™
⇒ 27 − cos(θ) = 9cos3 (θ) − 27cos(θ)
3

Æ
Como cos(θ) = 1 − sen2 (θ) então:

€Æ Š3 €Æ Š
9cos3 (θ) − 27cos(θ) = 9 1 − sen2 (θ) − 27 1 − sen2 (θ)

E como fizemos inicialmente a substituição de  = 3sen(θ)

€Æ Š3 €Æ Š €Æ Š3 €Æ Š
9 1 − sen2 (θ) − 27 1 − sen2 (θ) = 9 1 − (/ 3)2 − 27 1 − (/ 3)2

que após algum algebrismo resulta em:

1p
9 − 2 2 + 18 + constante


−
3

8
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