Apostila Citologia Clínica PDF
Apostila Citologia Clínica PDF
Apostila Citologia Clínica PDF
DE
CITOLOGIA
CLNICA
CITOLOGIA CLNICA
so provenientes de um
processo de raspagem, descamao natural de uma superfcie epitelial, cavitria ou obtidas por
puno aspirativa por agulha fina (PAAF). A citologia clnica foca no estudo e pesquisa de clulas
neoplsicas (malignas), alm oferecer diversos subsdios importantes no diagnstico de doenas da
vagina, doenas que acomete o colo do tero, enfermidades de etiologia inflamatria, alm de poder
determinar nvel hormonal.
A citologia clnica iniciou-se atravs de pesquisas
realizadas pelo mdico George Papanicolau, sendo
atualmente um dos mtodos de diagnsticos com
maior importncia na prtica mdica atual.
As pesquisas iniciais do mdico George Papanicolau
tinham como objetivo alvo, o conhecimento dos
efeitos
hormonais
sobre
mucosa
vaginal,
Hematoxilina de Harris
Laranja G
importante realar, que a citopatologia uma cincia muito mais abrangente, dirigida ao estudo de
leses em diferentes rgos e tecidos, atravs da tcnica de puno aspirativa por agulha fina. Na
busca por mtodos diagnsticos menos invasivos, a tcnica de preveno bipsia com puno
aspirativa por agulha fina, ocupa posio de destaque, devido a ausncia de complicaes significativas
para o paciente, aliada a outras vantagens, como simplicidade tcnica, rapidez, baixo custo e
confiabilidade diagnstica.
O estudo citolgico das amostras obtidas atravs de puno aspirativa por agulha fina permite o
reconhecimento de condies inflamatrias assim como o seu agente etiolgico, atravs especialmente
de tcnicas de colorao especial, assim como o diagnstico diferencial entre tumores benignos e
malignos. O estudo citolgico das amostras obtidas atravs de puno aspirativa por agulha fina
permite o reconhecimento de condies inflamatrias assim como o seu agente etiolgico, atravs
especialmente de tcnicas de colorao especial, assim como o diagnstico diferencial entre tumores
benignos e malignos.
Citopatologia geral (pesquisa de clulas malignas em diferentes amostras, incluindo aspirados obtidos
atravs da tcnica de PAAF de diferentes rgos, escarro, lquidos pleural, asctico e pericrdio, urina,
descarga papilar, cistos de mama, lavados e escovados brnquicos, entre outros).
trompa
uterina.
Tm
funo
endcrina
reprodutiva.
Corpo do tero: estrutura periforme contgua ao colo
uterino.
Colo uterino: dividido em uma parte intravaginal
visvel ao exame (ectocrvice ou exocrvice) e outra
supravaginal.
Histologicamente temos:
Ectocrvix: Epitlio escamoso estratificado no queratinizado
(pluriestratificado),
com
halos
claros,
abundantes
em
sendo
constitudo
pelo
epitlio
cilndrico
Camada intermediria
Camada superficial
corresponde regio
Clulas superficiais:
So as clulas mais desenvolvidas do epitlio escamoso, aparecem isoladas ou
em pequenos grupos. O citoplasma claro, brilhante, transluzente e levemente
eosinoflico ou cianoflico e o ncleo denso e picntico com halo perinuclear
claro e estreito.
Clulas intermedirias:
Desenvolvem-se a partir da diferenciao das clulas parabasais, so elpticas
ou alongadas, possui citoplasma cianoflico, transluzente claro, as margens
celulares so bem delimitadas, com a presena de grnulos amarelados
(glicognio).
Clulas Parabasais:
So maiores que as clulas basais, descamam isoladamente, com formas
redondas ou ovais, o citoplasma se cora menos intensamente que as clulas
basais e o ncleo arredondado com cromatina fina e granular.
Clulas Basais:
So clulas com origem tipicamente embrionria, cuja capacidade de
reproduo constante e intensa, sendo raramente encontradas no esfregao,
quando descamam so isoladas, possuem formas arredondadas ou ovais e o
ncleo grande, redondo ou oval, tendo um padro de cromatina finamente
granular.
COLPOSCOPIA
A colposcopia um exame complementar a tcnica de Papanicolaou que auxilia no rastreamento do
cncer de colo uterino e no diagnstico do Papiloma Vrus Humano (H.P.V.), ou seja, o exame que
direciona o local adequado para a coleta do material. Para realizar a colposcopia, necessrio um
aparelho chamado colposcpio que promove a visibilizao do colo uterino por intermdio de lentes.
no
imperceptveis
colo
a
do
tero,
olho
nu
leses
tornam
que
so
identificveis,
colposcopia,
(Papanicolaou),
aliada
representa
colpocitologia
altas
onctica
possibilidades
de
A citologia clnica no tem como nico objetivo a pesquisa de clulas neoplsicas (malignas), mas
tambm oferece subsdios importantes no diagnstico de enfermidades de etiologia inflamatria.
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remove
clulas
superficiais
da
crvice,
endocervice e vagina.
(Esptula de Ayre ou escova endocervical)
Tipos de coleta:
Coleta trplice: endocrvice, ectocrcice (JEC) e fundo do saco vaginal
Coleta dupla (MS): endocrvice e ectocrvice
Colposcopia simples
Acentuar as caractersticas dos tecidos alterados.
cido actico a 5%
Soluo de Schiller- iodo (Clulas alteradas no fixam o iodo patolgico)
Soluo de bissulfito
Azul de Toluidina a 2%
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considerada satisfatria a colposcopia em que a JEC (juno escamo colunar) visvel e insatisfatria
quando ocorrer inflamao intensa ou atrofia acentuada. Nestes casos deve tratar as alteraes e repetir a
colposcopia aps 30 dias. Para os casos de atrofia, usar estrognio via vaginal.
A paciente no deve estar menstruada, o medico deve diferenciar menstruao de sangramento vaginal,
pois este poder ser sinal de leso de colo detectvel inspeo visual. O mdico deve realizar a coleta
mesmo na presena de menstruao se esta for a melhor oportunidade de realizar o exame em paciente
que no tenha tido acompanhamento regular.
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A combinao mais eficiente para se obter uma coleta satisfatria o uso de escova para coleta da
endocrvice, e da esptula de Ayre para coleta da ectocrvice, girando-a 360 graus sobre a JEC (juno
escamo-colunar) colocadas de forma sobreposta na mesma lmina. (Grau de recomendao A) .
Preparo do esfregao
Lmina de vidro de boa qualidade
Identificar o material
O instrumento da coleta colocado sobre a lmina
Arraste-o ao longo do maior eixo da lmina
Distribuir o material de forma homognea
No fazer movimentos circulares podem lesar as clulas.
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Colorao
O processo de colorao facilita o reconhecimento dos componentes celulares, possuindo como regra
para a colorao, a captao dos elementos basoflicos dos corantes pelos ncleos, assumindo uma cor
azul ou tom azulado. O citoplasma pode adquirir uma cor rosa (eosinoflico) ou azul (cianoflico).
A Colorao de Shorr, combinada com hematoxilina de Harris pode dar excelentes resultados.
Periodicidade do Rastreamento
A cada trs anos, aps dois exames normais consecutivos com
intervalo de um ano. (Grau de recomendao A). Existe pouca
evidncia de que o rastreamento anual mais efetivo do que a
cada 3 anos para a populao em geral.
Anualmente em
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Tumores
Inflamao
Eroses
Reparao
Epitlio branco
reas leucoacticas
Radiao
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Leuccitos
A presena de grande quantidade de leuccitos sugere
processo inflamatrio. Entretanto poder surgir tambm
a possibilidade de cncer invasivo. O diagnstico de
processo
inflamatrio
no
pode
ser
baseado
Hemcias
So normalmente encontrados no perodo menstrual,
logo aps a ovulao devido a ruptura do folculo
ovariano,
esfregaos
atrficos,
escovadura
da
Histicitos
So encontrados nos esfregaos vaginais no perodo
menstrual, podendo aparecer ate o 12 dia do ciclo, na
fase ps-menstrual e em processos de cicatrizao.
Apresenta ncleos variveis em tamanho, nmero e
forma, sua cromatina nuclear extremamente ativa. O
histicito apresenta abaulamento nuclear conferindo
formato reniforme. O DIU responsvel por seu
aumento.
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Plasmcitos
A sua presena indica um quadro de processo
inflamatrio
crnico
cervical
ou
endometrial,
os
Linfcitos
Possuem as mesmas funes dos plasmcitos, sendo
presentes em processos crnicos. Podem-se observar
duas formas: Forma adulta e o tipo imaturo ou blstico
(linfoblasto). LA (so pequenas clulas de ncleos
intensamente corados e praticamente picnticos. Seus
citoplasmas so bastante escassos). e LB (so clulas de
ncleos grandes com cromatina granulosa e citoplasma
abundante e basfilo.
Neutrfilos - Polimorfonucleares
So clulas pequenas com ncleo segmentado, podendo
apresentar at 5 lbulos, so clulas presentes em
grande nmero nos processos inflamatrios. Esfregao
purulento. Exemplo: Geralmente a tricomonase e
infeces bacterianas determinam esfregaos bastante
purulentos.
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Muco
um Espessado, filamentoso, grumoso que no tem
significado oncolgico nem to pouco funcional quando
examinado pela colorao citolgica. Na fase estrognica
transparente e praticamente invisvel. Na segunda fase,
ou fase lutenica, se torna grumoso e corvel em verde,
aprisionando
leuccitos,
detritos
celulares
flora
bacteriana.
Espermatozides
So achados, com certa freqncia nos raspados
vaginais. Os esfregaos ps-coito, alm de prejudicar a
avaliao
cito-hormonal,
podem
levar
falsos
Fibroblasto
Pode ser confundido com clulas fibrosas, caractersticas
de carcinomas freqente em processos de cicatrizao
cervical ncleo alongado, pequeno e bem corado,
citoplasma cianfilo e plido.
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Bacilos de Dderlein
So considerados comensais normais de cavidade
vaginal de mulheres jovens. Estas clulas mostram
grande variao em nmero e tamanho , de acordo com
a fase do ciclo menstrual. So bactrias muito pequenas
em forma de bastonete, chamados de lactobacilos.
Os lactobacilos na presena de glicognio, passa a se multiplicarem devido a sua alta afinidade pelo
glicognio, ao se nutri do glicognio os lactobacilos ficam trgidos ao ponto de promover a reduo
do pH ( 3,2) favorecendo a lise celular e consequentemente ir liberar fosfolipdeos e favorecer a
presena de ncleos desnudos ao local. Como a cndida(microorganismo fngico) faz parte da
microbiota normal, vai ocorrer a migrao da cndida presente na microbiota ao local onde ocorreu a
lise celular, devido a presena de fosfolipdeos, que atua como receptor da cndida promovendo a
formao de pseudo hifas na sua estrutura celular o que permite a sua invaginao aos tecidos
iniciando assim um quadro de infeco fngida denominado de candidose. A candidose uma
condio clnica comum, durante a gestao, pois onde ocorre um aumento dos nveis de
progesterona na preparao do tero para a gravidez promovendo excreo da reserva do glicognio
final.
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Gardnerella Vaginalis
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Trichomonas Vaginalis
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Actinomyces sp
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NEOPLASIAS
Neoplasias Malignas
Neoplasia Intraepitelial Vulvar (NIV)
A neoplasia intraepitelial vulvar considerada uma leso epitelial maligna pr-invasiva. Ela se
caracteriza pela existncia de atipia, um nmero aumentado de mitoses, e pela perda da diferenciao
das clulas superficiais do epitlio. Macroscopicamente, a NIV se manifesta por leucoplasia vulvar. A
leso pode ser nica, mas freqentemente multicntrica. A associao freqente (at 30%) de NIV e
carcinomas escamosos de outros locais do trato genital feminino aponta para uma etiologia comum
em at 90% dos casos de NIV pode ser identificado DNA de HPV de alto risco, como o 16 e o 18.
Todavia, a NIV pode ocasionalmente regredir espontaneamente. O risco de evoluir para uma leso
invasiva (carcinoma escamoso da vulva) maior em mulheres mais velhas e em imunodeprimidas.
Carcinoma Da Vulva
Cerca de 85% dos carcinomas vulvares so carcinomas de clulas escamosas. Dentre os 15% restantes,
encontram-se carcinomas basocelulares, adenocarcinomas e melanomas. Os carcinomas escamosos
da vulva podem ser divididos em dois grupos: o primeiro inclui tumores precedidos por neoplasia
intraepitelial vulvar, e portanto associados a HPV de alto risco. Estes tumores so prevalentes em
mulheres com menos de 65 anos. O segundo grupo engloba os carcinomas precedidos por leses
vulvares no neoplsicas (lquen escleroso ou liquenificao).
Neste grupo, a associao com infeco pelo HPV incomum. Esta classe de tumores prevalece em
mulheres com mais de 65 anos, e 3 a 4 vezes mais comum do que os tumores relacionados ao HPV.
Seja de que grupo for, o carcinoma vulvar se inicia como leso leucoplsica, que evolui para um tumor
de padro
exoftico/vegetante ou
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O cncer de colo uterino ainda um problema de sade pblica nos pases em desenvolvimento, pois
apresenta altas taxas de prevalncia e mortalidade em mulheres de nvel social e econmico baixo e
em fase produtiva de suas vidas. Estas mulheres, uma vez doentes, ocupam leitos hospitalares, o que
compromete seu papel no mercado de trabalho, privando-as do convvio familiar e acarretando um
prejuzo social considervel. So estimados 500.000 novos casos da doena por ano, dos quais 79%
ocorrem nos pases em desenvolvimento. No Brasil, a estimativa em 2006 foi de 19.260 novos casos.
Sem considerar os tumores de pele no-melanomas, o cncer do colo do tero o mais incidente na
regio Norte, o segundo tumor mais incidente nas regies Sul, Centro-Oeste e Nordeste e o terceiro
mais freqente na regio Sudeste. Os fatores de risco mais importantes para desenvolvimento de
leses pr-neoplsicas e de carcinoma invasor do colo so a infeco pelo papiloma vrus humano
(HPV) e, secundariamente, a alta paridade, grande nmero de parceiros, idade no primeiro coito, baixo
nvel socioeconmico e tabagismo. A preveno do carcinoma cervical baseia-se na educao sexual
como parte importante da preveno do carcinoma cervical, orientando-se o uso correto de
preservativos, desmotivando a promiscuidade sexual e o incio precoce da atividade sexual.
O exame citopatolgico de Papanicolaou tem sido recomendado como mtodo de rastreamento de
grandes populaes, a fim de detectar leses pr-malignas e malignas.A nomenclatura para emisso
de laudos citopatolgicos aceita atualmente no mundo todo o Sistema Bethesda 2001. Este sistema
classifica as anormalidades de clulas epiteliais escamosas em quatro categorias: (1) Clulas escamosas
atpicas (ASC); (2) Leso intra-epitelial escamosa de baixo grau (LSIL); (3) Leso intra-epitelial escamosa
de alto grau (HSIL); e (4) Carcinoma de clulas escamosas.
A categoria ASC contm duas subcategorias: ASC-US (clulas escamosas atpicas de significado
indeterminado), que se refere s alteraes sugestivas tanto de LSIL como de SIL de grau
indeterminado, e ASC-H (clulas escamosas atpicas, no possvel excluir uma HSIL), cuja designao
reservada para a minoria dos casos de ASC onde as alteraes citolgicas so sugestivas de HSIL.
As leses de baixo grau (LSIL) abrangem as alteraes celulares causadas pelo HPV (coilocitose) e uma
displasia leve ou neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) 1. As leses de alto grau (HSIL) abrangem
displasia moderada, displasia severa e carcinoma in situ ou (NIC) 2 e 3. Embora o exame citopatolgico
seja reconhecido como a razo primria para a drstica reduo do cncer cervical, ele apresenta
limitaes com relao sensibilidade para a deteco das leses pr-malignas, alm disso, a grande
maioria das infeces por HPV genital assintomtica e autolimitada.
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TERMOS CITOLGICOS
Metaplasia
Alterao no compatvel com o local encontrado e sem magnilidade apresentando clulas
provenientes da zona de transformao (JEC), podendo ser um achado fisiolgico.
Metastase
Alterao do tecido que apresenta clulas com caracterstivas evidentes de outros tecidos.
Clulas colunares endocervicais
So clulas provenientes da mucosa endocervical em mulheres obtidas por meio de escovado. Sua
ausncia indica que a JEC no foi alcanada.
Escamas crneas
So clulas escamosas superficiais anucleadas observadas em esfregaos onde h processos de
ceratinizao.Prolapso uterino, leucoplasia, epitlio branco.
Prolas Crneas
So agrupamentos concntricos de clulas escamosas bastantes eosinoflicasassociada ao processo de
metaplasia escamosa madura.
Clulas endometriais
So observadas no perodo menstrual, sendo considerados um achado citolgico normal at o 12o dia
do ciclo.
Esfregaos Citolticos (Citlise)
Caracteriza-se pela presena de ncleos desnudos de clulas intermedirias normais, juntamente com
os resduos citoplasmticos em meio a abundante flora bacteriana lactobacilar.
Discariose (Displasia)
uma expresso citolgica que quer dizer que h atipia nuclear. E um termo reservado `a presena
de modificaes celulares relacionadas com as displasias e o Cncer. NIC=I; NIC=, II NIC= III.
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Coloidose (Coilocitose)
a a atipia celular que indica a presena de infeco ativa pelo HPV.
Depleo gilcognica
Reduo da quantidade de glicognio do epitlio escamoso do colo uterino e vagina. A camada
intermediria rica neste acar que armazenado sob estimulao hormonal (estrognio). Dando
reao positiva no teste de Schiller (iodo-negatividade), pois clulas alteradas no fixam o iodo.
Hiperplasia epitelial
o espessamento que varia com o momento endcrino, podendo estar espessado em situaes
reacionais, inflamatrias, pr-neoplsiacas e neoplsicas.
Hiperceratose
um processo anormal de maturao. Os processos irritativos crnicos, mutaes epiteliais e leses
pr-neoplsicas e neoplsicas, podem conferir ao epitlio uma camada de queratina.
Paraceratose
um processo anormal de maturao e um processo incompleto de queratinizao epitelial, as clulas
superficiais se queratinizao sem perder seu ncleo geralmente fusiforme.
Disceratose
processo anormal de maturao de clulas profundas que se mostram arredonda de citoplasma
densamente eosinoflico de de ncleo picntico.
Espongiose
um edema intercelular . As clulas do epitlio ficam afastadas umas das outras.
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A fase folicular (pr-ovulatrio): Inicia no primeiro dia de sangramento e continua at o dia antes da
ascenso pr-ovulatrio de hormnio luteinizante, que marca o incio da fase ovulatria. Este o mais
varivel de durao, uma vez que considerado normal dentro de uma faixa que se estende desde 12
a 14 dias. Durante este perodo, espessamento endometrial ocorre devido ao estrgeno e do hormnio
folculo estimulante, que se regenera completamente em um perodo de quatro a sete dias aps a
menstruao. Da mesma forma estimula o crescimento de um grupo de trs a 30 folculos (vulos) que
so recrutados por causa de seu crescimento acelerado durante os ltimos dias do ciclo anterior.
Como os nveis de hormnio folculo-estimulante queda hormonal, escolha um desses folculos para
ovular e, quando maduros, outros so eliminados.
Fase ovulatria: Ocorre normalmente no dia 14 do ciclo, dada a uma complexa srie de eventos
hormonais que ocorrem na mesma, a fase ovulatria considerada como a fase frtil do ciclo
menstrual. Isto , quando o folculo ou amplia ovo e protuberncias na camada externa do ovrio,
levando ruptura da ovulao, ou a liberao de vulos pelos ovrios.
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Fase ltea (ps-ovulatria): Tem incio na segunda metade do ciclo menstrual, onde o vulo comea
a migrar em direo do tero atravs da trompa de falpio, o que leva ao aumento dos nveis de
progesterona e ajuda a preparar o revestimento do tero para uma possvel gravidez. Se um
espermatozide fertiliza o vulo e adere parede do tero, a mulher fica grvida. Se o vulo no
fecundado, ele se dissolve ou absorvido pelo organismo, a gravidez no ocorrer, o estrognio e
queda dos nveis de progesterona, o revestimento do tero alargada e menstruao andar livre.
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Terminologia diagnstica
Em relao ao ncleo
Espaos vazios: em decorrncia do aumento de contedo de cromatina e de seu
desarranjo no interior de ncleo, podemos encontrar espaos completamente vazios de
cromatina ou at de suco nuclear, sendo uma condio de malignidade. o mais sguro critro
citolgico de malignidade. (cromatina aumentada com arranjo irregular, com granulaes
grosseiras e cordes densos e tortuosos).
Hipercromasia: Colorao escurecida do ncleo em decorrncia do aumento do contedo de
cromatina que acaba por apertar o ncleo em um processo inicial de cariopicnose. considerada
o segundo critrio quando acompanhada de pelo menos outros dois critrios.
Espessamento acentuado e irregular da membrana nuclear: real aspecto observado em clulas
malignas.
Halos perinucleares: Halo ou vacolo nuclear em volta de um ou mais nuclolos. Maior
predominncia em clulas de adenocarcinoma.
Figuras aberrantes de mitose: Significam quase sempre sinal de malignidade.
Formaes
aberrantes
na
estrutura
da
cromatina: cordes
grosseiros
grnulos
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Irregularidade
do
contorno
nuclear
externo:
desenhos
anormais
do
ncleo
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como
nucleares
degenerativas: vacolo
nuclear,
membrana
nuclear
rota
ou
Em relao ao citoplasma
Colorao do citoplasma: tendncia cianfila nos estgios iniciais e a colorao eosinfila
pode sugerir carcinoma escamoso da cavidade oral.
Presena
com
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de carcinoma
escamoso.
Quando
associado
hipercromasia
nuclear,
Material deteriorado
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Referncias Bibliogrficas
GOMPEL, C.; KOSS, L.G. Citologia Ginecolgica e suas bases anatomoclnicas, 1 ed., 1997.
CARVALHO, G. Citologia do trato genital feminino. 4.ed., 2002.
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