Medidas de Controle Do Risco Elétrico
Medidas de Controle Do Risco Elétrico
Medidas de Controle Do Risco Elétrico
Medidas de Controle do
Risco Elétrico
De acordo com o item 10.2 da NR-10, em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser
adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante
técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.
Vamos falar agora do ítem mais importante da segurança em eletricidade:
DESENERGIZAÇÃO
Sabemos que a forma mais segura de se realizar uma intervenção em um circuito elétrico é com o
mesmo desligado, porém, a maioria dos acidentes acontece pelo simples fato de os trabalhadores
acreditarem que o circuito estava desenergizado e este ainda manter tensão. A desenergização é
um conjunto de ações coordenadas, seqüenciadas e controladas, destinadas a garantir a efetiva
ausência de tensão no circuito, trecho ou ponto de trabalho, durante todo o tempo de intervenção
e sob controle dos trabalhadores envolvidos.
Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho,
mediante os procedimentos apropriados e obedecida a sequência a seguir:
Impedimento de reenergização
ATERRAMENTO
Definição
Esquema TN
Esquema IT
No esquema IT todas as partes vivas são isoladas da terra ou um ponto da alimentação é aterrado
através de impedância, figura abaixo. As massas da instalação são aterradas, verificando-se as
seguintes possibilidades:
Aterramento temporário
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
É o procedimento que consiste na interligação de elementos especificados, visando obter a
equipotencialidade necessária para os fins desejados. Todas as massas de uma instalação devem
estar ligadas a condutores de proteção.
Em cada edificação deve ser realizada uma equipotencialização principal, em condições
especificadas, e tantas eqüipotencializações suplementares quantas forem necessárias.
Todas as massas da instalação situadas em uma mesma edificação devem estar vinculadas à
equipotencialização principal da edificação e, dessa forma, a um mesmo e único eletrodo de
aterramento. Isso sem prejuízo de eqüipotencializações adicionais que se façam necessárias,
para fins de proteção contra choques e/ou de compatibilidade eletromagnética.
SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA
ALIMENTAÇÃO
O princípio do seccionamento automático da alimentação, sua relação com os diferentes
esquemas de aterramento e aspectos gerais referentes à sua aplicação e as condições em que se
torna necessária proteção adicional.
O seccionamento automático possui um dispositivo de proteção que deverá seccionar
automaticamente a alimentação do circuito ou equipamento por ele protegido sempre que uma
falta (contato entre parte viva e massa, entre parte viva e condutor de proteção e ainda entre
partes vivas) no circuito ou equipamento der origem a uma corrente superior ao valor ajustado no
dispositivo de proteção, levando-se em conta o tempo de exposição à tensão de contato. Cabe
salientar que estas medidas de proteção requer a coordenação entre o esquema de aterramento
adotado e as características dos condutores e dispositivos de proteção.
B. PELV (do inglês “protected extra-low voltage”): Sistema de extra baixa tensão que não é
eletricamente separado da terra mas que preenche, de modo equivalente, todos os requisitos
de um SELV.
Os circuitos SELV não têm qualquer ponto aterrado nem massas aterradas. Os circuitos PELV
podem ser aterrados ou ter massas aterradas. Dependendo da tensão nominal do sistema SELV
ou PELV e das condições de uso, a proteção básica é proporcionada por:
• Limitação da tensão; ou
• Isolação básica ou uso de barreiras ou invólucros;
• Condições ambientais e construtivas em o equipamento esta inserido.
BARREIRAS E INVÓLUCROS
São dispositivos que impedem qualquer contato com partes
energizadas das instalações elétricas. São componentes que visam
impedir que pessoas ou animais toquem acidentalmente as partes
energizadas, garantindo assim que as pessoas sejam advertidas de
que as partes acessíveis através das aberturas estão energizadas e
não devem ser tocadas.
As barreiras terão que ser robustas, fixadas de forma segura e tenham
durabilidade, tendo como fator de referência o ambiente em que está
inserido. Só poderão ser retirados com chaves ou ferramentas
apropriadas e também como predisposição uma segunda barreira ou
isolação que não possa ser retirada sem ajuda de chaves ou
ferramentas apropriadas.
Ex.: Telas de proteção com parafusos de fixação e tampas de painéis,
etc. O uso de barreiras ou invólucros, como meio de proteção básica, destina-se a impedir
qualquer contato com partes vivas.
As partes vivas devem ser confinadas no interior de invólucros ou atrás de barreiras que garantam
grau de proteção.
BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS
Bloqueio é a ação destinada a manter, por meios mecânicos um dispositivo de manobra fixo numa
determinada posição, de forma a impedir uma ação não autorizada, em geral utilizam cadeados.
Dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o acionamento ou religamento de dispositivos
de manobra. (chaves, interruptores), É importante que tais dispositivos possibilitem mais de um
bloqueio, ou seja, a inserção de mais de um cadeado, por exemplo, para trabalhos simultâneos de
mais de uma equipe de manutenção.
Toda ação de bloqueio deve estar acompanhada de etiqueta de sinalização, com o nome do
profissional responsável, data, setor de trabalho e forma de comunicação.
As empresas devem possuir procedimentos padronizados do sistema de bloqueio, documentado e
de conhecimento de todos os trabalhadores, além de etiquetas, formulários e ordens documentais
próprias.
OBSTÁCULOS E ANTEPAROS
Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas não o
contato que pode resultar de uma ação deliberada e voluntária de ignorar ou contornar o
obstáculo.
Exemplos:
SEPARAÇÃO ELÉTRICA
Uma das medidas de proteção contra choques elétricos previstas na NBR 5410/2004, é a
chamada "separação elétrica." Ao contrário da proteção por seccionamento automático da
alimentação, ela não se presta a uso generalizado.
Pela própria natureza, é uma medida de aplicação mais pontual. Isso não impediu que ela
despertasse, uma certa confusão entre os profissionais de instalações.
Alegam-se conflitos entre as disposições da medida e a prática de instalações.
O questionamento começa com a lembrança de que a medida "proteção por separação elétrica",
tal como apresentada pela NBR 5410/2004, se traduz pelo uso de um transformador de separação
cujo circuito secundário é isolado (nenhum condutor vivo aterrado, inclusive neutro).
Lembra ainda que pelas disposições da norma a(s) massa(s) do(s) equipamento(s) alimentado(s)
não deve(m) ser aterrada(s) e nem ligada(s) a massas de outros circuitos e/ou a elementos
condutivos estranhos à instalação - embora o documento exija que as massas do circuito
separado (portanto, quando a fonte de separação alimenta mais de um equipamento) sejam
interligadas por um condutor PE próprio, de equipotencialização.
Referências:
NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade - Ed 2004.
Reis, Jorge Santos & Freitas, Roberto de Segurança em Eletricidade – 2ª Ed - São Paulo - Fundacentro,
1985 - 103p.