O Papel Da Mulher Na Revolução Francesa
O Papel Da Mulher Na Revolução Francesa
O Papel Da Mulher Na Revolução Francesa
Revolução Francesa
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Marand-Fouquet, 1993
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Quando Luís XVI convocou os Estados Gerais, em 1788, as mulheres fizeram questão de estar presentes
para escolher os representantes da Assembleia Nacional Constituinte. Estas não tinham direito político,
mas participavam através de aplausos ou comentários de desaprovação. Exerciam uma pressão tão grande
sobre os presentes que, em 1793, foram impedidas de assistir às sessões do parlamento!
Com todo este espírito de mudança e um maior à-vontade perante determinadas
situações, as mulheres francesas começaram a reivindicar os seus direitos. Fixaram-se,
sobretudo, no direito ao divórcio, que conseguiram em 1791. O direito à propriedade foi
também fortemente debatido, uma vez que as mulheres estavam totalmente dependentes
dos maridos, não possuindo nenhum bem que fosse realmente seu.
Apesar de todo este avanço em tão pouco tempo, a verdade é que as mulheres só
conseguiram o direito à cidadania política em 1944… uma luta realmente árdua que
durou quase dois séculos! Se reflectirmos um pouco, chegaremos à conclusão de que a
aceitação deste último direito não dista assim tanto dos dias de hoje.
Falemos agora de duas mulheres que se destacaram neste longo processo. A
primeira a manifestar-se de forma mais notada foi Charlotte Corday, que assassinou
Marat – médico, filósofo e chefe político – em 1793. Outra delas foi Olympe de
Gouges, que elaborava panfletos políticos e peças teatrais onde eram defendidos os
ideais da revolução. Gouges escreveu também a Declaração dos Direitos da Mulher e
Cidadã, em 1791, que funcionou como uma espécie de resposta à Declaração do
Homem e do Cidadão, elaborada em 1789.
Podemos concluir que a mulher da época da Revolução Francesa foi brava, pois
lutou contra dois grandes adversários: os costumes da sociedade do Antigo Regime e as
ideias dos filósofos Iluministas. No contexto político e social em que se encontravam,
estas mulheres sairiam, muito dificilmente, vitoriosas. No entanto, é de louvar o seu
mérito, já que foram elas a lançar a verdadeira semente da planta a que se chamaria
igualdade (e que ainda hoje tem muito para crescer…).
Bibliografia:
http://www.revistafarn.inf.br/revistafarn/index.php/revistafarn/article/view/81/93
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Francesa