A Estrutura Vertical e Composição Da Atmosfera

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A ESTRUTURA VERTICAL E COMPOSIO DA ATMOSFERA A atmosfera divide-se em camadas de acordo com as caractersticas qumicas e fsicas do ar.

Considerando a variao da temperatura na atmosfera, distinguem-se quatro camadas: a troposfera, a estratosfera, a mesoesfera e a termosfera (fig. 1) Fig. 1 Estrutura vertical da atmosfera

Troposfera A troposfera a camada inferior da atmosfera em contacto directo com a superfcie terrestre e onde ocorrem os fenmenos meteorolgicos (chuva, neve, granizo, etc.). A sua espessura varia entre os 7 km, nos plos, e os 17 km, no equador. A troposfera concentra 75% da massa atmosfrica. O azoto e o oxignio ocupam a maior parte do volume do ar na troposfera. Alm destes gases, destacam-se tambm o dixido de carbono e o vapor de gua. As nuvens, as poeiras, as bactrias e o plen pertencem categoria dos componentes no gasosos da troposfera (fig. 2). Na troposfera, a temperatura

diminui com a altitude de uma forma mais ou menos regular. Esta descida de temperatura, em mdia 6 C por cada km, designa-se por gradiente trmico vertical. No entanto, em determinados nveis da troposfera, a temperatura aumenta com a altitude; quando tal acontece, diz-se que ocorre uma inverso trmica (fig. 3). Fig. 2 Componentes da troposfera O limite superior da troposfera designa-se tropopausa e assinalado precisamente por uma inverso trmica. Fig. 3 INVERSES TRMICAS superfcie Em altitude

1. Ar livre 2. Camada suja e nebulosa 3.Atmosfera perturbada A inverso trmica superfcie verifica-se quando a superfcie terrestre regista um grande arrefecimento, o que origina uma descida da temperatura do ar que contacta com a superfcie terrestre; em nveis atmosfricos mais elevados, a temperatura mais alta. ESTRATOSFERA Esta inverso trmica ocorre quando, em altitude, se encontra um sector da atmosfera mais aquecido. O aquecimento poder ser provocado pela presena de nuvens e poeiras que absorvem mais calor.

A estratosfera situa-se entre a tropopausa e os 50 km de altitude. Entre os 30 e os 40 km de altitude, encontra-se a camada de ozono (O3), essencial para a vida na Terra, pois absorve e filtra a maior parte da radiao solar ultravioleta que letal para os organismos vivos. Como esta camada absorve grandes quantidades deste tipo de radiao, a temperatura aumenta com a altitude na estratosfera. O limite superior desta camada a estratopausa.

MESOSFERA A mesosfera encontra-se entre os 50 e os 80 km de altitude. Nes-ta camada, a temperatura volta a descer, devido reduo do ozono, atingindo no seu limite superior a mesopausa os valores mais bai-xos de toda a atmosfera (cerca de -80 C). As maiores concentraes de ozono (O3 ) encontram-se altitude de 24 Km. Ainda assim, nesse sector, o ozono constitui apenas uma parte em quatro milhes do ar, mas essa proporo suficiente para garantir a absoro de quantidades suficientes de luz ultra-violeta de forma a proteger a vida na Terra. TERMOSFERA Acima de 80 km de altitude, encontra-se a termosfera, camada que regista um aumento regular da temperatura de acordo com a altitude, devido absoro da radiao solar. A referida absoro, aliada reduzida densidade do ar, contribui para o aumento da carga elctrica (+ ou -) das partculas. O hidrognio e o hlio, os gases predominantes acima dos 80 km, encontram-se, por isso, sob forma inica, derivando deste facto o termo ionosfera para designar a camada atmosfrica que abrange a parte superior da mesosfera e a termosfera. A densidade de gases da ionosfera da ordem de, apenas, um bilionsimo da densidade da atmosfera ao nvel do mar. Fig.1. Entre os 95 e os 145 km de altitude, a coliso de electres com os tomos provoca uma libertao de energia que se converte em raios luminosos e coloridos, visveis nas longas noites das grandes latitudes. Esses raios tomam o nome de aurora boreal, no hemisfrio norte, e aurora austral, no hemisfrio sul.

Retirado de G 9 - Geografia 9. Ano, Antnio Duarte, Texto Editora Troposfera a camada da atmosfera a partir da superfcie do globo e, como tal, a nica que contacta com a mesma. A sua espessura mdia de cerca de 11 Km a 12 Km.

A espessura mxima atinge-se sobre o Equador (16 Km a 18 Km), e a mnima regista-se nos plos (6 Km a 8 Km). Nesta camada a temperatura tende a decrescer medida que subimos em altitude. Em regra, o gradiente de decrscimo de cerca de 6,5 graus por cada quilmetro. na troposfera que ocorrem os fenmenos meteorolgicos mais frequentes, sendo esta a camada mais quente devido ao facto de estar em contacto com a superfcie terrestre. O seu limite superior muito irregular, recebendo a denominao de tropopausa. Estratosfera a camada da atmosfera imediatamente a seguir troposfera, indo desde a tropopausa, ou seja, dos 12 Km de altitude (sensivelmente) at cerca dos 50 Km a 55 Km de altitude. Nesta camada, a temperatura decresce muito menos rapidamente com a altitude, podendo por vezes manter-se quase constante, da ser considerada como uma camada bastante estvel. A estratosfera mais espessa sobre as regies polares e menos espessa, ou mesmo inexistente, sobre o Equador. de salientar que nesta camada que se concentra a maior quantidade de ozono, cujo papel principal de funcionar como filtro protector contra aos raios ultravioletas. O topo desta camada designa-se por estratopausa. Mesosfera a regio imediatamente acima da estratosfera, situando-se entre os 50 Km a 55 Km e os 80 Km de altitude. Do ponto de vista trmico, a mesosfera caracteriza-se pelo decrscimo da temperatura com o aumento da altitude, tendo, consequentemente, um comportamento semelhante ao da troposfera. O limite superior desta camada chamado de mesopausa, onde se atingem cerca de 90 centgrados. Termosfera mesosfera segue-se a termosfera, que se estende da mesopausa at cerca de 500 Km a 600 Km de altitude, e cujo limite superior se denomina de termopausa. Do ponto de vista trmico, a termosfera caracteriza-se pelo aumento da temperatura com a altitude.

A poluio atmosfrica Uma introduo a este importante tema.

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" Hoje em dia, o ser humano apenas tem ante si trs grandes problemas que foram

ironicamente provocados por ele prprio: a super povoao, o desaparecimento dos recursos naturais e a destruio do meio ambiente. Triunfar sobre estes problemas, vistos sermos ns a sua causa, deveria ser a nossa mais profunda motivao. " Jac qu es Yv es Co ust ea u (19 1019 97) Introduo

Jacques Yves Cousteau (1910-1997)

A atmosfera do planeta uma excepo na medida em que dos raros recursos naturais que compartilhado pelo mundo inteiro. Pelo que os efeitos negativos sobre esta so globalmente sentidos. O ar, tal como a gua e o solo, um recurso indispensvel vida na Terra. Atravs de ciclos naturais, os seus constituintes so consumidos e reciclados. A atmosfera tem assim uma certa capacidade depuradora que, em condies naturais, garante a eliminao dos materiais nela descarregados pelos seres vivos. O desequilbrio deste sistema natural "auto regulado" conduz acumulao na atmosfera de substncias nocivas vida, fazendo nascer a necessidade de uma aco de preveno ou de saneamento artificial que, conforme os casos, seja capaz de assegurar a manuteno da qualidade do ar. Tem-se assim, por um lado, um sistema natural estvel e auto-depurado e por outro um sistema artificial, porque contem elementos introduzidos em resultado da aco do Homem, o qual necessrio vigiar e gerir, isto conservar.

A actividade industrial e a circulao rodoviria ocupam, indiscutivelmente, o primeiro lugar na poluio atmosfrica, embora em graus diferentes conforme o tipo de indstrias. A indstria consome 37% da energia mundial e emite 50% do dixido de carbono, 90% dos xidos de enxofre e todos os produtos qumicos que actualmente ameaam a destruio da camada de ozono, alm de produzir anualmente 2100 milhes de toneladas de resduos slidos e 338 milhes de toneladas de matria residual perigosa. As indstrias de base so normalmente as mais nocivas ao nvel da libertao de fumos e gases mais ou menos txicos. As centrais trmicas e as refinarias petrolferas, as siderurgias e as fbricas de cimento lanam na atmosfera grandes quantidades de gases (especialmente xidos de carbono e de enxofre), fumos e poeiras, que tornam a atmosfera pesada e quase irrespirvel. Por sua vez, muitas indstrias qumicas, as de curtumes e de fertilizantes empestam o ar com gases que exalam um cheiro nauseabundo. As indstrias extractivas, sobretudo a do carvo e a da produo de materiais para a construo civil (pedreiras), so tambm altamente poluidoras, alm de provocarem profundas alteraes na paisagem. Os veculos motorizados, por seu turno, lanam para a atmosfera, para alm dos fumos, uma infinidade de gases e outras substancias qumicas, como o monxido e o dixido de carbono, o dixido de enxofre, o gs sulfuroso e os hidrocarbonetos gasosos, etc., qualquer deles de grande toxicidade. Claro que a expanso urbana se reflecte no crescimento dos nveis de poluio, dado que esse crescimento intensifica o trfego rodovirio, quer no interior das cidades quer nas suas vias de acesso. Em muitas grandes cidades, as normas de qualidade do ar so correntemente desrespeitadas, os engarrafamentos so gigantescos e os acidentes frequentes. As reas citadinas mais atingidas pela poluio atmosfrica so as zonas centrais (devido concentrao dos servios e, por isso, grande intensidade do transito automvel) e as zonas industriais, em grande parte localizadas na periferia urbana. Naturalmente que a poluio atmosfrica provoca problemas mais ou menos graves de sade na populao humana. Por exemplo, a bronquite, o enfisema, a asma e o cancro pulmonar so doenas do aparelho respiratrio muitas vezes provocadas pela poluio atmosfrica ou por ela agravadas. Mas as plantas e os animais so tambm gravemente afectados pela poluio

do ar. Os gases txicos perturbam o normal desenvolvimento da vegetao, pois atacando as folhas, estas caem, diminuindo assim a fotossntese, a respirao e a transpirao, o que tem como consequncia um crescimento mais lento das plantas. Alm disso, estas tornam-se menos resistentes s intempries, s doenas e aos parasitas. A sade dos animais igualmente bastante afectada no s pelo contacto directo com o ar poludo como pela ingesto de vegetais mais ou menos envenenados. Finalmente, a poluio atmosfrica aumenta o efeito de estufa, geradora de inmeros problemas ambientais, contribundo para a acumulao persistente de substancias txicas no ecossistema global. Tendo em conta que os problemas que advm da atmosfera representam perigo para os organismos tm-se vindo a desenvolver estudos sobre o efeito de estufa e a consequente destruio da camada de ozono, para alm de provocar as chuvas cidas, fenmenos estes que contribuem grandemente para a poluio atmosfrica. A poluio do ar a principal responsvel pelo efeito estufa e est por detrs de inmeros problemas ambientais. Para se agir adequadamente contra a poluio atmosfrica necessrio:

Medir e conhecer a concentrao dos poluentes no ar Definir as fontes poluentes Definir a qualidade do ar Analisar os valores limite Observar a evoluo da qualidade do ar

Planear aces que promovam melhor qualidade do ar, tais como: reordenar actividades socio-econmicas, localizar fontes poluentes, alterar o percurso rodovirio e reduzir as emisses de poluentes atmosfricos.

Referncias: Adaptado de: http://www.prof2000.pt/users/colegio/ambiente_global/Ambiente_Global/air/airint ro.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica

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