Material Instrucional especialmente elaborado pela Prof.() Maria Luiza para uso exclusivo do CETEB-CA.

Curso: Processos Industriais Docente: Maria Luiza Freitas Discente:

Mdulo: Bsico Turno:

Carga Horria: 106h Turma:

SUMRIO
Breve histrico da Qumica Transformaes, substncias, misturas e fases. Exerccios Estados Fsicos da Matria Exerccios Processos de separao de misturas Exerccios Normas de segurana e postura em laboratrio Equipamentos e vidrarias e seu uso Exerccios Modelos atmicos Exerccios Elemento qumico, istopos, isbaros e istonos Exerccios Tabela Peridica Propriedades peridicas Exerccios Ligaes qumicas Propriedades das substncias inicas e covalentes Exerccios Polaridade das Ligaes Ligaes intermoleculares ou foras de Van der Waals Exerccios Geometria molecular Exerccios. Nmero de oxidao (NOX). Oxidao e Reduo. Exerccios Tipos de reaes qumicas Exerccios Funes Inorgnicas cidos Exerccios Bases Exerccios Sais Exerccios xidos Exerccios Leis Ponderais Exerccios Bibliografia 4 5 7 8 11 16 19 23 24 29 31 34 37 38 39 41 42 45 48 48 50 50 52 53 54 55 56 56 58 59 60 60 63 65 66 68 70 72 73 75 79 81

Qumica Inorgnica
parte da Qumica que estuda todas as transformaes, reaes, ligaes e os elementos da tabela peridica exceto o carbono, que tem uma parte da Qumica exclusiva para ele, a qual chamada de Qumica Orgnica.

Breve histrico da Qumica

A Qumica, estudo da composio, estrutura e propriedades das substncias materiais, de suas interaes e dos efeitos produzidos sobre elas, ao se acrescentar ou extrair energia em qualquer de suas formas. Desde os tempos primitivos, os seres humanos observaram a transformao das substncias (a carne cozinhando, a madeira queimando, o gelo derretendo) e especularam sobre as causas dessa transformao. Os primeiros processos qumicos conhecidos foram feitos pelos artesos da Mesopotmia, do Egito e da China. A princpio, trabalhavam com metais como o ouro e o cobre, s vezes encontrado em estado puro na natureza; mas rapidamente aprenderam a esquentar os minrios com madeira ou carvo de lenha para obter os metais. A maioria dos artesos trabalhava nos mosteiros e palcios, fazendo artigos de luxo. Nos mosteiros, especialmente, os monges tinham tempo para especular sobre a origem das mudanas que viam. Suas teorias se baseavam freqentemente na magia, mas tambm elaboraram idias astronmicas, matemticas e cosmolgicas, que utilizavam em suas tentativas de explicar algumas mudanas que hoje so consideradas qumicas. Na Grcia, desde os tempos de Tales de Mileto, cerca de 600 anos a.C., os filsofos comearam a fazer especulaes lgicas sobre o mundo fsico, em vez de confiar nos mitos para explicar os fenmenos. Tales acreditava que toda a matria procedia da gua, que podia solidificar-se para formar a terra ou evaporar-se para formar o ar. Seus sucessores ampliaram essa teoria na idia de que o mundo era composto por quatro elementos: terra, gua, ar e fogo. Aristteles acreditava que a cada um desses elementos correspondiam quatro qualidades: calor, frio, umidade e secura; e que a combinao de elementos e qualidades em diferentes propores resultava nos componentes do planeta. Portanto, mudando-se as propores, podia-se transformar um elemento em outro, bem como as substncias materiais formadas por eles, por exemplo, o chumbo em ouro. Tais idias resultaram na alquimia que dominou boa parte da Idade Mdia. No final do sculo XVII, o qumico alemo Georg Ernst Stahl desenvolveu a teoria do flogisto para explicar a combusto. O flogisto seria um misterioso princpio combustvel presente nas diferentes substncias quanto mais flogisto, mais combustvel seria um material. Um metal aquecido ao ar reduziria seu volume ao se converter em sua cal (xido, como se diz hoje) porque perdia flogisto. Em 1777, Lavoisier derruba a teoria do flogisto ao identificar o oxignio do ar como um dos responsveis pela combusto. Mostra que a perda de volume ocorre pela transformao do metal em gs, concluindo que na natureza nada se perde e nada se cria tudo se transforma. Definiu os elementos como substncias que no podem ser decompostas por meios qumicos, preparando o caminho para a aceitao da lei de conservao da massa. Isto abriu o caminho da qumica moderna. Um passo importante foi, em 1803, a teoria atmica qumica do cientista ingls John Dalton, que atribuiu arbitrariamente ao hidrognio a massa atmica 1 e logo calculou a massa atmica relativa dos elementos at ento conhecidos. Em 1811, o fsico italiano Amedeo Avogadro sugeriu que, a uma temperatura e presso dadas, o nmero de partculas em volumes iguais de gases era o mesmo e introduziu a distino entre tomos e molculas. Os estudos dos espectros de emisso e absoro dos elementos e compostos comearam a adquirir importncia, tanto para os qumicos como para os fsicos, culminando no desenvolvimento do campo da espectroscopia. Alm disso, iniciou-se a pesquisa bsica sobre os colides e a fotoqumica. Ao final do sculo XIX, todos os estudos deste tipo foram englobados em um campo conhecido como fsico-qumica. Nesta poca ainda, chegou-se descoberta da radioatividade. Os mtodos qumicos foram utilizados para isolar novos elementos, como o rdio, para separar novos tipos de substncias, conhecidas como istopos, e para sintetizar e isolar os novos elementos transurnicos. 5

A qumica tem exercido uma enorme influncia sobre a vida humana: desenvolvem-se tcnicas para sintetizar, com grande economia, substncias novas; criam-se novos plsticos e tecidos e ainda frmacos para todo o tipo de doenas. Ao mesmo tempo, teve incio a unio de cincias que antes estavam totalmente separadas. A criao de disciplinas intercientficas, como a geoqumica ou a bioqumica, estimulou todas as cincias originais.

Transformaes, substncias, misturas e fases.

Toda matria existente no universo constituda por tomos. Esta a Teoria Atmica de Dalton, que estabelece a existncia de diversos tipos de tomo (elemento qumico). Os compostos qumicos seriam produtos da unio de diferentes tipos de tomos em propores definidas. Toda matria tem massa e ocupa lugar no espao. O homem utiliza a matria que ele encontra na natureza para transform-la em produtos que possa utilizar em seu cotidiano. Estas transformaes podem ser fsicas ou qumicas. Matria: Tudo que existe e que tem massa e ocupa lugar no espao. Ex: Universo, rvore, etc. Corpo: Poro limitada de matria. Ex: Pedao de madeira Objeto: Corpo com utilidade. Ex: Cadeira de madeira Substncia: um tipo definido de matria. Ex: gua tomo: a unidade constituinte da matria. Sistema: um conjunto de materiais, isolado do restante da natureza que est sendo estudado. Ex: gua liquida, gua + lcool, gua liquida + vapor de gua. Fenmeno: uma transformao podendo ser fsico ou qumico. Fsico: No forma novas substncias, ou seja, no se alteram as naturezas das ligaes entre os tomos, somente altera o estado de agregao entre eles. Um exemplo de transformao fsica a evaporao da gua. Ao passar do estado lquido para o gasoso, as molculas de gua ficam mais distanciadas umas das outras, a natureza da substncia no alterada. As mudanas de estados fsicos so um bom exemplo deste tipo de fenmeno. Qumico: Forma se novas substncias. Neste tipo de transformao, ocorre o rearranjo dos tomos, originando substncias diferentes das iniciais. Como mostrado no exemplo: HCl + NaOH NaCl + H2O As substncias localizadas antes da flecha (estado inicial) so chamadas de reagentes que so um cido e uma base, respectivamente e as localizadas depois da flecha (estado final) so chamadas de produtos, que so um sal e gua. Outros exemplos de fenmeno qumico so: a ferrugem e a queima do lcool. A Lei de Conservao da Massa, de Lavoisier, estabelece que, durante um fenmeno qumico ou fsico, a matria no pode ser criada ou destruda, s pode ser transformada. Ou seja, as quantidades e tipos de tomos que aparecem antes e depois da flecha que indica a ocorrncia da transformao devem ser as mesmas. HCl + NaOH NaCl + H2O tomos nos reagentes: 2 H, 1 Cl, 1 Na e 1 O. tomos nos produtos: 2 H, 1 Cl, 1 Na, 1 O. A simbologia utilizada hoje para representar os tomos abreviadamente foi proposta por Berzlius. O smbolo de um elemento pode ter uma, duas ou trs letras, sendo somente a primeira maiscula. O smbolo dado em funo do nome em latim Nome (latim) Smbolo Cobre (cuprum) Cu Prata (argentum) Ag Ouro (aurum) Au Chumbo (plumbum) Pb Enxofre (sulphur) S 6

As substncias so materiais que apresentam composio e propriedades definidas. Elas so representadas pelos smbolos atmicos. Elas so formadas por molculas (no caso das substncias covalentes) e por onsfrmula (no caso das substncias inicas). As molculas ou ons-frmula so as menores pores da substncia que ainda guardam as caractersticas da mesma. Quaisquer que sejam as posios de retirada e quantidade da amostra, ela dever apresentar as mesmas caractersticas, pois uma substncia pura constituda por aglomerados iguais entre si. As substncias puras so representadas por frmulas. Estas funcionam como representao grfica da substncia pura. A composio fixa da substncia pura permite que para ela seja definida uma frmula. Frmula da gua: H2O Os nmeros subscritos direita de um dado tomo representam o nmero de vezes que o mesmo aparece na molcula. A molcula da gua formada por dois tomos de hidrognio, um tomo de oxignio. Estes nmeros so conhecidos por ndices de atomicidade, ou simplesmente ndices. Substncia pura todo material com as seguintes caractersticas: Unidades estruturais (molculas, conjuntos inicos) quimicamente iguais entre si. Composio fixa, do que decorrem propriedades fixas, como densidade, ponto de fuso e de ebulio, etc. A temperatura se mantm inalterada desde o incio at o fim de todas as suas mudanas de estado fsico (fuso, ebulio, solidificao, etc.). Pode ser representada por uma frmula porque tem composio fixa. No conserva as propriedades de seus elementos constituintes, no caso de ser substncia pura composta. As substncias podem ser simples ou compostas. Substncia simples: as molculas so constitudas sempre pelo mesmo elemento qumico. So exemplos de substncias simples o H2, O2, O3, S8. A quantidade de tomos que fazem parte de uma molcula de uma substncia simples conhecida como atomicidade. A alotropia um fenmeno que ocorre quando um elemento pode formar duas ou mais substncias simples diferentes. Os principais casos de alotropia so: Enxofre (S8): pode apresentar as formas monoclnica e rmbica Carbono (Cn): pode apresentar as formas grafite e diamante Oxignio: O2 (oxignio) e O3 (oznio) Fsforo: Pn (vermelho) e P4 (branco) Substncia composta: as molculas so constitudas por tomos de elementos qumicos diferentes. So exemplos de substncias compostas: H2O, NaOH, KNO3, CaCO3.

Misturas
So sistemas formados por molculas de diferentes tipos. Cada substncia pura participante da mistura conhecida como componente. Cada aspecto visualmente homogneo do sistema conhecido como fase. Ao contrrio da substncia pura, as propriedades de uma mistura so dependentes da sua composio. De acordo com o nmero de fases que podem ser observadas, as misturas podem ser: Homogneas ou solues: no se pode distinguir a separao entre os componentes, presena de s uma fase. So exemplos: ar atmosfrico puro, gua e sal dissolvido, lcool e gua. Misturas de gases sempre so sistemas homogneos. Heterogneas: Ocorre a presena de mais de uma fase. So exemplos: gua e leo, gua e areia, granito (mica, feldspato e quartzo), ar atmosfrico e poeira. 7

As misturas no apresentam nenhuma das caractersticas da substncia pura. Essas so as diferenas entre as misturas e as combinaes qumicas (substncias puras compostas).

Exerccios:
1) Considere os sistemas materiais abaixo indicados: sistema componentes I gua e leo II areia e lcool III gua e sal de cozinha IV gua e lcool V gs carbnico e oxignio Qual das alternativas apresenta somente sistemas homogneos? 2) Um sistema formado por gua, acar dissolvido, lcool comum, limalha de ferro e carvo apresenta quantas fases? 3) Em um sistema fechado que contm gua lquida, sal de cozinha dissolvido, sal de cozinha no dissolvido, dois cubos de gelo e os gases nitrognio e oxignio no dissolvidos na gua lquida, existem quantos componentes e quantas fases? 4) Num tubo graduado A adicionou-se gua, leo de cozinha e lcool etlico, nessa ordem. Em um tubo B adicionou-se lcool etlico, gua e leo de cozinha, nessa ordem. O nmero de fases nos tubos A e B so, respectivamente: (Dados: densidade gua> densidade leo> densidade lcool). 5) Um sistema formado por gua, acar dissolvido, gelo, lcool comum, limalha de ferro e carvo apresenta quantas fases? Quantos componentes? 6) Nas condies normais, quais das substncias formam misturas heterogneas? a) Gasolina e querosene. b) Gasolina e gua. c) Acetona e clorofrmio. d) Etanol e metanol. e) Nitrognio e oxignio.

ESTADOS FSICOS DA MATRIA

Os materiais podem existir basicamente em trs estados fsicos, dependendo da temperatura e a presso a que esto submetidos. Podem ser diferenciados por meio da forma, do volume e da compressibilidade. Slido Forte atrao entre as molculas. Possue forma e volume definidos. Lquido Fraca atrao entre as molculas. Possue forma indefinida e volume definido. Gasoso Praticamente inexistente atrao entre as molculas. Possue forma e volume indefinidos. SLIDO BAIXA ENERGIA LQUIDO ALTA ENERGIA GASOSO ALTSSIMA ENERGIA

BAIXA VIBRAO ALTA VIBRAO ALTSSIMA VIBRAO FORMA FIXA VOLUME FIXO FORMA VARIVEL VOLUME FIXO FORMA VARIVEL VOLUME VARIVEL

MUDANA DE ESTADO FSICO

As substncias podem mudar de estado fsico (slido, lquido e gasoso) e isso depende principalmente das condies de presso e temperatura a que esto expostas. Existem nomes que representam cada uma destas "passagens" entre estados fsicos (mudanas de fase), veja abaixo quais so.

OBS: cada substncia possui uma temperatura onde estas mudanas de estado costumam ocorrer (esta temperatura depende da presso). A esta temperatura damos o nome de ponto de fuso, ponto de vaporizao, ponto de liquefao, ponto de solidificao ou ponto de sublimao, dependendo do fenmeno que estiver ocorrendo. Aumento da Energia (aquecendo) Reduo da Energia (resfriamento)

Substncias Puras e Misturas:

Diferenciamos uma mistura de uma substncia pura normalmente atravs de suas constantes fsicas, tais como: ponto de ebulio (PE), ponto de fuso (PF), densidade (d) e solubilidade (solub). As substncias puras mantm suas constantes durante as mudanas de estado, diferentemente das misturas. Exemplo: gua pura: - PE = 100C; PF = 0C; d = 1g/cm3. gua e sal de cozinha (NaCl): no apresentam constantes. lcool Puro: PE = 78,5C; PF = -177C; d = 0,79g/cm3. lcool e gua: no apresentam constantes. 9

Existem misturas que, como exceo, se comportam como se fossem substncias puras no processo de fuso, isto , a temperatura mantem-se inalterada no incio ao fim da fuso. Essas so chamadas misturas eutticas. Existem misturas que, como exceo, se comportam como se fossem substncias puras em relao ebulio, isto , a temperatura mantem-se inalterada do incio ao fim da ebulio. Essas so chamadas misturas azeotrpicas. No conhecida nenhuma mistura que seja euttica e azeotrpica simultaneamente. O grfico abaixo ilustra a variao da temperatura de uma substncia pura em funo do calor absorvido pela mesma.

Cada trecho do diagrama indica: AB somente slido BC slido em fuso + liquido CD liquido DE liquido em ebulio + vapor EF Vapor TF temperatura de fuso TE temperatura de ebulio O grfico 1 ilustra uma mistura Euttica: (slido + slido), o grfico 2 ilustra uma mistura Azeotrpica: (lquido + lquido) e o grfico 3 de uma mistura comum.

Grfico 1

Na primeira linha a mistura encontra-se no estado slido e vai aumentando a temperatura. Na segunda linha a mistura encontra-se no estado slido e lquido, mantendo a temperatura constante durante tal mudana de estado (fuso). Na terceira linha a mistura encontra-se no estado lquido e vai aumentando a temperatura. Na quarta linha a mistura encontra-se no estado lquido e vapor, no mantendo a temperatura constante durante a vaporizao. Na quinta linha a mistura encontra-se no estado de vapor (gs) e vai aumentando a temperatura. 10

Grfico 2

Na primeira linha a mistura encontra-se no estado slido e vai aumentando a temperatura. Na segunda linha a mistura encontra-se no estado slido e lquido, no mantendo a temperatura constante durante a mudana de estado fsico (fuso). Na terceira linha a mistura encontra-se no estado lquido e vai aumentando a temperatura. Na quarta linha a mistura encontra-se no estado lquido e gasoso, mantendo a temperatura constante durante a vaporizao. Na quinta linha a mistura encontra-se no estado de vapor (gasoso) e vai aumentando a temperatura. Para o grfico 3, se, partindo do estado slido, repetssemos o mesmo procedimento para um sistema formado por gua e acar dissolvido, obteramos o grfico abaixo onde: tF = variao da temperatura durante a fuso; tE = variao da temperatura durante a ebulio. O grfico do aquecimento do sistema gua e acar dissolvido, diferentemente do grfico de aquecimento da gua, no apresenta patamares, isto , durante as mudanas de estado a temperatura no permanece constante. Assim, comparando os dois grficos, observamos que o PF e o PE so constantes para a gua, que um sistema formado por um nico tipo de partculas, enquanto um sistema formado por mais de um tipo de partculas (gua e acar) no apresenta temperatura constante durante as mudanas de estado.

Grfico 3

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Exerccios:

1. Na seqncia dos quadrinhos, os fenmenos so: a) solidificao e fuso. b) fuso e liquefao. c) fuso e evaporao. d) sublimao e condensao. e) ebulio e evaporao. 2. Com relao aos processos de mudana de estado fsico de uma substncia, pode-se afirmar que so endotrmicos (absorvem calor): a) vaporizao - solidificao - liquefao. b) solidificao - fuso - sublimao. c) solidificao - liquefao - sublimao. d) liquefao - fuso - vaporizao. e) sublimao - fuso - vaporizao.

3. Considere a tabela de pontos de fuso e pontos de ebulio das substncias a seguir, a 1 atmosfera de presso. Substncia PF (OC) PE (OC) cloro -101,0 -34,6 flor -219,6 -188,1 bromo -7,2 58,8 mercrio -38,8 356,6 iodo 113,5 184 A 50C, qual o estado fsico das substncias? 4. Um cientista recebeu uma substncia desconhecida, no estado slido, para ser analisada. O grfico a seguir representa o processo de aquecimento de uma amostra dessa substncia.

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Analisando o grfico, podemos concluir que a amostra apresenta: a) durao da ebulio de 10 min. b) durao da fuso de 40 min. c) ponto de fuso de 40C. d) ponto de fuso de 70C. e) ponto de ebulio de 50 oC. 5 Certa quantidade de uma substncia foi aquecida num recipiente apropriado, sendo depois resfriada. O grfico a seguir indica a variao da temperatura com o tempo e as mudanas de estado observadas durante o experimento:

a) Registre em que trechos a substncia encontrada somente no estado: b) Considere os valores Ti e T2 de temperatura e indique: I - temperatura de fuso; II - temperatura de ebulio; III - temperatura de condensao; IV - temperatura de solidificao. c) A passagem de A at E envolve absoro ou liberao de calor? Justifique d) A passagem de F at J envolve absoro ou liberao de calor? Justifique 6. Uma barra de certo metal, de massa igual a 37,8 g, foi introduzida num cilindro graduado contendo gua. O nvel da gua contida no cilindro, antes (1) e aps (2) a imerso da barra metlica mostrado na figura.

Qual a densidade da barra? 7. Bolinhas de naftalina ao serem colocadas em armrios, com o decorrer do tempo, diminuem de tamanho. A causa desse comportamento deve-se a qual fenmeno? 8. Qual o estado fsico (slido, Iquido ou gasoso) das substncias da tabela a seguir, quando as mesmas se encontram no deserto da Arbia, uma temperatura de 50 C (presso ambiente = 1 atm)? Substncia TF (C) TE (C) I - Clorofrmio -63 61 II - ter etlico -116 34 111 - Etanol -117 78 IV - Fenol 41 182 V - Pentano -130 36 13

9. Suponha que voc foi solicitado a identificar trs amostras de metais muito parecidos visualmente, sendo uma delas de rubdio, outra de estrncio e outra de csio. Para isso, voc dispe das seguintes informaes e equipamentos: Metal TF(OC) TE(C) d(g/mL) rubdio 39 686 1,53 estrncio 769 1384 2,54 csio 28 669 1,70 1 - Um forno com temperatura constante de 120 C; 2 - Uma proveta contendo um lquido que no dissolve nem reage com nenhum dos trs metais, com densidade 1,58 g,/cm3. Descreva como voc faria para identificar os trs metais. 10. Numa bancada de laboratrio temos cinco frascos fechados com rolha comum que contm, separadamente, os lquidos seguintes: Frasco Liquido TF(OC) TE(C) 1 Etanol - 112 78 2 Pentano - 100 36 3 Anilina -6 180 4 Benzeno 5 80 5 cido actico 17 120 Num dia de muito calor, em determinado instante, ouve-se no laboratrio um estampido, produzido pelo arremesso da rolha de um dos frascos para o teto. De qual dos frascos foi arremessada a rolha? 11. Observe o grfico:

Indique qual (is) da (s) afirmaes abaixo (so) correto(s). Justifique. a) O grfico representa a curva de aquecimento de uma mistura euttica. b) A temperatura de fuso do sistema varivel. c) O sistema tem mais de uma fase no instante t3. d) A temperatura de ebulio do sistema constante

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12. Considere a tabela abaixo Substncia TF (OC) TE (OC) d(g/cm3) diamante 3700 4200 3,50 ouro 1064 2808 19,3 vidro incolor 750 2,57 Suponha que dois anis de ouro, um com diamante e outro com vidro, foram encontrados aps um incndio em que a temperatura chegou a 1500C. Ser que os anis permaneceram intactos aps o incndio? Justifique sua resposta. 13. O grfico representa a curva de resfriamento (temperatura em funo do tempo) de uma substncia utilizada como combustvel presso atmosfera;

Explicar o fenmeno que ocorre em cada regio da curva. 14. Observe os seguintes fatos: I. Uma pedra de naftalina deixada no armrio. lI. Uma vasilha com gua deixada no freezer. III. Uma vasilha com gua deixada no fogo. IV. O derretimento de um pedao de chumbo quando aquecido. Nesses fatos esto relacionados quais fenmenos? Justifique. 15. Qual dos grficos abaixo pode corresponder ebulio de uma soluo de gua com acar? Justifique

16. Um cientista recebeu uma substncia desconhecida, no estado slido, para ser analisada. O grfico representa o processo de aquecimento de uma amostra dessa substncia

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Analisando o grfico, assinale a resposta correta justificando. a) b) c) d) e) A ebulio dura 10 mim. A fuso dura 40 mim. O PF 40C O PF 70C O PE 50C

17. (Unicamp SP) Colocando-se gua bem gelada num copo de vidro, em pouco tempo este fica molhado por fora, devido a formao de minsculas gotas de gua. Para procurar explicar este fato, propuseram-se as duas hipteses seguintes: a) Se aparece gua do lado de fora do copo, ento o vidro no totalmente impermevel gua. As molculas de gua atravessando lentamente as paredes do vidro vo formando minsculas gotas. b) Se aparece gua do lado de fora do copo, ento deve haver vapor dgua no ar. O vapor dgua, entrando em contato com as paredes frias do copo, se condensa em minsculas gotas. Qual hiptese interpreta melhor os fatos? Como voc justifica a escolha? 18. Tintura de iodo uma soluo alcolica de iodo e iodeto de potssio. Deixou-se um frasco dessa soluo aberto e depois de certo tempo observou-se que restavam gros de cores violeta e branca. Podese concluir, a partir desses dados, o que aconteceu com a soluo? Justifique

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Processos de separao de misturas

Os processos de separao so usados na obteno dos componentes individuais de uma mistura de dois ou mais componentes. Nem sempre somente um mtodo de separao suficiente para separar todos os componentes de uma mistura. Os principais processos so citados a seguir. 1 Catao um mtodo de separao bastante rudimentar, usado para separao de sistemas slido-slido. Baseia-se na identificao visual dos componentes da mistura e na separao dos mesmos separando-os manualmente. o mtodo utilizado na limpeza do feijo antes do cozimento. 2 Peneirao Tambm conhecido como tamisao, este mtodo usado na separao de sistemas slido-slido, onde um dos dois componentes apresente granulometria que permita que o mesmo fique preso nas malhas de uma peneira. 3 Ventilao Mtodo de separao para sistemas slido-slido, onde um dos componentes pode ser arrastado por uma corrente de ar. Um bom exemplo a separao da casca e do caroo do amendoim torrado. 4 Levigao A gua corrente arrasta o componente menos denso e o mais denso deposita-se no fundo do recipiente. Um bom exemplo a lavagem da poeira do arroz. 5 Decantao Permite a separao de lquidos imiscveis (que no se misturam) ou um slido precipitado num lquido. Exemplos: gua e areia (figura 1) e gua e leo vegetal ( figura 2).
Fig. 1 Fig. 2

Pode-se aproveitar a presso atmosfrica e a gravidade para auxiliar no processo de decantao. Um dos lquidos pode ser retirado por sifonao, que a transferncia, atravs de uma mangueira, de um lquido em uma posio mais elevada para outra, num nvel mais baixo. Pode-se ainda usar-se o princpio da decantao para a separao de misturas slido-gs (cmara de poeira). A mistura slido-gs atravessa um sistema em zigue-zague, o p, sendo mais denso, se deposita pelo trajeto.

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Pode-se ainda usar-se o princpio da decantao para a separao de misturas slido-gs (cmara de poeira). A mistura slido-gs atravessa um sistema em zigue-zague, o p, sendo mais denso, se deposita pelo trajeto.

6 Filtrao Este um mtodo de separao muito presente no laboratrio qumico e tambm no cotidiano. usado para separar misturas heterogneas de um slido com um lquido ou de um slido com um gs, mesmo que o slido se apresente em suspenso. A mistura atravessa um filtro poroso, onde o material particulado ( as partculas maiores ) fica retido. A preparao do caf um exemplo de filtrao.

Fig 01

Fig.02

A fig. 01 representa o preparo do caf e a fig. 02 aparelhagem da filtrao comum no laboratrio. No cotidiano, o aspirador de p o melhor exemplo do processo de filtrao. Separa partculas slidas suspensas no ar aspirado. Quando a filtrao simples no muito eficiente, ou seja, muito lenta, utiliza-se a filtrao a vcuo que vai acelerar o processo de filtrao, cuja aparelhagem mostrada abaixo.

A funo da bomba de vcuo ou da trompa dgua diminuir a presso interna do kitassato, o que torna a filtrao mais rpida.

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7 Evaporao Mtodo de separao de misturas slido-lquido por evaporao do solvente, tambm conhecido como cristalizao. Em recipiente aberto, simplesmente permite-se que o solvente evapore, deixando o slido. Nas salinas, o sal obtido a partir da gua do mar atravs deste processo. 8 Sublimao Processo utilizado quando um dos componentes do sistema sublima (passa diretamente do estado slido para o gasoso) quando sob aquecimento. O iodo e a naftalina so slido que sublimam. 9 Destilao fracionada um mtodo de separao de lquidos que participem de mistura homognea ou heterognea. Quanto mais distantes forem os pontos de ebulio destes lquidos, mais eficiente ser o processo de destilao. Eleva-se a temperatura at que se alcance o ponto de ebulio do lquido que apresente valor mais baixo para esta caracterstica e aguarda-se, controlando a temperatura, a completa destilao deste. Posteriormente, permitese que a temperatura se eleve at o ponto de ebulio do segundo lquido. Quanto mais prximos forem os pontos de ebulio dos lquidos, menor o grau de pureza das fraes destiladas. A destilao fracionada usada na obteno das diversas fraes do petrleo.

Nos alambiques, este tipo de destilao usado na obteno de bebidas como a cachaa e o usque. Na destilao fracionada em laboratrio usa-se um equipamento como mostrado abaixo.

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10 Destilao simples A destilao simples utilizada quando se deseja separar a substncia slida dissolvida do solvente e no se deseja perder este ltimo, como no processo de evaporao. Aquece-se a mistura at atingir o ponto de ebulio do solvente. No existe necessidade de controle de temperatura, pois o ponto de ebulio do slido muito mais elevado que o do solvente. A figura abaixo demonstra um sistema de destilao simples.

11 Separao magntica Separa os componentes que so atrados por um im daqueles que no apresentam esta propriedade (separao de limalha de ferro da areia).

12 Dissoluo fracionada Mtodo de separao de sistemas slido-slido, onde somente um dos componentes apresenta solubilidade num dado solvente. A mistura areia e sal um bom exemplo de aplicao para este mtodo de separao. Adicionando-se gua, obtm-se a solubilizao do sal na gua. Aps uma filtrao, a areia separada, bastando realizar uma destilao simples ou evaporao para se separar o sal da gua. Este mtodo tambm conhecido como extrao por solvente.

Exerccios:
1) Para separar os componentes de uma mistura, foi realizada a seguinte seqncia de operaes: Aquecimento adio de gua e filtrao evaporao Esse procedimento recomendvel para a seguinte mistura: a) areia, acar e sal b) carvo, areia e acar c) ferro, enxofre e lcool d) enxofre, gasolina e ferro e) iodo, sal de cozinha e areia

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2) De uma mistura heterognea de dois lquidos imiscveis e de densidades diferentes podem-se obter os lquidos puros por: I. sublimao II. decantao III. filtrao Qual dessas alternativas esto corretas? Por qu? 3) Considere os sistemas abaixo: I. gua e acar II. lcool e carvo III. gua e areia IV. gua e leo Assinale a alternativa que relaciona os sistemas que podem ser separados por filtrao. Justifique 4) Qual o mtodo eficaz de separao dos componentes de uma soluo aquosa de NaCl (sal de cozinha) ? Justifique. 5) Relacione a coluna da direita com a da esquerda, considerando a melhor tcnica para separar as seguintes misturas: 1) limalha de ferro e enxofre 2) leo e gua 3) areia e naftaleno 4) acar e sal 5) bronze (liga de cobre e estanho) a) sublimao b) decantao c) imantao d) fuso fracionada e) cristalizao

6) Para realizar uma destilao simples, podem-se dispensar quais das vidrarias abaixo? Justifique. a) balo de destilao. b) termmetro. c) frasco coletor. d) condensador. e) funil de separao.

7) Tm-se as seguintes misturas: chumbo/ferro e acetona/gua. Quais so os processos mais adequados para a separao de seus componentes? Justifique. 8) Como proceder para separar uma mistura de cloreto de sdio, areia e naftalina? Justifique. 9) Para separar convenientemente uma mistura de areia, sal de cozinha, gasolina e gua, qual a seqncia de processos mais indicada? Justifique. 10)Considere a mistura de duas substncias lquidas A e B, miscveis entre si e com propriedades fsicas especficas. O fracionamento dessa mistura seria possvel por qual mtodo? Justifique. 11) Considerando-se as aparelhagens esquematizadas abaixo:

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Qual a afirmao correta? Justifique. a) a aparelhagem I pode ser utilizada para separar gua e gasolina. b) a aparelhagem I pode ser utilizada para separar soluo de gua e sal. c) a aparelhagem I pode ser utilizada para separar soluo de gua e carvo. d) a aparelhagem II pode ser utilizada para separar gua e leo. e) a aparelhagem II pode ser utilizada para separar soluo de gua e lcool. 12) Dentre as alternativas, escolha o processo adequado para separao de gua e tetracloreto de carbono, ambos no-miscveis. Justifique. a) Decantao. b) Filtrao. c) Separao magntica. d) Dissoluo fracionada. e) Liquefao. 13) Num acampamento, todo o sal de cozinha foi derramado na areia. As pessoas recuperaram o sal realizando, sucessivamente, quais as operaes? Justifique. 14) Em uma republica estudantil, um dos moradores deixou cair leo combustvel no recipiente que contem sal de cozinha. Considerando que o sal no solvel no leo, mas em gua, como ser possvel recuperar o sal e leo, deixando-os novamente em condies de uso? As trs perguntas seguintes, de nmeros de 15 a 17, se referem aparelhagem representada abaixo.

15) Em princpio essa aparelhagem usada de preferncia para que mtodo de separao? Justifique 16) A aparelhagem, porm, apresenta um inconveniente; para corrigi-lo deve-se: a) inverter entrada e sada de gua no condensador para que a gua, entrando por cima, desa por gravidade; b) mergulhar o bulbo do termmetro no lquido, pois s assim se poder controlar a temperatura de ebulio; c) reduzir metade o volume do lquido existente no balo de destilao, para evitar respingos de lquido na sada lateral; d) colocar alguns pedacinhos de porcelana porosa ou pedrinhas speras no balo de destilao, a fim de garantir uma ebulio uniforme; e) fechar com uma pequena rolha o tubo lateral do kitassato para evitar a entrada de oxignio do ar. 17) O kitassato tambm usado com vantagem na: a) filtrao com suco; c) separao de dois lquidos imiscveis; e) centrifugao de emulses. b) preparao de solues em geral; d) determinao de densidades de lquidos; 22

18) Em uma republica estudantil, um dos moradores deixou cair leo combustvel no recipiente que contem sal de cozinha. Considerando que o sal no solvel no leo, mas em gua, como ser possvel recuperar o sal e leo, deixando-os novamente em condies de uso? 19) Duas amostras de uma soluo aquosa do sal sulfato de cobre (CuSO4), de colorao azul, foram submetidas as seguintes operaes: I Filtrao simples II Destilao simples a) Qual a colorao do filtrado na operao I? b) Qual a colorao do destilado na operao II? c) Classifique o sistema obtido no filtrado na operao I. d) Classifique o sistema obtido no destilado na operao II. 20) Deseja-se fazer a separao dos componentes da plvora negra, que constituda de nitrato de sdio, carvo e enxofre. Sabe-se que o nitrato de sdio solvel em gua, o enxofre solvel em dissulfeto de carbono, enquanto o carvo insolvel nestes solventes. Proponha um procedimento para separar esta separao.

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Normas de segurana e postura em laboratrio

Objetivo: Dar informaes e com elas levar o aluno a refletir e entender a necessidade de trabalhos seguros no laboratrio. O que se pretende, atravs das normas existentes sobre a segurana, alertar aos usurios do laboratrio, de que uma boa dose de prudncia, aliada motivao pela segurana, favorece ao trabalho sem atropelos e evita males - muitas vezes irreversveis - ao ambiente, principalmente, s pessoas. Algumas sugestes aqui apresentadas, se consideradas, podero desenvolver o condicionamento de segurana ao qumico em formao, ou seja, naquele que doravante ir tambm se dedicar s atividades da cincia da transformao. Normas de Laboratrio Antes de entrar no laboratrio, portanto, faz-se necessrio que os alunos atendam s seguintes recomendaes: Informar-se sobre as atividades que sero desenvolvidas na aula prtica. Procurar identificar os perigos que envolvem o manuseio das substncias e dos materiais. Orientar-se junto ao professor sobre os perigos de algumas substncias perigosas, em particular. Elaborar resumo e a seqncia das atividades que sero desenvolvidas (pr-laboratrio). Prever a quantidade dos materiais e substncias que sero utilizados. Escolher vestes adequadas para o trabalho. No penetrar no laboratrio com bermudas, calas curtas, saiotes, mini-blusas, sandlias, chinelos, sapatos de lona e roupas de plstico. 7. Conduzir o avental de proteo (isso, se a instituio no fornecer). 8. Procurar satisfazer suas necessidades pessoais e prender cabelos longos. 9. Evitar o uso de jias, anis e enfeites que possam afetar o desempenho da atividade. 10. No usar, sob nenhuma hiptese, lentes de contato. 11. Procurar se inteirar como proceder nos casos de emergncia; informar-se quanto aos primeiros socorros nos choques, queimaduras, corte, intoxicaes, mal estar, fraturas e etc. 12. Ler sempre sobre segurana de laboratrio e saber como obter com rapidez essas informaes. 13. Chegar sempre antes do horrio previsto para o incio da atividade prtica. DURANTE A ATIVIDADE DE LABORATRIO 1. No se deve comer, beber ou fumar dentro de um laboratrio. 2. Cada operador deve usar, obrigatoriamente, um guarda-p. No ser permitida a permanncia no laboratrio ou execuo de experimentos sem ele. O guarda-p dever ser de brim ou algodo grosso e nunca de tergal, nylon ou outra fibra sinttica inflamvel. 3. Sempre que possvel, usar culos de segurana, pois constituem proteo indispensvel para os olhos contra respingos e exploses. 4. Ao manipular compostos txicos ou irritantes pele, usar luvas de borrachas. 5. A manipulao de compostos txicos ou irritantes, ou quando houver desprendimento de vapores ou gases, deve ser feita na capela. 6. Leia com ateno cada experimento antes de inici-lo. Monte a aparelhagem, faa uma ltima reviso no sistema e s ento comece o experimento. 7. Otimize o seu trabalho no laboratrio, dividindo as tarefas entre os componentes de sal equipe. 8. Antecipe cada ao em laboratrio, prevendo possveis riscos para voc e seus vizinhos, certifique-se, ao acender uma chama, de que no existem solventes prximos e destampados, especialmente aqueles volteis(ter etlico, ter de petrleo, hexano, dissulfeto de carbono, acetona, benzeno, lcool, acetato de etila). Mesmo uma chapa ou manta de aquecimento pode ocasionar incndios, quando em contato com solventes como ter, acetona ou dissulfeto de carbono. 9. Leia com ateno os rtulos dos frascos de reagentes e solventes que utilizarmos. 24 1. 2. 3. 4. 5. 6.

10. Seja cuidadoso sempre que misturar dois ou mais compostos. Muitas misturas so exotrmicas (Ex: H2SO4(conc.) + H2O), ou inflamveis (Ex. Na(s) + H2O), ou ainda podem liberar gases txicos. Misture os reagentes vagarosamente, com agitao e, se necessrio, resfriando e sob capela. 11. Em qualquer refluxo ou destilao utilize pedras de porcelana a fim de evitar superaquecimento. Ao agitar lquidos volteis em funis de decantao equilibre a presso do sistema, abrindo a torneira do funil ou destampando-o. 12. Caso interrompa alguma experincia pela metade ou tenha que guardar algum produto, rotule-o claramente. O rotulo deve conter: nome do produto, data e nome da equipe. 13. Utilize os recipientes apropriados para descarte de resduos, que esto dispostos no laboratrio. S derrame compostos orgnicos lquidos na pia, depois de estar seguro de que no so txicos e de no haver perigo de reaes violentas ou desprendimento de gases. De qualquer modo, fao-o com abundncia de gua corrente. 14. Cada equipe deve, no final de cada aula, lavar o material de vidro utilizado e limpar a bancada. Enfim, manter o laboratrio LIMPO. 15. Guardar livros, sacolas, bolsas e outros materiais nos armrios, no sobre a bancada de trabalho. Deixar apenas junto ao local dos experimentos: caderno de anotaes e caneta ou (lpis). 16. No ter pressa em acabar o experimento. Todas as atividades so programadas para o perodo de aula e, quando bem executadas, o tempo suficiente. 17. Verificar anormalidade em relao vidraria, rede eltrica, piso, bancada, lixo, pia e torneira, fogareiro, etc., comunicando ao professor qualquer defeito, sujeira, molha ou perigo em potencial. Comunicar qualquer acidente ao professor, por menor que seja. O objetivo ACIDENTE ZERO. 18. Evitar molha nas bancadas, pisos e equipamentos. 19. Tomar cuidado com as mos molhadas; elas se tornam escorregadias. 20. No juntar substncias para ver o que acontece. Pode acontecer um acidente! 21. No pipetar substncias pela boca, por menor que seja o risco. O uso de bulbo ou pra deve se tornar comum. 22. Vidros quebrados ou trincados no devem ser escondidos ou jogados no lixo comum. Coloque-os na Sucata de Vidro. 23. Em nenhum caso, correr no laboratrio. ANDE. NO CORRA. 24. No devolver ao frasco, restos no usados de substncias ou solues. 25. Ficar alerta quanto impercia, negligncia e imprudncia de algum colega. 26. Em caso de fogo nas vestes, no correr, deitar no cho e rolar para abafar o fogo. 27. Lavar mos e braos aps os trabalhos. (O ideal seria tomar banho e trocar de roupa). 28. No levar substncias para fora do laboratrio. 29. No jogar solvente orgnico na pia (corroem a tubulao de PVC). O professor orientar quanto ao descarte desses materiais.

Equipamentos e vidrarias e seu uso

Objetivo: Dar conhecimento aos alunos do espao fsico e do material disponvel bem como conhecer as aplicaes dos principais utenslios do laboratrio qumico. 1. Almofariz e Pistilo: Aparelho usado na triturao e pulverizao de slidos. Anel ou Argola: Empregado como suporte do funil de filtrao simples ou do funil de separao de lquidos imiscveis. 2. Balo de destilao ou de Engler: Balo de fundo chato com sada lateral para passagem dos vapores durante uma destilao. 3. Balo de fundo chato: Empregado para aquecimento ou armazenamento de lquidos ou soluo. 4. Balo de fundo redondo: Usado para aquecimento de lquidos e reaes com desprendimento gasoso. 5. Balo volumtrico: Usado para preparao de solues. No deve ser aquecido. 6. Basto de vidro ou Bagueta: um basto macio de vidro. Serve para agitar e facilitar as dissolues, mantendo as massas lquidas em constante movimento. Tambm auxilia na filtrao. 7. Bico de Bunsen: a fonte de aquecimento mais usado no laboratrio. 25

8. Bureta: Serve para dar escoamento a volumes variveis de lquidos. No deve ser aquecida. constituda de tubo de vidro uniformemente calibrado, graduado em dcimos de mililitro. provida de um dispositivo que permite o fcil controle de escoamento. 9. Cadinho: Usado para calcinao (aquecimento a seco muito intenso) de substncias. Pode ser aquecido diretamente a chama do bico de Bunsen, apoiado sobre tringulo de porcelana, platina, amianto, etc. 10. Coluna de Vigreaux: Utilizada na destilao fracionada. 11. Cpsula de porcelana: Pea de porcelana utilizada em sublimaes ou evaporaes de lquidos e solues. 12. Condensador: Utilizado em destilaes. Tem por finalidade condensar os vapores dos lquidos. 13. Copo de Bquer: Serve para dissolver substncias, efetuar reaes qumicas. Pode ser aquecido sobre o trip com tela de amianto. Dessecador: Usado para resfriamento de substncias em atmosfera contendo baixo teor de umidade. 14. Erlenmeyer: Utilizado para titulaes, aquecimento de lquidos, dissoluo de substncias e realizao de reaes qumicas. Pode ser aquecido sobre o trip com tela de amianto. 15. Esptula: Material de ao ou porcelana, usado para transferncia de substncias slidas. Deve ser lavada e enxugada aps cada transferncia. 16. Estante para tubos de ensaio: Suporte para tubos de ensaio. 17. Funil comum: Usado para transferncia de lquidos. 18. Funil analtico: Usado para filtrao para reteno de partculas slidas. Deve conter em seu interior um filtro que pode ser de papel, l de vidro, algodo vegetal, dependendo do material a ser filtrado. O funil no deve ser aquecido. 19. Funil de Bchner: Usado na filtrao a vcuo. 20. Funil de decantao ou de separao: usado para separao de lquidos imicveis. 21. Furador de rolhas: Usado para furar rolhas de cortia ou de borracha. 22. Garra de condensador: Usada para prender o condensador a haste do suporte ou outras peas como bales, elenmeyer, etc. 23. Kitassato: Usado em conjunto com o funil de Bchner na filtrao a vcuo. 24. Mariotte: Frasco utilizado para armazenamento de gua destilada em laboratrio. 25. Mufa: Suporte para a garra de condensador. 26. Picnmetro: Usado para determinar a densidade de lquidos. um material de vidro e de grande preciso; por isso no pode ser secado por aquecimento. 27. Pra de segurana: Usada para pipetar solues. 28. Pina de madeira: Usada para prender tubos de ensaio durante o aquecimento direto no bico de Bunsen. 29. Pina metlica ou tenaz de ao: Usada para manipular materiais aquecidos, como cadinhos, bqueres, etc. 30. Pinas de Mohr e de Hoffman: Usada para impedir ou reduzir a passagem de gases ou lquidos atravs de tubos flexveis. 31. Pipeta graduada: Consiste de um tubo de vidro estreito geralmente graduado em 0,1 ml. usada para medir pequenos volumes lquidos. Encontra pouca aplicao sempre que se deseja medir volumes lquidos com maior preciso. No deve ser aquecida. 32. Pipeta volumtrica: constituda por um tubo de vidro com um bulbo na parte central. O trao de referncia gravado na parte do tubo acima do bulbo. usada para medir volumes de lquidos com elevada preciso. No deve ser aquecida. 33. Pisseta: Usada para lavagem de materiais ou recipientes atravs de jatos de gua destilada, lcool ou outros solventes. 34. Proveta ou cilindro graduado: Recipiente de vidro ou plstico utilizado para medir e transferir volumes de lquidos. No deve ser aquecida. 35. Suporte universal: Utilizado em vrias operaes como: filtraes, suporte para condensador, sustentao de peas, etc. 36. Tela de amianto: Usada para distribuir uniformemente o calor recebido pela chama do bico de Bunsen. 26

37. Termmetro: Usado para medir a temperatura durante o aquecimento em operaes como: destilao simples, fracionada, etc. Tringulo de porcelana: Suporte para cadinhos em aquecimento direto no bico de Bunsen. 38. Trip de ferro: Suporte para tela de amianto ou tringulo de porcelana. Usado em aquecimento. 39. Trompa de gua: Utilizada para provocar o vcuo. 40. Tubo de ensaio: Empregado para fazer reaes em pequena escala, notadamente em teste de reaes. Pode ser aquecido, com cuidado, diretamente sobre a chama do bico de Bunsen. 41. Tubo de Thielle: Usado na determinao do ponto de fuso. 42. Vareta de vidro: Cilindro de vidro, oco, de baixo ponto de fuso. Serve para interligar bales, condensadores, ou fabricao de pipetas e capilares. 43. Vidro de relgio: Pea de vidro de forma cncava. usado para cobrir bqueres, em evaporaes, pesagens de diversos fins. No pode ser aquecido diretamente na chama do bico de Bunsen.

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Exerccios
1) Indique verdadeiro (V) ou falso (F) para cada uma das frases abaixo, justificando. ( ( ( ( ( ) O bquer utilizado para medir volumes de lquidos com grande preciso. ) O balo volumtrico utilizado na preparao e diluio de solues. ) O condensador um dos componentes da aparelhagem de destilao. ) A pipeta volumtrica serve para medir volumes variveis. ) A pina de madeira usada para segurar o tubo de ensaio durante aquecimentos.

2) Considere os aparelhos de laboratrio esquematizados.

Quais destas vidrarias so usadas, respectivamente, para separao de lquidos imiscveis e para medir volume fixo de lquidos? 3)O papel de filtro pode ser utilizado para separar os componentes de qual sistema? Justifique. 4) A tela de amianto tem grande utilidade em um laboratrio de Qumica. Ela utilizada fundamentalmente para: a) concentrar a chama oxidante, aumentando sua eficincia. b) evitar o contato da fuligem com o recipiente que est sendo aquecido. c) evitar um maior desperdcio de gases no queimados durante o aquecimento. d) distribuir uniformemente o calor em aquecimento de laboratrio. e) absorver os gases txicos emanados dos aquecimentos, evitando dessa forma a inalao dos referidos gases. 5) Faa a associao entre os aparelhos de laboratrio e os materiais utilizados para a sua confeco. I Trip II Cadinho III Pipeta IV Suporte universal V Almofatriz VI Suporte para tubos a) Bquer. b) Tubo de ensaio c) Proveta a) Madeira b) Ferro c) Vidro d) Porcelana

6) Qual dos aparelhos a seguir normalmente utilizado para se colocar leo no motor de um carro? d) Funil. e) Pipeta.

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7) Observe as figuras:

Como so chamados os materiais de vidro utilizados em laboratrio qumico representados pelas figuras I, II e III? 8) Cite o nome dos aparelhos utilizados em laboratrio para: .

a) separar gua e leo; b) aquecer um slido em alta temperatura; c) fazer reaes qumicas em pequena escala; d) distribuir uniformemente o calor durante aquecimento de uma substncia. 9) O conta-gotas, normalmente utilizado na administrao de medicamentos em pequenas doses (pequenos volumes). D o nome do aparelho de laboratrio utilizado, com grande preciso, para medir pequenos volumes de lquidos, que pode funcionar como um conta-gotas, quando manuseado adequadamente 10) Para medir volume de lquidos podemos usar quais vidrarias 11) Qual a aparelhagem indicada para a obteno de carvo em p a partir de um pedao de carvo? 12) Qual o nome das vidrarias abaixo?

13) Depois de uma aula pratica no laboratrio de Qumica, o monitor devolveu para o frasco de reagente as sobras de uma soluo de CuSO4. A postura do monitor est correta? Justifique. 14) Um aluno de processos industriais depois de ter aula sobre postura em laboratrio levou para o mesmo lanche na sua primeira aula e trabalhou com substncias volteis na bancada. A conduta est correta? Justifique. 15) O monitor do curso de eletroeletrnica foi ao laboratrio de Qumica para ajudar na arrumao do mesmo e deixou cair acidentalmente sal na gua destilada que seria usada no preparo de uma soluo para uma aula. O monitor foi ento verificar se tinha gua destilada armazenada e constatou que no. Sabendo que faltava apenas 30 minutos para o inicio da aula, o que ele deve fazer? Obs.: descreva o mtodo a ser usado, bem como os equipamentos e vidrarias.

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Modelos atmicos
A origem da palavra tomo foi utilizada pela primeira vez na Grcia antiga, por volta de 400 aC. Demcrito (um filsofo grego) acreditava que todo tipo de matria fosse formado por diminutas partculas que denominou tomos (sem diviso). Acreditava-se que tais partculas representavam a menor poro de matria possvel, ou seja, eram indivisveis. Como esta idia no pde ser comprovada por Demcrito e seus contemporneos, ela ficou conhecida como 1 modelo atmico, mas meramente filosfico.

Primeiro Modelo Atmico Dalton

As idias de Demcrito permaneceram inalteradas por aproximadamente 2200 anos. Em 1808, Dalton retomou estas idias sob uma nova perspectiva: a experimentao. Baseado em reaes qumicas e pesagens minuciosas, chegou concluso de que os tomos realmente existiam e que possuam algumas caractersticas que so: 1 Toda matria formada por diminutas partculas esfricas, macias, neutras e indivisveis chamadas tomos.

Existe um nmero finito de tipos de tomos na natureza. 2 A combinao de iguais ou diferentes tipos de tomos originam os diferentes materiais.

Segundo Modelo Atmico Thomson

Ao final do sculo XIX surgem evidncias de que o tomo seria divisvel. Em 1897, Thomson demonstrou a existncia de "corpsculos" na matria, que mais tarde viriam a ser conhecidos como eltrons. Como estes eltrons apresentaram carga negativa, houve necessidade de se alterar o modelo de tomo para se assimilar esta novidade. Thomson props ento o modelo do "pudim de passas", onde existiam simultaneamente cargas positivas e negativas. Neste modelo, o tomo era uma esfera macia, constituda por um material positivo, possuindo eltrons incrustados em sua superfcie. As cargas positivas e negativas existiam em iguais quantidades, garantindo a neutralidade do tomo.

Terceiro Modelo Atmico Rutherford

Rutherford era um pesquisador ligado equipe de Thomson quando realizou um experimento que viria a mudar completamente a viso do homem a respeito do tomo. Em 1911, ele bombardeou uma finssima lmina de ouro (0,0001 cm) com partculas alfa oriundas de uma amostra contendo Polnio( Figura 01). A rea em que se realizava o experimento era cercada por um anteparo recoberto por sulfeto de zinco, que cintilava ao sofrer impacto. Para espanto geral, a grande maioria das partculas alfa disparadas contra a placa passou por ela como se no existisse. 32

Somente algumas passavam com desvios e algumas outras retrocediam. Tal resultado levou Rutherford a propor que a matria constituda principalmente por espaos vazios. Como as partculas alfa so positivas, concluiu-se que os desvios e retrocessos fossem resultados da interao dessas com o ncleo. Como estes desvios e retrocessos foram muito poucos, concluiu-se que a matria do tomo fosse concentrada numa regio central positiva chamada de ncleo. Os prtons so as partculas que do carter positivo ao ncleo (Figura 02). Os eltrons ou cargas negativas estariam circundando o ncleo em nmero tal que possibilitasse ao tomo ser neutro. A proporo entre as partculas que passaram sem desvio e as que passaram com desvio ou retrocederam levaram concluso de que o tamanho total do tomo de 10.000 a 100.000 vezes maior que o ncleo. A regio onde circundam os eltrons que d o volume do tomo recebeu o nome de eletrosfera. Os eltrons possuem movimento de translao ao redor do ncleo e de rotao em relao ao seu prprio eixo. O modelo de Rutherford muito parecido com o sistema solar, com o ncleo ocupando o lugar do sol e os eltrons, os dos planetas ( Figura 03).

Figura 01

Figura 02

Figura 03

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Posteriormente, em 1932, Chadwick descobriu que no ncleo tambm existem os nutrons, que so partculas sem carga. Estava composto ento o quadro de partculas que compem o tomo: partcula carga massa relativa protn +1 1 nutron 0 1 eltron - 1 1 / 1836

Quarto Modelo Atmico Rutherford-Bohr

Apesar de revolucionrio, o modelo de Rutherford no conseguiu explicar o comportamento dos eltrons ao do ncleo. Tal comportamento foi explicado por Bohr, em 1913. Em seu modelo, Bohr props que os eltrons se movimentassem ao redor do ncleo, seguindo trajetrias circulares denominadas de camadas ou nveis. Estas camadas foram especificadas por letras a partir da mais interna: K, L, M, N, O, P e Q. Os eltrons podiam ir de um nvel mais interno para outro mais externo absorvendo energia, no processo inverso ocorreria emisso de energia. Os postulados de Bohr nos permitem conhecer quantos eltrons um dado tomo possui em cada uma das camadas. 1 A camada mais externa de um tomo no pode possuir mais de 8 eltrons. 2 A quantidade mxima de eltrons em cada uma das camadas representado a seguir:

Baseado no trabalho de vrios cientistas, Niels Bohr, em 1913, conseguiu adaptar o modelo de Rutherford, resolvendo as principais crticas levantadas a esse modelo. Uma das maiores contribuies de Bohr Cincia foi explicar por que os gases emitem ou absorvem radiao com determinados comprimentos de onda e no numa faixa contnua de radiao. Bohr relacionou as raias do espectro descontnuo dos gases s variaes de energia dos eltrons contidos nos tomos desses gases. Em funo dessa relao, Bohr props um modelo atmico revolucionrio que mantinha as principais caractersticas do modelo de Rutherford. Esse novo modelo pode ser enunciado pelos seguintes postulados: 1. Em um tomo so permitidas somente algumas rbitas circulares ao eltron, sendo que em cada uma ele tem energia constante. 2. Um eltron no pode assumir qualquer valor de energia, mas somente determinados valores que correspondem s rbitas permitidas, tendo, assim, determinados nveis de energia ou camadas energticas. 3. Um eltron, quando localizado numa dessas rbitas, no perde nem ganha energia espontaneamente. Por isso, diz-se que, nesse caso, ele assume um estado estacionrio. 4. Um eltron pode receber energia de uma fonte externa somente em unidades discretas (pequenas), chamadas quanta (forma singular: quantum). 5. Quando um eltron recebe um quantum de energia, ele salta para uma rbita mais energtica, ligeiramente mais afastada do ncleo. Dizemos que o eltron realizou um salto quntico e atingiu um estado excitado. 6. Quando o eltron retoma a uma rbita menos energtica ele perde, na forma de onda eletromagntica, uma quantidade de energia que corresponde diferena de energia existente entre as rbitas envolvidas. 34

OBSERVAES 1. Um eltron, quando perde energia e retoma, no pode ocupar uma rbita com energia menor que a da rbita de seu estado estacionrio. 2. A diferena de energia (luz emitida) de cada uma dessas rbitas corresponde a uma certa quantidade de energia, ou seja, a uma raia do espectro. De acordo com esse modelo, o tomo poderia ser representado de uma forma em que as rbitas permitidas tivessem relao com os diferentes nveis de energia e, ainda, com as respectivas raias presentes no espectro. REPRESENTAO DO MODELO DE RUTHERFORD-BOHR Cada um dessas rbitas permitidas foi denominado ou nvel. Dentre os elementos conhecidos, aquele que contm maior nmero de eltrons apresenta-os distribudos no mximo em 7 camadas. Os cientistas j haviam percebido que cada elemento qumico possui um espectro caracterstico e, de acordo com Bohr, esses espectros dependiam dos saltos dos eltrons entre os nveis permitidos. As eletrosferas de elementos qumicos diferentes so tambm diferentes. Com isso, os saltos dos eltrons iro originar ondas com comprimentos de onda diferentes, isto , a luz emitida apresentar cores diferentes. Com base nesta propriedade, possvel identificar a presena de um dado elemento em um composto. Isso feito atravs de um ensaio denominado teste de chama. Nesse teste, os elementos qumicos so reconhecidos pela cor da chama emitida pelo retorno dos eltrons, quando uma amostra contendo esse elemento submetida a aquecimento na extremidade de um fio de platina ou nquel-cromo.

A cor do sdio amarela, do estrncio vermelha, potssio azul e do cobre verde.

Exerccios
1) A palavra tomo originria do grego e significa indivisvel, ou seja, segundo os filsofos gregos, o tomo seria a menor partcula da matria que no poderia ser mais dividida. Atualmente essa idia no mais aceita. Qual das alternativas esta correta? Justifique 01. No podem ser desintegrados 02. So formados por, pelo menos, trs partculas fundamentais. 04. Possuem partculas positivas denominadas eltrons 08. Apresentam duas regies distintas, o ncleo e a eletrosfera. 16. Apresentam eltrons, cuja carga eltrica negativa. 32. Contm partculas sem carga eltrica, os nutrons.

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2) Dalton, Rutherford e Bohr propuseram, em diferentes pocas, modelos atmicos. Algumas caractersticas desses modelos so apresentadas abaixo: Modelo I: Ncleo atmico denso, com carga positiva. Eltrons em rbitas circulares. Modelo II: tomos macios e indivisveis. Modelo III: Ncleo atmico denso, com carga eltrica positiva. Eltrons em rbitas circulares de energia quantizada. Faa a associao modelo / cientista 3) Na famosa experincia de Rutherford, no incio do sculo XX, com a lmina de ouro, o(s) fato(s) que (isoladamente ou em conjunto) indicava(m) o tomo possuir um ncleo pequeno e positivo foi(foram) (01) As partculas alfa teriam cargas negativas (02) Ao atravessara lmina, uma maioria de partculas alfa sofreria desvio de sua trajetria. (04) Um grande nmero de partculas alfa no atravessaria a lmina (08) Um pequeno nmero de partculas alfa atravessando a lmina sofreria desvio de sua trajetria (16) A maioria das partculas alfa atravessaria os tomos da lmina sem sofrer desvio de sua trajetria. Indique as corretas, justificando. 4) O bromo, que nas condies ambientes se encontra no estado lquido e formado por tomos representados por 35Br80, apresenta: a) 25 eltrons na camada de valncia b) 2 eltrons na camada de valncia c) 7 eltrons na camada de valncia d) 35 partculas nucleares e) 45 partculas nucleares

5) Considerando a experincia de Rutherford, assinale a alternativa falsa, justificando. a) A experincia consistiu em bombardear pelculas metlicas delgadas com partculas alfa. b) Algumas partculas alfa foram desviadas do seu trajeto devido repulso exercida pelo ncleo positivo do metal. c) Observando o espalhamento das partculas alfa, Rutherford concluiu que o tomo tem densidade uniforme. d) Essa experincia permitiu descobrir o ncleo atmico e seu tamanho relativo. e) Rutherford sabia antecipadamente que as partculas alfa eram carregadas positivamente. 6) Se um eltron se move de um nvel de energia de um tomo para outro nvel de energia mais afastado do ncleo do mesmo tomo, qual a alternativa correta? Justifique. a) h emisso de energia b) no h variao de energia c) h absoro de energia d) h variao no nmero de oxidao do tomo e) h emisso de luz num determinado comprimento de onda

7)H exatos 100 anos, J.J. Thomson determinou, pela primeira vez, a relao entre a massa e a carga do eltron, o que pode ser considerado como a descoberta do eltron. reconhecida como uma contribuio de Thomson ao modelo atmico: a) o tomo ser indivisvel b) a existncia de partculas subatmicas c) os eltrons ocuparem nveis discretos de energia d) os eltrons girarem em rbitas circulares ao redor do ncleo e) o tomo possuir um ncleo com carga positiva e uma eletrosfera 36

8) Identifique a alternativa que corresponde maior liberao de energia quando o eletrn. excitado retorna ao seu nvel (camada) original: a) de L para K. b) de P para O. c) de Q para P. d) de Q para K. e) de M para L.

9) Sobre o modelo atmico de Bohr, podemos tecer as seguintes consideraes: I - Quando o ncleo recebe energia, salta para um nvel mais externo. II - Quando o eltron recebe energia, salta para um nvel mais energtico. III - Quando um eltron passa de um estado menos energtico para outro mais energtico. devolve energia na forma de ondas eletromagnticas. IV - Se um eltron passa do estado A para o estado a, recebendo x unidades de energia, quando voltar de a para A devolver x unidades de energia na forma de ondas eletromagnticas, Quais dessas afirmaes so falsas? Justifique. 10) O sdio e seus compostos, em determinadas condies, emitem uma luz amarela caracterstica. Explique esse fenmeno em termos de eltrons e nveis (camadas) de energia. 11) Sempre que compostos de brio so volatilizados na chama de um bico de Bunsen, verifica-se o aparecimento de uma chama de cor verde, D uma explicao para esse fenmeno considerando os eltrons e os nveis de energia. 12) O modelo atmico que suscitou a idia de tomo com estrutura eltrica foi o: a) de Dalton. b) do tomo planetrio de Rutherford. c) de Bohr. d) da mecnica ondulatria. e) de Thomson.

13) Quando um eltron. em rbita circular recebe energia suficiente do exterior, ele salta para outra rbita. Aps receber essa energia, o eltron tende a voltar sua rbita original, devolvendo a energia recebida. A energia recebida e devolvida igual diferena das energias das rbitas em que o salto ocorreu." Esse postulado, proposto em 1913, refere-se ao modelo atmico de: a) Sommerfeld. b) Dalton. c) Rutherford-Bohr. d) Thomson. e) Rutherford .

14) Admitem a natureza eltrica da matria os modelos atmicos de: a) Boyle e Dalton. b) Dalton e Rutherford. c) Dalton e Thomson. d) Thomson e Rutherford

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Elemento qumico, istopos, isbaros e istonos.

Os diferentes tipos de tomo e suas representaes
Cada um dos tipos de tomos existentes na natureza ou gerados artificialmente, chamado de elemento qumico. Cada um deles identificado por um nome e um smbolo formado por uma ou duas letras. A primeira sempre maiscula e a segunda, quando houver, sempre minscula. O nome do elemento varia de idioma para idioma, mas o smbolo nico para o mundo todo. Nmero de Massa (A): informa a somatria de prtons e nutrons contida num determinado tomo. Nmero Atmico (Z): informa a quantidade de prtons contida num determinado tomo. tomos com mesmo nmero atmico pertencem ao mesmo elemento qumico. Ter mesmo valor para Z garante que os tomos possuam mesmo comportamento qumico. Z tambm informa o nmero de eltrons, se o tomo em questo for neutro. Subtraindo Z do valor de A, obtemos o nmero de nutrons. Z = prtons (sempre) = eltrons (tomos neutros) A - Z = nutrons (sempre) Os nmeros atmicos e de massa podem ser representado simultaneamente com o smbolo do elemento em questo. A conveno a seguinte:

Semelhanas Atmicas

Ou

Istopos: tomos que apresentam mesmo nmero atmico e nmero de massa diferente. Pertencem ao mesmo elemento qumico, pois tm mesmo valor de Z. 1H1 1H2 1H3 Isbaros: tomos que apresentam valores diferentes para o nmero atmico e mesmo nmero de massa. 20 Ca42 21 Sc42 Istonos: tomos que apresentam valores diferentes de nmero atmico e de massa, no entanto, mesmo nmero de nutrons (A - Z). 17 Cl 37 20 Ca 40 ambos apresentam 20 nutrons. Isoeletrnicos: so ons que apresentam o mesmo n de eltrons. 15P 3 20Ca2+ ambos apresentam 18 eltrons.

ons monoatmicos
Os tomos so arranjos admirveis de partculas positivas, negativas e neutras. Estas esto organizadas de maneira a possibilitar que os tomos sejam estveis. Interaes entre as partculas que compem os tomos prton (+) com prton (+) repulso eltron (-) com eltron (-) repulso prton (+) com eltron (-) atrao nutron (0) com nutron (0) sem interao nutron (0) com prton (+) sem interao nutron (0) com eltron (+) sem interao Carga dos aglomerados de partculas

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A carga de um aglomerado de partculas informa se predominam as partculas positivas ou as negativas, ou ainda, se as mesmas se encontram em igualdade. Quando h predomnio de cargas positivas, temos os ons positivos ou ctions. Quando h predomnio de cargas negativas, temos os ons negativos ou nions. A quantidade de partculas neutras apresentadas por um aglomerado no influi no balano final de o aglomerado ser um ction ou ser um nion. Quando ocorrem iguais quantidades de cargas positivas e negativas, temos um aglomerado de partculas neutro. O elemento sdio tem n atmico 11. Este elemento no estado neutro tem 11 prtons e 11 eltrons, ou seja, a soma das cargas positivas com as negativas zero, por isso que neutro. Quando o elemento sdio perde uma carga negativa este fica com excesso de carga positiva passando a ser um ction. Isto , a soma das cargas 11 positivas com 10 negativas sobra 1 carga positiva, por isso que o Na+ O elemento cloro tem n atmico 17. Este elemento no estado neutro tem 17 prtons e 17 eltrons, ou seja, a soma das cargas positivas com as negativas zero, por isso que neutro. Quando o elemento cloro ganha uma carga negativa este fica com excesso de carga negativa passando a ser um nion. Isto , a soma das cargas 17 positivas com 18 negativas sobra 1 carga negativa, por isso que o Cl . Esta informao valida para determinar a carga de qualquer tipo de tomo . Na formao de um on positivo ou negativo, o nmero de prtons do tomo nunca se altera. Por isso, mesmo passando a ser um on, um tomo nunca passa a ser outro elemento qumico. Espcies qumicas simples que apresentam o mesmo nmero de eltrons so chamadas de isoeletrnicas. Ex: Na+ e Ne possuem 10 eltrons; Ni e Zn 2+ possuem 28 eltrons; O 2 e Ne possuem 10 eltrons

Exerccios
1) H cem anos, foi anunciada ao mundo inteiro a descoberta do eltron, o que provocou uma verdadeira "revoluo" na cincia. Essa descoberta proporcionou humanidade, mais tarde, a fabricao de aparelhos eletroeletrnicos, que utilizam inmeras fiaes de cobre. Qual o nmero atmico do cobre? 2) Dentre as espcies a seguir quais, so isoeletrnicas? Justifique. Mg, Na1+, Cl1-, S, K1+ e Ar: (Dados os nmeros atmicos: Na=11, Mg=12, S=16, Cl=17, Ar=18, K=19) 3)O silcio, elemento qumico mais abundante na natureza depois do oxignio, tem grande aplicao na indstria eletrnica. Por outro lado, o enxofre de importncia fundamental na obteno do cido sulfrico. Sabendo-se que o tomo 14Sn28 istono de uma das variedades isotpicas do enxofre, 16S, Qual o nmero de massa do enxofre? 4) Os ons Ca2+ e Pb2+ possuem: Dados os nmeros atmicos: Ca = 40 e Pb = 207 a) mesmo nmero de prtons e eltrons b) mesmo nmero de prtons e nutrons c) mesma carga nuclear e diferentes massas atmicas d) igual soma de nmero de prtons e de nutrons e) igual diferena entre nmero de prtons e eltrons 5) A caracterstica que identifica istopos de um elemento qumico a de apresentarem entre si: 6) O nmero de eltrons do ction X2+ de um elemento X igual ao nmero de eltrons do tomo neutro de um gs nobre. Este tomo de gs nobre apresenta nmero atmico 10 e nmero de massa 20. Qual o nmero atmico do elemento X? 7) Um certo tomo neutro M tem nmero atmico igual x e nmero de massa igual a y. O nmero de eltrons no on M3+ igual a: 8)So dados os tomos: I) 35Br80 II) 36Kr80 III) 35Br81 IV) 36Kr81 Indique as proposies verdadeiras, justificando-as. 39

a) I e III so istopos b) II e IV possuem o mesmo nmero de massa c) I e IV tm igual nmero de nutrons d) I e II possuem o mesmo nmero de massa e) II e III so istopos 9) Considerando os tomos: 19X40, 20Y40, 19R39 podemos afirmar que: a) Y e R so istopos b) X e R so isbaros c) X e R so istonos d) X e R pertencem ao mesmo elemento qumico e) X e Y deveriam estar representados pelo mesmo smbolo qumico 10) Um tomo X tem 56 prtons e 81 nutrons. Um tomo Y tem nmero de massa 138 e istono de X, logo qual ser o nmero de nutrons do tomo Y? 11) O carbono 14 um istopo radioativo do carbono 12, utilizado para identificar a idade dos fsseis. Sobre ele, correto afirmar que: a) tem maior nmero de eltrons que o carbono 12 b) sua ao radioativa dura 14 anos c) tem maior nmero de prtons que o carbono 12 d) tem maior nmero de camadas eletrnicas que o carbono 12 e) tem maior nmero de nutrons que o carbono 12

TABELA PERIDICA
Com a descoberta de uma grande variedade de tomos, tornou-se necessria a criao de uma sistemtica de classificao. Para organizar os elementos, utilizaram-se as caractersticas em comum que possuam. A posio de um elemento na tabela peridica leva em conta dois critrios que so os perodos e famlias( grupos). Perodos so as sete filas horizontais da Tabela Peridica; 1o, 2o, 3o, 4o, 5o, 6o, 7o. Renem elementos com configuraes eletrnicas diferentes, portanto, com propriedades diferentes. Famlias ou grupos so as dezoito colunas verticais da Tabela Peridica. Renem elementos com configuraes eletrnicas semelhantes, portanto, com propriedades semelhantes. Elementos representativos so aqueles cujo subnvel de maior energia de seus tomos s (bloco s) ou p (bloco p). Elementos de transio so aqueles cujo subnvel de maior energia de seus tomos d. Constituem o bloco d, os Grupos IB, IIB, IIIB, IVB, VB, VIB, VIIB E VIIIB. Elementos de transio interna so aqueles cujo subnvel de maior energia de seus tomos f. Constituem o bloco f, os lantandios (Z = 59 e Z = 71) e os actindeos (Z = 89 a Z = 103). A numerao tradicional da tabela 1A, 2A, 2B, 3B, etc., se voc observar a tabela na prxima pagina no ter mais esta numerao. A IUPAC (Unio Internacional da Qumica Pura e Aplicada) recomenda a numerao corrida 1,2,3,4... O tomo de um elemento localizado no ensimo (n) perodo tem seus eltrons distribudos em n nveis de energia. Exemplo: elementos do 5 perodo tm os eltrons de seus tomos distribudos em 5 nveis de energia. Algumas famlias recebem nomes especiais so: IA ou 1 Metais alcalinos IIA ou 2 Metais alcalino-terrosos IVA ou 14 Famlia do carbono 40

VA ou 15 Famlia do nitrognio VIA ou 16 Calcognios VIIA ou 17 Halognios 0 ou 18 Gases nobres Para os elementos representativos e dos Grupos IB e IIB, o nmero do grupo o nmero de eltrons no ltimo nvel de energia do tomo (camada de valncia). Famlia N de eltrons na ultima camada
IA 1 IIA 2 IB 11 IIB 12 IIIA 13 IVA 14 VA 15 VIA 16 VIIA 17 0 18

A tabela peridica j passou por algumas modificaes em sua estrutura e na numerao de suas colunas linhas. Ainda hoje possvel encontrar tabelas com numeraes distintas em suas colunas. A tendncia, porm, de unificao. * Notao adotada pela IUPAC.

Classe dos elementos

Os elementos oficialmente reconhecidos so divididos em cinco classes. A identificao de cada uma delas e um breve relato das propriedades so feitos a seguir. Metais So elementos que apresentam um, dois ou trs eltrons na sua camada de valncia (ltima camada). Representam aproximadamente dois tero da tabela. As principais propriedades fsicas so: a) nas condies ambientes so slidos, com exceo do mercrio (Hg), que lquido. b) so bons condutores de calor e corrente eltrica c) apresentam o chamado brilho metlico e cor caracterstica d) so maleveis, isto , podem ser transformado em lminas e) so dcteis, isto , podem ser transformados em fios. 41

Ametais ou No-Metais So elementos que possuem cinco, seis ou sete eltrons na ltima camada. Existem apenas 11 elementos classificados como ametais. As principais propriedades fsicas dos ametais so: a ) nas condies ambientes apresentam-se nos seguintes estados fsicos: slidos C P S Se I At lquidos Br gasosos F O N Cl b) so maus condutores de calor e eletricidade c) no apresentam brilho Semimetais ou metalides So elementos que apresentam propriedades intermedirias entre os metais e os ametais. Por isso, ao se combinarem com outros elementos podem se comportar como metais ou ametais. So em nmeros de sete. So slidos a temperatura ambiente e o mais utilizado o silcio, empregado na construo de semicondutores. So eles B, Si, Ge, As, Sb, Te, Po Gases Nobres So elementos que possuem oito eltrons em sua camada de valncia (exceto o He, que possui 2). So gasosos em condies ambientes e tem como principal caracterstica a grande estabilidade, ou seja, possuem pequena capacidade de se combinarem com outros elementos. a ltima coluna da tabela Peridica. Hidrognio um elemento atpico, possuindo a propriedade de se combinar com metais, ametais e semimetais. Nas condies ambientes, um gs extremamente inflamvel. Oficialmente so conhecidos at hoje 110 elementos qumicos. Entres eles, 88 so naturais (encontrados na natureza) e 22 so artificiais (produzidos em laboratrios). Portanto classificamos estes artificiais em: Cisurnicos apresentam nmero atmico inferior a 92, do elemento Urnio, e so os seguintes: Tecncio (Tc), Astato (At), Frncio (Fr), Promcio (Pm) Transurnicos apresentam nmero atmico superior a 92 e so atualmente em nmero de 17.

Propriedades peridicas
Propriedades aperidicas So aquela cujos valores somente crescem ou decrescem medida que aumenta o nmero atmico. Exemplos: massa atmica e calor especfico. Propriedades peridicas So aquelas cujos valores crescem e decrescem sucessivamente medida que aumenta o nmero atmico. A maioria das propriedades dos elementos so peridicas e varia periodicamente na seqncia de seus n atmicos. O que define como a propriedade peridica varia num perodo o n atmico, numa famlia o n de camadas. Existem dezenas de propriedades peridicas. Destacaremos as mais importantes. Energia de ionizao a energia necessria para arrancar um eltron de um tomo no estado gasoso. Exemplo: X(g) + energia X +(g) + Num perodo, a energia aumenta com o aumento do n atmico e na famlia diminui com o aumento do n atmico. Eletroafinidade ou afinidade eletrnica a energia envolvida na entrada de um eltron num tomo no estado gasoso. Exemplo: X(g) + X (g) + energia Num perodo, a energia aumenta com o aumento do n atmico e na famlia diminui com o aumento do n atmico. 42

Eletronegatividade a capacidade que um tomo do elemento tem em atrair eltrons, quando estes esto compartilhados com outro tomo. A eletronegatividade no uma grandeza absoluta, e sim a representao de um valor relativo. estabelecida a partir da comparao do elemento com um elemento-padro. Dentre as diversas propostas de padronizao, a mais importante a escala por Linus Pauling, na qual se atribuiu para o flor, elementopadro com eletronegatividade igual a 4,0. Nas ligaes qumicas a eletronegatividade revela qual tomo tem maior capacidade de atrair eltrons para si. Num perodo, a eletronegatividade aumenta com o aumento do n atmico e na famlia diminui com o aumento do n atmico. Para os gases nobres no se define a eletronegatividade Raio atmico o tamanho do tomo. Num perodo, quanto maior o n atmico, menor o raio e na famlia quanto maior o n atmico, maior o raio. Na formao dos ons o tamanho do raio alterado. Na formao do ction h uma contrao da eletrosfera, logo o raio do tomo maior que o do ction correspondente. E quando h formao do nion h uma expanso da eletrosfera, logo o raio do tomo menor que o do nion correspondente. Exemplos Fe2+< F ; Cl > Cl

Exerccios
1) Faa a associao correta: I - Metais alcalinos II - Metais alcalino-terrosos III - Calcognios IV - Halognios V Famlia do carbono VI - Famlia do nitrognio VII - Gases nobres a) Grupo O ou 18 d) Grupo VA ou 15 g) Grupo IIA ou 2 I - Metais alcalinos II - Metais alcalino-terrosos III Calcognios IV - Halognios a) P; As; Sb. b) Si; Ge. c) He; Ne; Ar; Kr; Xe. g) F; C; Br; I. b) Grupo VIIA ou 17 e) Grupo IVA ou 14 c) Grupo VIA ou 16 f) Grupo IA ou 1

2) Faa a associao seguinte, consultando a tabela: V Famlia do carbono VI Famlia do nitrognio VII - Gases nobres d) Mg; Ca; Sr; Ba. e) Li; Na; K; Rb; Cs. f) O; S; Se; Te.

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Questes de 3 a 7: A representao a seguir corresponde parte superior da tabela peridica, na qual as letras no correspondem aos verdadeiros smbolos dos elementos.

3)Qual o calcognio de maior nmero atmico e o metal alcalino de menor nmero atmico ? 4) Qual elemento apresenta cinco eltrons na camada de valncia? 5)Qual a camada (nvel) de valncia do elemento E. 6) Qual dos elementos apresenta propriedades qumicas semelhantes s do elemento P? 7)Qual (ais) so os elementos de transio? 8) Na tabela a seguir so dadas informaes sobre os ncleos de 4 tomos neutros. tomo Nmero de massa ( A) Nmero de nutrons (n) A 19 10 B 23 12 C 35 18 D 39 20 Associe os pares de tomos que possuem propriedades qumicas semelhantes. Justifique. 9) Pertence aos metais alcalinos o elemento: a) ferro. b) cobre. c) potssio d) oxignio e) magnsio 10) Como so classificados os elementos qumicos Ca, Ba, Mg e Sr? 11) Os elementos Se, Cs, At, Rn pertencem a quais famlias? 12) Considerando a classificao peridica dos elementos, a afirmao correta : a) O mangans um metal e seu nmero atmico 34,9. b) O bromo um semi-metal e pertence famlia dos halognios. c) O criptnio um gs nobre e seu nmero atmico 19. d) O zinco um metal que, no estado fundamental, apresenta eltrons distribudos em 3 camadas eletrnicas. e) O enxofre um no-metal, com 6 eltrons na ltima camada. 13) Um tomo, cujo nmero atmico 18, est classificado na tabela peridica como: 14) Das alternativas indicadas abaixo, qual constituda por elementos da tabela peridica com caractersticas qumicas distintas? a) He; Ne; Ar. b) Mg; Ca; Sr. c) Li; Be; B. d) F; Cl; Br. e) Li; Na; K.

15) Observando o conjunto a seguir, quais os elementos que pertencem famlia dos alcalino terrosos? Na, He, Ca, Fe, K, Ba, Li, Sr 44

16) D a localizao do elemento qumico de nmero atmico 31. 17) Um determinado elemento qumico est situado no quarto perodo da tabela peridica e pertence famlia 6A. Qual o nmero atmico desse elemento? 18) Determinada substncia apresenta as seguintes caractersticas: - conduz eletricidade - formada por tomos de um s elemento qumico Essa substncia pode ser a) ao b) bronze d) amnia e) ferro c) lato

19) O mercrio (Hg) utilizado no garimpo para separar o ouro das impurezas, mas quando entra em contato com a gua dos rios causa uma seria contaminao. absorvido por microorganismos, que so ingeridos pelos peixes pequenos, os quais so devorados pelos peixes grandes, usados na alimentao humana. Podemos prever, com o auxilio da tabela, qual elemento com comportamento semelhante ao do mercrio?

Ligaes qumicas
impossvel se pensar em tomos como os constituintes bsicos da matria sem se pensar em ligaes qumicas. Afinal, como podemos explicar que pores to limitadas de matria, quanto os tomos, possam formar os corpos com que nos deparamos no mundo macroscpico do dia-a-dia. Tambm impossvel se falar em ligaes qumicas sem falarmos em eltrons. Afinal, se tomos vo se unir uns aos outros para originar corpos maiores, nada mais sensato do que pensar que estes tomos entraro em contato entre si. Quando dois tomos entram em contato, o fazem a travs das fronteiras das suas eletrosferas, ou seja, de suas ltimas camadas. Isso faz pensar que a ltima camada de um tomo a que determina as condies de formao das ligaes qumicas. Em 1868, Kekul e Couper, propuseram a utilizao do termo valncia para explicar o poder de combinao de um tomo com outros. A valncia de um dado elemento que determina as frmulas possveis ou no de compostos formados por ele. A primeira situao seria entender por que dois ou mais tomos se ligam, formando uma substncia simples ou composta. Como, na natureza, os nicos tomos que podem ser encontrados no estado isolado (molculas monoatmicas) so os gases nobres, logo se pensou que os demais tomos se ligariam entre si tentando alcanar a configurao eletrnica do gs nobre mais prximo deles na tabela peridica. Todos os gases nobres, com exceo do He, possuem 8 eltrons. Esta maneira de pensar a ligao entre os tomos passou a ser conhecida por Teoria do octeto, e foi proposta por Kossel e Lewis no incio do sculo XX. Baseado nessa idia, a valncia de um tomo passou a ser vista como a quantidade de eltrons que um tomo deveria receber, perder ou compartilhar para tornar sua ltima camada (camada de valncia) igual a do gs nobre de nmero atmico mais prximo. As ligaes qumicas podem ser classificadas em trs categorias: Inica Covalente normal e dativa Metlica

Ligao Inica
Como o prprio nome j diz, a ligao inica ocorre com a formao de ons. A atrao entre os tomos que formam o composto de origem eletrosttica. Sempre um dos tomos perde eltrons, enquanto o outro 45

recebe. O tomo mais eletronegativo arranca os eltrons do de menor eletronegatividade. Ocorre entre metais e no metais e entre metais e hidrognio. tomo com facilidade para liberar os eltrons da ltima camada: metal tomo com facilidade de adicionar eltrons sua ltima camada: no metal A ligao inica ocorre entre metais e no metais e entre metais e hidrognio. Num composto inico, a quantidade de cargas negativas e positivas igual. A ligao entre o sdio (11Na) e o cloro (17Cl) um exemplo caracterstico de ligao inica. Observe a distribuio dos eltrons em camadas para os dois elementos: Na = 2 - 8 - 1 Cl = 2 - 8 - 7 Para o cloro interessa adicionar um eltron sua ltima camada, completando a quantidade de oito eltrons nela. Ao sdio interessa perder o eltron de sua camada M, assim a anterior passar a ser a ltima, j possuindo a quantidade necessria de eltrons. Na representao da ligao, utilizamos somente os eltrons da ltima camada de cada tomo. A seta indica quem cede e quem recebe o eltron. Cada eltron cedido deve ser simbolizado por uma seta. Esta representao conhecida por frmula eletrnica ou de Lewis.

O sdio possua inicialmente 11 prtons e 11 eltrons. Aps a ligao, a quantidade de prtons no se altera e a de eltrons passa a ser 10. O cloro que inicialmente possua 17 prtons e 17 eltrons tem sua quantidade de eltrons aumentada de uma unidade aps a ligao. Com isso o sdio se torna um on de carga+ 1 e o cloro -1. A fora que mantm os dois tomos unidos de atrao eltrica, ou seja, uma ligao muito forte. Como foram utilizados um tomo de cada tipo, a frmula do composto ser NaCl. De maneira anloga podemos observar a ligao entre o flor (9F) e o alumnio (13Al). O alumnio perde os trs eltrons de sua ltima camada, pois a penltima j possui os oito eltrons necessrios. Como o tomo de flor possui 7 eltrons em sua ltima camada, precisa de apenas mais um eltron. So necessrios trs tomos de flor para acomodar os trs eltrons cedidos pelo alumnio.

De maneira anloga ao exemplo anterior, ocorre a formao de ons positivo e negativo devido a quebra do equilbrio entre as quantidades de prtons e eltrons nos tomos. O alumnio passa a ser um on de carga +3 e o flor -1. A frmula do composto ser AlF3.

Ligao covalente simples

o tipo de ligao que ocorre quando os dois tomos precisam adicionar eltrons em suas ltimas camadas. Somente o compartilhamento que pode assegurar que estes tomos atinjam a quantidade de eltrons necessria em suas ltimas camadas. Cada um dos tomos envolvidos entra com um eltron para a formao de um par compartilhado, que a partir da formao passar a pertencer a ambos os tomos. Ocorre entre no metais e no metais, no metais e hidrognio e entre hidrognio e hidrognio. O hidrognio possui somente uma camada contendo um nico eltron, compartilhando 1 eltron, atinge a quantidade necessria para a camada K, que de dois eltrons. Os eltrons compartilhados passam a ser contados para as eletrosferas dos dois tomos participantes da ligao. Na molcula de nitrognio ocorrem trs ligaes covalentes entre os dois tomos. 7N 2 - 5 46

Estas trs ligaes garantem que os dois tomos de nitrognio atinjam a quantidade de oito eltrons nas suas ltimas camadas. A ligao covalente entre dois tomos iguais dita apolar, pois nela os eltrons so compartilhados de maneira igual, nenhum dos tomos tem mais fora que o outro para atrair o eltron para si. A molcula de CO2 formada por dois tomos de oxignio e um de carbono unidos atravs de ligaes covalentes. 6C 2 - 4 8O 2 - 6 O tomo de carbono compartilha 4 eltrons e cada tomo de carbono 2, garantindo assim que ambos atinjam os oito eltrons nas ltimas camadas.

Como a ligao entre tomos diferentes e com diferentes eletronegatividades, a ligao dita polar pois o tomo de oxignio atrai para si mais fortemente os eltrons compartilhados. Alm da frmula eletrnica, os compostos covalentes podem ser representados pela frmula estrutural, onde cada par compartilhado representado por um trao. Ex.: H - H, O = C = O. Uma ligao covalente unindo dois tomos dita simples. O conjunto de duas ligaes unindo dois tomos dito dupla ligao. O conjunto de rs ligaes unindo dois tomos dito tripla ligao.

Ligao covalente dativa ou coordenada

A existncia de algumas molculas no pode ser explicada simplesmente atravs da ligao covalente simples. Para estes casos foi formulada a teoria da ligao covalente coordenada. Neste tipo de ligao, um dos tomos que j estiver com ltima camada completa entra com os dois eltrons do par compartilhado. Este par de eltrons apresenta as mesmas caractersticas do da ligao covalente simples, a nica diferena a origem dos eltrons, que somente um dos tomos participantes da ligao. Os eltrons do par passam a pertencer a ambos os tomos participantes. A ligao covalente coordenada representada por uma seta que se origina no tomo doador e termina no tomo receptor. Dadas as distribuies eletrnicas em camadas para os tomos de 16S e 8O. S= 2-8-6 O= 2-6 Compartilhando dois eltrons atravs de ligaes covalentes simples, ambos os tomos atingem os oito eltrons na ltima camada.

No entanto, esta molcula ainda pode incorporar ainda um ou dois tomos de oxignio. Tal fato s pode ser explicado se o enxofre utilizar um ou dois pares de eltrons no envolvidos em ligaes para formar um ou dois pares dativos com o oxignio. Abaixo representada pela figura 01 a molcula do gs dixido de enxofre um dos responsveis pela chuva cida SO2. Na figura tem-se a molcula do trixido de enxofre(SO3)

Fig. 01

Fig. 02

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Outra molcula que no pode ser explicada somente com a ligao covalente simples a de CO2. O interessante desta molcula que a ligao covalente dativa ocorre do tomo mais eletronegativo (O) para o menos eletronegativo (C).

Ligao Metlica
o tipo de ligao que ocorre entre os tomos de metais. Os tomos dos elementos metlicos apresentam forte tendncia a doarem seus eltrons de ltima camada. Quando muitos destes tomos esto juntos num cristal metlico, estes perdem seus eltrons da ltima camada. Forma-se ento uma rede ordenada de ons positivos mergulhada num mar de eltrons em movimento aleatrio. Se aplicarmos um campo eltrico a um metal, orientamos o movimento dos eltrons numa direo preferencial, ou seja, geramos uma corrente eltrica.

Propriedades das substncias inicas e covalentes

Propriedade das substncias inicas
Alto ponto de fuso (PF) e ponto de ebulio (PE). Slidas temperatura ambiente. Conduzem a corrente eltrica no estado fundido e no no estado slido. Cristais duros e quebradios. As substncias covalentes no apresentam as propriedades acima. As substncias covalentes, ao contrrio das inicas tm PF e PE baixos.

Exerccios
1) Na molcula do composto Cl2O3 as ligaes entre cada tomo de cloro e de oxignio so de que tipo? Justifique. 2) Em qual das substncias abaixo encontramos ligaes puramente covalentes? Justifique. a) HCl b) Mg2Si c) NaCl d) ICl e) em nenhuma das substncias acima 3) De um slido duro foi medido seu ponto de fuso e ebulio resultando valores altos, e o teste de condutividade eltrica foi negativo. Mas, numa soluo aquosa diluda, conduziu bem a corrente eltrica. As foras que ligam os tomos no so direcionais. Das afirmaes acima conclui-se que o tipo do slido . 4) O teste de condutibilidade eltrica demonstra que certa substncia m condutora no estado slido e boa condutora no estado lquido. Satisfaz a esses resultados qual das substncia abaixo? Por qu? a) Na b) I2 48

c) HI d) NaI e) NCH3I 5) Na reao de um metal alcalino, Me, com um elemento X, obteve-se um composto de frmula Me2X. Que tipo de ligao foi efetuada? Justifique. 6) A frmula estrutural da molcula COCl2 apresenta Que tipo de ligao? Justifique 7) Assinale a alternativa que apresenta composto com ligao qumica essencialmente inica? Por qu? a) NaI b)CO2 c)HCl d)H2O. e)CH4.

8) A camada mais externa de um elemento X possui 3 eltrons, enquanto a camada mais externa de outro elemento Y tem 7 eltrons. Qual a provvel frmula deste composto? Que tipo de ligao formar? 9) Sobre o composto formado pela combinao do elemento X (Z = 20) com o elemento Y (Z = 9) Que tipo de ligao estar presente? Justifique. 10) O elemento qumico alumnio (Z = 13) pode se ligar a um elemento qumico para formar um composto inico na proporo de 1:3. Este elemento qumico pode ter nmero atmico igual a quanto? Explique. 11) Nas condies ambientes, qual o estado fsico dos compostos inicos?

12) Um composto apresenta as propriedades a seguir: 1 alto ponto de fuso e ebulio. 2 bom condutor de corrente eltrica no estado lquido ou em soluo aquosa. 3 slido temperatura ambiente. Este composto deve ser formado por quais elementos? Justifique a) b) c) d) e) sdio e potssio. magnsio e flor. cloro e oxignio. oxignio e nitrognio. carbono e hidrognio. Li2O + 2 HCl 2 LiCl + H2O As substncias envolvidas nesta reao apresentam que tipos de ligaes qumicas? Por qu? 14) Na frmula do cido sulfrico (H2SO4) e do cianeto de potssio (KCN), encontramos que tipo de ligao? Justifique. 15) Tm-se dois elementos qumicos A e B, com nmeros atmicos iguais a 20 e 35, respectivamente. a) Escreva as configuraes eletrnicas dos dois elementos. Com base nas configuraes, diga a que grupo da tabela peridica pertence cada um dos elementos em questo. b) Qual ser a formula do composto formado entre os elementos A e B? Que tipo de ligao existira entre A e B no composto formado? Justifique. 16) Sabendo que o elemento X possui numero atmico 20, e o elemento Y pertence a famlia dos halognios, qual o tipo de ligao qumica e o composto formado entre estes elementos? 17) Escreva a formula eletrnica e a estrutural das seguintes substancias: (consulte a tabela peridica). 49

13) Na reao de xido de ltio com cido clordrico, ocorre a formao de cloreto de ltio e gua:

a) monxido de carbono (CO) b) oznio (O3) 18) Considere uma molcula de gs carbnico (CO2), que o principal gs responsvel pelo efeito estufa. Numa molcula desse gs, qual o numero de eltrons compartilhados? 19) As substancias etano (C2H6), gs Bromo (Br2), gua (H2O) e cloreto de magnsio (MgCl2) apresentam seus tomos unidos, respectivamente atravs de quais ligaes? Justifique.

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POLARIDADE DAS LIGAES

o resultado da diferena entre as eletronegatividades dos tomos que esto ligados.

Polaridade das molculas

Molcula apolar A soma vetorial dos vetores polarizao associados a todas as ligaes covalentes polares da molcula nula. Apresenta momento dipolar zero(=0) Molcula polar A soma vetorial dos vetores polarizao associados a todas as ligaes covalentes polares na molcula diferente de zero. Apresenta momento dipolar diferente de zero(0) Ligao covalente polar aquela que constitui um dipolo eltrico. Forma-se quando as eletronegatividades dos elementos ligados so diferentes. Ligao covalente apolar aquela que no constitui dipolo eltrico. Neste caso, as eletronegatividades dos tomos ligados so iguais.

Ligao covalente e polaridade

Ligao covalente apolar Os tomos ligados tm igual eletronegatividade, ou seja, no existe diferena de eletronegatividade entre os tomos. Exemplo: O2, H2. Ligao covalente polar Os tomos ligados tm diferente eletronegatividade. A toda ligao covalente polar est associada um vetor polarizao, orientado da carga positiva para a negativa. Exemplo: HCl

Polaridade e solubilidade
Muitas propriedades fsicas das substncias podem ser explicadas a partir da polaridade de suas molculas. Uma delas a solubilidade. "O semelhante dissolve o semelhante." Substncia polar dissolve substncia polar e no dissolve ou dissolve pouca quantidade de substncia apolar. Substncia apolar dissolve substncia apolar e no dissolve ou dissolve pouca quantidade de substncia polar O lcool polar; a gua polar por isso que quando misturamos estas duas substncias o sistema homogneo. J a gasolina apolar, por isso que ela no se mistura na gua.

Ligaes intermoleculares ou foras de Van der Waals

Ligaes intermoleculares ou ligaes de Van der Waals, ou foras de Van der Waals o nome dado atrao existente entre as unidades elementares. Os compostos inicos, temperatura ambiente so slidos devido ao fato de existirem foras de atrao muito intensas entre os ctions e os nions no aglomerado inico tambm chamado de reticulo cristalino. A grande intensidade dessas interaes faz com que a energia envolvida para que ocorra uma mudana de estado seja grande, isto , os composto inicos apresentam altos pontos de fuso e ebulio. Um outro fator que determina altos pontos de fuso e ebulio para as substncias a sua massa. Quanto maior, maiores sero suas constantes fsicas. Ento por que gua(MM = 18) tendo uma massa molecular menor apresenta ponto de fuso e ebulio maiores do que o cido clordrico(MM = 36,5) que tem massa molecular maior? A explicao para este fato justificada pelo tipo de fora presente nas substncias. Quanto maior for a intensidade das foras intermoleculares, maior ser a energia necessria para provocar mudana de estado e conseqentemente maiores sero os PF e PE

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Quais so estas foras presentes nas substncias? Atrao dipolo induzido-dipolo induzido; dipolo induzido ou foras de disperso de London Este tipo de atrao caracterstico de substncias apolares. o tipo de fora mais fraca. Exemplo: H2,Cl2 Atrao dipolo permanente-dipolo permanente; dipolo dipolo; dipolar. Este tipo de atrao caracterstico de substncias polares. um tipo de fora intermediaria. Exemplo HCl. Ponte de hidrognio ou ligao de hidrognio Ocorre com molculas que apresentam tomos de hidrognio ligados diretamente ao F, O e N os quais so altamente eletronegativos, originado dipolos muito acentuados. Sendo esta fora a mais forte. As constantes fsicas das substncias so influenciadas por este tipo de interao. Quanto mais fortes forem as ligaes intermoleculares, mais elevada ser a temperatura de ebulio Quando as molculas apresentarem o mesmo tipo de interao, quanto maior for o tamanho da molcula, mais fortes sero as foras intermoleculares e maiores sero os PF e PE Como gua apresenta pontes de hidrognio que so as foras mais fortes por isso que ela apresenta P. F e P. E maiores do que o HCl que possui foras do tipo dipolar.

Exerccios
1) D a polaridade das seguintes substncias: a) CH4. b)CO2 c) CH4 e Cl2 d) CO2 e HF c) CH4. d) NH3. c) H2O e) H2O e O2.. d) NH3 2) Assinale a opo na qual as duas substncias so apolares: a) NaCl e CCl4. b) HCl e N2 a) SO3. b) HCl

3) Dos seguintes gases, qual o menos solvel na gua? Justifique e) NO2.

4) Considerando a polaridade das ligaes e as estruturas moleculares, analise as afirmaes, corrija e justifique quando estiver errada. a) b) c) d) e) A molcula H2O tem menor carter polar que a molcula do H2S. A molcula de H2O polar, enquanto a molcula de CO2 apolar. A molcula de BF3 tem trs ligaes polares, porm a molcula apolar. A molcula de NH3 mais polar que a molcula de CH4. A molcula de CCl4 apolar, porm a molcula de CHCl3 polar.

5) Compostos de HF NH3 e H2O apresentam pontos de fuso e ebulio maiores quando comparados com H2S e HCl. Por qu? Explique. 6) Na escala de eletronegatividade de Pauling, tem-se: Li H Br N O 1,0 2,1 2,8 3,0 3,5 Esses dados permitem afirmar que, entre as molculas a seguir, a mais polar : a) O2 (g). b) LiBr (g). c) NO (g). d) HBr (g). e) Li2 (g).

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7) O aumento da diferena de eletronegatividade entre os elementos ocasiona a seguinte ordem no carter das ligaes: a) Covalente polar, covalente apolar, inica. b) Inica, covalente polar, covalente apolar. c) Covalente apolar, inica, covalente polar. d) Covalente apolar, covalente polar, inica. e) Inica, covalente apolar, covalente polar. 8) Qual dos seguintes solventes o mais polar? a) Sulfeto de carbono b) Etanol c) Benzeno d) Tetracloreto de carbono e) ter etlico

9) Em relao questo anterior, qual das substncias ser mais solvel na gasolina? Explique. 10) Usando as substncias da questo 8), qual das substncias ser mais solvel em gua? Por qu? 11) Uma das propriedades que determina a maior ou menor concentrao de vitaminas na urina a sua solubilidade em gua.

a) Qual dessas vitaminas mais facilmente eliminada na urina? Justifique. b) D uma justificativa para o ponto de fuso da vitamina C ser superior ao da vitamina A. 12) Justifique os seguintes fatos: a) um mecnico remove graxa das mos usando gasolina. b) um tecido manchado de gordura limpo facilmente aplicando-se benzina mancha. A gordura no poder ser removida s com gua mesmo quente. 13) Sabendo-se que a glicose (C6H12O6) um composto molecular, slido em condies ambientes, que dissolvido em gua resulta em soluo molecular, analise quais das afirmaes a seguir so corretas. Justifique sua resposta. a) a glicose pura, no estado slido, conduz corrente eltrica. b) a glicose, quando fundida, conduz corrente eltrica. c) a glicose conduz corrente eltrica em soluo aquosa.

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Geometria molecular
A geometria de uma molcula depende do nmero de tomos participantes e, quando existe um tomo central, da quantidade de eltrons no envolvidos em ligaes na ltima camada deste (os eltrons exercem repulso entre si). As ligaes covalentes so formadas por pares de eltrons. Ocorre ento repulso entre ligaes e entre eltrons livres. Tipos de Geometria Molculas com dois tomos (diatmicas) A molcula ser invariavelmente linear. O ngulo entre as ligaes ser de 180. O2 Molculas com trs tomos (tri atmicas) Na ausncia de eltrons no envolvidos em ligaes na ltima camada do tomo central: a molcula invariavelmente linear. O ngulo entre as ligaes ser de 180. HCN CO2 H-CN O=C=O Na presena de par ou pares de eltrons no compartilhados (no ligantes) na ltima camada do tomo central: os eltrons livres repelem os eixos das ligaes e a molcula ser angular. O ngulo entre as ligaes ser tanto menor quanto maior for o nmero de eltrons no envolvidos em ligaes na ltima camada do tomo central. Na molcula da gua o tomo central o oxignio e apresenta dois pares de eltrons no compartilhados ( no ligantes). Teoricamente a estrutura da gua deveria ser a fig.01(linear), porm devido aos pares de eltrons no compartilhado deforma a estrutura de linear para angular. H * **O * Fig.01 Molculas com quatro tomos Na ausncia de par de eltrons no ligantes na ltima camada do tomo central, a molcula ter todos os tomos no mesmo plano de trs lados (trigonal plana). Os ngulos sero de 120 entre as ligaes. B F3
* **O *

HCl

O = O H Cl

Fig.02

Na presena de par ou pares de eltrons no envolvidos em ligao (no ligantes) na ltima camada do tomo central: o par de eltrons exerce repulso sobre os eixos de ligao e distorce a estrutura trigonal plana para uma pirmide de base trigonal (03 lados) que pode ser chamada de piramidal. o acontece com a molcula da amnia. O nitrognio o tomo central e este possui um par de eltrons no compartilhado.
** N H H H

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Molculas com cinco tomos As quatro ligaes se distribuiro no espao de maneira a diminuir ao mximo a repulso entre elas e a estrutura ser um tetraedro com o tomo central ocupando o centro do slido geomtrico. O tomo central no sobra par de eltrons. CCl4

Exerccios
1) Relacione as molculas com as respectivas geometrias: Dados: (Z) H =1; C = 6; N = 7; O = 8; S = 16 Geometria Molecular 1 Linear 2 Quadrada 3 Trigonal Plana 4 Angular 5 Pirmide Trigonal 6 Bipirmide Trigonal Molculas ( ) SO3 ( ( ) NH3 ( ( ) CO2 ( ( ) SO2 (

) NO ) CO2 ) NF3 ) BF3

2) A teoria de repulso dos pares de eltrons na camada de valncia (VSEPR) capaz de prever a geometria de vrias molculas. De acordo com esta teoria quais das alternativas esto corretas? Justifique as erradas. ( ( ( ( ( ( ) a molcula de H2S apresenta geometria linear. ) a molcula de CO2 apresenta geometria angular. ) a molcula de PH3 apresenta geometria piramidal. ) a molcula de BCl3 apresenta geometria plana. ) a molcula da H2O, apresenta geometria linear ) a molcula da SiCl4, apresenta geometria trigonal

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Nmero de oxidao (NOX)

Chamamos de nmero de oxidao ou nox a carga assumida por um tomo quando a ligao que o une a um outro quebrada. Existem trs casos a serem analisados com relao ao nox de um elemento: composto inico, covalente e substncia simples. Num composto inico, o nox a prpria carga do on, pois quando a ligao se rompe, j ocorreu a transferncia do eltron do tomo menos para o mais eletronegativo. Na formao do NaCl, o Na passa de 11 para 10 eltrons e o Cl passa de 17 para 18 eltrons. O Na fica com carncia de 1 eltron e assume a carga +1, o Cl fica com excesso de um eltrons e assume a carga 1. Ento, os nox do Na e do Cl, neste composto, sero respectivamente +1 e 1. Num composto covalente assume-se que a mesma se quebra e que o par de eltrons fica com o tomo mais eletronegativo. Na molcula de HCl, o tomo mais eletronegativo o Cl e o menos o H. O Cl adiciona um eltron sua eletrosfera, enquanto o H perde um. Ento, os nox do Cl e do H sero, respectivamente, 1 e +1. Em uma substncia simples, os nox de todos os tomos componentes igual a zero, pois no possvel a existncia de diferenas de eletronegatividade 0 0 0 1. O nox das substncias simples sempre igual a zero. Ex: S8, H2, O2, 2. O nox de um on sempre igual a sua carga. Ex: Na+, Cl ,Mg2+ 3. Alguns metais apresentam nox fixo. +1 a) Os metais alcalinos +1 Ex: KCl +2 b) Os metais alcalinos terrosos +2 Ex: BaO +1 c) A prata +1 Ex: AgNO3 +2 Ex: ZnO d) O zinco +2 +3 e) O alumnio +3 Ex: Al2O3 2 4. O nox do oxignio 2 Ex: H2O +1 5. O nox do hidrognio + 1 Ex: H2O 6. A soma dos nox de todos os tomos em uma frmula qumica ser igual carga total da frmula. 7. A soma dos nmeros de oxidao num on composto igual a carga do on. 8. O nox mximo que cada elemento vai possuir corresponde ao n de sua famlia (elementos representativos) REGRAS PARA DETERMINAR O NOX.

Clculo de nox
Para calcular o nox dos compostos, o nox de um dos elementos deve ser conhecido para que o outro possa ser calculado. Exemplo: Calcular o nox dos elementos no composto H3PO4 O hidrognio possue nox fixo +1, o oxignio possue nox fixo 2 e o fsforo no possue nox fixo, pois da famlia do nitrognio e ser chamado de X. Multiplicam-se estes valores pelos seus respectivos ndices de atomicidade.

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Como se trata de uma molcula neutra, a soma dos nox ser igual a zero. H = +1 x 3= +3 O = 2 x 4= 8 P=X + 3 8 + X =0 X = + 5, este valor ser o nox do fsforo. Se for um on composto s iguala a carga. Exemplo NH4+ H = +1 x 4= + 4 N=X +4+X=+1X=3

Oxidao e Reduo
Conceito de oxidao e de reduo A evoluo do conceito de oxidao e de reduo ao longo da histria foi semelhante do conceito de cido e de base: em vez de negar as formulaes anteriores, as ampliou e generalizou. Conceito clssico A Qumica clssica considerava a oxidao como a combinao de uma substncia com o oxignio. De certa forma a reduo seria o processo inverso: a diminuio do contedo de oxignio de uma substncia. O xido de cobre (II) (CuO) se reduz a quente por meio de uma corrente de gs hidrognio em cobre metlico: CuO + H2 Cu + H2O Depois, o conceito clssico foi ampliado, considerando-se a perda de hidrognio tambm como uma oxidao. O sulfeto de hidrognio oxidou-se em enxofre: H2S + 1/2 O2 S + H2O Conceito atual Hoje se considera que uma substncia se oxida quando perde eltrons e que se reduz quando ganha eltrons. Uma substncia no pode se oxidar se outra no se reduzir, pois os fenmenos de oxidao e reduo envolvem sempre uma transferncia de eltrons. Nas reaes qumicas tm-se os agente oxidante e agente redutor para que acontea esta transferncia de eltrons. Agente oxidante a substncia que sofre reduo e provoca oxidao e agente redutor a substncia que sofre oxidao e provoca a reduo. Quando o magnsio se oxida, por exemplo, perde dois eltrons (Mg Mg2+ + 2 e ). Essa oxidao pode ser O2 ), ou dois tomos de cloro, produzida por um tomo de oxignio, que ganha dois eltrons (O + 2 e cada um deles ganhando um eltron (2 Cl + 2 e 2 Cl ). Nos dois casos houve uma oxidao do magnsio, mesmo que no segundo no tenha oxignio envolvido. Estado de oxidao O estado de oxidao de um elemento dado por seu ndice de oxidao. Esse ndice o mesmo utilizado na formulao e nomenclatura dos compostos e, na maioria dos casos, coincide com uma das valncias do elemento. Um elemento de um composto se oxida ou se reduz quando seu estado de oxidao aumenta ou diminui. Se o clorato de sdio, por exemplo, se transforma em cloreto de sdio, se diz que o cloro se reduziu: seu estado de oxidao baixou em seis unidades, pois seu ndice de oxidao passou de 5+ para 1: Concluso: A oxidao significa perda de eltrons, ocorre o aumento do nox. Ex.: Mg Mg2+ + 2 e , o magnsio tem nox zero e passa para +2 E a reduo significa ganho de eltrons, ocorre a diminuio do nox. Ex.: O + 2 e O2 , o oxignio tem nox zero e passa para 2. Agente oxidante a substncia que sofre reduo e provoca oxidao Agente redutor a substncia que sofre oxidao e provoca reduo. Na equao CuO + H2 Cu + H2O o agente oxidante o CuO porque o nox do cobre era +2 e foi para zero e o agente redutor H2 porque o nox do hidrognio era 0 e foi para +1.

Exerccios
1) O enxofre um slido amarelo encontrado livre na natureza, em regies onde ocorreram fenmenos vulcnicos. Suas variedades alotrpicas so: rmbico e monoclnico. O enxofre participa da constituio de vrias substncias e ons, tais como: Ss,H2S, S02, H2S03, S03, H2S04, SO42-, Na2S203 e AI2(SO)4. Determine o Nox do enxofre em cada uma dessas espcies qumicas. 57

2) Identifique, entre as opes a seguir, quais dos compostos apresentam o elemento fsforo com o maior Nox: a) H3P03 b) H2P03 c) HP02 d) H4P2O5 e) HP03 3) Qual a soma algbrica dos nmeros da oxidao do iodo, nas espcies I2, I -, IO4-, NaI03, : 4) Quando o Fe+2 passa a Fe+3, ocorre uma: a) oxidao e o ferro agente oxidante; b) reduo e o ferro agente redutor; c) reduo e o ferro agente oxidante; d) oxidao e o ferro agente redutor. e) no ocorre oxidao. 5) Nas espcies qumicas HF, HIO3, HCIO, CIO4 halognios ? 6) Para uma reao de xido-reduo:

e BrO3 . Quais so os nmeros de oxidao dos

a) a substncia que perde eltron o agente oxidante. b) o agente redutor sofre reduo. c) o nmero de oxidao do agente redutor diminui. d) a substncia que perde eltron o agente redutor. e) o nmero de oxidao do agente oxidante 7) Sejam as equaes qumicas no balanceadas: a) As2S3 + HN03 + H20 H2S04 +H3As04 + NO b) CuI(S) + HN03(aq) Cu(N03)2(aq) + NO(g) + H2O(l) c) K2Cr207 + HCI K20 + Cr203 + H20 + CI2 d) KCI03 + Na2SnO2KCI + Na2Sn03 e)CS2 + H2S + Cu --+ Cu2S + CH4 Identifique os agentes oxidantes e redutores

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Tipos de reaes qumicas

Reaes de Sntese: duas ou mais substncias originam somente uma como produto. Genericamente temos: A + B AB Exemplos: H2 + S H2S C + O2 CO2 Reaes de anlise ou decomposio: formam-se duas ou mais substncias a partir de uma outra nica. Genericamente temos: AB A + B Exemplos: NaCl Na + Cl2 CaCO3 CaO + CO2 Reaes de deslocamento ou simples troca: substncia simples desloca um elemento de uma substncia composta, originando outra substncia simples e outra composta. Genericamente temos: C + AB CB + A Quando a substncia simples (C) um metal, ela dever ser mais reativa que A, para poder desloc-lo. Para isso, devemos nos basear na fila de reatividade dos metais. Fila de reatividade em ordem crescente: 1A e 2A >Outros metais> H> Metais nobres (Cu, Ag, Hg, Pt e Au ) Um metal que vem antes na fila desloca um que vem depois. 2 Na + FeCl2 2 NaCl + Fe A reao ocorre, pois o Na mais reativo que o Fe. Metais com a gua: Metais alcalinos fazem reao muito violenta (perigo!) com a gua, mesmo a frio. Metais alcalino-terrosos fazem reao branda com a gua, a frio. O magnsio faz reao muito lenta com a gua fria; com a gua quente mais rpida, porm branda. Os metais menos reativos que o Mg e mais reativos que o H s reagem com vapor de gua a alta temperatura. Os metais menos reativos que o H no reagem com a gua em nenhuma condio. Quando a substncia simples um no metal, a reao ocorre se o no metal (C) for mais reativo (eletronegativo) que o no metal B. Para isso, devemos nos basear na fila de reatividade ou eletronegatividade. Fila de reatividade em ordem crescente: F > O > N > Cl > Br > I > S > C > P > H No metal que vem antes na fila mais reativo (eletronegativo) e desloca um que vem depois. H2S + Cl2 2 HCl + S A reao ocorre pois o Cl mais reativo que o S. Reaes de substituio ou dupla troca: duas substncias compostas so formadas a partir de outras duas substncias. Substituem-se mutuamente ctions e nions. Genericamente temos: AB + CD AD + CB As reaes de neutralizao so exemplos caractersticos de raes de dupla troca. HCl + KOH KCl + H2O Para a ocorrncia das reaes de dupla troca, deve ocorrer uma das condies. Forma-se pelo menos um produto insolvel, ou seja, um precipitado. Forma-se pelo menos um produto menos ionizado (mais fraco) Forma-se pelo menos um produto menos voltil. Ocorre variao de temperatura 59

Exerccios
1) . Classifique as seguintes reaes: a) 2 KCI02 2 KCI + 3 O2; b) N2+ 3 H2 2 NH3; c) 2 HN03 + Ca(OH)2Ca(N03)2 + 2 H2O; d) CaC03 CaO + CO2; e) 2 KI + Cl22 KCI + I2; f) 2 NO2 N204; g) Mg + 2 AgN03 Mg(N03)2 + 2 Ag; h) BaCl2 + H2S04 BaS04 + 2 HCI. 2) Considere as equaes: I - Zn + 2 HCIZnCl2 + H2 II- P2O5 + 3 H2O 2 H3P04 III - AgN03 + NaCl AgCI + NaN03 Qual delas considerada uma reao de decomposio? 3) Utilizando a fila de reatividade, complete as equaes das reaes que realmente ocorrem, representando-as tambm na forma inica: a) Cu + NiCI2 b) ln + NiS04 c) ln + CuS04 d) Ni + CuS04 e) Cu + AgN03 f) AI + AgN03 g) ln + HCI h) Ag + HCI - 4) Para conservar uma amostra de zinco (ln) sem que ela sofra alterao, pode-se coloc-Ia num frasco contendo qual das substncias abaixo? Justifique. a) AgN03(aq) b) CuS04(aq) c) AuCI3Iaq) d) MgS04(aq) e) NiSO4aq 5) Escreva as equaes das reaes que realmente ocorrem: a) CI2 + 2 NaBr b) Br2 + 2 Na c) I2 + 2 NaCI 6) Classifique as reaes em reaes de sntese, anlise, simples troca e dupla troca : I - Zn + Pb(N03)2 Zn(N03)2 + Pb II - FeS + 2 HCI FeCI2 + H2S III - 2 NaN032 NaN02 IV - N2 + 3 H22 NH3 60 IV - CaO + CO2 CaC03 V-N2042 NO2

Funes Inorgnicas
Funes qumicas so grupos de substncias, que por apresentarem comportamento qumico em comum, so estudadas em grupos.

Soluo Eletroltica e no-eletrolticas

Eletrlitos so substncias que, quando dissolvidas em gua, conduzem a corrente eltrica. So exemplos de eletrlitos, o NaCl e o HCl. No eletrlitos, nesta mesma condio, no conduzem a corrente eltrica. So exemplos de no-eletrlitos, o acar e o lcool etlico (C2H5OH). Todos os compostos inicos so eletrlitos e alguns moleculares (ou covalentes) tambm. O qumico Arrhenius, em 1889, sugeriu em sua teoria que os eletrlitos, em soluo, se dissociariam em duas partes (ons): uma positiva e outra negativa. Isso explicaria a conduo de corrente eltrica por estas solues. Na realidade, nos compostos inicos, os ons j se encontram presentes. A gua, neste caso, somente separa (dissociao) os ons j existentes. Nos compostos covalentes que so eletrlitos, a gua cria condies para que os ons sejam formados e separados. Este processo recebe o nome de ionizao. Ionizao: HCl + H2O H+ + ClDissociao: NaCl + H2O Na+ + ClSeguindo critrio baseado na dissociao / ionizao, Arrhenius props a Teoria da Dissociao Eletroltica, onde divide as substncias em grupos com caractersticas qumicas distintas. cidos: quando em soluo aquosa, se dissociam, originando H+ exclusivamente como ons positivos. HCl + H2O H+ + ClBases: quando em soluo aquosa, se dissociam, originando OH- exclusivamente como ons negativos. NaOH + H2O Na+ + OHSais: quando em soluo aquosa, se dissociam, originando pelo menos um on positivo diferente do H+ e pelo menos um on negativo diferente do OH-. CaSO4 Ca2+ + SO42-

CIDOS HxA ou HxEOy

cido de Arrhenius toda substncia que, em soluo aquosa, libera como ctions somente ons H+ (ou H3O+). Equao de ionizao: HCl + H2O H+ + ClH2SO4 + H2O 2H+ + SO42

Classificao dos cidos

Quanto ao nmero de H ionizveis: Monocidos ou cidos monoprticos apresentam apenas um hidrognio ionizvel. Ex: HCl Dicidos ou cidos diprticos apresenta apenas dois hidrognios ionizveis. Ex: H2SO4 Tricidos ou cidos triprticos apresenta apenas trs hidrognios ionizveis. Ex: H3PO4 Tetrcidos ou cidos tetraprticos apresenta apenas quatro hidrognios ionizveis. Ex:H4BO4 Quanto a presena do oxignio Oxicidos so cidos que contem oxignio. Genericamente HxEOy Ex: H2SO4 Hidrcidos so cidos que no contem oxignio. Ex: HCl 61

Quanto fora A ionizao de um cido representada por grau de ionizao() que a relao entre o n de molculas ionizadas e o n de molculas dissolvidas. Quanto maior o grau de ionizao, mais forte o cido. O grau de ionizao pode ser determinado medindo-se a condutibilidade das solues aquosas dos cidos. Fortes, quando a ionizao ocorre em grande extenso.( 50%) Exemplos: HCl, HBr, HI . Fracos quando a ionizao ocorre em pequena extenso. ( 5%) Exemplos: H2S. Semifortes, quando a ionizao ocorre em extenso intermediria. (5%<<50%) Exemplos: HF Para os Oxicidos HxEOy determinada pela diferena entre a quantidade de tomos de oxignio e tomos de hidrognio, ou seja, yx= 0, fraco 1 semiforte > 2 forte

Quanto a volatilidade Volatilidade a propriedade que as substncias tm de passar do estado lquido para o estado gasoso. Assim, as substncias com baixo ponto de ebulio so consideradas mais volteis, pois passam do estado lquido para o gasoso com maior facilidade. A grande maioria dos cidos so volteis, mas existem dois cidos de uso comum que so pouco volteis, denominados cidos fixos: o cido sulfrico (H2S04) e o cido fosfrico (H3P04). Assim, temos: Volteis: HF, HCI, HCN, H2S, HN03 HCI03 etc. Fixos: H2S04 e H3P04. O cido actico, componente do vinagre, o cido voltil mais comum no nosso dia-a-dia. Ao abrirmos um frasco com vinagre logo percebemos seu cheiro caracterstico.

Nomenclatura
cido no-oxigenado (HxE) Hidrcidos cido + [nome de E] + drico Exemplo: HCl = cido clordrico HBr = cido bromdrico. cidos HxEOy, nos quais varia o nox de E Oxicidos Para dar o nome de um cido oxigenado de ametais a partir de sua frmula molecular, proceda da maneira a seguir. Dada a frmula genrica do cido oxigenado (HxEOy): 1. Localize na tabela peridica, a famlia qual o ametal (E) pertence. 2. Determine o NOX do ametal (E) presente no cido. 62

3. Compare esse NOX com os NOX dos cidos mais estveis da mesma famlia, que so dados na tabela a seguir: Famlia Nox +7 7A ou 17 +5 +3 +1 + 6 6A ou 16 +4 + 5 +3 +4 Nome do cido cido per + [nome de E] + ico cido [nome de E] + ico cido [nome de E] + oso Exemplo HClO4 cido perclrico
Nox do Cl = + 7

HClO3 cido clrico

Nox do Cl = + 5

HClO2 cido cloroso

Nox do Cl = + 3 Nox do Cl = + 1

cido hipo + [nome de E] + oso HClO cido hipocloroso cido [nome de E] + ico cido [nome de E] + oso cido [nome de E] + ico cido [nome de E] + oso cido [nome de E] + ico H2SO4 cido sulfrico
Nox do S = + 6

H2SO3 cido sulfuroso

Nox do S = + 4

H3PO4 cido fosfrico

Nox do P = +5

5A ou 15

H3PO3 cido fosforoso

Nox do P = +3

4A ou 14

H2CO3 cido carbnico

Nox do C = + 4

cidos mais comuns na qumica do cotidiano

cido clordrico (HCl) O cido impuro (tcnico) vendido no comrcio com o nome de cido muritico. encontrado no suco gstrico . um reagente muito usado na indstria e no laboratrio. usado na limpeza de edifcios aps a sua caiao, para remover os respingos de cal. usado na limpeza de superfcies metlicas antes da soldagem dos respectivos metais. cido sulfrico (H2SO4) o cido mais importante na indstria e no laboratrio. O poder econmico de um pas pode ser avaliado pela quantidade de cido sulfrico que ele fabrica e consome. O maior consumo de cido sulfrico na fabricao de fertilizantes, como os superfosfatos e o sulfato de amnio. o cido dos acumuladores de chumbo (baterias) usados nos automveis. consumido em enormes quantidades em inmeros processos industriais, como processos da indstria petroqumica, fabricao de papel, corantes, etc. O cido sulfrico concentrado um dos desidratantes mais enrgicos. Assim, ele carboniza os hidratos de carbono como os acares, amido e celulose; a carbonizao devido desidratao desses materiais. O cido sulfrico "destri" o papel, o tecido de algodo, a madeira, o acar e outros materiais devido sua enrgica ao desidratante. 63

O cido sulfrico concentrado tem ao corrosiva sobre os tecidos dos organismos vivos tambm devido sua ao desidratante. Produz srias queimaduras na pele. Por isso, necessrio extremo cuidado ao manusear esse cido. As chuvas cidas em ambiente poludos com dixido de enxofre contm H2SO4 e causam grande impacto ambiental. cido fosfrico (H3PO4) Os seus sais (fosfatos) tm grande aplicao como fertilizantes na agricultura. usado como aditivo em alguns refrigerantes. cido fluordrico (HF) Tem a particularidade de corroer o vidro, devendo ser guardado em frascos de polietileno. usado para gravar sobre vidro. cido carbnico (H2CO3) o cido das guas minerais gaseificadas e dos refrigerantes. Forma-se na reao do gs carbnico com a gua. CO2 + H2O H2CO3

Exerccios
1) Escreva os nomes dos cidos: a) HBrO4; HBrO3; HBrO2; b) H2SeO4; H2SeO3 c) HNO3; HNO2. d) HBrO. H2CO3. e) H2S; HI

2) Escreva as frmulas dos seguintes cidos: a) clordrico b) ioddrico c) ciandrico d) sulfrico e) nitroso f) fosfrico g) fosforoso h) hipofosforoso i) sulfuroso j) ntrico I) carbnico

4) Considerando os oxicidos H2SO4 HCIO4 e HCIO, podemos dizer que a ordem correta quanto fora decrescente de ionizao : 5) Identifique a alternativa que apresenta somente dicidos: a)H2S, H2S03, H3P04,H3P02 b) HCN, H2S, H3P04, H3P03. c) H2S, H2S04 H2C03, H3P03. d) HCI, H2S, H2S04, H3P03. e) H2S04, H2S03, HN03, H3P02

6) Qual das substncias a seguir apresenta sabor azedo quando em soluo aquosa? a) Na2S b) NaCI. c) CaO. d) HCI. e) NaOH. 7) Considere que, ao dissolvermos 800 molculas de um cido HA em gua, apenas 24 molculas desse cido sofrem ionizao. Determine o seu grau de ionizao. 8) Classifique os cidos a seguir: a) HCI b) H2SO3 c) H2SO4 d) HNO3 e) H2CO3 f) HNO2 64

9) Ao se dissolver gs clordrico em gua, ocorre o fenmeno da ionizao do HCl. Que fenmenos ocorrem ao se dissolver, respectivamente, cloreto de sdio (NaCl) e acar (C12H22O11) em gua? Justifique. 10) Indique, na afirmao a seguir, o que correto ou incorreto, justificando sua resposta em poucas palavras. Uma soluo aquosa de cloreto de hidrognio apresenta o numero de ctions H+ igual ao de anions Cl-. Portanto, eletricamente neutra e no conduz a eletricidade. 11) A azia normalmente provocada por uma produo excessiva de um determinado acido. Qual o nome e quais so as formulas (eletrnica, estrutural e molecular) desse acido? 12) Qual o cido comumente usado na limpeza de edifcios para remover respingos de cal aps a caiao (pintura a cal)? Escreva sua formula molecular. 13) Sejam os seguintes cidos, com seus respectivos graus de ionizao (): HClO4 ( = 97%); H2SO4 ( = 61%); H3BO3 ( = 0,025%); H3PO4 ( = 27%); HNO3 ( = 92%). Qual a ordem decrescente destes cidos? 14) O acido ciandrico o gs de ao venenosa mais rpida que se conhece: uma concentrao de 0,3 mg por litro de ar imediatamente mortal. o gs usado nos estados americanos do norte, que adotam a pena de morte por cmara de gs. A primeira vitima foi seu descobridor, Carl Wilhelm Scheele, que morreu ao deixar cair um vidro contendo uma soluo de acido ciandrico, Qual a formula molecular desta substncia? 15) gua pura um mau condutor de corrente eltrica. O acido sulfrico puro (H2SO4) tambm mau condutor. Explique o fato de uma soluo diluda de acido sulfrico, em gua, ser boa condutora de corrente eltrica.

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BASES M(OH)x
Base de Arrhenius toda substncia que, em soluo aquosa, libera como nions somente ons OH Exemplo: NaOH + H2O Na+ + OH

Classificao
Quanto ao nmero de hidroxilas Monobase se apresenta uma hidroxila. Exemplo NaOH Dibase se apresentar duas hidroxilas. Exemplo Ca(OH)2 Tribase se apresentar trs hidroxilas. Exemplo F(OH)3 Tetrabase se apresentar quatro hidroxilas. Exemplo Pb(OH)4 Solubilidade em gua So solveis em gua os hidrxidos de amnio, hidrxidos de metais alcalinos e alcalino-terrosos (exceto Mg). Os hidrxidos de outros metais so insolveis. Exemplo NaOH Quanto fora As foras das bases esto associadas ao seu grau de dissociao. Quanto mais dissociada, mais forte a base. So bases fortes os hidrxidos inicos solveis em gua, as bases de metais alcalinos e alcalinos terrosos. Exemplo KOH e Ba(OH)2. So bases fracas os hidrxidos insolveis em gua e o hidrxido de amnio. O NH4OH a nica base solvel e fraca. Exemplo Fe(OH)3

Nomenclatura
Hidrxido de nome do metal. Exemplo: NaOH = hidrxido de sdio Ba(OH)2 = hidrxido de brio. Observao: Quando o metal for de transio acrescenta no nome a carga do metal em algarismo romano ou ico se o nox for maior ou oso se o nox menor. Exemplo: Fe(OH)2 = hidrxido de ferro II ou hidrxido ferroso Fe(OH)3 = hidrxido de ferro III ou hidrxido frrico

Bases mais comuns na qumica do cotidiano

Hidrxido de sdio ou soda custica (NaOH) a base mais importante da indstria e do laboratrio. fabricado e consumido em grandes quantidades. usado na fabricao do sabo e glicerina (leos e gorduras) + NaOH glicerina + sabo. usado na fabricao de sais de sdio em geral. Exemplo: salitre. HNO3 + NaOH NaNO3 + H2O So usados em inmeros processos industriais na petroqumica e na fabricao de papel, celulose, em inmeros processos industriais na petroqumica e na fabricao de papel, celulose, corantes, etc. Usado na limpeza domstica. Muito corrosivo e exige muito cuidado ao ser manuseado. fabricado por eletrlise de soluo aquosa de sal de cozinha. Na eletrlise, alm do NaOH, obtm-se o H2 e o Cl2, que tm grandes aplicaes industriais. Hidrxido de clcio (Ca(OH)2) a cal hidratada ou cal extinta ou cal apagada. 66

 obtida pela reao da cal viva ou cal virgem com a gua. o que fazem os pedreiros ao preparar a argamassa: consumido em grandes quantidades nas pinturas a cal (caiao) e no preparo da argamassa usada na alvenaria. Hidrxido de magnsio (Mg(OH)2) pouco solvel na gua. A suspenso aquosa de Mg(OH)2 o leite de magnsia, usado como anticido estomacal. O Mg(OH)2 neutraliza o excesso de HCl no suco gstrico. Mg(OH)2 + 2HCl MgCl2 + 2H2O

Ao de cidos e bases sobre indicadores

Indicador Papel de tornassol Fenolftalena cido rseo incolor Base azul avermelhado amarelo

Alaranjado de metila avermelhado

Exerccios
1) Qual das bases a seguir considerada uma base solvel, porm fraca?Por qu? a) NaOH b) AgOH c) Mg(OH)2 I KOH a) KOH b) Ba(OH)2 e) Cu(OH)2 a) hidrxido de sdio b) hidrxido de clcio a) Magnsio. b) Enxofre. d) NH4OH. e) Sn(OH)4.

2) Entre as bases a seguir, indique quais so praticamente insolveis em gua. Justifique II Mg(OH)2 III NaOH IV Al(OH)3 g) CsOH h) Pb(OH)2 j) Al(OH)3 c) hidrxido ferroso d) hidrxido frrico; c) Sdio. d) Alumnio V Fe(OH)3 i) Pb(OH)4 VI LiOH 3) Escreva o nome das seguintes bases: c) Fe(OH)2 d) Au(OH)3 f) LiOH

4) Escreva as frmulas das seguintes bases: e) hidrxido de nquel III f) hidrxido cuproso; e) Prata

5) Certo hidrxido tem frmula M(OH)2. Quais dos elementos abaixo pode ser M? Justifique. 6) A dissoluo de uma certa substncia em gua representada pela equao M(0H)3(s) + nH20(l) M+3 + 3 OH(aq) Quem pode representar a dissoluo de qual substncia? Justifique. a) amnia. b) hidrxido de clcio. c) hidrxido de alumnio. d) hidrxido de sdio e) brometo de hidrognio

7) A soda custica se comporta diante da fenolftalena do mesmo modo que: 67

a) o amonaco. d) os refrigerantes gaseificados. b) a gua da chuva. e) o suco de laranja. c) a urina. 8) Sabor adstringente o que percebemos quando comemos uma banana verde (no madura). Que substncia abaixo teria sabor adstringente? Por qu? a) CH3COOH b) NaCl c) AI(0H)3 d) C12H22011 e) H3P04 9) Identifique a alternativa que apresenta dois produtos caseiros com propriedades alcalinas (bsicas): a) detergente e vinagre. b) sal e coalhada. c) leite de magnsia e sabo.. d) bicarbonato e acar e) Coca-cola e gua de cal.

10) Considere a ionizao total do cido fosfrico H3P04 3 H+ + PO42 Identifique a alternativa que apresenta uma base que, na sua dissociao total, produz o mesmo nmero de ons, por frmula, que o cido fosfrico: a) Hidrxido de sdio. b) Hidrxido de clcio. c) Hidrxido de prata. 11) Dadas as informaes: I - As bases apresentam, como frmula geral, X(OH)n em que n numericamente igual carga do ction X e seus valores podem variar entre 1 e 4. II - A solubilidade das bases em gua, temperatura ambiente, fornecida pelo esquema: Solubilidade decrescente: metal alcalino e amnia > metal alcalino - terroso > outros metais Como regra geral, temos que: quanto maior a solubilidade, maior a fora de uma base, com exceo da amnia. Escreva a frmula das bases a seguir, indicando a sua solubilidade em gua e a sua fora: a) hidrxido de ltio; b) hidrxdo de potssio; c) hidrxido de clcio d) hidrxido de brio e) hidrxido de estanho III f) hidrxido de mangans II g) hidrxido cuproso ou cobre I; h) hidrxido cprico ou cobre II i) hidrxido de amnio. d) Hidrxido de alumnio e) Hidrxido de brio.

12) Em relao a questo anterior classifique as bases. 13) Algumas solues foram testadas com esse indicador, produzindo os seguintes resultados Material Cor I Amonaco Verde II Leite de magnsia Azul III Vinagre Vermelho IV Leite de vaca Rosa De acordo com esses resultados, as solues I, lI, III e IV tm, respectivamente,que tipo de carter?

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SAIS
Sal de Arrhenius um composto resultante da neutralizao de um cido por uma base, com eliminao de gua. formado por um ction proveniente de uma base e um nion proveniente de um cido. Conforme exemplos abaixo. HCl + NaOH NaCl + H2O (neutralizao total) H2SO4 + Mg(OH)2 MgSO4 + 2H2O (neutralizao total) HCl + Mg(OH)2 Mg(OH)Cl + H2O (neutralizao parcial da base) H3PO4 + NaOH NaH2PO4+ H2O (neutralizao parcial do cido)

Classificao
Os critrios mais usados para se fazer a classificao dos sais so: . o nmero de elementos que os constituem, a natureza dos ons que os compem e a solubilidade em gua,. O nmero de elementos constituintes Sal binrio constitudo por dois elementos. Exemplos: NaCI, KI, CaBr2 Sal ternrio constitudo por trs elementos. Exemplos: CaSO4, AIPO4 Sal quaternrio constitudo por quatro elementos. Exemplos: NaHCO3, KHSO4, Ca(OH)N03 A natureza dos ons Sal neutro um sal cujo nion no possui hidrognio ionizvel (H+) e tambm no apresenta o nion OH-. Exemplos: NaCI, BaSO4 Hidrogeno-sal ou sal cido um sal que apresenta dois ctions, sendo um deles o H+ (hidrognio ionizvel), e somente um nion. Exemplo: Na+H+CO32 (NaHC03) Hidrxi-sal ou sal bsico um sal que apresenta dois nions, sendo um deles o OH- (hidroxila), e somente um ction. Exemplo: Ca2+OH-Cl- [Ca(OH)CI). Na nomenclatura desses sais, devem-se indicar a presena e a quantidade de grupos OH-, de maneira semelhante aos sais que apresentam grupos H+. Sais Duplos (Misto) um sal que apresentam em sua composio dois ctions diferentes de H+ ou dois nions diferentes de OH-. Sais Hidratados um sal que apresentam em sua composio molculas de gua. Exemplo o CuSO4. 5 H2O, CoCl2. 2 H2O Classificao dos sais quanto presena de oxignio Oxissais (Sais Oxigenados) apresentam oxignio em sua molcula. Ex: Na2SO4, AlPO4. Sais no oxigenados no apresentam oxignio em sua molcula. Ex: NaCl, CaCl2. Classificao dos sais quanto solubilidade em gua mostrado na tabela a seguir.

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Solubilidade em gua Solveis (como regra) Insolveis (principais excees regra) -) Nitratos (NO3 Acetatos (CH3COO-) Cloretos (Cl-) Ag, Hg, Pb Brometos (Br-) Ex: AgBr, PbCl2 Iodetos (I-) AgI, PbI2, Hg2I2, HgI2, BiI2. Sulfatos (SO4-2) Ca, Sr, Ba, Pb. Sais de metais alcalinos e de amnio Insolveis (como regra) Solveis (principais excees regra) Os dos metais alcalinos, alcalinos terrosos e Sulfetos (S2-) de amnio. Exemplos: K2S, CaS, (NH4)2S. Os dos metais alcalinos, alcalinos terrosos e Hidrxidos (OH-) de amnio. Exemplos: NaOH, KOH, NH4OH. Os dos metais alcalinos e de amnio. Carbonatos (CO32-) Exemplos: Na2CO3, K2CO3, (NH4)2CO3. Os dos metais alcalinos e de amnio. Fosfatos (PO43-) Exemplos: Na3PO4, K3PO4, (NH4)3PO4 Sais no - citados Os dos metais alcalinos e de amnio.

Nomenclatura
Nome do sal = [nome do nion] + de + [nome do ction] O nome do ction geralmente um metal O nome do nion vai depender se for um sal oxigenado. Calcula o nox do elemento se for maior nome do elemento mais a terminao ato, se for menor a terminao ito. Exemplo: CaCO3 = Carbonato de clcio NaSO3 = sulfito de sdio NaNO3 = Nitrato de sdio Se o sal for um sal no oxigenado o nome do nion vai acrescentar a terminao eto. Exemplo NaCl = Cloreto de sdio CaF2 = fluoreto de clcio.

Sais mais comuns na qumica do cotidiano

Cloreto de sdio (NaCl) Na alimentao obrigatria por lei a adio de certa quantidade de iodeto (NaI, KI) ao sal de cozinha, como preveno da doena do bcio. Conservao da carne, do pescado e de peles. Obteno de misturas refrigerantes; a mistura gelo + NaCl(s) pode atingir 22C. Em medicina sob forma de soro fisiolgico (soluo aquosa contendo 0,92% de NaCl), no combate desidratao. Nitrato de sdio (NaNO3) Fertilizante na agricultura. Fabricao da plvora (carvo, enxofre, salitre). Carbonato de sdio (Na2CO3) 70

O produto comercial (impuro) vendido no comrcio com o nome de barrilha ou soda. Fabrio do vidro comum (maior aplicao):Barrilha + calcreo + areia. Bicarbonato de sdio (NaHCO3) Anticido estomacal. Neutraliza o excesso de HCl do suco gstrico. NaHCO3 + HCl + NaCl + H2O + CO2. O CO2 liberado o responsvel pelo "arroto". Fabricao de digestivo, como Alka-Seltzer, Sonrisal, sal de frutas, etc. O sal de frutas contm NaHCO3 (s) e cidos orgnicos slidos (tartrico, ctrico e outros). Na presena de gua, o NaHCO3 reage com os cidos liberando CO2 (g), o responsvel pela efervecncia: NaHCO3 + H+ Na+ + H2O + CO2 Fabricao de fermento qumico. O crescimento da massa (bolos, bolachas, etc) devido liberao do CO2 do NaHCO3. Fabricao de extintores de incndio (extintores de espuma). No extintor h NaHCO3 (s) e H2SO4 em compartimentos separados. Quando o extintor acionado, o NaHCO3 mistura-se com o H2SO4, com o qual reage produzindo uma espuma, com liberao de CO2. Estes extintores no podem ser usados para apagar o fogo em instalaes eltricas porque a espuma eletroltica (conduz corrente eltrica).

Exerccios
1) Equacione as reaes de neutralizao total a seguir e d o nome dos sais formados: a) HN03 + KOH b) HCI + Ca(OH)2 c) H2S04 + NaOH d) H2S03 + Fe(OH)3 e) H3P04 + Fe(OH)2 2) Conhecendo a frmula e o nome do sal formado numa reao de neutralizao total, determine as frmulas e os nomes dos cidos e das bases de origem: a) sulfato de alumnio - AI2(S04) b) fosfato de ltio - Li3P04 c) fosfato de brio - Ba3(P04) d) fosfato de alumnio - AIP04. 3) O fosfato de clcio um slido branco usado na agricultura como fertilizante. O fosfato de clcio pode ser obtido pela reao entre hidrxido de clcio e cido fosfrico. Escreva as frmulas do hidrxido de clcio, cido fosfrico e fosfato de clcio. 4) So pouco solveis em gua os seguintes pares de sais: a) BaCI2 e PbCI2. b) MgS04 e BaS04 c) PbS04 e Pb(N03)2 d) K2CrO4 e Na2Cr04 e) AgBr e PbS .

5) Na reao de neutralizao total do cido sulfdrico com o hidrxido de potssio, h formao de sal e gua. Qual o nome do sal formado? 6) Quais so os produtos da neutralizao parcial do cido bromdrico pelo hidrxido ferroso? 7) Os fertilizantes com potssio so muitos utilizados na agricultura. As formas mais comuns de fertilizantes so o cloreto, o sulfato, o nitrato e o fosfato de potssio. Quais so as formulas moleculares destes compostos? 71

8) Em uma soluo aquosa de acido sulfrico, adiciona-se gradativamente uma hidrxido de Brio e medese a condutibilidade eltrica do sistema, obtendo-se o seguinte grfico:

Sabendo-se que o sal formado insolvel, interprete o grfico e equacione a reao entre o acido e a base. 9) Um fermento qumico usado para fazer bolos o sal bicarbonato de amnio, tambm chamado carbonato acido de amnio. Quando aquecido, este sal se decompem em dixido de carbono (gs carbnico), amnia e gua. Escreva a equao qumica deste processo e explique como esta reao favorece o crescimento do bolo. 10) A obteno de acido clordrico (HCl) em laboratrio pode ser feita a partir da reao entre uma soluo aquosa de acido sulfrico [H2SO4(aq)] e um sal A. a) a que tipo de sal pertence o composto A? D um exemplo desse sal. b) equacione a reao ocorrida, utilizando a formula dada como resposta ao item a, e justifique sua ocorrecia.

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XIDOS - ExOy:
So compostos binrios, isto , formados por apenas dois elementos, onde o oxignio une-se a um elemento menos eletronegativo. Os xidos formam grande parte dos minerais existentes na crosta terrestre, alm de gases que so os principais poluentes da sociedade moderna.

Classificao
xidos cidos So formados por elementos fortemente eletronegativos (no-metais). Exemplo.SO2, CO2 Excees: CO, NO e N2O que so classificados como indiferentes. As reaes caractersticas so: xido cido + gua cido . Exemplo: SO3 + H2O H2SO4 xido cido + base sal + gua. Exemplo: SO3 + NaOH Na2S + H2O xidos Bsicos So formados por elementos fracamente eletronegativos (metais alcalinos e alcalino-terrosos) As reaes caractersticas so: xido basico + gua base . Exemplo: + H2O NaOH xido base + cido sal + gua. Exemplo: Na2O + H2SO4 Na2SO4 + H2O xidos Anfteros. So formados por elementos de eletronegatividade intermediria, isto , dos elementos da regio central da Tabela Peridica. Tem este nome por que em suas reaes pode se comportar tanto como cido ou bsico. xido anftero + cido sal + gua xido anftero + base sal + gua Exemplo: ZnO + 2HCl ZnCl2 + H2O ZnO + 2KOH K2ZnO2 + H2O xidos Indiferentes. No reagem com a gua, nem com os cidos, nem com as bases. So apenas estes trs CO, NO e N2O xidos Perxidos o xido em que o oxignio apresenta nox 1. Exemplo Li2O2, K2O2, MgO2, CaO2 As reaes caractersticas so: perxido + gua base + O2. Exemplo: Na2O2 + H2O 2NaOH + 1/2 O2 perxido + cido sal + H2O2 . Exemplo: Na2O2 + 2HCl 2NaCl + H2O2

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Nomenclatura
Nome do xido = [mono, di, tri ...] + xido de [mono, di, tri...] + [nome de E] O prefixo mono pode ser omitido. Os prefixos mono, di, tri... podem ser substitudos pelo nox do elemento, escrito em algarismo romano. Nos xidos de metais com nox fixo e nos quais o oxignio tem nox = -2, no h necessidade de prefixos, nem de indicar o nox de elemento. Exemplo CaO = xido de clcio NaO = xido de sdio FeO = xido de ferro II( o ferro no tem nox fixo) Fe2O3 = xido de ferro III CO2 = dixido de carbono( C um ametal) SO3 = trixido de enxofre Cl2O7 = heptxido de cloro N2O5 = pentxido de dinitrognio

xidos mais comuns na qumica do cotidiano

xido de clcio (CaO) um dos xidos de maior aplicao e no encontrado na natureza. obtido industrialmente por pirlise de calcrio. Preparao da argamassa usada no assentamento de tijolos e revestimento das paredes. Na agricultura, para diminuir a acidez do solo. Dixido de carbono (CO2) um gs incolor, inodoro, mais denso que o ar. No combustvel e nem comburente, por isso, usado como extintor de incndio. O CO2 no txico, por isso no poluente. O ar contendo maior teor em CO2 que o normal (0,03%) imprprio respirao, porque contm menor teor em O2 que o normal. O CO2 o gs usado nos refrigerantes e nas guas minerais gaseificadas. Aqui ocorre a reao: Monxido de carbono (CO) um gs incolor extremamente txico. um serssimo poluente do ar atmosfrico. Forma-se na queima incompleta de combustveis como lcool (etanol), gasolina, leo, diesel, etc. A quantidade de CO lanada na atmosfera pelo escapamento dos automveis, caminhes, nibus, etc. cresce na seguinte ordem em relao ao combustvel usado: lcool < gasolina < leo diesel. A gasolina usada como combustvel contm um certo teor de lcool (etanol), para reduzir a quantidade de CO lanada na atmosfera e, com isso, diminuir a poluio do ar, ou seja, diminuir o impacto ambiental.

Exerccios
1) O que so xidos? D exemplo de um xido cido e de um xido bsico. 2) Qual dos seguintes elementos qumicos forma um xido slido com propriedades bsicas? a) cloro. b) fsforo. c) carbono. 3) D o nome dos seguintes xidos: a) CO b) Cr2O3 c) BaO d) K2O e) Cl2O7 74 d) criptnio. e) brio.

4) D a frmula dos seguintes xidos: a) monxido de nitrognio b) xido de sdio c) monxido de dinitrognio d) xido de chumbo IV e) xido de clcio; f) xido de ferro II (ferroso) g) pentxido de difsforo h) xido de cobre II (cprico) i) dixido de enxofre j) trixido de enxofre

5)Quando se sopra por algum tempo em gua de cal, observa-se a formao de um slido branco. Qual a equao qumica que representa este fenmeno 6) Equacione as reaes e d o nome dos produtos formados. a) xido de sdio + gua b) xido de sdio + cido clordrico c) xido de brio + gua d) xido de brio + cido fosfrico e) trixido de enxofre + gua f) trixido de enxofre + hidrxido de clcio g) potssio com gua e de trixido de enxofre com gua. 7) Colocando um xido-bsico em presena de um cido, obteremos qual produto? 8) Considerando a equao qumica: CI2O7 + 2 NaOH + 2 NaCIO4 + H2O Os reagentes e produtos pertencem, as quais funes qumicas? Justifique. 9) Nos ltimos anos, a cidade de So Paulo vem sofrendo os efeitos da chuva acida. O carter acido da chuva causado pela presena de qual substncia? Justifique. 10) A chuva acida acontece quando h uma alta concentrao de agentes poluentes na atmosfera, como SO2, NO2 e N2O5, que ao reagirem com vapor dgua, tambm presente, formam: 11) Quando o solo excessivamente acido, agricultores procuram diminuir a acidez por meio da adio de substancias com propriedades alcalinas. Com essa finalidade, qual dos produtos abaixo utilizado? Justifique. a) NaCl b) CaO c) Na2SO4 d) NH4NO3 e) KClO4

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LEIS PONDERAIS
A Lei da conservao da massa ou Lei de Lavoisier diz: Em um sistema, a massa total dos reagentes igual massa total dos produtos. A + B ----- AB 2g 5g 7g A Lei das propores definidas ou Lei de Proust diz Toda substncia apresenta uma proporo constante em massa, na sua composio, e a proporo nas quais as substncias reagem e se formam constante. A + B ------ AB 2g 5g 7g 4g 10g 14g Com a Lei de Proust podemos prever as quantidades das substncias que participaro de uma reao qumica. LEIS VOLUMTRICAS Lei de Gay-Lussac Os volumes de todas as substncias gasosas envolvidas em um processo qumico esto entre si em uma relao de nmeros inteiros e simples, desde que medidos mesma temperatura e presso. 1 L de H2 + 1 L de Cl2 2 L de HCl relao de nmeros inteiros e simples: 1:1:2 Cabe aqui observar que nem sempre a soma dos volumes dos reagentes igual dos produtos. Isso quer dizer que no existe lei de conservao de volume, como ocorre com a massa. 10 L de H2 + 5 L de O2 10 L de H2O relao de nmeros inteiros e simples: 10:5:10, que pode ser simplificada por 2:1:2 Lei ou hiptese de Avogadro Volumes iguais de gases diferentes possuem o mesmo nmero de molculas, desde que mantidos nas mesmas condies de temperatura e presso. Para melhor entender a Lei de Gay-Lussac, o italiano Amedeo Avogadro introduziu o conceito de molculas, explicando por que a relao dos volumes dada por nmeros inteiros. Dessa forma foi estabelecido o enunciado do volume molar. TIPOS DE CLCULOS Os dados do problema podem vir expressos das mais diversas maneiras: quantidade de matria (mol), massa, nmero de molculas, volume, etc. Em todos esses tipos de clculo estequiomtrico vamos nos basear nos coeficientes da equao que, como vimos, do a proporo em mols dos componentes da reao. REGRAS 1 regra: Escreva corretamente a equao qumica mencionada no problema (caso ela no tenha sido fornecida); 2 regra: As reaes devem ser balanceadas corretamente (tentativa ou oxi-reduo), lembrando que os coeficientes indicam as propores em mols dos reagentes e produtos; 3 regra: Caso o problema envolva pureza de reagentes, fazer a correo dos valores, trabalhando somente com a parte pura que efetivamente ir reagir; 76

4 regra: Caso o problema envolva reagentes em excesso e isso percebemos quando so citados dados relativos a mais de um reagente devemos verificar qual deles est correto. O outro, que est em excesso, deve ser descartado para efeito de clculos. 5 regra: Relacione, por meio de uma regra de trs, os dados e a pergunta do problema, escrevendo corretamente as informaes em massa, volume, mols, molculas, tomos, etc. Lembre-se de no podemos esquecer a relao: 1 mol = ......g = 22,4 L (CNTP) = 6,02x1023 6 regra: Se o problema citar o rendimento da reao, devemos proceder correo dos valores obtidos. RELAO MASSA - MASSA Na reao gasosa N2 + H2 - NH3, qual a massa, em g, de NH3 obtida, quando se reagem totalmente 18g de H2? Acerte os coeficientes da equao: 1N2 +3H2-2NH3. Veja os dados informados (18g de H2) e o que est sendo solicitado (massa de NH3) e estabelea uma regra de trs. 3H2--------------2NH3 3x2g--------------2x17g 18g -------------- x x= 102g Na reao gasosa N2 + H2 -NH3, qual a massa, em kg, de NH3 obtida, quando se reagem totalmente 280g de N2? Acerte os coeficientes da equao: 1N2 +3H2 2NH3. Veja os dados informados (280g de N2) e o que est sendo solicitado (massa de NH3 em kg) e estabelea uma regra de trs. 1N2--------------2NH 1x28g-----------2x17g 280g -------------- x x= 340g ou x= 0,34 kg RELAO MASSA - VOLUME Na reao gasosa N2 + H2 NH3, qual o volume de NH3 obtido nas CNTP, quando se reagem totalmente 18g de H2? Acerte os coeficientes da equao: 1N2 +3H2 ----------2NH3. Veja os dados informados (18g de H2) e o que est sendo solicitado (volume de NH3 nas CNTP) e estabelea uma regra de trs. 3H2--------------2NH3 3x2g--------------2x22,4L 18g -------------- x x= 134,4L

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Na reao gasosa N2 + H2 NH3, qual o volume de H2 consumido nas CNTP, quando produzido 340g de NH3? Acerte os coeficientes da equao: 1N2 +3H2 2NH3. Veja os dados informados (340g de NH3) e o que est sendo solicitado (volume de H2 em L nas CNTP) e estabelea uma regra de trs. 3H2--------------2NH3 3x22,4L---------2x17g x -------------- 340g x= 672L RELAO MASSA - N MOLCULAS Na reao gasosa N2 + H2 NH3, qual o nmero de molculas de NH3 obtido, quando se reagem totalmente 18g de H2? Acerte os coeficientes da equao: 1N2 +3H2 --------2NH3. Veja os dados informados (18g de H2) e o que est sendo solicitado (nmero de molculas de NH3) e estabelea uma regra de trs. 3H2--------------2NH3 3x2g--------------2x6,02x1023 18g -------------- x x= 18,06x1023 ou x= 1,806x1024 molculas Na reao gasosa N2 + H2 NH3, qual o nmero de molculas de H2 consumido, quando produzido 340g de NH3? Acerte os coeficientes da equao: 1N2 +3H2 --------- 2NH3. Veja os dados informados (340g de NH3) e o que est sendo solicitado (nmero de molculas de H2) e estabelea uma regra de trs. 3H2--------------2NH3 3x6,02x1023------2x17g x -------------- 340g x= 180,6x1023 ou x= 1,806x1025 PUREZA Pureza: comum o uso de reagentes impuros, principalmente em reaes industriais, ou porque so mais baratos ou porque j so encontrados na natureza acompanhados de impurezas (o que ocorre, por exemplo, com os minrios). Grau de pureza: o quociente entre a massa da substncia principal e a massa total da amostra (ou massa do material bruto). Em 200g de calcrio encontramos 180g de CaCO3 e 20g de impurezas. Qual o grau de pureza do calcrio? 200g------------100% 180g ------------ x x = 90% Uma amostra de 200 kg de calcrio (com teor de 80% de CaCO3) foi tratada com cido fosfrico - H3PO4 conforme a equao qumica balanceada: 3CaCO3 + 2H3PO4 1Ca3(PO4)2 + 3H2O + 3CO2. Calcule a massa de Ca3(PO4)2 formado. Os coeficientes j esto acertados: 3CaCO3 + 2H3PO4 1Ca3(PO4)2 + 3H2O + 3CO2 78

Veja os dados informados (200 kg de Calcrio com 80% de pureza, ou seja, temos apenas 160kg de CaCO3) e o que est sendo solicitado (massa do sal formado - Ca3(PO4)2) e estabelea uma regra de trs. 3CaCO3-------------1Ca3(PO4)2 3x100g----------------1x310g 160kg --------------- x x=165,33kg Considere a reao FeS + HCl ---------- FeCl2 + H2S. Qual a massa de cloreto ferroso - FeCl2 - obtida quando 1100g de sulfeto ferroso - FeS de 80% de pureza reagem com excesso de cido clordrico - HCl? Acerte os coeficientes da equao: 1FeS + 2HCl 1FeCl2 + 1H2S Veja os dados informados (1100g de sulfeto ferroso com 80% de pureza, ou seja, 880g de sulfeto ferroso puro) e o que est sendo solicitado (massa de cloreto ferroso) e estabelea uma regra de trs. 1FeS-------------1FeCl2 1x88g-------------1x127g 880g -------------- x x= 1270g

RENDIMENTO

Rendimento de uma reao o quociente entre a quantidade de produto realmente obtida e a quantidade de produto que seria teoricamente obtida pela equao qumica correspondente. Queimando-se 30g de carbono puro, com rendimento de 90%, qual a massa de dixido de carbono (CO2) obtida, conforme a equao: C + O2CO2 . Os coeficientes j esto acertados: 1C + 1O2 1CO2 . Veja os dados informados (30g de Carbono puro com 90% de rendimento) e o que est sendo solicitado (massa de dixido de carbono obtida) e estabelea uma regra de trs. 1C--------------1CO2 1x12g-----------1x44g 30g --------------- x x=110g (considerando que o rendimento seria de 100%) Estabelea outra regra de trs para calcular o rendimento (90%) 110g-------------100%(rendimento terio) y --------------- 90% y=99g Quando so dadas as quantidades de dois ou mais participantes: importante lembrar que as substncias no reagem na proporo que queremos (ou que as misturamos), mas na proporo que a equao (ou seja, a Lei de Proust) as obriga. Quando o problema d as quantidades de dois participantes, provavelmente um deles est em excesso, pois, em caso contrrio, bastaria dar a quantidade de um deles e a quantidade do outro seria calculada. Para fazer o clculo estequiomtrico, baseamo-nos no reagente que no est em excesso (denominado reagente limitante). Nesse caso devemos seguir as etapas: 1 - Considere um dos reagentes o limitante e determine quanto de produto seria formado; 2 - Repita o procedimento com o outro reagente; 3 - A menor quantidade de produto encontrada corresponde ao reagente limitante e indica a quantidade de produto formada.

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Exemplo1: Foram misturados 40g de gs hidrognio (H2) com 40g de gs oxignio, com a finalidade de produzir gua, conforme a equao: H2 + O2 H2O. Determine: a) o reagente limitante; b) a massa de gua formada; c) a massa de reagente em excesso. Acerte os coeficientes da equao: 2H2 +1O22H2O. Vamos considerar que o H2 seja o reagente limitante. 2H2--------------2H2O 2x2g----------------2x18g 40g ------------------ x x=360g Em seguida, vamos considerar que o O2 seja o reagente limitante. 1O2---------------2H2O 1x32g-------------2x18g 40g ------------------ xy y=45g Observe que a menor quantidade gua corresponde ao consumo total de O2, que realmente o reagente limitante. A massa de gua produzida ser de 45g. Agora vamos calcular a massa de H2 que ser consumida e o que restou em excesso, aplicando uma nova regra de trs: 2H2---------------2O2 2x2g---------------2x32g z -------------- 40g z=5g (massa de H2 que ir reagir) Como a massa total de H2 era de 40g e s 5g ir reagir, teremos um excesso de 35g (40-5). Dessa forma, passaremos a responder os quesitos solicitados: a) reagente limitante: O2 b) massa de gua formada: 45g c) massa de H2 em excesso: 35g

Exerccios
1)Qual a massa de gua que se forma na combusto de 1g de gs hidrognio (H2), conforme a reao: H2 + O2 H2O? 2) Sabendo que 10,8g de alumnio reagiram completamente com cido sulfrico, conforme a reao: Al + H2SO4 Al2(SO4)3 + H2, calcule: a) massa de cido sulfrico consumida b) massa de sulfato de alumnio produzida; c) volume de gs hidrognio liberado, medido nas CNTP. 3) De acordo com a Lei de Lavoisier quando fizermos reagir completamente, em ambiente fechado, 1,12 g de ferro com 0,64 g de enxofre, a, massa, em g, de sulfeto de ferro obtido ser de quanto? 4)A tabela a seguir, com dados relativos equao citada, refere-se a duas experincias realizadas. C + O2 CO2 1 experincia 12g 32g Xg 80

2 experincia 36g yg 132g Determine os valores de x e y. 5) A reao de decomposio da amnia pode ser representada pela equao: N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g) A decomposio de 500 L de NH3 produzir quantos litros de N2 e H2 nas mesmas condies de presso e temperatura? 6) Quantos mols de O2 so obtidos a partir de 2,0 mol de pentxido de dinitrognio, de acordo com a equao: N2O5 + K2O2 2KNO3 + 1/2O2 7) Considerando-se a equao no-balanceada: H3C-CH2-OH + O2 CO2 + H2O Qual o nmero de mol de gs oxignio usado na combusto total de 2 moL de etanol (H3C - CH2OH)? 8) Uma vela de parafina queima-se, no ar ambiente, para formar gua e dixido de carbono. A parafina composta por molculas de vrios tamanhos, mas utilizaremos para ela a frmula C25H52. Tal reao representa-se pela equao: C25H52 + O2 H2O + CO2 a) Equilibre a reao. b) Quantos mol de oxignio so necessrios para queimar um mol de parafina? c) Quanto pesa esse oxignio? 9) Sabendo que 10,8 g de alumnio reagiram completamente com cido sulfrico, calcule: a) A massa de H2S04 consumido b) A massa deAl2(S04)3 obtida; c) O volume de H2(g) liberado, medido nas CNTP 10) O gs carbnico (CO2) pode ser removido de naves espaciais se utilizarmos cal (CaO), que se transforma em carbonato de clcio (CaCO3). Durante uma viagem espacial foram utilizados 28 kg de cal e obtidos 50 kg de CaCO3. A reao que ocorre para que gs carbnico seja removido dada por: Gs carbnico + cal carbonato de clcio Com base nessas informaes, responda: a) Qual foi a massa de gs carbnico removida durante a viagem espacial? b) Se a quantidade de gs carbnico expirada pelos astronautas for de 88 kg, qual ser a menor massa de cal necessria para a sua remoo e qual ser a massa de carbonato de clcio obtida? c) Qual a razo entre a massa de gs carbnico e a de cal que reagiram? 11) Adicionando-se 4,5 g de gs hidrognio a 31,5 g de gs nitrognio, origina-se 25,5 g de amnia, sobrando ainda nitrognio que no reagiu. Para se obterem 85 g de amnia, qual a quantidade de hidrognio e de nitrognio necessria? 12) A combusto completa do metano (CH4) produz dixido de carbono (CO2) e gua. Qual o nmero de mol de CO2 produzido na combusto de 0,3 mols de CH4 : CH4 + 2 O2 CO2 + 2 H2O 13) Considere as seguintes reaes qumicas, que ocorrem em recipientes abertos, colocados sobre uma balana: I - Reao de bicarbonato de sdio com vinagre, em um copo. II - Queima de lcool, em um vidro de relgio, III - Enferruja mento de um prego de ferro, colocado sobre um vidro de relgio. IV - Dissoluo de um comprimido efervescente em um copo com gua. Em todos os exemplos, durante a reao qumica, a balana indicar uma diminuio da massa contida no recipiente, exceto em? Justifique. 81

Bibliografia
Salvador, Usberco. Qumica Geral, vol. 1. Editora Saraiva. Ano 2002 Salvador, Usberco. Fsico - Qumica vol. 2. Editora Saraiva. Ano 2002 Canto, Eduardo Leite. Qumica Geral. Editora Moderna. Ano 2001 Camargo, Geraldo. Qumica Moderna. Editora tica.

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