Osteopatia Parte4
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C O Teste de Wright Este teste serve para determinar se a artria sbclvia comprimida pelo pequeno peitoral. O teste consiste em tomar o pulso radial. Coloca-se o brao do paciente em abduo rotao externa. Depois, pede-se que gire a cabea para o lado oposto. Se existe uma compresso da artria, haver ou uma diminuio das pulsaes radiais ou uma ausncia total das pulsaes.
V Os Testes de Mobilidade A O Mtodo Global: Quik Scanning O mtodo mais simples a tcnica utilizada por Giller D.C. chamado o quick scanning. O paciente est sentado em posio neutra, o osteopata est sentado atrs dele. O objectivo testar a capacidade de deslizamento anterior da coluna ao nvel de cada vrtebra. Com uma de suas mos, o osteopata fixa a cabea do paciente. Com a outra mo apalpa os processos transversos com o polegar e o ndex. Realiza ento uma mobilizao anterior. Se existe ausncia de deslizamento anterior, significa uma leso no nvel testado, sem precisar do tipo exacto da leso. B Os Testes Analticos Apalpa-se os processos transversos imprimindo-se movimentos de rotao ou de lateralidade. Trata-se igualmente os processos espinhosos. O paciente est sentado. Uma mo do osteopata est colocada sobre a cabea do paciente e serve de guia ao movimento de flexo ou de extenso. O indicador e o dedo F 98 Teste de mobilidade em mdio da outra mo do osteopata so colocados flexo-extenso entre os processos espinhosos e permitem sentir as restries desses movimentos.
Nota:_________________________________________________________
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est em decbito dorsal. Com uma mo o osteopata toma um contacto suboccipital enquanto a outra mo est colocada sobre a testa. A tcnica consiste em induzir uma flexo, associada a uma traco a fim de estirar os ligamentos interespinhosos. Efectua-se a manobra de maneira lenta e rtmica.
D: 96 As dores referidas a partir dos msculos
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III As Tcnicas com Thrust A A Tcnica com Thrust Para a Leso de Posterioridade do xis O paciente est em decbito dorsal. O osteopata coloca o indicador e o dedo mdio de sua mo esquerda ao lado do esternocleidomastideo esquerdo do paciente: a palma de sua mo esquerda est ao nvel da orelha do mesmo. O ndex da mo direita toma um contacto indexial contra a posterioridade de C2; constri-se em seguida uma alavanca em lateroflexo oposta, e ento imprime-se um thrust em F 104 Tcnica para lateralidade de C7rotao.
T1 em decbito ventral (push move)
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preciso acrescentar essas leses unilaterais do occipital, as leses de flexo ou de extenso bilateral, e as leses de impacto que necessitaro de um componente de traco no momento da correco. Nota 2 No que acontece ao ajustamento das leses cervicais em lateralidade, o contacto indexial ser tomado lateralmente sobre o processo transverso da vrtebra lesada do lado oposto leso: o thrust ser imprimido puramente em deslizamento lateral. No que concerne s leses de anterioridade, posiciona-se a coluna cervical em rotao do lado lesado para coloc-la em posio relativa de posterioridade. Toma-se um contacto idntico quele necessrio para uma lateralidade. O thrust ser efectuado em rotao e lateralidade da coluna cervical (tcnica puramente indirecta).
Nota:_________________________________________________________
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A ARTICULAO ACROMIOCLAVICULAR
uma articulao com superfcie esfrica, classificada com uma articulao triaxial. Essa articulao instvel. Suas superficeis articulares so ligeiramente convexas, o que explica a frequncia das luxaes acromioclaviculares. Sua estabilidade assegurada por uma bainha formada pelo trapzio, deltide e os ligamentos coraclaviculares superiores, assim como os ligamentos conide e trapezide, que se inserem desde o processo caracide at face inferior da clavcula. No plano sagital: a escpula influenciada pelos movimentos da articulao acromioclavicular. Se a acromioclavicular faz um movimento de aduo levar a cavidade glenide a apontar para cima. O inverso verdadeiro.
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A ARTICULAO ESCAPULOTORCICA
Esta uma articulao somente de um ponto de vista mecnico. Ela de facto um conjunto de contactos (sesamide da escpula) e de planos de deslizamento. I Os Movimentos da Escpula No so mais que deslizantes de msculos sobre msculos Existem dois espaos de deslizamento: - serrtil maior em relao caixa torcica; - o serrtil maior em relao ao subescapular. II Os Movimentos de Bscula da Escpula As bsculas da escpula ocorrem num plano paralelo caixa torcica. O eixo do movimento passa por baixo do ponto mdio da espinha da escpula. Existem dois movimentos de bscula: - interna, fazendo ngulo com a vertical de 20, - externa, fazendo um ngulo com a vertical de 45. III A Fixao da Escpula Elas so devidas ao par antagonista trapzio e serrtil maior. O trapzio responsvel pelas fixaes em aduo. O serrtil maior responsvel pelas fixaes em abduo.
Nota:_________________________________________________________
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AS PATOLOGIAS DO OMBRO
A maior parte das dores do ombro so devidas leso das estruturas periarticulares prximas (cpsulas, tendes e msculos), ou distantes (cervicais, cotovelos, etc.). I As Patologias Articulares A As Afeces Mecnicas: - luxao; - fracturas. B As Afeces Degenerativas: - condrocalcinose; - osteocondromatose; - artrose glenoumeral. C As Leses Inflamatrias: - as artrites reumticas; - pelviespondilite reumtica; - pseudo-poliartrite rizomlica; - omartrite infecciosa; - escapulalgia; - omatrite infecciosa assptica. D As Afeces Raras: - necrose epifisria dos mergulhadores;
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A FISIOPATOLOGIA DO OMBRO
I A Leso de Anterioridade da Cabea Umeral A _ A Etiologia um traumatismo directo devido a uma queda para trs sobre as ndegas com um amortecimento pelas mos. Esses so tambm os movimentos de antepulso-retropulso do ombro. B Os Mecanismos A cabea est anterior em relao glena da escpula e em rotao interna, e est quase sempre associada a uma inferioridade da cabea umeral. Coloca em tenso os ligamentos coracoumeral e glenoumerais, com irritao do tendo da poro longa do bceps, criando uma tendinite. Essa leso favorecida por uma hipotonoia do msculo coracobraquial que no centra a cabea umeral na glena. II A Leso do Superioridade da Cabea Umeral A A Etiologia quase sempre uma queda sobre a mo ou uma queda sobre o cotovelo. B O Mecanismo Produz-se uma sensao da cabea umeral em relao glena da escpula, associada a uma leso do anel glenide, que responsvel por uma dor invalidante, por ser uma leso em imbricao.
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1) Na regio anterior do ombro: - peitoral menor; - poro longa do bceps; - coracobraquial. 2) Na regio posterior do ombro: - grande dorsal; - rombide; - serrtil anterior. 3) Na regio externa: - deltide anterior, mdio e posterior.
Nota:_________________________________________________________
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2) A Correco sem Thrust Para a Superioridade, a Inferioridade, a Bscula Medial ou Bscula Lateral da Escpula:
O paciente est em decbito lateral do lado oposto escpula a ser tratada, quadril e joelhos flexionados. O osteopata se coloca de frente ao paciente e empalma a parte alta e a parte baixa da escpula com a finalidade de obter um melhor controle. Realiza ento uma mobilizao passiva no sentido da restrio. Pode-se igualmente D: 104 Pontos gatilhos e dores referidas a partir do redondo menor associar as tcnicas de strethcing sobre os msculos da escpula. Nota:_________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________
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do ombro simultaneamente. B A Correco da Leso Antero-superior da Articulao Esternoclavicular: A correco da mobilidade clavicular libera a circulao sangunea e linftica. necessrio verificar sempre a clavcula quando o paciente apresenta crise de asma, de tosse, uma afonia. O paciente est em decbito dorsal, o brao esquerdo dele est em abduo e rotao externa, a mo F 111 Tcnica de Stretching para os esquerda do osteopata efectua um thrust msculos da borda medial da escpula no eixo da clavcula na direco do mero, apoiado sobre a articulao acromioclavicular. A mo direita do osteopata mantm a clavcula sob a articulao esternoclavicular, para baixo e em direco aos ps do paciente. C Correco de uma leso F 112 Tcnica de correco com thrust para a anterior da articulao fixao antero-superior da cabea umeral acromioclavicular: O paciente est assentado, o osteopata se coloca atrs dele. Pede a ele para colocar a sua mo do lado lesado atrs da nuca. O osteopata empalma o cotovelo do paciente que se encontra perpendicular ao tronco. O osteopata realiza um thrust numa direco ceflica, puxando as mos na sua direco.
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F 113 Tcnicas de correco com thrust para fixao em antero-posterior da articulao esternoclavicular
GENERALIDADES
O cotovelo a articulao intermediria do membro superior. Ele permite aumentar ou diminuir a distncia da mo at ao corpo e permite levar a mo boca para se alimentar. Ele o ponto de balano da grande lemniscate (curva universal) do membro superior. o ponto rtmico que muda a funo do membro superior. Representa ento uma zona vibratria importante entre o ombro e o punho. A Anatomia No cotovelo, trs articulaes so reunidas em uma nica e mesma cpsula. - articulao umeroulnar: uma articulao biaxial com encaixe recproco do tipo trclea. - articulao radioumeral: Em torno da qual se organiza a flexo e extenso, assim como o pronossupinao do antebrao. uma articulao biaxial do tipo enartrose. - articulao radioulmenar superior: Em torno da qual se organiza a pronossupinao (com a raidioulnar inferior). uma articulao biaxial em piv do tipo trocide.
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A FISIOPATOLOGIA
I As Causas das Leses do Cotovelo Pode-se distinguir duas classes de causas de leso do cotovelo: as causas directas e indirectas. A As Causas Directas Pode tratar-se: - de problemas posturais; - das tores ou rotaes foradas do antebrao; - de um gesto violento no controlado muscularmente. B As Causas Indirectas Pode tratar-se: - de um problema cervical C5-C6; - de uma leso do ombro repercutindo sobre o cotovelo; - de uma leso de punho repercutindo igualmente ao nvel do cotovelo. II Os Mecanismos das Leses Os mecanismos lesionais podem atingir as trs articulaes de cotovelo. A A Articulao Umeroulnar Pela flexo ou extenso em torno de um eixo frontal. B A Articulao Radioumeral O movimento principal a pronossupinao, associada a movimentos secundrios: - o deslizamento anterior ou posterior do rdio; - o deslizamento interior ou externo do rdio.
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necessrio ento buscar todo o edema, ou a elevao da temperatura. Quando o cotovelo est em extenso, as referencias que continuam o epicndilito lateral e o elcrano, devem formar uma linha recta. Quando o cotovelo est em flexo, essas trs referncias formam um tringulo issceles. Se esse tringulo no exacto, deve-se buscar uma fractura. B Muscular necessrio buscar as contracturas musculares assim como as tendinites ao nvel dos
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D: 106 Dores referidas e ponto gatilho partir do msculo extensor radial longo do carpo, segundo Travell
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D: 107 Dores referidas e pontos gatilhos a partir dos msculos extensor ulnar do carpo e extensor longo do polegar, segundo Travell
D: 108 Dores referidas e ponto gatilho a partir do msculo extensor radical do carpo, segundo Travell
IV O Exame Neurolgico Esse exame estudar trs parmetros: - os msculos; - os reflexos; - os testes de sensibilidade. A Os Msculos Utiliza-se os testes passivos de flexo, extenso, supinao e pronao. B Os Reflexos Testa-se trs reflexos: - reflexo bicipital; - o reflexo do braquial; - o reflexo tricipital. C Os Testes de Sensibilidade Utiliza-se o teste de sensibilidade superficial tctil e doloroso. Testa-se os dermtomos C5, C6, C7, C8.
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____________________________________________________________ ____________________________________________________________ Como em todo o membro superior, as dores referidas podem existir ao nvel do cotovelo. Elas podem ser o resultado: - de uma hrnia discal; - de uma artrose ou uma artrite; - de uma patologia de punho; - de uma patologia de ombro; - de uma patologia visceral (o meridiano da acupunctura do intestino grosso passa a esse nvel). VI Os Testes de Mobilidade A Os Testes Activos 1) O teste de flexo e extenso O paciente est em posio sentada. Pede-se que segure seu cotovelo a 90 contra seu corpo. O osteopata empalma o cotovelo, mantendo-o contra seu trax.
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A A articulao Radiocrpica a mais importante articulao do punho. Ela do tipo biaxial. Sua face distal convexa compreende o escafide, o lunato se articula com o rdio e a ulna, o ligamento triangular e o piramidial associados aos ligamentos intersseos. A articulao orientada para baixo, para a frente e para fora.
B A Articulao Mediocrpica uma articulao atomicamente simples entre as duas fileiras do carpo. A parte distal do escafide se articula com o trapzio e o trapezide. A parte proximal de escafide e o lunato se articulam com o capitato.
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O Exame da Sensibilidade A mo enervada por trs nervos: - o radial; - o mediano; - o ulnar. A sensibilidade da mo deve ser examinada por nvel neurolgico metamrico. V Os Testes Ortopdicos O Teste de Allen D: 113 Os nveis neurolgicos ao nvel da mo Ele serve para determinar se as artrias radiais vascularizam normalmente a mo. Pede-se ao paciente para fechar vrias vezes a sua mo a fim de expulsar o sangue da extremidade distal. Quando o punho do paciente est fechado, o osteopata preciona as artrias radial e ulnar. Quando o paciente abre novamente a sua mo, a presso, estando relaxada nas artrias, a mo deve avermelhar-se imediatamente. Caso as artrias estejam completamente ou parcialmente obstrudas a mo no se avermelhar.
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A FISIOPATOLOGIA DO QUADRIL
As afeces do quadril podem ser classificadas em duas categorias: - as doenas da articulao; - as algias referidas. I Coxofemoral As Patologias da
A Na Criana: - as anomalias congnitas: luxaes, subluxaes e displasias; - a doena de Legg-Perthes-Calv; - as coxites infecciosas agudas. B No adolecente: - a epifisilise da cabea femoral; - a coxa vara. C No Adulto: - a necrose isqumica da cabea femoral; - as coxites reumticas; - a doena de Paget; - a coxartrose ou coxite. D As Afeces Raras: - as coxites infecciosas; - as fracturas por fadiga; - as osteodistrofias metablicas, a osteomalacia;- os tumores do quadril.
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B As Estruturas Distantes: - mecnica; - degenerativa; - inflamatria; - citica alta; - meralgia parestsica; - nefropatia.
Tipo Coxartrose Secundria Causas Malformaes congnitas: - Luxao - Subluxao - Displasia Deformaes adquiridas por doena: - Osteocondrite - Epifisilise - Coxite apagada Traumatismos: - Fractura do colo - Luxao - Fractura do acetbulo - No decorrer de uma poliartrose - De causa no esclarecida - No decorrer dos reumatismos inflamatrios *PCE, SA, Rh. Psoritico - Isolados, de origem primria - Causa desconhecida - Secundrias: Hemofilia, anemia, *LED, Doena de Gaucher, etc. - Primarias: Causas no esclarecidas - Calcificantes (+ associadas *PSA) - Calcificantes
Periartrite
*LED Lpus Eritematoso disseminado *PCE Poliartrite crnica evolutiva *PSA Pelvispondilite anquilosante Quadro 22: Classificao etiolgica das patologias da coxofemoral Universidade Profissional do Norte
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D: 115 Repercusses musculares das disfunes da articulao sacroilaca sobre a articulao coxofemoral
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Ramificao sensitivas nascidas dos nervos requidianas, segundo Olivier D: 117 As dores referidas do quadril a partir dos nervos sensitivos cutneos
B O Teste de Trendelembourg O paciente eleva um p do solo e realiza assim trplice flexo do membro inferior. Ele repete o movimento com a outra perna. Normalmente a crista ilaca ficar baixa do lado da perna de apoio, e alta do lado da perna elevada. Se existe uma leso do quadril, a crista ilaca estar alta do lado da perna de apoio e baixa do lado da perna elevada. O teste ser positivo em caso da doena de Legg-Perthes-Calv, de separao epifisiria, da paralisia infantil, etc. Se o teste negativo, existe ausncia de patologia do quadril. C O Teste de Ober O paciente est em decbito lateral sobre o lado oposto a testar. Afasta-se a perna superior e flexionase o joelho a 90, conservando o quadril em posio neutra para relaxar o trato iliotibial. Relaxa-se a perna do paciente. Se o trato F 127 Teste de Trendelembourg iliotibial est normal a coxa dever recair em aduo. Se existe uma contractura do tensor da fscia lata, a coxa permanecer separada quando a perna for relaxada.
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AS PATOLOGIAS DO JOELHO
Distingue-se Gonalgias Locais e Gonalgias Proximidades I As Gonalgias Locais As gonalgias so divididas em trs grupos: - as gonalgias agudas; - as gonalgias subagudas; - as gonalgias crnicas. A As Gonalgias Agudas 1) As Gonalgias Ps-Traumticas: - por um choque directo; - por um entorse (entorse simples, entorse com distenso ligamentar, leso do menisco e rompimento dos ligamentos cruzados).
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