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Tintas

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INTRODUO

As tintas so revestimentos, geralmente orgnicos, viscosos, constitudos por um ou mais pigmentos, dispersos em uma resina que ao sofrer processo de cura (secagem), e que quando aplicada, forma uma pelcula aderente ao substrato. Esta pelcula tem por finalidade proteger e decorar. Este relatrio apresentara os processos de fabricao e tambm as tcnicas para o controle de qualidade das tintas. Embora parea simples, a fabricao de uma tinta um processo complexo. Uma tinta em mdia constituda por trinta componentes qumicos diferentes. Por sua vez as tintas quando utilizadas nas indstrias sofrem ao de aplicao, pintores e etc. Todas estas variveis devem ser avaliadas e levadas em conta pelo formulador de tintas. Durante o perodo de estgio, foi muito trabalhado o teste de controle de qualidade de todos os produtos feitos pela indstria. Esses testes buscam o aperfeioamento contnuo da produo.

I TINTAS
Tinta um revestimento, que aplicado sobre um substrato ou superfcie com a finalidade de decorar, proteger, sinalizar iluminar. Este revestimento produzido a partir de resinas, solventes, pigmentos cargas e aditivos. Sendo que os pigmentos esto dispersos no meio aglomerante. Este revestimento ao ser aplicado forma uma pelcula atravs da evaporao do solvente, que vem a ser o revestimento propriamente dito. Esta pelcula pode ser termofixa quando a evaporao do solvente for previa ou coincidente a mecanismo de polimerizao, como o caso das resinas alqudicas. Ou pode ser termoplstica quando no h nenhuma mudana estrutural, a pelcula forma-se simplesmente pela evaporao do solvente, como o caso das resinas PVA e PVC.

TINTA

RESINA

SOLVENTE

PIGMENTO

CARGA

ADITIVOS

1.1.

Finalidade da tinta:

1 Primer: a tinta primaria, um fundo anticorrosivo aplicado sobre metais. 2 Wash-primer: um fundo fosfatizante, produto de dois componentes, acelerado pelo cido fosfrico. Confere aderncia a metais no ferrosos. 3 Shop-primer: um primer de armazenagem aplicado sobre estruturas ou chapas antes da construo ou montagem. Confere proteo por aproximadamente seis meses. 4 Shop-primer de alta aderncia: confere boa aderncia aos galvanizados. 5 Acabamento: o produto final, aplicvel sobre o primer e que confere cor e textura desejvel. 6 Selador: produto com grande poder de enchimento, encontrado na forma lquida ou pastosa, cuja funo uniformizar a absoro, selar e aumentar a coeso de superfcies porosas de alvenaria, rebocos, cimento, amianto, gesso metal e madeira, dependendo da aplicao a sua composio varia empregando componentes como resinas acrlicas, solventes e vernizes.

7 fundo: uma tinta de base pigmentada aplicvel somente sobre madeiras, visando eliminar pequenas imperfeies do substrato e aprimorar a qualidade da pintura final. 8 massa: um produto de altos slidos, destinados a correo de grandes imperfeies do substrato. Na construo civil chamada tambm de massa corrida ou nivelador; aplicvel a esptula ou desempenadeira. H tambm as chamadas massas batidas que conferem textura de alto relevo a superfcie, quando aplicadas a rolo. 9 Vernizes: produtos de acabamentos para sistemas transparentes. Usados na construo civil para esquadrias de madeira e na indstria moveleira. 10 Esmaltes: revestimentos com a propriedade de formar uma pelcula acetinada sobre a superfcie.

1.2. Resinas So as formadoras da pelcula ou filme chamadas de veculo, suporte ou ligante. As resinas so os componentes mais importantes de uma tinta, sem a presena delas todos os componentes no teriam aderncia junto ao substrato, obter-se ia apenas uma pasta de pigmentos e solventes, que resultaria, aps a secagem, numa pulverizao isenta das propriedades necessrias a esttica e proteo do substrato como reteno de brilho, cor, rigidez, resistncia a ao da gua e produtos qumicos. 1.2.1. Caractersticas das resinas 1 Estado Fsico: uma resina pode apresentar-se no estado slido, em forma de p, como as acrlicas, vinlicas borrachas. A nitrocelulose vem sob forma de algodo (colodio), molhada em lcool por problemas de segurana. Outras apresentam-se sob a forma de pedras irregulares como os breus e as maleicas. 2 Teor de slidos (no voltveis): quando uma resina fornecida na forma de uma soluo, um dado importante seu teor de slidos. Uma resina cujo teor de no volteis de 60% significa que cada 100g desta resina 60g so de slidos e 40g so solventes volteis. 3 Cor: outro parmetro importante. determinada pelo calormetro de Gardner, cujos padres vo de 1 a 18. Uma resina de colorao 1 2, por exemplo, ser extremamente clara. 4 Viscosidade: media pelo viscosimetro de Gardne. Este viscosmetro consta de uma srie de tubos, marcados com uma letra do alfabeto. Cada um deles possui uma resina padro com uma bolha de ar. Os tubos identificados com as primeiras letras do alfabeto so as resinas de baixa viscosidade. Quando ele virado, a bolha de ar desloca-se com velocidade. Os tubos das ltimas letras so de resinas de alta viscosidade.

1.2.2. Qumica da formao de filmes Tintas lquidas so transformadas em filmes secos por cinco mecanismos distintos. As propriedades do filme so determinadas, atravs do processo pelo qual formado. 1 Reaes de Adio: o filme formado por adio, quando dois materiais distintos reagem quimicamente e unem-se atravs de novas covalentes. 2 Evaporao de solventes: utilizam-se produtos j completamente polemizados e que so solubilizados com auxlio de solvente. Quando a soluo aplicada sobre uma superfcie, os solventes se evaporam, deixando sobre a superfcie uma pelcula slida, adesiva e contnua, desde que haja equilbrio entre as foras adesivas e coesivas. o meio mais simples deformao de filme de uma soluo de resina. E essas solues de resina so conhecidas como lacas. A primeira restrio de uma laca e sua baixa resistncia a solventes, podendo ser redissolvida com seu original ou com outro material semelhante. 3 Condensao: neste caso usam-se dois semi polmeros que em temperatura ambiente, reage, vindo a formar uma pelcula. So chamados sistemas de dois componentes. Normalmente chama-se resina de cura a um deles, e endurecedor ou catalisador ao outro. A escolha do veculo slido correto a chave para a formulao de uma boa tinta. Esta escolha depende das caractersticas requeridas do filme, sistema de aplicao disponvel, finalidade da sua aplicao.

1.2.3.1. Resinas fenlicas

Foram de certo modo, os primeiros materiais genuinamente sintticos conhecido e desde sua produo inicial (1912) desenvolveram-se rapidamente e alcanaram importncia industrial em todos os pases para um grande nmero de aplicaes, tais como isolamentos eltricos plsticos, adesivos, laminadas e tintas. As vantagens do uso de resinas fenlicas so: Rpida secagem; Bom aspecto; Boa resistncia umidade e agentes qumicos.

A nica desvantagem que ela amarela muito, no podendo assim ser utilizada para tintas de cores claras.
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1 Resinas Fenlicas Resis: preparadas com excesso de formaldedo em relao ao fenol sob condies alcalinas. So utilizadas para isolantes eltricos e vernizes principalmente. As resinas novolacas so solveis em leo, tem grande aplicao em vernizes transparentes e pigmentos, tanto para madeira como para metal, possui alta resistncia qumica e umidade. As resinas fenlicas so obtidas pela reao de policondensao entre o fenol e o formol. 1.2.3.2. Resinas poliuretnicas Polmeros obtidos pela combinao de um poliisocianato com reagentes que possuem grupos hidroxlicos, so chamados uretanos. A principal matria-prima utilizada o TDI (diisocianato de tolueno). HO R OH + NO = N R N = C = O + NHO R OH HO R (O C N R N C R) NOH Tintas poliuretnicas possuem tima glexibilidade, dureza, excelentes propriedades dieltricas, resistncia qumica e a abraso. Tem a desvantagem de amarelarem quando se utilizam isocianatos aromticos (TDI ou MDI). So utilizadas ainda para revestimentos claros, industrias martimos e de pavimentos, revestimentos de fios, borracha, ao, plstico reforado, madeira e em revestimentos que imitam o couro. As vantagens do uso de resinas poliuretnicas so: Alta flexibilidade; Alta dureza; Alta resistncia a abraso e a produtos qumicos; Excelentes propriedades dieltricas e baixas temperaturas de cura.

A nica desvantagem do uso da resina poliuretnica sua baixssima estabilidade umidade antes da aplicao. 1.2.3.3. Resinas derivadas da celulose A celulose um polmero linear de Banidro-glicose com trs grupos de hidroxilas. Os derivados qumicos da celulose utilizados em indstrias, principalmente de tintas so o resultado da reao teres ou steres.
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O grau de polimerizao influencia nas propriedades fsicas da celulose. Viscosidade e temperatura de fluidez aumentam com o grau de polinizao. Quanto mais baixa a viscosidade maior a porcentagem de slidos na aplicao e, no entanto, mais baixas so as suas propriedades mecnicas. 1) Nitrato de celulose (nitrocelulose): obtida pela nitrao da celulose atravs de uma reao dos cidos ntrico e sulfreo concentrado. Possui uma serie de propriedades valiosas, tais como: Compatibilidade; Rigidez; Resistncia a gua, cidos bases; Facilmente produzida em uma vasta gama de coloraes.

Sua maior desvantagem e a inflamabilidade durante a armazenagem em grandes quantidades. Tintas a base de nitrocelulose (lacas termoplsticas) so as que apresentam o tempo mais rpido de secagem do que qualquer outro veculo. Pr este motivo so empregadas em esmaltes de acabamentos onde necessrio que se manuseei a pea logo aps sua pintura. Alm da rpida secagem que caracteriza as tintas a base de nitrocelulose quando esta utilizada em acabamentos automotivos, pode ser secada em estufa a 65 graus para acelerar a secagem. 1.2.3.4. Resinas de borracha clorada Ela pode ser obtida por dois processos que so a clorao e a hidroclorao. O hidrocloreto de borracha encontrou grande uso na fabricao de filmes protetores resistentes as graxas e na laminao com papis e folhas de alumnio. Em formulaes de adesivos uma das melhores colas para borracha e metal. Tintas a base de borracha clorada so termoplsticas, possuem excelente resistncia a alcali e cidos, so solveis em steres, cetonas hidrocarbonetos aromticos e s no so solveis em hidrocarbonetos alifticos e lcoois leves. Possuem propriedades bacteriostticas e fungistticas. So muitos empregados para demarcao de trfego e manuteno geral. 1.2.3.5. Resinas silicones Silicone um composto que contm o elemento silcio, oxignio e grupos orgnicos, tambm conhecidos como organosiloxano.
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As resinas possuem caracterstica como estabilidade qumica e trmica das slicas e silicatos e tambm a reatividade, solubilidade e plasticidade que so tpicas de compostos orgnicos. Resinas silicones possuem esqueletos inorgnicos alternados tomos de oxignio e silcio.

R R I I --- SI---O---SI--I I R R Tintas a base de resinas silicones caracterizam-se principalmente pela resistncia a altas temperaturas. Resistem a 260 c por no mnimo 1000 horas sem apresentarem modificaes. 1.2.3.6. Resinas derivadas do breu O breu um dos constituintes da oleorresina exsudada pelos pinheiros, e tal como se obtm de cor rubi, sendo purificado para obter-se coloraes mais claras e assim melhorar a sua comercializao, pois quanto mais claro, melhor sua qualidade. O principal constituinte do breu o cido, presente em quase todas suas formas isomricas. O cido abitico um cido cclico estrutural. O breu j foi muito utilizado, sendo que hoje sua aplicao mais limitada pelo grande desenvolvimento no campo das resinas alqudicas. Na forma de sais metlicos o breu utilizado para facilitar, a secagem dos leos nas tintas. 1.2.3.7. Resinas epxi So termofixas e apresentam-se na forma de lquidos viscosos ou slidos quebradios, sendo os tipos mais usados atualmente aqueles obtidos pela reao de condensao da epicloridna e do bisfenos A. Resinas epxi possuem muitas caractersticas notveis incluindo dureza, baixo encolhimento durante a cura devido a ausncia de materiais volteis, excelente resistncia trmica e qumica especialmente aos solventes e a gua, alta aderncia a qualquer superfcie, e alto poder de molhabilidade. Apresentam fraca resistncia ao impacto na forma no modificada e para certas aplicaes, como a produo de filmes da baixa espessura.
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Resinas epxi so utilizadas em preparaes de primers e tintas para veculos automotivos, tanques para produtos qumicos e revestimentos internos de latas de conserva. No so recomendadas para esmaltes porque degradam lentamente a luz do sol. Tintas a base de resina epxi so muito utilizadas na linha de manuteno industrial onde o meio ambiente muito corrosivo e so necessrias boas propriedades dieltricas. 1.2.3.8. Resinas alqudicas So materiais sintticos criados a partir do aperfeioamento de tintas a leo. So polisteres que podem ser feitos de leo (cidos graxos glicerdicos) usados em tintas; cidos graxos livres insaturados, tais como cidos dicarboxlicos (ftlicos e isoftlicos) ou cidos maleicos e lcoois polifuncionais, como glicerina ou pentaeritritol. As alqudicas so classificados segundo o seu comprimento em leo. Alqudicas curtas em leo contm menos de 40% de leo, alqudicas mdias em leo contm de 40 a 50% de leo e 55% de leo. Alqudicas de cadeias rompidas so materiais no qual um cido monobsico (benzico ou oleico) foi substitudo pr uma parte de um cido dibsico, reduzindo assim o grau de polimerizao e o molecular da resina resultante, e com isso h uma reduo da resistncia qumica e a gua da resina. 1.2.3.9. Resinas amnica So os produtos resultantes da condensao do formaldedo e um composto que contm grupos amino e posteriormente reagidos com um lcool. Estas resinas quando combinadas com resinas alqudicas produzem um filme com resistncia qumica s intempries, dureza, enfim caractersticas gerais superiores ao filme isolado de uma resina alqudica. Estas resinas so de grande importncia industrial, sendo que suas principais utilizaes em tintas so os esmaltes. 1.2.3.10. Resinas vinlicas So poliremos de adies processadas a partir dos monmeros do tipo vinlico. Muitas resinas vinlicas so termoplsticas, no oxidam, so neutras, inodoras, inspidas mais ou menos resistentes a luz, a umidade, aos cidos, bases e outros agentes qumicos. Proporcionam boa tenacidade, resistncia a abraso, reteno de cor durabilidade ao exterior em recobrimentos superficiais. Estas propriedades esto estritamente relacionadas com o tamanho do polmero e seu peso molecular.

As ensinas vinlicas tm limitado aplicao em tintas anticorrosivas, porque apesar das pelculas ao ataque qumico, elas tm dificuldades no que diz respeito a aplicao, reteno de solventes e adeso. Uma das grandes vantagens desse tipo de revestimento e que se pode usar um polmero de peso molecular mais alto e dessa forma obter na pelcula maior resistncia mecnica e maior resistncia aos qumicos, alm de uma maior espessura. As resinas vinlicas so desenvolvidas em dois grupos: Termoestveis: curam com auxlio da energia trmica; Termoplsticas: formam pelcula pela evaporao do solvente.

1.3. Pigmentos Pigmentos tambm chamados elementos de cobertura, contribuem na formao da parte slida de uma camada orgnica. So partculas finas cuja finalidade imprimir certas propriedades a essa camada, como a cor, a opacidade, durabilidade, resistncia a corroso. Apresentam-se nos mais diversos tipos, cujas caractersticas variam em funo da estrutura qumica, aspectos fsicos e ticos. Desta maneira, para se conhecer e adequar o seu desempenho propicio a sua correta aplicao no desenvolvimento de formulaes, os pigmentos podem ser agrupados nos tipos bsicos. 1.3.1. Propriedades caractersticas dos pigmentos 1 Poder de tingimento: a propriedade de manter em maior ou menor grau a cor quando misturado com branco nos pigmentos coloridos. E no pigmento branco quando misturado com o preto ou azul. Definido como o quanto de sua prpria cor o pigmento transmite para um branco padro. 2 Poder de cobertura: a capacidade de um pigmento de cobrir o substrato quando incorporado a um meio adequado e estendido sobre a superfcie em um filme de espessura uniforme. 3 Formato das partculas da maioria dos pigmentos so geralmente amorfas e arredondadas de uma maneira tosca devido os processo de triturao em mido e em seco perdendo desta forma as guinas e bordas. As menores partculas que encontramos em um pigmento so os cristais. Estes cristais so constitudos de pigmentos empilhados umas sobre as outras, ordenadamente. Diferenciam-se entre si pilas formas isomtricas (cbicas) ou agulhas com diferentes propriedades e caractersticas. 4 Dispesabilidade: a maior ou menor facilidade que os aglomerados de pigmentos tm de separarem-se e estes em partculas primrias.

5 Solidez luz: a durabilidade ou propriedade de permanncia sem alterao de sua cor quando expostos a luz solar que contm radiaes de vrios nveis de energia. A radiao ultravioleta a mais energtica e mais destrutiva para as molculas do pigmento. 6 Solidez a intempries: avaliado juntamente com o efeito da luz solar, da umidade, temperatura e eventualmente poluente na atmosfera sobre o pigmento. 7 Solidez a reagentes qumicos: a capacidade de um pigmento no sofrer alteraes nas suas caractersticas de cor ( tonalidade e intensidade ) quando exposto ao contato e reagentes qumicos. 8 Acidez e basicidade: indicadas pelo PH, so caractersticas importantes pois permitem verificar a compatibilidade com determinados tipos de veculos. 9 Absoro de leo: pode ser definida como a quantidade de leo necessria para umectar determinada massa de pigmento. 10 Solidez a solventes: a solidez de um dado pigmento em relao a determinados solventes uma avaliao relativa de solubilidade que este pigmento sofre neste solvente. 11 Efluorescncia ou migrao: entendesse por Efluorescncia ou migrao uma recristalizao do pigmento na superfcie do filme de tinta. 12 Solidez a sangramento: a passagem de um pigmento de um filme de tinta para outro filme aplicado sobre o mesmo. O sangramento est diferente relacionado com a solidez a solventes dos pigmentos. 13 Cor: a cor de um pigmento resulta da absoro seletiva de partes do espectro luminoso. 1.3.2. Classificao dos pigmentos 1.3.2.1. Pigmentos brancos Os principais tipos so os compostos inorgnicos oriundos do antimnio, chumbo, titnio e zinco. Apresentam comportamento ptico semelhante, como ndice de refrao e valor de opacidade elevados, refletindo e absorvendo a radiao luminosa incidente de uma forma no seletiva. So sintetizados a partir de sais e minrios correspondentes. 1 Carbonato bsico de chumbo: estrutura qumica obtida por precipitao reagindo acetato bsico de chumbo e dixido de carbono ( 2 PbCO3 . Pb(OH)2). 2 Sulfato bsico de chumbo: sua estrutura qumica a seguinte ( 2 PbSO4 . Pbo ). Seu ndice de refrao 1,9. 3 xido de zinco: sua estrutura qumica ZnO, obtido por meio de dois processos, vaporizao do zinco metlico a 1600 1800 C ou reduo do minrio, geralmente com alto teor de ZnCO3, o qual volatilizado e oxidado.
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4 Lipotnio: uma mistura de sulfeto de zinco sulfato de brio ( ZnSo4+ BaS = Zn + BaSO4 ). 5 Dixido de titnio: obtido do mineral ilmenita FeTiO3 ( tetanato de ferro ), atravs de um processo denominado sulfato em que o mineral submetido a vrios estgios at a hidrlise do TiSo4. O pigmento TiO2 pode ser encontrado em duas conformaes cristalinas: - TiO2 rutilo: de cor cremosa, com refrao de 2,71 e densidade mdia de 4,0. - TiO2 anatasse de menor poder de cobertura e resistncia ao intemperismo, de cor branca azulada e ndice de refrao 2,53. 1.3.2.2. Pigmentos coloridos So substncias que podem ser caracterizadas por apresentarem um comportamento seletivo aos estmulos, refletindo ou absorvendo comprimentos de ondas especficos. Em sua grande diversificao encontram-se produtos tanto de origem natural como sinttica, obtidos por processos de precipitao, fuso e combusto incompleta que, em funo das suas caractersticas fsico-qumicas so subdivididos em pigmentos inorgnicos e orgnicos. 1 Pigmentos coloridos inorgnicos; so substanciais que podem caracterizar-se por apresentarem coloraes com relativa opacidade, insolveis nos diversos tipos de resinas usadas na tecnologia de fabricao de tintas e de elevado peso especfico. Os pigmentos inorgnicos caracterizam-se por uma srie de propriedades fsicoqumicas como: a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) alta densidade; baixo poder de tingimento; resistncia trmica elevada; bom poder de cobertura; baixa superfcie especfica em torno de 10m/g. Azul de cobalto Amarelos de cromo Alaranjados de cromo Alaranjados de molibdato Amarelos de zinco Azuis de prssia Verdes de cromo xido de cromo verde Azuis ultramares Sulfeto de cdmio

2 Pigmentos coloridos orgnicos: so caracterizados por coloraes brilhantes, soldes luz relativa, elevado poder de absoro de leo e dificuldade de disperso nos veculos. Comparados com aqueles do tipo inorgnicos, possuem menor poder de
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cobertura e baixa peso especfico. Geralmente so obtidos por sntese a partir de produtos vindos do petrleo e alcatro. Os pigmentos coloridos orgnicos so divididos em quatro grupos, que so: grupo azo; grupo ftalomicina; corantes de cuba; corantes cidos;

Grupo Azo so pigmentos obtidos atravs de reaes entre um sal diatnico e um produto de origem orgnica ( benzeno, tolueno ). a) Amarelo hansa b) Amarelo nquel c) Vermelho Toluidina Grupos ftalomicina: ftalomicina na realidade a denominao do composto tetrabenzo-tetra-aza-porfina. a) Azul ftalomicina b) Verde-ftalomicina cprico Corantes de Cuba: em tinturarias certas substancias, corantes insolveis so denominadas de corantes de cuba. So aplicados em forma reduzida, solvel e quando oxidados precisam-se aderindo permanentemente ao objeto sem mudana acentuada de sua cor. a) b) c) d) Alizarina Azul-indantrena Marrom-tiondigo Vermelho- tiondigo

Corantes bsicos: neste grupo esto os cromgenos obtidos a partir de corantes bsicos que geralmente contm trifenilmetano em suas molculas e que, ao terem sua alcalinidade neutralizada pela ao de cidos ou sais cidos fosfomolibdnico ( H 3 PW 12 O . Xh 2O ) e o cido fosfomolibdnico ( H3 O mo 12 O40 . Xh2 O ), precipitam respectivamente, os pigmentos. PTA e PMA. Os principais deste grupo so: a) Azul-vitria b) Vermelho-rodamina c) Vileta de metila Corantes cidos: os pigmentos derivados de corantes cidos apresentam tambm estrutura cromgena baseada no grupamento trifenilmetano ligado a aminas, bem como radicais acido sulfnicos. Precipitados sobre um suporte, como o hidrato de alumina. O principal pigmento deste grupo a eosina.

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a) Eosina: uma substancia corante vermelha, com fluorescncia amarela, tambm denominada tetrabromo-fluorescena. 1.3.2.3. Pigmentos Pretos Podem ser dispositivos em dois grupos, conforme predominam em sua estrutura qumica compostos inorgnicos ou o carbono, que lhes conferem sua caracterstica cromtica. Compostos Inorgnicos a) xido de ferro: tanto de origem natural como sinttica. b) Sulfeto de antimnio: pode ser de origem do mineral estibinita ( Sb 2 S3 ) ou sinttico, pela reao entre o antimnio e o enxofre, seguida pela precipitao da soluo de tricloreto de antimnio com o cido sulfidrico. Elemento carbono a) Negro-de-fumo de choque oriundo do gs natural. Com 83 a 95% de carbono. b) Negro-de-fumo de queima em forno: oriundo de leo ou gs. Com 99 a 99,5 % de carbono. c) Negro-de-fumo trmico: oriundo do gs natural ou acetileno. Com cerca de 95 a 99% de carbono. d) Negro-de-fumo mineral: oriundo do carvo ou xisto. Com 10 a 80% de carbono, alm de Fe2 O3 SO2 e MgSiO3 . 1.3.2.4. Pigmentos metlicos So obtidos de vrios tipos metais, como o ao inoxidvel, chumbo, nquel e prata, destacando-se pela sua aplicao industrial aqueles derivados do alumnio, zinco, cobre e suas ligas. 1.4. Cargas Cargas so partculas de natureza semelhante aos pigmentos, ou seja, so partculas slidas, insolveis no meio, destinadas a fornecer as tintas determinadas propriedades. As cargas normalmente tm menor absoro de leo do que os pigmentos, mas sua presena na tinta depender de uma srie de fatores entre os quais as modificaes da tinta e o prprio brilho. As cargas so obtidas de duas fontes: pulverizao da rocha e depsitos sedimentrios (natural); pr recipitao qumica.

1.4.1. Funes das cargas 1) Controle e sedimentao de pigmentos pesados, como o zarco; 2) Funcionar como agentes geolgicos, proporcionando falso corpo as tintas; 3) Modificam o brilho da tinta, diminuindo-o
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4) Melhoram a aderncia entre as demos. Ao adicionarmos cargas em uma tinta, o filme ser fosco, o que d um bom perfil de ancorarem, promovendo boa aderncia; 5) Aumentam slidos e dureza das tintas; 6) Ajudam a manter os pigmentos em suspenso; 7) Reduzem a permeabilidade a gases e a umidade. 1.4.2. Tipos de cargas

1) Carbonato de clcio natural e precipitado: o processo de fabricao tem influencia definitiva no tamanho da partcula e forma, as quais afetam as propriedades das tintas. 2) Talco: um silicato de magnsio que existe na natureza com forma cristalina acidular, laminar e granular misturada. 3) Sulfato de brio: recebe o nome da barita quando de origem natural, recebe o nome de branco fixo quando precipitado. 4) Mica: um silicato de alumnio e potssio, as partculas so laminares. Devido a sua estrutura extremamente laminar diminui a permeabilidade do filme aumentando assim a resistncia a umidade e agentes qumicas. 5) Slices de diatomeas: este material composto de resduos silcicos de organismos marinhos denominados diatomeas. 6) Dolomita: existem carbonatos de clcio que contm diferentes quantidades de carbonato de magnsio e pr isso recebem o nome de dolomina ou pedra caliza dolomtica, sua estrutura principalmente amorfa e tem propriedades similares ao carbonato de clcio natural. 1.4.3. Finalidade das cargas As cargas tendem a melhorar as caractersticas de estabilidade do pigmento principal. A disperso da luz aumentada pr esse meio, melhorando a cobertura ou contraste da tinta. As cargas podem ser chamadas tambm de estender ou pigmento secundrio, sendo consideradas pigmentos inertes, no interferindo na performance dos demais pigmentos na tinta. As cargas podem ser consideradas agentes de disperso slida do pigmento. O mecanismo desta disperso provavelmente um fenmeno em fase slida em que as partculas do pigmento so separadas divido ao das cargas que tendem a misturar-se com o pigmento. 1.5. Solventes Solventes so lquidos volteis permitem dissolver o ligante ou a resina, possibilitando a abteno de uma formulao que possa conter cargas minerais ou orgnicas, auxiliando na disperso destas cargas e reduzindo a viscosidade da tinta para fins de aplicao do qual se origina, aps evaporao, o filme contnuo desejado. Basicamente o tipo de ligante ou resina define os solventes e diluentes.
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Diluentes so lquidos que no dissolvem o ligante, compatveis com o meio ( miscveis com o solvente), so adicionados em proporo adequada aos verdadeiros solventes a fim de melhorar certas caractersticas ( alterar velocidade de evaporao, adequar a viscosidade ) e baixar o custo da formulao. A finalidade de um solvente fornecer, com a substancia que deve dissolver, solues que sejam homogneas e favorecer a adjuno de outras matrias-primas, tais como plastificantes, cargas, pigmentos e corantes. Um bom solvente deve ser estvel (quimicamente inaltervel), anidro e incolor, ou de levssima colorao. Os solventes muito volteis, que contenham gua, apresentam o inconveniente de dar tom esbranquiado aos vernizes. 1.5.1. Propriedades dos solventes 1) Poder de solvncia: capacidade que o solvente possui de dissolver o binder da tinta. Depende da afinidade qumica entre a resina e solvente. 2) Taxa de evaporao: depende da natureza. Nas tabelas de solventes, a taxa de evaporao igual a 1. Quanto maior a taxa de evaporao, mais leve o solvente. 3) Ponto de ebulio: propriedade fsica de cada produto. a temperatura em que o lquido ferve e condies normais. 4) Cor: avaliada visualmente, toda solvente deve ser lmpido e o mais claro possvel. 5) Ponto de fulgor: definido como a mais baixa temperatura na qual os vapores do solvente sobre o lquido incendia-se em contato com uma chama padro. 6) Densidade: a relao entre o peso e o solvente, em g/cm. 1.5.2. Classificao dos solventes 1) Quanto a natureza: a) b) c) d) e) f) Hidrocarbonetos alifticos; Hidrocarbonetos aromticos; lcoois; Cetonas; steres; teres e steres de etilenoglicol;

2) Quanto ao poder de solvncia: a) b) c) Fracos: com baixo poder de solvncia. Mdios: so os aromticos. Fortes: so os oxigenados.

3) Quanto a taxa de evaporao: a) Leves: alta taxa de evaporao.


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b) c)

Mdios: taxa de evaporao em torno e 1. Pesados: possuem baixas de evaporao.

4) Quanto a funo do solvente: a) b) c) Verdadeiros; Latentes; No solventes;

1.5.3. Defeitos advindos do mau uso de solventes 1) Falta de solvente: se usado menos solvente que o recomendado, o filme aplicado apresentar mau nivelamento, o aspecto conhecido como casca de laranja ou formao de fios durante a aplicao. 2) Solventes em excesso: poder ocorrer escorrimento, faltam de cobertura baixa espessura no filme aplicado e mau enchimento. 3) Solvente muito voltil: se os solventes utilizados tiverem taxa de evaporao muito alta, o filme facilmente apresentar nvoa, casca de laranja, grande espessura, dificuldade na aplicao e no retoque. 1.6. Aditivos Aditivos so slidas ou baixa concentrao ( 2 a 3% em peso ), adicionados a tinta, os quais lhe conferem melhores propriedades de aplicao, secagem, estabilidade no armazenamento. A quantidade de aditivos a ser adicionada em uma tinta calculada cuidadosamente pelos tcnicos formadores; pr isso dois cuidados so importantes. Em primeiro lugar, pesar da forma mais exatos possvel, muitos aditivos no do o efeito desejado se forem adicionados na quantidade incorreta. Podem at dar o efeito contrario. Em segundo lugar, adicionar sempre na seqncia que consta a formulao. Pr exemplo, um antissedimentante tem de ser pesado junto com a massa de moagem e um aditivo antipele s adicionada tinta na boca do envasamento. 1.6.1. Tipos de aditivos 1) Secantes: so sabes ( naftenatos ou octoatos ) de metais como cobalto, mangans, chumbo, clcio, zircnio. 2) Antissedimentates ( dispersastes ): facilitam a molhabilidade das cargas e dos pigmentos plos vernizes da tinta. Com isto, consegue-se maior estabilidade destes compostos, evitando-se a sedimentao. 3) Antipele: evita a formao de casca durante a estocagem da tinta. A casca formada pela reao da resina com o oxignio do ar. 4) Plastificantes: as camadas pelas tintas e vernizes devem Ter boa flexibilidade para suportarem os movimentos atribudos as concentraes s substrato ou mesmo inerentes a sua prpria conformao.
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5) Sequestrante: atuam como formuladores de bons, retirando do meio ctions bivalentes e trivalentes e de metais pesados. 6) Fungistticos: so agentes qumicos que interferem nas funes metablicas de microorganismos controlado ou eliminado sua ao biodegradante sobre um revestimento orgnico, sendo assim respectivamente, designados como bactericida. 7) Niveladores: os niveladores so substncias a base de silicone que adicionadas as tintas, tem como funo facilitar o seu processo de aplicao e tambm melhorar o aspecto da superfcie. Como exemplo tem-se o etilenoglicol. 8) Antifloculantes: utilizados em tintas coloridas para evitar a separao de pigmentos que ocorrem na lata ou aps a aplicao da tinta, durante a secagem. 9) Antigelificantes: estabilizantes das tintas a base de gua, quando estas ficam estocadas a baixas temperaturas. Como exemplo tem-se o propileno. 1.7. Anlise de Matria-prima Num trabalho de parceria os nossos fornecedores, atualmente 80% da matriaprima usada em nossa impresa vem com o certificado de qualidade. O restante tentado em nosso laboratrio de Anlise. Neste trabalho de parceria pretendemos dentro de 5 anos no mais analisar a nossa matria-prima, desenvolvendo fornecedores que nos garantem a qualidade de seus produtos.

II SUBSTRATO
A natureza de um determinado corpo pode ser definida como a sua deliminao com o meio ambiente. importante notar que o reconhecimento dos corpos plos sentidos geralmente obtido atravs das propriedades pertinentes superfcie, como a cor, o brilho, a textura, etc. desta maneira, quando o corpo tiver de apresentar desempenho mecnico, trmico, eltrico ou mesmo de aparncia visual, evidentemente torna-se sobremaneira importante considerar-se a sua superfcie como sendo um dos fatores indispensveis para que possa atender aquelas ou aquelas funes especficas. 2.1. Natureza do substrato As superfcies ou substratos so de naturezas distintas e, dependendo da aplicao, apresentam-se nas mais variadas formas. 2.1.1. Ferro e Ao

2.1.2. No ferrosos
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Englobam vrios metais, dentre os quais tm-se: Alumnio: um metal de aspecto branco-acinzentado, densidade a 20 C de 2,7Kg/dm, baixo ponto de fuso, malevel e com resistividade a 20 C de 2,630 mm/m para o metal comercial. Apresenta boa resistncia corroso, uma vez que, quando oxidado em presena do ar atmosfrico, forma-se em uma superfcie uma camada de alumnio amorfa. Combina-se com grande parte dos metalides problemas grave. Cobre: Metal de cor vermelha, densidade a 20 C de 8,9 K/g/m, ponto de fuso em 1083 C, apresentando resistividade eltrica de 0,0171 mm/m, obtido de minrios como calcopitita, cuprita pr termometalurgia e eletrlise. Metal dctil, malevela frio, inerte ao da gua pura, porem oxidvel em presena de ar atmosfrico. O cobre combina-se com vrios elementos formando ligas de grande importncia industrial, tais como: Cobre Zinco, Cobre Estanho, Cobre Alumnio, Cobre Silcio, Cobre Berlio. 2.1.3. Madeiras So materiais orgnicos de origem vegetal com larga aplicao na fabrica de mveis, chapas compensadas, embalagens, esquadrias, vigas, caibros, etc. Devido a sua natureza, apresentam propriedades particulares que, dependendo do tipo, alm dos tratamentos superficiais de carter esttico, requerem ainda aqueles com finalidade de proteo, para evitar a sua deteriorao precoce, causada no somente pr agentes de origem biolgica ( insetos, fungos, etc ), como tambm pelo intemperismo natural tendo a umidade como a principal responsvel. 2.1.4. Materiais aglomerados So aqueles formados pela aglomerao de pequenas partculas oriundas de misturas contendo gua, agregando como areia, pedregulho, pedra britada, aglutinados pr lingantes de caracter hidrulicos, como o cimento portland, formando substncias monolticas de aplicao em construo civil. Dentre eles tem-se: Argamassa ou reboco: formado pela mistura de areia, cal e gua, com finalidade de revestimento e levantamento de paredes. Concreto: genericamente pode ser considerado como uma mistura de agregados, com areia para preenchimento de esporos. 2.1.5. Plsticos Podem ser definidos como matrias em cuja estrutura qumica atuam compostos como as resinas. So obtidos de substncias que contm carbono, tais como
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carvo, coque, petrleo, celulose, etc., atravs de reaes de polimerizao, poliadio e policondensao. Duroplsticos: tambm chamados de termofixos; sob o efeito do calor, durante a sua enformao, tornam-se pastosos, solidificando-se em seguida, processo esse irreversvel. A aderncia: resistncia a corroso e o acabamento so diretamente dependentes de uniformidade da superfcie, a qual esta aderido o revestimento. O tempo de estocagem de uma pea oleada tambm tem influncia na limpeza. Duas peas iguais, se uma for estocada pr longo tempo e a outra desengraxada logo aps seu manuseio, apesar delas usarem o mesmo leo, a primeira requerer um tempo de desengraxamento maior que a Segunda. Este fenmeno tem sua origem, no fato de ser formarem compostos entre os cidos graxos do leo ou da pasta, com metal. Termoplsticos: so matrias que amolecem sob o efeito do calor, solidificando-se s esfriamentos. Dentre alguns dos seus principais tipos, aparecem as poliamidas, o polietileno, o polipropileno e o poliestireno. 2.1.6. Plsticos reforados So materiais compostos, constitudos de um componente bsico como o papel, a madeira, a mica, etc., dispositivos em camadas estratificadas e ligadas pr um elemento de coeso, geralmente uma resina do tipo goma-laca, epocdica, finlica ou aminoplstica, cuja fabricao feita pr moedagem em alta ou baixa presso. Apresentam-se na forma de chapas, tubos ou peas moldadas. Como exemplo deste tipo de material, tem-se o vidro epxi, o amianto fenolizado e o papel fenolizado. 2.1.7. Vidros uma parte importante da qumica da slica, em suas combinaes com clcio, sdio, alumnio, bem como outros xidos, podendo reagir sem presena de gua ou pr simples fuso ou dissociao. Qumica, pode ser classificado em vidros de quatzo, vidro-silicato, vidroborossilicato e vidro-borato, os quais tm varias aplicaes industriais, como a fabricao de vasilhames, espelhos, elementos pticos. 2.2. Preparao do substrato 2.2.1. Desengraxamento e limpeza dos metais Todos os objetos de metal que estiverem em contato com as mos, leos de corte, de refrigerao, pastas de estampagem, etc..., apresenta sobre a sua superfcie, uma
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pelcula oleosa de maior ou menor espessura e, que devera ser eliminada necessariamente antes de submetermos sua superfcie a um processo qualquer de acabamento. Os processos de limpeza e desengraxamento so desenvolvidos a um extremo de perfeio, pois da qualidade deles depende diretamente a quantidade do acabamento que ser dado a superfcie metlica. A aderncia, resistncia a corroso e o acabamento so diretamente dependentes da uniformidade da superfcie, a qual est aderido o revestimento. O tempo de estocagem de uma pea oleada tambm tem influncia na limpeza. Duas peas iguais, se uma for estocada pr longo tempo e a outra desengraxada logo aps seu manuseio, apesar delas usarem o mesmo leo, a primeira requerer um tempo de desengraxamento maior que a Segunda. Este fenmeno tem sua origem, no fato de se formarem compostos entre os cidos graxos do leo ou da pasta, com o metal. 2.2.1.1. Graxas e leos que se aderem aos metais a) leos minerais b) leos animais ou vegetais c) leos derivados de graxos animais e vegetais 2.2.1.2. Mtodos para limpeza a) Fsico-qumico: desengraxamento com solventes clorados ou vapor ( ticloroetileno, tricloroetano, ercloroetileno ). b) Fsico-qumico: desengraxamento com emulses dos tipos leo em gua ou gua em leo. c) Eletroqumico: desengraxamento eletroltico com ligaes catdicas ou andicas. d) Qumico: limpeza com produtos cidos ou alcalinos com adio de solventes, passivadores, inibidores, tensoativos. e) Acstico e qumico: limpeza com ultra-som de freqncia entre 20 a 1000 kHz. 2.2.1.3. Desengraxamento alcalino Inicialmente imaginava-se que uma proporo relativamente alta de produtos alcalinos fosse responsvel pr um melhor desengraxe, pois sua ao era explicativa pela saponificao da camada oleosa. Verificou-se mais tarde, que o mecanismo do desengraxe era diferente. A saponificao existe mas em pequena escala, portanto no ela somente responsvel pelo desengraxamento. Depois que se verificou que os processos qumicos coloidais so os principais responsveis pelo desengraxamento e que a peptizao e o emulsionamento de leos e graxas mais importante que a saponificao, alterou-se a composio dos produtos desengraxantes. Os modernos desengraxantes contm compostos superficialmente ativos alm dos componentes alcalinos. 2.2.1.4. Desengraxamento com solventes orgnicos Os solventes orgnicos tem sido muito valorizado pr sua rpida e simples eliminao de toda classe de leos e graxas.
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Os antigos solventes inflamveis com benzina, benzol, toluol, etc..., vai sendo substitudo cada vez mais pr hidrocarbonetos, clorados no inflamveis como tricloroetileno, tricloroetano, ercloroetileno e tetracloreto de carbono. Estes desengraxantes orgnicos tm a vantagem de dissolver igualmente bem todas as graxas e leos, independentemente das suas propriedades da saponificao e emulso, no atacam os metais nem alteram sua cor deixando os
objetos secos e desengraxados. Alm disso, por destilao podem ser recuperados.

Sem dvida, os solventes orgnicos no so capazes de separar as partculas metlicas de usinagem, sem uma limpeza mecnica adicional. Outro inconveniente do solvente orgnico a sua ao toxica. 2.2.1.5. Limpeza com produtos cidos A limpeza de metais com produtos cidos rene o desengraxamento, a desoxidao e a passivao de camadas grossas de componentes orgnicos solveis em gua, componentes cidos e componentes superficialmente ativos. 2.3. Decapagem Na maioria dos metais, a ao atmosfrica forma sobre suas superfcies uma camada de xido, que em muitos casos so inconvenientes e cujo desenvolvimento a temperatura ambiente s se paralisa na maioria das vezes, depois de vrias horas ou dias, atingindo espessuras de vrios centsimos de mncros. de conhecimento geral, que o aumento de temperatura, as camadas de xido crescem mais depressa. 2.3.1. Decapagem com cido sulfrico Utiliza-se em concentrao de 4 20% em peso 45 80 C, o cido sulfrico passa atravs das fendas e poros da camada de xido e ataca a mais profunda, dissolvendo-a e atacando o metal. O hidrognio produzido pelo ataque do cido no ferro, faz saltar a camada de xido. Dos xidos de ferro livres mais facilmente solvel a chamada de xido. Dos xidos de ferro livres mais facilmente solvel a chamada wuestita, que corresponde xido pouco mais rico em oxignio que o FeO ( FeO deveria conter 77,75% de Fe e no wuestita encontramos somente 65,5% 76,9% de Fe ). A dissoluo dos xidos e do ferro metlico se acelera mais pela elevao de temperatura do que pela concentrao de cido. 2.3.2. Decapagem com cido clordrico A decapagem com cido clordrico se diferencia essencialmente em alguns pontos do realizado com cido sulfrico. A velocidade de decapagem pode ser acelerada, no somente pela temperatura, como tambm de modo fundamental pela concentrao do cido. O cido clordrico atua mais pela dissoluo qumica dos xidos do que pr desprendimento mecnico. O cloreto de ferro ( FeCl2 ) que resulta do ataque do cido solvel no cido clordrico sem limitao e aviva a atividade do banho.

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2.3.3. Decapagem com cido fosfrico No rpido na sua ao, ao contrrio do clordrico e sulfurico. usado de 15 a 40% em peso para trabalhos mais exigentes ( 50 80 C ), sendo entretanto mais comum seu uso 15 30% 60C: proporciona superfcie de ferro decapada uma ligeira proteo, em virtude da formao de fosfato de ferro. 2.4. Fosfatizao Na fase atual da tecnologia do combate corroso, tem esse tipo de revestimento especial importncia, que decorre no propriamente de suas propriedades intrnsecas, e sim de seus efeitos secundrios. O recobrimento fosftico no em isoladamente efeitos marcantes no combate corroso. Seu grande valor, sua grande importncia, se baseia na melhoria da qualidade que ele proporciona outros meios bastantes conhecidos de proteo. 2.4.1. Reaes envolvidas no processo No tratamento de peas de ferro com fosfrico, forma-se em primeiro lugar fosfato de ferro primrio, liberando hidrognio pela reao: Isso caracteriza uma ao decadente, mas forma-se tambm fosfato secundrios e tercerios, os quais se depositam numa camada fina na superfcie de pea. 2.5. Controles produtivos dos processos de produo Mostramos como ocorrem os processos de tratamento de superfcies em nossas linhas de pr-tratamentos. Um aspecto de importncia, o fato de que cada etapa do tratamento, ou seja, desengraxamento, lavagem, Fosfatizao, etc..., esto intimamente relacionadas entre se; isto , no conseguiremos uma boa qualidade de fosfato, se no tivermos condies ideais no desengraxamento ou etapas anteriores ou posteriores Fosfatizao. Torna-se de importncia primordial, a execuo de controles que nos permitem uma viso individual de cada etapa do processo, e dos materiais empregados. 2.5.1 Controle das temperaturas A temperatura fator importante durante todo o processo de tratamento ps ela regula as velocidades das reaes que ocorrem. Torna-se evidente um controle rigoroso deste fator, a fim de se obter resultados favorveis qualidade final do produto. 2.5.2. Controles das concentraes A concentrao do material tambm fator importante no processo, visto que os resultados obtidos dependem da perfeita atuao do material empregado em condies de se obter o mximo rendimento. Tendo em vista, que a determinao das concentraes
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envolve mtodos estritamente qumicos, passaremos a discorrer sobre mtodos empregados em cada etapa do pr-tratamento. 2.5.2.1. Desengraxamentos Se tivermos um banho de desengraxamento em alta concentrao ( acima de 3% ), teremos problemas de contaminao nos demais banhos da linha, face ao grande nmero de carroceiras ou peas que passam pelo banho de desengraxamento. Paralelamente, Ter problemas de dissoluo da tinta dos dispositivos de transporte, o que acarretar prejuzo para a manuteno, alm de estarmos operando com o excesso de material, o que aumentar o custo. Ao contrrio, se tivermos o banho em baixa concentrao, teremos um mal desengraxamento, e poderemos notar quedas de gua nas peas tratadas. 2.5.2.1.1. Determinao da concentrao do banho desengraxante Controla-se a concentrao de material desengraxante, determinado-se alcalinidade total do banho em servio. O mtodo empregado, a neutralizao da amostra com cido de concentrao conhecida. A partir do volume gasto, calcula-se a concentrao pr meio de um fator calculado previamente, ou pr designao do volume de cido gasto. 2.5.2.2. Refinador O refinador e o elemento que determina as caractersticas da camada de fosfato depositada. Se tivermos um banho refinador concentrado, este reagir com a superfcie metlica provocando sua passivao, e manchando ( carbonatos bsicos de ferro ), o que prejudicar a atuao do fosfatizante, fornecendo-nos uma camada de fosfato heterognea e insuficiente para a proteo anticorrosiva. 2.5.2.2.1. Controle da concentrao do refinador No caso do refinador, a reposio continua sendo realizada pr bombas dosadoras. O pH do banho deve ser mantido entre 7,5 e 8,0 , o trasbordamento de gua devera ser contnuo para que a temperatura esteje, sempre abaixo de 35 C, evitando a passivao das peas tratadas; a limpeza das peneiras devera ser executada de modo a evitar o acmulo de resduos no banho sendo prescrita a execuo duas vezes pr turno. 2.5.2.3. Banho fosfatizante Existem dois processos de fosfatizao, a saber, pr Spray e pr imerso. Os materiais empregados num e outro caso diferem quando a sua formulao, sendo portanto elaborados em funo especfica para cada processo de aplicao a que se destina. O recobrimento fosftico o mais importante elemento no tratamento superficial, e o desengraxamento e refinador, visam melhorar as condies de deposio de fosfato na superfcie tratada.
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2.5.2.3.1. Fatores essenciais que devem ser controlados 2.5.2.3.1.1. Acidez livre O controle da acidez livre, visa evitar o aparecimento de manhas manter a espessura da camada sem causar passivao da superfcie. O mtodo baseia-se na verificao do volume consumido pela amostra de uma soluo de hidrxido de sdio de concentrao conhecida para levar a soluo a um pH de 3,9, a 4,1 . 2.5.2.3.1.2. Acidez total Com a acidez total elevada, termos um consumo elevado de material, bem como camadas de baixas espessuras fornecendo pouca proteo. A determinao da acidez total, baseia-se na neutralizao do cido da amostra pela adio de uma soluo de ( concentrao conhecida ) hidrxido de sdio at pH 7,9 8,1. 2.5.2.3.1.3. Determinao da concentrao do acelerador O mtodo indicado a utilizao de um sacarmetro mediante a adio de 2,0g de Ac. Amido sulfnico. O volume do gs liberado ser a porcentagem de aceleradores ao banho. 2.5.2.3.1.4. Fosfatizantes Alm do controle de acidez livre o total acelerador, controla-se tambm a concentrao do material fosfatizante do banho, efetuando-se relao entre acidez total e livre. Entende-se pr material fosfatizante, o produto qumico que entra na maior proporo ma consolidao da camada fosftica, pr exemplo fosfato de zinco, fosfato de ferro ou mangans. 2.5.3. Controle da presso nos bicos A presso do jato importante, devido a ao mecnica exercida durante o tratamento. No desengraxamento os compostos organometlicos formados na reao leometal, so quimicamente pouco ativos, tornando-se necessrio aumentar a energia para reao de desengraxe, utilizando-se temperatura e ao mecnica que fornecida pelo aumento da presso do jato. Dessa maneira teremos um bom desengraxamento.

III PRODUO
Apresentamos no quadro abaixo, um grfico que traa em linhas gerais este processo representando as principais etapas de produo.
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1 pesagem 2 pre-disperso 3 disperso 4 completagem 5 acertos finais 6 enlatamento 3.1. Formulao Os formulados desenvolvem a tinta a partir da necessidade do cliente analisando o tipo de substrato ao qual a tinta ser aplicada e o sistema de pintura utilizado. Considerando sempre a utilizao de frmulas j existentes que atendem as especificaes do produto. 3.2. Pesagem a medio das matrias-primas. muito importante que a leitura do peso seja feita corretamente, assim como a quantidade pesada deve corresponder ao indicado na ordem de produo (OP ). 3.3. Pr-disperso feita em dispersor com agitao, onde so adicionados as matrias-primas em forma de p, juntamente com a resina e o solvente. Esta Pr-disperso chama-se massa moagem. 3.4. Disperso a complementao do trabalho de Pr-disperso, uma amlgama entre pigmentos e inertes (slidos) com resinas e / ou vernizes lquidos. No final do processo teoricamente, cada partcula de pigmento / inerte tem de estar envolvido pr uma camada homognea de lquido. No processo de disperso, os pigmentos e inertes so dispersos em quantidades pr-determinadas de resinas e solventes, para serem transformadas num estado pastoso ou lquido. Esta disperso pr um ou combinao destes equipamentos: Dispersador de discos ( cowles ) Moinho de areia Moinho de bolas Moinho de rolos

O tipo e o tempo de disperso dependem do pigmento e / ou inerte utilizado, como tambm do necessrio grau de disperso a ser obtido.

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3.4.1. Dispersador de discos ( cowles ) O cowles essencialmente consiste de uma lmina circular dentada, montada sobre eixo com alta rotao, que verticalmente centrado em um tanque cilndrico. cowles: 15 / 20 cv 2 velocidades: 720 / 1420 rpm carga mxima: panela de 400 litros carga mnima: tambor de 100 litros cowles: 50cv velocidade varivel de 400 a 1600 rpm carga mnima: 1250 litros carga mxima: 2500 litros

3.4.2. Moinho de areia Basicamente o processamento pr moinho de areia consiste em bombear uma mistura homognea de pigmento mais veculo ( massa de moagem ), atravs de um cilindro com areia, sujeita a intensa agitao. Durante a passagem da massa de moagem pela regio de areia agitada, esta executada um efeito de corte sobre ela, tendo como resultado a dispreso do pigmento no veculo. A agitao da massa de moagem produzida pela rotao de uma srie de discos sobrepostos num eixo central. A velocidade perifrica dos discos da origem de 2000 ps / min. O fluxo se aproxima de regime turbulento, gerando entre cada dois discos o que se pode grosseiramente chamar de redemoinhos duplos. Estes providenciam um excelente efeito de disperso, especialmente nas regies prximas das superfcies impelidoras e das paredes do container. Caractersticas das cargas: areia: 20 / 30 mesh slica esferoidal vidro: dimetro 205 / 3,0 mm granalha: dimetro 2,0 / 3,5 mm

3.4.2.1. Utilizao Teoricamente podemos usar os moinhos ( seja qual for seu agente de moagem), para dispensar qualquer tipo de tinta, mas devemos selecionar em funo de: rendimento, contaminantes, densidade, volume, etc... 3.4.3. Moinho de rolos ( calandra ) Esta mquina constituda basicamente de trs rolos, possuindo cada um em relao ao outro, velocidade e rotao diferentes entre se. A massa de moagem aderida aos
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rolos sofre o efeito de corte gerado pelo movimento dos mesmos, provocando o rompimento dos aglomerados. Pelo alto efeito de corte, o moinho de rolos especialmente indicado para processar pigmentos e cargas duras de difcil de disperso, ou pr ltimo, quando se quer uma excelente disperso. O moinho de rolos tem a vantagem de trabalhar com sistemas viscosos, o que para outras mquinas fator limitante. A composio da massa de moagem deve ser caracterizada, no unicamente pr alta viscosidade, mas tambm pelo uso de veculo com alta contedo de slidos. O veculo na massa de moagem deve ser zero a um mnimo de 40% de volt4eis. A introduo de alto teor de volteis na composio da massa de moagem, geralmente, conduz a uma pior disperso e uma reduo na velocidade de passagem da massa. 3.4.4. Moinho de bolas Um moinho de bolas consiste essencialmente de um container cilndrico, montado horizontalmente e parcialmente cheio com bolas de ao, cermica, porcelana ou seixo. A disperso proporcionada pelo choque de bolas entre si e com o tambor. O movimento das bolas proporcionado pela rotao do moinho e torno de um eixo axial. A movimentao de maior rendimento a chamada cascata. Como a velocidade do moinho de bolas fixa, a viscosidade da massa de moagem devera ser tal que, permitida o regime de cascata. Portanto qualquer alterao na formulao da massa de moagem, pode conduzir a outro regime que no este ( ideal ), o que acarretaria aumento sensvel no tempo de moagem, ou at a impossibilidade de atingir a disperso desejada. 3.5. Completagem a adio da matria-prima que no havia entrado na massa d moagem. Essa adio feita no misturador de contrapeso sob agitao. 3.6. Cor A cor no existe pr si s. Ela necessita de trs fatores para existir: fonte de luz, objetivo e observador. A Luz ilumina o objetivo, o objeto reflete parte desta luz , e essa luz refletida, chega at nossos olhos e interpretada pelo crebro como seno uma determinada cor. 3.7. Filtrao Fazemos a filtrao quando necessrio retirar da tinta sujeiras ( pequenas ou grandes ), que podem causar problemas no sistema de aplicao dos clientes. 3.7.1. Principais sujeiras das tintas Os principais contaminantes ( sujeiras ) encontrados nas tintas so:
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Vidros Metais Cascas Fibras Resduos ( cargas / pigmentos ) Poeiras

A filtrao uma operao necessria quando sujamos uma tinta, o que pode acontecer sem nos darmos conta. O importante conhecermos a origem dos contaminantes, deste modo evitamos a contaminao. Identificaremos a seguir as principais origens das contaminaes e quais atitudes tomar para elimin-las: 3.7.2.Pesagem dos ps Durante a passajem de ps, empilhado um saco sobre o outro, ficando ps soltos sobre os sacos, estes acabam indo para o interior do lquido durante a operao de adio dos ps, como soluo para evitarmos este tipo de contaminao necessria a limpeza da parte externa dos sacos. 3.7.3. Tipos de filtrao Utilizamos alguns tipos de elementos para a filtrao, so eles: Peneira Saco Cartucho

Estes elementos so utilizados em dois mtodos de filtrao: filtrao pr superfcie e filtrao pr profundidade. 3.7.3.1. Filtrao pr superfcie o mtodo mais simples e barato. Consiste basicamente em passar a tinta atravs de uma malha perfurada com orifcios de um tamanho definido. Neste tipo de filtrao tem-se dois tipos de elementos filtrantes a peneira e o saco. 3.7.3.1.1. Peneira o elemento onde a tinta largada sobre malha e esta escoa atravs dos orifcios. Como trabalhamos com tintas viscosas, geralmente usamos malhas com aberturas grandes. J para os solventes possvel utilizarmos malhas mais finas a ainda obtermos produtividade. Utilizamos este tipo de filtrao na sada dos moinhos e nos funis do enchimento.
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3.7.3.1.2. Sacos Os sacos so na realidade uma malha em forma de saco dentro de uma carcaa pr onde a tinta bombeada. Este tipo de filtro utilizado quando se que uma grande vazo e baixo custo. 3.8. Enlatamento A operao de enlatamento e muito importante, pois nela que est resumida toda a qualidade obtida durante a fabricao da tinta. Mtodos: a) Pr peso o mtodo mais fcil de ser controlado. Estando a balana aferida, enche-se a embalagem at o peso desejado. b) Pr volume realizado em mquinas automticas regulando o volume desejado. Os principais passos a serem seguidos so os seguintes: Identificar o produto, embalagens e quantidades ( volume e peso ). Utilizar EPIS necessrios Preparar as embalagens Agitar a tinta Preparar os sistema de filtrao especificado, quando necessrio Retirar contra-amostra, para confirmao de qualidade do produto enlatado e possvel reclamao do cliente Regular a maquina de acordo com a embalagem e o volume a serem utilizados. Verificar a limpeza de todo o equipamento Inlatar o produto com ateno Anotar a quantidade de produto enlatado Aps o encerramento do enlatamento, todo o equipamento deve ser limpo.

IV CONTROLE DE QUALIDADE
Avaliamos os nossos produtos atravs dos seguintes testes:
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4.1. Viscosidade copo ford Norma: ASTM (D 1200) 27

Este mtodo serve para determinar a viscosidade de tintas e correlatos, atravs do tempo de escorrimento no viscosmetro copo ford a 25 C. O dimetro do copo relacionado de modo que o tempo de escobrimento permanea nas faixas de 20 a 100 segundos. Quando o tempo for maior que o especificado, o controle de temperatura fica dificultado, e no caso de lquidos muito viscosos, resulta na dificuldade de julgar o rompimento do fluxo. Aparelhos: Viscosmetros copo ford; Cronmetro com graduaes de 0,2 segundos; Termmetro; Nvel montado em placa de vidro; Suporte para o copo, com pernas regulveis; Raspador de nvel, feito de vidro; Banho Maria a 25 C. Preparo da amostra:

A amostra do material deve ser perfeitamente homognea, livre de material estranhos e bolhas de ar. Momentos antes de realizar-se o teste, ajusta-se temperatura do material e do corpo para 25 C. quando se medir a temperatura do lquido corre do orifcio, esta no devera apresentar uma variao maior que 0,5 C. Tcnica:

O viscosmetro inicialmente nivelado. Feito isso, fechar o orifcio com o dedo e abastecer o corpo com a amostra preparada, vertendo-a pequena altura at o nvel mais elevado do corpo, de tal maneira que fique perfeitamente nivelado. Aguardar alguns segundos para subida das bolhas de ar. Retirar o excesso do produto, raspando suavemente a superfcie do copo com o raspador de vidro. Com o cronmetro, medir o termo desde o momento inicial do fluxo, quando o orifcio aberto pela remoo do dedo at a primeira quebra de fluxo continuo. Expresso

Salvo exigncia contraria, expressar o resultado com a aproximao de um segundo, com a indicao do copo usado. 4.2. Viscosidade Krebs-stormer

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Este mtodo serve medir a consistncia das tintas atravs de viscosmetro stormer. A consistncia neste mtodo expressa em termos de carga em gramas requerida para produzir uma velocidade especifica de torqueamento. Na expresso a carga em gramas convertida em unidades Krebs. Aparelhos Viscosmetro stormer com o rotor tipo hlice e cronmetro estreboscpico; Termmetro com escala de 0,1 C. Tcnica:

Uma amostra de material perfeitamente homognea e filtrada transferida para o recipiente de ensaio at /4 do seu volume. Ajustar a temperatura da amostra a 25 C e manter esta temperatura durante o teste. Movimentar a tinta cuidadosamente par evitar a formao de bolhas de ar e colocar o recipiente sob teste na plataforma do viscosmetro. Imergir o rotor na amostra at a marca do eixo, e ligar o circuito da lmpada. Norma: ASTM (D 562 ) 27 Gardner-sward, 1972

4.3. No-volteis Corta-se com uma tesoura dois pedaos iguais de papel alumnio e logo aps pesa-se em uma balana analtica. Depois se coloca 0,5g de amostra sobre um dos pedaos de papel alumnio e anotasse o peso (com outro papel sobre a amostra). Espalha-se bem a amostra entre os dois pedaos de papel. Coloca-se na estufa pr 30 minutos com a parte da tinta virada para cima e suportadas pr uma chapa rgida. Aps retirasse da estufa e resfria-se em dessecador. Finalmente pesa-se os dois papis alumnio com a tinta seca. 4.4. Razo de contraste Este mtodo visa determinar a capacidade de uma tinta de encobrir o substrato atravs da razo de contraste em um calormetro. Aparelhos: papel com contraste preto; extensos tipos Bird 60 micocrons; calormetro. Procedimento

Misturar bem a tinta e aplicar sobre o papel um filme com o extensor. Seque o filme em estufa aberta, logo aps deixar o filme esfriar e fazer a leitura no calormetro.

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4.5. Cor Misturar-se bem a tinta e aplica-se um filme da mesma em uma placa de vidro com extensor de 60 microns. 4.6. Densidade Mtodo do picnmetro Este mtodo serve para determinar a massa especfica de lquidos, solues ou disperses em geral. Massa especifica a massa possui uma unidade de volume do material. Aparelhos: picnmetro de vidro ou metlico, com a capacidade para 50 ou 100 centmetros cbicos de gua a 25 C; balana analtica ou semi-analitica; termmetro graduado em 0,1 C. Procedimento

Pesar o picnmetro com a respectiva tampa. Com a amostra na temperatura de 25 C, encher o pignmetro at prximo borda. Cuidadosamente (evitando bolhas de ar ) colocar a tampa e pesar o conjunto. 4.7. Brilho Este mtodo serve para medir o brilho refletido de filmes, nos ngulos de 20, 60 e 85 graus. O mtodo baseia-se na media fotoeltrica da luz refletida diretamente pela superfcie de um objeto num ngulo determinado. As medies so realizadas nos ngulos citados acima. Aparelhos Aparelho especfico para a medida de brilho segundo ASTM 523. Painis o substrato dever ser uma placa de vidro de qualidade espelho, com espessura mnima de 3 mm e com rea de no mnimo, 20 mm. 120mm, j que superfcies deformadas ou onduladas, podem afetar seriamente os resultados.

4.8. Dureza no pndulo ou dureza kroing

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Este mtodo serve para determinar a dureza de tintas e produtos relacionados, atravs do amortecimento das oscilaes de um pndulo nas condies especificadas. Estas oscilaes de um pndulo so mais fortemente amortecidas quando mais macio o filme de recobimento. A medida de amortecimento o tempo em segundos no qual o movimento basculante do pndulo descreve a um valor menor. 4.9. Cobertura quadrcula Este mtodo serve para comparar a capacidade da pelcula seca de uma tinta de encobrir uma superfcie com contraste branco e preto, em relao ao padro preestabelecido. Material: Aplicadores de filme espiral ou bird; Cartes com contrastes branco e preto, com uma demo de verniz isolante. O verniz aplicado a pistola; Bomba de vcuo ligada chapa pr tubulao; Amostras de tintas bem homogeneizadas. Procedimento:

Coloca-se carto a chapa de metal, ajustando para que todos os furos da chapa estejam cobertos. Liga-se a bomba de vcuo. Coloca-se o aplicador, a tinta em teste e ou a tinta padro, sobre o carto. Puxa-se o aplicador com firmeza, sem interrupes. Desligue a bomba de vcuo. Retira-se o carto e deixa-se ele secar. 4.10. Nivelamento NYPC ( new york society for paint and technology ) Este mtodo serve para verificar o nivelamento atravs da facilidade que a tinta possui para unir as marcas deixadas pelo instrumento utilizado para aplicao da tinta. Aparelhos: Uma placa de vidro; Um Aplicador NYPC. Procedimento:

Pegar um painel de vidro perfeitamente limpo e seco. Colocar no sentido transversal do vidro e colocar uma toalha de papel sob o vidro, na outra extremidade. Homogeneizar bem a tinta e coloc-la em toda a extenso da concavidade do aplicador. As condies de viscosidade da tinta devero estar de acordo com o combinado entre as partes. Puxa-se o aplicador com firmeza e velocidade constante at que caia fora do painel, junto com o excesso da tinta, sobre o papel toalha. Deixar o painel secar ao ambiente, na posio horizontal.
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4.11. Grau de disperso de pigmentos Este mtodo serve para medir o grau de disperso de pigmentos em tintas e produtos correlatos. Aparelho

O medidor de grau de disperso num bloco de ao no qual est gravado um ou dois canais em forma de cunha (possuindo usualmente 4 mil de profundidade numa extremidade e zero mil na outra) e um raspador de ao. Procedimento

Coloca-se o aparelho limpo e seco na posio horizontal, sobre uma base fixa. Agita-se a amostra vigorosamente at completa homogeneizao, evitando a formao de bolhas de ar. Colo-se uma quantidade de amostra na parte funda da calha, suficiente para transbordar levemente. Segura-se o puxador obre a superfcie do bloco na posio prxima vertical com inclinao para o operador. 4.12. Disperso ao microscpio Este mtodo serve para verificar o grau de disperso que os pigmento e cargas possuem em uma determinada tinta. Materiais Uma da tinta em teste; Um copo de becker e um basto de vidro; Solvente ou soluo adequada para a tinta. A soluo dever Ter os solventes e resinas existentes na tinta em teste; Um microscpio com poder de resoluo adequada, normalmente de 2500 vezes. Procedimento

Colocar o solvente ou a ao em quantidade apropriada, normalmente at um volume de 20 ml da escala do copo de Becker, mantendo a mesma quantidade em todas as amostras em exame. 4.13. Resduo de peneirao em tintas Este mtodo serve para determinar a quantidade de material retido em peneira especifica. 4.14. Estabilidade
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Realiza-se trs tipos de estabilidade, que so respectivamente estabilidade ao calor, ao frio e ao ar. Na estabilidade ao ar observa-se a separao de fases aps trinta dias de estocagem ao natural. Na estabilidade ao calor e ao frio observa-se a mudana ou no das caractersticas fsicas da tinta. A estabilidade ao calor aps trinta dias de estocagem na estufa a 60C, e a estabilidade ao frio aps duas semanas de estocagem no freezer e ao natural. Ciclo de estabilidade ao frio; 18 horas ao frio e 8 horas ao natural. 4.15. Testes com a tinta diluda Teste efetuados no intuito de verificar o comportamento da tinta aps a sua diluio. Observam-se as mudanas das caractersticas fsicas da tinta a partir de testes de viscosidade, densidade, NYPC, razo de contrastes e cobertura quadrcula. 4.15.1. Avaliao de aplicao prtica e caractersticas finais da tinta seca Avaliao feita a partir da aplicao da tinta diluda, conforme recomendao, em parede preparada com massa e selador. Observam-se rendimento, cobertura e nivelamento. 4.16. Slidos pr volume Este mtodo serve para determinar o volume de no volteis pr volume de tinta. 4.17. Rendimento Este mtodo serve para determinar o rendimento de tintas, vernizes e produtos correlatos. 4.18. Secagem Realizam-se tipos de secagem, a secagem manual e a secagem. Gardner. Na secagem manual observa-se trs estgios que so secagem ao toque, ao manuseio e completa. A secagem Gardner faz-se em aparelho de secagem Gardner 24 horas e avalia-se em trs estgios tambm. 4.19. Aderncia Este mtodo serve para avaliar a aderncia de uma ou mais camadas de tintas (sistema de pintura) sobre sua base.

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V RECUPERAO DE SOLVENTE
5.1. Introduo Desenvolvemos um solvente para limpeza compatvel com toda nossa linha de produtos para a limpeza dos equipamentos de produo. Aps a saturao de produtos para a limpeza dos equipamentos de produo. Aps a saturao desde solvente, eliminamos os resduos atravs de um recuperador de solventes sujos. 5.2. Processo O solvente sujo introduzido pelo decantador, sofrendo evaporao e subserqentemente conteno deixando os resduos no fundo do equipamento. Os solventes purificados so sangrados. Atravs de torneira lateral o recuperador. O calor da vaporizao fornecido atravs de energia eltrica enquanto que o calor cedente da condensao retirado pela gua de resfriamento. Uma tela debaixo da tampa do decantador evita a entrada de objetos junto com o solvente sujo e a borra retirada sempre quando necessrio pela vlvula do fundo do recuperador. gua e resduos, eventualmente contidos no solvente sujo, so depositados no decantador e retirados, sempre quando necessrio, pela vlvula deste secantador. 5.3. Vantagens Estoques de solventes de limpeza reduzidos Custos de solventes de limpeza reduzidos Ocupa espao reduzido Operador simples.

5.4. Resduos Os resduos so processados em moinhos e aproveitados em tintas serralheiros (tintas para grandes, etc...)

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CONCLUSO

Tintas so misturas heterogneas que de materiais de diferentes naturezas qumicas como resinas, solventes, pigmentos, cargas e aditivos, e que devem ser processadas para que haja compatibilidade entre elas. As resinas slidas normalmente devem ser previamente dissolvidas em forma de soluo, antes de sua utilizao na tinta. Os pigmentos so ps que se apresentam sob a forma de aglomerados e precisam ser separados e modos junto com a resina para que haja a reduo adequada do tamanho das partculas, e desenvolvimento pleno da cor e estabilizao, para que no haja separao posterior. Aps a produo, a tinta passa pelo processo de completagem e acerto de cor, sendo para isto, testada no controle de qualidade. O processo de produo de uma tinta bastante complexo, envolvendo vrias caractersticas qumicas e fsicas a serem analisadas. Trabalhando com tintas, descobri a cada dia novas propriedades relacionadas com seu aspecto qumico e concluo que seria necessrios alguns anos de pesquisa e trabalho, para poder considerar-se conhecedor do assunto, justamente pelo fato de ser muito abrangente.

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BIBLIOGRAFIA 1. ASTM Annual Book of ASTM Standards, Paint Fatty Oils and Acids, Solvnt, Miscellancous, Aromatic Hidrocarbons, Naval Store, Part 27/28/29, 1992. 2. BATTY, T.K., the use of Gardner instruments for colour measurement, Reprinted from Food-review, vol 38, n 5, pp. 44-47. 3. BRANTLEY, L. Reed, Woodward, A e Carpenter, G., Adhesion of laquers to notferrous metals, reprinted from Industrial and engineering chemistry, outubro de 1952, vol 44, pp. 2386-2389. 4. FAZANO, Carlos Alberto T.V., Tintas Mtodos de Controle de pinturas E superfcies, Hemus Editora Ltda. 5. DRYNG Methods for Furmiture Finishes, FIRA Bulletin, pp. 1-2, 4, N59, 1977. 6. FOLDES, A. G., Corroso e Tratamento Superficiais de Metais, So Paulo, Associao Brasileira de Metais. 7. FUEDRICH, R., Corroso e Tratamento Superficiais de Metais, So Paulo, Associao Brasileira de Metais, 1971. 8. GENTIL, Vicente, Corroso, Rio De Janeiro, Almeida Neves Editora Ltda, 1970. 9. MACHU, Willi, Fosfatizzazione dei metali, Urico Hoepli, Milano 1955. 10. MARTIN, G., Point sur L oyration et Le traitement des efluents ( eau air ), Bactriologie des milieuxs aquatiques Aspects cologiques et sanitares, Volumes 2.1 e 2.2 Technique et Documentation ( Lavoisier ), 1985.

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