Mediunidade Na Terceira Idade
Mediunidade Na Terceira Idade
Mediunidade Na Terceira Idade
Apresentação
Neste trabalho abordarei a experiência de duas senhoras que descobriram que eram
médiuns na Terceira Idade, e que aceitaram com naturalidade o fenômeno e hoje convivem
de forma harmoniosa com esse potencial psíquico, sem que o mesmo afete o seu cotidiano.
Ambas são alunas da Universidade Aberta da Terceira Idade, um dos programas mantidos
pela FESC.
A primeira aluna ingressou na escola no ano de 2005, quando estava com 58 anos
de idade. Certo dia, manifestando uma desesperadora crise depressiva, além de sofrer com
visões e outros fenômenos que a ciência tradicional classificaria como sintomas de
esquizofrenia, ela foi orientada por outra aluna a me procurar. Conversando com ela em
particular, notei que a aluna apresentava sinais de uma mediunidade ostensiva e que
precisava conhecer melhor o fenômeno para saber lidar com ele. Expliquei o meu ponto de
vista e ela me respondeu que era católica praticante e que nunca tinha acreditado na
possibilidade da mediunidade existir. Porém, devido à gravidade de seu problema, pediu-
me auxilio.
Ela aceitou participar do grupo e, após alguns meses de estudos, começou a dar
“passagem” para entidades espirituais típicas da Umbanda, como os “pretos-velhos”, os
“índios”, as “crianças”, os “médicos” e os “ciganos”.
Após adquirir confiança e mais controle sobre esse fenômeno, a aluna foi trabalhar
em um centro espiritualista localizado na cidade de São Carlos/SP que realiza trabalhos de
Umbanda e de Apometria. Além da incorporação, ela passou a psicografar mensagens,
principalmente de sua mãe e de seu marido, ambos já falecidos.
Em 2007, ela foi procurada por uma jornalista da revista “Sou mais eu!” e foi capa
de uma edição cujo tema foi “eu converso com os espíritos”. A aluna não deixa de
freqüentar a igreja católica, mas hoje aceita o fenômeno mediúnico com mais naturalidade e
serenidade. “Da mesma forma que a Igreja teve que aceitar que a Terra é redonda e gira em
torno do Sol, terá que aceitar, um dia, que nossa pátria é o mundo espiritual e que, quando
Deus permite, existe a possibilidade de comunicação entre os ‘mortos’ e os ‘vivos’, como
registra a Bíblia na passagem em que o rei Saul conversou com Samuel, já morto”, ela
afirma.
http://www.youtube.com/watch?v=xfsfbAoG5-k
Ela nos narra que após o nascimento da filha começou também a ter vidências. Hoje
ela trabalha como médium no centro acima, local que freqüenta há mais de 30 anos, sem
que isso afete ou prejudique sua vida cotidiana. Em suma, a mediunidade é mais um fato
natural que faz parte de sua rotina, apesar de muitos acadêmicos ainda considerarem o
fenômeno como um sintoma de patologia mental.
Conclusão
Bibliografia
MELO, Alex Leite Melo e MOREIRA, Leila Dittmar. Estados alterados de consciência,
percepções extra-sensoriais e mediunidade: percepções que agravam o curso das doenças
mentais?. III Simpósio Internacional sobre Religiosidades, Diálogos Culturais e
Hibridações. UFMS: Campo Grande, 2009.