Experimento 9
Experimento 9
Experimento 9
Sumrio
1. Introduo ..........................................................................1 2. Objetivos .............................................................................3 3. Materiais e Reagentes ........................................................3 4. Procedimento Experimental ...............................................3 5. Resultados e discusso .......................................................6 6. Concluso............................................................................8 7. Referncias Bibliogrficas ...................................................8
1. Introduo
Uma reao qumica ocorre quando certas substncias sofrem transformaes em relao ao seu estado inicial. Para que isso possa acontecer, as ligaes entre tomos e molculas devem ser rompidas e devem ser restabelecidas de outra maneira. No existe uma velocidade geral para todas as reaes qumicas, cada uma acontece em sua velocidade especfica. Algumas so lentas e outras so rpidas, como por exemplo: a oxidao (ferrugem) de um pedao de ferro um processo lento, pois levar algumas semanas para reagir com o oxignio do ar. J no caso de um palito de fsforo que acendemos, a reao de combusto do oxignio ocorre em segundos gerando o fogo, sendo assim uma reao rpida. [3]
Cintica qumica o estudo da velocidade das reaes, de como a velocidade varia em funo das diferentes condies e quais os mecanismos de desenvolvimento de uma reao Velocidade de uma reao qumica o aumento na concentrao molar do produto por unidade de tempo ou o decrscimo na concentrao molar do reagente na unidade de tempo. [1] Fatores que afetam a velocidade de uma reao qumica: Estado fsico: O estado fsico (slido, lquido, ou gasoso) de um reagente um importante fator da taxa de reao. Quando reagentes esto na mesma fase, como em soluo aquosa, o movimento trmico os coloca rapidamente em contato. Entretanto, quando eles esto em diferentes fases, a reao limitada a interface entre os reagentes. A reao somente pode ocorrer na rea de contato, no caso de um lquido ou gs, na superfcie de um lquido.[2]
Concentrao de reagentes: Quanto maior a concentrao dos reagentes, mais rpida ser a reao qumica. Essa propriedade est relacionada com o nmero de colises entre as partculas. Exemplo: uma amostra de palha de ao reage mais rpido com cido clordrico concentrado do que com cido clordrico diludo.
Temperatura: De um modo geral, quanto maior a temperatura, mais rapidamente se processa a reao. Podemos acelerar uma reao lenta, submetendo os reagentes a uma
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temperatura mais elevada. Exemplo: se cozinharmos um alimento em panela de presso ele cozinhar bem mais rpido, pois devido elevao da presso exercida sobre a superfcie do lquido, a sua temperatura de ebulio ir tambm aumentar e ser maior em relao s panelas comuns.
Luz: Certas reaes, as chamadas reaes fotoqumicas, podem ser favorecidas e aceleradas pela incidncia de luz. Trata-se de uma reao de fotlise, ou seja, da decomposio de uma substncia pela ao da luz. Podemos retardar a velocidade de uma reao diminuindo a quantidade de luz. Exemplo: A fotossntese, que o processo pelo qual as plantas convertem a energia solar em energia qumica, uma reao fotoqumica.
Catalisadores: So substncias capazes de acelerar uma reao. Exemplo: alguns produtos de limpeza contm enzimas para facilitar na remoo de sujeiras. Essas enzimas facilitam a quebra das molculas de substncias responsveis pelas manchas nos tecidos.
Superfcie de contato: Quanto maior a superfcie de contato dos reagentes, maior ser a velocidade da reao. Exemplo: os anticidos efervescentes quando triturados se dissolvem mais rpido em gua do que em forma de comprimido inteiro, isto porque a superfcie de contato fica maior para reagir com a gua. [3]
Presso: Um aumento de presso em um sistema em reao implica uma diminuio em seu volume. Desse modo, haver um numero maior de partculas reagentes por unidade de volume (aumento na concentrao), o que possibilitar um maior nmero de colises efetivas entre as partculas. Notar que a presso s exerce influncia significativa na taxa de reao quando houver ao menos uma substncia gasosa como reagente.
A importncia do estudo da cintica qumica muito ampla, j que se relaciona com temas como, por exemplo, a rapidez com que um medicamento atua no organismo ou com problemas industriais, tais como a descoberta de catalisadores para acelerar a sntese de algum novo produto. [2]
2. Objetivos
Objetivo deste experimento verificar os fatores que influenciam na velocidade das reaes qumicas.
3. Materiais e Reagentes
3 bqueres de 100 mL 5 bqueres de 50 mL Conta-gotas 3 vidros de relgio cido ascrbico no suco de limo Almofariz e pistilo 2 comprimidos de sonrisal Perxido de hidrognio (H2O2) 10 volumes Dixido de mangans (MnO2) Almofariz e pistilo gua gelada, quente e na temperatura ambiente Soluo de Sulfato de cobre penta hidratado (CuSO4. 5H2O) 1,0 mol/L Soluo de Sulfato de cobre penta hidratado (CuSO4. 5H2O) 0,1mol/L Soluo de Sulfato de cobre penta hidratado (CuSO4. 5H2O) 0,01mol/L Batata crua Esponja de ao Berinjela
4. Procedimento Experimental
Temperatura Em cada bquer de 100 mL, colocou-se gua at a marca de 50 mL com a seguinte ordem de temperatura: no primeiro gelada, no segundo temperatura ambiente e no terceiro quente. Adicionou-se simultaneamente, em cada bquer 1 comprimido de Sonrisal. Obsevar e comparar a ordem em que terminam as reaes nos trs bqueres.
Superfcie de Contato Em 2 bqueres de 100 ml colocou-se gua at a marca de 50 mL. No almofariz, triturou-se 1 comprimido de Sonrisal com o auxilio do basto de madeira.
Adicionou-se, simultaneamente, em um dos bqueres 1 comprimido de Sonrisal sem triturar e ao outro 1 comprimido de Sonrisal triturado. Observar em qual caso a reao terminou primeiro.
Mergulhou-se em cada bquer, ao mesmo tempo, um prego e deixou em repouso por aproximadamente 2 minutos. Retiraram-se os pregos da soluo e foram colocados em um vidro de relgio, tomando cuidado para no mistura-los. Comparar os trs pregos e anotar as observaes.
Catalisador Em dois bqueres de 50 mL, colocou-se soluo de agua oxigenada at a primeira marca. Acrescentou-se a cada um dos bqueres 20 gotas de detergente. Adicionou-se em apenas um bquer um pedao de batata. Observar e comparar as reaes.
Inibidor Cortou-se uma fatia do meio de uma berinjela e colocou-se sobre o vidro de relgio. Logo a seguir, espalhou-se suco de laranja na metade da superfcie da berinjela e deixou em repouso por alguns minutos. Anotar suas observaes e explicar o que ocorreu.
Superfcie de Contato
Em 2 bqueres de 100 mL colocar 50 mL de gua
No 1 bquer gua fria, 2 gua temperatura ambiente, 3 gua fria Em cada bquer colocar 1 comprimido de Sonrisal e observar o tempo de durao da reao
Adicionar o comprimido triturado em um dos bqueres e no outro adicionar o mesmo comprimido, mas sem triturar
Concentrao
Em 3 bqueres de 50 mL colocar 20 mL de soluo de sulfato de cobre
Catalisador
Em dois bqueres adicionar soluo de agua oxigenada at a primeira marca Acrescentar em cada um 20 gotas de detergente Em um dos bqueres adicionar um pedao de batata
No primeiro 1,0 mol/L, no segundo 0,1 mol/L, no terceiro 0,01 mol/L Mergulhar em cada um simultaneamente, um prego e deixar por 2 minutos
Inibidor
Retire os pregos e coloque num vidro de relgio sem mistura-los Cortar uma fatia de berinjela
5. Resultados e discusso
Temperatura Ao adicionar os comprimidos em cada bquer com uma devida temperatura de gua foi observados os seguintes tempos de reao:
Tabela 1: Tempo de reao do Sonrisal gua Fria Termino da reao (s) 80
Temperatura Ambiente 60
Quente 40
A variao de tempo da reao em relao com a temperatura ocorre divido a agitao das molculas. Quanto mais calor mais agitadas ficam as molculas. Se aumentar a
temperatura, aumentar a energia cintica das molculas. Se as molculas se movimentam mais, elas se chocam mais e com mais energia, diminuindo a energia de ativao e em consequncia, aumenta o nmero de colises efetivas e, portanto a velocidade da reao tambm aumenta.
Superfcie de contato Foi observado que no bquer onde se colocou o comprimido triturado a reao aconteceu com maior velocidade. Isso ocorreu, pois a rea de contato entre os reagentes tambm interfere na velocidade das reaes qumicas. Quanto maior a superfcie de contato, maior o nmero de molculas reagindo, maior o nmero de colises eficazes, portanto aumenta a velocidade da reao.
Concentrao Depois de ter retirado os pregos que estavam mergulhados na soluo de sulfato de cobre observou-se que a superfcie do prego sofreu uma mudana de colorao devido deposio de ons de cobre que est presente na soluo de sulfato de cobre, a soluo que de inicio tinha a colorao azul que deu uma leve clareada, isto indica que a concentrao de ctions de cobre esta diminudo. No bquer com soluo de sulfato de cobre 1,0 mol/L, notou-se que a colorao do prego ao ser retirado aps 2 minuto estava bem avermelhada, isso ocorreu com o prego por ele estar em contato com a soluo de sulfato cobre mais concentrada, fazendo com que a
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reao tenha ocorrido mais rpido. O prego que ficou em contato com a soluo de sulfato de cobre de concentrao 0,1 mol/L ficou com uma colorao marrom, e o prego ficou em contato com a soluo de sulfato de cobre de concentrao 0,01 mol/L ficou preto. Essa diferena de cor ocorre porque, na soluo mais concentrada de sulfato cobre, h mais ons de Cobre por litro. Logo, ocorreram mais colises entre esses ons e o prego, e a reao se torna mais rpida, por isso quando foram retirados os pregos aps os 2 minutos eles estavam de cores diferentes.
Imagem 1: Pregos aps serem mergulhados em solues de sulfato de cobre. (Foto, Cecilia)
Catalisador A gua oxigenada uma substancia no muito estvel que se decompe em gua e oxignio muito lentamente. Para que a decomposio ocorra mais rpida necessrio de um catalisador, que uma substncia qumica que no participa da reao qumica, diminui a energia de ativao e aumenta a velocidade da reao. No caso da batata o catalisador presente uma enzima denominada catalase, que tambm est presente no nosso sangue. Por isso quando se coloca o peroxido de hidrognio em um machucado observasse a mesma ocorrncia de espuma, que a decomposio ocorrendo.
Inibidor A metade da berinjela onde no foi passado o suco de laranja escureceu aps o decorrer do tempo. J a parte com o suco no aconteceu nada. Oque aconteceu foi que o suco de laranja possui uma substancia que age como inibidor, que ao contrrio dos catalisadores, aumentam a energia de ativao e como consequncia diminui a velocidade da reao qumica, ele diminui a energia de ativao fazendo com que a reao demore para acontecer. Pode ser chamado tambm de veneno de catalisador ou anticatalisador.
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Antigamente era chamado de catalisador negativo. O nome do catalisador presente no suco de laranja o Acido Ascrbico, ele possui uma facilidade excepcional para ser oxidado, portanto essa caracterstica faz com que ele seja um timo antioxidante. Isso significa que ele protege outras espcies qumicas de se oxidarem, em razo do seu prprio sacrifcio.
6. Concluso
Atravs dos experimentos realizados foi possvel descobrir quais so os fatores que interferem na velocidade das reaes e de que forma isso acontece. Mudando a temperatura, observou-se uma variao onde, quanto mais fria mais demorada ser a reao, consequentemente, quanto mais quente mais rpida ser a reao. A superfcie de contato tambm interfere na velocidade das reaes, quanto maior a superfcie de contato mais rpida a reao. Foi constatado que a concentrao pode alterar a velocidade da reao, pois o prego mergulhado na soluo de sulfato de cobre a 1,0 mol/L reagiu mais facilmente do que os outros. H tambm os catalisadores e inibidores de reao que respectivamente, aumenta a velocidade da reao e diminui a velocidade da reao. O catalisador no participa da reao, e o inibidor se sacrifica sendo oxidado primeiro. Utilizando qualquer um desses processos possvel alterar a velocidade de sua reao, podendo fazer com que os impactos moleculares sejam mais ou menos eficazes.
7. Referncias Bibliogrficas
[1]LCE : <http://www.lce.esalq.usp.br/arquimedes/Atividade09.pdf>
-quimicas.htm>