1. O autor propõe uma ação de indenização por danos morais e materiais contra uma empresa de telecomunicações. Alega que o serviço prestado pela ré teve problemas constantes ao longo de 2012, como falta de sinal na internet e TV e linha telefônica muda.
2. Apesar dos problemas, a ré continuou a cobrar integralmente pelos serviços no período em que estavam inativos, contrariando princípios do Código de Defesa do Consumidor como transparência, equidade e boa-fé. O autor
1. O autor propõe uma ação de indenização por danos morais e materiais contra uma empresa de telecomunicações. Alega que o serviço prestado pela ré teve problemas constantes ao longo de 2012, como falta de sinal na internet e TV e linha telefônica muda.
2. Apesar dos problemas, a ré continuou a cobrar integralmente pelos serviços no período em que estavam inativos, contrariando princípios do Código de Defesa do Consumidor como transparência, equidade e boa-fé. O autor
1. O autor propõe uma ação de indenização por danos morais e materiais contra uma empresa de telecomunicações. Alega que o serviço prestado pela ré teve problemas constantes ao longo de 2012, como falta de sinal na internet e TV e linha telefônica muda.
2. Apesar dos problemas, a ré continuou a cobrar integralmente pelos serviços no período em que estavam inativos, contrariando princípios do Código de Defesa do Consumidor como transparência, equidade e boa-fé. O autor
1. O autor propõe uma ação de indenização por danos morais e materiais contra uma empresa de telecomunicações. Alega que o serviço prestado pela ré teve problemas constantes ao longo de 2012, como falta de sinal na internet e TV e linha telefônica muda.
2. Apesar dos problemas, a ré continuou a cobrar integralmente pelos serviços no período em que estavam inativos, contrariando princípios do Código de Defesa do Consumidor como transparência, equidade e boa-fé. O autor
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PODER JUDICIRIO
TRIBUNAL DE JUSTIA DO MARANHO
MARIA JOSE FRANCA RIBEIRO Juiz: Procedimento do Juizado Especial Cvel « Procedimento de Conhecimento « Processo de Conhecimento « PROCESSO CVEL E DO TRABALHO Classes: DIREITO DO CONSUMIDOR Assunto: 7 Juizado Especial Cvel e das Relaes de Consumo Juzo: Proc. Principal: O Prprio Processo n 0015106-92.2013.810.0001 ( dias em tramitao ) 275 Promovente LEONARDO RAPHAEL CARVALHO DE MATOS 140429820004 SSP MA 019.906.173-44 / OAB/MADEP NOME LEONARDO RAPHAEL CARVALHO DE MATOS 10087 N - MA ADVOGADO(S): ADVOGADO(S): Nenhum advogado cadastrado. TVN TELECOMUNICACOES NORDESTE LTDA No cadastrado Promovido Segredo de Justia: Fase Processual: Objeto: Data de Distribuio: Prioridade: Valor da Causa: ltimo Evento: Peties P/ Analisar: Prazos Para certificar em Vara: CONHECIMENTO OBJETO NO CADASTRADO 19/02/13 11:56 20400,00 Juntada de Citao PROCESSO NO R$ PARTES NOME IDENTIDADE CPF 0 petio(es) 0 intimaes 0 cumprimentos do cartrio MOVIMENTAES 1 Recebimento 19/02/2013 11:56 LEONARDO RAPHAEL CARVALHO Origem: OAB10087NMA 2 Distribuio 19/02/2013 11:56 SISTEMA CNJ 7 Juizado Especial Cvel e das Relaes de Consumo 3 Audincia 19/02/2013 11:56 SISTEMA CNJ (Agendada para 13 de Novembro de 2013 s 09:00) 4 Documento lido 19/02/2013 11:56 SISTEMA CNJ (Para LEONARDO RAPHAEL CARVALHO DE MATOS) em 19/02/13 *Referente ao evento Audincia Una Designada 5 Expedio de documento 19/02/2013 11:56 SISTEMA CNJ Para TVN TELECOMUNICACOES NORDESTE LTDA N EVENTOS DO PROCESSO DATA MOVIMENTADO POR 1 6 Documento analisado 26/02/2013 12:55 RAPHAEL RIBEIRO DE OLIVEIRA 7 Concluso 26/02/2013 12:55 RAPHAEL RIBEIRO DE OLIVEIRA 8 Documento 28/02/2013 11:29 LEONARDO RAPHAEL CARVALHO 9 Mero expediente 26/04/2013 08:44 SONIA MARIA AMARAL 10 Documento expedido 26/04/2013 08:44 SONIA MARIA AMARAL (P/ Advgs. de LEONARDO RAPHAEL CARVALHO DE MATOS) 11 Petio 26/04/2013 09:05 LEONARDO RAPHAEL CARVALHO 12 Documento analisado 26/04/2013 12:13 POLYANA PESTANA SOUSA 13 Concluso 26/04/2013 12:13 POLYANA PESTANA SOUSA 14 Trmino da Contagem de Prazo 01/05/2013 23:59 SISTEMA CNJ Referente ao evento Mero expediente de 26/04/13 15 Documento lido 07/05/2013 00:05 SISTEMA CNJ (Por LEONARDO RAPHAEL CARVALHO DE MATOS 16 Deciso ou Despacho 21/06/2013 12:53 MARIA JOSE FRANCA RIBEIRO 17 Documento expedido 21/06/2013 12:53 MARIA JOSE FRANCA RIBEIRO (P/ Advgs. de LEONARDO RAPHAEL CARVALHO DE MATOS) 18 Documento lido 21/06/2013 13:43 LEONARDO RAPHAEL CARVALHO (Por LEONARDO RAPHAEL CARVALHO DE MATOS) em 21/06/13 *Referente ao evento Deciso ou Despacho 19 Mero expediente 13/11/2013 16:50 MARIA JOSE FRANCA RIBEIRO 20 Audincia 13/11/2013 16:50 MARIA JOSE FRANCA RIBEIRO 21 Intimao realizada em Cartrio/Audincia 13/11/2013 16:50 MARIA JOSE FRANCA RIBEIRO (P/ Advgs. de LEONARDO RAPHAEL CARVALHO DE MATOS) 22 Expedio de documento 13/11/2013 16:50 MARIA JOSE FRANCA RIBEIRO (Para TVN TELECOMUNICACOES NORDESTE LTDA) 23 Remessa 13/11/2013 16:50 MARIA JOSE FRANCA RIBEIRO Para Redesignar audincia de conciliao 24 Documento cumprido 14/11/2013 08:14 LUIZ CLAUDIO FERREIRA DOS Redesignar audincia de conciliao 25 Ato ordinatrio 14/11/2013 08:16 LUIZ CLAUDIO FERREIRA DOS 26 Documento expedido 14/11/2013 08:18 LUIZ CLAUDIO FERREIRA DOS Para TVN TELECOMUNICACOES NORDESTE LTDA 27 Documento lido 17/11/2013 11:15 SOLANGE FERREIRA MENDES P/ TVN TELECOMUNICACOES NORDESTE LTDA expedida em 14/11/13 OBS: Leitura on-line 2 28 Documento 17/11/2013 11:17 SOLANGE FERREIRA MENDES 3 ndice 1. Movimentao 1 1 1.1. 1385046231546-Pet Leo.pdf 1 1.2. 1385046231550-Docs Leo.pdf 1 2. Movimentao 8 2 2.1. 1385046231768-LEONARDO RAPHAEL CARVALHO MATOS.pdf 2 3. Movimentao 9 3 3.1. 1385046231830-online.html 3 4. Movimentao 11 4 4.1. 1385046231838-Juntada de documentos 2.pdf 4 5. Movimentao 16 5 5.1. 1385046231857-online.html 5 6. Movimentao 19 6 6.1. 1385046231870-15106-92.pdf 6 7. Movimentao 28 7 7.1. 1385046231894-Telecomunicaes Nordeste.pdf 7 1. Movimentao 1 1.1. 1385046231546-Pet Leo.pdf 1.2. 1385046231550-Docs Leo.pdf 1 EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 7 JUIZADO ESPECIAL CVEL E DAS RELAES DE CONSUME DE SO LUS, MARANHO
Eu, LEONARDO RAPHAEL CARVALHO DE MATOS, brasileiro, solteiro, advogado, portador do RG n32815930 SSP/MA, inscrito no CPF sob n 615.398.133-04 (doc. 01), residente e domiciliado na Rua Duque Bacelar, Cond. Athenas Park III, Bl. 8, Apto 102, Bairro Altos do Calhau, CEP: 65072-120, nesta cidade, com endereo profissional Avenida Colares Moreira, Centro Empresarial Vincius de Moraes, Quadra 28, Lote 07, salas 1205 a 1207, Calhau, CEP 65075-441, Fone/Fax (98) 3235-6626/6643/3242, venho, advogando em causa prpria, propor a presente
AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
em face da Empresa TVN Telecomunicaes Nordeste LTDA, pessoa jurdica de direito privado, CNPJ n. 02.995.233/0001-05, Inscrio Estadual n. 12.174.428-0, com endereo para citao na Avenida Colares Moreira, 1005, Bairro So Francisco, CEP: 65075-441, nesta cidade, pelas seguintes razes de fato e de direito:
2 I - DOS FATOS
Realizei um contrato de prestao de servios com a Requerida que consistia em um pacote de TV CABO + INTERNET + LINHA TELEFNICA, em dezembro de 2011. Contrato este que teve como perodo de fidelidade Dez/2011 a Dez/2012. Ocorre que desde o incio a prestao dos servios esteve comprometida. Logo no ms de fevereiro/2012, o servio de internet apresentou defeito, e ficou inativo (sem funcionar) por 30 dias. Entrei em contato com a Central de Atendimento da Requerida, informando o fato ocorrido, e solicitando alguma soluo, fosse esta, inclusive, a visita de um tcnico da empresa para verificar o que estava ocorrendo. Vrios contatos com a Empresa foram feitos, at que o servio fosse reestabelecido, aps, como dito, 1(um) ms inativo. Ato contnuo, solicitei que fosse abatido da fatura seguinte, o valor referente ao servio de internet. Pois, j que o mesmo no funcionou, no seria justo ser cobrado por ele. Solicitao formalizada pelo Protocolo n2083459, no dia 29/02/2012. Ocorre que a solicitao nunca foi atendida. E mais, na fatura seguinte, todos os valores foram cobrados integralmente (cpia da fatura doc. 02). Durante todo o ano de 2012 foi assim: canais que ficavam sem transmisso, internet lenta ou inativa, etc. Caracterizando total falta de qualidade na prestao de servio. Por ltimo, j no final do ano, o servio de telefone parou de funcionar. A linha telefnica ficou totalmente MUDA, sem sinal. E com isso, a situao ficou insustentvel. Entrei em contato inmeras vezes, solicitando o reparo do servio e as atendentes sempre pedindo um prazo de 48 horas. Nada foi feito. Solicitei, inclusive, a visita de um tcnico da empresa. Nada aconteceu. Solicitao formalizada pelo Protocolo n. 2451763. Apenas quando resolvi mandar um e-mail para a empresa (cpia anexa doc. 03), informando que se o servio no fosse reestabelecido eu iria cancelar o contrato, que nem tinha mais prazo de fidelidade, que enviaram um tcnico, e o servio foi feito. Aps o reestabelecimento so servio de telefonia, solicitei, novamente, o abatimento deste servio na fatura seguinte, pelo fato do servio no ter sido oferecido. E como esperado, nada foi feito. A solicitao no foi ouvida e o valor integral foi cobrado na fatura seguinte (cpia da fatura doc. 04). Enfim, ningum contrata um servio para que ele no seja executado. Ningum deve ser obrigado a pagar por um servio que no funciona. E ningum pode estabelecer uma relao contratual da qual o consumidor constantemente lesado, subestimado, e ouvido, apenas, quando ameaa cessar esta relao. Todos esses fatos configuram leses de cunho moral vida de qualquer pessoa. E o fato de ser cobrado por um servio inativo, configura CRIME de consumo. 3 Diante dos fatos de no ter o servio contratado e pago, prestado pela empresa Requerida, que se deslumbram os fundamentos a seguir, fomentadores da presente ao.
II - DO DIREITO
Nesse contexto, notrio que a Requerida contrariou princpios consumeiristas essenciais, em destaque os abaixo citados:
Contrariou o PRINCPIO DA TRANSPARNCIA e da HARMONIA, previsto no caput do Art. 4 do CDC, onde se afirma que
A Poltica Nacional das Relaes de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito sua dignidade, sade e segurana, a proteo de seus interesses econmicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparncia e harmonia das relaes de consumo (...).
No houve transparncia e harmonia na consumao do contrato de prestao de servio em questo, muito pelo contrrio, houve abuso econmico e conduta ilcita da Requerida, por fazer cobrana integral de um servio inexistente, desrespeitando as boas normas da relao de consumo.
Consequentemente, contrariou, tambm, o princpio da EQUIDADE e o do EQUILBRIO DAS PRESTAES, contidos no Art. 51, inciso IV, do CDC, que determina a NULIDADE, de pleno direito, das clusulas que estabeleam obrigaes consideradas inquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatveis com a boa-f ou a equidade (grifou-se), quando enfrentamos uma situao de cobrana quando no h inadimplncia do consumidor e, ainda, quando, sequer o servio foi prestado.
Afrontou, igualmente, o princpio da BOA-F OBJETIVA, exposto nesse mesmo artigo, e tambm no inciso III do Art. 4, que envolve e permeia toda a relao negocial, desde a fase pr-contratual at a ps-contratual, como clusula geral de conduta, exigindo comportamento probo, realizado de forma tica, respeitando-se a lealdade, a correo, a veracidade, a equidade e a transparncia nas relaes obrigacionais.
Ora, a inobservncia desses princpios evidenciam a atitude descomprometida com as prescries legais contratuais, demonstrando conduta desonesta da Requerida, e, portanto, ilcita, assim prevista no Cdigo Civil: 4
Art. 187. Comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f ou pelos bons costumes.
Sabiamente, o legislador civilista, tratando sobre a licitude dos atos jurdicos, e, posteriormente, sobre o dever de indenizar, assim disps:
Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso, negligncia ou imprudncia, violar direito ou causar prejuzo a outrem, fica obrigado a reparar o dano. (grifou-se) Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.
Alm disso, oportuno recordar que a responsabilidade civil da Requerida objetiva, por isso no h que se falar em culpa, basta a existncia do dano para que exista o direito de indenizao pelo prejuzo causado pessoa, presentes a conduta (ao ou omisso), o nexo causal e o resultado (no presente caso, a conduta ilcita praticada pelo arbtrio displicente da instituio financeira em questo).
Nesse sentido, considere-se o que proclama o prprio STF:
"(...) a indenizao, a ttulo de dano moral, no exige comprovao de prejuzo" (RT 614/236) (grifamos), um "direito subjetivo da pessoa ofendida" (RT 124/299), posto que resulta de uma conseqncia evidente do prprio fato, da prpria atitude danosa do Autor.
E os princpios constitucionais da RAZOABILIDADE e o da PROPORCIONALIDADE, assim como o da FUNO SOCIAL DO CONTRATO, tambm foram desprezados, considerando-se que irrazovel algum, com suas obrigaes quanto ao pagamento estarem adimplidas, ser vtima da falta de prestao do servio contratado.
Portanto, impe-se Requerida, pelo fato por ter cobrado quantia indevida, a obrigao de indenizar-me, de acordo com a legislao aplicvel, especialmente o Cdigo Civil Brasileiro: Art. 940. Aquele que demandar por dvida j paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir 5 mais do que for devido, ficar obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrio.
Na mesma linha, vm se manifestando alguns de nossos tribunais: (...) Portanto, inexigvel a quantia indicada no demonstrativo de dbito. A restituio em dobro do que foi indevidamente exigido igual cabvel, nos termos do art. 940 do Cdigo Civil, no havendo qualquer justificativa para isentar a parte da penalidade imposta. (Proc. N 54/2004, Itu-SP, 7 de junho de 2.004, J.D. ANDREA RIBEIRO BORGES, fonte: Revista Consultor Jurdico)
O STF tem proclamado que "a indenizao, a ttulo de dano moral, no exige comprovao de prejuzo" (RT 614/236), por ser este uma conseqncia irrecusvel do fato e um "direito subjetivo da pessoa ofendida" (RT 124/299). As decises partem do princpio de que a prova do dano (moral) est no prprio fato, "no sendo correto desacreditar na existncia de prejuzo diante de situaes potencialmente capazes de infligir dor moral. Esta no passvel de prova, pois est ligada aos sentimentos ntimos da pessoa. Assim, correto admitir-se a responsabilidade civil, p. ex., na maioria dos casos de ofensa honra, imagem ou ao conceito da pessoa, pois subentendem-se feridos seus ntimos sentimentos de auto-estima (CRJEC, 3 Turma, Rec. 228/98, rel. Juiz Demcrito Reinaldo Filho, j. 20.08.98, DJ 21.08.98). Como j proclamava Jos de Aguiar Dias, nesses casos "acreditar na presena de dano tudo quanto h de mais natural" (Da Responsabilidade Civil, vol. II, p. 368). O dano moral causado o chamado Dano Moral Direto, ou seja, leso especfica, como os direitos da personalidade. Neste sentido, podemos afirmar que o dano moral aquele que lesiona a esfera personalssima da pessoa (seus direitos da personalidade), violando, por conseguinte, sua intimidade, vida privada, honra e imagem, bens jurdicos tutelados constitucionalmente e de forma ilimitada. Alis, a respeito de tal matria j se pronunciava IHERING ao dizer que ilimitada a reparao do dano moral e afirmava: o homem tanto pode ser lesado no que , como no que tem. Lesado no 6 que - diz respeito aos bens intangveis, aos bens morais (nome, fama, dignidade, honradez). Lesado no que tem - relaciona-se aos bens tangveis, materiais. A Magna Carta em seu art. 5 consagra a tutela do direito indenizao por dano material ou moral decorrente da violao de direitos fundamentais, tais como a honra e a imagem das pessoas: "Art. 5 (...) X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao;(...). Assim, a Constituio garante a reparao dos prejuzos morais e materiais causados ao ser humano. Este dispositivo assegura o direito da preservao da dignidade humana, da intimidade, da intangibilidade dos direitos da personalidade. Com efeito, em situaes como a presente, o ato lesivo afeta a personalidade do indivduo, sua honra, sua integridade psquica, seu bem-estar ntimo, suas virtudes, enfim, causando-lhe mal-estar ou uma indisposio de natureza espiritual. Sendo assim, a reparao, nesses casos, reside no pagamento de uma soma pecuniria, arbitrada pelo consenso do juiz, que possibilite ao lesado uma satisfao compensatria da sua dor ntima, e compense os dissabores sofridos pela vtima, em virtude da ao ilcita do lesionador. H ofensor, como no caso em tela, que age com negligncia, imprudncia e impercia, de forma contumaz, unicamente para prejudicar, para arranhar a honra e a boa fama do ofendido. Neste caso, a condenao deve atingir somas mais altas, trazendo no s a funo compensatria ao autor, mas tambm o carter punitivo e desestimulante Requerida, como h muito j vem decidindo os Tribunais: O valor da indenizao para garantir compensao ao lesionado e penalidade ao lesionador, por certo, no pode se descurar da capacidade econmica de cada envolvido no litgio. vlido mencionar, desta feita, que tanto na Doutrina quanto na Jurisprudncia, o valor deve ser fixado com: "Carter dplice, tanto punitivo do agente, quanto compensatrio em relao a vtima." (TJSP - 7 Cm. - Ap. - Rel.: Campos Mello - RJTJESP 137/186-187). In casu, sou pessoa honesta, bem situada socialmente, tenho vnculo familiar estvel e sua conduta moral inquestionvel. 7
III - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, REQUER Vossa Excelncia:
a) a CITAO da Requerida para que, querendo, conteste a presente ao, sob pena de confisso e revelia; b) a PROCEDNCIA da presente ao, para condenar a Requerida na devoluo ao autor, EM DOBRO, dos valores indevidamente cobrados, bem com uma indenizao para compensar os danos materiais sofridos, em vista de ter pago todas as faturas integralmente, e no ter recebido o servio contratado; c) o pagamento de indenizao a ttulo de danos morais sofridos, em valor a ser estipulado por Vossa Excelncia, baseado nos parmetros descritos nesta inicial. d) Inverso do nus da prova, em conformidade com o Cdigo de Defesa do Consumidor.
Protestando pela produo de todas as provas em direito admitidas, como testemunhas, percias documentais, inclusive pelo depoimento do representante legal do ru, que desde j fica requerido.
D-se causa o valor de R$ 20.400,00 (vinte mil e quatrocentos reais), para fins de alada.
TRIBUNAL DE JUSTIA DO MARANHO PODER JUDICIRIO COMARCA DE SO LUIS 7 JUIZADO ESPECIAL CVEL E DAS RELAES DE CONSUMO
RUA JOSU MONTELO, 01, RESNASCENA II - SO LUIS
Considerando a divergncia de informaes prestadas, j que a petio inicial refere o autor residir no bairro Altos do Calhau e os documentos que instruem o pedido indicarem o bairro Quintas do Calhau, determino a intimao do autor, para no prazo de 5 dias, juntar comprovante de residncia, em nome prprio, na rea de abrangncia deste juizado, sob pena de extino do processo sem resoluo do mrito. So Lus, de fevereiro de 2013. Snia Amaral JUIZ DE DIREITO 15 4. Movimentao 11 4.1. 1385046231838-Juntada de documentos 2.pdf 16 1 EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 7 JUIZADO ESPECIAL CVEL E DAS RELAES DE CONSUME DE SO LUS, MARANHO
Processo n. 001.5106-92.2013.810.0001
Eu, LEONARDO RAPHAEL CARVALHO DE MATOS, j qualificado nos autos da presente AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS que movo em face de TVN Telecomunicaes Nordeste LTDA, venho presena de Vossa Excelncia informar que j houve a juntada da cpia de documentos comprobatrios de endereo residencial, conforme movimentao n. 8 deste processo, realizada dia 28 de fevereiro deste ano.
Ocorre que os documentos juntados nunca foram analisados por este juzo.
Espero que, nesta feita, tenha esclarecido o equvoco. Peo ainda, que seja dado prosseguimento ao.
Termos em que peo e aguardo deferimento. So Lus, 26 de abril de 2013.
LEONARDO RAPHAEL C. DE MATOS Advogado OAB/MA 10.087 17 5. Movimentao 16 5.1. 1385046231857-online.html 18
TRIBUNAL DE JUSTIA DO MARANHO PODER JUDICIRIO COMARCA DE SO LUIS 7 JUIZADO ESPECIAL CVEL E DAS RELAES DE CONSUMO
RUA JOSU MONTELO, 01, RESNASCENA II - SO LUIS
DESPACHO Aguarde-se a audincia j designada. So Lus, 19 de junho de 2013. MARIA JOS FRANA RIBEIRO Juza de Direito 19 6. Movimentao 19 6.1. 1385046231870-15106-92.pdf 20 21 7. Movimentao 28 7.1. 1385046231894-Telecomunicaes Nordeste.pdf 22 23 24