JOGOS E DINMICAS DE GRUPOS COM

FOCO NO TRABALHO EM EQUIPE:

DESENVOLVIMENTO E INTEGRAO
DOS INDIVDUOS
31-10-2010 15:55
JOGOS E DINMICAS DE GRUPOS COM FOCO NO TRABALHO EM EQUIPE:
DESENVOLVIMENTO E INTEGRAO DOS INDIVDUOS


Gabriela de Brito Martins
Fabrcia Rodrigues Amorim
Camila de Oliveira Almeida
Fabiana Temporim Domingues
Llia Simes Wingler
Luciene da Silva Viana
Marcelo Marques Nascimento
Mnica Rizzo Scarpini dos Santos
Priscila Santos Rodrigues
Rubens Giardini Caldonho
Rubens Paris Jnior
Silvia Zangerolame Tfano

1. Introduo
Numa poca de mudanas organizacionais onde se verifica uma intensa busca
por produtividade, rapidez, flexibilidade e comprometimento com os resultados,
faz-se necessria cada vez mais, a potencializao do trabalho em equipe. O
capital humano o principal patrimnio das empresas, sendo assim, o
gerenciamento das pessoas torna-se uma competncia fundamental.
necessrio substituir a velha mentalidade autocrtica e impositiva por uma
mentalidade mais aberta que proporcione um estilo de gesto democrtico,
participativo e incentivador capaz de transformar o capital intelectual em mais
um agente de competitividade empresarial e de excelncia organizacional.
Para incrementar o cenrio de desenvolvimento do indivduo enquanto
colaborador, as organizaes usam algumas tcnicas de jogos para
capacitao de sua equipe.
Para que haja perfeita compreenso do artigo a seguir, torna-se necessrio a
abordagem de alguns conceitos sobre jogos e equipes: jogo toda e qualquer
interao entre dois ou mais sujeitos dentro de um conjunto definido de regras.
O jogo atua de vrias maneiras no crescimento do ser humano, desenvolvendo
entre outras coisas sua auto-percepo, seu raciocnio e relacionamento
interpessoal. Segundo Falco (2003, p.3), ao jogar, praticamos
simultaneamente movimento, sentimento, pensamento e espiritualidade.
Equipe, por sua vez, um conjunto de pessoas que se unem para realizar uma
determinada atividade em algum tipo de instituio. As aes so divididas e,
embora cada um exera um papel institucional diferente, a soma de todas as
atribuies permite a concretizao de uma atividade. Nesse sentido, todos so
fundamentais para o funcionamento organizacional e para a concretizao das
atividades.
A compreenso do funcionamento e das manifestaes dos grupos dentro das
organizaes passa a ser uma tarefa decisiva, pois, atravs dos grupos
possvel atender satisfao de necessidades sociais, permitir que cada um
estabelea seu auto-conceito, conseguir apoio para consecuo dos
objetivos e reconhecer a capacidade de modificar comportamentos. Assim
sendo, este artigo tem por finalidade apresentar a conceituao de trabalho em
equipe e como os jogos empresariais auxiliam no desenvolvimento e
integrao dos indivduos dessa referida equipe.
2. Referencial Terico
2.1. J ogos e Dinmica de Grupos
Os jogos de empresas apresentam alguns aspectos importantes que devem
ser ressaltados, dentre eles, seu aspecto dinmico; a relevncia de sua
abrangncia como um mtodo eficaz de treinamento e desenvolvimento em
relao as habilidades, potencialidades e atitudes.
Caracterizam-se pela sua natureza prospectiva, uma vez que propiciam uma
situao virtual concernente atividade empresarial. Buscam criar situaes
que reflitam com o mximo de fidelidade possvel a realidade cotidiana
vivenciada em uma empresa durante as simulaes produzidas no ambiente da
empresa.
Os jogos de empresas so uma modalidade de simulao que consiste em um
modelo operacional, dinmico, de algum aspecto da realidade.
De acordo com o entendimento de Maques Filho:
tudo comeou em 1955, quando foi desenvolvido um jogo
computadorizado simulando a administrao de materiais para
a Fora Area Norte-Americana. Em 1956, a American
Management Association lanou o jogo adaptado para
negcios considerado como o primeiro jogo de empresas e, em
1957, a Universidade de Washington adotou esse mtodo de
ensino em sala de aula. No Brasil, os jogos iniciaram-se em
1962. Naquela poca eram importados e processados nos
Mainframe, usavam-se ento os antigos cartes perfurados.
(MAQUES FILHO, 2009)
Os jogos de empresas possibilitam que se realizem experincias e se
aprendam com as conseqncias de nossas decises e suas implicaes no
futuro e em partes diferentes de organizao empresarial.
Para Gramigna (1994, p.9), alm do aperfeioamento de habilidades tcnicas, o jogo
proporciona o aprimoramento das relaes sociais entre as pessoas. As situaes oferecidas
modelam a realidade social e todos tm a oportunidade de vivenciar seu modelo
comportamental. Os jogadores passam por um processo de comunicao intra e intergrupal,
em que exigido de todos usarem diversas habilidades, tais como: ouvir, entender e repassar
informaes, dar e receber feedback , discordar e respeitar outras opinies, cooperar, rever
opinies e ser flexvel.

2.2. Trabalho em Equipe
Muito se tem discutido sobre o processo de melhoria da qualidade. Uma das
formas de trabalho que mais tem contribudo para o desenvolvimento deste
processo o trabalho em equipe. A qualidade como derivada de um
comprometimento pessoal de todos que compe a organizao; o trabalho em
equipe como propulsor de transformaes na mentalidade e nos mtodos de
trabalho e controle da qualidade como principais agentes da busca pela
melhoria contnua atravs da resoluo de problemas de qualidade e
produtividade. As tentativas de se conseguir o apoio e o empreendimento
completo de todas as pessoas que formam as organizaes demonstram que
os caminhos mais trilhados so os que levam a marca da distribuio da
responsabilidade pelo crescimento organizacional, bem como do
reconhecimento do trabalho de todos os membros das equipes. Torna-se clara
a mudana de pensamento organizacional no que tange a natureza das
relaes e, principalmente, a aquisio da conscincia de que, qualquer que
seja a revoluo, imprescindvel levar em conta o ser humano como sua
pea-chave.
O psiclogo Abraham Maslow, citado por Fleury (2008), constatou que os indivduos trabalham
para suprir diversas necessidades, com diferentes foras, como alimento, abrigo, saldar contas,
de segurana no emprego, etc., mas tambm de se relacionarem com os outros e de serem
aceitos por eles. Sem isso, o trabalho se torna enfadonho e sem graa. Trabalhar em equipe
mais divertido do que trabalhar individualmente, o que pode contribuir para melhorar o
desempenho do colaborador.
Segundo Vergara (2000), existem quatro vantagens de que justificam trabalhar
em equipe. A primeira vantagem a agilidade na captao de informaes e
em seu uso. O senso de urgncia que circunda as atividades na atualidade,
no possvel que a alta administrao decida como as coisas devem ser
feitas e o corpo mdio gerencial decodifique essas decises para o pessoal das
bases e este implement-las. Nos dias atuais, se a mensagem tiver de
percorrer um trajeto to longo, a mesma se perder no caminho.
A segunda vantagem que, embora se possa admitir que, no geral, equipes
produzem menos idias e, s vezes, mas lentamente do que pessoas que
trabalham individualmente. As idias provenientes de trabalho em equipe so
mais ricas, mais elaboradas, de maior qualidade, porque se baseiam em
diferentes vises do fenmeno sob estudo.
A terceira vantagem que equipes tm tendncia maior a assumir riscos,
porque a responsabilidade pelos resultados compartilhada. Desta forma, o
indivduo se sente mais a vontade para transformar em aes suas idias,
tornando-se mais crtico e criativo resultando processos melhores e mais
dinmicos.
A ltima vantagem de se trabalhar em equipe refere-se ao comprometimento.
Quando o poder compartilhado, como ocorre no trabalho em equipe, no geral
as pessoas sentem-se responsveis pelo resultado e engajam-se no processo.
H uma maior e efetiva cumplicidade, motivacional.
De acordo com Souza (2009), uma verdadeira equipe de trabalho precisa de
tempo para que seus membros possam ajustar-se as diferenas individuais de
percepo, de forma de trabalhar, e de se relacionar. Este o primeiro passo
para o caminho em direo produtividade da equipe. Quando uma equipe
amadurece, estas diferenas so colocadas a servio do coletivo. O verdadeiro
trabalho em equipe implica em uma organizao interna de papis, recursos e
dinmica de funcionamento, acertos de convivncia, grau de autonomia
decisria e relaes com o lder. Esses detalhes precisam aparecer e serem
tratados rapidamente pela equipe, sob pena de adiar seus melhores nveis de
produtividade e de sucesso. importante ressaltar que isto no fcil de
conseguir, nem tampouco rpido de se consolidar, pois em meio ao trabalho
cotidiano de muita presso, principalmente por resultados, as solues, nem
sempre so fceis de implementar.
No entanto, para chegar ao estado de produtividade ideal importante que a
equipe separe periodicamente um espao e um tempo para realizar
alinhamentos: das expectativas, das relaes, dos conflitos, das
individualidades em direo aos objetivos e aos resultados.
No fundo, uma metodologia que prope uma soluo negociada de conviver
mais focada, do que um treinamento genrico. Este tipo de interveno tem se
mostrado muito eficaz para equipes que precisam promover ajustes internos,
no sentido de construir-se, ou de alavancar seus resultados e trazer sade
relacional sua convivncia cotidiana. Normalmente despende o mesmo
nmero de horas de um treinamento comum, porm seu mtodo, alm de
focado, respeita muito mais as caractersticas do desenvolvimento de equipes:
o tempo e o esforo de construo utilizando as solues que saem da prpria
equipe.
3. Metodologia
O universo do estudo de Jogos de Empresa uma instituio do ramo acadmico, que est
presente no Esprito Santo desde 1989, possuindo, hoje, cerca de 405 colaboradores em seu
quadro, incluindo docentes e pessoal administrativo.
Para melhor desenvolvimento das atividades, dividimos o cronograma em dois encontros:
a) Primeiro Encontro: o objetivo quebrar o gelo e fazer com que os participantes interajam
da melhor maneira possvel no treinamento.
Primeiramente, realizamos uma breve apresentao, buscando o entrosamento para iniciarmos
a atividade de trabalho em equipe. Logo aps a apresentao, com a finalidade de quebrar o
gelo e permitir uma anlise dos comportamentos dos participantes, passamos para a primeira
dinmica Colheres Cooperativas, que procede da seguinte maneira:
COLHERES COOPERATIVAS
INSTRUES
Dependendo do nmero de participantes, dividir ou no em equipes.
Vocs devero se posicionar em uma fila. A tarefa consiste em, atravs da colher que
receberam, passar a bolinha do ltimo membro da fila para o companheiro imediatamente a
seguir, e assim sucessivamente, at que a bolinha chegue no primeiro da fila, que dever
coloca-la na cesta, tambm atravs da colher.
A meta que vocs consigam, em ____ minutos, fazer chegar at a cesta no mnimo _____
bolinhas.
OBSERVAO PARA O FACILITADOR: O nmero de bolinhas x tempo dever ser
proporcional ao nmero de participantes por fila.
Fila com at 10 participantes Objetivo 15 bolinhas por fila 3 minutos
Fila com 11 a 20 participantes Objetivo 15 bolinhas por fila 5 minutos
Caso haja mais de uma fila, a meta dever ser estabelecida de forma total e no por fila. Por
exemplo, se forem 3 filas de 20 participantes cada, a meta da Equipe dever ser 45 bolinhas na
soma das 3 cestas.
REGRAS:
- Vocs tero 10 minutos para treinar e criar uma estratgia antes do incio da prova;
- Vocs devero estar em fila e quando comear a contagem do tempo no podero trocar de
posio, nem de tamanho da colher;
- As bolas somente podero ser passadas atravs das colheres, que devero estar na boca e,
necessariamente, devero ser passadas na ordem das pessoas na fila. Quando a bola estiver
sendo passada no podero segurar a colher.
- Se a bola cair no cho, volta para o final da fila.
TEMPO DE DURAO: 20 minutos
RECURSOS:
Bolas, tipo ping-pong
Colheres de plstico de tamanhos diferentes
Cestas de plstico.
Neste momento, em relao dinmica Colheres Cooperativas, discute-se sobre a relevncia
do planejamento no trabalho em equipe. Aplicou-se, ainda, a dinmica Teia de Aranha, a fim
de estimular o trabalho em equipe e mostrar a importncia de cada indivduo na organizao. A
dinmica ocorre deste modo:
TEIA DE ARANHA
INSTRUES
Objetivo: Mostrar que em um trabalho em grupo, todos devem permanecer
unidos. Material: Um rolo de barbante.
Procedimento: Pea que a turma que fique em crculos. Segure a ponta do barbante e jogue o
rolo para outra pessoa que esteja no lado oposto ao seu. Esta pessoa deve segurar uma parte
do barbante de modo que no fique frouxo, e jogar para outro colega distante, e assim
sucessivamente, at o ltimo participante. Depois pea que um ou dois deles solte(m) o
barbante. A teia se desmancha, ou fica frouxa. Ento explique que em um trabalho em grupo
acontece a mesma coisa. Se um do grupo abandona o trabalho ou o faz de maneira
desinteressada, isso implicar na realizao de todo o trabalho. Portanto, devemos cooperar e
ter responsabilidade diante dos nossos compromissos, principalmente quando envolve outras
pessoas. Outra variao: Dinmica do Rolo de Barbante.
Assim, cada indivduo parte importante para a empresa, por isso deve-se cooperar a fim de
alcanar resultados eficazes.
b) Segundo Encontro: tem como objetivo um feedback dos treinandos e uma
reflexo sobre os temas trabalhados. Para isso, aplicou-se a dinmica Desafio
da Garrafa, a fim de que os participantes percebam a importncia da
resoluo de problemas/desafios em equipe. A dinmica procede da seguinte
maneira:
ESTRUTURAO
Nome da atividade: Desafio da garrafa.
Tema central: resoluo de problemas em equipe.
Outros indicadores:
- cooperao;
- planejamento;
- liderana;
- criatividade;
- sinergia.
Material:
- 1 rolo de barbante;
- 1 garrafa;
- 1 caneta;
- som e duas msicas harmonizantes;
- 1 tesoura.
Tempo aproximados:
- 40 minutos.
Aplicabilidade:
- em qualquer programa atitudinal ou comportamental.
Nmero de participantes:
- mnimo 12 e mximo 25.
Objetivo:
- propiciar ao grupo a oportunidade de resolver um desafio em equipe.
Disposio do grupo:
- em crculo, em p. Sala livre de mesas e cadeiras. Ambiente que
permita ao crculo se movimentar livremente.
DESENVOLVIMENTO
Cenrio:
Informar ao grupo que ser dado um desafio para resolver. Se algum
descumprir as regras do jogo ser, literalmente, cortado do grupo.
Em um canto da sala, estaro cortados tantos barbantes quanto o
nmero de participantes, amarrados por um n (tamanho aproximado de um
metro e meio). Cada participante segura em uma ponta do barbante, amarra-o
na cintura, formando um crculo. Em seguida, colocar uma garrafa no cho
afastada do crculo. O facilitador amarra uma caneta no ponto de encontro dos
barbantes e solicita 6 voluntrios (que recebero vendas), orientando os
prximos passos.
Desafio:
Transportar a caneta para dentro da garrafa, obedecendo as seguintes regras:
- as pessoas vendadas podero se comunicar verbalmente;
- as pessoas sem vendas s podero se comunicar por gestos;
- proibido colocar as mos no barbante;
- proibido deixar o barbante frouxo.
Quem desobedecer s regras ser cortado do grupo.
Aguardar por 5 minutos para planejamento e colocar a msica.
O que poder ocorrer:
- alguns conseguem cumprir as regras, outros so cortados;
- o grupo consegue colocar a caneta dentro da garrafa e, geralmente,
acha que o desafio foi cumprido.
Aps esta primeira etapa, fazer uma rpida avaliao das dificuldades e
ouvir proposta de melhoria.
O que poder ser proposto: O que poder ser aceito:
- Tirar as vendas sim
- Desamarrar os barbantes da cintura no
- Participantes que tiraram as vendas
podero falar no
- Chegar a garrafa mais para perto no
- Tirar os cegos no
Regras para a segunda tentativa:
Todos sem vendas, usando somente comunicao no-verbal, com o barbante
esticado, sem colocar as mos. Aps a segunda tentativa (em que geralmente
o grupo alcana o objetivo), proceder avaliao.
Como trabalhar o jogo:
Em formao circular, sentados no cho, os participantes tm espao para
expor:
- sentimentos, reaes e emoes durante as duas fases do jogo;
- dificuldades e facilidades para cumprir o desafio;
- o que facilitou a segunda etapa;
- qual o significado da tesoura cortando pessoas;
- o que representam os cegos no primeiro momento;
- que lies e aprendizagem tiraram da vivncia.
Para finalizar o treinamento e avaliarmos o comportamento dos participantes,
aplicamos uma simples dinmica chamada sonhos, que segue assim:
SONHOS
INSTRUES
Objetivo: Aprender a respeitar os sonhos dos outros.
Materiais: bales coloridos, caneta, papel sulfite e palitos de dente.
Procedimento: O participante dever escrever em um pedao de papel seu
sonho, dobrar e coloc-lo dentro do balo, que deve ser inflado. Cada um fica
com um balo e um palito de dente na mo. O orientador d a seguinte ordem:
defendam seu sonho! Todos devem estar juntos em um lugar espaoso. A
tendncia todos estourarem os bales uns dos outros. Quando fizerem isto o
orientador pergunta: _ Por que destruram os sonhos dos outros? Deixe-os
pensarem um pouco e responda para defender o seu sonho voc no precisa
destruir os sonhos dos outros, basta que cada um fique parado e nenhum
sonho ser destrudo!
Exps-se, ainda, os pontos mais importantes deste treinamento, cujas
dinmicas foram adaptadas de livros e sites.
4. Avaliao de Resultados
No primeiro encontro, buscou-se vencer alguns preconceitos em relao a dinmicas de grupo
e envolver os participantes de forma descontrada no treinamento. A dinmica Colheres
Cooperativas foi de suma importncia para que esse objetivo fosse alcanado. Nesta
dinmica, dividimos o grupo em duas equipes. Pode-se observar que a equipe A planejou
colocar as pessoas por ordem de tamanho e traou uma estratgia para alcanar a meta, o que
no foi percebido na equipe B. Nas duas equipes uma pessoa assumiu o papel de lder. Apesar
de terem sido orientadas quanto a no deixarem o esprito competitivo invadir a dinmica, em
alguns momentos, a brincadeira ficou voltada para a competio entre as equipes, porm, a
equipe A, aps atingir o objetivo que era colocar todas as bolinhas no cesto, passou a orientar
a equipe B, que se mostrava muito persistente em realizar a atividade.
Na dinmica Teia de Aranha pode-se perceber que cada parte integrante
deve trabalhar para manter o equilbrio da equipe, criando um ambiente onde
haja motivao. A dinmica mostra tambm que, quando se trabalha em
equipe, no devemos somente criticar as aes dos outros, mas elogiar e
elevar o trabalho dos companheiros de equipe. Quando pedimos para as
pessoas, uma por uma, soltarem os barbantes, houve uma resistncia, pois
ningum queria deixar o equilbrio cair. Nesta dinmica, um fator muito
importante foi a cooperao dos participantes em vivenciar situaes presentes
no dia-a-dia de uma organizao: como unio, respeito, o valor do outro,
responsabilidade, compromisso e outros aspectos que influenciam no clima
organizacional. Uma das participantes faz o seguinte comentrio em relao
essa dinmica:
A dinmica que eu quero enfatizar a da teia de aranha, onde
escolhemos uma pessoa, para quem jogamos o rolo de
barbante e dizemos uma palavra de estmulo/elogio. Alguns
dias depois do encontro, assistindo a um programa de
televiso, percebi que o tema discutido era realmente esse, a
importncia de fazer um elogio algum, seja pelo que ele ,
por algo que fez ou por seu comportamento em determinada
situao, pois essa uma forma de agradecer e valorizar a
pessoa, o que indispensvel em um trabalho de grupo. (C.,
participante)
No segundo encontro, a dinmica Desafio da Garrafa proporcionou aos
participantes a percepo da importncia de se trabalhar em equipe. Os olhos
vendados de alguns participantes representaram as diferenas que podemos
encontrar quando trabalhamos em equipe. Os treinandos sentiram dificuldades
em resolver o desafio, porm, se envolveram e trabalharam para solucionar tal
desafio. Ao final da dinmica, buscou-se um feedback dos participantes, onde
todos compartilharam experincias e sentimentos que ocorreram durante a
atividade.
Na dinmica sonho, esperava-se que um estourasse o balo do outro, para,
assim, fazer a reflexo, porm no foi isso que ocorreu. A reao do grupo foi
totalmente diferente, ningum se movimentou para estourar os bales de outra
pessoa, o que mostra que os dois dias de treinamento valeram pena. Diante
desse fato, tivemos que dar um novo rumo dinmica, pedindo para que os
treinandos trocassem os bales entre si, o que foi muito interessante, pois os
participantes trocaram no s bales, como tambm abraos e palavras que
representam o companheirismo da equipe. O grupo discutiu ainda sobre a
relevncia de um bom trabalho em equipe na vida das organizaes e que,
hoje, uma empresa onde no exista trabalho em equipe totalmente
desestruturada. Uma das participantes manifesta a importncia da aplicao de
jogos e dinmicas no trabalho em equipe:
No setor onde trabalho as tarefas em equipe so sempre bem
estimuladas e funcionam quase 100%. As dinmicas aplicadas
enfatizam isso, e servem como incentivo para um excelente
trabalho em equipe. Neste encontro, trabalhamos a iniciativa
das pessoas que compe a equipe, diante de determinadas
situaes e percebe-se que, a dinmica dos sonhos dispensa
palavras, uma vez que o comportamento do grupo foi unnime,
expressando o seguinte: o mal que eu no desejo para mim, eu
no desejo para ningum! (G., participante)
Dessa forma, o comprometimento e o gerenciamento dos objetivos foram
concludos e a troca de experincias entre as equipes foi marcante, seja em
relao s informaes, quanto correes de postura, tranquilidade ao
realizar o processo e organizao da equipe. H duas consideraes muito
importantes que foram vistas como resultado positivo do encontro. A primeira
que, antes de iniciarmos o treinamento, haviam duas pessoas no grupo que
no conversavam por desentendimentos no ambiente de trabalho, e, um dia
aps a reunio, as duas voltaram a se falar a partir da reflexo aplicada na
dinmica. A segunda considerao se refere uma funcionria que era vista
como arrogante, metida e criadora de confuso por trs colegas de trabalho.
Isso fazia com as trs no se relacionassem e nem gostassem de trabalhar em
grupo com essa pessoa. Aps a ltima dinmica, onde todos tinham que se
relacionar em grupo, ocorreu algo inesperado, as trs pediram desculpas
essa colega de trabalho, com quem no conversavam, e, inclusive, uma delas
fez o seguinte comentrio: Fulana, eu tinha uma impresso completamente
diferente de voc. Hoje vejo que voc uma pessoa boa. Isso demonstra mais
uma vez a importncia que esse encontro teve no ambiente de trabalho
daquelas pessoas, proporcionando aprendizado e treinamento aos
participantes, apontando para determinao e desenvolvimento do trabalho em
equipe nas organizaes.
4. Consideraes Finais
Os jogos e as dinmicas de grupo so um valioso instrumento no
desenvolvimento, participao e integrao dos indivduos, pois promove o
encontro e o trabalho em equipe onde a aprendizagem em grupo. Dessa
forma, o gerenciamento das pessoas dentro de uma organizao torna-se
fundamental, sendo preciso criar um modelo de gesto mais participativo e por
isso, no desenvolvimento do indivduo, essencial que as organizaes faam
uso das tcnicas de jogos, a fim de treinar e capacitar a equipe.
O objetivo dos encontros eram proporcionar desenvolvimento e integrao dos
participantes no ambiente de trabalho. Com a aplicao das dinmicas
obtivemos muitos resultados positivos, pois pessoas voltaram a se falar e
passaram a trabalhar em equipe juntas novamente, alm de a equipe estar
mais motivada, unida, com um novo gs. Dessa forma, v-se a importncia
do trabalho em equipe dentro das organizaes, onde as pessoas devem ter
objetivos comuns, saber o valor da tarefa do outro e sentir que, em uma
equipe, todos so fundamentais para o alcance de determinado objetivo.
Verifica-se ainda que, quando se trata de trabalho em equipe nas
organizaes, os jogos e dinmicas de grupo so essenciais, pois integram a
teoria prtica e proporcionam um ensino-aprendizagem, possibilitando o
aprendizado do indivduo. Diante do exposto e da aplicao das dinmicas na
instituio de ensino, percebe-se que Jogos de Empresa so fundamentais no
desenvolvimento da equipe e que uma equipe bem treinada e trabalhada vital
para o alcance dos objetivos em uma organizao.
4. Referncias Bibliogrficas
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em: http://www.cdof.com.br/recrea18.htm. Acesso em: 25/5/2010.
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VERGARA, S. Gesto de Pessoas. 2 Edio. So Paulo: Editora Atlas S.A., 2000, p.151-152.


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