Gestão Agroindustrial
Gestão Agroindustrial
Gestão Agroindustrial
Gestão Agroindustrial
Coletor independente
Coletor contratado
Nível
Institucional Intermediário no campo
Proprietário
Nível Intermediário/Armazenador
BENEFICIADORA
Intermediário
Nível
Castanha com casca Castanha sem casca INDÚSTRIA
4 As
Operacional
Castanha torrada Óleo Farinha Leite Farelo
ISBN 978-85-7946-122-4
9 788579 461224
Gestão Agroindustrial
Paulo Roberto Cisneiros Vieira
UFRPE/CODAI
2012
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
© Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (CODAI), órgão vinculado a Universidade Federal Rural
de Pernambuco (UFRPE)
Este Caderno foi elaborado em parceria entre o Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (CODAI)
da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN) para o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e -Tec Brasil.
Reitor da UFRPE Equipe de Produção
Prof. Valmar Correa de Andrade Secretaria de Educação a Distância / UFRN
Diagramação
Ana Paula Resende
Elizabeth da Silva Ferreira
José Antonio Bezerra Junior
Arte e Ilustração
Carolina Costa de Oliveira
Projeto Gráfico
e-Tec/MEC
Ficha catalográfica
Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Central - UFRPE
Prezado estudante,
Você faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui uma das
ações do Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O
Pronatec, instituído pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo principal expandir, in-
teriorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT)
para a população brasileira propiciando caminho de acesso mais rápido ao emprego.
É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre a Secre-
taria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e as instâncias promotoras de
ensino técnico como os Institutos Federais, as Secretarias de Educação dos Estados, as
Universidades, as Escolas e Colégios Tecnológicos e o Sistema S.
A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país, incenti-
vando os estudantes a concluir o ensino médio e realizar uma formação e atualização
contínuas. Os cursos são ofertados pelas instituições de educação profissional e o
atendimento ao estudante é realizado tanto nas sedes das instituições quanto em suas
unidades remotas, os polos.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Nosso contato: etecbrasil@mec.gov.br
e-Tec Brasil
Indicação de ícones
e-Tec Brasil
Sumário
Palavra do professor-autor 9
Apresentação da disciplina 11
Projeto instrucional 13
e-Tec Brasil
Aula 6 – Marketing no agronegócio 63
6.1 Marketing em agronegócio – conceitos 63
6.2 Marketing estratégico e marketing operacional 67
Referências 107
e-Tec Brasil
Palavra do professor-autor
Diletos alunos,
Todos que estudam ou leem uma matéria ou assunto qualquer têm o pro-
pósito maior de aumentar sua competência naquele assunto lido. Mas não
esqueçamos que a competência é atributo de três fatores: conhecimento,
habilidade e atitude.
9 e-Tec Brasil
Apresentação da disciplina
11 e-Tec Brasil
Projeto instrucional
CARGA HORÁRIA
AULAS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
(HORAS)
Definir o significado de Administração e Organização. 12
Identificar de que forma a Administração auxilia a Organização
na produção de bens e serviços.
Aula 1: Natureza e desafios Reconhecer a importância da eficiência e eficácia para a sobrevi-
da Administração vência da Organização.
Aplicar os conceitos de produtividade para o crescimento contí-
nuo da organização.
Reconhecer a importância de um perfil adequado do administra- 12
dor para que a organização possa atingir seus objetivos.
Distinguir as características que são próprias ao gestor de um
Aula 2: Perfil gerencial
empreendimento.
Reconhecer a importância de um perfil adequado ao cargo.
Perceber a importância da aplicação adequada dos princípios de 12
liderança e gestão nos diversos níveis da organização;
Ser capaz de enumerar algumas características da liderança
Aula 3: Liderança: conceitos
eficaz; e,
e tipos
Perceber a importância da ação de uma liderança na qualidade
final do produto ou serviço.
Entender o significado de agricultura e agronegócio; 12
Ser capaz de estabelecer diferenças entre os processos de produ-
ção numa atividade agrícola e empresarial; e,
Aula 4: Histórico: agricultura
Conhecer o histórico evolutivo da atividade agrícola, perceben-
e agronegócio
do a importância do crescimento tecnológico no aumento da
produtividade.
Dominar as operações e transações agropecuárias no agrone- 12
gócio:
Perceber o significado do agronegócio como atividade econô-
Aula 5: Agronegócio – con- mica;
ceitos e dimensões Identificar as forças que vigoram num relacionamento em cadeia
produtiva;
Compreender a importância da agregação de valor na cadeia
produtiva, através das integrações horizontais e verticais.
13 e-Tec Brasil
Entender e aplicar o conceito de marketing; 12
Perceber como o marketing pode auxiliar na condução do agro-
Aula 6: Marketing no
negócio a curto, médio e longo prazo;
agronegócio
Conhecer os tipos de marketing e seu emprego numa atividade
econômica ou pessoal.
Dominar as operações de gestão de pessoas no agronegócio; 12
Compreender a importância das funções administrativas de
Aula 7: Gestão empresarial e
recursos humanos nas atividades de agronegócio;
de pessoas no agronegócio
Perceber a forte contribuição de uma boa administração de
recursos humanos na produção de bens e serviços.
Dominar o significado de empreendedorismo; 12
Compreender a importância da atividade empreendedora na
Aula 8: Empreendedorismo e
economia brasileira;
competências do gestor
Perceber as características empreendedoras e suas competências
básicas.
Dominar o significado de produto e serviço; 12
Aula 9: Produtos agrícolas e
Estabelecer a distinção entre produto e serviço no agronegócio;
mercados no agronegócio
Conhecer os tipos de mercados existentes no agronegócio.
Conhecer o significado e a importância do planejamento para a 12
empresa;
Aula 10: Planejamento e
Perceber o planejamento como uma técnica de organização;
gestão ambiental do agro-
Conhecer os tipos de planejamento e seus níveis;
negócio
Conhecer a gestão ambiental como saída sustentável para o
agronegócio.
e-Tec Brasil 14
Aula 1 – Natureza e desafios
da Administração
Objetivos
1.1 Organização
Talvez, um dos grandes desafios do gestor moderno seja entender as forças
componentes de uma organização e como elas se relacionam, buscando
ofertar um caminho seguro, recheado de sucesso empresarial. Mas, nem
sempre que se relacionam, essas forças produzem resultados positivos. É
preciso que esses relacionamentos se verifiquem em tempo e nas dosagens
adequadas, a fim de que se reproduzam os efeitos desejados. Nascendo daí,
outro desafio ao gestor: retirar de cada componente da organização o ne-
cessário ao alcance de seus objetivos organizacionais. Que componentes ou
forças são essas que se relacionam? Para conhecê-las, então, vamos começar
a entender por que uma empresa surge no mercado.
ADMINISTRAÇÃO -NECESSIDADE
-QUALIDADE
REC HUMANOS CONT/FINANC -EFICIÊNCIA
-EFICÁCIA
MARKETING MATERIAIS -PRODUTIVIDADE
-LUCRATIVIDADE
-RH
-RM
-RF
INSUMOS ORGANIZAÇÃO BENS/SERVIÇOS
-RT
Muito embora não haja pesquisas que possam comprovar de forma técnica
ou cientifica, é aceitável que uma organização não logrará êxito no merca-
do onde atua se não se preocupar com sua função social, assim como se
não tiver preocupações ligadas à sobrevivência, crescimento sustentado, lu-
cratividade, produtividade, qualidade nos produtos ou serviços, redução de
custos, participação no mercado, novos mercados, novos clientes, competi-
tividade e sua imagem no mercado. A ausência desses desafios impregnará
uma situação de comodidade, não permitindo uma evolução contínua em
seus processos.
Pense numa organização que você conheça bem. Identifique nesta organi-
zação qual é o seu principal produto. Descreva a forma como essa organi-
zação “vende” o seu produto. Identifique, também, o que há de positivo e
negativo em sua forma de operacionalização. Por fim, faça uma sugestão de
melhorias a serem implantadas nessa organização.
LIDERANÇA
CONTROLE EXECUÇÃO
Receita Custo
ro
600 total Luc total
Ponto de
500 equilíbrio (PE)
Custo
400 variável
300
o
juíz
Pre
200 Custo
fixo
100
5 10 15 20 25 30 35 40
Resumo
Atividades de aprendizagem
1. O que é Administração?
2. O que é Organização?
3. O que é Eficiência?
4. O que é Eficácia?
5. O que é Produtividade?
Objetivos
a) Conhecimentos
b) Habilidades
c) Atitudes
Por outro lado, não adianta ter conhecimento se não tiver habilidade para
colocar este conhecimento a seu serviço, a serviço de sua competência. Uma
coisa é ter conhecimento profundo sobre matemática, a outra, é possuir
habilidade suficiente para repassar esses conhecimentos às pessoas. Saber
falar em público, com clareza, com objetividade, contextualizando, exempli-
ficando, são algumas dessas habilidades necessárias. Quem já não possuiu
um professor que sabia tudo sobre a disciplina, mas, infelizmente, não sabia
ensinar, transmitir o conhecimento que dominava?
Habilidades Conceituais
Nível Alta Direção
Institucional
Nível Habilidades
Gerência Humanas
Intermediário
Nível Supervisão
Operacional
Habilidades Técnicas
c) Papéis de decisão
Resumo
Nesta aula, você conheceu o papel do administrador, seu campo de atuação
e o perfil necessário ao bom desempenho corporativo. Você aprendeu, tam-
bém, os desafios que são enfrentados por esse mesmo gestor na condução
dos negócios empresariais, dosando conhecimento, habilidades e atitudes
na direção do sucesso empresarial.
Objetivos
Maximiano (2006, p.192), em seu capítulo sobre liderança, começa por uma
reflexão e a citação de diversas respostas possíveis, conforme vemos a seguir.
- é amigável;
Não resta a menor dúvida que, dentre os recursos mobilizados pela empresa
para atingimento de seus objetivos, existe um que imprime a dinâmica existen-
cial na mesma. Na realidade, conduz também o emprego eficiente de todos
demais recursos tangíveis, além de ser possuidor do mais significativo bem in-
tangível: a inteligência. Pois bem, as pessoas assumem esse importante papel
para as organizações, em razão do reconhecimento das qualidades que lhes são
natas. Muito embora esse reconhecimento seja recente. Ou seja, as pessoas já
tiveram seus momentos de meros recursos produtivos para a organização.
Mas, em Chiavenato (2003, p. 3), vemos ser ressaltado suas qualidades intrisecas,
acima dos conhecimentos tecnológicos, ampliando o leque de responsabili-
dades da gestão de pessoal nas organizações, quando enfatiza:
Resumo
Nesta aula, você conheceu a importância da liderança, seus estilos e seu cor-
reto emprego no nível adequado da instituição, a fim de reproduzir os efeitos
de eficiência e eficácia que se espera numa organização.
Atividades de aprendizagem
Objetivos
Após algum tempo, e isto aconteceu em 8.000 anos a.C., descobriram que
a semente de plantas jogadas ao solo podiam germinar, crescer e frutificar.
Também descobriram que os animais podiam ser domesticados, criados em
cativeiro. A partir desses conhecimentos e domínios, se estabelece uma nova
condição de vida. Entendendo que a reposição dos alimentos poderia se
verificar através do plantio da semente e que, os animais poderiam conviver
numa relação cativa, logo se percebe que fica afastada a necessidade de
INFLUÊNCIA DE
FATORES BIOLÓGICOS
Resumo
Atividades de Aprendizagem
Objetivos
PRODUÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
Leite Soja
Pasteurização Descascamento
Desnate Moagem Farelo
Extração
ite
Leite Outras
es
Le
na
fluido aplicações
te
Lavagem
Prensagem Emulsão
Margarina
Homogeneização industrial
Embalagem Embalagem
Embalagem
Creme
Requeijão Manteiga Margarina vegetal
MACROSSEGMENTO COMERCIALIZAÇÃO
Empresas
Empresas de Empresas de Empresas de atacadistas,
Empresas rurais primeira segunda terceira varejistas e de
transformação transformação transformação alimentação
coletivas
SISTEMA AGROINDUSTRIAL
DA CANA-DE-AÇÚCAR
Coletor independente
Coletor contratado
Intermediário no campo
Proprietário
Intermediário/Armazenador
BENEFICIADORA
a) Insumos agropecuários
c) Serviços agropecuários
Pois bem, para melhor se entender o que ocorre numa produção agrícola,
é preciso identificar e entender as principais atividades que são realizadas.
Dentre elas destacamos:
– ciclo vegetativo;
– plantas anuais, plantas perenes e plantas semiperenes;
– preparo de solo;
– viveiros e mudas;
– plantio;
– tratos culturais;
– colheita;
– pós-colheita.
– bovinocultura;
– suinocultura;
– avicultura;
– bubalinocultura;
– caprinocultura;
– ovinocultura.
c) Atividades de transformação
d) Serviços
– turismo rural;
– consultoria/assessoria;
– suporte técnico/laboratorial.
e) Atividades complementares
5.3 Verticalizações
e integrações agroindustriais
As exigências impostas pelo mercado têm proporcionado aos gestores do
agronegócio buscar formas estruturais de cooperação que melhor atendam
aos elevados padrões de qualidade e produtividade, nos quais os diversos
agentes envolvidos tornam-se cada vez mais interdependentes. Estas moda-
lidades de integrações segundo Callado (2009, p.17) são: integração hori-
zontal e integração vertical.
Peixes Insumos
Bovinos e serviços
Produção agrícola
Resíduos Milho Soja
Aves
Suínos
Agroindústria
Farelo Óleo Outros
derivados
Fábricas de
ração
Outras
agroindústrias
Frigoríficos Farinhas
Carnes e
processados Distribuição
Distribuição
Mercado consumidor
Resumo
Atividades de aprendizagem
Objetivos
CLIENTES
PLANEJAMENTO
PRESIDENTE
DIRETORIA
Relações públicas
Atividade de comunicação
com os públicos direta ou Análise
indiretamente interessados
nas atividades da empresa, os
chamados stakeholders, como
órgãos públicos, representantes
do governo, legisladores,
ativistas políticos, organismos
de representação social, líderes
de opinião e comunidade em
Avaliação 4 As Adaptação
geral, visando criar atitude
favorável em relação à marca
do produto e às atividades
da empresa.
Ativação
A análise do mercado tem por finalidade identificar as forças que nele atuam e
de que forma elas interagem com a empresa, de modo a definir claramente os
objetivos do empreendimento e as estratégias de produto e de preços.
Resumo
Atividade de aprendizagem
Objetivos
Mas, antes de tudo, é preciso que saibamos o que é cargo e o que é salário.
Pois bem, cargo é um conjunto de atribuições de natureza e requisitos se-
melhantes e que tem responsabilidades específicas a serem praticadas pelo
seu ocupante. Quando você ocupa o cargo de técnico em alimentos dentro
7.2.3 Benefícios
Os benefícios constituem os salários indiretos da organização e são facili-
dades proporcionadas pela organização aos seus colaboradores na forma
de uma remuneração indireta, com o objetivo de atendê-los em alguma
necessidade, promovendo o seu bem-estar e motivando-os para o trabalho.
Por exemplo, a oferta dos serviços de creche para os filhos dos funcionários,
serviços de transportes, auxílio educação, auxilio funeral, serviços de recre-
ação etc.
5. Que tipo de resultado a empresa obtém quando faz bom uso das técni-
cas de ARH?
PLANEJAMENTO DE
RECRUTAMENTO SELEÇÃO
RECURSOS HUMANOS
TREINAMENTO E
SOCIALIZAÇÃO
DESENVOLVIMENTO
PROMOÇÕES, TRANSFERÊNCIAS,
AVALIAÇÃO DE
REBAIXAMENTOS E
DESMPENHO
DESLIGAMENTOS
Pois bem, após o candidato ter passado pelo rigoroso processo de recruta-
mento e seleção, isso não assegura que ele esteja pronto para produzir no
nível de exigência da organização, uma vez que ele não conhece a empresa,
as áreas e as pessoas com quem se relacionará no desempenho de suas
tarefas. Ele precisa ser ajustado a essa máquina corporativa. Tal ajuste é pro-
porcionado no momento da socialização.
Atividades de aprendizagem
2. Existe uma atividade que possa ser destacada como a mais importante?
Por quê?
Objetivos
8.1 Empreendedorismo
Empreendedorismo é um estado de espírito inovador, proativo, desafiador,
que resolve fazer algo de diferente. É encontrado em todas as pessoas, mas
em algumas, ele é constantemente inibido pelo medo de assumir maiores
riscos e sair de uma zona de conforto. Por isso, Joseph Schumpeter (1949)
define o empreendedor, ressaltando sua capacidade criadora e coragem
para enfrentar situações novas dizendo: é aquele que destrói a ordem eco-
nômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação
de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e
materiais. Enquanto Filion, (1991), associa ao empreendedor, sua capacida-
de visionária, afirmando que ele é uma pessoa que imagina, desenvolve e
realiza visões.
• Ser persistente
• Senso de organização
• Outras características
Sebrae
O Serviço Brasileiro de Apoio – 35 não chegam ao final do 1º ano
às Micro e Pequenas Empresas – 46 não chegam ao final do 2º ano
(Sebrae) integra o grupo GEM
desde 2000, quando a palavra – 56 não chegam ao final do 3º ano
“empreendedorismo” ainda
soava estranha, por ser um – 90 não chegam ao final do 5º ano
conceito até então pouco
difundido.
As causas são as mais diversas. Dentre elas, destacamos a falta de preparo
para criação ou gerência do negócio, falta de informação sobre o negócio,
falta de planejamento para o negócio e falta de conhecimento específico
sobre o negócio. Contudo, pode-se acrescentar nesta lista a burocracia que
impera ainda na criação ou fechamento de um negócio, a falta de tecno-
logia, falta de capital de giro, uso excessivo de capital de terceiros, falta de
controles etc.
Até 09 Microempresa
De 10 a 49 Pequena Empresa
Comércio e Serviços
De 50 a 99 Média
De 100 ou mais Grande
Consultando o novo Código Civil (lei nº. 10.406/02), artigos 981 e 982,
encontramos a seguinte definição para sociedade simples: é a sociedade
constituída por pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir
com bens e serviços, para o exercício de atividade econômica e a par-
tilha, entre si, dos resultados, não tendo por objeto o exercício de
atividade própria de empresário.
3. Que relação você estabelece entre uma microempresa e uma ação em-
preendedora?
8.2 Competências de
um gestor empreendedor
Em razão das características do empreendedorismo, conforme verificamos
em algumas definições no capitulo anterior, é fácil pressupor as competên-
cias adequadas ao empreendedor.
8.2.1 Autoconfiança
É inerente ao empreendedor ter uma imagem positiva de si próprio, bem
como o desejo de exercer e confiar na sua capacidade de julgamento e na
sua capacidade para resolver as dificuldades. É capaz de arriscar, uma vez que
confia que é capaz de resolver os problemas que possam surgir. Ou ainda:
8.2.2 Iniciativa
A iniciativa reflete bem o espírito empreendedor, no que tange ao processo
de tomada de decisão dentro da empresa. A ausência de tal característica,
não possibilitaria o aproveitamento das oportunidades que surgem.
8.2.3 Planejamento
O empreendedor sabe estabelecer planos de ação para si próprio ou para
os outros, de forma a assegurar o cumprimento de objetivos específicos.
“Decompor os problemas em partes e organizá-las de forma sistemática.
Determinar prioridades, fazer a alocação do tempo e recursos eficazmente e
controlar o seu cumprimento”. (CENTRAL BUSINESS, 2006, p. 6).
Ele é capaz de gerenciar o seu tempo na busca de uma otimização que lhe
permita obter os resultados financeiros que necessita. Auxiliado pela discipli-
na que possui, não se permite afastar do que foi planejado, controlando o
desenvolvimento das ações que foram planejadas para o negócio.
8.2.5 Criatividade
A criatividade como capacidade para gerar novas ideias ou melhorar os pro-
cessos de trabalho em vigor, é uma necessidade imperiosa de um empreendi-
mento que precisa ajustar a correta aplicação dos poucos recursos que dispõe.
Atividade de aprendizagem
Objetivos
Pois bem, em nossa primeira aula, afirmamos que as organizações existem para
produção de um bem (produto) ou serviço que é demandado pelo mercado
consumidor. E, se este produto ou serviço não apresentasse a qualidade exigida
pelo mercado, não existiria demanda para o mesmo. Logo, além de produzir o
produto ou serviço demandado, tem que produzir com qualidade. Mas, há sem-
pre um serviço que complementa (ou favorece) a venda de um produto. Muitas
vezes, dependendo do produto, o serviço que se associa a esse bem torna-se
imprescindível na sua decisão de compra. Por exemplo, o serviço de assistência
técnica que é oferecido nos produtos eletro-eletrônicos ou mesmo no mercado
de automóveis, é imprescindível ao processo de decisão do consumidor. Ele não
adquirirá um produto, para o qual não exista uma rede de assistência técnica
que assegure o bom funcionamento do mesmo.
Logo, para Gianesi (2009), ter poder de competitividade significa ser capaz
de minimizar as ameaças de empresas ingressantes no mercado ou de ser-
viços substitutos, vencer a rivalidade imposta por empresas concorrentes,
ganhando e mantendo fatias do mercado, assim como ser capaz de reduzir
o poder de barganha de fornecedores e consumidores.
1. O que é mercado?
Atividades de aprendizagem
Objetivos
Também, a missão é entendida com o que a empresa deve fazer, para quem
deve fazer, como deve fazer, onde deve fazer e que responsabilidade social
deve ter. Logo, a missão é a expressão da razão da existência da empresa,
em um ambiente em crescente mutação. A missão é a expressão da sua exis-
tência. É fundamental dotá-la de flexibilidade para que possa acompanhar
as mudanças ambientais. Eis algumas reflexões sobre missão, a fim de que
possamos melhor entender seu significado e importância corporativa:
Você pode não aprender muito ao ler a missão de uma empresa, mas,
você aprenderá muito ao tentar escrevê-la. (S. Tilles)
a) De objetivos organizacionais:
c) De diretrizes:
• clientes satisfeitos;
• pessoas realizadas.
OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS
Estabelecimento dos objetivos e da organização
MAIOR POLÍTICAS
Colocação dos objetivos como guia para a ação
DIRETRIZES
Linhas mestras e genéricas de acão
METAS
Alvos a atingir a curto prazo em cada órgão
PROGRAMAS
Amplitude Atividades necessárias a cada meta
PROCEDIMENTOS
Modos de execução de cada programa
MÉTODOS
Planos para execução de tarefas
NORMAS
MENOR Regras para cada procedimento
Todas estas áreas de conhecimento voltadas para prática de uma gestão so-
cioambiental, onde as organizações assumem sua responsabilidade social de
adotar as mais robustas práticas, com o propósito de asegurar a sustentabilidade
de seus processos produtivos na produção de bens ou serviços com qualidade.
Resumo
Atividade de aprendizagem
1. Qual a extensão e profundidade que você percebe na expressão: “uma
gestão corporativa que seja economicamente viável, socialmente
justa e ambientalmente correta?”.
BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: novo cenário competitivo. São
Paulo: Atlas, 2009.
Gestão Agroindustrial
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Nível
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BENEFICIADORA
Intermediário
Nível
Castanha com casca Castanha sem casca INDÚSTRIA
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Castanha torrada Óleo Farinha Leite Farelo
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