Aula 06 - Diagramas Lógicos
Aula 06 - Diagramas Lógicos
Aula 06 - Diagramas Lógicos
Olá, amigos!
Iniciamos nossa presente aula com uma notícia: hoje trataremos de um assunto que
estava previsto para ser estudado em um encontro futuro. Todavia, melhor analisando,
julgamos que é mais conveniente – didaticamente – encaixarmos o assunto “Diagramas
Lógicos” agora. Daí, a troca é apenas essa: Diagramas Lógicos em vez de Associação Lógica.
Este último assunto será visto oportunamente.
Atentem que não haverá, portanto, qualquer redução do conteúdo inicialmente previsto
para este curso, senão uma mera troca na seqüência dos dois referidos assuntos.
Nos próximos dias colocaremos no fórum do curso on-line, uma síntese dos métodos
utilizados nas soluções de questões de estruturas lógicas.
Pois bem! Iniciemos com a resolução do dever de casa que estava pendente da aula
passada. Adiante!
DEVER DE CASA
01.(Fiscal Trabalho 98 ESAF) Maria tem três carros: um Gol, um Corsa e um Fiesta.
Um dos carros é branco, o outro é preto, e o outro é azul. Sabe-se que: 1) ou o
Gol é branco, ou o Fiesta é branco, 2) ou o Gol é preto, ou o Corsa é azul, 3) ou o
Fiesta é azul, ou o Corsa é azul, 4) ou o Corsa é preto, ou o Fiesta é preto.
Portanto, as cores do Gol, do Corsa e do Fiesta são, respectivamente,
a) branco, preto, azul
b) preto, azul, branco
c) azul, branco, preto
d) preto, branco, azul
e)) branco, azul, preto
Sol.:
O enunciado informa que:
- Maria tem três carros: um Gol, um Corsa e um Fiesta.
- Um dos carros é branco, o outro é preto, e o outro é azul.
4º. F 3º. V
P2. ou o Gol é preto, ou o Corsa é azul.
1º. F 2º. V
P3. ou o Fiesta é azul, ou o Corsa é azul.
3º. F 1º. F
P4. ou o Corsa é preto, ou o Fiesta é preto.
1º passo) Da hipótese Fiesta é branco é V (em P1), e como cada carro possui cores
diferentes, teremos: Gol é branco é F (em P1), Fiesta é azul é F (em P3) e
Fiesta é preto é F (em P4).
2º passo) P3 deve ser verdadeira, daí Corsa é azul é V.
3º passo) Atribuir: Corsa é preto é F (em P4) e Corsa é azul é V (em P2).
4º passo) P2 é uma disjunção exclusiva, daí Gol é preto tem que ser F.
Houve alguma contradição entre os resultados obtidos? Claro que sim, pois obtemos
que o Gol não é preto, nem branco e nem azul! Daí, a hipótese Fiesta é branco é Falsa!
Vamos estabelecer outra hipótese (com relação ao Fiesta): Fiesta é preto é Verdade!
1º. F 3º. V
P2. ou o Gol é preto, ou o Corsa é azul.
1º. F 3º. V
P3. ou o Fiesta é azul, ou o Corsa é azul.
1º. F 1º. V
P4. ou o Corsa é preto, ou o Fiesta é preto.
1º passo) A hipótese é Fiesta é preto é V (em P4), e como cada carro deve ter cor
diferente, teremos: Corsa é preto é F (em P4), Fiesta é branco é F (em P1), Gol
é preto é F (em P2) e Fiesta é azul é F (em P3).
Resultados obtidos:
Fiesta é preto!
Gol é branco!
Corsa é azul!
02.(Fiscal Trabalho 98 ESAF) De três irmãos – José, Adriano e Caio –, sabe-se que
ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço. Sabe-se, também, que ou
Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais velho. Então, o mais velho e o mais
moço dos três irmãos são, respectivamente:
a) Caio e José
b)) Caio e Adriano
c) Adriano e Caio
d) Adriano e José
e) José e Adriano
Sol.:
Temos, no enunciado, as seguintes premissas:
P1: ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço.
P2: ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais velho.
1º. F 1º. F
P1. ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço
1º. V 1º. F
P2. ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais velho
1º passo) Da hipótese Adriano é o mais velho é V (em P2), teremos, mesmo sem fazer
nenhuma operação com conectivos, que: Caio é o mais velho é F (em P2), José é
o mais velho é F (em P1) e Adriano é o mais moço é F (em P1).
Só tivemos um passo!
Ao verificar a primeira premissa concluímos facilmente que, com os valores lógicos
obtidos, esta não será verdadeira! Sabemos que para uma disjunção exclusiva ser verdadeira,
é preciso que uma das proposições seja verdadeira e a outra, falsa. Daí, ocorreu uma
contradição, pois a premissa deveria ser verdadeira!
Agora, vamos testar a seguinte hipótese: Adriano é o mais moço é V.
2º. F 1º. V
P1. ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço
1º. F 3º. V
P2. ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais velho
1º passo) Da hipótese Adriano é o mais moço é V (em P1), teremos, sem fazer nenhuma
operação com conectivos, que: Adriano é o mais velho é F (em P2).
2º passo) P1 é uma disjunção exclusiva, daí José é o mais velho tem que ser F.
1º. F 1º. F
P2. ou Ricardo é professor, ou Rogério é músico.
1º. F
P3. ou Renato é músico, ou Rogério é músico.
1º. V 1º. F
P4. ou Rogério é professor, ou Renato é professor.
1º passo) Da hipótese Rogério é professor é V (em P4), teremos sem fazer nenhuma
operação com conectivos que: Renato é professor é F (em P4), Ricardo é
professor é F (em P2) e Rogério é músico é F (em P3).
Só tivemos um passo!
Ao verificar a segunda premissa concluímos facilmente que, com os valores lógicos
obtidos, esta disjunção exclusiva não é verdadeira! daí ocorre uma contradição, pois a
premissa deveria ser verdadeira!
Agora, vamos testar a seguinte hipótese: Rogério é músico é V.
4º. V 3º. F
P1. ou Ricardo é médico, ou Renato é médico.
1º. F 1º. V
P2. ou Ricardo é professor, ou Rogério é músico.
1º. F 1º. V
P3. ou Renato é músico, ou Rogério é músico.
1º. F 2º. V
P4. ou Rogério é professor, ou Renato é professor.
1º passo) Da hipótese Rogério é músico é V (em P4), teremos, sem precisar fazer nenhuma
operação com conectivos, que: Ricardo é professor é F (em P2), Renato é
músico é F (em P3) e Rogério é professor é F (em P4).
Sol.:
Temos, no enunciado, as seguintes premissas:
P1: Se Homero é culpado, então João é culpado.
P2: Se Homero é inocente, então João ou Adolfo são culpados.
P3: Se Adolfo é inocente, então João é inocente.
P4: Se Adolfo é culpado, então Homero é culpado.
1º. V 2º. V
P1. Homero é culpado → João é culpado.
1º. F 3º. F
P2. Homero é inocente → (João ou Adolfo são culpados)
4º. F 3º. F
P3. Adolfo é inocente → João é inocente.
5º. V 1º. V
P4. Adolfo é culpado → Homero é culpado.
2º passo) P1 deve ser verdadeira, daí João é culpado tem que ser V.
4º passo) P3 deve ser verdadeira, daí Adolfo é inocente tem que ser F.
05. (AFRE MG 2005 ESAF) Se André é culpado, então Bruno é inocente. Se André é
inocente, então Bruno é culpado. Se André é culpado, Leo é inocente. Se André é
inocente, então Leo é culpado. Se Bruno é inocente, então Leo é culpado. Logo,
André, Bruno e Leo são, respectivamente:
a) Culpado, culpado, culpado.
b) Inocente, culpado, culpado.
c)) Inocente, culpado, inocente.
d) Inocente, inocente, culpado.
e) Culpado, culpado, inocente.
Sol.:
Esta questão é muito parecida com a anterior. Para termos uma solução diferente da que
fizemos anteriormente, vamos utilizar o método do encadeamento das premissas.
Uma vez que estamos trabalhando apenas com estruturas condicionais, devemos
lembrar que a única situação inadmissível para uma condicional é V na primeira parte e F na
segunda. Assim, de modo que nunca ponhamos um V antes de um F, teremos os seguintes
possíveis valores lógicos a serem analisados:
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
B → ~A → B → ~L → A → ~L
1ª linha: V V V V V V
2ª linha: F V V V V V
3ª linha: F F V V V V
4ª linha: F F F V V V
5ª linha: F F F F V V
6ª linha: F F F F F V
7ª linha: F F F F F F
- Análise da 1ª linha:
Na 2ª coluna de valores lógicos ~A é V e na 5ª coluna A também é V. Isto é
impossível! Daí devemos descartar esta 1ª linha!
- Análise da 2ª linha:
Devemos descartar essa linha pelo mesmo motivo dado na análise da 1ª linha!
- Análise da 3ª linha:
Na 1ª coluna de valores lógicos B é F e na terceira coluna B é V. Isto é impossível! Daí
devemos descartar esta 3ª linha!
- Análise da 4ª linha:
Não há contradições entre os valores lógicos, então mantemos esta linha!
- Análise da 5ª linha:
Na 4ª coluna de valores lógicos ~L é F e na sexta coluna ~L é V. Isto é impossível! Daí
devemos descartar esta 5ª linha!
- Análise da 6ª linha:
Devemos descartar essa linha pelo mesmo motivo dado na análise da 5ª linha!
- Análise da 7ª linha:
Devemos descartar essa linha pelo mesmo motivo dado na análise da 5ª linha!
06. (AFC/STN 2005 ESAF) Se Pedro não bebe, ele visita Ana. Se Pedro bebe, ele lê
poesias. Se Pedro não visita Ana, ele não lê poesias. Se Pedro lê poesias, ele não
visita Ana. Segue-se, portanto que, Pedro:
a) bebe, visita Ana, não lê poesias.
b)) não bebe, visita Ana, não lê poesias.
c) bebe, não visita Ana, lê poesias.
d) não bebe, não visita Ana, não lê poesias.
e) não bebe, não visita Ana, lê poesias.
Sol.: Podemos resolver esta questão pelo Método da Atribuição, ou pelo Método do
Encadeamento, e também pelo Método da Tabela-Verdade. Vamos escolher este último
método para a solução desta questão.
Temos, no enunciado, as seguintes premissas:
P1: Se Pedro não bebe, ele visita Ana.
P2: Se Pedro bebe, ele lê poesias.
P3: Se Pedro não visita Ana, ele não lê poesias.
P4: Se Pedro lê poesias, ele não visita Ana.
1ª B A P ~B ~B → A B P B→P ~A ~P ~A → ~P P ~A P → ~A
2ª V V V F V V V V F F V V F F
3ª V V F F V V F F F V V F F V
4ª V F V F V V V V V F F V V V
5ª V F F F V V F F V V V F V V
6ª F V V V V F V V F F V V F F
7ª F V F V V F F V F V V F F V
8ª F F V V F F V V V F F V V V
9ª F F F V F F F V V V V F V V
Temos que verificar qual é a linha da tabela acima cujos valores lógicos das premissas
são todos V. Encontramos esta situação na 7ª linha! Passemos a observar na 7ª linha quais
são os valores lógicos das proposições simples: B, A e P.
Resultados: B é F , daí: Pedro não bebe!
A é V , daí: Pedro visita Ana!
P é F , daí: Pedro não lê poesias!
Nesta questão, há quatro proposições simples (P, L, R e S), de sorte que fica muito
trabalhoso utilizar o método da Tabela-verdade. Como nas alternativas de resposta aparece
uma disjunção na alternativa “C” e uma condicional na alternativa “D”, é mais aconselhável
utilizarmos o Método da Conclusão Falsa.
Este método consiste, conforme aprendemos, em se verificar a existência simultânea da
conclusão falsa e premissas verdadeiras.
Obviamente que, em enunciados de estruturas lógicas, somente são fornecidas as
premissas, e a conclusão será uma das cinco alternativas da questão.
Daí, devemos realizar testes com as opções de resposta, a fim de descobrimos a
correta, que será aquela em que a existência da conclusão falsa e premissas verdadeiras
não for possível.
Pela regra de precedência dos testes das alternativas, iniciaremos pela alternativa C.
Fazendo a conclusão falsa teremos: (~P ou ~R) é F . Sabemos que uma disjunção é
falsa somente quando os termos que a compõe também são falsos.
Daí, teremos que ~P é F (e P é V), e ~R é F (e R é V).
Vamos executar os seguintes passos, mostrados abaixo:
1º. V 2º. V
P1. P → L
1º. V 3º. V
P2. R → S
1º. F 4º. F
P3. ~P → ~S
1º passo) Substituir as proposições simples pelos valores lógicos obtidos acima, ou seja, P
por V (em P1), ~P por F (em P3) e R por V (em P2).
Opa! A premissa P3 deve ser verdadeira, mas pelos valores lógicos que aparecem em
P3, a premissa é falsa!
Daí, utilizando a alternativa C como conclusão falsa, concluímos que não é possível a
existência de premissas verdadeiras e conclusão falsa.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos
um elemento que não pertence ao conjunto B. Temos as seguintes equivalências:
Algum A não é B = Algum A é não B = Algum não B é A. Mas não é equivalente a
Algum B não é A.
Nas proposições categóricas, usam-se também as variações gramaticais dos verbos ser
e estar, tais como é, são, está, foi, eram, ..., como elo de ligação entre A e B.
Como nesta aula teremos várias questões envolvendo as palavras todo, algum e
nenhum, resolvemos listar algumas regras que já foram vistas na aula dois.
Todo A é B = Todo A não é não B
Algum A é B = Algum A não é não B
Nenhum A é B = Nenhum A não é não B
B
1 2 A=B
A
Nenhum A é B é falsa.
Algum A é B é verdadeira.
Algum A não é B é falsa.
A B
Todo A é B é falsa.
Algum A é B é falsa.
Algum A não é B é verdadeira.
1 2
A
A B B
3 4
B A=B
A
Nenhum A é B é falsa.
Todo A é B é indeterminada – pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em 1 e 2).
Algum A não é B é indeterminada – pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa (em 3 e 4).
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CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO 16
1 2
A
A B B
3
A B
Todo A é B é falsa.
Nenhum A é B é indeterminada – pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e 2).
Algum A é B é indeterminada – pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa (em 3).
Exercício: (Especialista em Políticas Públicas Bahia 2004 FCC) Considerando “todo livro é
instrutivo” como uma proposição verdadeira, é correto inferir que:
a) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
b) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
c) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
d) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
e) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
Sol.:
instrutivo
livro
01. (TTN-98 ESAF) Se é verdade que "Alguns A são R" e que "Nenhum G é R", então
é necessariamente verdadeiro que:
a)) algum A não é G; d) algum G é A;
b) algum A é G. e) nenhum G é A;
c) nenhum A é G;
Sol.:
Esta questão traz, no enunciado, duas proposições categóricas:
1. Alguns A são R
2. Nenhum G é R
Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas por círculos para ajudar-nos
a obter a resposta correta.
Na verdade, para esta questão, não é necessário fazer representações gráficas, pois se
observarmos as alternativas, já podemos excluir as alternativas “b” e “d” (pois algum A é G é
equivalente a algum G é A, e não podemos ter duas respostas corretas), e também excluir as
alternativas “c” e “e” (pois nenhum A é G é o mesmo que nenhum G é A). Só restando-nos
a alternativa “a” para marcar como correta.
Mas para efeitos didáticos vamos também resolver esta questão por diagramas de
círculos!
Vamos iniciar pela representação do Nenhum G é R, que é dada por dois círculos
separados, sem nenhum ponto em comum.
G R
Como já foi visto, não há uma representação gráfica única para a proposição categórica
do Alguns A são R, mas geralmente a representação em que os dois círculos se interceptam
(mostrada abaixo) tem sido suficiente para resolver qualquer questão.
R A
Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições categóricas para analisarmos
qual é a alternativa correta. Como a questão não informa sobre a relação entre os conjuntos A
e G, então teremos diversas maneiras de representar graficamente os três conjuntos (A, G e
R). A alternativa correta vai ser aquela que é verdadeira para quaisquer dessas
representações.
Observando os desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A que está
mais a direita, esta alternativa não é verdadeira, isto é, tem elementos em A que não estão
em G.
Pelo mesmo motivo a alternativa “d” não é correta.
Observando os desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A que está
mais a esquerda, esta alternativa não é verdadeira, isto é, tem elementos em A que estão em
G.
Pelo mesmo motivo a alternativa “e” não é correta.
02.(Fiscal Trabalho 98 ESAF) Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se,
também, que todo B é C. Segue-se, portanto, necessariamente que
a) todo C é B
b) todo C é A
c)) algum A é C
d) nada que não seja C é A
e) algum A não é C
Sol.:
Esta questão traz, no enunciado, duas proposições categóricas:
1. Existe pelo menos um A que é B (= Algum A é B)
2. Todo B é C
Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas por círculos para ajudar-nos
a obter a resposta correta.
A alternativa “d” traz a seguinte sentença: nada que não seja C é A, isto é o mesmo
que nenhum não C é A, ou de outra forma nenhum A é não C. Podemos também passar
para a forma equivalente: Todo A é C. Daí, a alternativa “d” ficou igual a alternativa “b”,
portanto estas alternativas não podem ser resposta da questão.
Vamos iniciar pela representação da proposição categórica Todo B é C:
B A
Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições categóricas para analisarmos
qual é a alternativa correta. Como a questão não informa sobre a relação entre os conjuntos A
e C, então teremos diversas maneiras de representar graficamente os três conjuntos (A, B e
C). A alternativa correta vai ser aquela que é verdadeira para quaisquer dessas
representações.
Usando o mesmo procedimento da questão anterior, passaremos ao teste das
alternativas usando o seguinte desenho (colocamos duas situações para o conjunto A):
A B
A
Vimos que “nada que não seja C é A” é o mesmo que “todo C é A”, e igualmente a
alternativa b, este item é incorreto.
03. (SERPRO 2001 ESAF) Todos os alunos de matemática são, também, alunos de
inglês, mas nenhum aluno de inglês é aluno de história. Todos os alunos de
português são também alunos de informática, e alguns alunos de informática são
também alunos de história. Como nenhum aluno de informática é aluno de inglês,
e como nenhum aluno de português é aluno de história, então:
a) pelo menos um aluno de português é aluno de inglês.
b) pelo menos um aluno de matemática é aluno de história.
c)) nenhum aluno de português é aluno de matemática.
d) todos os alunos de informática são alunos de matemática.
e) todos os alunos de informática são alunos de português.
Sol.:
O enunciado traz as seguintes proposições categóricas:
1. Todos os alunos de matemática são, também, alunos de inglês
2. Nenhum aluno de inglês é aluno de história
3. Todos os alunos de português são também alunos de informática
4. Alguns alunos de informática são também alunos de história
5. Nenhum aluno de informática é aluno de inglês
6. Nenhum aluno de português é aluno de história
Info
Ing Hist
Port
Mat
Resposta: alternativa C.
Sol.:
O enunciado traz as seguintes afirmações:
1. Todo trabalhador é responsável.
2. Todo artista, se não for filósofo, ou é trabalhador ou é poeta.
3. Não há filósofo e não há poeta que não seja responsável.
Responsáveis
Trabalhadores
Vamos passar a análise da terceira afirmação, porque esta faz uma relação entre o
conjunto dos responsáveis e os conjuntos dos filósofos e o dos poetas, que permitirá fazer o
desenho destes dois últimos conjuntos. A terceira afirmação feita foi: “Não há filósofo e não
há poeta que não seja responsável”. Isto é o mesmo que dizer: “Não há filósofo irresponsável
e também não há poeta irresponsável”. Permanece o mesmo sentido! Daí, os conjuntos dos
filósofos e o dos poetas vão estar dentro do conjunto dos responsáveis.
Responsáveis
Trabalhadores
Poetas
Filósofos
Na segunda afirmação, quando se diz que “Todo artista, se não for filósofo, ou é
trabalhador ou é poeta”, pelo raciocínio lógico, isto é o mesmo que afirmar: “Todo artista ou é
filósofo ou é trabalhador ou é poeta”. Permanece o mesmo sentido! Desta forma, o conjunto
dos artistas ou está dentro do conjunto dos filósofos ou está dentro do conjunto dos
trabalhadores ou dentro do conjunto dos poetas.
Responsáveis
Trabalhadores
Artistas
Poetas
Filósofos
Artistas
Artistas
O próximo passo é analisar cada uma das alternativas a fim de encontrar a resposta
correta. Lembrando que a resposta correta é aquela que é verdadeira para qualquer situação
desenhada para os conjuntos. Após estas considerações, concluímos facilmente que a
alternativa correta só pode ser a “C”.
Resposta: alternativa C.
Dever de Casa
01. (AFCE TCU 99 ESAF) Se é verdade que "Alguns escritores são poetas" e que
"Nenhum músico é poeta", então, também é necessariamente verdade que
a) nenhum músico é escritor
b) algum escritor é músico
c) algum músico é escritor
d) algum escritor não é músico
e) nenhum escritor é músico
02. (MPOG 2002 ESAF) Na formatura de Hélcio, todos os que foram à solenidade de
colação de grau estiveram, antes, no casamento de Hélio. Como nem todos os
amigos de Hélcio estiveram no casamento de Hélio, conclui-se que, dos amigos de
Hélcio:
a) todos foram à solenidade de colação de grau de Hélcio e alguns não foram ao casamento de
Hélio.
b) pelo menos um não foi à solenidade de colação de grau de Hélcio.
c) alguns foram à solenidade de colação de grau de Hélcio, mas não foram ao casamento de
Hélio.
d) alguns foram à solenidade de colação de grau de Hélcio e nenhum foi ao casamento de
Hélio.
e) todos foram à solenidade de colação de grau de Hélcio e nenhum foi ao casamento de Hélio.
03. (AFC-STN 2000 ESAF) Uma escola de arte oferece aulas de canto, dança, teatro,
violão e piano. Todos os professores de canto são, também, professores de
dança, mas nenhum professor de dança é professor de teatro. Todos os
professores de violão são, também, professores de piano, e alguns professores de
piano são, também, professores de teatro. Sabe-se que nenhum professor de
piano é professor de dança, e como as aulas de piano, violão e teatro não têm
nenhum professor em comum, então:
a) nenhum professor de violão é professor de canto
b) pelo menos um professor de violão é professor de teatro
c) pelo menos um professor de canto é professor de teatro
d) todos os professores de piano são professores de canto
e) todos os professores de piano são professores de violão
04. (MPOG 2002 ESAF) Em um grupo de amigas, todas as meninas loiras são,
também, altas e magras, mas nenhuma menina alta e magra tem olhos azuis.
Todas as meninas alegres possuem cabelos crespos, e algumas meninas de
cabelos crespos têm também olhos azuis. Como nenhuma menina de cabelos
crespos é alta e magra, e como neste grupo de amigas não existe nenhuma
menina que tenha cabelos crespos, olhos azuis e seja alegre, então:
a) pelo menos uma menina alegre tem olhos azuis.
b) pelo menos uma menina loira tem olhos azuis.
05. (SERPRO 2001 ESAF) Todos os alunos de matemática são, também, alunos de
inglês, mas nenhum aluno de inglês é aluno de história. Todos os alunos de
português são também alunos de informática, e alguns alunos de informática são
também alunos de história. Como nenhum aluno de informática é aluno de inglês,
e como nenhum aluno de português é aluno de história, então:
a) pelo menos um aluno de português é aluno de inglês.
b) pelo menos um aluno de matemática é aluno de história.
c) nenhum aluno de português é aluno de matemática.
d) todos os alunos de informática são alunos de matemática.
e) todos os alunos de informática são alunos de português.
06. (SERPRO 2001 ESAF) Todas as amigas de Aninha que foram à sua festa de
aniversário estiveram, antes, na festa de aniversário de Betinha. Como nem todas
amigas de Aninha estiveram na festa de aniversário de Betinha, conclui-se que,
das amigas de Aninha,
a) todas foram à festa de Aninha e algumas não foram à festa de Betinha.
b) pelo menos uma não foi à festa de Aninha.
c) todas foram à festa de Aninha e nenhuma foi à festa de Betinha.
d) algumas foram à festa de Aninha mas não foram à festa de Betinha.
e) algumas foram à festa de Aninha e nenhuma foi à festa de Betinha.