Aula 10 - Analise Combinatoria Parte I
Aula 10 - Analise Combinatoria Parte I
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DEVER DE CASA
01. (AFC/CGU 2003/2004 ESAF) Três homens são levados à presença de um jovem
lógico. Sabe-se que um deles é um honesto marceneiro, que sempre diz a
verdade. Sabe-se, também, que um outro é um pedreiro, igualmente honesto e
trabalhador, mas que tem o estranho costume de sempre mentir, de jamais dizer
a verdade. Sabe-se, ainda, que o restante é um vulgar ladrão que ora mente, ora
diz a verdade. O problema é que não se sabe quem, entre eles, é quem. À frente
do jovem lógico, esses três homens fazem, ordenadamente, as seguintes
declarações:
O primeiro diz: “Eu sou o ladrão.”
O segundo diz: “É verdade; ele, o que acabou de falar, é o ladrão.”
O terceiro diz: “Eu sou o ladrão.”
Com base nestas informações, o jovem lógico pode, então, concluir
corretamente que:
a) O ladrão é o primeiro e o marceneiro é o terceiro.
b) O ladrão é o primeiro e o marceneiro é o segundo.
c) O pedreiro é o primeiro e o ladrão é o segundo.
d) O pedreiro é o primeiro e o ladrão é o terceiro.
e) O marceneiro é o primeiro e o ladrão é o segundo.
Sol.:
Pela questão, não se sabe quem, entre eles, é quem! Faremos algumas suposições para
identificar os homens que fizeram as declarações! Vamos supor a um dos declarantes que ele
diz a verdade (ou seja, é o marceneiro), e depois testaremos esta suposição! Assim, devemos
realizar três testes, conforme mostramos abaixo:
1º teste: Supor que o primeiro homem que declara é o marceneiro;
2º teste: Supor que o segundo homem que declara é o marceneiro;
3º teste: Supor que o terceiro homem que declara é o marceneiro.
Realizando os testes:
O primeiro homem declara: “Eu sou o ladrão”! Portanto, este homem não pode ser o
marceneiro, pois o marceneiro sempre diz a verdade, e assim nunca se declararia que é
ladrão! Concluímos que o primeiro homem não é o marceneiro!
Veja que tanto o primeiro homem quanto o terceiro homem declaram a mesma coisa!
Daí, o 3º teste terá um resultado similar ao obtido pelo 1º teste: o marceneiro não pode
ser o terceiro homem!
Então, com certeza, o 2º teste terá um resultado positivo, pois foi o único que restou!
Donde concluímos que o segundo homem é o marceneiro!
E como o marceneiro é o segundo homem, então é verdadeira a sua declaração! Daí,
obtemos que o primeiro homem diz a verdade!
Como o primeiro homem diz a verdade, então ele é o ladrão (não pode ser o
pedreiro, pois este sempre mente!). Resta que o terceiro homem é o pedreiro, que sempre
mente!
Resposta: alternativa B.
02.(MPOG 2002) Cinco amigas, Ana, Bia, Cati, Dida e Elisa, são tias ou irmãs de Zilda.
As tias de Zilda sempre contam a verdade e as irmãs de Zilda sempre mentem.
Ana diz que Bia é tia de Zilda. Bia diz que Cati é irmã de Zilda. Cati diz que Dida é
irmã de Zilda. Dida diz que Bia e Elisa têm diferentes graus de parentesco com
Zilda, isto é: se uma é tia a outra é irmã. Elisa diz que Ana é tia de Zilda. Assim, o
número de irmãs de Zilda neste conjunto de cinco amigas é dado por:
a) 1 d) 4
b) 2 e) 5
c) 3
Sol.:
Vamos supor que a primeira declarante seja tia de Zilda, ou seja, estamos supondo que
Ana é tia de Zilda, e como as tias sempre dizem a verdade, então Ana sempre diz a
verdade! Agora, testaremos esta suposição:
Ana diz: Bia é tia de Zilda. Æ Como Ana diz a verdade, então Bia é tia de Zilda!
Logo, Bia diz a verdade!
Bia diz: Cati é irmã de Zilda Æ Também Bia diz a verdade, então Cati é irmã de Zilda!
Logo, Cati mente!
Cati diz: Dida é irmã de Zilda Æ Temos que Cati mente, então Dida não é irmã de Zilda,
mas sim tia de Zilda! Logo, Dida diz a verdade!
Dida diz: Bia e Elisa têm Æ Como Dida diz a verdade, e como obtemos anteriormente
diferentes graus de parentesco que Bia é tia de Zilda, então concluímos que Elisa é irmã
com Zilda. de Zilda! Logo, Elisa mente!
Sabendo que Ana é irmã de Zilda, faremos uma nova análise nas declarações de cada
amiga, para identificarmos cada uma delas quanto ao parentesco com Zilda.
Ana diz: Bia é tia de Zilda. Æ Como Ana é irmã de Zilda, logo Ana mente, daí Bia
não é tia de Zilda, mas sim irmã!
Logo, Bia mente!
Bia diz: Cati é irmã de Zilda Æ Como Bia mente, então Cati não é irmã de Zilda, mas sim
tia! Logo, Cati diz a verdade!
Cati diz: Dida é irmã de Zilda Æ Temos que Cati diz a verdade, então Dida é irmã de
Zilda! Logo, Dida mente!
Dida diz: Bia e Elisa têm Æ Como Dida mente, então Bia e Elisa têm iguais graus de
diferentes graus de parentesco parentesco com Zilda, como obtemos anteriormente que
com Zilda. Bia é irmã de Zilda, então concluímos que Elisa também
é irmã de Zilda! Logo, Elisa mente!
Elisa diz: Ana é tia de Zilda Æ Elisa mente, então Ana não é tia de Zilda! Este
resultado está de acordo com o que estabelecemos
inicialmente!
- Resultados obtidos:
Resposta: alternativa D.
Conhecendo suas amigas, Fernanda sabe que duas delas estão mentindo e que as
demais estão dizendo a verdade. Conclui, então, corretamente, que
a) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está perdendo este set, e quem vai sacar é a equipe
visitante.
b) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está vencendo este set, e quem vai sacar é a equipe
visitante.
c) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra está vencendo este set, e quem vai sacar é a equipe
visitante.
d) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra não está vencendo este set, e a Ulbra venceu o
primeiro set.
e) o escore está 13 a 12, e a Ulbra vai sacar, e a Ulbra venceu o primeiro set.
Sol.:
Para descobrirmos quem mente e quem diz a verdade, temos que escolher uma das
amigas de Fernanda e supor que ela está falando a verdade! Escolheremos Denise, pois a sua
declaração contém várias informações.
A partir destes resultados, analisaremos as declarações das quatro outras amigas para
identificar quem mente e quem diz a verdade.
Berenice: “O escore não está 13 a 12, e a Ulbra já Æ Nada podemos afirmar sobre
ganhou o primeiro set”. Berenice!
Da análise acima, temos que três amigas mentem! Entretanto, isso contradiz o
enunciado da questão que afirma que só há duas mentindo! Portanto, a suposição inicial que
Denise diz a verdade está errada! Logo, Denise mente!
Ainda falta identificar sobre a verdade das declarações das outras quatro amigas:
Amanda, Berenice, Camila e Eunice. Sabemos, agora, que entre estas somente uma mente! A
partir disso, adotaremos o seguinte procedimento que já adotado na aula passada:
observaremos, entre as declarações destas quatro amigas, duas que não podem ser ambas
verdadeiras!
Rapidamente, obtemos que Amanda e Berenice não podem, ambas, estarem dizendo
a verdade! Pois uma diz que o escore está 13 a 12, e a outra diz que não está 13 a 12!
Portanto, uma mente e a outra diz a verdade!
Observe que a declaração de Berenice também entra em choque com a declaração de
Camila! Portanto, uma mente e outra diz a verdade!
Com estes dois resultados, concluímos que Berenice mente!
Como duas mentem e três dizem a verdade, chegamos aos seguintes resultados finais:
Amanda diz a verdade!
Berenice mente!
Camila diz a verdade!
Denise mente!
Eunice diz a verdade!
Resposta: alternativa B.
04. (CVM – 2000) Beatriz encontrava-se em viagem por um país distante, habitado
pelos vingos e pelos mingos. Os vingos sempre dizem a verdade; já os mingos
sempre mentem. Certo dia, vendo-se perdida em uma estrada, Beatriz dirigiu-se a
um jovem que por ali passava e perguntou-lhe: “Esta estrada leva à Aldeia Azul?”.
O jovem respondeu-lhe: “Sim, esta estrada leva à Aldeia Azul”. Como não
soubesse se o jovem era vingo ou mingo, Beatriz fez-lhe outra pergunta: “E se eu
te perguntasse se és mingo, o que me responderias?”. E o jovem respondeu:
“Responderia que sim”. Dadas as respostas do jovem, Beatriz pôde concluir
corretamente que
a) o jovem era mingo e a estrada não levava à Aldeia Azul
b) o jovem era mingo e a estrada levava à Aldeia Azul
c) o jovem era vingo e a estrada não levava à Aldeia Azul
d) o jovem era vingo e a estrada levava à Aldeia Azul
e) o jovem poderia ser vingo ou mingo, e a estrada levava à Aldeia Azul
Sol.:
Temos as seguintes informações trazidas no enunciado da questão:
1) Um país distante é habitado pelos vingos e pelos mingos.
2) Os vingos sempre dizem a verdade; já os mingos sempre mentem.
Até o momento não sabemos se o jovem é vingo ou mingo! Vamos supor que ele seja
vingo, e analisaremos as perguntas e respostas acima para testar esta suposição!
Æ Análise da 1ª pergunta e resposta: Esta estrada leva à Aldeia Azul? “Sim, esta estrada
leva à Aldeia Azul”.
Como supomos que o jovem é vingo, logo a sua resposta é verdadeira, e obtemos que
é verdade que a estrada leva à Aldeia Azul!
Vamos analisar a outra pergunta!
Como supomos que o jovem é vingo, a resposta a pergunta acima deve ser NÃO!
Entretanto, o jovem respondeu SIM! Ou seja, ocorreu uma contradição, daí a suposição inicial
de que o jovem é vingo não é correta! Então, o jovem é mingo!
Æ Análise da 1ª pergunta e resposta: Esta estrada leva à Aldeia Azul? “Sim, esta estrada
leva à Aldeia Azul”.
Já sabemos que o jovem mente, portanto quando ele diz SIM na resposta acima,
significa que a resposta verdadeira (correta) é NÃO! Assim, a estrada não leva à Aldeia
Azul!
Assim, obtemos:
O jovem é mingo!
A estrada não leva à Aldeia Azul!
Resposta: alternativa A.
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05. (CGM RJ 2003 FJG) Juca, João e José fizeram as seguintes afirmações:
Juca: Eu fui aprovado no concurso ou José foi aprovado no concurso.
João: Se José não foi aprovado no concurso, então eu fui aprovado no concurso.
José: Eu fui aprovado no concurso ou João foi aprovado no concurso.
Admitindo-se que apenas uma das três afirmações acima seja verdadeira, é correto
concluir que:
A) José foi aprovado no concurso
B) Juca foi aprovado no concurso
C) Juca e João foram aprovados no concurso
D) José e João foram aprovados no concurso
Sol.:
De acordo com os dados fornecidos na questão, temos três hipóteses possíveis:
A afirmação de João é uma condicional, e para que ela seja falsa, é necessário que a 1ª
parte da condicional seja verdadeira e a segunda seja falsa, ou seja:
“José não foi aprovado no concurso” é verdade!
“Eu (João) fui aprovado no concurso” é falso!
A afirmação de José é uma disjunção, e para que ela seja falsa, é necessário que ambas
as partes sejam falsas, ou seja:
“Eu (José) fui aprovado no concurso” é falso!
“João foi aprovado no concurso” é falso!
Finalizamos o teste da 1ª hipótese e não encontramos contradições nela, daí esta hipótese
está correta! E os resultados obtidos para esta hipótese foram:
“José não foi aprovado no concurso” é verdade!
“João não foi aprovado no concurso” é verdade!
“Juca foi aprovado no concurso” é verdade!
Resposta: alternativa B.
Cara ------Æ K, C, C
Cara
Coroa ------Æ K, C, K
Coroa
Cara -------Æ K, K, C
Coroa
Coroa ------Æ K, K, K
E1 Æ (P2, E1)
E2 Æ (P2, E2)
. P2 E3 Æ (P2, E3)
E4 Æ (P2, E4)
E1 Æ (P3, E1)
E2 Æ (P3, E2)
P3 E3 Æ (P3, E3)
E4 Æ (P3, E4)
Em azul, estão as doze possibilidades distintas de, usando uma das três portas e um
dos quatro elevadores, chegarmos ao quinto andar!
Ocorre que já aprendemos que o tal desenho acima é desnecessário! Mais rápido e
eficaz será utilizar o princípio da contagem. Para tanto, dividiremos o evento (chegar ao 5º
andar do hospital) em duas etapas:
1ª etapa) a escolha de uma porta de entrada;
2ª etapa) a escolha de um elevador.
Feito isso, descobriremos o número de resultados possíveis, individualmente, para cada
etapa. Teremos:
1ª etapa) a escolha de uma porta de entrada Æ 3 resultados possíveis;
2ª etapa) a escolha de um elevador ----------Æ 4 resultados possíveis.
Manda o princípio da contagem que multipliquemos os resultados parciais, e teremos:
Æ 3x4=12 Æ A mesma resposta do diagrama da árvore!
A partir dos dois exemplos que acabamos de ver, já é possível apresentar formalmente
o princípio fundamental da contagem. Vejamos:
Enunciado do Princípio da Contagem:
Se um acontecimento pode ocorrer por várias etapas sucessivas e independentes
de tal modo que:
P1 é o número de possibilidades da 1ª etapa;
P2 é o número de possibilidades da 2ª etapa;
.
.
Pk é o número de possibilidades da “k-ésima” etapa, então:
Æ Quatro atletas participam de uma corrida. Quantos resultados existem para o 1º, 2º e 3º
lugares?
Sol.:
Quais serão as etapas desse evento? Ora, a definição do 1º colocado, a do 2º e a do 3º!
Três etapas, portanto. Teremos:
Æ 1ª etapa) Definição do 1º colocado Æ 4 resultados possíveis;
Æ 2ª etapa) Definição do 2º colocado Æ 3 resultados possíveis;
Æ 3ª etapa) Definição do 3º colocado Æ 2 resultados possíveis.
Multiplicando-se os resultados parciais, teremos:
Æ 4x3x2 = 24 Æ Resposta!
Ou seja, podem ser formados 24 diferentes resultados de 1º, 2º e 3º colocados numa
corrida, dispondo-se de 4 competidores.
Æ Numa festa existem 80 homens e 90 mulheres. Quantos casais diferentes podem ser
formados?
Sol.:
O objetivo é formar um casal. Ora, um casal é composto de um homem e uma mulher!
Logo, para cumprir esse objetivo, dividiremos o evento em duas etapas:
1ª etapa) escolha do homem Æ 80 resultados possíveis;
2ª etapa) escolha da mulher Æ 90 resultados possíveis.
Pelo princípio da contagem, multiplicando-se os resultados parciais, teremos:
Æ 80x90 = 7200 Æ Resposta!
Æ O sistema telefônico de São Paulo utiliza sete dígitos para designar os diversos telefones.
Supondo que o primeiro dígito seja sempre dois (2), e que o dígito zero (0) não seja utilizado
para designar estações (2º e 3º dígitos), quantos números de telefones diferentes poderemos
ter?
Sol.:
# Arranjo e Combinação:
Duas outras técnicas serão comumente usadas na resolução de problemas de Análise
Combinatória. Estamos falando do Arranjo e da Combinação!
O importante é sabermos que, para cada caso específico de situação, haverá um
caminho de resolução adequado. Se o diagnóstico de uma questão é Arranjo, ela terá que ser
resolvida por Arranjo; se é Combinação, terá que ser resolvida por combinação!
Ou seja, se a questão é de tal forma que a resolução correta se faz por Arranjo e você
equivocadamente a resolve por Combinação, infelizmente a sua resposta estará errada, e você
acaba de perder um ponto precioso na prova!
Com isso, concluímos que a alma da Análise Combinatória consiste em saber identificar
qual é o correto caminho de resolução!
E isso, amigos, é extremamente fácil! Traçaremos um método! Vejamos:
Elementos iguais no subgrupo
Princípio
Fundamental da
Contagem
Esse diagrama acima será nosso guia! Por meio dele não há como errarmos na escolha
do caminho de resolução!
Mas, o que significa esse comando: elementos iguais no subgrupo ou elementos
distintos no subgrupo?
Ora, sempre que formos pensar um problema de análise combinatória, estaremos
trabalhando com elementos de um conjunto universo e tentando construir conjuntos menores,
chamados subgrupos.
Vejamos os três exemplos seguintes, que nos ajudarão a entender melhor:
Exemplo 1) Quantos números de três algarismos podem ser formados, dispondo dos
algarismos 1, 2, 3, 4 e 5?
Quem é o conjunto universo? {1, 2, 3, 4, 5}
E quem será o subgrupo? Será um conjunto de apenas três algarismos!
Formar esse subgrupo é o nosso objetivo!
Neste exemplo, a questão especificou que os elementos do subgrupo tenham que ser
distintos? Ou podem ser iguais? Ora, se a questão não amarrou que o subgrupo tem que ter
elementos diferentes, então fica subentendido que eles podem ser repetidos!
Daí, já sabemos que o caminho de resolução será o Princípio da Contagem!
Exemplo 2) Quantos números de três algarismos distintos podem ser formados, dispondo dos
algarismos 1, 2, 3, 4 e 5?
Quem é o conjunto universo? O mesmo do exemplo anterior: {1, 2, 3, 4, 5}
O subgrupo agora terá quantos elementos? Três, da mesma forma!
Podem os elementos do subgrupo repetir-se? Não! A questão estabeleceu que terão de
ser elementos distintos!
Com isso, concluímos: o caminho de resolução seguirá pelo Arranjo ou pela
Combinação!
Mas qual dos dois? Arranjo ou Combinação? Güenta aí, que explicaremos já!
Exemplo 3) Dispondo das seguintes espécies de frutas {maçã, mamão, melão, banana, pêra,
uva, laranja e melancia}, quantos tipos de saladas podem ser formadas, contendo três tipos
de frutas?
Quem é o conjunto universo? É o das frutas disponíveis:
{maçã, mamão, melão, banana, pêra, uva, laranja e melancia}
E o subgrupo, qual será? Será aquela salada que formaremos, com apenas três tipos de
frutas! A pergunta: o subgrupo terá que ter elementos diferentes? Obviamente que sim! Não
dá para formar uma salada com banana, banana e banana. Concordam? Embora o enunciado
não tenha dito isso expressamente, fica entendido, por evidente, que a salada tem que ser
formada por três tipos distintos de frutas!
Assim sendo, concluímos: o caminho de resolução é o do Arranjo ou da Combinação!
Mas qual desses dois? Arranjo ou Combinação?
Retornemos aos dois últimos exemplos, para os quais já havíamos decidido que seriam
resolvidos por Arranjo ou por Combinação. Teremos:
Exemplo 2) Quantos números de três algarismos distintos podem ser formados, dispondo dos
algarismos 1, 2, 3, 4 e 5?
E agora, Arranjo ou Combinação?
1º Passo) Criando um resultado possível, podemos ter: (1 2 3)
O número cento e vinte e três. Pode ser? Claro!
2º Passo) Invertendo a ordem do resultado criado: (3 2 1)
Chegamos ao número trezentos e vinte e um.
3º Passo) A comparação! São iguais ou diferentes os dois resultados acima?
Ora, tratando-se de números, é claro que são distintos!
Conclusão: resolveremos a questão por Arranjo!
Exemplo 3) Dispondo das seguintes espécies de frutas {maçã, mamão, melão, banana, pêra,
uva, laranja e melancia}, quantos tipos de saladas podem ser formadas, contendo três tipos
de frutas?
Será Arranjo ou será Combinação?
1º Passo) Criando um resultado possível: (mamão, melão e maçã)
Gostaram da minha salada? Se não gostaram, vai ela mesma!
2º Passo) Invertamos a ordem! Teremos: (maçã, melão e mamão)
3º Passo) Comparemos:
A salada do primeiro passo é igual ou é diferente da salada do segundo passo? O sabor
é o mesmo? Claro que sim! Os resultados são iguais!
Conclusão: a questão sai por Combinação!
É somente isso! Se vocês se lembrarem destes três exemplos simples acima, serão
capazes de identificar o caminho de resolução de qualquer questão de Análise Combinatória!
Para quem anda mais esquecido, esse sinal de interrogação (!) significa a operação
fatorial. Trata-se, tão-somente, de um produto que se inicia com o próprio valor (que antecede
o sinal “!”) e vai se reduzindo até chegar a um.
Exemplos:
Æ 8!=8x7x6x5x4x3x2x1
Æ 5!=5x4x3x2x1
E assim por diante!
Observem que, sempre que formos fazer uma divisão entre fatoriais, repetiremos o
menor deles, e desenvolveremos o maior até que se iguale ao menor.
Exemplo:
8! 8 x7 x6 x5!
=
5! 5!
Viram? E agora? Ora, agora resta cortarmos o 5! do numerador com o do denominador.
E teremos apenas que:
8! 8 x7 x6 x5!
= = 8 x7 x6
5! 5!
Fácil, não? Mais fácil que roubar doce de criança! Pois bem, voltemos ao exemplo dois
da página anterior:
Exemplo 2) Quantos números de três algarismos distintos podem ser formados, dispondo
dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5?
Sol.:
Primeira análise: os elementos do subgrupo podem ser iguais ou têm que ser distintos?
Distintos, pois assim estabelece o enunciado. Daí, resolveremos por Arranjo ou Combinação!
Segunda análise: sairá por Arranjo ou Combinação?
1º Passo) Criando um resultado possível, podemos ter: (1 2 3)
2º Passo) Invertendo a ordem do resultado criado: (3 2 1)
3º Passo) A comparação: os resultados são distintos! Æ Arranjo!
Arranjo de quantos em quantos? De 5 em subgrupos de 3. Teremos:
n! 5! 5! 5 x 4 x3x 2!
An , p = Æ A5,3 = = = = 5 x 4 x3 = 60 Æ Resposta!
(n − p)! (5 − 3)! 2! 2!
Ou seja, podemos formar 60 números com 3 algarismos distintos, dispondo dos
algarismos 1, 2, 3, 4 e 5.
Uma pergunta deveras oportuna seria: não dava para resolver essa questão pelo
Princípio da Contagem? Vejamos: nosso evento é formar um número de três algarismos
distintos. Podemos dividi-lo em três etapas: definição do primeiro algarismo, definição do
segundo e definição do terceiro. Teremos:
Æ 1ª etapa) definição do primeiro algarismo: 5 resultados possíveis;
Æ 2ª etapa) definição do segundo algarismo: 4 resultados possíveis;
Æ 3ª etapa) definição do terceiro algarismo: 3 resultados possíveis.
Multiplicando-se os resultados parciais, teremos:
Æ 5x4x3= 60 Æ Resposta!
Mesma resposta que chegamos pelo Arranjo!
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CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO 15
n! 8! 8! 8 x7 x6 x5! 8 x7 x6
Cn , p = Æ C8,3 = = = = = 56 Æ Resposta!
p!(n − p )! 3!(8 − 3)! 3!.5! 5!.3x 2 x1 3x 2 x1
Ou seja: podem ser formados 56 tipos de saladas, com três espécies de frutas,
dispondo daquelas oito espécies relacionadas!
# Permutação:
A Permutação, meus amigos, é tão-somente um caso particular do Arranjo!
Caso nos omitíssemos de falar em Permutação, vocês acertariam a questão do mesmo
jeito, aplicando o Arranjo! Mas não é o caso! Melhor é conhecê-la!
Quando estivermos em uma questão de Arranjo (já sabemos como identificá-la!) e
observarmos que o n (número de elementos do “conjunto universo”) é igual ao p (número de
elementos dos subgrupos), então estaremos diante de uma questão de Permutação!
Consideremos os exemplos abaixo, os quais são meras variações dos que vimos no
Arranjo.
Exemplo 1) Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de cinco dígitos
distintos poderão ser formados?
Sol.: A questão é de Arranjo, conforme já havíamos verificado. Arranjo de quanto em quanto?
O grupo maior tem cinco elementos, ou seja: n=5.
E os subgrupos terão também cinco elementos, ou seja: p=5.
Ora, quando a questão é de Arranjo, e temos que n = p, dizemos então que estamos
em um caso de Permutação.
Em outras palavras: A5,5 = P5 (leia-se: “permutação de cinco”)
O bom é que o cálculo da Permutação é até mais fácil.
Æ Fórmula da Permutação: Pn = n!
Onde: Æ n é o número de elementos do conjunto universo, que é também o mesmo número
de elementos dos subgrupos que serão formados!
Voltando ao nosso exemplo, teremos que:
A5,5 = P5 = 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120 Æ Resposta!
Exemplo 02) Quatro carros (C1, C2, C3 e C4) disputam uma corrida. Quantas são as
possibilidades de chegada para os quatro primeiros lugares?
Sol.: Também já sabemos que é uma questão de Arranjo! Agora, o grupo maior tem 4
elementos (n=4) e os subgrupos que serão formados também terão esse mesmo número de
elementos (p=4). Daí, caímos no caso particular da Permutação!
Teremos, pois, que:
A4,4 = P4 = 4 x 3 x 2 x 1 = 24 Æ Resposta!
SITUAÇÃO 1) Seis amigos vão ao cinema. São 3 rapazes e 3 moças. De quantas formas
poderemos colocá-los dispostos numa mesma fila, em seis poltronas vizinhas?
Sol.:
Iniciemos nossa análise do princípio!
1ª Indagação: na hora de formar os subgrupos, poderemos usar elementos iguais? Ou
terão que ser distintos?
Ora, os elementos do subgrupo serão pessoas! Logo, não há como formar um subgrupo
com várias pessoas iguais! Obviamente, os elementos terão de ser diferentes! Primeira
conclusão: o caminho de resolução é o do Arranjo ou da Combinação!
2ª Indagação: Arranjo ou Combinação?
Daí, seguimos aquele procedimento já nosso conhecido:
1º Passo) criamos um resultado possível. (Chamemos as pessoas de A, B, C, D, E e F).
Teremos, pois, que um resultado possível seria esse mesmo:
Æ A-B-C-D-E-F
(Com a pessoa A na ponta da esquerda e a pessoa F na da direita!)
2º Passo) Invertemos a ordem dos elementos do resultado acima. Teremos:
Æ F-E-D-C-B-A
3º Passo) Comparamos os resultados!
Atenção à pergunta seguinte: as pessoas dos dois resultados são as mesmas?
A resposta é sim! Mas, e as duas filas, são as mesmas?
Não! São diferentes! E o que interessa neste caso são as filas formadas!
Temos, portanto, resultados distintos! Conclusão: Trabalharemos com Arranjo!
Arranjo de quantos em quantos? São 6 pessoas no conjunto universo, e são seis
elementos na fila (no subgrupo). Logo, Arranjo de 6 em 6: A6,6, que é igual a Permutação de
6. Ou seja: A6,6 = P6
Então, para esse enunciado, faremos:
SITUAÇÃO 2) Seis amigos vão ao cinema. São 3 rapazes e 3 moças. De quantas formas
poderemos colocá-los dispostos numa mesma fila, em seis poltronas vizinhas, de modo que as
três moças fiquem sempre juntas?
Sol.:
Este enunciado difere do anterior por um breve detalhe! É exigido aqui que as três
moças permaneçam juntas!
Ora, já nos é possível concluir, seguindo o mesmíssimo raciocínio do exemplo anterior,
que esta questão será resolvida pelo caminho da Permutação!
Em face da exigência anunciada, lançaremos mão de um artifício: passaremos a
considerar as pessoas que têm de estar sempre juntas como sendo uma única pessoa!
Além disso, neste presente exemplo, em vez de trabalharmos apenas com uma
permutação, teremos que trabalhar com duas:
1ª Permutação) Para todo o conjunto de pessoas (atentando para o fato de que as
três moças que são inseparáveis serão consideradas uma só);
Daí, com três homens e uma mulher (três inseparáveis = uma apenas!), somamos um
total de quatro pessoas! Permutando-as, teremos: P4 = 4! = 24 formações.
2ª Permutação) Para o conjunto dos elementos inseparáveis (as três moças):
Permutando as três mulheres, teremos: P3 = 3! = 6 formações
Vejamos a ilustração abaixo:
P3 = 3x2x1 = 6
P4 = 4! = 4x3x2x1 = 24
Esses dois resultados parciais (24 e 6), referentes ao conjunto inteiro e aos elementos
inseparáveis, terão que ser agora multiplicados, para chegarmos ao resultado final. Teremos:
Æ 6x24= 144 Æ Resposta!
SITUAÇÃO 3) Seis amigos vão ao cinema. São 3 rapazes e 3 moças. De quantas formas
poderemos colocá-los dispostos numa mesma fila, em seis poltronas vizinhas, de modo que os
três rapazes fiquem sempre juntos e as três moças fiquem sempre juntas?
Sol.:
Agora a exigência específica cria dois subgrupos de elementos inseparáveis. Já sabemos
como proceder com eles.
Teremos:
P3=3x2x1=6 P3=3x2x1=6
P2 = 2! = 2x1 = 2
Observemos que a permutação para o conjunto completo foi apenas P2. Claro! Uma vez
que os três rapazes são considerados um só, e as três moças idem! É o nosso artifício dos
elementos inseparáveis! Não podemos esquecer dele!
Daí, compondo nosso resultado, teremos:
Æ 6x6x2= 72 Æ Resposta!
SITUAÇÃO 4) Seis amigos vão ao cinema. São 3 rapazes e 3 moças. De quantas formas
poderemos colocá-los dispostos numa mesma fila, em seis poltronas vizinhas, de modo que as
três moças fiquem separadas?
Sol.: O enunciado agora não exige mais que alguns elementos fiquem juntos, mas separados!
Ora, se do total de formas possíveis de organizar os amigos (resposta da situação 1)
subtrairmos o número de formas pelas quais as moças ficarão sempre juntas (resposta da
situação 2), o resultado que encontraremos é exatamente o que pede neste exemplo. Ou seja:
SITUAÇÃO 5) Seis amigos vão ao cinema. São 3 rapazes e 3 moças. De quantas formas
poderemos colocá-los dispostos numa mesma fila, em seis poltronas vizinhas, de modo que
rapazes e moças fiquem sempre alternados?
Sol.:
Agora é o seguinte: rapaz sempre ao lado de moça, e vice-versa! Teremos duas
situações possíveis: 1a) a fila começando com um rapaz na esquerda; e 2a) a fila começando
com uma moça na esquerda. Trabalhando a primeira situação possível, teremos:
R M R M R M
Neste caso, teremos os três rapazes permutando entre si, enquanto que o mesmo se
dá em relação às moças!
Æ Permutação dos rapazes: P3 = 3! = 3x2x1 = 6
Æ Permutação das moças: P3 = 3! = 3x2x1 = 6
Compondo nosso resultado, para esta primeira situação, teremos:
Æ 6x6= 36
Ocorre que a questão não acaba aí, uma vez que já havíamos constatado que há uma
outra possibilidade: a de que a fila comece com uma moça à esquerda (ao invés de um rapaz)!
Teremos:
M R M R M R
Aqui novamente as três moças permutarão entre si, enquanto que os três rapazes
também permutarão entre si! Faremos:
Æ Permutação das moças: P3 = 3! = 3x2x1 = 6
Æ Permutação dos rapazes: P3 = 3! = 3x2x1 = 6
Compondo nosso resultado, para esta segunda situação, teremos igualmente:
Æ 6x6= 36
Finalmente, somando os resultados parciais (rapaz à esquerda e moça à esquerda),
teremos:
Æ 36+36= 72 Æ Resposta!
SITUAÇÃO 6) Seis amigos vão ao cinema. São 3 rapazes e 3 moças De quantas formas
poderemos colocá-los dispostos numa mesma fila, em seis poltronas vizinhas, de modo que
somente as moças fiquem todas juntas?
Sol.:
O que se pede nesta questão (por conta da palavra somente) é o número de maneiras
diferentes em que as 3 moças fiquem sempre juntas enquanto que os 3 rapazes não fiquem
todos juntos.
1ª Solução:
Assim, para que os três homens não fiquem todos juntos é necessário que as moças
fiquem juntas no meio da fila. Reparem que as moças não podem estar juntas nas pontas, pois
assim os três homens ficariam juntos! Há duas situações possíveis para o posicionamento das
moças:
1ª situação:
R M M M R R
3 moças
2ª situação:
R R M M M R
3 moças
Na primeira situação teremos os três rapazes permutando entre si, enquanto que o
mesmo se dá em relação às moças!
Æ Permutação dos rapazes: P3 = 3! = 3x2x1 = 6
Æ Permutação das moças: P3 = 3! = 3x2x1 = 6
Compondo nosso resultado, para esta primeira situação, teremos:
Æ 6x6= 36
2ª solução:
Se do total de formas possíveis em que as mulheres ficam juntas (resposta da situação
2) subtrairmos o número de formas pelas quais os três rapazes fiquem sempre juntos e as três
moças fiquem sempre juntas (resposta da situação 3), o resultado que encontraremos é
exatamente o que se pede neste exemplo. Ou seja:
# Exercícios Diversos:
01) Um edifício tem 8 (oito) portas. De quantas formas uma pessoa poderá entrar no edifício e
sair por uma porta diferente da que usou para entrar?
Sol.:
Iniciemos nossa análise. Qual é o objetivo da questão? Fazer com que uma pessoa
entre e saia de um edifício. Para tanto, disporá a pessoa de um total de oito portas!
Ocorre que o enunciado determina que a porta de saída deverá ser diferente da de
entrada. Em suma: precisamos escolher uma porta para entrar e uma para sair, de um total
de oito portas!
Daí:
Conjunto Universo: {Porta1, Porta2, Porta3, Porta4, Porta5, Porta6, Porta7, Porta8}
Subgrupo: Porta de entrada Porta de saída
Daí, teremos:
Æ 1ª etapa) Escolha da porta de entrada: 8 resultados possíveis;
Æ 2ª etapa) Escolha da porta de saída: 7 resultados possíveis.
Multiplicando-se os resultados individuais, teremos:
Æ 8 x 7 = 56 Æ Resposta!
Obs.: Você pode (e deve!) conferir que esse resultado é o mesmo ao qual chegaríamos
caso tivéssemos resolvido por Arranjo! (A8,2=56).
03) Temos 5 homens e 6 mulheres. De quantas formas podemos formar uma comissão de 3
pessoas? 165 Comb
Sol.:
Conjunto universo: {5 homens, 6 mulheres}
Subgrupo: 3 pessoas.
Elementos do subgrupo podem ser iguais? Não! São pessoas, logo, têm que ser
diferentes! Daí, Arranjo ou Combinação!
Æ Um resultado possível: {João, Maria, José}
Æ Invertendo: {José, Maria, João}
Pergunta: a comissão formada por João, Maria e José é diferente da formada por José,
Maria e João? Claro que não! São a mesmíssima comissão! Daí: Combinação!
De quantos em quantos? De 11 (total de elementos do conjunto universo) em 3 (total
de elementos do subgrupo). Teremos:
11! 11x10 x9 x8! 990
C11,3 = = = = 165 Æ Resposta!
3!.8! 8!.3x 2 x1 6
04) Quantos são os anagramas possíveis com as letras: ABCDEFGHI, começando por uma
vogal e terminando por uma consoante?
Sol.:
Vimos agora há pouco (questão 2), que anagrama se resolve por permutação! E o que
há de novo neste enunciado? Ora, aqui são feitas duas exigências, referentes aos elementos
que ocuparão a primeira e a última posição do anagrama!
Perceberam? Foi amarrado pelo enunciado que o nosso anagrama tem que começar por
vogal e que terminar por uma consoante.
Daí, trabalharemos em separado as posições contempladas por essas exigências.
Vejamos nosso conjunto universo: {A B C D E F G H I}
E nosso subgrupo:
O artifício consistirá sempre nisso: trabalhar em separado as posições para as quais foi
feita alguma exigência específica. Teremos:
8 resultados possíveis
(tem que ser consoante!)
3 8
1 2 3 4 5 6 7
07) Uma prova consta de 15 questões, das quais o aluno deve resolver 10. De quantas formas
ele poderá escolher as 10 questões? R) 3003 Comb
Sol.:
Conjunto universo: {15 questões}
O objetivo é selecionar um subgrupo de 10 questões!
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08) Uma linha ferroviária tem 16 estações. Quantos tipos de bilhetes devem ser impressos, se
cada tipo deve assinalar a estação de partida e de chegada, respectivamente?
Sol.:
O conjunto universo é um grupo de 16 estações.
O objetivo é formar um bilhete, que defina uma partida e uma chegada.
Estação de partida e estação de chegada podem ser iguais? Não! Tem que ser distintas!
Logo, trabalharemos com Arranjo ou Combinação!
Æ Criando um resultado possível:
Partida Chegada
Estação A Estação B
São bilhetes iguais? Obviamente que não! São distintos! Daí, concluímos: vamos
trabalhar com Arranjo! Teremos:
16! 16 x15 x14!
Æ A16 , 2 = = = 240 Æ Resposta!
14! 14!
09) Em uma reunião social, cada pessoa cumprimentou todas as outras, havendo ao todo 45
apertos de mão. Quantas pessoas havia na reunião? Comb
Sol.:
Primeiramente, vamos descobrir do que se trata. Há um conjunto maior (conjunto
universo), formado pelas pessoas que estão participando de uma reunião. Dispondo desse
conjunto de pessoas, formaremos grupos menores (subgrupos) de duas pessoas cada. Serão
as pessoas que trocarão apertos de mão. (É de se supor que esses apertos de mão estão
sendo trocados entre duas pessoas, obviamente)!
Daí, se os subgrupos são formados por duas pessoas que vão trocar um aperto de mão,
também se depreende que essas pessoas têm que ser distintas. (Não se imagina ninguém
cumprimentando a si mesmo com um aperto de mão, certo? Estamos numa reunião social, não
num hospício!)
E chegamos à primeira conclusão: se os elementos dos subgrupos serão
necessariamente distintos, trabalharemos ou com Arranjo ou com Combinação!
Criemos um resultado possível: um aperto de mão entre o JOÃO e o JOSÉ. Invertamos
esse resultado: um aperto de mão entre o JOSÉ e o JOÃO. É o mesmo resultado ou outro
diferente? Claro que é o mesmo resultado. Daí, concluímos: trabalharemos com Combinação.
Sabemos que os subgrupos são formados por dois elementos (p=2), mas e o conjunto
universo? Conhecemos quantos elementos tem? Não! É isso o que a questão quer saber.
Chamaremos esse número de X.
E quanto a esse valor “45”, fornecido pelo enunciado? Será o resultado da Combinação.
Ou seja, é o número de “duplas” que poderão ser formadas, combinando as pessoas que estão
naquela reunião.
Daí, teremos: Cx,2 = 45 .
Desenvolvendo nossos cálculos, teremos:
X! X .( X − 1).( X − 2)! X .( X − 1) X 2 − X
C X ,2 = = = =
2!( X − 2)! 2!.( X − 2)! 2 x1 2
X2 −X
= 45 Æ X2 – X – 90 = 0 (Equação do 2º grau)
2
Para os mais esquecidos, uma equação do 2º grau, ou seja, uma equação do tipo
ax2+bx+c=0 será resolvida da seguinte forma:
b 2 − 4.a.c
X = −b ±
2.a
Resolvendo a equação acima, teremos:
Haverá duas raízes (dois resultados) para nossa equação, quais sejam:
X=10 Æ Resposta!
10) Um cofre possui um disco marcado com os dígitos 0, 1, 2, ..., 9. O segredo do cofre é
formado por uma seqüência de 3 dígitos. Se uma pessoa tentar abrir o cofre, quantas
tentativas deverá fazer (no máximo) para conseguir abri-lo? (Suponha que a pessoa sabe
que o segredo é formado por dígitos distintos.) 720 Arr
Sol.:
Nosso conjunto universo é formado pelos algarismos do sistema decimal: {0, 1, 2,...,9}
O objetivo é criar uma senha com três dígitos distintos!
Ora, se o subgrupo será composto por elementos distintos, então trabalharemos com
Arranjo ou Combinação!
Para definir o caminho de resolução aplicável a este problema, criamos um resultado
possível: a senha {1 – 2 – 3}
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Dever de Casa
01.(BNB 2002 FCC) Apesar de todos caminhos levarem a Roma, eles passam por diversos
lugares antes. Considerando-se que existem três caminhos a seguir quando se deseja ir da
cidade A para a cidade B, e que existem mais cinco opções da cidade B para Roma, qual a
quantidade de caminhos que se pode tomar para ir de A até Roma, passando
necessariamente por B?
a) Oito
b) Dez
c) Quinze
d) Dezesseis
e) Vinte
03.(Anal. Orçamento MARE 99 ESAF) Para entrar na sala da diretoria de uma empresa é
preciso abrir dois cadeados. Cada cadeado é aberto por meio de uma senha. Cada senha é
constituída por 3 algarismos distintos. Nessas condições, o número máximo de tentativas
para abrir os cadeados é
a) 518 400
b) 1 440
c) 720
d) 120
e) 54
04.(Analista MPU Administrativa 2004 ESAF) Quatro casais compram ingressos para oito
lugares contíguos em uma mesma fila no teatro. O número de diferentes maneiras em que
podem sentar-se de modo a que a) homens e mulheres sentem-se em lugares alternados;
e que b) todos os homens sentem-se juntos e que todas as mulheres sentem-se juntas,
são, respectivamente,
a) 1112 e 1152.
b) 1152 e 1100.
c) 1152 e 1152.
d) 384 e 1112.
e) 112 e 384.
05.(Oficial de Chancelaria 2002 ESAF) Chico, Caio e Caco vão ao teatro com suas amigas Biba
e Beti, e desejam sentar-se, os cinco, lado a lado, na mesma fila. O número de maneiras
pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos de modo que Chico e Beti fiquem sempre
juntos, um ao lado do outro, é igual a:
a) 16
b) 24
c) 32
d) 46
e) 48
Gabarito:
1.c 2.b 3.a 4.c 5.e