Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 21
COMUNICADO
ABNT NBR 5361:1998 - Disjuntores de baixa tenso
Informamos que o cancelamento da Norma Brasileira ABNT NBR 5361:1998, previsto para 31.12.2004, est SUSPENSO devido deciso liminar proferida no processo N 011.04.019606-3, em trmite perante a 2 Vara Cvel do Foro Regional de Pinheiros, comarca da Capital do Estado de So Paulo. Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2004 Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone Diretor Tcnico Cpia no autorizada Copyright 1998, ABNTAssociao Brasileira de Normas Tcnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28 andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210-3122 Fax: (021) 220-1762/220-6436 Endereo Telegrfico: NORMATCNICA ABNT-Associao Brasileira de Normas Tcnicas Disjuntores de baixa tenso NBR 5361 Origem: Projeto NBR 5361:1997 CB-03 - Comit Brasileiro de Eletricidade CE-03:023.06 - Comisso de Estudo de Disjuntores e Equipamentos Similares para Uso Domstico NBR 5361 - Low-voltage circuit-breakers Descriptor: Circuit-breaker Esta Norma substitui a NBR 5361:1983 e cancela a NBR 8176:1983 Vlida a partir de 30.10.1998 Palavra-chave: Disjuntor 20 pginas SET 1998 Sumrio Prefcio 1 Objetivo 2 Referncias normativas 3 Definies 4 Requisitos gerais 5 Caractersticas nominais 6 Caractersticas especficas 7 Caractersticas operacionais 8 Caractersticas construtivas 9 Placa de Identificao 10 Inspeo 11 Ensaios 12 Verificao de calibrao 13 Ensaio de desempenho em sobrecarga 14 Ensaio de elevao de temperatura 15 Durabilidade eltrica e mecnica 16 Ensaio de interrupo 17 Ensaio de tenso suportvel freqncia industrial 18 Ensaios de rotina 19 Ensaios de recebimento ANEXOS A Tabelas B Determinao do fator de potncia durante um curto- circuito C Figuras Prefcio A ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Bra- sileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Co- mits Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial (ONS), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envol- vidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no mbito dos CB e ONS, circulam para Votao Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados. Esta Norma tem validade at o dia 31 de dezembro de 2004. Para atender as prescries da norma de Instalaes eltricas, NBR 5410, devero ser analisados durante o dimensionamento dos disjuntores os parmetros de pro- teo contra sobrecarga e curto-circuito em funo dos condutores utilizados na instalao. Esta Norma inclui os anexos A, B e C, de carter normativo. 1 Objetivo Esta Norma fixa as caractersticas exigveis de disjuntores em caixa moldada para circuitos de tenses nominais at 380 V - corrente alternada (entre fases), corrente no- minal at 400 A, capacidade de curto-circuito nominal at 65 000 A (simtrica e eficaz) e freqncia nominal 60 Hz, para proteo contra sobrecargas e curto-circuito nos condutores de instalaes eltricas de edifcios e aplicaes similares, alm de apresentar os ensaios para estes disjuntores. Os disjuntores so projetados para serem manuseados por pessoas tambm no qualifi- cadas e para no sofrerem manuteno. Cpia no autorizada 2 NBR 5361:1998 2 Referncias normativas As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem citadas nesse texto, constituem prescries para esta Norma. As edies indicadas estavam em vigor no momento desta publicao. Como toda norma est sujeita a reviso, recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a convenincia de se usarem as edies mais recentes das normas ci- tadas a seguir. A ABNT possui a informao das normas em vigor em um dado momento. NBR 5410:1997 - Instalaes eltricas de baixa ten- so - Procedimento NBR 5426:1985 - Planos de amostragem e proce- dimentos na inspeo por atributos - Procedimento NBR 5459:1987 - Manobra, proteo e regulagem de circuitos - Terminologia 3 Definies Para os efeitos desta Norma, so adotados os termos tcnicos definidos na NBR 5459, completados pelas de- finies de 3.1 a 3.8. 3.1 disjuntor: Dispositivo de manobra (mecnico) e de proteo capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condies normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir por tempo especificado e inter- romper correntes em condies anormais especificadas do circuito, tais como as de curto-circuito. 3.2 disjuntor unipolar: Disjuntor constitudo por um nico plo. 3.3 disjuntor multipolar: Disjuntor constitudo por dois ou mais plos ligados mecanicamente entre si, de modo a atuarem em conjunto. NOTA - O simples acoplamento das alavancas de manobra de dois ou mais disjuntores no constituir um disjuntor multipolar. 3.4 estrutura: Parte do disjuntor quando se excluem os disparadores srie e terminais. 3.5 corrente nominal da estrutura: Maior valor de corrente que uma estrutura pode conduzir, por tempo indeterminado, sem danos ou elevaes de temperatura superiores s admissveis para seus componentes. 3.6 corrente nominal de um disparador srie: Valor da corrente que pode circular pelo disparador srie, mantendo suas caractersticas nominais, por tempo indeterminado, sem que o disparador opere. 3.7 corrente nominal do terminal: Valor da corrente, que pode circular pelo terminal por tempo indeterminado, sem exceder os limites de elevao de temperatura admissveis. 4 Requisitos gerais 4.1 Condies normais de servio 4.1.1 Os disjuntores abrangidos por esta Norma so previstos para serem instalados em locais com as seguintes condies: a) altitude no superior a 2 000 m; b) temperatura mxima ambiente de 40C, com valor mdio em um perodo de 24 h, no excedendo 35C e temperatura mnima de - 5C; c) ar ambiente no poludo por poeiras, fumaa, ga- ses corrosivos ou inflamveis, vapores e salinidade; d) umidade relativa no superior a 50%, a uma tem- peratura mxima de 40C. NOTA - Umidades relativas mais elevadas podem ser permitidas para temperaturas mais baixas (90% a + 20C p.e.). Devem ser tomadas precaues para evitar condensaes que possam ocorrer com variaes de temperatura. 4.1.2 Se os disjuntores forem destinados a uso em con- dies diferentes das especificadas em 4.1.1 o fabricante deve ser consultado. 4.2 Informaes a serem dadas pelo fabricante Quando solicitadas devem ser fornecidas pelo fabricante as seguintes informaes: a) tipo (modelo) do disjuntor; b) caractersticas nominais: - tenso nominal em Vc.a.; - nvel de isolamento; - curvas caractersticas (tempo x corrente) do disparador trmico e/ou magntico; - corrente nominal; - freqncia nominal; - capacidade de estabelecimento em curto-circuito (kA crista); - capacidade de interrupo em curto-circuito simtrico (kA eficaz); - ciclo de operao. 5 Caractersticas nominais Os valores recomendados, em ampres, para a corrente nominal, so os seguintes: 5 10 15 20 25 30 35 40 50 60 63 70 80 90 100 125 150 175 200 225 250 275 300 320 350 400 NOTA - Os valores grifados correspondem aos recomendados para a corrente nominal da estrutura. Cpia no autorizada NBR 5361:1998 3 5.1 Tenso nominal Um disjuntor definido pelas tenses nominais indicadas em 5.1.1 e 5.1.2. 5.1.1 Tenso nominal de um disjuntor o valor de tenso em que referida a capacidade de interrupo e esta- belecimento e desempenho em curto-circuito. Para cir- cuitos polifsicos a tenso nominal de operao a ten- so entre fases. NOTA - Pode ser dada a um mesmo disjuntor mais de uma tenso nominal de operao associada a cada capacidade de interrupo e estabelecimento e desempenho em curto-circuito. 5.1.2 A tenso de isolamento de um disjuntor o valor de tenso que designa o disjuntor e na qual so referidos os ensaios dieltricos e as distncias de isolao e escoa- mento. A tenso de isolamento o valor da mxima ten- so, a no ser quando afirmado em contrrio. Em nenhum caso a mxima tenso de operao deve ser maior que a tenso de isolamento. 5.2 Freqncia nominal A freqncia nominal recomendada, para corrente alternada, de 60 Hz. 5.3 Capacidade de interrupo em curto-circuito 5.3.1 Como valor da capacidade de interrupo em curto- circuito (I cn ) de um disjuntor deve ser considerado o valor da corrente presumida de interrupo (valor eficaz da componente peridica), referida tenso nominal (5.1), freqncia nominal e a um fator de potncia. 5.3.2 Em corrente alternada, o disjuntor deve ser capaz de interromper a corrente presumida correspondente sua capacidade de interrupo em curto-circuito, independente do valor da componente c.c., supondo que a componente c.a. seja constante. 5.3.3 O disjuntor deve ser capaz de interromper todas as correntes iguais ou inferiores ao valor correspondente sua capacidade de interrupo, sob uma tenso de res- tabelecimento freqncia industrial igual a 110% da tenso nominal e em c.a. (5.1) para todo fator de potncia igual ou superior ao especificado na tabela A.1. Para as tenses de restabelecimento freqncia in- dustrial superiores a 110% da tenso nominal, nenhuma capacidade de interrupo de curto-circuito garantida. 5.4 Capacidade de estabelecimento em curto-circuito 5.4.1 Como valor da capacidade de estabelecimento em curto-circuito de um disjuntor deve ser considerado o m- ximo valor de crista da corrente presumida de estabele- cimento referida tenso nominal, freqncia nominal e a um fator de potncia. 5.4.2 A capacidade de estabelecimento em curto-circuito de um disjuntor no deve ser inferior ao produto da capacidade de interrupo nominal em curto-circuito pelo fator n da tabela A.1. 5.4.3 A capacidade de estabelecimento em curto-circuito significa que o disjuntor dever ser capaz de estabelecer a corrente correspondente a esta capacidade sob a tenso de at 105% da tenso nominal. 5.5 Categorias de desempenho sob curto-circuito A categoria de desempenho (sob curto-circuito) deve ser fixada em funo da seqncia de operao e da con- dio do disjuntor aps a execuo desta com valores de corrente correspondentes s capacidades de esta- belecimento e interrupo em curto-circuito. Estas cate- gorias devem ser designadas conforme a tabela A.2. NOTA - Para um mesmo disjuntor, os valores da capacidade de interrupo em curto-circuito e da capacidade correspondente de estabelecimento em curto-circuito podem ser diferentes para as duas categorias de desempenho sob curto-circuito. 6 Caractersticas especficas 6.1 Elevao de temperatura 6.1.1 Prescrio geral As elevaes de temperatura das diferentes partes de um disjuntor no devem exceder os valores limites in- dicados na tabela A.3. 6.1.2 Temperatura do ar ambiente Os limites de elevao de temperatura conforme indicados em 6.1.1 so aplicveis somente se a temperatura do ar ambiente permanecer dentro dos limites indicados em 4.1.1b. 6.1 3 Elevao de temperatura para o circuito principal O circuito principal de um disjuntor, incluindo os dispa- radores srie que possam estar associados, deve ser capaz de suportar a corrente nominal da estrutura do disjuntor sem que a elevao de temperatura exceda os limites especificados em 6.1.1. 6.2 Propriedades dieltricas Os disjuntores devem ser capazes de suportar, durante 1 min, uma tenso conforme especificado na tabela A.4. 6.3 Durabilidade mecnica e durabilidade eltrica 6.3.1 O disjuntor deve ser capaz de efetuar o nmero de ciclos de operaes (fechamento e abertura) conforme a tabela A.5. 6.3.2 Cada ciclo de operao consiste em uma operao de fechamento seguida de uma operao de abertura (ensaio de durabilidade mecnica) ou em uma operao de estabelecimento seguida de uma operao de inter- rupo (ensaio de durabilidade eltrica). 6.3.3 O ensaio de durabilidade eltrica deve ser realizado com uma corrente igual corrente nominal do disjuntor, com um fator de potncia de 0,8 0,1. Cpia no autorizada 4 NBR 5361:1998 6.4 Comportamento em sobrecarga 6.4.1 O disjuntor deve ser capaz de efetuar o nmero de ciclos de operao (fechamento e abertura) prescrito na tabela A.6, na seguinte condio: - para corrente alternada com corrente igual a 6 vezes a corrente nominal do disjuntor e com fator de po- tncia igual a 0,5 0,05; 6.4.2 O nmero de operaes por minuto deve ser igual ao valor especificado na coluna 2 da tabela A.5. 7 Caractersticas operacionais 7.1 Abertura livre Os disjuntores automticos devem ser de abertura livre, interrompendo o circuito sob condies anormais, mesmo tendo a alavanca de manobra intencionalmente travada. 7.2 Caracterstica dos disparadores srie 7.2.1 Abertura sob condies de sobrecarga Para a abertura sob condies de sobrecarga, por ope- rao a tempo dependente com caractersticas inversa, devem ser atendidos os seguintes requisitos: a) com cada plo do disjuntor ensaiado em sepa- rado, conduzindo corrente igual a 200% da corrente nominal do disparador srie, o desligamento no dever ocorrer em tempo superior ao indicado na tabela A.7; b) com todos os plos do disjuntor ligados em srie e conduzindo corrente igual a 135% da corrente no- minal do disparador srie, o desligamento no dever ocorrer em tempo superior ao indicado na tabela A.7; c) com todos os plos do disjuntor ligados em srie e conduzindo corrente igual a 105% da corrente nomi- nal do disparador srie, no dever ocorrer desligamento em tempo inferior a 1 h. 8 Caractersticas construtivas 8.1 Generalidades 8.1.1 Especial ateno deve ser dada para as qualidades de resistncia a umidade e a propagao da chama, e a necessidade de proteger certos materiais isolantes con- tra a umidade. 8.1.2 Nenhuma presso de contato em ligaes fixas deve ser transmitida atravs dos materiais isolantes, exceto a cermica. 8.1.3 Os disjuntores devem ser providos com meios para indicao das suas posies fechado e aberto no local da operao. 8.1.4 Os disjuntores devem ser em caixa moldada. 8.2 Distncias de isolao e escoamento As distncias de isolao e escoamento devem ser as maiores possveis e os caminhos de escoamento devem, sempre que possvel, possuir quinas, de maneira a interromper a continuidade de depsitos condutores que possam ser formados. 8.3 Terminais 8.3.1 Generalidades 8.3.1.1 Os terminais devem ser tais que os condutores possam ser ligados, atravs de parafusos ou outro meio de ligao, de modo a assegurar que a presso de contato necessria seja mantida permanentemente. 8.3.1.2 Os terminais devem ser projetados de forma que prendam o condutor entre as partes metlicas, com pres- so de contato suficiente, e sem causar danos signifi- cativos (reduo da seo efetiva) do condutor. 8.3.1.3 Os terminais no devem permitir deslocamento dos condutores ou deles prprios de maneira prejudicial operao ou isolao (reduzindo as distncias de iso- lao ou de escoamento). 8.3.1.4 Os terminais para ligaes externas devem ser dispostos de forma a permitir fcil acesso, nas condies de uso indicadas. 8.4 Invlucros 8.4.1 Detalhes mecnicos As partes mveis do invlucro devem ser firmemente fi- xadas s partes fixas por dispositivos, de modo que no possam ser acidentalmente desprendidas devido aos efeitos das operaes do disjuntor. 9 Identificao Todo disjuntor deve apresentar uma identificao inde- lvel na qual devem constar no mnimo, as seguintes in- formaes: a) nome ou marca do fabricante; b) nmero de catlogo ou modelo do disjuntor desig- nado pelo fabricante; c) corrente nominal do disjuntor; e) freqncia nominal; f) capacidade de interrupo em curto-circuito (sim- trica valor eficaz) referida s tenses nominais; g) numerao desta Norma. Cpia no autorizada NBR 5361:1998 5 10 Inspeo 10.1 Generalidades A inspeo deve ser constituda dos ensaios de tipo e de rotina que so definidos em 10.2 e 10.3 respectivamente, devendo ser realizada nas instalaes do fabricante, salvo acordo em contrrio entre fabricante e comprador. NOTA - Relatrios dos ensaios de tipo realizados anteriormente pelo fabricante podem dispensar a realizao destes ensaios. Se o comprador exigir a realizao destes ensaios, dever de- clarar claramente na sua proposta de compra. Os ensaios devem ser realizados de acordo com as sees 11 a 19. 10.2 Ensaios de tipo Os ensaios de tipo devem ser os abaixo relacionados: a) calibrao; b) comportamento em sobrecarga; c) elevao de temperatura; d) durabilidade mecnica e eltrica; e) repetio da calibrao; f) verificao das capacidades de estabelecimento e de interrupo em curto-circuito; g) tenso suportvel freqncia nominal. Os ensaios de tipo devem ser realizados conforme esta- belecido em 10.2.1 a 10.2.3. 10.2.1 Para disjuntores at 100 A, inclusive Os ensaios de tipo devem ser realizados em uma amostra de nove peas, sendo: a) trs peas submetidas aos ensaios do pro- grama X; b) trs peas submetidas aos ensaios do pro- grama Y; c) trs peas submetidas aos ensaios do pro- grama Z. A seqncia e os ensaios dos programas X, Y e Z so: a) programa X: - calibrao 200% a 25C; - calibrao 135% a 25C; - comportamento em sobrecarga; - elevao de temperatura; - calibrao 105% a 25C; - tenso suportvel freqncia industrial; b) programa Y: - calibrao 200% a 25C; - durabilidade eltrica e mecnica; - calibrao a 200% a 25C; - calibrao a 135% a 25C; - tenso suportvel freqncia industrial; c) programa Z: - calibrao 200% a 25C; - interrupo; - condies aps interrupo (ver 16.10). NOTA - Aps os ensaios dos programas X e Y todos os com- ponentes, inclusive os contatos, devem estar em condies sa- tisfatrias e no devem mostrar sinais de desgastes excessivos. As partes mecnicas no devem apresentar deformao per- manente. 10.2.2 Disjuntores acima de 100 A at 225 A, inclusive Os ensaios de tipo devem ser realizados em uma amostra de seis peas, sendo: a) trs peas submetidas aos ensaios do pro- grama X - Y; b) trs peas submetidas aos ensaios do pro- grama Z, descrito em 10.2.1. A seqncia e os ensaios do programa X - Y so: - calibrao 200% a 25C; - calibrao 135% a 25C; - comportamento em sobrecarga; - elevao de temperatura; - calibrao 105% a 25C; - durabilidade eltrica e mecnica; - calibrao 200% a 25C; - calibrao 135% a 25C; - tenso suportvel freqncia nominal. 10.2.3 Disjuntores acima de 225 A at 400 A, inclusive Os ensaios de tipo devem ser realizados em uma amostra de quatro peas, sendo: a) duas peas submetidas aos ensaios do programa X - Y, descrito em 10.2.2; b) duas peas submetidas aos ensaios do programa Z, descrito em 10.2.1. Cpia no autorizada 6 NBR 5361:1998 10.3 Ensaios de rotina Os ensaios de rotina so os relacionados a seguir: a) verificao da calibrao; b) tenso aplicada; c) operao mecnica. 10.4 Ensaios de recebimento Os ensaios de recebimento devem ser realizados con- forme estabelecido em 10.4.1 e 10.4.2. 10.4.1 Para disjuntores at 225 A, inclusive, os critrios para amostragem e aceitao e rejeio devem estar de acordo com a NBR 5426, considerando-se os seguintes parmetros: a) nvel de inspeo II; b) plano de amostragem dupla normal; c) N.Q.A entre 0,4 e 1,5. NOTA - Se o comprador no especificar o NQA, este deve ser considerado igual a 1,0. 10.4.2 Para disjuntores acima de 225 A, todos os disjun- tores devem ser submetidos aos ensaios de recebimento. Para aceitao ou rejeio, os disjuntores devem ser considerados individualmente. 11 Ensaios 11.1 Verificao das caractersticas dos disjuntores Para a verificao das caractersticas dos disjuntores, devem ser realizados os seguintes ensaios: a) ensaios de tipo; b) ensaios de rotina. 11.2 Ensaio de tipo Os ensaios de tipo devem ser realizados, conforme 10.2, em uma unidade do disjuntor, que deve atender a todos os detalhes essenciais do projeto que representa. No caso de uma famlia de disjuntores de tamanho fsico e construo similar, os ensaios devem ser feitos no dis- juntor de mxima corrente nominal. 12 Verificao da calibrao 12.1 Condies gerais A temperatura do ar ambiente deve ser medida de acordo com 14.2. O disjuntor deve ser montado aproximadamente como nas condies usuais de servio e protegido contra aque- cimento ou resfriamento externo indevidos. As ligaes do disjuntor completo devem ser feitas como para servio normal, com condutores de sees de acordo com a tabela A.9. 12.2 Calibrao para abertura sob condies de curto- circuito A operao dos disparadores de abertura projetados para proteo contra curto-circuito deve ser verificada a 80% e 120% da corrente de ajuste de curto-circuito do dispa- rador. A corrente de ensaio no deve ter assimetria. Para uma corrente de ensaio com valor igual a 80% da corrente de ajuste de curto-circuito, o disparador no deve operar. Para uma corrente de ensaio tendo valor igual a 120% da corrente de ajuste de curto circuito o disparador deve operar. A operao de disparadores de abertura multipolares deve ser verificada ligando-se em srie todos os plos com a corrente de ensaio. 12.3 Calibrao para abertura sob condies de sobrecarga 12.3.1 Operao instantnea ou temporizada a tempo independente A operao de disparadores de abertura por sobre- correntes, instantnea ou temporizada a tempo in- dependente com retardo de tempo definido, projetados para proteo contra sobrecargas, deve ser verificada a 90% e 110% do ajuste da corrente de sobrecargas do mesmo. A corrente de ensaio no deve ter assimetria. Para uma corrente de ensaio tendo um valor igual a 90% da corrente de ajuste de sobrecarga, o disparador no deve operar a uma corrente de ensaio tendo o valor igual a 110% da corrente de ajuste de sobrecarga; o tempo de abertura deve ser menor ou igual ao mximo da faixa declarada pelo fabricante. A operao de disparadores de abertura multipolares deve ser verificada com todos os plos carregados simul- taneamente com a corrente de ensaio. 12.3.2 Operao a tempo dependente com caracterstica inversa As caractersticas de operao dos disparadores de sobrecorrente com operao a tempo dependente com caracterstica inversa devem ser verificadas de acordo com as prescries de 7.2.1. O ensaio deve ser feito na temperatura ambiente de (25 3)C. Em disjuntores do tipo ambiente compensado o ensaio deve ser feito tambm nas temperaturas ambiente limites da faixa de atuao especificada Um ensaio adicional a um valor de corrente sujeito a acordo entre fabricante e comprador deve ser feito para verificar se as caractersticas de tempo x corrente do disparador de abertura por sobrecorrente esto de acordo (dentro de tolerncias especificadas) com as curvas apresentadas pelo fabricante. Para este ensaio o disjuntor deve ter seus plos ligados em srie. Cpia no autorizada NBR 5361:1998 7 13 Ensaio de desempenho em sobrecarga 13.1 Este ensaio tem como objetivo verificar se o disjuntor apresenta desempenho satisfatrio em condies de sobrecarga. 13.2 O disjuntor deve ser capaz de realizar o nmero de ciclos de operao especificado em 6.4. 13.3 O circuito de ensaio deve atender as caractersticas eltricas indicadas na tabela A.8. 13.4 A corrente presumida de curto-circuito no ponto de ligao dos terminais de linha do disjuntor deve ser pelo menos dez vezes o valor da corrente de ensaio, ou pelo menos 50 kA, qualquer que seja o mais baixo. 13.5 A resistncia e a reatncia do circuito de ensaio devem ser ajustveis para satisfazer as condies espe- cficas de ensaio. Os reatores devem ser do tipo com ncleo de ar. Eles devem sempre ser ligados em srie com os resistores, e seu valor deve ser obtido por acopla- mento em srie de reatores individuais. Ligao paralela de reatores permitida somente quando estes reatores tiveram praticamente a mesma constante de tempo. O reator com ncleo de ar em qualquer fase deve ter um resistor ligado em paralelo de valor de acordo com a equao: I E R 167 = onde: E a tenso entre os terminais do reator; I a corrente de curto-circuito atravs do reator. 13.6 Deve existir um e somente um ponto do circuito de ensaio diretamente aterrado. Este ponto pode ser o ponto neutro no lado da carga ou da fonte ou qualquer outro ponto conveniente. Em qualquer caso o mtodo de aterra- mento dever ser declarado no relatrio de ensaio. 14 Ensaio de elevao de temperatura 14.1 Condies gerais O disjuntor sob ensaio deve ser montado aproxima- damente como nas condies normais de servio e deve ser protegido contra aquecimento ou resfriamento ex- ternos indevidos. Disjuntores em invlucros e disjuntores para uso exclusivo em invlucros especiais devem ser ensaiados no seu prprio invlucro. Nenhuma abertura do invlucro ser permitida. 14.2 Temperatura ambiente Os ensaios de elevao de temperatura devem ser realizados em locais com temperatura ambiente entre 10C e 40C. A temperatura ambiente deve ser medida durante o quarto final do perodo de ensaio por meio de pelo menos dois termmetros ou termoelementos igualmente distribudos ao redor do disjuntor a aproximadamente metade de sua altura e a uma distncia de aproximadamente 1 m do mesmo. Os termmetros ou termoelementos devem ser protegidos contra correntes de ar e radiaes trmicas. 14.3 Elevao de temperatura no disjuntor 14.3.1 Corrente de ensaio Para o ensaio com c.a. monofsica o valor da corrente de ensaio no pode ser menor que o valor da corrente nomi- nal do disjuntor. Para os ensaios com correntes polifsicas, a corrente de ensaio deve ser equilibrada, em cada fase, entre 5%; a mdia destas correntes no deve ser menor que a corrente nominal do disjuntor. 14.3.2 Alimentao Ensaios em disjuntores devem ser feitos com alimentao com uma freqncia entre 57 Hz a 63 Hz. 14.3.3 Procedimentos de ensaios de elevao de temperatura 14.3.3.1 As ligaes devem ser de fio de cobre com iso- lamento de PVC com seo de acordo com a tabela A.9. 14.3.3.2 No caso de disjuntores multipolares, o ensaio pode ser realizado com uma corrente monofsica com todos os plos ligados em srie, desde que os efeitos magnticos sejam desprezveis. 14.3.3.3 As ligaes de ensaio devem ser ao ar livre e es- paadas da distncia existente entre os terminais. 14.3.4.4 Para os ensaios monofsicos ou polifsicos, o comprimento mnimo da ligao do terminal do disjuntor a um outro terminal ou a fonte de alimentao deve ser de: a) 1 m para sees at 35 mm 2 inclusive; ou b) 2 m para sees acima de 35 mm 2 . 14.4 Medio das temperaturas Para as partes condutoras, a temperatura deve ser me- dida nas posies acessveis mais prximas do ponto mais quente. O ensaio deve durar um tempo suficiente para a estabi- lizao da elevao da temperatura, porm no exce- dendo 8 h. Na prtica esta condio alcanada quando a variao da elevao de temperatura no exceder 1C/h. 15 Durabilidade eltrica e mecnica 15.1 Os ensaios prescritos em 15.2 e 15.3 devem ser realizados no mesmo disjuntor, mas a ordem segundo a qual estes ensaios devam ser realizados opcional. 15.2 Ensaio de durabilidade mecnica O nmero total de ciclos de operao e de ciclos de ope- rao por minutos a serem realizados so os espe- cificados na tabela A.5. Cpia no autorizada 8 NBR 5361:1998 Para garantir que o disjuntor feche em cada ciclo de ope- rao, o mecanismo de abertura deve ser acionado pelo fechamento dos contatos principais. Caso contrrio a con- tagem dos ciclos de operao deve ser realizada por meio de um dispositivo ligado em srie com os contatos principais de todos os plos. Os disjuntores de operao manual devem ser operados como em uso normal. 15.3 Ensaios de durabilidade eltrica O mtodo de instalao deve estar de acordo com as prescries de 14.3. O nmero total de ciclos de operao e o nmero de ci- clos de operao por minuto devem estar de acordo com a tabela A.5. O disjuntor deve ser operado de modo a estabelecer ou interromper sua corrente nominal com tenso nominal e fator de potncia 0,8 0,1. Os ensaios devem ser feitos a uma freqncia entre 57 Hz e 63 Hz. Os disjuntores operados manualmente devem ser ope- rados como em uso normal. 16 Ensaio de interrupo 16.1 Condies de instalao para o ensaio O disjuntor a ser ensaiado deve ser montado simulando as condies normais de servio. Se o disjuntor ser utilizado em invlucros (caixa metlica), o ensaio dever ser realizado no menor inv- lucro estabelecido pelo fabricante e os detalhes, in- cluindo as dimenses, devem ser descritos no relatrio. 16.2 Ensaios padres Os ensaios padres para verificao das capacidades de estabelecimento e interrupo consistem em uma seqncia de operao de estabelecimento e inter- rupo, apropriada categoria de desempenho em curto- circuito como especificado anteriormente. O intervalo de tempo t deve ser de 3 min ou igual ao tem- po de rearme do disjuntor, qualquer que seja o mais lon- go. O valor verdadeiro de t deve ser declarado no relatrio de ensaio. Os ensaios devem ser realizados com corrente igual ou maior do que a capacidade de interrupo em curto- circuito e da capacidade de estabelecimento em curto- circuito. NOTA - Ateno deve ser dada necessidade de assegurar que os ensaios em disjuntores monopolares sejam feitos com corrente de estabelecimento com valores de cristas apropriados. 16.3 Freqncia do circuito de ensaio Os ensaios devem ser realizados freqncia de 60 Hz com a tolerncia de 5%. 16.4 Circuito de ensaio As figuras C.1, C.2 e C.3 mostram, respectivamente, os esquemas dos circuitos de ensaios usados relativos a: a) disjuntor tripolar em sistema trifsico (figura C.1); b) disjuntor bipolar em sistema monofsico (fi- gura C.2); c) disjuntor monopolar em sistema monofsico (fi- gura C.3). NOTA - Ensaios monofsicos em um plo de um disjuntor multi- polar esto sujeitos a um acordo entre fabricante e usurio. A resistncia e a reatncia do circuito de ensaio devem ser ajustveis para satisfazer as condies especificadas do ensaio. Os reatores devem ser de ncleo de ar. Eles devem ser sempre ligados em srie com os resistores R, e os seus valores devem ser obtidos pelo acoplamento em srie de reatores individuais; ligao em paralelo dos reatores permitida somente quando estes reatores tiverem praticamente a mesma constante de tempo. Uma vez que as caractersticas da tenso de resta- belecimento transitria dos circuitos de ensaio, incluindo reatores com ncleo de ar, no so representativas para as condies normais de servio, devem ser ligados em paralelo com os reatores de ncleo de ar, em qualquer fase, resistores de valor de acordo com a equao: I E R 167 = onde: E a tenso entre terminais do reator; I a corrente de curto-circuito atravs do reator. Em cada circuito de ensaio (ver figuras C.1, C.2 e C.3), resistores e reatores so inseridos entre a fonte alimen- tadora S e o disjuntor A sob ensaio. O circuito de ensaio deve estar de acordo com as figu- ras C.1, C.2 ou C.3 a menos que um acordo especial tenha sido feito entre o fabricante e o usurio e os detalhes anotados no relatrio de ensaio. Deve existir somente um ponto do circuito de ensaio dire- tamente aterrado. Este ponto pode ser a ligao de curto- circuito do circuito de ensaio, o neutro da fonte ou qual- quer outro ponto conveniente. Em qualquer caso o m- todo de aterramento deve constar no relatrio de ensaio. Cpia no autorizada NBR 5361:1998 9 Todas as partes do disjuntor normalmente aterradas em servio, inclusive o seu invlucro, devem ser isoladas da terra e ligadas a um ponto, conforme indicado nas figu- ras C.1, C.2 e C.3. Esta ligao deve incluir um dispositivo confivel D (tal como um fusvel constitudo de um fio de cobre 0,1 mm de dimetro e no menor de 50 mm de comprimento), para a deteco de uma corrente de falta e, se necessrio, um resistor para limitar a corrente de falta presumida para cerca de 100 A. Qualquer neutro ar- tificial deve ser substancialmente indutivo e permitir uma corrente de falta presumida de pelo menos 100 A. As unidades O 1 do oscilgrafo so ligadas, no lado curto- circuitado, em srie com cada plo do disjuntor. A unidade O 2 do oscilgrafo pode ser ligada entre os terminais do lado de linha do disjuntor sob ensaio. A unidade O 3 do oscilgrafo ligada entre os terminais de cada plo. A menos que exista alguma outra declarao no relatrio de ensaio, a resistncia dos circuitos de medio deve ter ao menos 20 /V por volts da tenso de restabele- cimento freqncia nominal. 16.5 Fator de potncia 16.5.1 Fator de potncia do circuito de ensaio O fator de potncia de cada fase do circuito de ensaio, pode ser determinado de acordo com o mtodo indicado no anexo B. O fator de potncia de um circuito polifsico considerado como valor mdio dos fatores de potncia de cada fase. O fator de potncia deve estar de acordo com a ta- bela A.1. O valor mdio do fator de potncia do circuito de ensaio deve constar no relatrio de ensaio. As diferenas entre o valor mdio e os valores dos fatores de potncia das diferentes fases no devem ser su- periores a 25% do valor mdio. 16.6 Tenso de restabelecimento freqncia nominal Para ensaio da capacidade de interrupo, a mdia dos valores das tenses de restabelecimento freqncia nominal deve ser igual ao valor correspondente a 110% da tenso nominal do disjuntor sob ensaio, observando o exposto em 5.1. NOTA - Isto pode requerer que a tenso aplicada seja incre- mentada, mas o valor de crista da corrente de estabelecimento presumida no pode ser excedido sem consentimento do fa- bricante. 16.7 Tolerncias As tolerncias admitidas para os ensaios de interrupo e de estabelecimento em curto-circuito so as seguintes: a) correntes: + 5%; b) tenso: 5%; c) fator de potncia: - 0,05. 16.8 Procedimento do ensaio 16.8.1 Calibrao do circuito de ensaio O disjuntor A sob ensaio substitudo pelas ligaes temporrias B de impedncia desprezvel comparada ao circuito de ensaio. Os resistores R e os reatores L devem ser ajustados de modo a obter, com a tenso de ensaio, uma corrente de valor igual capacidade de interrupo nominal em curto- circuito no instante da separao dos contatos de arco, com fator de potncia conforme indicado em 16.5.1. O circuito de ensaio deve ser energizado simultanea- mente em todos os plos e a curva de corrente deve ser registrada com o oscilgrafo O 1 , durante pelo menos 1 s. 16.8.2 Desempenho do ensaio As ligaes provisrias B devem ser substitudas pelo disjuntor sob ensaio. A seqncia de ensaio deve estar de acordo com a seo 10. Aps a extino do arco, a tenso de restabelecimento deve ser mantida por um perodo no inferior a 0,1 s. 16.8.3 Determinao da tenso aplicada e da tenso de restabelecimento de freqncia nominal A tenso aplicada e a tenso de restabelecimento de fre- qncia nominal devem ser determinadas a partir dos oscilogramas correspondentes como indicado na figu- ra C.4. As diferenas entre o valor em cada fase no devem exceder 5% do valor mdio. 16.8.4 Determinao da corrente de interrupo presumida Esta determinao deve ser feita comparando-se os osci- logramas de corrente obtidos durante a calibrao inicial do circuito com os obtidos durante o ensaio de interrupo do disjuntor. A componente alternada da corrente presumida de in- terrupo deve ser considerada como sendo igual ao valor eficaz da componente alternada da corrente de calibrao no instante da separao dos contatos (valor correspondente a A 1 ou A 2 da figura C.4). A corrente de todas as fases, e a corrente presumida em qualquer fase no deve diferir da mdia em mais de 10%. 16.8.5 Determinao do valor de crista da corrente de estabelecimento presumida O valor de crista da corrente de estabelecimento presu- mida deve ser determinado a partir dos oscilogramas de calibrao e deve ser considerado como sendo igual a A 3 . No caso de um ensaio trifsico, deve ser considerado como o maior dos trs valores de A 3 obtidos a partir dos oscilogramas da figura C.4. NOTA - Para ensaios em disjuntores monopolares deve ser observado o fato de que o valor de crista da corrente de estabe- lecimento presumida determinado a partir dos oscilogramas de calibrao pode diferir do valor de crista da corrente de esta- belecimento presumida correspondente ao ensaio, dependendo do instante do estabelecimento. Cpia no autorizada 10 NBR 5361:1998 16.9 Desempenho do disjuntor durante os ensaios de estabelecimento e de interrupo Durante os ensaios dentro dos limites das capacidades de estabelecimento e de interrupo especificados e de acordo com a seqncia de operao especificada em 16.2 (ver tabela A.2), o disjuntor no deve mostrar sinais excessivos de desgaste nem colocar em perigo o ope- rador. Durante os ensaios no devem existir arco permanente, descarga entre plos ou entre plos e a estrutura, nem fuso do dispositivo fusvel do circuito de aterramento (ver 16.4). 16.10 Condio do disjuntor aps os ensaios de estabelecimento e interrupo Aps o ensaio, o disjuntor deve ser capaz, sem manu- teno, de suportar uma tenso igual a 2 vezes sua tenso de isolamento nominal e de estabelecer e interromper sua corrente nominal com tenso nominal. As partes mecnicas e os isoladores do disjuntor devem estar substancialmente nas mesmas condies que as anteriores ao ensaio. A operao de disparadores de sobrecorrente projetados para prover proteo contra sobrecarga deve ser veri- ficada com 2,5 vezes o valor da sua corrente de ajuste. Este ensaio pode ser feito a uma tenso reduzida de ajuste, com cada plo do disjuntor ensaiado em sepa- rado. 16.10.1 Disjuntores de categoria de desempenho P-1 16.10.1.1 Um ensaio de elevao de temperatura deve ser realizado com corrente igual corrente nominal do disjuntor, ou ao mximo valor de corrente que o disjuntor pode conduzir continuamente se o disjuntor abrir com sua corrente nominal, para verificar se os contatos so capazes de suportar esta corrente sem um sensvel au- mento de temperatura que possa causar danos aos ma- teriais isolantes adjacentes. NOTAS 1 Se o disjuntor abrir com sua corrente nominal, o ensaio deve ser realizado com o mximo valor de corrente que no acione os disparadores srie, e este fato deve ser registrado no relatrio de ensaio. 2 Este ensaio no pretende calcular a corrente permitida para servio posterior, mas somente pretende assegurar que no ocorrero aumentos excessivos de temperatura. 16.10.1.2 Quando os disparadores de sobrecorrente forem ensaiados com 2,5 vezes o valor de sua corrente de ajus- te, o tempo de operao no dever exceder o tempo mximo, declarado pelo fabricante, correspondente ao dobro do valor da corrente de ajuste. 16.10.2 Disjuntores de categoria de desempenho P-2 16.10.2.1 O disjuntor deve, sem manuteno, ser capaz de suportar sua corrente nominal. Quando existir dvida com relao capacidade dos contatos de satisfazer a este requisito, deve ser realizado um ensaio de elevao de temperatura com sua corrente nominal. Neste caso, a elevao de temperatura no deve causar nenhum dano aos materiais isolantes. 16.10.2.2 Quando disparadores de sobrecorrente forem ensaiados com 2,5 vezes sua corrente de ajuste, o tempo de operao dever manter-se dentro das tolerncias estabelecidas pelo fabricante. 17 Ensaio de tenso suportvel freqncia industrial 17.1 Condio do disjuntor para ensaio Os ensaios de tenso suportvel freqncia industrial devem ser realizados em um disjuntor montado de acordo com as condies usuais de servio, incluindo a fiao interna. Quando a base do disjuntor for de material isolante, suportes metlicos devem ser colocados em todos os pontos de fixao, de acordo com as condies normais de instalao do disjuntor, e devem ser considerados como partes da estrutura do disjuntor. O disjuntor deve ser coberto por uma folha metlica ligada estrutura. Se os manipuladores de operao forem metlicos, estes devem ser ligados estrutura; se forem de material iso- lante, devem ser cobertos por uma folha metlica ligada estrutura. Quando a rigidez dieltrica do disjuntor depender do tipo de ligao ou de uso de isolamento especial, tais con- dies devem ser obedecidas nos ensaios. 17.2 Circuito principal A tenso de ensaio deve ser aplicada durante 1 min em cada uma das seguintes condies: a) com os contatos principais fechados, - entre todas as partes vivas de todos os plos ligadas entre si e estrutura do disjuntor; - entre cada plo e os demais ligados estrutura do disjuntor; b) com os contatos principais abertos, - entre todas as partes vivas de todos os plos li- gados entre si e estrutura do disjuntor; - entre os terminais de um mesmo lado ligados entre si e os terminais do outro lado tambm li- gados entre si. 17.3 Valor da tenso de ensaio A tenso do ensaio deve ter uma forma de onda prati- camente senoidal, e uma freqncia entre 57 Hz e 63 Hz. A fonte de tenso do ensaio deve ser capaz de suprir uma corrente de curto-circuito de pelo menos 0,5 A. A tenso de ensaio deve ser aplicada durante 1 min, a seco. O valor de tenso do ensaio deve ser de acordo com a tabela A.4. Cpia no autorizada NBR 5361:1998 11 18 Ensaios de rotina 18.1 Ensaio de operao mecnica Durante o ensaio nenhum ajuste deve ser feito e a operao deve ser satisfatria. O seguinte ensaio deve ser realizado nos disjuntores de categoria P-2 e, quando aplicvel, nos disjuntores de categoria P-1. 18.1.1 Em disjuntores operados manualmente, devem ser realizadas cinco operaes de fechamento e cinco ope- raes de abertura. 18.2 Ensaio de calibrao Devem ser realizados, quando aplicvel, ensaios para verificao da calibrao dos disparadores de sobre- corrente. Os ensaios devem ser realizados a uma temperatura ambiente de (25 3)C. Em disparadores de sobrecorrente o ensaio deve ser realizado com uma corrente igual a 200% da corrente de ajuste de cada unidade, para verificar se o tempo de abertura est de acordo (dentro da tolerncia) com as curvas fornecidas pelo fabricante. 18.3 Ensaios dieltricos Os ensaios devem ser realizados em disjuntores limpos e secos. O valor da tenso de ensaio deve estar de acordo com 17.3 e tabela A.4. A durao do ensaio pode ser reduzida para 1 s. A tenso de ensaio deve ser aplicada como segue: a) entre plos, com disjuntor fechado, para disjun- tores polifsicos; b) entre os plos e a estrutura, com o disjuntor fe- chado; c) entre os terminais de cada plo, com o disjuntor aberto. No necessrio usar uma folha metlica conforme es- pecificado em 17.1. 19 Ensaio de recebimento 19.1 Operao mecnica O ensaio de operao mecnica deve ser realizado con- forme descrito em 18.1. 19.2 Calibrao O ensaio de calibrao deve ser realizado conforme a seo 12. 19.3 Ensaio dieltrico O ensaio dieltrico deve ser realizado conforme a se- o 17. /ANEXO A Cpia no autorizada 12 NBR 5361:1998 Anexo A (normativo) Tabelas Tabela A.1 - Relao n entre o valor mnimo exigido para capacidade de estabelecimento em curto-circuito e a capacidade de interrupo em curto-circuito Capacidade de interrupo Fator de potncia Valor mnimo exigido para a em curto-circuito capacidade de estabelecimento em curto-circuito I cn (n x I cn ) (KA) I cn 10 0,45 - 0,50 1,7 x I cn 10 < I cn 20 0,25 - 0,30 2,0 x I cn 20 < I cn 50 0,20 - 0,25 2,1 x I cn 50 < I cn 65 0,15 - 0,20 2,2 x I cn Tabela A.2 - Categorias de desempenho sob curto-circuito Categorias de desempenho Seqncia de operao para Condies aps os ensaios de sob curto-circuito os ensaios das capacidades curto-circuito de estabelecimento e interrupo em curto-circuito P - 1 O - t - CO Deve ser capaz de desempenhar servio sob condies reduzidas (ver parte referente a ensaios) P - 2 O - t -CO - t - CO Deve ser capaz de desempenhar servio sob condies normais (ver parte referente a ensaios) Onde: O - representa a operao de interrupo; CO - representa a operao de estabelecimento seguida, aps o tempo de abertura apropriado (ou imediatamente, isto , sem retardo intencional, para o caso de disjuntor no equipado com disparadores de sobrecorrente), de uma operao de interrupo; t - representa o intervalo de tempo de 3 min. Cpia no autorizada NBR 5361:1998 13 Tabela A.3 - Limites de elevao de temperatura dos diferentes materiais Tipo de material Elevao da temperatura (descrio da pea) (K) Partes externas sujeitas a serem tocadas 40 durante a operao manual do disjuntor, incluindo meio de operao de material isolante e meio metlico para acoplamento do meio de operao isolante de diversos plos Terminais para ligaes externas 65 Meios de operao manuais: - peas metlicas 15 - peas em material isolante 25 Tabela A.4 - Valores para tenses de ensaios dieltricos Tenso nominal de isolamento (U i ) Tenso de ensaio dieltrico V V U i 60 1 000 60 < U i 300 2 000 300 < U i 380 2 500 Tabela A.5 - Nmero de ciclos de operao Corrente nominal do disjuntor Ciclos de operao por minuto Nmero de ciclos de operao A Com Sem Total corrente corrente 50 6 6 000 10 000 100 125 4 000 150 5 4 000 8 000 200 225 400 4 1 000 5 000 6 000 Cpia no autorizada 14 NBR 5361:1998 Tabela A.6 - Nmero de ciclos de operao a efetuar no ensaio de comportamento em sobrecarga Corrente nominal Abertura manual 1) Abertura por Total da estrutura disparador srie A I 100 20 5 25 100 < I 315 20 5 25 315 < I 400 20 5 25 1) Durante cada ciclo de operao, o disjuntor deve permanecer fechado por no mximo 2 s. Tabela A.7 - Caractersticas de abertura dos disjuntores de tempo dependente com caracterstica inversa Tempo mximo de desligamento do disjuntor Faixa de corrente nominal do (tempo convencional de atuao) disparador srie A min 200% da corrente nominal 135% da corrente nominal do do disparador srie disparador srie (corrente convencional de atuao) 0 - 30 2 60 31 - 50 4 60 51 - 100 6 120 101 - 225 8 120 226 - 400 10 120 Tabela A.8 - Caractersticas do circuito de ensaio para desempenho em sobrecarga Caractersticas Corrente alternada Freqncia (Hz) 57 - 63 Corrente (A) 6 x I c Tenso (V) 1,05 x Vmx. Fator de potncia 0,5 0,05 Onde: I c = corrente nominal da estrutura; Vmx. = tenso mxima do disjuntor. Cpia no autorizada NBR 5361:1998 15 Tabela A.9 - Seo dos condutores de cobre para os ensaios de elevao de temperatura para correntes de ensaio at 400 A Valor da corrente nominal Faixa da corrente Seo do condutor do disjuntor 1) nominal do disjuntor A A mm 2 6 0 < I 7,9 1 8 - 10 - 12 - 15 7,9 < I 15,9 1,5 16 - 20 15,9 < I 22 2,5 25 22 < I 30 4 30 - 32 - 35 30 < I 39 6 40 - 50 39 < I 54 10 60 - 63 - 70 54 < I 72 16 80 - 90 72 < I 93 25 100 93 < I 117 35 125 117 < I 147 50 160 147 < I 180 70 200 180 < I 216 95 250 216 < I 250 120 - 250 < I 287 150 315 287 < I 334 185 400 334 < I 400 240 1) Estes so os valores de corrente recomendados e so dados apenas para referncia. /ANEXO B Cpia no autorizada 16 NBR 5361:1998 Anexo B (normativo) Determinao do fator de potncia e da constante de tempo durante um curto-circuito No h mtodo pelo qual o fator de potncia ou a cons- tante de tempo, durante um curto-circuito, possam ser determinados com preciso, mas, para a aplicao do mtodo de ensaio prescrito na seo 16, a determinao do fator de potncia ou da constante de tempo pode ser efetuada por um dos seguintes mtodos. B.1 Determinao do fator de potncia a partir da componente contnua O ngulo pode ser determinado a partir da componente contnua de curva de corrente assimtrica entre o instante do incio do curto-circuito e o instante da separao dos contatos como se segue: B.1.1 Determinao de L/R A equao para a componente contnua : i d = i do e -Rt/L onde: I d o valor da componente contnua no instante t; i do o valor da componente contnua no instante tomado como tempo zero; L/R a constante de tempo do circuito, em segundos; t o tempo, em segundos, entre o instante inicial e o instante correspondente ao valor i d ; e a base do logaritmo Neperiano. A constante de tempo L/R pode ser obtida da equao anterior da seguinte maneira: a) medir o valor de i do no instante do incio do curto- circuito e o valor de i d em um outro instante t antes da separao dos contatos; b) determinar o valor de e -Rt/L dividindo i d por i do ; c) de uma tabela de valores de e -x determinar o valor de -x correspondente relao i d /i do ; d) o valor de x obtido representa Rt/L, a partir do qual L/R ser obtido. B.1.2 Determinao do ngulo O ngulo determinado a partir da equao: = arctan w L/R onde: w = 2 f, f a freqncia real; L/R a constante de tempo do circuito, em segundos. Este mtodo no deve ser usado quando a corrente for medida atravs de transformadores de corrente, exceto se as precaues necessrias forem tomadas para eliminar erros devidos a: a) constante de tempo do transformador e sua carga em relao do circuito primrio; b) saturao do ncleo, que pode ocorrer devido a condies transitrias do fluxo, combinada com possvel remanncia. /ANEXO C Cpia no autorizada NBR 5361:1998 17 Anexo C (normativo) Figuras Legenda: S - fonte R - resistncias ajustveis L - reatores ajustveis A - disjuntor sob ensaio B - ligao temporria para calibrao V - voltmetro O 1 - oscilgrafo registrador de corrente O 2 e O 3 - oscilgrafo registrador de tenso D - dispositivo destinado a detectar corrente de falta R 1 - resistncia que limita a corrente de falta N - ligar ao neutro da fonte ou ao neutro artificial NOTA - O 2 opcional (ver 16.4). Figura C.1 - Diagrama do circuito de ensaio para verificao das capacidades de interrupo e de estabelecimento de disjuntores tripolares ensaiados em corrente trifsica Cpia no autorizada 18 NBR 5361:1998 Legenda: S - fonte R - resistncia ajustvel L - reator ajustvel A - disjuntor sob ensaio B - ligao temporria para calibrao V - voltmetro O 1 - oscilgrafo registrador de corrente O 2 e O 3 - oscilgrafo registrador de tenso D - dispositivo destinado a detectar corrente de falta R 1 - resistncia que limita a corrente de falta N - ligar ao neutro da fonte ou ao neutro artificial NOTA - O 2 opcional (ver 16.4). Figura C.2 - Diagrama do circuito de ensaio para verificao das capacidades de interrupo e de estabelecimento de disjuntores bipolares ensaiados em corrente alternada monofsica Cpia no autorizada NBR 5361:1998 19 Legenda: S - fonte R - resistncia ajustvel L - reator ajustvel A - disjuntor sob ensaio B - ligao temporria para calibrao V - voltmetro O 1 - oscilgrafo registrador de corrente O 3 - oscilgrafo registrador de tenso D - dispositivo destinado a detectar corrente de falta R 1 - resistncia que limita a corrente de falta Figura C.3 - Diagrama do circuito de ensaio para verificao das capacidades de interrupo e de estabelecimento de disjuntores monopolares ensaiados em corrente alternada monofsica Cpia no autorizada 20 NBR 5361:1998 - Valor de crista da corrente de estabelecimento presumida = A 3 - Valor simtrico da corrente de interrupo presumida: 2 2 A 2 ou 2 2 A 1 Figura 4a - Calibrao do circuito - Capacidade de estabelecimento em curto-circuito: corrente I (crista) = A 3 para uma tenso V (eficaz) 2 2 B - Capacidade de interrupo em curto-circuito: tenso corrente l (eficaz) = 2 2 A 1 para uma tenso V (eficaz) = 2 2 B 1 Figura 4b - Oscilograma correspondente a uma interrupo aps a corrente ter atingido o seu valor de crista - Capacidade de estabelecimento em curto-circuito: corrente I (crista) = A 3 para uma tenso V (eficaz) 2 2 B - Capacidade de interrupo em curto-circuito: corrente l (eficaz) = 2 2 A 2 para uma tenso V (eficaz) = 2 2 B 2 t s - instante do incio do arco t c - instante da extino do arco Figura 4c - Oscilograma correspondente a uma interrupo antes que a corrente atinja o seu valor de crista Figura C.4 - Verificao da capacidade de interrupo e de estabelecimento em curto-circuito em corrente alternada Cpia no autorizada