Mata Atlantica de Altitude - Campos de Altitude
Mata Atlantica de Altitude - Campos de Altitude
Mata Atlantica de Altitude - Campos de Altitude
DISCIPLINA DE ECOLOGIA
PROFESSOR BRUNO DE LIMA PRETO
ALEGRE
2014
INTRODUO
Este trabalho sobre um importante ecossistema do bioma Mata Atlntica
denominado Campo de Altitude e no transcorrer da dissertao destacar suas principais
caractersticas ecolgicas, exibindo seus fatores abiticos e biticos, a adaptao dos
organismos nesse ambiente, descrevendo as principais aes antrpicas e apresentando
o sistema de cultivo de trutas e seus impactos ambientais.
O objetivo deste documento abordar de forma resumida suas principais
peculiaridades e mostrar os diversos componentes que determinam sua importncia para
o equilbrio ambiental do bioma Mata Atlntica, bem como os efeitos das alteraes
naturais ou artificiais ocorridos nestas reas no decorrer dos ltimos anos.
A metodologia utilizada est respaldada por pesquisas bibliogrficas e na internet,
enriquecidas com recolhas orais, publicaes acadmicas e anlise de documentrios.
Os Campos de Altitude
Nas ltimas dcadas, a fauna e a flora das reas montanhosas da Mata Atlntica
tem chamado a ateno dos ecologistas que deram incio a diversas pesquisas sobre sua
taxonomia (arranjo dos organismos em uma classificao) vegetal e animal. Tais
ecossistemas so tpicos dos pontos mais elevados de montanhas que se soergueram
principalmente durante o perodo Tercirio (60 milhes de anos, quando aconteceu a
deriva dos atuais continentes, em decorrncia da ruptura da Pangia).
Os Campos de Altitude da Mata Atlntica ocorrem nas partes mais elevadas dos
seus trs principais sistemas orogrficos (nuances de relevo de um local). As serras do
Espinhao, da Mantiqueira e do Mar, ao leste do Brasil, tem seus topos situados acima de
1.500 m de altitude e so cobertos por baixa vegetao onde h a prevalncia de rochas
gneas e metamrficas, como: mrmore, granito, gnaisse e sienito nefelnico.
Com relao aos domnios vegetacionais, os Campos de Altitude das Serras do
Fatores Abiticos
Os principais fatores abiticos que constituem os campos de altitude so:
Altitude, que influncia no clima o deixando mais frio, e o ar mais rarefeito.
Funes abiticas relacionadas manuteno, filtragem e regularizao dos sistemas
hidrogrficos, bem como imobilizao de carbono atmosfrico em solos sob regime
saturado de hidromorfia, especialmente os Organossolos. Cumes litlicos (rochosos)
formados por rochas gneas (lava petrificada) so as constituintes da regio que
Fatores Biticos
Tpico de regio montano e auto-montano, os campos de altitudes apresentam
endemismos em sua flora e fauna, destaca-se pela ruptura na sequncia natural das
espcies presentes nas formaes fisionmicas circunvizinhas.
Conhecidos por proporcionarem belas paisagens, essa vegetao ocorre com
tipicidade nos topos da Serra Geral (RS,SC e PR), Serra do Mar (SC, PR, SP, RJ) e Serra
da Mantiqueira (SP, MG e RJ).
Apesar de ser uma paisagem montona e sem grandes mudanas, so de enorme
biodiversidade, formados por milhares de espcies vegetais, destacando-se as das
famlias: Poaceae, Asteraceae, Cyperaceae.
Como exemplo de adaptao das espcies aos campos de altitudes, ha o Parque
do Ibitipoca situado em MG, so mais de 800 espcies botnicas diferentes, entre elas
esto bromlias, orqudeas, sempre-vivas, lquens, quaresmeiras e candeias.
A fauna abriga inclusive animais ameaados de extino, cerca de 210 espcies de
aves dividem espao com uma grande variedade de animais como a ona-parda, a
jaguatirica, o lobo-guar o porco-do-mato, a paca, coelho-do-mato, mono-carvoeiro, micoestrela, macaco-prego entre muitos outros.
artificial. A fazenda possui tanques de engorda e oferece um ambiente que ajuda o animal
no processo de adaptao por tambm utilizar o sistema de correnteza circular dentro do
tanque, o que permite maior oxigenao da gua, essencial para cultivar a espcie.
Conclumos que apesar de ser um ecossistema muito frgil ainda tem foras para
se recuperar caso sejam realizadas aes verdadeiramente educativas que ensinem aos
cidados, que dele dependem, que possvel utilizar seus recursos de forma consciente
e renovvel. Caso contrrio, diversas espcies ameaadas e, sabe-se l quantas mais
que ainda no foram identificadas, sero extintas para sempre.
Cumprimos os objetivos que foram propostos e durante nossas pesquisas
acrescentamos ao nosso conhecimento, diversas informaes importantes com relao a
este ecossistema to prximo de ns. Com isso tivemos a oportunidade de saber que
nosso futuro profissional depende muito de nossas aes e iniciativas para preservar os
Campos de Altitude, principalmente se formos desenvolver projetos de aquicultura
continental que necessite das guas que nascem neste ecossistema.
Referncias Bibliogrficas
VASCONCELOS, Marcelo Ferreira de. O que so campos rupestres e campos de altitude
nos topos de montanha do leste do Brasil? Revista Brasil. Bot., V.34, n.2, p.241-246, abr.jun. 2011.
SILVEIRA, Alvaro Astolpho da. Flora e serras mineiras. Harvard University: Imp. Office,
1908. 205p.
LIMA, Rosa do Carmo de Oliveira. Diagnstico dos impactos ambientais decorrentes do
beneficiamento de caulim no municpio de Equador/RN. Revista de Biologia e Cincias da
Terra. Vol.10, n.2 2 Sem., p.91-96. 2010.
LUZ, Ado Benvindo da; DAMASCENO, Eduardo Camilher. Tecnologia Mineral Caulim:
um mineral industrial importante. Rio de Janeiro: CETEM/CNPq, 1993.
AGUIAR, L.W.; MARTAU, L.; SOARES, Z. F., et. al. Estudo preliminar da flora e vegetao
de morros granticos da Regio da Grande Porto Alegre, RS, Brasil. Iheringia, Sr. Bot., n.
34, p. 3-38, 1986.
ANDRADE, Lima, D.. Vegetao IN: Atlas Nacional do Brasil, I. Rio de Janeiro, Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). 1966. 1p.
BARRETO, H.L. Regies fitogeogrficas de Minas Gerais. Boletim de Geografia, n. 14,
p.14-28, 1949.
BENITES, V.M. Caracterizao de solos e de substncias hmicas em reas de
vegetao rupestre de altitude. Viosa, UFV, 2001, 74 p. Tese de Doutorado (Doutorado
em Solos e Nutrio de Plantas). Universidade Federal de Viosa, 2001.
Referncias Webgrficas
DARIO, Fabio Rossano. Aes Antrpicas em Ambientes Naturais. Disponvel em:
<http://port.pravda.ru/news/cplp/brasil/24-02-2003/1320-0/>. Visitado em 15 abril 2014.