Este documento fornece informações sobre a determinação da dureza aparente e microdureza de corpos sinterizados. Explica que a dureza aparente é afetada pela porosidade e fornece diretrizes para a escolha da escala de ensaio correta. Também descreve os procedimentos para medir a dureza aparente usando os métodos Brinell, Rockwell e Vickers, assim como para medir a microdureza usando o método Vickers.
Este documento fornece informações sobre a determinação da dureza aparente e microdureza de corpos sinterizados. Explica que a dureza aparente é afetada pela porosidade e fornece diretrizes para a escolha da escala de ensaio correta. Também descreve os procedimentos para medir a dureza aparente usando os métodos Brinell, Rockwell e Vickers, assim como para medir a microdureza usando o método Vickers.
Este documento fornece informações sobre a determinação da dureza aparente e microdureza de corpos sinterizados. Explica que a dureza aparente é afetada pela porosidade e fornece diretrizes para a escolha da escala de ensaio correta. Também descreve os procedimentos para medir a dureza aparente usando os métodos Brinell, Rockwell e Vickers, assim como para medir a microdureza usando o método Vickers.
Este documento fornece informações sobre a determinação da dureza aparente e microdureza de corpos sinterizados. Explica que a dureza aparente é afetada pela porosidade e fornece diretrizes para a escolha da escala de ensaio correta. Também descreve os procedimentos para medir a dureza aparente usando os métodos Brinell, Rockwell e Vickers, assim como para medir a microdureza usando o método Vickers.
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DUREZA DE CORPOS SINTERIZADOS
Por Domingos T. A. Figueira Filho
1. CONSIDERAES INICIAIS.
Como os corpos sinterizados so compostos de regies slidas e poros, os valores de macrodureza determinados pelos mtodos convencionais Brinell, Rockwell ou Vickers so geralmente menores do que aqueles de materiais inteiramente slidos, com a mesma composio e condio metalrgica. De fato, o penetrador encontrar uma resistncia muito menor no sinterizado e a presena aleatria dos poros faz com que a diferena entre os valores mnimo e mximo da dureza seja muito maior do que aqueles obtidos no material inteiramente slido.
A macrodureza assim obtida denominada DUREZA APARENTE.
Muitas vezes os valores de dureza aparente podem ser diferentes nos diversos pontos da pea sinterizada, sendo comum a indicao de "regies de ensaio" particulares.
Os valores de dureza aparente obtidos no devem ser associados Resistncia Trao ou Resistncia ao Desgaste, em particular com a abraso. Comumente pode-se chegar a concluses errneas, dado presena da porosidade e caso a dureza medida seja afetada, por exemplo, pela ao da abraso superficial na aplicao da carga de ensaio. Valores mais baixos da dureza aparente de sinterizao no significam que as propriedades funcionais do material sinterizado sejam sempre afetadas negativamente.
Os valores de dureza aparente de sinterizados nunca devem ser convertidos de uma escala para outra.
A verdadeira dureza da estrutura do sinterizado, dureza da fase metlica presente, comparvel com a dureza do metal fundido de mesma composio e condio metalrgica. Esta determinao somente pode ser efetuada pelo ensaio de MICRODUREZA, utilizando-se geralmente a escala Vickers, carga 100 gramas (HV 0,1) , 200 gramas (HV 0,2) ou ainda 300 gramas (HV 0,3).
Conforme recomendaes normativas, a Dureza isoladamente no deve ser motivo de aprovao, rejeio ou impedimento de lotes de peas sinterizadas.
2. DETERMINAO DA DUREZA APARENTE (Macrodureza).
2.1 - CAMPO DE APLICAO.
Este procedimento de ensaio aplicvel a peas cuja dureza de sinterizao seja praticamente uniforme at uma profundidade de 5 mm abaixo da superfcie. A este grupo pertencem peas no estado sinterizado, com ou sem calibrao e sem nenhum tratamento posterior, ou peas posteriormente termicamente tratadas.
Pgina 2 de 7 2.2 - APARATOS DE ENSAIO
Aparelhos de ensaio de dureza conforme especificaes constantes nas normas : - ISO 6506 para dureza BRINELL. - ISO 6507 para dureza VICKERS. - ISO 6508 para dureza ROCKWELL. - 2.3 - DEFINIO DA ESCALA A SER UTILIZADA.
De acordo com a norma ISO 4498, a escala adequada para se medir a dureza de uma pea sinterizada deve ser escolhida por meio de um ensaio preliminar na escala HV 5 (49,03 N).
Valores de Dureza obtidos em ensaio preliminar na escala Vickers HV 5 Sugesto de Escala de Dureza a ser adotada para a determinao da Dureza Aparente.
de 15 at 60 HV 5 HB 2,5 / 15,625 / 30 HRH
acima de 60 at 100 HV 10 HB 2,5 / 31,25 / 30 HRF
acima de 100 at 200 HV 30 HB 2,5 / 62,5 / 30 HRB
acima de 200 at 400 HV 50 HB 2,5 / 187,5 / 30 HRA
Acima de 400 HV 100 HB 2,5 / 187,5 / 30 HRC
Nota: A escala de dureza HB est expressa indicando, na seqncia, o dimetro do penetrador tipo esfrico em (mm), a carga em (Kgf) e o tempo em (s).
2.4 - REQUISITOS IMPOSTOS AOS CORPOS DE PROVA
Os corpos de prova devem ser suficientemente espessos para que as marcas dos penetradores no apaream na superfcie oposta superfcie de penetrao. As superfcies dos corpos de prova devem ser paralelas, pois caso contrrio haver uma leitura falsa. A rea de penetrao deve ser suficientemente para que a impresso do penetrador no deforme as bordas do corpo de prova. O apoio do corpo de prova deve ser limpo e liso. Pode-se usar papel lixa < 400 m. Penetradores devem ser verificados contra deformaes, lascamentos e defeitos para evitar medidas imprecisas.
Pgina 3 de 7 2.5 PROCEDIMENTO.
O aparelho de ensaio deve ser montado em uma superfcie livre de vibraes. Usar o penetrador e a carga prpria para a escala de dureza escolhida. O aparelho de dureza deve ser checado contra um bloco padro e calibrado. Usar dispositivos especiais para apoiar convenientemente os corpos de prova. Os corpos de prova devem ser ensaiados de acordo com o procedimento padro para o mtodo de ensaio escolhido. As impresses devem ser feitas de maneira que sua leitura no seja afetada pelas impresses anteriores.
2.6 - RESULTADOS
2.6.1 Dureza aparente de uma pea sinterizada. Tomar cinco medidas de macrodureza. Descartar o menor valor encontrado. Relatar a DUREZA APARENTE como o valor mdio aritmtico dos quatro valores remanescentes, arredondando-se ao seguinte numero inteiro.
2.6.2 Intervalo de Dureza Aparente de um lote de peas sinterizadas. Tomar pelo menos trs amostras do lote. Determinar a DUREZA APARENTE de cada amostra. Relatar o INTERVALO DE DUREZA APARENTE indicando o menor e o maior valores obtidos.
3. DETERMINAO DA MICRODUREZA.
3.1 - APARATO DE ENSAIO.
Microdurmetro, com possibilidade de aplicar cargas a partir de 100 gramas fora (0,98 N), atendendo as especificaes constantes na norma ISO 4507.
3.2 - REQUISITOS IMPOSTOS AOS CORPOS DE PROVA.
A regio de ensaio deve ser preparada de forma que a superfcie permanea perpendicular fora de ensaio. permitido o embutimento de corpos de prova em resina acrlica. A superfcie de ensaio dever ser preparada com lixas metalogrficas e polidas com pasta de diamante (6 m mximo). Devem ser tomadas precaues para evitar danos em cantos, empastamentos, modificao de poros e super aquecimento.
3.3 - PROCEDIMENTO.
Efetuar as medidas de microdureza na regio de ensaio, de tal forma que a distancia entre duas indentaes seja maior que duas vezes e meia o comprimento mdio das diagonais de impresso. Tomar o cuidado para que as indentaes no sejam influenciadas pelos poros. Indentaes irregulares devero ser descartadas.
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3.4 - RESULTADOS.
Efetuar sete medidas de microdureza na regio de ensaio. Descartar os dois menores valores obtidos. Relatar a microdureza como a mdia aritmtica dos cinco valores restantes.
4. NORMALIZAO DE REFERNCIA.
ISO 4498 MPIF Standard 43 MPIF Standard 52
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APNDICE Informaes teis para o ensaio de dureza de sinterizados.
DUREZA BRINELL
Medida do dimetro da impresso no durmetro, seguida de leitura do valor da dureza na Tabela abaixo:
Designao Descrio
HB 2,5 / l5,625 / 30 Penetrador = Esfera de ao dimetro 2,5 mm. Carga = 15,625 Kgf Tempo = 30 s
HB 2,5 / 31,25 / 30
Penetrador = Esfera de ao dimetro 2,5 mm. Carga = 31,25 Kgf Tempo = 30 s
HB 2,5 / 62,5 / 30
Penetrador = Esfera de ao dimetro 2,5 mm. Carga = 62,5 Kgf Tempo = 30 s
HB 2,5 / 187,5 / 30
Penetrador = Esfera de ao dimetro 2,5 mm. Carga = 187,5 Kgf Tempo = 30 s
DUREZA ROCKWELL
Leitura direta na escala do Durmetro.
Escala Penetrador Pr-carga Kgf N Carga total Kgf N Cor da escala
HRH Esfera de ao Dimetro 3,175 mm (1/8")
10 98,07
60 588,4
Vermelha
HRF Esfera de ao dimetro 1,5875 mm (1/16")
10 98,07
60 588,4
Vermelha
HRB Esfera de ao Dimetro 1,5875 mm (1/16")
10 98,07
100 980,7
Vermelha
HRC
Cone de diamante 120 o
10 98,07
150 1471,0
Preta
HRA
Cone de diamante 120 o
10 98,07
60 588,4
Preta
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DUREZA ROCKWELL SUPERFICIAL
Leitura direta na escala do durmetro
Escala Penetrador Pr-carga Kgf N Carga total Kgf N Cor da escala HR 15 N HR 30 N HR 45 N
Cone de diamante 120 o
10 98,07 15 147,1 30 294,2 45 441,3
Vermelha HR 15 T HR 30 T HR 45 T Esfera de ao Dimetro 1,5875 mm (1/16")
10 98,07 15 147,1 30 294,2 45 441,3
Vermelha HR 15 X HR 30 X HR 45 X Esfera de ao Dimetro 6,35 mm (1/4")
10 98,07 15 147,1 30 294,2 45 441,3
Vermelha HR 15 Y HR 30 Y HR 45 Y Esfera de ao Dimetro 12,7 mm (1/2")
10 98,07 15 147,1 30 294,2 45 441,3
Vermelha
DUREZA VICKERS
Medida de diagonal da impresso no durmetro, seguida de leitura na Tabela.
Escala Penetrador Carga Kgf N
HV 1
diamante forma piramidal 136 o
1 9,807
HV 5
diamante forma piramidal 136 o
5 49,03
HV 10
diamante forma piramidal 136 o
10 98,07
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Penetrador e Impresso Vickers:
MICRODUREZA VICKERS
Medida de diagonal da impresso no Microdurmetro, seguida de leitura na Tabela.