Apostila Completa - Direito Financeiro
Apostila Completa - Direito Financeiro
Apostila Completa - Direito Financeiro
CAPITULO - I
HISTRICO E CONCEITO
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Estado condio;
Instituio a quem cabe manter organizao poltica de um povo e assegurar
o bem comum, por intermdio, inclusive do monoplio da coero e da
jurisdio sobre o respectivo territrio;
Pessoa jurdica de Direito Publico, detentor de supremacia na ordem interna
e de independncia na ordem internacional;
Cada Estado-Membro que compe o Estado Federativo.
CAPITULO - I
PRESSUPOSTOS DA ATIVIDADE FINANCEIRA.
HISTRICO E CONCEITO
FONTES:
A principal fonte encontra-se na Constituio Federal que
em seu artigo 24 autoriza ao Estado legislar sobre a matria, que diz:
Art. 24 Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I Direito Tributrio, Financeiro, penitencirio, econmico e urbanstico.
II Oramento.
Portanto, alm desse artigo que concede a autonomia em
legislar sobre o Direito Financeiro e os Oramentos temos outras fontes e dentre
elas podemos enumerar a Lei 4.320 de 17 de maro de 1964, que regula os
Oramentos pblicos, juntamente com a Lei Complementar 101 de 04 de maio de
2000 que a Lei de Responsabilidade Fiscal e demais legislaes como a Lei
10.028 de 19 de Outubro de 2000, que trata-se de uma lei punitiva e outras
normatizaes julgadas relevantes.
Assim, pode-se dizer que, o fenmeno financeiro de um
processo caracterizado em essncia por estar voltado para a satisfao das
necessidades pblicas mediante a obteno e o emprego dos recursos pblicos.
Portanto, nesse aspecto o Direito Financeiro pode ser
caracterizado como sendo o conjunto de normas jurdicas que regula a atividade
financeira do Estado em seus diferentes aspectos.
Porm a nota caracterstica da atividade financeira
aquela que distingue da atividade administrativa pelos mecanismos ou pelos
instrumentos atravs dos quais se atua.
Nesse sentido, a atividade financeira se caracteriza por ser
uma atividade de gesto direta e movimento do dinheiro publico, absorvendo o
ciclo financeiro completo, que comea no momento em que o Estado retira rendas
monetrias da economia privada, as administra ou gestiona fixando-se para atingir
determinados fins, e encerra no momento em que o Estado emprega ou gasta os
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ORAMENTO
PUBLICO
/
RECEITAS
PUBLICAS
|
DIREITO
TRIBUTRIO
TRIBUTOS
\
DESPESAS
PUBLICAS
|
DIREITO
ADMINISTRATIVO
SERVS. PBLICOS
GERAIS/ESPECIAIS
DIREITO FINANCEIRO
RESUMO DO CAPTULO I
- O Estado Brasileiro formado por trs esferas de Poder e por trs esferas de
Governo:
Esfera de Poder: Executivo, Legislativo e Judicirio, apesar do Ministrio
Publico ter Oramento separado.
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CAPITULO II
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A atividade financeira do Estado deve resumirse em OBTER, DESPENDER, GERIR E CRIAR, que correspondem a Receita
Publica, Despesa Publica, Oramento e o Credito Publico respectivamente.
Para a concluso, e observado que a atividade
financeira s interessa ao Direito Financeiro enquanto preocupar com os verbos
supra citados, sendo a obteno conservao e os gastos dos meios monetrios, e
no enquanto a atividade financeira for dirigida a consecuo do pleno emprego,
ou o desenvolvimento e estabilidade econmica, pois, do mesmo modo podemos
exemplificar, que as relaes laborais interessam ao Direito do Trabalho enquanto
sua funo for a de regular os possveis conflitos entre empregados e
empregadores, e jamais deve preocupar-se como fonte de recursos e ingressos
tributrios.
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RESUMO DO CAPITULO II
CAPTULO III
AS DESPESAS PBLICAS
Conceito.
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CAUSAS REAIS:
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d) - Acrscimo de territrios.
e) Transferncia de atividades privadas para o servio publico.
CAUSAS APARENTES:
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imensurvel, enquanto que em outros paises este gasto nfimo. No Brasil atual
podemos citar que o gasto com Previdncia seria tambm relevante, pois, existe
uma reforma previdenciria que logicamente necessita de uma maior concentrao
de recursos.
Finalmente, vale uma ressalva quanto ao Progresso Tcnico,
mesmo porque este um grande determinante no aumento das despesas publicas,
pois, com o fenmeno da Globalizao, todas as naes so interligadas de forma
eficaz, o que provoca um elevado aumento nas despesas publicas caso os referidos
paises queiram acompanhar.
Portanto, vale destacar como causas dos aumentos das
despesas publicas 04 (quatro) elementos que devem ser melhor revisado e
estudado, tais quais O aumento da Populao, o Progresso Tcnico, a Divida
Pblica e a Alterao do Papel do Estado, pois, todos os elementos estudados
anteriormente convergem para estes quatro elementos, principalmente para o
Progresso Tcnico, mesmo, porque este atualmente um grande determinante no
aumento das despesas publicas, exatamente em funo das mudanas sofridas pelo
mundo atualmente. Podemos exemplificar que em hiptese alguma nenhuma
prefeitura ou mesmo rgo governamental poder ficar alheio aos benefcios que o
tecnologia facilita ao homem moderno. Destarte, este mesmo progresso tecnico ao
mesmo tempo que traz benefcios imensurveis, tambm podem causar um gasto
substancial para a sua manuteno e conservao.
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- Aumento da Populao
- Crescimento do PNB
CAPTULO IV
- Desvalorizao Monetria
- Sistema de Contabilidade Publica
- Acrscimo de territrio
- Transferncia de atividade privadas para o setor publico.
Ahumada/Luiz Emygdio
- Variao Monetria
- Escriturao de toada e qualquer despesa
- Anexao de territrio
- Aumento populacional
- Aumento da atividade por parte do Estado.
Causas Reais Para Francesco Nitti
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Este critrio tem uma oscilao, uma vez que existe uma
dependncia muito grande da organizao de cada Nao, sendo em alguns
pontos, falhos e deficientes por no ser generalizado. Portanto, e estabelecido de
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V Quanto Importncia:
a) Despesa Necessria: aquela intransfervel em virtude da necessidade
publica premente, sendo sua efetivao provocada e ansiada pela
coletividade, pois, h um pressuposto que se tal dispndio no for realizado
poder provocar danos irreparveis comunidade. Se torna uma despesa
inadivel face a exigncia da coletividade, e advm de uma real
necessidade. Como exemplo de tais despesas podemos citar abastecimento
de gua, servio de sade, educao e segurana.
b) Despesas teis: Trata-se de uma despesa que embora no reclamada pela
coletividade e ainda no visando atender s necessidades publicas urgentes,
feita pelo Poder Publico Competente para produzir uma utilidade a
comunidade social, uma meio de melhorar o nvel de vida dos cidados.
Como exemplo desse dispndio pode ser citado s despesas gastas com
servios de assistncia social e no lazer. Porm, de acordo com os critrios
de classificao das despesas, no se pode falar em despesa intil, pois,
mesmo sendo considerada como tal, a despesa gasta com guerras essa
mesma guerra pode produzir uma utilidade, como a independncia ou a
realizao da Unidade Nacional, que tem como finalidade evitar ou ainda
limitar uma invaso de seu territrio, impedindo assim uma perda ou ainda
um prejuzo de natureza econmica.
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Classificao Legal
IX Quanto ao Fim:
a) Despesas de Governo: a prpria e verdadeira despesa publica uma vez
que essa por sua vez destina a manuteno dos servios pblicos, estando
representado nesta categoria os gastos com pagamentos dos seus servidores,
seja eles civis, militares, magistrados etc.., e ainda pode ser enquadrados
nesta categoria aplicao de riquezas para a realizao de obras publicas e
o emprego de materiais, de servios e para conservao e manuteno do
domnio publico.
b) Despesas de Exerccio: Destina a obteno e utilizao da receita, nesse
caso pode ser representado pela despesa no sentido de sustentar a
administrao do domnio fiscal (fiscalizao de terras, de minas etc..) e
principalmente para a administrao financeira, tais quais o interesse da
arrecadao e fiscalizao de receitas tributrias, servios de divida
pblica,com o pagamento dos juros e ainda a amortizao dos emprstimos
contrados pelo Poder Publico. Podemos dizer que estas despesas so
realizadas com aperfeioamento ou administrao do domnio fiscal
(manuteno da maquina estatal encarregada da arrecadao) e ainda de
controle da divida publica,buscando manter o governo em condies
financeiras satisfatrias e possibilitar novas formas e fontes buscando meios
eficientes de satisfazer a arrecadao.
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DESPESAS CORRENTES
DESPESAS DE CUSTEIO
Pessoal Civil
Pessoal Militar
Material de Consumo
Servios de terceiros
Subvenes Sociais
Subvenes Econmicas
Inativos
Pensionistas
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Salrio Famlia
Abono Familiar
Juros da Divida Publica
II DESPESAS DE CAPITAL
DESPESAS DE CAPITAL
INVESTIMENTOS
Obras Publicas
Equipamentos
Material Permanente
Servios em Programao Especial
Participao em constituio ou aumento de capital de empresas ou
entidades industriais e agrcolas
INVERSES FINANCEIRAS
Aquisies de Imveis
Participao em constituio ou aumento de capital de empresas ou
entidades comerciais ou financeiras
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Categoria Econmica
Grupos de Natureza de Despesas
Modalidade de Aplicao
Elemento de Despesa.
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Conceitos
Categorias Econmicas Despesas Correntes e Despesas de Capital, ou seja a
classificao constante da Lei 4.320/64.
Grupos de Natureza de Despesa correspondem definio de elementos de
despesa, ou seja, aqueles que apresentam as mesmas caractersticas quanto ao
objeto de seu gasto. Exemplo: Pessoal e Encargos, Investimentos, Inverses
Financeiras, Amortizao de Dividas, Juros e Encargos da Divida etc....
Modalidade de Aplicao trata-se da informao gerencial que tem por
finalidade indicar se os recursos so aplicados diretamente por rgos ou
entidades no mbito da mesma esfera de governo ou por outro Ente Publico e
ainda as suas respectivas entidades, e tem como objeto possibilitar a eliminao da
duplicidade na contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. Exemplo:
como exemplos principais, podemos citar que a grande representatividade desta
modalidade esta calcada exatamente nas TRANSFERNCIAS, ou seja,
transferncias, intragovernamentais, Unio, Estados, DF e Municpios, ao
exterior, e ainda a aplicaes diretas etc....
Elemento de Despesa sua finalidade esta no fato de identificar os objetos de
gasto, tais como vencimentos, juros, dirias,material de consumo, servios
prestados por terceiros, subvenes sociais, obras, equipamentos, ou seja seria o
elemento resumido e direcionado onde identifica de modo sucinto cada despesa
efetuado pelo respectivo rgo Pblico.
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RESUMO DO CAPITULO IV
Classificao das Despesas Pblicas
- Com o volume das despesas publicas cada vez mais crescente faz necessio um
sistema de classificao dessas despesas.
- Torna-se fcil e interessante essa classificao, pois:
a) Facilita a diviso dos poderes.
b) Normatiza a distribuio de despesas e gastos Pblicos.
c) Lei 4.320/64
- HECTOR VILLEGAS Classifica estas despesas utilizando os seguintes
critrios:
a) Administrativo: Estabelecido de acordo com os diversos ramos de
administrao em cada pais
b) Econmico Despesas de funcionamento ou operacionais so as prprias
despesas de custeio.
- Despesas de Servios. Estado troca um pagamento e recebe a
prestao de servios correspondente. Despesas de Transfe rencia que no proporcionam qualquer beneficio ao Estado.
- Despesas Produtivas Visa o desenvolvimento dos meios de
produo e dos servios colocados a disposio ou prestados
aos cidados.
Estudos das classificaes das Despesas leva em considerao os inmeros
aspectos dos quais enunciamos abaixo como classificao doutrinaria que so:
I Quanto a Forma:
- Despesas em espcie
- Despesas em Natureza: Vide arts. 100, 182 4 , III e art. 184 Const.Federal
II Quanto aos aspectos econmicos em Geral:
- Despesas real ou de servios carter permanente
- Despesas de transferncias redistributivas
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IX Quanto ao Fim:
- Despesas de Governo: a prpria despesa publica uma vez que esta despesa destina a manuteno dos servios pblicos estando representado pelos /
gastos com pagamento de seus servidores seja eles civis, militares, emprego
de materiais de servios ou realizao de obras publicas.
- Despesas de Exerccio: aquela destinada a obteno e utilizao da receita
a despesa contrada no sentido de sustentar a administrao do domnio /
fiscal principalmente para administrao financeira.
IV Quanto a Durao:
- Despesas Ordinrias: despesas corriqueiras, pois, visam atender s necessidades publicas estveis
- Despesas Extraordinrias: Objetiva a satisfazer s necessidades publicas
acidentais no constantes do oramento.
- Despesas Especiais: tem por finalidade atender s necessidades pblicas
novas que surgem no decorrer do exerccio
V Quanto a Importncia:
- Despesas Necessrias: Intransfervel em virtude da necessidade publica prmente provocada pela comunidade.
- Despesas teis: embora no reclamada pela coletividade, e ainda visando a
atender s necessidades publicas urgentes feita pelo Poder Publico
competente para produzir utilidade comunidade.
Classificao adotada pela Lei 4.320/64 que elabora os controles dos oramentos e
balanos pblicos.
DESPESAS CORRENTES: - No enriquecem o patrimnio.
- So necessrias a execuo dos servios pblicos.
Dividem em:
- Despesas de Custeio: Objetiva assegurar o funcionamento dos servios pblicos
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DESPESAS CORRENTES:
DESPESAS DE CUSTEIO:
- Pessoal Civil
- Pessoal Militar
- Material de consumo
- Servios de Terceiros
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EXEMPLO PRATICO:
Ato da autoridade em contrario a essa regra importa em crime a ser
responsabilizado os chefes do Poder Executivo.
DESPESAS DE CAPITAL
INVESTIMENTOS.
- Obras Publicas.
- Equipamentos
- Material Permanente
INVERSES FINANCEIRAS
- Aquisies de Imveis
- Participao em constituio ou aumento de capital de empresas ou
Entidade civil comercial ou financeira.
- Concesso de emprstimos.
TRANSFERENCIAS DE CAPITAL
- Amortizao da divida publica
- Auxlios para obras publicas
- Auxlios para equipamentos e instalaes.
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Para quem Utiliza: a) permite melhor conhecimento do assunto estudado proporcionando maior facilidade de identificar novas relaes, descobrir traos comuns e diferencias, alem de identificar as
duplicidade de esforos
b) facilita a uniformizao da terminologia.
c) propicia sistematizao adequada de pensamento.
d) reduz a pluralidade unidade.
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CAPITULO V
INGRESSOS/RECEITAS PBLICAS.
4. Tributria Este perdura por longo perodo e ate hoje prevalece, pois o Estado
impe coercitivamente aos cidados, entretanto mediante a instituio legal, a
obrigatoriedade do pagamento de tributos a fim de atender as demandas
necessrias, sendo este modo o seu principal meio de obteno de receitas
publicas e sendo ainda sua principal fonte financiadora.
HISTORICO
Para auferir o dinheiro necessrios s despesas publicas os
governos de tempos remotos socorrem-se de uns poucos meios admissveis e que
permanece ao longo dos tempos, pois, realizam extorses sobre outros povos ou
deles recebem doaes voluntrias, recolhem as rendas produzidas pelos bens e
empresas do Estado, exigem coercitivamente tributos ou penalidades, tomam ou
foram emprstimos e ainda fabricam dinheiro metlicos ou de papel.
Portanto, no se traduz em novidade que estes meios so
utilizados pelos inmeros governos em todo o mundo para fazer frente as
despesas. E diante deste quadro podemos dizer quer os doutrinadores dividem esta
evoluo histrica da receita em algumas etapas e dentre elas temos:
1. Parasitaria nesta fase devido s constantes lutas entre os povos, era regra que
o povo vencido submetesse ao junco do povo vencedor. Assim podemos verificar
que seria muito bem demonstrado este parasitismo, pois o povo dominante vivia
s custas do povo dominado, alem do que o Estado utilizava de meios extorsivos,
saques, pilhagens, alm do confisco, contra os vencidos. Isto muito bem
demonstrado no imprio romano.
2. Dominial Este proliferou de modo intenso na idade media, pois, o Estado
exercia o seu domnio, arrecadando receitas decorrentes da explorao do
patrimnio publico, ou mesmo diante de concesses. Neste caso podemos tomar
como exemplo o perodo do feudalismo.
3. Regaliano os prncipes e os reis possuam algumas regalias ou mesmo
direitos de explorar determinados servios ou permitir que um terceiro o fizesse
mediante um pagamento. Podemos observar que atualmente o governo faz
algumas concesses a outras pessoas mediante uma pagamento e que este perodo
ainda subsiste ao tempo, pois como exemplo desse tipo de privilegio podemos
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5. Social nesta fase que esta sendo amplamente utilizada, o Estado passa a usar a
extrafiscalidade tributria, com a finalidade de resolver os problemas sociais,
sejam no campo econmico, social ou poltico, nesse caso, procura limitar atravs
de legislao tributria aes individuais, como o alcoolismo, tabagismo, onde
procura selecionar estes produtos impondo uma tributao elevada com inteno
de inibir o vicio onde deve ainda diminuir seu alto custo para o Poder Publico, no
aspecto da sade, e ainda exercer o controle da balana comercial e a manuteno
das reservas cambias. Portanto, extrafiscalidade um fenmeno que provoca a
alterao do comportamento da sociedade em relao ao tributo, por isso existe
atualmente inmeros impostos com caractersticas fiscais e extrafiscais.
CONCEITOS
O Estado para fazer frente aos seus compromissos e
cumprir com suas obrigaes, necessita de recursos que podem ser obtidos junto
comunidade ou atravs de contrao de emprstimos que provoca o
endividamento publico. No conjunto destes recursos que so obtidos pelo Estado
denominados de Receitas ou Ingressos Pblicos, pois, atravs deles que o Poder
Publico poder fazer frente as demandas pleiteadas pela sociedade, ou seja, as
carncias bsicas necessrias e que toda nao urge, tais quais, educao, sade,
saneamento bsico, segurana e outras carncias consideradas relevantes.
Ingresso publico, ou receita publica, ou entrada na
verdade so vocbulos utilizados de forma variadas pelos doutrinadores, as quais
correspondem a todo dinheiro arrecadado aos cofres do Estado, entretanto,
devemos considerar que nem todo ingresso receita pelo fato de ser provisrio.
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DIFERENAS
PUBLICAS
ENTRE
INGRESSOS
RECEITAS
INGRESSOS
So movimentos de fundos sem
acrscimo ao patrimnio so feitos
esporadicamente.
Ficam condicionados a restituio
posterior.
Merca recuperao de valores e as
vezes no agrega ao oramento.
1. Quanto ao Sentido:
- amplo (Lato) toda a entrada ou ingresso de recursos que a qualquer
titulo integra ou adentra aos cofres pblicos, sem qualquer contrapartida
existente no passivo. Como exemplo podemos elencar as caues, fianas,
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2. Quanto a Regularidade:
Ordinrias constitui como sendo aquela que arrecadada regulamente
em cada perodo ou exerccio financeiro, ou seja, que se faz de modo
permanente sem a condio devolutiva. Exemplo, os impostos, as taxas e as
contribuies diversas.
Extraordinrias so aquelas decorrentes de situaes excepcionais, ou
seja, sos aquelas estabelecidas no caso de guerras, calamidades publicas,
comoes sociais, doaes e demais receitas estabelecidas em caso
extraordinrios como o prprio nome j expressa. Como exemplo temos os
impostos de guerra e os emprstimos compulsrios.
3. Quanto a Natureza:
Oramentria a receita decorre da Lei Oramentria, ou seja, esta
inserida no oramento, portanto, podemos dizer que seria aquelas
arrecadadas regularmente em cada perodo financeiro e de modo
permanente, e como exemplo temos principalmente a arrecadao dos
tributos tais quais o IR, o IPTU e o ICMS.
Extra-oramentaria compreende os ingressos financeiros ou crditos de
terceiros que no integram o oramento pblico e que constituiro de
compromissos exigveis do ente como simples agente passivo da obrigao
ou ainda como depositrio ou repassador de valores, e cujo o pagamento
independe de autorizao legislativa. Neste caso podemos exemplificar as
receitas estabelecidas no artigo 3 no seu Pargrafo nico da Lei 4.320/64,
pois ali temos como exemplo as antecipaes de receitas oramentrias
(ARO) , e ainda os depsitos, as caues, fianas e demais garantias e ainda
as consignaes em folha de pagamento.
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4. Quanto a Competncia:
Da mesma forma que temos nas despesas publicas, as receitas no poderiam ser
diferentes, pois temos tambm nas receitas as classificaes doutrinarias quanto a
competncia:
Federal: - so normalmente as receitas arrecadadas pelo Governo federal,
principalmente com relao aos seus Tributos.
Estaduais so as receitas pertinentes aos Governos dos Estados e do
Distrito Federal, e ainda com relao aos seus impostos e tributos.
Municipais - caracterizam como sendo as receitas a serem realizadas pelos
municpios, e ainda a arrecadao de seus tributos de modo geral.
LEMBRETE
Ainda para completar nosso estudo vale uma ressalva quanto o SUPERAVIT DO
ORAMENTO CORRENTE, estabelecido nos termos do artigo 11 3 da Lei
4.320/64 que o resultado do balanceamento das receitas em relao as despesas
correntes, apurados na demonstrao do resultado do exerccio financeiro. Em
regra geral este SUPERAVIT, permite que o oramento seja complementado e
financiado o total do Oramento publico.
Exemplo:
Receita Corrente: 500
Despesa Corrente: 400
Receita de Capital: 300
Despesa de Capital: 200
TOTAL:............ 800
600
Neste Caso o SUPERAVIT apurado seria de R$ 100, pois expresso pela Receita
Corrente menos a Despesas Correntes que exatamente R$ 100.
Portanto, nesse caso este valor, ou seja, R$ 100 pode ser utilizado para completar
o oramento publico, no tocante as Despesas Pblicas.
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a) - ENTRADAS PBLICAS:
1) - INGRESSOS PBLICOS: Como j fora demonstrado anteriormente os
Ingressos Pblicos que so de carter restituvel, o que as torna no definitivas
(Baleeiro as denomina de Movimento de Caixa ou de Fundos) e que so
representadas pelas fianas, caues, depsitos, emprstimos pblicos
(decorrentes de crdito pblico), venda de bens, Indenizaes de Direito Civil na
qual podemos mencionar como exemplo aquele momento em que algum causa
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RECEITAS DE CAPITAL
As Receitas de Capital, a exemplo das Receitas Correntes
tambm esto elencadas no artigo 11 2 da Lei 4.320/64, e estas receitas so
aquelas provenientes da realizao de recursos financeiros originrio de
constituio de dividas; os emprstimos tambm so considerados receitas de
capital bem como a converso em espcie de bens e direitos, porm lembrando
sempre que para esta alienao no caso de imveis necessrio e exigida a
autorizao do legislativo; os recursos recebidos de outras pessoas de Direito
publico ou privado, destinados a atender as despesas classificveis em Despesas
de Capital. Nesse caso podemos observar que existe a relao entre as Despesas
de Capital que quando so realizadas logo podemos averiguar que a contrapartida
ser a RECEITA DE CAPITAL. Estas receitas por sua vez tambm possui
subdiviso que so:
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RESSALVA
ESTGIOS DA RECEITA.
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de caixas especiais. Nesse caso, creio que o Orgo publico apesar de estabelecer
que na arrecadao pode ser processado os registros contbeis, entretanto, acredito
que somente no recolhimento este registro mais confivel, uma vez que se no
recolhimento e o momento da entrega do numerrio pelos estabelecimentos
bancarias ao rgo centralizador, pode ocorrer uma liquidao dessa instituio
financeira nesse perodo, e sendo assim como ficaria o Estado se este produto no
tivesse sido transferido para a Conta nica.
FONTE: Para facilitar e uniformizar as Receitas Publicas, se faz necessrio
determinar a origem dos numerrios, e a fonte responsvel por esta organizao,
pois, a fonte o agrupamento de receitas por natureza sob determinados cdigos
ou mesmo rubricas, tem por finalidade a vinculao legal dos respectivos
dispndios, ou seja, deve fazer a co-relao com os gastos pblicos. Assim as
receitas que devem ser gastas com determinada finalidade, so agrupadas sob uma
mesma codificao a qual e denominada de FONTE.
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RESUMO DO CAPITULO V
a) Emprstimos ao Tesouro;
b) Restituio de Emprstimo do Tesouro;
c) Caues, fianas, depsitos e indenizaes de Direito Civil.
2 - RECEITAS:
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RECEITAS DE CAPITAL:
- Operaes de Credito;
- Alienao de Bens;
- Amortizao de Emprstimos.
- Transferncias de Capital
- Outras Receitas de Capital
- Supervit do Oramento Corrente.
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