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REV. B
04 / 2011
Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua reviso anterior.
Cabe CONTEC - Subcomisso Autora, a orientao quanto interpretao do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuria desta Norma a
responsvel pela adoo e aplicao das suas sees, subsees e
enumeraes.
CONTEC
Comisso de Normalizao
Tcnica
SC - 27
Ensaio No Destrutivo
Cpias dos registros das no-conformidades com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
CONTEC - Subcomisso Autora.
As propostas para reviso desta Norma devem ser enviadas CONTEC Subcomisso Autora, indicando a sua identificao alfanumrica e reviso, a
seo, subseo e enumerao a ser revisada, a proposta de redao e a
justificativa tcnico-econmica. As propostas so apreciadas durante os
trabalhos para alterao desta Norma.
A presente Norma titularidade exclusiva da PETRLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na PETROBRAS, e qualquer
reproduo para utilizao ou divulgao externa, sem a prvia e
expressa autorizao da titular, importa em ato ilcito nos termos da
legislao pertinente, atravs da qual sero imputadas as
responsabilidades cabveis. A circulao externa ser regulada mediante
clusula prpria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito
intelectual e propriedade industrial.
Apresentao
As Normas Tcnicas PETROBRAS so elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Tcnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidirias), so
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidirias, so aprovadas pelas
Subcomisses Autoras - SC (formadas por tcnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidirias) e homologadas pelo Ncleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidirias). Uma Norma Tcnica PETROBRAS
est sujeita a reviso em qualquer tempo pela sua Subcomisso Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Tcnicas PETROBRAS so
elaboradas em conformidade com a Norma Tcnica PETROBRAS N-1. Para informaes completas
sobre as Normas Tcnicas PETROBRAS, ver Catlogo de Normas Tcnicas PETROBRAS.
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PROPRIEDADE DA PETROBRAS
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1 Escopo
1.1 Esta Norma fixa as condies exigveis na realizao de ensaio no destrutivo IRIS - Internal
Rotary Inspection System para avaliao de perda de espessura de tubos de trocadores de calor e
caldeiras.
1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edio.
2 Referncias Normativas
Os documentos relacionados a seguir so indispensveis aplicao deste documento. Para
referncias datadas, aplicam-se somente as edies citadas. Para referncias no datadas,
aplicam-se as edies mais recentes dos referidos documentos (incluindo emendas).
INMETRO VIM:2008 - Vocabulrio Internacional de Metrologia (Primeira Edio Brasileira
do VIM 2008);
PETROBRAS N-1594 - Ensaio No Destrutivo - Ultrassom;
ABNT NBR ISO IEC 17024:2004 - Avaliao de Conformidade - Requisitos Gerais para
Organismos que Realizam Certificao de Pessoas.
3 Termos e Definies
Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definies do INMETRO VIM 2008 e os
seguinte.
3.1
IRIS - Internal Rotary Inspection System
tcnica que utiliza o mtodo de ultrassom, tipo pulso-eco, por imerso, empregando um cabeote
com feixe ultrassnico incidindo num espelho rotativo que o reflete para a parede do tubo.
NOTA
3.2
tubo padro
tubo com caractersticas metalrgicas e espessura conhecidas contendo descontinuidades naturais
e/ou artificiais por meio do qual o sistema de medio IRIS calibrado, para o ensaio de materiais
similares, quanto propagao do som e ajuste da sensibilidade do ensaio.
3.3
operador
profissional com a funo de auxiliar na execuo do ensaio principalmente na insero e extrao da
sonda nos tubos e demais atividades, exceto avaliao das indicaes.
3.4
inspetor
profissional qualificado com a funo de orientar o operador, acompanhar o ensaio e ser responsvel
pela avaliao dos resultados.
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3.5
equipe de inspeo
a equipe de inspeo composta de todos os elementos envolvidos no ensaio, devendo ser
constituda por, no mnimo, um inspetor e um operador.
3.6
acoplante
qualquer substncia (usualmente lquida ou pastosa) introduzida entre o cabeote e a superfcie em
ensaio, com o propsito de transmitir as vibraes de energia ultra-snica entre ambos.
3.7
ajuste de sensibilidade
correes efetuadas no nvel de ganho, para ajustar a sensibilidade de varredura, proceder
avaliao de descontinuidades e compensar as diferenas de acoplamento, atenuao snica,
existente entre o material a ser ensaiado e o bloco de referncia.
3.8
cabeote
dispositivo eltrico acstico usado para transmitir e/ou receber energia ultra-snica. O dispositivo
geralmente consiste de placa de identificao, conector, carcaa, bloco amortecedor, elemento
piezeltrico ou transdutor, sapata de desgaste ou lente.
3.9
apresentao de resultado da inspeo B-scan
forma de apresentao de dados ultra-snicos que mostra a seo transversal da amostra indicando
comprimento aproximado (conforme indicado pela varredura) dos refletores e sua posio relativa.
3.10
apresentao de resultado da inspeo C-scan
forma de apresentao de dados ultra-snicos que mostra a vista plana do objeto inspecionado e as
descontinuidades porventura existentes.
4 Condies Gerais
4.1 Qualificao do Inspetor
O inspetor deve ser qualificado de acordo com a PETROBRAS/ENGENHARIA/SL/SEQUI/CI.
objetivo;
normas aplicveis, indicando a reviso;
material, componente, dimenses e detalhes de construo do tubo a ser ensaiado;
aparelhagem e acessrios, citando o fabricante, modelo, limites de utilizao e
recomendaes de instalao, preservao e armazenamento, quando aplicvel;
sonda de inspeo (fabricante, tipo, modelo, freqncia do cabeote, dimetro da sonda,
espelho, dispositivo centralizador e faixa de dimetro de tubo aplicvel);
condio requerida para a superfcie e mtodo de preparao;
acoplamento;
mtodo de ajuste do sistema de medio;
instrues a serem fornecidas ao operador;
tcnica de varredura (sentido e velocidade de deslocamento);
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4.2.2 O procedimento deve ter o nome do emitente (unidade da PETROBRAS ou firma executante),
ser numerado, ter indicao da reviso e data de emisso.
4.3.2 O procedimento deve ser qualificado e certificado por inspetor Nvel 3 de ultrassom.
4.4.1 Sempre que qualquer dos itens citados no 4.2 forem alterados, deve ser emitida uma reviso
do procedimento.
4.4.2 Quando houver alterao em c), d), e), f), g), h) e j) do 4.2, o procedimento deve ser
requalificado.
4.5.1 O sistema de medio de IRIS deve possuir, no mnimo, apresentao B-Scan e C-Scan.
4.5.2 Caso se utilize o recurso do codificador de posio, a preciso mnima deste componente, em
relao ao comprimento real varrido no tubo, deve ser de + 5%.
4.5.3 O sistema de medio de IRIS deve permitir que o resultado de toda a inspeo possa ser
salvo em arquivo eletrnico, com possibilidade de visualizao e anlise das imagens.
4.6.1 Os itens do sistema de medio que devem ser periodicamente calibrados so o medidor de
espessura por ultrassom, cabeote e blocos-padro.
4.6.2 A periodicidade de calibrao do medidor de espessura por ultrassom no deve ser superior a
24 meses.
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4.7.1 O ajuste deve ser executado em um padro. O sistema de medio deve fornecer medidas de
espessura das descontinuidades existentes no padro de ajuste, com desvio mximo de 10 % do
valor da espessura nominal do tubo.
4.7.2 Os materiais a serem inspecionados devem ser classificados, de acordo com a Tabela 1,em
funo de suas propriedades acsticas.
Tabela 1 - Grupo e Materiais Similares
Grupo
Descrio do material
Ao carbono
NOTA 1 Outros materiais devem ser considerados individualmente como um grupo. Neste caso,
deve ser feita uma descrio sucinta da composio do material. Exemplo: Ao com 9 % Cr
e 1 % Mo.
NOTA 2 Cobre e suas ligas: Devido a variao de propriedades acsticas do cobre e suas ligas,
deve ser utilizado um tubo de mesma especificao do feixe tubular a ser inspecionado para
a confeco do tubo padro.
4.7.3 Os tubos padro devem ser de material acusticamente semelhante ao do material dos tubos
inspecionados (VIDE ITEM 4.7.2), bem como de mesmo dimetro e espessura. As dimenses dos
tubos padro devem obedecer ao especificado na Figura A.1 do Anexo A.
incio da inspeo;
8 h, no mximo, de inspeo;
reincio da inspeo aps cada interrupo;
final da inspeo.
4.7.5 A verificao do ajuste, quando executada conforme b), c) e d) do 4.7.4, deve ser de 0,1 mm
(ou outro valor especificado no produto). Sempre que for constatada a necessidade de ajuste, as
medies devem ser refeitas desde a ltima verificao satisfatria.
4.7.6 A velocidade de deslocamento da sonda no tubo padro deve ser de, no mximo, 2,5 m/min.
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4.8 Acoplamento
4.8.1 Quando inspecionando tubos na posio horizontal, o acoplamento obtido pela injeo de
gua atravs da prpria sonda. Quando inspecionando tubos na posio vertical, necessrio que o
tubo esteja completamente cheio de gua para permitir o acoplamento.
4.8.2 Sempre que houver perda no acoplamento, o trecho no qual tal fato ocorreu, deve ser
reinspecionado.
4.8.3 O teor mximo de cloretos permitido na gua deve ser inferior a 50 ppm quando a superfcie a
ser ensaiada for de ao inoxidvel austentico. Para os halognios (flor, cloro, bromo , iodo ) o teor
mximo na gua deve ser 250 ppm, considerando a soma do teor de cada elemento.
4.9.1 A preparao da superfcie deve ser executada de modo a obter-se um sinal resposta
(apresentao do aparelho) com, no mnimo, 70 % de nitidez para permitir avaliao da superfcie
externa do tubo (Anexo B), condio essa mantida em todo o trecho do comprimento do tubo
considerado inspecionado.
4.9.2 Para alcanar uma limpeza adequada deve ser aplicada limpeza qumica ou vapor com
posterior utilizao de hidrojateamento nos tubos a inspecionar com presso mnima de
15 000 psig.no bico e velocidade mxima de deslocamento da sonda de limpeza de 0,12 m/s.
4.10.1 A avaliao dos tubos durante a inspeo deve ser executada quando da retirada da sonda a
partir da extremidade oposta a qual foi inserida, numa velocidade mxima de 2,5 m/min.
4.10.2 A fim de se obter uma melhor qualidade de imagem deve-se buscar o mximo de
centralizao possvel do cabeote em relao circunferncia do tubo inspecionado.
5 Registro de Resultados
5.1 Os resultados dos ensaios devem ser registrados por meio de um sistema de identificao e
rastreabilidade que permita correlacionar o local ensaiado com o relatrio e vice-versa.
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100
0,2t
50
4,0 Trocador
4,0 Caldeira
B
0,4t
4,0 Trocador
4,0 Caldeira
50
2,4 Trocador
2,0 Caldeira
D
50
3,8 Trocador
2,4 Caldeira
E
0,2t
50
50
F
4,8 Trocador
6,3 Caldeira
G
0,6t
50
0,4t
4,8 Trocador
6,3 Caldeira
H
0,8t
4,8 Trocador
6,3 Caldeira
0,2t
50
50
4,8 Trocador
6,3 Caldeira
4,0 Trocador
4,0 Caldeira
J
0,5t
50
100
4,0 Trocador
4,0 Caldeira
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Seo A-A
Ranhura de Largura 4,0 X Profundidade de 20% da Espessura (t)
t
0,2 t
Seo B-B
Ranhura de Largura 4,0 X Profundidade de 40% da Espessura (t)
t
0,4 t
Seo C-C
Furo Passante 2,4 para Trocador e 2,0 para Caldeira
Seo D - D
Furo Passante 3,8 para Trocador e 2,4 para Caldeira
Figura A.2 - Seo das Descontinuidades do Tubo Padro para Calibrao de aparelhos
IRIS
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Seo E - E
Furo Cego Profundidade de 20% da Espessura (t)
Seo F - F
Furo Cego profundidade de 40% da Espessura (t)
Seo G - G
Seo H - H
Profundidade
4,8 Trocador
6,3 Caldeira
Seo I - I
Ranhura de Largura 4,0 X Profundidade de 20% da Espessura (t)
t
0,2 t
Seo J - J
Ranhura de Largura 4,0 X Profundidade de 50% da Espessura (t)
t
0,5 t
Figura A.2 - Seo das Descontinuidades do Tubo Padro para Calibrao de aparelhos
IRIS (Continuao)
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Anexo B - Figura
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NDICE DE REVISES
REV. A
Partes Atingidas
Descrio da Alterao
Revalidao
REV. B
Partes Atingidas
Todas
Descrio da Alterao
Reviso
IR 1/1
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