Apostila Performance - Peso e Balanceamento de Aeronaves
Apostila Performance - Peso e Balanceamento de Aeronaves
Apostila Performance - Peso e Balanceamento de Aeronaves
A JATO, P&B
Notas de aula
Rogrio B. Parra
-- 2012
INTRODUO
CARACTERSTICA DO JATO:
Com os avies a jato, de melhor performance se comparada com a dos avies a pisto, a
durao dos vos foi reduzida pela metade, a maioria das escalas foi eliminada, as novas
altitudes permitiram voar acima das camadas do tempo e multiplicou-se o nmero de lugares
a bordo.
Este melhoramento de performance acarreta em operaes a altitudes e velocidades onde o
efeito da compressibilidade comea a surgir, sendo portanto necessrio o conhecimento de
novas teorias de operao.
Uma das diferenas bsicas est na rotao dos motores. Quando a trao cresce
rapidamente no motor convencional, a sustentao simultaneamente aumentada sem
modificao de atitude devido ao aumento da velocidade do ar produzida pela hlice,
conseqentemente sem mudanas no angulo de ataque. A nica maneira de se aumentar a
sustentao no jato, levantando o nariz e aumentando o ngulo de ataque. Uma aeronave
de asa enflechada requer uma modificao ainda maior em atitude.
A performance do avio a jato com um motor inoperante, requer muito menos cuidado do que
a de um avio a pisto com todos os motores operando. Os procedimentos a serem tomados
so extremamente fceis. Alm disto, para executar uma curva no avio com motor
convencional necessrio usar o leme por causa do arrasto produzido pelo aileron da asa
que se eleva. No jato, normalmente, isto no acontece por causa dos spoilers, que
trabalhando em conjunto, fazem com que a curva seja coordenada, limpa.
Um outro diferente aspecto dos convencionais , o ajuste de potncia para um determinado
valor de velocidade. No jato devemos aplicar uma determinada potncia at atingirmos uma
velocidade e depois reduzirmos para manter os ajustes ideais. Alm disto para vrios pesos
temos vrios ajustes de potncia. Da a necessidade de se fazer acertos constantemente.
O controle da aeronave em relao posio do CG tambm outro fator. Nos jatos, o
estabilizador com ngulo de incidncia varivel, permite uma melhor flexibilidade do CG.
Porm, antes da decolagem o piloto deve ajustar o estabilizador de acordo com o
balanceamento. Durante o vo o piloto automtico far as correes para as variaes de
CG.
Esta apostila visa a apresentao de alguns conhecimentos bsicos operacionais da
performance de aeronaves a jato, ou seja, como calcular velocidades, potncia e dimenso de
pistas para decolagem e pouso; Calcular velocidades, autonomia e desempenho do vo de
cruzeiro alm de clculos de peso e balanceamento de aeronaves comerciais a jato. Dois
avies sero usados como exemplos bsicos:
1. DEFINIES
1.1 VELOCIDADES
A sustentao produzida pelas asas varia com a velocidade do avio. Quanto mais rpido ele
voar, mais sustentao ser produzida. Portanto, o estudo de velocidades de extrema
importncia na performance das aeronaves.
sabido que a fora de sustentao diretamente proporcional a densidade do ar e
inversamente ao aumento da altitude. Ento a aeronave tem que compensar este problema
com uma velocidade aerodinmica maior. Por definio,teremos:
Vi a velocidade do ar indicada sem considerar o erro de posio. Inclui as correes de
compressibilidade adiabtica ao nvel do mar na calibrao do instrumento.
VI a velocidade do ar indicada, corrigida por um erro de instalao do instrumento.
Conhecida na prtica com IAS (Indicated Airspeed), relacionada Vi pela
seguinte expresso:
Vi . Onde a Vi a correo para o erro de instalao do instrumento.
VI = Vi +
Em aeronaves modernas podemos desprezar Vi, ou seja VI=Vi
Vc a velocidade calibrada, e igual a velocidade indicada corrigida para erro de posio.
Sua abreviao CAS (Calibrated Air Speed), e a equao que relaciona Vc e VI :
Vc = VI +
Vp.
Onde Vp a correo para erro de posio.
Ve a velocidade equivalente e igual velocidade indicada corrigida por erro de posio,
de instrumento, e para compressibilidade adiabtica numa certa altitude. Tambm
conhecida com EAS (Equivalent Air Speed) sua relao com a Vc :
Ve = Vc Vc. Onde a Vc a correo para erro de compressibilidade.
Notar que
Vc inferior zero, ou seja, nas grandes altitudes e velocidades, a indicao do
velocmetro sempre superior velocidade equivalente, devido aos erros causados pela
compressibilidade.
Va a velocidade verdadeira do ar TAS (True Air Speed).
relacionada a Ve da seguinte forma:
Va = Ve x I . Onde o a razo da densidade P/Po.
VGS a velocidade de uma aeronave tomada em relao ao solo.
Performance, Peso e Balanceamento
VLE (Landing Gear Extended Speed): Mxima velocidade permitida com os trens de pouso
entendidos.
VRA/MRA (ROUGH AIR SPEED) : Velocidade recomendada para voar em turbulncia.
Hoje em dia, a velocidade recomendada conhecida como Air Turbulent Penetration Speed.
1.2 TEMPERATURA
A temperatura um dos parmetros bsicos usados para estabelecer os dados de
performance de uma aeronave, sendo empregada na determinao dos pesos mximos de
decolagem, clculos de Va`s, trao dos motores,consumo de combustvel, alcance, etc. Em
condies estticas, a temperatura relativamente fcil de ser medida, usando um
termmetro comum. Entretanto, a temperatura do ar em vo afetada pela compresso
adiabtica, do fluxo de ar em torno da aeronave. Esta compresso resulta em um aumento de
temperatura comumente chamado de Ram Rise. Este aquecimento, devido a compresso
adiabtica, pode ser calculado matematicamente como uma funo do n MACH com o auxilio
de um computador de vo.
Como o ram rise proporcional ao quadrado do nmero de Mach, ele pode acarretar
problemas de creep nas estruturas dos avies supersnicos e hipersnicos. O nariz do
Concorde, por exemplo, voando a Mach 2, altitude de 50000 ps, pode atingir at 127C de
temperatura, o que corresponde a um ram rise de 127-(-56,5) = 183,5. Quando a
temperatura ultrapassa esse limite, o piloto dever reduzir a velocidade.
Teremos ento as seguintes temperaturas:
1.3 ALTITUDES
2. DECOLAGEM
A decolagem pode ser decomposta em duas partes distintas:
A decolagem propriamente dita, que vai.do brake release at o avio atingir.35 ps de altura
sobre a pista, e a trajetria de decolagem, que comea a 35 ps e termina quando o avio
atinge um mnimo de 1500 ps de altura em relao pista, ou na altitude na qual a transio
da configurao de decolagem para a configurao de rota for completa (utiliza-se a altitude
que for maior).
2.1 Velocidades na decolagem
VMCG-(Velocidade Mnima de Controle no solo} - aquela velocidade calibrada,
desenvolvida no solo durante a corrida de uma decolagem, que possibilita a recuperao e a
manuteno dos controles aerodinmicos primrios aps a falha repentina do motor critico,
quando o restante dos motores estiverem ainda com a potencia de decolagem.
O FAR 25 define na seo 25.149(e) os requisitos para o ensaio de demonstrao da VMCG:
A figura 2 mostra as foras envolvidas na assimetria de trao que ocorre quando o motor
torna-se inoperante.
Vmbe A VMBE - Maximum Brake Energy Speed - a velocidade mxima suportada pelos
conjuntos de freio, caso seja necessrio interromper a decolagem. Para entender como a
VMBE definida, alguns conceitos so necessrios.
Energia Cintica
Energia Cintica a energia acumulada por um corpo em razo de estar em movimento.
Quando um corpo est parado, sua energia cintica zero. To logo esse corpo entre em
movimento, sua energia cintica aumenta, na razo da equao
onde:
Ec - energia cintica
m - massa do corpo
v - velocidade de deslocamento do corpo
Sendo assim, durante a decolagem, a energia cintica de uma aeronave aumenta de forma
proporcional ao quadrado da velocidade, chegando a valores muito grandes quando em altas
velocidades. Por exemplo, uma aeronave decolando com peso de 180 toneladas e numa
velocidade de 150kts, tem energia cintica igual a 1,389 x 10^7 J.
Pela Lei de Conservao de Energia, a energia em um corpo no pode ser destruida,
podendo apenas mudar de forma. Sendo assim, para parar uma aeronave em movimento, a
energia cintica acumulada precisa ser transformada em outro tipo de energia. Os conjuntos
de freios so responsveis por converter energia cintica em energia trmica.
Conjuntos de Freio
Os conjuntos de freio das aeronaves so compostos por vrios pares de estatores, que so
partes fixas, presas estrutura dos trens de pouso e rotores, que so partes mveis e giram
juntamente com as rodas. A figura 1 ilustra um conjunto de freio.
10
onde:
c - calor especfico do material do freio (constante especfica)
mh - massa do conjunto de freio (rotores e estatores)
Dt - variao de temperatura do freio
Uma vez que o calor especfico e a massa do conjunto de freio so constantes em uma dada
decolagem, pode-se concluir que a variao (aumento) de temperatura nos conjuntos de freio
aumentam proporcionalmente energia cintica a ser transformada e, ento, aumenta com o
quadrado da velocidade.
Por isso, em abortagens de alta velocidade, a temperatura dos freios chega a valores muito
elevados e, em casos extremos, ocorre incndio e destruio dos conjuntos, fazendo a
aeronave perder sua capacidade de frenagem. A VMBE garante que isso no ocorrer e a
aeronave ir parar de forma segura.
Uma vez que o DELTA t no pode ser maior que a diferena entre a temperatura do freio
antes do incio da frenagem e a temperatura mxima suportada pelo conjunto, quanto maior a
temperatura ambiente, menor a quantidade de energia que o freio pode dissipar pois o DELTA
t ser menor.
Demonstrao da VMBE
O FAR 25.735(f) requer que sejam realizados testes em dinammetros e em voo para
demosntrar:
1.
A capacidade de absoro de energia do sistema de freio seja igual ou superior a
energia cintica de uma aeronave num pouso com peso mximo, considerando-se toda a
faixa de desgaste dos conjuntos de freio (desde um freio novo at o mximo desgaste
permitido para uso). Nesse ensaio, a desacelerao mdia no pode ser inferior a 10 fps2 .
2.
A capacidade de absoro de energia do sistema de freio seja igual ou superior a
energia cintica de uma aeronave em uma decolagem rejeitada no peso mximo,
considerando-se toda a faixa de desgaste dos conjuntos de freio. A desacelerao mnima
de fps2 .
3.
A capacidade de absoro de energia na condio de pouso mais severa, ou seja, na
combinao de peso e velocidade que resulte na maior energia cintica.
Nos testes com aeronaves, deve ainda ser demosntrado que, aps a parada total da
aeronave e aplicao do freio de estacionamento, no deve surgir nenhuma condio de fogo
nos freios, rodas ou pneus que possa prejudicar uma evacuao segura e completa da
aeronave por, pelo menos, 5 minutos.
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At 1988, os testes com aeronaves podiam ser feitos com conjuntos de freios novos. Aps a
ocorrncia de em acidente com um DC-10, onde 8 dos 10 conjuntos de freio estavam dentro
do desgaste limite e no suportaram uma rejeio de decolagem, o FAR 25 passou a exigir
que os testes sejam realizados com freios 90% desgastados.
Aps a determinao da mxima energia cintica suportada pelos freios na decolagem,
determina-se a VMBE, que deve ser analisada em todas as decolagens. A VMBE estabelece
um limite mximo para a V1 e, consequentemente, para o peso mximo de decolagem, como
ser visto mais a frente.
Normalmente, a VMBE apresenta-se como limitante em pistas com grande elevao, altas
temperaturas e utilizao de pouco flap / slat para decolagem, pois essas decolagens tm
velocidades altas e, por isso, muita energia cintica.
Vr (Rotation Speed): Somente considerar nos avies a jato (nos turbo-hlices a Vr quase
igual a V2). Velocidade na qual o piloto inicia a rotao do avio, ou seja, o levantamento da
roda do nariz, com as rodas de trem de pouso principal ainda na pista, isto permite obter o
mximo rendimento do comprimento da pista a ser percorrido; Se o nariz for levantado antes,
a corrida de decolagem ser aumentada devido ao aumento do arrasto induzido, e se for
levantado aps a Vr, dever prejudicar a performance de decolagem em relao aos
segmentos. A Vr no poder ser:
a)
b)
c)
Menor que a V1 .
Menor que 1.05 Vmca.
Menor que a Vmu.
Vmu (Minimum Unstick Speed): Mnima velocidade com manche livre; De acordo com a
definio do FAR 25.107(d), a VMU a menor velocidade que permite aeronave deixar o
solo com segurana e prosseguir na decolagem. A VMU deve ser determinada em ensaios
realizados pelo fabricante, na faixa de relaes peso - potncia que deseja-se certificar a
aeronave, isto , nas diversas combinaes de peso e trao de decolagens possveis para a
aeronave.
Para determinar a VMU, durante a certificao, so feitas decolagens onde o piloto aplica
potncia de decolagem e segura o manche na posio totalmente cabrado desde o incio da
corrida. To logo a velocidade da aeronave permita que a asa produza a sustentao mnima
necessria para voar, a aeronave sai do solo e, no instante em que a ltima roda perde
contato com o solo, registrada a VMU. A figura 1 ilustra um ensaio de VMU.
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possvel manter o controle da aeronave em voo reto, com inclinao mxima de cinco graus
para o lado do motor operante. A figura 1 ilustra a condio de demonstrao de VMCA.
ultrapassada, o que no permitido. Isto acarreta algumas vezes limitao de peso mximo
de decolagem.Normalmente nos manuais de operaes existem grficos ou tabelas para se
determinar o peso de decolagem limitado pela velocidade mxima dos pneus.
NOTA: Esta velocidade aparece normalmente nos manuais em MPH
(Milhas Terrestres por hora ou Milhas Inglesas ).
V2 velocidade de decolagem e subida (take off climb speed) a velocidade a ser
atingida a 35 ps de altura sobre a pista, e deve ser igual ou maior que 120% da velocidade
de estol na configurao de decolagem e 110% da velocidade mnima de controle no ar
(Vmca). Uma decolagem normal, com todos os motores funcionando, o avio normalmente
sobe com 10 a 15 ns acima de V2 nos primeiros segmentos de decolagem.
VR
V1
VMCG
V2
VMU
VLOF
35 ft
1, 05 VMCA VR
VMIN VI VR
VLOF VMAXITIRE
1,1 VMCA V2
1,2 VS1 V2
V1 VMBE
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2.2.1 Limitaes:
A performance de uma aeronave na decolagem depende de diversos fatores. Os principais
so:
A) Peso Total do Avio
Quanto mais pesado estiver, maior ser a distncia de decolagem e maior a velocidade
necessria para tirar o avio da pista.
B) Densidade do Ar
O conjunto Temperatura / Presso um dos fatores mais importante, pois faz variar a
densidade do ar que entra nos clculos de trao do motor e sustentao. Neste caso deve
ser levado em considerao sempre que se calcular o peso mximo para decolagem, a
temperatura e a elevao do aeroporto corrigido pelo QNH (Altitude de Presso).
C) Influncia do Vento
A influencia do vento na decolagem se reflete na velocidade que o avio atinge no solo
(Velocidade Resultante) para adquirir a velocidade indicada necessria para decolagem.
O vento de proa permite que se aumente o peso de decolagem de um avio . Como o vento
(positivo) aumenta a velocidade em relao ao ar (TAS) para o mesmo comprimento de pista
(efetivo), o ganho em retificao permite ento um melhoramento de performance.
Com vento de cauda a situao invertida fazendo com que o peso mximo de decolagem
seja reduzido.
D) Efeito do Gradiente de Pista (SLOPE)
O Gradiente de pista a variao de altitude entre cabeceiras em relao ao comprimento
total da pista. Geralmente expresso em porcentagem considerado a relao entre altitude e
distncia horizontal. Quando o gradiente ascendente (UPHILL) representado pelo sinal
(+).O contrario (-) para descendente (DOWNHILL).
O efeito do Slope descendente(-) influi na capacidade de acelerao da aeronave e
consequentemente a distncia de decolagem pode se tornar um inconveniente numa
interrupo de decolagem.
O FAA no permite decolagens de aeronaves comerciais a reao em pista com SLOP
superior a +2% e inferior a 2%.
O gradiente (+) produz um comprimento retificado menor da pista e o gradiente (-) produz um
comprimento retificado maior da pista.
E) Influncia do Flap na Decolagem
Os Flaps fazem aumentar o efeito de sustentao como tambm o do arrasto, aumentando a
rea da asa. Isto faz com que o comprimento da pista necessria para a corrida de
decolagem seja reduzido, o que permite um aumento do peso mximo de decolagem (PMD)
para um mesmo comprimento de pista.
Quanto maior for a incidncia dos Flapes, maior ser tambm o arrasto, o que prejudica a
capacidade de subida( Vide 2 Segmento).
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F) Condies da Pista
As distncias para decolagens e pouso nos manuais de operao de vo esto baseadas na
condies da superfcie das pistas, ou seja, rgida e resistente, lisa e seca, caso contrrio, a
performance da aeronave ser deteriorada devido ao atrito, arrasto, etc.
G) Condies da Aeronave
Sistemas diversos em operao ou no, afetam sensivelmente o desempenho da aeronave.
Sangria do ar do motor para atender as necessidades do Ar Condicionado, Pressurizao,
Anti Gelo, etc., reduzem a potncia dos motores, conseqentemente reduzem o mximo peso
de decolagem.
O sistema de frenagem computadorizada (ANTI-SKID) que evita o bloqueio da rodas, Sistema
Hidrulico que atua nas principais superfcies de controles, condies de freio, e outras
coisas operando com deficincia fazem com que o peso mximo da decolagem seja reduzido.
H) Formao de Gelo na Asas
O gelo faz com que as caractersticas da asa sejam modificadas, podendo causar perda de
sustentao, aumento de arrasto, aumento de velocidade de Stall e tendncias indesejveis
na atitude da aeronave.
I) Obstculos
Nos manuais de performance existem grficos que determinam o peso mximo de decolagem
considerando obstculos prximos ou afastados da cabeceira da pista.
A exigncia destes obstculos deteriora a trajetria do vo, isto faz com que o comprimento
da pista necessrio para a corrida aumente ou diminua de acordo com a performance da
aeronave.
2.2.2 Calculo de V1, Vr e V2.
As tabelas a sequir, mostram como so determinadas as velocidades V1, Vr e V2 para o Lear
Jet 35, para o Boeing 767 e um exemplo para o 737-300.
16
17
18
19
Exemplo:
Boeing 737-300 CFM56-3
Origem SBBH Temp. 25C
Destino SBSV Temp. 30C
Destino SBSV
Peso Bsico
Fuel
Carga Paga
Txi
2716ft.
0064ft.
FUEL
3182
TIME
0120
526NM
34,057Kg
9304Kg
8000Kg +
51,361Kg
00200 51,161Kg Peso planejado de decolagem
20
VMCG = 107 kt
21
22
D) Clearway
Uma Clearway uma rea da pista, com uma largura de 500 ps, centrada com o eixo da
pista, e sob o controle das autoridades aeroporturias. expressa em termos de uma rea
livre plana, extendendo-se do final da pista com um gradiente no superior a 1,25% e sem
obstculos , exceto as luzes da cabeceira da pista com altura no final da pista at 26
polegadas e localizadas somente de cada lado da pista.
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F) Stopway
uma rea ao longo da pista, com largura no inferior a da prpria pista, centrada com seu
eixo, e designada por autoridades aeroporturias para uso em caso de desacelerao e
parada da aeronave numa decolagem interrompida. Para ser considerada, a Stopway, deve
ser capaz de suportar o peso da aeronave durante a abortagem de uma decolagem sem
induzir a um dano estrutural.
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Exemplos do clculo
Exemplo 1
A pista de decolagem tem nem um stopway nem um clearway, e os pontos iniciais so ficados
situados nas extremidades da pista de decolagem.
Todos os quatro declararam distncias tm conseqentemente o mesmo valor.
Exemplo 2
A pista de decolagem tem somente um clearway
O TODA inclui conseqentemente o clearway.
Exemplo 3
A pista de decolagem tem somente um stopway.
O ASDA inclui conseqentemente o stopway .
Exemplo 4
A pista de decolagem tem um ponto inicial deslocado em cada extremidade.
O LDA no inclui essa parte da pista de decolagem que so na frente do ponto inicial
deslocado (e que chamada o deslocamento).
Exemplo 5
A pista de decolagem tem um ponto inicial deslocado, um stopway e um clearway.
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G) Pista Balanceada
Uma pista balanceada quando o comprimento para parar a aeronave, aps uma falha de
motor antes da V1, igual ao comprimento horizontal ao longo da pista utilizado para acelerar
a aeronave e continuar a decolagem com falha de motor aps a V1, ou seja, TOD=ASD
TOD
BR
ASD
Quando a V1 selecionada de forma que a ASD fique igual TOD , o comprimento de pista
resultante da operao Engine-out chamado de Balanced Field Lenght. Adicionalmente
aos requisitos acima, que utilizam somente o comprimento da pista ou espao sobre a
mesma, podem incluir a utilizao de Clearway ou Stopway.
26
27
(MPa)
Mn. Kg)
A319100
A330300
AN-225
69.000
38.200
226.400
169.700
588.400
450.000
B71753977
200
30618
B73769.000
700
37.000
B747390500
400
180000
B777294500
300
160000
ERJ-145 21700
11000
1,07
1,42
1,13
1.13
1,39
1,38
1,48
0,90
37
18
54
39
45
30
34
17
43
21
54
20
54
27
14
6
40
20
62
43
61
39
36
18
46
22
65
23
69
28
15
7
42
21
74
50
89
55
38
20
48
23
77
27
89
35
15
7
45
23
86
58
125
75
39
20
50
24
88
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109
43
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7
35
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62
44
63
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30
16
38
18
59
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12
5
36
18
68
47
75
48
32
16
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66
24
76
32
13
6
40
20
79
53
95
62
36
18
44
20
82
27
97
38
15
6
46
23
107
70
132
88
39
21
49
23
105
35
129
53
16
7
Seu uso simples. Escolha a aeronave a se utilizar e siga em linha reta at o Tipo de
Pavimento com a relativa Categoria da Camada de Sub-Ieito. Os dois nmeros encontrados
representam os ACN's da aeronave com peso mximo - MTWA [Maximum Total Weight
Authorized, ou Peso Mximo Total Autorizado, normalmente o Peso Mximo de Rampa
(MRW), que o Peso Mximo de Decolagem (MTOW) somado com o Combustvel para o
Taxi (TXF)] - e mnimo [Peso Bsico Operacional (BOW)]. Deve-se agora fazer a interpolao
para que o ACN Real da aeronave seja obtido. Para isso, pode-se usara frmula abaixo:
ACN = ACNmx - (Peso Mximo - Peso Real) (ACNmx - ACN mn)
(Peso Mximo - Peso Mnimo)
Por exemplo, qual o ACN de um B717-200 com um peso de 48000kg e presso de pneus
de 164psi, utilizando a pista 09Lj27R de Guarulhos (asfalto e categoria de resistncia de subIeito mdia)?
Performance, Peso e Balanceamento
28
1 2
1 - Tipo de Pavimento:
R = Rgido (Concreto)
3 4
F = Flexvel (Asfalto)
29
PCN
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
A
32300
34050
35800
37550
39300
41300
43050
44800
46550
48300
50050
51800
53550
55300
57050
59000
60750
62500
64250
FLEXIBLE
B
C
31800
33400
35000
36600
38200
40000
41600
43200
44800
46400
48000
49600
51200
52800
54400
56300
57900
59500
61100
62700
64300
31600
33000
34400
35800
37200
38600
40000
41400
42800
44200
45600
47000
48400
49800
51300
52700
54100
55500
56900
58300
59700
61100
62500
63900
31100
32400
33700
35000
36300
37600
38900
40200
41500
42800
44100
45400
47000
48300
49600
50900
52200
53500
54800
56100
57400
58700
60000
61300
62600
A
32200
33700
35200
36700
38200
39700
41200
42700
44200
45700
47200
48700
50200
51600
53100
54600
56100
57600
59100
60600
62100
63600
RIGID
B
C
32450
33850
35250
36650
38050
39450
40850
42250
43650
45050
46450
47850
49500
50900
52300
53700
55100
56500
57900
59300
60700
62100
63500
32200
33550
34900
36250
37600
38950
40300
41650
43000
44350
45700
47200
48550
49900
51250
52600
53950
55300
56650
58000
59350
60700
62050
63400
32200
33540
34880
36220
37560
38900
40240
41580
42920
44260
45600
46940
48280
49620
50960
52300
53640
54980
56320
57660
59000
60340
61680
PCN
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
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30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
Esta tabela foi preparada a partir dos dados dos grficos de pavement loading do manual da
Boeing para possibilitar uma consulta mais rpida.
Exemplos :
1)
30
acelerao da fora de trao, fazendo com que o ponto de deciso (V1) se desloque para
alm da metade da pista mnima de decolagem.
Os recursos para interromper uma decolagem so os mesmos usados para parar o avio
aps o pouso. .Os principais mais usados na aviao civil, so os seguintes:
*Freios das rodas - este o principal e mais eficiente recurso;
*Spoilers - os avies de grande porte dispem deste recurso,que atua de duas maneiras:
- como freio aerodinmico para reduzir a velocidade em vo e
- na funo de quebrar a sustentao aps o pouso, a fim de que os freios possam atuar com
maior eficincia;
*Reversveis Tanto os jatos como os turbohlices esto equipados com este dispositivo,
que permite usar a trao dos motores como um freio aerodinmico para ajudar a desacelerar
o avio aps o pouso.
Outros recursos mais usados na aviao militar so os drag-chute (paraquedas) e um sistema
chamado de arresting gear, o qual consiste de um cabo que apanhado por uma espcie de
gancho no avio, fazendo-o parar em caso de atingir o fim da pista. Este sistema
basicamente o mesmo utilizado nos navios porta-avies.
Na certificao oficial dos avies civis o efeito dos reversveis geralmente no considerado
para o cmputo da distncia de parada numa interrupo de decolagem.
31
32
33
34
1 Segmento
Inicia-se aps ter sido atingida a velocidade V2 a 35 ps de altura. Neste segmento
efetuado
o recolhimento do trem de pouso. Ele termina quando o trem estiver totalmente recolhido. Os
gradientes exigidos para este segmento so pequenos devido ao arrasto do trem de pouso.
Definies do 1 Segmento:
Dentro deste segmento a aeronave poder estar operando nas seguintes condies:
A) um motor inoperante;
B) demais motores com potncia de decolagem;
C) trem de pouso recolhendo;
D) flap em posio de decolagem;
E) velocidade - mantendo a V2;
F)gradiente - aeronave de 04 reatores = 0,5%
aeronave de 03 reatores = 0,3%
aeronave de 02 reatores = no mnimo positivo
2 Segmento
Inicia-se logo aps o total recolhimento do trem de pouso. Este o segmento o mais
restrito, pois exige altos gradientes de subida para poder ganhar altura mais rapidamente e
livrar os obstculos. Termina quando a aeronave atinge no mnimo 400 ps de altura sobre o
nvel da pista.
Definies do 2 Segmento
A) um motor inoperante;
B) demais motores em potncia de decolagem;
C) trem de pouso recolhido;
D) flap na posio de decolagem;
E) velocidade - V2;
F) gradiente mnimo - aeronave de 04 reatores: 3%
aeronave de 03 reatores: 2,7%
aeronave de 02 reatores: 2,4%
3 Segmento
Inicia-se a no mnimo a 400 ps sobre o nvel da pista. Este segmento horizontal, pois no
mesmo efetuada a acelerao da aeronave e o recolhimento dos flaps. Por ser um
segmento com gradiente nulo, ou seja 0%, uma trao extra aplicada na acelerao da
aeronave, porm, em alguns casos em que a aeronave estiver leve, ela poder atingir
velocidades acima da mxima permitida com os flaps abaixados (Vide Flap placard speed),
sendo necessrio continuar a subida para evitar danos estruturais nos flaps. Este segmento
termina aps o recolhimento total do flap ou aps a aeronave ter atingido 1,25 VS, o que
ocorrer por ltimo.
Definies do 3 Segmento
A) um motor inoperante;
B) demais motores em potncia de decolagem;
C) trem de pouso recolhido;
Performance, Peso e Balanceamento
35
D) flap recolhendo;
E) velocidade - acelerando de V2 para 1,25 VS;
F) gradiente nulo -0%
Segmento Final:
Inicia-se a partir do ponto onde a configurao for atingida. Neste ponto o avio atinge
normalmente o limite de uso da potncia de decolagem (5 minutos para motores a reao) e
passa a utilizar a potncia mxima contnua (MCT - Maximum Continuous Thrust). Termina a
no mnimo 1500 ps acima do nvel da pista.
Definies do Segmento Final:
A) um motor inoperante;
B) demais motores em potncia mxima contnua;
C) trem de pouso recolhido;
D) flap recolhido;
E) velocidade - no mnimo 1,25 VS;
F) gradiente mnimo - aeronave de 04 reatores: 1,7%
aeronave de 03 reatores: 1,5%
aeronave de 02 reatores: 1,2%
36
37
38
2.6 Subida
A subida influi muito no consumo de combustvel e no alcance da aeronave. Como aps a
decolagem o avio ainda est voando na densa atmosfera das baixas altitudes e geralmente
ainda muito pesado, o consumo de combustvel ser extremo. Normalmente a subida a fase
do vo onde h o maior consumo de combustvel. Por isso mesmo que pequenas mudanas
na razo de subida ou na velocidade podem fazer uma grande diferena.
Com uma mesma potncia possvel se subir mais rpido, porm com menor velocidade, e
vice-e-versa. Com uma maior potncia pode-se subir mais rpido e mais veloz, porm nem
sempre o aumento no consumo de combustvel ser vivel para esta operao.
ERJ-145
39
Time: 19min
Fuel: 1500kg
Distance: 116NM
TAS: 400
40
3. VO DE CRUZEIRO
Alcance Especfico
Mx. Alcance
Longo Alcance
Mx. Autonomia
Fluxo de Combustvel
Velocidade
41
42
As tabelas a sequir, mostram o Normal Cruise e o Long Range Cruise para o Lear Jet 35A e o
Long Range Cruise para o Boeing 767.
ECONOMIZANDO COMBUSTVEL
Aerodinmica
Acmulo de sujeira
Portas, janelas, painis e rebites desalinhados ou com salincias
Vazamento de vedaes
Rugosidade da superfcie e da tinta
Superfcies desalinhadas (em especial superfcies de controle)
Folgas e reparos mal-feitos na superfcie da aeronave
43
44
Time: 38 min
Fuel: 1412kg
Distance: 304NM
45
46
5. AFUNDAMENTO - DRIFTDOWN
Caso ocorra a perda de um ou dois motores, o avio normalmente no ter capacidade de
manter a altitude de cruzeiro, apesar da possibilidade de se empregar o regime de potncia
mxima contnua nos motores restantes. A velocidade escolhida para a descida deve
assegurar:
a)
Maior L/D
b)
Trajetoria Lquida - 2000ft acima do maior obstculo e 8 Km afastamento
c)
Chegada 1500ft da pista + 30 min de reserva
d)
Alcance suficiente
Os regulamentos determinam que nesses casos a trajetria liquida ultrapasse em pelo menos
600 m (2.000 ps) os obstculos que estejam a 8 Km de cada lado da trajetria prevista .Esta
trajetria obtida da seguinte forma:
Determina-se o gradiente bruto e subtrai-se o valor tirado da tabela abaixo, obtendo-se o
gradiente lquido. A trajetria lquida pode ser estabelecida a partir deste gradiente.
Motores parados
Motores
4
3
2
1
1.6%
1,4%
1,1%
2
0.5%
0,3%
47
48
49
50
6. DESCIDA
A determinao das velocidades de descida so estabelecidas por critrios puramente
econmicos e so influenciadas pelo peso, vento, levando-se em considerao o conforto dos
passageiros e a pressurizao da cabine.
Usualmente determina-se uma velocidade de descida de 20 a 30 kt maior que a velocidade de
descida de custo mnimo. A velocidade econmica de descida definida comparando-se
custos e consumo em diferentes velocidades.
Normalmente especifica-se trs perfis de descida em idle power (acelerao mnima), A, B e
C onde o perfil A ter velocidade no arrasto mnimo at C na VMO. O perfil A ser o de
maior economia e o perfil C, o de menor tempo de vo. A velocidade econmica cerca de
20 a 40 kt acima da velocidade de arrasto mnimo, enquanto a velocidade para consumo
mnimo cerca de 10 kt acima da velocidade de arrasto mnimo.E uma vez feita a seleo de
velocidades, ela poder ser corrigida caso haja a ocorrncia de ventos. Para o planejamento e
execuo de descidas, isto significa que no caso de ventos no previstos, ela deve ser
iniciada um pouco mais tarde, corrigindo-se o perfil de descida atravs de mudanas de
velocidade. Isto evitaria a situao adversa de retornar ao perfil previsto atravs de aumento
de potncia do motor.
51
7. POUSO
7.1 Generalidades
O desempenho de um avio na operao de pouso tem muitos fatores em comum com a
operao de decolagem, ou seja, o peso do avio, a densidade do ar, o arrasto total, o atrito
com o solo, o vento e o gradiente da pista influenciam na distncia de pouso.
Os fatores que influenciam especificamente na distncia de pouso so os recursos de
frenagem do avio, sendo o principalmente os freios das rodas e, nos avies mais modernos,
teremos tambm os reversveis e os spoilers.
Um fator que comum s duas manobras, mas que na distncia de pouso extremamente
importante, so as condies de atrito da pista; uma pista contaminada por gua, neve, gelo,
etc. pode ocasionar um pouso to longo que o piloto no consegue parar o avio no
comprimento existente de pista.
7.2 Ao dos Reversveis
O efeito dos reversveis no pouso mais acentuado nas velocidades mais altas, logo aps o
pouso, diminuindo gradativamente com a velocidade. Da a importncia de serem acionados o
mais cedo possvel aps o toque das rodas no solo.
Com pista seca, a ao combinada dos freios com os spoilers o recurso de desacelerao
mais eficiente; nesta situao, o efeito do reversvel representa uma percentagem pequena na
desacelerao.
Em pistas contaminadas, onde o coeficiente de atrito fica reduzido, o efeito de frenagem do
reversvel passa a ser o principal recurso de desacelerao do avio.
7.3 Fatores que Afetam a Distncia de Pouso
Os principais fatores que influem na distncia que o avio necessita para pousar so:
* Velocidade no cruzamento da cabeceira da pista
* Altura sobre a mesma
* Angulo da trajetria de aproximao
* Peso do avio
* Capacidade de desacelerao
* Vento
* Gradiente da pista
* Altitude do aeroporto ou densidade do ar
* Condies de atrito do piso da pista
52
53
Em condies normais com uma pista molhada , teremos ento que a distancia requerida
para pouso igual a 115% da distancia demonstrada para pouso em pista seca.
7.6 Mximo Peso de Pouso limitado pela Energia dos freios (Brake Energy)
Considerando uma ao de frenagem completa, que os spoilers so totalmente estendidos e
reversveis no aplicados, os freios podem produzir energia trmica suficiente para permitir
que o fusvel derreta depois de um certo perodo. Isto naturalmente, ocorre sob condies
extremamente desfavorveis (Peso alto de pouso, elevao do aeroporto, temperatura alta do
ar ambiente, pouco flap e declive acentuado na pista). Decolagem imediata sem dar o tempo
necessrio para o resfriamento dos freios, poderia causar dificuldades posteriormente. O
tempo de permanncia no solo e a temperatura nos freios para evitar que os fusveis
derretem, podem ser obtidas nos manuais de vo publicados pelo fabricante.
7.7 Pousos com Pesos acima do Estrutural
Razes tcnicas podem forar o retorno de um vo, necessitando assim, alijamento de
combustvel para evitar pousos acima do estrutural. Considerando os aspectos da falta de
combustvel, e os pontos de vista ecolgicos, pousos acima do estrutural, podem ser
autorizados pelas autoridades competentes sob certas condies, desde que no apresente
nenhum risco na segurana da aeronave e seus ocupantes, caso contrario, o combustvel
dever ser alijado. Planejar um vo com pouso acima do estrutural, no permitido.
Os seguintes aspectos devem ser levados em considerao para um pouso acima do
estrutural.
a)Flap placard speeds
Um pouso com excesso de peso permite configurao de flap normal para pouso. J que
aerodinamicamente as cargas nos flaps so em funo de velocidade e independentes do
peso. No possvel que as velocidades sejam inferiores das que constam nos PLACARD
SPEED. Os esforos adicionais sobre a estrutura da asa devido a pesos maiores no pouso
podem ser reduzidos limitando as curvas um ngulo de 30 graus, assim sendo reduz a fator
G.
b) Distancia requerida para Pouso com Peso acima do Estrutural
Para um pouso com um peso acima do estrutural, a distancia de pouso requerida (seca ou
molhada) deve ser levada em considerao.
c) Inspeo aps Pouso
Se um pouso for efetuado com peso acima do estrutural, necessrio a inspeo de acordo
com os manuais de manuteno, independente, da suavidade do toque da aeronave.
Os grficos a seguir, mostram como determinada a distncia de pouso para o Boeing e
Lear Jet 35, alem das velocidades de aproximao e Vref:
54
Peso planejado de
pouso: 49.685Kg
Velocidade: 131Kts para
flaps 40
55
56
57
8. PESO E BALANCEAMENTO
Para garantir condies de vo, um balanceamento adequado das cargas permite que o CG
fique nos limites de posicionamento determinados pelo fabricante. Por este motivo, para cada
decolagem obrigatria a determinao da posio do CG .
Nas aeronaves atuais, o estabilizador horizontal tem sua posio para decolagem
determinada em funo do CG . Por esta razo necessrio que o comandante da aeronave
tenha ou calcule posio correta do CG.
Um mau balanceamento pode trazer srios problemas, no s na decolagem como tambm
durante o vo, como, atitude anormal , vo desnivelado, maior consumo de combustvel,
velocidade abaixo da prevista, comandos restritos do profundor , pouso difcil, mudana da
velocidade de estol, etc.
A posio ideal aquela em que o avio pode operar mais eficientemente. O melhor
balanceamento para vo de cruzeiro aquele em qu o avio pode voar uma maior distncia
para o combustvel transportado, obtendo um melhor rendimento
Um bom balanceamento obtido com uma distribuio de carga planejada e consciente. As
cargas concentradas, localizadas prximo asa, podem ser balanceadas por cargas mais
leves, posicionadas em direo ao nariz ou cauda da aeronave.
8.1 Pesos
Definies de peso:
A) Peso bsico PB , Basic weight - WB
Situao em que a aeronave pesada para clculos de peso e balanceamento. informado
pelo fabricante da aeronave.
58
59
K) Peso mximo zero combustvel PMZC , Maximun zero fuel weight - MZFW
um limite estrutural em funo da resistncia da asa. Com avio em voo, as asas sofrem
esforo de baixo para cima (sustentao) e a fuselagem, com seu peso, produz sempre uma
fora para baixo. Esta fora tem que ser limitada para que a asa no se quebre.
60
8.2 Balanceamento
A teoria de. Peso e Balanceamento baseada no Princpio da balana de onde se origina o
termo balanceamento. O trabalho de quem utiliza uma balana equilibr-la. No
balanceamento de uma aeronave o trabalho no diferente.
Pode-se afirmar que estando pesos iguais a uma mesma distncia do ponto de apoio, a
gangorra est equilibrada. Esta distncia do ponto de aplicao do peso ao ponto de apoio
recebe o nome de BRAO.
Qualquer peso aplicado em qualquer ponto desta gangorra, diferente do ponto de apoio, gera
uma fora que a movimenta em torno deste. Esta fora recebe o nome de MOMENTO, e seu
valor pode ser determinado com o uso da seguinte frmula: M = P x B, onde:
M=MOMENTO
P=PESO
B = BRAO
Datum Line uma linha vertical da qual todas as medidas horizontais so tomadas.
A datum line pode ser posicionada no bordo de ataque da asa, tangente ao nariz do avio ou
adiante deste, no existindo uma regra quanto sua localizao. Na maioria das aeronaves
localizada frente do nariz. Sua posio determinada pelo fabricante da aeronave.
Performance, Peso e Balanceamento 61
8.5 Clculo do CG
Considera-se a aeronave direita da gangorra e o ponto de apoio coincidindo com a Datum
line . As distncias coincidem assim com as estaes.
A aeronave tem no exemplo, trs pontos de apoio: Um no trem de pouso de nariz e dois nos
trens de pouso principais, cujas posies em estao so conhecidas. Determina-se o peso
em cada ponto com o uso de balanas e calcula-se o CG com a somatria dos momentos.
8.6 Deslocamento do CG
O centro de gravidade de uma aeronave tem sua posio determinada em funo da
distribuio de pesos a bordo como: carga nos pores, material de comissaria , nmero de
tripulantes e passageiros, e muda sempre que algum peso retirado, colocado ou trocado de
posio em relao ao eixo longitudinal da aeronave.
O centro de gravidade pode ser deslocado ao longo de qualquer um dos trs eixos bsicos do
avio. Devido s reduzidas dimenses de largura e altura da fuselagem, no existe muita
variao de posio do CG em torno dos eixos vertical e lateral.
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
Destino SBRF
Reserva de 10%
Alternativo
Espera Alternativo
Mnimo Requerido
Extra
Txi
TOTAL
2715ft.
0033ft.
FUEL
5511
0551
1062
0980
8104
1000
0200
9304
TIME
0230 (estimado)
0020
0025
135NM
0030
0348
0031
878NM
0421
-----------------------------------------------------------------------------Peso Bsico
34,057Kg
Fuel
9304Kg
Carga Paga
8000Kg +
51,361Kg
Txi
00200 51,161Kg
Peso planejado de decolagem: 51,161Kg
Peso planejado de decolagem
51.161Kg
Peso Bsico
34.057Kg
61.461Kg
61.234Kg
51.709Kg
45.650Kg
48.307Kg
14.250Kg
8.000Kg
Portanto teremos:
76
77
CLIMB:
FL350
Time: 19min
Fuel: 1500kg
Distance: 116NM
TAS: 400
78
ENROUTE
Time: 1h 40min
Fuel: 3716kg
Distance: 636NM
Performance, Peso e Balanceamento
79
DESCENT
Time: 23min
Fuel: 295kg
Distance: 111NM
Performance, Peso e Balanceamento
80
81
POUSO
Recife SBRF
Pista: 3007 x 45 ASPH
Vento: 0kt
Condio da pista: seca
Slope: 0
Vref: 131Kts com 40 de flap
82
83