Moura, 1999 - Análise Do Comportamento Do Consumidor
Moura, 1999 - Análise Do Comportamento Do Consumidor
Moura, 1999 - Análise Do Comportamento Do Consumidor
ANALISE DO COMPORTAMENTO
DO CONSUMIDOR
cademo de apoio
Universidade Aberta
1999
L.s.
16106
CUR
,
Compreender 0 Consumidor
9 Nota Introduroria
2. Percep~oes e Irnagens
27 0 Mecanismo da Percep~o
27 A SenJarao
29 A. !merprnariio
3. Atitudes e Preferencias
37 0 Conceito de Atitude
37 A Componente Cognitll'<l
38 A Componente Afectiva
38 A Comf.wnetlle Conaliwl
40 0 l'-lodelo de Rosenberg
40 Mnddo de Fishbein
45 A Mudan~a de Atitude
5
r
5. Identidades S6cio-Dernograficas
59 As Prindpais Variaveis S6cio.Oemograficas
60 A InOuencia das Variaveis S6cio.Oernograficas nas Estrategias de
Marketing
66 Os !\.fewdos Sul~jt)clivos
66 Os Metodas Objecri\'o5
67 {'oUrica de COflfunicofclO
6
75 A /mervellflio do Culrura 00 Nivel dos Valores
77 ESlrategia Global
78 Estralegia Diferenciada
78 Estrategia Adaptativa
78 Decisaes Tac/icas
78 Polflica do ProdulO
78 Politico de Pre<;o
79 POl1rica de Dis!:ribu!qao
8. 0 Processo de Compra
91 A F,colha d. ~lr,;a
. .------. . . . . . . . . . . . . . . . .:.".,.........t.;:. . . . . . . . . . . .. .
¥( "1 1111111 -.
8
NOTA INTRODUTORIA
Este caderno apoia a leitura do livro Compreender 0 Consumidor, de Bernard Dubois, public ado
pela editora Dom Quixote.
No inicio de cada capitulo do caderno de apoio, apresenta-se uma !ista dos objectivos de
aprendizagem correspondentes a materia em estudo. Seguem-se as orienta.yoes para a leitura, onde se
salientam os aspectos mais importantes da materia, oferecendo, quando conveniente. explica<;5es que
complementam 0 Iivro de refcrencia.
9
ORGANIZAC;:AO GERAL DA OBRA
A exposilrao dos diferenles temas apresenlados no caderno de apoio segue a estrutura proposta
pelo livro adoplado. Assim, numa primeira parte, apresentam-se os fadores explicativ()s do
comportamento de compra, analisando-se, inicialmenle. as variaveis pr6pria~ do indivfduo (como
as necessidades, as perceP\roes e as atitudes) para, de seguida, considerar as variaveis relacionadas
com as influencias interpessoais (abordando-se 0 papel dos grupos de referenda e dos Hderes de
opiniao). Por fim, estuda-se 0 impacte destes grupos no quadro geral do contexto s6cio-demognHico,
pondo em relevo as no<;:6es de classe social, de estilo de vida. de cultura e de sistema de valores.
A segunda parte examina a dinamica do acto de comprn, abordando-se 0 proccsso de compra,
a unidade de tomada de decisao e as situa<;:6cs de compra. A obra termina com a apresentacrao e a
analise de dois modelos integradores: 0 modelo de Nicossia e 0 modelo de Howand-Sheth.
Ii
I. OS FACTORES EXPLICATIVOS DO
COMPORTAMENTO DE COMPRA
------------.......................
1. Necessidades, Motiva~oes e Personalidade
Objectivos de Aprendizagem
17
;;~~~iEffi~ 113M;;;; JF4~~~-'c.~i~,:'(,"';£~"if::~"');:·· ~V ,';'%d.,.?m;-" ~1~'!~:f~:??.i'Y¢m1'i',X'f"}i/'~J:"4'<2'~'5h:?'t::i>f!i:j),\·"
18
1.1 A Teoria Microeconomica do Comportamento do Consumidor
L2 0 Metodo de Lancaster
19
.;;:;';;4,;S:;1Nvv" /~ ill.. S# d_ dilL __ HjI12ms'-=;1\"~3!k _p;iJ:}'w'<.~
Uma pessoa motivada e aquela que se esfol1ta por satisfazer uma determinada
necessidade. Estamos, entao, perante uma «fon;;a intema» do indivfduo que
o impulsiona, consciente ou inconscientemente. a agir de modo a que 0
objectivo por ele delineado seja alcanr;ado.
20
11 Stf'
Urn mesmo indivlduo podera ler rendenda a reaglr do mesmo modo faee a
diferentes situa\ioes. As motiva<;:5es expressas nesses momentos sao estliveis
e duniveis, earacterizando 0 individuo de forma permanente. A personali
dade represenla, precisamente, as caraeteristicas duniveis do indivfduo. Ela
e definida como sendo 0 conjunto de respostas coerentes do indivfduo em
rela<;:ao ao seu meio envolvente.
sociavel-tfmido;
dominante..submisso;
amigavel-hostil;
estavcl-nervoso;
cndurecido-sensivel:
serio-frioyolo;
rapido-lento;
tolerante-desconfiado;
maseulino-feminino.
Por sua vez, Eysenk elabora 111ll sistema reduzido a dois tra«os:
Com esta metodologia proeurd-se, acima de tudo. obter dimensOcs uteis que
permitam referenciar os indivfduos. Porem, os resultados sobre as correia
.;:oes entre a personalidade e 0 comportamenlo de compra sao fracos e
inconclusivos. A justificar esta realidade prende-se 0 taclO de ser poueo
coerente tentar expl icar urn comportarnento tao especifico, como e0 caso da
compra de uma marca, a partir de uma no.;:ao tao generica, como e 0 conceito
21
"-ii::"¥.'::,<¢~{'~f~?k~~~::5':U!.·:-~~"-~-~"?:'*.~~~·:i~l';I.~;? ?f!!f,W£ lltRIU 7._
de personaIidade. Para sair deste impasse hayed que, por um lado, adaptar
as baterias de testes ao universo de consumo e, por outro lado, alargar 0
campo dos comportamentos comerciais observados. Efectivamente, a variavel
«personaIldade» esUi multo mais apta a explicar 0 «estilo de compra» de
uma pessoa (trata-se de uma compra impulsiva ou refleetida ?), relativamente
aescolha da marca feita por essa mesma pessoa.
22
2. Percep~oes e Imagens
Objectivos de Aprendizagem
°
• Analisar conceito de imagem e de posicionamento, avaliando as
suas impJicru;:6es nas estrategias das empresas.
I
I
25
2.1 0 Mecanismo da Percep~o
2.1.1 A Sensat;aO
e
A sensas;ao 0 mecanismo fisiologico atraves do qual os nossos orgaos
sensoriais registam e transmitem os estimulos externos.
Por sua vez, os trabalhos consagrados aos Iimiares relativos deram origem
a uma das raras leis psico-ffsicas disponiveis actualmente: a chamada lei de
Weber. Segundo esta lei, a illlensidade adicional de estfmulo necessaria para
provocar uma sensa"ao (LiI) e proporcional it intensidade original do estfrnulo
(f). Matematicamente vem:
Lil
=k
T
em que,
28
2.1.2 A interpretafiio
29
~..: -§ !aJ ~ii- Ll!$f '5Jt~);J~~'-_; ~.{t>i Ui ,Ai Mi"_L%Wl&.3iJJ
d
Ordinarios
i
II
..~ i .G
J:"'ortes
-
qC._J I
.H .
Suaves
• D •
•
E
• F
Elegantc.
30
marcas E e G op6em-se, ja que a marca de cigarros E 6 percepcionada como
e1egante e moderadamente forte, enquanto que a marca G 6 vista como
ordinaria e de gosto suave.
31
3. Atitudes e Preferencias
Objectiv~s de Aprendizagem
•,
35
- - -
Orienta~Oes para a Leitura
!!iii III
-
Na maior parte dos casos, 0 acto de compra resulta, simultaneamente, de
factores intemos («fon;:as» intemas do individuo) e da percep,<ao que 0
consurnidor tem dos esumulos exteriores. A no,.ao de atitude, fazendo
urna sintese destas duas orienta,<oes, vern, ern parte, cornplernentar os
contributos propostos pelas teorias da motiva,.ao e da perceP'<ao.
36
3.1 0 Conceito de Atitude
A atitude que urn indivfduo tern face a urn produto ou a uma marca exprime
a sua predisposi<;ao para avaliar esse produto ou essa marca. A no<;ao de
preferencia reflecte a mesma ideia em rel~o a varios produtos. Se urn
consumidor prefere a marca A relativamente 11 B e porque a sua atitude em
relac;:ao it primeira marca e mais favoravel do que em rela<;ao it segunda.
37
l:';";;·0".·~" ~·':;'\S'R~3fMk::2W4;;:;:at\1;1Ji~~~Y>:;;Z~j~IA~~:;i§:;;i§D.'( tt r ' : 3 d La ~.~-[f$7 UP r ftf."';'.{:t'DClJa II, 22&
3.1.2 A ComponenteA/ectiva
38
3,2 A Forma~ao das Atitudes
I Crcnl;rJs, I
LaSSOCia'iJ=cJ<t__ ,--_co_n_,_um_id_D_'-l
AvalJa.;iio 0J I
m3{C<I
Injen~(je~ jc
compOT1an~,:-n[O
Figura 3.1 -Mecanismo gcral da forma;;3o de- atifUdc sob a 6ptica d05 modclos
expectativa-valor (modclos comp..::nsatonos)_
39
~'! .ISII 2& 52 ; HI." '11 1)11 11 UIZQ,3 ~
o Modelo de Rosenberg
Simbolicameme, 0 modelo de forma<;:iio de atitudes de Rosenberg exprime
-se do seguinte modo:
n
Ao=l,:I;V;
1=1
em que,
Segundo este rnodelo, a atitude final emerge uma vex considerados todos os
criterios de compra (nl delineados pelo consumidor. Assim, urn produto obtera
uma classifica~:lo tanto matS elevada, quanta mais for ao encontro dos seus
valores.
o Modelo de Fishbein
Fishbein sustenta a mesma lese com uma orienta~ao urn pouco diferente.
De acordo com 0 autor, a atitude perante urn objecto explica-se pel a proba
bilidade do objecto possuir uma detenninada caracterfstica, tendo em conta
a aprecia<;:1io {positiva au negativa} do consurnidor em rela<;:iio a essa
caracterfstica. :vlaternaticamente vern:
n
An L-Biai
\;:;:;1
ern que,
40
a, e a importlincia que 0 consumidor atribui a caracteristica i;
41
fil ~iH&®JJ !I'IIht iKEKP3T!,'i;;; ",'§~£.;: :'''~~:~;''-' ,- q;~E:-'-c'1'~'S:i:~"+- ':i' Sg:; "':" ;t1'i<r"1,i;;: ,",_'cci;"?;0'
n
Ao = 2;'iII; - bd
i=1
em que,
42
3.2.2 as Modelos Nilo Compensat6rios
Segundo esta abordagem, uma marca e elirnfnada desde que as exigencias
do consumidor nao sejam satisfeitas para um dos atributos que e considerado
essencial (iSIO e, que caracteriza 0 produto). A este mvel. distinguem-se tres
modelos: (I) 0 modelo conjuntivo, (2) 0 modele disjuntivo e (3) 0 modele
lexicogratico.
43
Quadro 3.2 - Exemplos de modelos de atitude do tipo nao compensat6rio para qualro
marcas de autom6veis (segundo urn inquerito aOs consumidores).
Avalia~ao Media
Robustcz 4 7 2 3
Pre~o 5 2 7 4
Consumo 6 6 5 5
Pondera~ao:
7 = multo s3risfeito quanta 30 desempenho da marca.
1. Modelo Conjuntivo
A marea R e eliminada devido ao seu fraco desempenho quanta ao criteria
«(prec;:oH.
A marea C e eliminada devido ao seu fraco desempenho quanta ao criteria
\([obu:'.tez».
Quer a marea .t\ como a marca Q sao passlveis de serem ~scolhidas, pois
2. Modelo Dijuntivo
Considerando a «robustez» como 0 criterio determiname:
As marcas k e 12 sao eliminadas devido ao~ seus fracos desempenhos
comparativamente aos descmpenhados das rnarcas I! e A.
A mar..:: a 11 c aqueta que deve ser escolhida. nao obstante 0 seu pre¥o devado.
3. Modelo LcxicogI"dfico
Supondo quI!' os crlt~rios sao c1assificados pm ordem de importan.:ia do seguinte
modo:
1- Consumo;
2 - Robu'i~ez;
3 - Pre,,,,
°
Tendo ern coma criteria «rebus-tev), a escolha asse.nla na marca Ii. sendo,
44
3.3 A Mudant;a de Atitude
uma modifica\(ao gradual das tres componentes da atitude (ver quadro 3.1).
,, (componente conativa).
45
Para Sherif, qualquer pessoa tern, face a urn dado tema, uma zona de
aceitaIJiio (as ideias que 0 individuo aceita), urnazona de rejeiIJiio (as ideias
que 0 individuo nlio concorda e rejeita) e uma zona de indiferenIJa (as ideias
sobre as quais 0 individuo nlio tern posi<;lio). Segundo esta teoria, urn
individuo fortemente irnplicado, ao apresentar uma opiniao bern conso
lidada sobre urn detenninado tema, aceitara com dificuldade novas ideias e
rejeitara urn grande nurnero delas; caracteriz.a-se, assim, por possuir uma
zona de aceita;;ao estreita e uma zona de rejeiyao larga. Deste modo, uma
nova mensagem considerada muito proxima das posi,,6es tomadas e
rapidamente assimilada. Pelo contrario, se a nova mcnsagem se desviar da
posi.:;ao inicial do individuo, ela tendera a ser comrastadae, por conseguinte,
rejeitada. Em contrapartida, urn individuo fracamente implicado, com mais
facilidade encontrara urn born mimero de opini6es aceitaveis (zona de
aceita<;ao larga), podendo nem mesmo possuir uma opiniao bern formada
sobre 0 assunto (zona de indiferen,.a larga).
46
-:::f
•
•
•
•
•
Objectivos de Aprendizagem
49
50
4.1 Os Diferentes Tipos de Grupos
Grupos
<
p'imm",
Dimens,5.o
Grupos
Secundarios
<
S"dogt"uJlO'
Finalidade
PSlrogt'UPOS
GRUPOS
Grupos
Estruturn
< Fonnai,
Grupo
Informais
GrujJ'O$ de
ESlatulV
< perten~a
Grupo de
Referenda
51
1:':;; nrn;r I ~ I ,,,,,m %.1" Jill iii
Por outro lado, 0 grupo exerce uma influencia nonnativa, na medida em que
o individuo proclJra 0 reconhecimento do grupo a que pertence. 0 grupo
exerce, entao, uma pressao sobre 0 individuo, de modo a que ele adoptc urn
52
comportamento confonne as normas colectivas. Esta tentativa de estar
em consonancia com 0 grupo explica 0 comportamento de consumo, par
ticularmente no casu do produto/marca possuir uma forte componente
simb6lica (como acontece com a roupa ou a escolha do local de ferias), ou
caso estejamos perante uma pessoa que atribui uma grande importancia ao
reconhecimento do grupo (preocupa~5es muito pr6prias dos adolescentes).
7-T-~
Uder de opim.:Jo
[~'i~:J I U.",_
53
nnE t"~-::§!o1-:-- ;;1i&lrll~~~:": ? n ~f&31J_':}:~ . ,Pl';;'jJt'tt:5S?:o~~~t.0:~(>;F~"'j:g;Jil'~~,,-\,}Lk-"k":&'l
54
5. Identidades S6cio-Demognificas
--------...................
Objectivos de Aprendizagem
57
L Varhiveis de base:
1. indices de popuhll;iio agregada
a) Dimenslio
a) [dade
b) Sexo
eJ NfYcl de educa<;ao
f) Rendimento
2. Ap\icadas a familias
3, Aplicadas a individuos
59
F 7 _? .11: L ; 1 BIRd QQtk~J 'T
60
6. ClassesSociais e Estilos de Vida
Objectivos de Aprendizagem
63
65
iiS~4~11 Er<;:~#IlIIIIII~··;i~§jI!I!lII!lIIIlI!ill!ill!illt!iiililllllllll!lll~,IIIIJJJUI!.""'liIIIIIIIIIIJJUlUUUUilliMlIIIIIIIII.!!I!II1IiI!I1IiI!I1I'!
66
-se sobretudo a Warner e a Hollingshead. No primeiro, eombina-se a profissiio,
a fonte de rendimento, 0 tipo de habitat e a zona de residl:ncia. 0 segundo,
apoia-se na profissiio e no nfve! de educa<;ao.
67
'iffttwy- III'
-
68
rUBi -; &1 £
«pragmaticos» e os «responsaveis».
Esta abordagem esfor"a-se por explicar 0 estilo de vida atraves de uma batena
de indicadores que procuram analisar uma vasta gama de temas relacionados
com as ;!ctividades, os interesses e as Qpini6es dos indivfduos (vcr quadro
6.3). Para tal, procede-se it elaboracrao de questionarios que comportam os
temas relativos aos tres domfnios e para os quais 0 inquirido e convidado a
pronunciar-se ao longo de uma escala de Likert.
Adividades Interesses
Trabalho Familia Si proprio
Hobbies Casa QueslflCs sociais
Actividades sociais Trab:llho PoHtica
Ferias Vida local Neg6cios
Distrac<;Oes Lazcr Economia
Vida a<;soclaliva Mod" Educa<;ii.o
Parlicipa\-ao na vida local Alim~nla!faO Produtos
Compras Media Futuro
Desponos Realtlnc;6es Cultu[a
69
llt-XI Zzt
70
7. Cultura e Sistemas de Valores
,•
I
•
•
·
-
T me
Objectivos de Aprendizagem
73
75
- -
Sob este prisma, importa refo~ar 0 papel das instituiyOes, como a fanu1ia, a
escola ou os poderes publicos, uma vez que a transmissao dos val ores cul
turais dominantes de uma sociedade faz-sc, essencialmente, por seu inter
medio. Por exemplo, as campanhas institucionais contra 0 consumo exces
sivo de :ilcool ou 0 uso de tabaco, procuram influenciar 0 consumo dos bens
em questi!io.
Por fim, todas as culturas desenvolvem urn sistema de cornunicayao que Ihes
e especffico. Por exemplo, os jovens empregam uma linguagem que, muitas
vezes, e estranha ao emendimento dos mais velhos. Assim, uma empresa, ao
procurar informar ou persuadir uma deterrninada audiencia, deve ter em
conta 0 sistema de comunica<;ao e de linguagem que a caracteriza.
Urn individuo vive quotidianamente a sua cultura atraves dos seus gestos e
da forma como exprirne as suas emoyOes e ideias. Ii sabido que os francOfonos
comunicam rnuito recorrendo a express6es vocais (boJ, ho-16·lti), enquanto
que os italianos sao excessivos nos seus geslos. Eis a razao pela qual as
mensagens publicitanas de cariz hurnorfstico sao, frequentemente, adapta
das a realidade nacional. Prolongando esta abordagem, considera-se que 0
sistema cultural condiciona 0 surgimento de uma «personaJidade de caracter
nacional», associando-se paracada cultum, tmc;os comuns de comportamentos
de compra e de atitudes. em relayao as marcas, aos media e as mensagens
publicitarias.
76
= 'IIfJj iIi! £ Uk
Considerando que cada pais tern a sua propria identidade, muito embora
certos fen6menos de sociedade sejam universais (caso dos conflitos de
gerac;:Oes ou da evolu9aO dos papeis \igados ao sexo), tres grandes aborda
gens estrategicas sao a considerar: (1) a estrategia global, (2) a estrategia
diferenciada e (3) a estrategia adaptativa.
ESfrategia Global
77
~
Estrategia Diferenciada
-
Estrategia Adaptativa
Polilica de Produto
Polfliea de Pret;o
78
Po/itiea de Distribuifiio
PoUtiea de Comunieap'io
79
8. 0 Processo de Compra
Objectivos de Aprendizagem
85
8.1 A Influenda do Grau de Implica~o no Processo de Compra
87
liA L 1 • •Unl §~:f<'f~~it{-~-7;t:"-"2~- -~~'i:t/~E~;';''':i,~,,-:ftf" ~~l#"K4i>;( "'1!
Reconbedmento
de- um problema
,Ir
Recolha e
tratamtn10 da
jntorma~(}
A vali8~o das
altcmativ3s
Compra
AvaUat;ao das
consequendas da
compn.
88
A vontade de variar. Traduz num comportamento de compra
simultaneo ou sequencial de vanas marcas, sem que, necessariamente,
lenha havido por parte do consumidor uma insatisfagao face acompra
anterior. Nesta situa«ao, 0 consumidor nlio se encontra muito
implicado face a compra; ele varia, porque ao variar, aeresee-lhe
uma utilidade adieional, pois sente urn certo cansa«o em eonsumir
sempre a mesma coisa.
89
Por fim, diferentes estudos atestam que a forma como 0 consumidor retem e
reage aos diferentes estimulos, depende da sua predontinancia em ser «canhoto»
ou «destro». Efectivamente, 0 cerebra humane estadividido em dois hem is
90
ferios cerebrais, os quais apresentam diferentes actividades cognitivas.
Ao lado esquerdo corresponde a 16gica e a abstrac<;ao, enquanto que a pane
direita pertence a intui<;ao e a imagin~ao; 0 lado esquerdo trata os elementos
textuals e semilnticos, enquanto a pane direita trabalha os sinals visuals.
A localiza-;iio da loja;
A Escolha da Marca
91
~}::ii§d ill ii U 1R!:rtiI. fibR&"·~iilIIiIIIl!im"··Ii.!IIII.i!illiilll.T~;zai!l.I!IiII1.millll• •IllllIlllllIII!il.IIIII• •l!1IIIilllllllllllllllllllllIIi!llllllllllllll!!l'l_
92
EvolUl.;ao tecnol6gica. A percep'tao de urn sector em continua
a marca.
93
~fLm!ztrB~• •1i'f?~t .JmutfiLEll ~ 2Zd~
94
9. A Unidade de Tomada de Decisao
i
ObjectivQs de Aprendizagern
97
9.1 Os Intervenientes no Processo de Compra
99
~UR1{~~'tn!lfl "-~~~,j *;&¥~4Ji@E@! H];_A~+""e';
100
de compra (para a mulher que Irabalha, as compras da casa sao feitas,
geralmente, ao fim de sernana e por atacado, enquanto que a dona de casa
recorre frequentemente as compras dimas), como tarnbern intervemem todos
os actos da vida dos elementos do agregado (tempo dedicado aos filhos,
tempo dedicado ao trabalho, ao lazer...).
101
10. As Situa~oes de Compra
Objectivos de Aprendizagem
105
10.1 0 Metodo Situacional
Belk urn dos primeiros a interessar-se por esta questao define «situas:ao»
como urn conjunto de factores Jigados a urn dado momenta e a urn dado
local que, scm encontrar a sua origem nqs caracterfsticas estaveis das pessoas
ou dos produtos, exerce uma influSncia manifesta sobre 0 comportamento.
o comportamento do consumidor e, enta~, influenciado por urn conjunto de
factores situacionais, os quais se podem agrupar em cinco dimensoes:
ou e colega de lrabalho?).
compra).
107
;~I&'t;~0.(:00?P~-v;:· '·#~~55,<c"Gt'X{:l~,"\ ,~::?z '.:<~:fmF:£"~1i JUg 12 ~~;.-<"; .'kiWi ~'{}.12/":J'-;)~
10&
nutritivo; geralmente nao consomem snacks entre as refei<;Oes c, se 0 fazem,
optam por snacks abase de fmtos. Por sua vez, os «consumidores culpados»
tendem a comer snacks entre as refei<;Oes. Ha ainda a considerar aquele
gmpo de consumidores que come snacks especialmente em festas ou em
ambientes sociais (os chamados «consumidores sociais de snacks»). 0 estudo
revelou que 0 !lnico segmento para 0 qual os factores situacionais tern pouca
influSncia, corresponde ao grupo de consumidores que come snacks em
qualquer momento (os chamados «grandes consumidores de snacks»).
109
11. as Modelos Integradores
Objectivos de Aprendizagem
113
11.1 A bnportiincia dos Modelos Integradores
1I5
Subcampo 1 Subcampo2
Attibutos do
[--+ Mens.gem +-- Alribuoos do I- ATITUDE
E;t;posi~o
produto coosumidor
'" I
1
EXPEruENCIA
I
-r~
PesQUiSil
Avalia~o
.
Campo 4: Con sumo
FeedlJa<k Annazenamenlo MOTIVAf;ii.O
COMPORTAMENTO
DECOMPRA
.
G Campo3:
:to de compra
Decisao
(ac:;iio)
116
lruportiDCia
da CQntpr.)
Personalidade C1_
social
Cultu", IO~'i~"1
i T=po Is:l
~
.,
, disponivel
,
,, , r--~'---"~"'-~--""'
Objectivos:
-Qualidade
I,
i
I
I
1,
i J Inibid."," I- Carn_
<amprn
,p
+1 1 I !
~ DifemlCi~o
- Serviljo
r- Procura de 1
Prcdisposi(:aes
1 ,I I(lten~o
lRrorm~o !
M Dispohibllidade !
If' '""'"""-'J-~---:J ~
~
-
51mb6licos:
-Qualidade
!- r Seru.Jbilidade
a iRfonn~ao
1__" 1 I M,,'va,w Crit&i.. de
C$colha
J ~de
referenda
Atituck
T
I
.p
- Diferel1cialjao
• Servlt;o L, Envies:amento i I i Il Conhcc.
~
J
I
perceptual
-. I [At~".
- Dispooibilidade
Sociais:
I Satisfa(;30 l+
- Familia , i
• Grupo '-"--"
de rcfcrel1cm
• Cia!>$( SOC'ml
i
l
f------'----11ll
~ ! ,
I ~
PRQCESSODE PROCESSO fiE APRENDIZAGEM:
"'" PERCEP;:;AO i
~ V_A_Q_~_\_~_ffi_H_lP_O_T_E_T_(C_A_S
_____________ __"1~ _ _____.______
As Variaveis de Entrada
As Variaveis Hipo((!ticas
117
•• ,..,~~ AUm Wiltz:'"\- ,,
As varhiveis relacionadas com 0 processo de aprendizagem que intervem,
sobretudo, ao nivel dos mecanismos de decisao, compreendem:
118
de informa~ao nao e tao intensa como aquela que ocorre no processo
de resolu~1io extensiva.
Imensidade
da pesquisa
119
• R.ioY [:'.,.$ .ttL. .i.2!lt .i d
As Variaveis Exogenas
120
Bibliografia Geral
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PINTO DE MOURA, A,
1999 0 Comportamenco do Conwmidor face as PmmOfOeS de Vendas:
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