Resenha Dos Meios As Mediações

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MARCUS DICKSON

DOS MEIOS

S MEDIAES

Comunicao, cultura e hegemonia


Jesus Martn-Barbero

JESUS MARTN-BARBERO
Jess Martn-Barbero nasceu em
vila, na Espanha, em 1937, e vive
na Colmbia desde 1963. Fez, na
capital da provncia de vila, os
estudos primrios e secundrios.
Cursou Faculdade de Filosofia em
Madri. (PAULINO; BACCEGA,
1999).
Ex-sacerdote e doutor em Filosofia
pela Universidade de Louvaina, na
Blgica, foi professor fundador da
Faculdade de Comunicao da
Universidad del Valle, em Cali,
onde permaneceu de 1975 a 1995, e
presidente da Associacin
Latinoamericana de Investigadores
de la Comunicacin (Alaic) na
gesto 1980-1982, alm de
catedrtico da Unesco, nos anos de
1992 e 1993. Fundou o
Departamento de Cincias da
Comunicao, atual Esculea de
Comunicacin Social.

+
ESTUDOS CULTURAIS

Os Cultural Studies, um conjunto de estudos


heterogneos iniciados na Gr-Bretanha nos anos
50/60, vo propor novas leituras sobre o impacto
dos media na sociedade e centralizar,
sobretudo a partir da dcada de 80, as suas
investigaes nas audincias.

+
ESTUDOS CULTURAIS

Modelo de Stuart Hall, proposto no artigo


Encoding and Decoding Television Discourse,
em 1973: Procura explicar o processo de
codificao e descodificao das mensagens e
negar a participao passiva das audincias na
recepo.

A hegemonia, para Hall (2003), seria um


momento de transparncia entre a codificao e a
descodificao. Isto , ser perfeitamente
hegemnico significa, para o codificador, que cada
significado comunicado seja compreendido apenas
do modo pretendido, ou seja, com o receptor a
exercer a chamada leitura preferencial.

+
ESTUDOS CULTURAIS

Na Amrica Latina, os estudos culturais


centrados nas prticas quotidianas, criadas em
torno das indstrias culturais e da utilizao dos
media, emergem nos finais da dcada de 80.
A Jesus Martn-Barbero (espanhol radicado na
Colmbia) e a Nestor Garcia Canclini (mexicano),
so atribudas as reflexes mais importantes
sobre o papel transformador dos meios de
comunicao e das indstrias culturais nas
sociedades e nas culturas latino-americanas.

AS PROPOSTAS DE MEDIAO

Martn-Barbero acredita que as pessoas reinterpretam o que


leem, ouvem ou veem tendo por base conhecimentos prprios
os quais so influenciados pelo bairro em que elas moram,

pela escola, local de trabalho, associaes das quais fazem


parte, religio, o que significa dizer que h interferncia de
diversos fatores sociais, culturais, polticos e educacionais no

processo comunicacional, ou seja, de mediaes.

AS FONTES

A sua forma peculiar de anlise inspirada principalmente


em Walter Benjamin, uma espcie de dissidncia da Escola
de Frankfurt

A ruptura est no ponto de partida. Benjamim no investiga a partir de


um lugar fixo, pois toma a realidade como algo descontnuo. (...) Essa
dissoluo do centro como mtodo o que explica seu interesse pelas
margens, esses impulsos que trabalham as margens seja em poltica ou
arte: Fourier a Baudelaire, as artes menores, os relatos, a fotografia. Da o
paradoxo. Adorno e Harbemas o acusam de no dar conta das mediaes,
de saltar da economia literatura e desta poltica fragmentariamente. E
acusam disto a Benjamim, que foi o pioneiro a vislumbrar a mediao.

E Gramsci: O valor do popular no reside na autenticidade


ou beleza, mas na sua REPRESENTATIVIDADE
SOCIOCULTURAL.

OS PRINCIPAIS CONCEITOS

DEPENDNCIA CULTURAL

RESISTNCIA E IDENTIDADE CULTURAL

MESTIAGEM

MEDIAO E RECEPO

MAPA NOTURNO

OS PRINCIPAIS CONCEITOS

DEPENDNCIA CULTURAL

O tema aparece como parte da discusso sobre a


dependncia scio-econmica (e terica, segundo o
autor) da Amrica Latina em relao aos centros

produtivos do sistema capitalista.

OS PRINCIPAIS CONCEITOS

RESISTNCIA E IDENTIDADE CULTURAL

As diferentes reflexes que nascem a partir da


decorrem da forma como se compreende o prprio
conceito de cultura e mesmo de povo e de massa. E
Barbero vai buscar o conceito de cultura, segundo

ele mais dinmico e menos elitista, no paradigma


marxista de Gramsci.

OS PRINCIPAIS CONCEITOS

RESISTNCIA E IDENTIDADE CULTURAL

.(...) nem toda a assimilao do hegemnico pelo


subalterno signo de submisso assim como a mera
recusa no de resistncia, e que nem tudo que vem
de cima so valores da classe dominante, pois h

coisas que vindo de l respondem a outras lgicas


que no so a de dominao.

As categorias: MASSA, POVO, POPULAR E CULTURA

Romnticos: Alterao da noo de cultura;


superao da idia hegemnica do conceito;
sociedade como sujeito e valorizao dos
elementos simblicos. Cultura e Povo.

Ilustrados: Definio do povo por excluso;


Surge o conceito de povo inculto que se constitui
pelo que lhe falta (educao, poltica e riqueza)

As categorias: MASSA, POVO, POPULAR E CULTURA

Anarquistas: o povo se define pelo enfrentamento

estrutural e luta contra a burguesia, no se restringe ao


conceito de proletariado marxista, mas como uma "massa de
deserdados;

Cultura percebida como espao de manipulao e de conflito;


o que permitiria a transformao destas prticas e expresses
em meios de libertao

Marxistas: idia de povo dada como superada;

Popular no-representado - espaos, atores e conflitos


socialmente aceitos e no interpelados pela esquerda
Popular reprimido - espaos, atores e conflitos condenados
sujeio tica e poltica (drogados, alcolatras, prostitutas,
etc)

OS PRINCIPAIS CONCEITOS

MESTIAGEM

Para Barbero, a Comunicao em geral e em particular


na Amrica Latina um palimpsesto, um mosaico de
representaes, onde esto inscritos traos culturais
das diferentes classes e de diferentes pocas.

OS PRINCIPAIS CONCEITOS

MESTIAGEM

. como mestiagem e no como superao - continuidades na


descontinuidade, conciliaes entre rtmos que se excluem - que esto se
tornando pensveis as formas e os sentidos que a vigncia cultural das
diferentes identidades vem adquirindo: o indgena no rural, o rural no

urbano, o folclore no popular e o popular no masivo. No como forma de


esconder as contradies, mas sim para extra-las dos esquemas de modo a
podermos observ-las enquanto se fazem e se desfazem: brechas nas
situaes e situaes nas brechas.

OS PRINCIPAIS CONCEITOS

MEDIAO E RECEPO

Inaugurando uma linha terica que se converte na mais original


contribuio latino-americana para a pesquisa em Comunicao, o
estudo de recepo segundo Barbero quer resgatar a iniciativa, a

criatividade dos sujeitos, a complexidade da vida cotidiana como


espao de produo de sentido, o carter ldico e libidinal na
relao com os meios.

O MAPA NOTURNO

O mapa da mediao
COMPETENCIAS
CULTURAIS

COTIDIANIDADE
FAMILIAR

TEMPORALIDADE
SOCIAL

Por isso, em vez de fazer a pesquisa partir da


anlise das lgicas de produo e recepo,
para depois procurar suas relaes de
imbricao ou enfrentamento, propomos partir
das mediaes, isto , dos lugares dos quais
provm as construes que delimitam e
configuram a materialidade social e a
expressividade cultural da televiso pg.304

Que a fora esteja com vocs!

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