PDM Vila Verde
PDM Vila Verde
PDM Vila Verde
Fiscalizao
TTULO I
Disposies Gerais
Artigo 1.
Objeto e mbito Territorial
1 O Plano Diretor Municipal de Vila Verde de que o presente
Regulamento, a Planta de Ordenamento e a Planta de Condicionantes,
que dele fazem parte integrante, estabelecem as regras e orientaes a
que devem obedecer a ocupao, o uso e a transformao do solo no
territrio municipal e os critrios a utilizar na execuo do Plano Diretor
Municipal de Vila Verde, adiante designado por Plano.
2 O Plano aplicvel totalidade do territrio Municipal, conforme
definido na Planta de Ordenamento, escala de 1/10 000.
Artigo 2.
Objetivos Estratgicos
1 Constituem objetivos estratgicos do Plano:
a) Reforo dos nveis de coeso territorial atravs da eleio de algumas zonas do territrio como Polos de Desenvolvimento, que possam
vir a concentrar equipamentos e reas de apoio funcional e empresarial
s respetivas envolventes territoriais;
b) Reforo da centralidade e da importncia funcional do Polo de
Desenvolvimento configurado pela Sede do Concelho e pela Vila de
Prado, em contraponto segregao tendencial da cidade de Braga,
incorporando a concretizao das variantes s EN 101 e EN 205;
c) Contrariar o isolamento de alguns dos aglomerados rurais, promovendo a equidade territorial, com nveis de servio s populaes e
acessibilidades qualificadas;
d) A promoo de setores produtivos, com especial enfoque na criao
de novos parques empresariais e no reforo dos existentes, tendo por base
a lgica da polivalncia, a sustentabilidade e as novas acessibilidades;
e) A reorganizao dos permetros extrativos de caulinos, com ajuste
da rea de explorao, das acessibilidades, condicionando o respetivo
enquadramento paisagstico e a conflituosidade emergente com reas
urbanas contguas e criando condies de requalificao urbanstica
futura;
f) Aumentar a competitividade dos setores agrcola e florestal, atravs
da promoo da sustentabilidade do solo rural, contribuindo para a sua
revitalizao econmica e social;
g) Promoo da reconhecida mais-valia ambiental do concelho, mobilizando e criando condies de aproveitamento das potencialidades
do turismo de montanha, do turismo fluvial, designadamente no Vale
do Rio Homem e do Rio Cavado.
Artigo 3.
Composio do Plano
1 O Plano composto pelos seguintes elementos:
a) Regulamento;
b) Planta de Ordenamento:
i) Planta de ordenamento Qualificao Funcional do Solo;
ii) Planta de Ordenamento Salvaguardas e Execuo do Plano.
c) Planta de Condicionantes:
i) Planta de Condicionantes Recursos Naturais, Patrimnio Edificado, Infraestruturas e Atividades Perigosas;
ii) Planta de Condicionantes reas ardidas e reas de Perigosidade
de Incndio Florestal;
2 O presente Plano acompanhado pelos seguintes elementos:
a) Relatrio da Proposta;
b) Relatrio Ambiental;
c) Programa de Execuo e Meios de Financiamento;
d) Relatrio de Ponderao da fase de Auscultao Pblica;
e) Ficha de Dados Estatsticos;
f) Planta de Enquadramento Regional;
29258
TTULO II
Servides e Restries de Utilidade Pblica
Artigo 6.
Identificao
No territrio abrangido pelo presente Plano so observadas as disposies legais e regulamentares referentes a servides administrativas
e restries de utilidade pblica em vigor, que se encontram representadas na Planta de Condicionantes quando a escala assim o permite,
designadamente:
1 Recursos Naturais:
a) Recursos Hdricos:
i) Domnio Hdrico:
Leitos e Margens dos Cursos de gua;
Albufeira Classificada de Rues.
Albufeira
Zona Reservada
Zona Terrestre de Proteo
ii) Zonas Ameaadas pelas Cheias.
b) Recursos Geolgicos;
Pedreira.
TTULO III
Sistemas de Proteo de Valores e Recursos
CAPTULO I
Sistema Ambiental
Artigo 7.
Identificao e regime
1 O sistema ambiental integra as zonas ameaadas pelas cheias,
a rea de risco de instabilidade de vertentes, bem como as zonas acsticas mistas.
2 O sistema ambiental visa garantir o equilbrio ecolgico do
processo de transformao do territrio municipal, promovendo a melhoria das condies ambientais e de fruio ambiental nas reas nele
integradas.
Artigo 8.
Zonas ameaadas pelas cheias
1 As zonas ameaadas pelas cheias esto delimitadas na Planta de
Ordenamento e na Planta de Condicionantes e correspondem s reas
atingidas pela maior cheia conhecida de um curso de gua.
2 Nestas reas o regime de edificabilidade o seguinte:
a) admitida a realizao de novas construes, em solo urbano, para
colmatao urbana e para criao de equipamentos, que no excedam
a crcea das adjacentes, sem prejuzo do cumprimento do estabelecido
nas alneas seguintes e desde que no prejudique o retorno das guas
ao leito normal;
b) admitida a reconstruo e a alterao do edificado existente desde
que a rea de implantao no seja superior anteriormente ocupada;
c) Em condies de exceo, admitida a ampliao dos edifcios
desde que destinadas a construo de instalaes sanitrias e cozinhas
necessrias para dotar as habitaes de condies mnimas de habitabi-
29259
CAPTULO II
Sistema Patrimonial
Artigo 11.
Identificao
1 O sistema patrimonial integra os bens imveis de valor cultural
que, pelas suas caractersticas, se assumem como valores de reconhecido
interesse histrico, arqueolgico, arquitetnico, artstico, cientifico, tcnico ou social para o Municpio e expresso no anexo II do regulamento
e na carta do Patrimnio Cultural.
2 Esto abrangidos nesta categoria o patrimnio arquitetnico e
arqueolgico classificado, ou em vias de classificao que identificado
na Planta de Ordenamento e na Planta de Condicionantes e o inventariado
identificado na Planta de Ordenamento, no Anexo II do regulamento e,
na Carta do Patrimnio Cultural.
Artigo 12.
Patrimnio Classificado e em vias de classificao
1 O Patrimnio Cultural classificado e em vias de classificao
encontra-se identificado na Planta de Condicionantes.
2 Nos bens classificados aplicam-se as condicionantes previstas
na legislao em vigor.
3 Os estudos, projetos, relatrios, obras ou intervenes sobre os
bens culturais classificados, ou em vias de classificao, ficam sujeitos
ao estabelecido no regime jurdico especfico que em cada momento
estiver em vigor.
Artigo 13.
Valores Patrimoniais Arquitetnicos Inventariados
1 As intervenes nestes imveis devem respeitar as suas caractersticas, s sendo permitidas obras de alterao, reconstruo ou
ampliao, desde que devidamente justificadas e sujeitas a uma das
seguintes condies, quando no seja prejudicada a identidade do imvel
e sejam salvaguardados os seus elementos arquitetnicos notveis que
o caracterizam:
a) Para reposio das caractersticas e coerncia arquitetnica ou
urbanstica do imvel;
b) Para adaptao do imvel a novo uso ou a novas exigncias legais
relativas ao uso existente;
c) Para melhoria do desempenho estrutural e funcional do imvel.
2 Apenas so admitidas obras de demolio, total ou parcial, de
valores patrimoniais imveis, numa das seguintes condies:
a) Por razes excecionais de evidente interesse pblico;
b) Em situaes de runa iminente, atestada por vistoria municipal;
c) Quando o imvel no seja passvel de recuperao e ou reabilitao, em razo de incapacidade estrutural, atestada por vistoria
municipal;
d) Para valorizao do imvel, atravs da supresso de partes sem
valor arquitetnico e histrico;
e) Quando as obras de demolio forem consideradas de relevante
interesse urbanstico em plano de urbanizao, plano de pormenor ou
unidade de execuo.
3 As obras de desmonte, total ou parcial, de valores patrimoniais
imveis sero antecedidas de rigoroso levantamento arquitetnico e de
registo fotogrfico.
4 A Cmara Municipal pode indeferir intervenes nestes elementos e ou edifcios, sempre que tais aes possam diminuir ou prejudicar
o seu valor patrimonial, nomeadamente no que se refere a alteraes
arquitetnicas e construtivas ou alteraes volumtricas.
5 Quando necessria a execuo de infraestruturas da competncia
da Cmara Municipal ou da administrao central que tragam implicaes sobre este patrimnio, dever ser promovida a sua salvaguarda e
valorizao de forma integrada e equilibrada.
Artigo 14.
Valores Patrimoniais Arqueolgicos Inventariados
1 Para os valores patrimoniais arqueolgicos foram considerados todos os locais onde se identifique a presena de vestgios
de evoluo humana, cuja preservao e estudo permitam traar a
histria da humanidade, e cuja principal fonte de informao seja
constituda por escavaes, prospees e outros mtodos de pesquisa
arqueolgica.
2 Nos locais de patrimnio arqueolgico inventariado, todos os
pedidos de licenciamento e ou comunicao prvia de operaes urbansticas, entre as quais se incluem a construo, a remodelao de
caminhos, das redes eltricas, telefnicas, de gs, de abastecimento de
gua e de drenagem de guas residuais e pluviais ou impliquem qualquer
impacto a nvel de subsolo, com exceo da atividade agrcola, bem como
a demolio ou modificao de construes e corte de rvores, ou outros
que envolvam a transformao da topografia ou da paisagem, devero
ser condicionadas a parecer prvio da entidade que tutela o patrimnio
arqueolgico e da Cmara Municipal.
3 Deve assegurar-se, em regra e sem prejuzo de outras situaes,
uma rea de salvaguarda de uma faixa de 50 metros, definida a partir dos
limites externo dos pontos e reas assinaladas na Planta de Ordenamento,
dentro do qual se aplica o disposto no nmero anterior.
4 Quem encontrar, em terreno pblico ou particular, quaisquer
testemunhos arqueolgicos, fica obrigado a dar conhecimento do achado
no prazo de quarenta e oito horas tutela do patrimnio cultural ou
entidade policial, que assegurar a guarda desses testemunhos e de
imediato informar aquela, a fim de serem tomadas as providncias
convenientes.
5 No caso previsto no nmero anterior a obra em causa dever
ser imediatamente suspensa, de acordo com o disposto na legislao
em vigor.
6 O tempo de durao efetiva de suspenso implica uma suspenso automtica da licena ou admisso da comunicao prvia
para todos os efeitos, independentemente das demais providncias
previstas na lei.
7 Os trabalhos s podero ser retomados aps parecer favorvel
das entidades de tutela competentes e da Cmara Municipal.
29260
TTULO IV
Uso do Solo
CAPTULO I
CAPTULO II
Artigo 15.
Classes e categorias de uso do solo
SECO I
Disposies gerais
Artigo 16.
Qualificao do solo rural
Em funo do uso dominante, o solo rural integra as seguintes categorias funcionais:
a) Espaos Agrcolas de Produo.
b) Espaos Agrcolas de Conservao.
c) Espaos Florestais de Produo:
i) Espaos Florestais de Proteo.
Artigo 19.
Disposies gerais de viabilizao dos usos do solo
Sem prejuzo do cumprimento de todos os requisitos legais e regulamentares exigveis para cada caso, a viabilizao de qualquer atividade
ou instalao abrangida nos usos complementares ou compatveis com
o uso dominante do solo, s pode ocorrer quando expressamente se
considerar que da no decorrem riscos para a segurana de pessoas e
bens, nem prejuzos ou inconvenientes de ordem funcional, ambiental ou
paisagstica, que no possam ser evitados ou eficazmente minimizados.
Artigo 20.
Compatibilidade de usos e atividades
i) Espao Existente;
ii) Espao Potencial.
a) Perturbem as condies de trnsito e estacionamento ou provoquem movimentos de carga e descarga que prejudiquem as condies
de utilizao da via pblica;
b) Constituam fator de risco para a integridade das pessoas e bens,
incluindo o risco de exploso, de incndio ou de toxicidade;
c) Configurem intervenes que contribuam para a descaracterizao
ambiental e para a desqualificao esttica da envolvente;
d) Prejudiquem a salvaguarda e valorizao do patrimnio classificado ou de reconhecido valor cultural, arquitetnico, arqueolgico,
paisagstico ou ambiental;
e) Correspondam a outras situaes de incompatibilidade que a lei geral considere como tal, designadamente as constantes no Regulamento do
Licenciamento da Atividade Industrial e no Regulamento Geral do Rudo.
f) Aglomerados rurais.
g) reas de Edificao Dispersa.
h) Espaos Destinados a Equipamentos.
i) Espaos Afetos a Atividades Industriais.
Artigo 17.
Qualificao do solo urbano
Em funo do uso dominante, o solo urbano integra as seguintes
categorias funcionais:
a) Solo urbanizado:
i) Espaos Centrais;
ii) Espaos Residenciais;
iii) Espaos de Atividades Econmicas;
iv) Espaos Verdes;
v) Espaos de Uso Especial rea de equipamentos e Infraestruturas territoriais.
b) Solo Urbanizvel:
i) Espaos Centrais;
ii) Espaos Residenciais;
iii) Espaos de Atividades Econmicas;
iv) Espaos de Uso Especial rea para Equipamentos e Infraestruturas territoriais.
Artigo 18.
Tipologias dos usos do solo
1 A cada categoria ou subcategoria de espaos corresponde, nos
termos definidos no presente Regulamento, um uso ou conjunto de
usos dominantes, a que podem estar associados usos complementares
destes e ainda, eventualmente, outros usos que sejam compatveis com
os primeiros.
2 Usos dominantes so os usos que constituem a vocao preferencial de utilizao do solo em cada categoria ou subcategoria de
espaos considerada.
3 Usos complementares so usos no integrados no dominante,
mas cuja presena concorre para a valorizao ou reforo deste.
4 Usos compatveis so usos que, no se articulando necessariamente com o dominante, podem conviver com este mediante o
cumprimento dos requisitos previstos neste Plano, que garantam essa
compatibilizao.
5 Os usos referidos nos nmeros anteriores constituem no seu
conjunto os usos correntes do solo em cada categoria ou subcategoria
de espaos.
6 Para alm dos usos do solo tipificados nos nmeros anteriores,
podem ser viabilizados como usos especiais do solo, dentro dos limites e
Artigo 21.
Edificaes construdas ao abrigo de direito anterior
Para as edificaes construdas ao abrigo de direito anterior cujo
uso no seja admitido para cada categoria de espao e subcategoria de
espao do Solo Rural e do Solo Urbano permite-se a ampliao, desde
que essa ampliao no crie condies de incompatibilidades nos termos
do artigo anterior, respeite os valores mximos de ocupao permitida
e se enquadre numa das seguintes situaes:
a) Seja para garantir as condies de habitabilidade/utilizao e salubridade/funcionalidade das edificaes;
b) Seja para garantir a melhoria das condies ambientais atravs da
reduo dos impactos gerados pela atividade instalada;
c) Seja no caso de se tratar de uma unidade industrial ou instalao
pecuria, por imperativo reconhecido de viabilidade econmica da
empresa ou explorao.
SECO II
Situaes Especiais
Artigo 22.
Infraestruturas
1 A implantao ou instalao de infraestruturas, nomeadamente
virias, de abastecimento de gua e saneamento bsico, de recolha e
tratamento de resduos slidos urbanos, de telecomunicaes ou de
produo, transporte e transformao de energia, podem ser viabilizadas
em qualquer rea ou local do territrio municipal, desde que o Municpio
reconhea que tal no acarreta prejuzos inaceitveis para o ordenamento
e desenvolvimento local, aps ponderao dos seus eventuais efeitos
negativos nos usos dominantes e na qualidade ambiental, paisagstica
e funcional das reas afetadas.
2 Nos locais ou permetros que vierem a ficar afetos a estas finalidades s so permitidos usos e ocupaes diretamente relacionados com
29261
Artigo 23.
Artigo 27.
SECO III
Empreendimentos de carter estratgico
Artigo 28.
Definio
1 No Solo Rural e no Solo Urbano so permitidos usos e edificaes
que no se encontrem em conformidade com os usos e ou parmetros
de edificabilidade estipulados no presente regulamento para a respetiva
categoria e subcategoria onde a mesma se pretende implantar, desde que
o interesse pblico seja reconhecido pela Assembleia Municipal e estas
se enquadrem numa das seguintes situaes:
a) Apresentem elevado carcter inovador;
b) Sejam investimentos na rea da cultura, educao, sade, ambiente
e das energias renovveis;
c) Criem um elevado nmero de empregos;
d) Englobem investimentos iguais ou superiores a 5 000 000,00 .
2 No obstante ao referido no nmero anterior, as edificaes devero cumprir os afastamentos mnimos estabelecidos para a categoria
e subcategoria de espao em questo e desde que no gerem qualquer
condio de incompatibilidade constante no artigo 20.
Artigo 29.
Procedimento
1 A proposta de reconhecimento de interesse pblico estratgico
a apresentar Assembleia Municipal, para alm de explicitar as razes
que a fundamentam, deve conter:
a) A avaliao das incidncias territoriais do empreendimento em
termos funcionais, morfolgicos e paisagsticos;
b) A verificao e fundamentao da compatibilidade dos usos propostos com os usos dominantes previstos no presente plano para as
categorias de uso onde se pretende localizar o empreendimento;
c) A deliberao da Cmara Municipal determinando a qualificao
da iniciativa para efeito de avaliao ambiental estratgica.
2 Em caso de necessidade de avaliao ambiental estratgica,
a viabilizao da iniciativa s pode ocorrer ao abrigo de alterao do
presente plano, de plano de urbanizao ou de plano de pormenor.
3 Em caso de desnecessidade de avaliao ambiental estratgica,
a proposta de reconhecimento do interesse pblico estratgico que a
fundamenta submetida pela Cmara Municipal a um procedimento
de discusso pblica em moldes idnticos ao estabelecidos legalmente
para os planos de pormenor, devendo aps a sua concluso, a Cmara
Municipal ponderar e divulgar os respetivos resultados e, se for caso
disso, alterar o sentido da sua deciso e ou reconfigurar o teor da proposta
a apresentar Assembleia Municipal.
Artigo 30.
Regime
1 A rea bruta de construo mxima a autorizar a que resulta da
aplicao dos respetivos parmetros de edificabilidade estabelecidos para
a respetiva categoria de espao nos termos do presente plano.
2 Em regime de exceo, devidamente fundamentado e justificado
pela especificidade do empreendimento pretendido e coadjuvado pelo reconhecimento do respetivo interesse pblico estratgico pela Assembleia
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TTULO V
Solo Rural
CAPTULO I
Disposies Gerais
Artigo 31.
Princpios
1 O solo rural destina-se ao desenvolvimento das funes produtivas diretamente ligadas ao setor primrio e conservao dos ecossistemas e valores naturais que compem a estrutura ecolgica rural e
sustentam a integridade biofsica fundamental do territrio, no podendo
ser objeto de aes que diminuam ou destruam as suas potencialidades
e as vocaes correspondentes s categorias de usos dominantes em
que se subdivide, salvo as previstas neste Regulamento e as excees
consignadas na lei geral, quando aplicveis.
2 Quando houver lugar, no quadro do presente Regulamento e da
legislao e regulamentao aplicveis, ao licenciamento ou admisso de
comunicao prvia para construo de novos edifcios ou a autorizao
para alterar os usos de outros preexistentes que se localizem em solo
rural, o municpio no fica obrigado, salvo imposio legal em contrrio,
a dot-los imediata ou futuramente com infraestruturas urbansticas ou
outros servios de cariz urbano.
3 Nos casos referidos no nmero anterior, s permitida a destruio do coberto vegetal na extenso estritamente necessria implantao
das construes e respetivos acessos.
4 Deve ficar salvaguardada a existncia das infraestruturas de
transporte e distribuio de gua de rega para as operaes de regadio
em solo rural.
5 Qualquer alterao de uso em solo rural fica submetida aos regimes estabelecidos no presente regulamento, sem prejuzo da aplicao
de outros regimes legais em vigor.
Artigo 32.
Medidas de defesa da floresta contra incndios
1 Sem prejuzo das medidas de defesa da floresta contra incndios
definidas no quadro legal em vigor, dado cumprimento s disposies
definidas no Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incndios
(PMDFCI).
2 Nas zonas classificadas no Plano Municipal da Defesa da Floresta
Contra Incndios com elevado e muito elevado risco de incndio e nas
reas de Perigosidade de risco de incndio das classes alta e muito alta, fora
das reas edificadas consolidadas, nas quais se inserem os aglomerados
rurais, reas de edificao dispersa, espaos destinados a equipamentos
e espaos afetos a atividades industriais definidos no presente Plano, no
so permitidas novas edificaes, nos termos da legislao em vigor.
3 Nas reas do Solo Rural com povoamentos florestais percorridos por fogos florestais, ainda que eventualmente no constantes
da Planta de Condicionantes, no permitida a edificao pelo prazo
de 10 anos a contar da data das ocorrncias, findos os quais se pode
proceder edificao de acordo com os parmetros estabelecidos para
cada categoria de solo.
CAPTULO II
Edificao em Solo Rural
Artigo 33.
Condicionamentos edificabilidade
A edificabilidade nas categorias do espao florestal e agrcola s
pode ser autorizada se:
a) Cumprir os condicionamentos legais relativos a proteo do risco
de incndio, nomeadamente restringindo-se aos prdios em que a edificao no esteja interdita;
b) Cumprir o estabelecido no PMDFCI;
29263
Artigo 44.
Regime de Edificabilidade
1 Nos Espaos Agrcolas de Conservao, e sem prejuzo de legislao especfica em vigor e das aes interditas neste Regulamento, so
permitidas as operaes urbansticas e a edificabilidade de acordo com as
disposies comuns aplicveis ao solo rural, estabelecidas no Captulo II.
2 Os Espaos Agrcolas de Conservao classificados como
Reserva Ecolgica Nacional submetem-se ao respetivo regime legal
aplicvel.
3 Os Espaos Agrcolas de Conservao inseridos em Rede Natura
2000 submetem-se ao respetivo regime legal aplicvel.
Usos e regime
CAPTULO V
1 Os Espaos Agrcolas de Produo so reas com utilizao potencial para a produo agrcola e pecuria associada, bem como outros
usos complementares ou supletivos, so delimitados e excecionados nos
regimes legais de condicionantes estabelecidas.
2 Os Espaos Agrcolas de Produo integram a Reserva Agrcola
Nacional e submetem-se ao despectivo regime legal aplicvel.
3 Os Espaos Agrcolas de Produo classificados como Reserva Ecolgica Nacional submetem-se ao respetivo regime legal
aplicvel.
4 Os Espaos Agrcolas de Produo inseridos em Rede Natura
2000 submetem-se ao respetivo regime legal aplicvel e ao disposto no
presente Regulamento.
5 Nas reas submetidas cumulativamente aos regimes descritos nos
pontos 2, 3 e 4, prevalecem as disposies aplicveis mais restritivas.
Espaos Florestais
Artigo 41.
Regime de Edificabilidade
A edificabilidade em Espao Agrcola de Produo fica condicionada
ao estabelecido nas disposies comuns do Captulo II do Titulo V,
sem prejuzo das condies aplicveis derivadas dos regimes legais
aplicveis.
CAPTULO IV
Espaos Agrcolas de Conservao
Artigo 42.
Caracterizao e Identificao
Os Espaos Agrcolas de Conservao caracterizam-se pela sua reconhecida potencialidade para a explorao e a produo agrcola e
pecuria, tendo ainda como funo contribuir para a manuteno do
equilbrio ambiental do territrio, para a promoo da extenso da rea
agrcola condicionada e para a salvaguarda de unidades de paisagem
agrcola e destinam-se manuteno e desenvolvimento do potencial
produtivo, segundo formas de aproveitamento agrcola ou agropecurio
que conservem a fertilidade dos solos.
Artigo 43.
Usos
1 So usos dominantes dos espaos agrcolas de conservao a
explorao e a produo agrcola e pecuria.
2 So usos complementares destes espaos:
a) O uso florestal;
b) As instalaes diretamente adstritas s exploraes agrcolas, pecurias ou florestais;
c) Os empreendimentos de turismo de habitao ou de turismo em
espao rural;
d) Infraestruturas, equipamentos e outras edificaes ou instalaes
complementares ao uso dominante.
3 Sem prejuzo das restries aplicveis s reas integradas na
Estrutura Ecolgica Municipal, podero ser viabilizados como usos
compatveis com os usos dominantes dos Espaos Agrcolas de Conservao, os seguintes:
a) Habitao prpria;
b) Estabelecimentos de restaurao e bebidas
c) Indstria e armazns de carcter agrcola ou de transformao de
produtos resultantes da explorao agrcola e pecuria.
d) Parques de campismo e caravanismo, reas de recreio e lazer e
campos de frias.
SECO I
Disposies Comuns
Artigo 45.
Identificao e Caracterizao
1 O espao florestal corresponde ao conjunto de terrenos ocupados
por povoamentos florestais, matos, pastagens naturais, reas ardidas de
povoamentos florestais, reas de corte raso e os terrenos improdutivos
ou estreis do ponto de vista da existncia de comunidades vegetais e
ainda as guas interiores.
2 Das sub-regies homogneas estabelecidas no Plano Regional
de Ordenamento Florestal do Baixo Minho (PROF BM) o espao florestal abrangido pelas sub-regies homogneas do Neiva-Cvado, da
Abadia-Merouos e do Cvado-Ave.
3 O espao florestal subdivide-se nas seguintes categorias e subcategorias:
a) Espaos Florestais de Produo:
i) Espaos Florestais de Proteo;
b) Espaos Florestais de Conservao;
Artigo 46.
Regime
1 As normas de gesto para estes espaos so as constantes nos
instrumentos de planeamento setoriais PROF BM e do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incndios (PMDFCI).
2 O espao florestal fica submetido cumulativamente s restries
e servides de utilidade pblica aplicveis.
3 A realizao de aes nos espaos florestais deve obedecer s
normas de interveno generalizada estabelecidas pelo PROF BM,
comuns e aplicveis a todas as sub-regies homogneas definidas nesse
Plano e consistindo em:
a) Normas gerais de silvicultura;
b) Normas de silvicultura preventiva;
c) Normas de agentes biticos;
d) Normas de recuperao de reas degradadas.
4 Sem prejuzo das espcies prioritrias e relevantes consideradas a
privilegiar pelo PROF BM para cada sub-regio homognea podem ainda
ser utilizadas outras espcies florestais desde que devidamente justificadas.
5 Para alm das espcies florestais protegidas por legislao especfica o PROF BM define como espcies florestais espontneas que
devem ser objeto de medidas de proteo especfica:
a) Quercus pyrenaica (Carvalho negral)
b) Quercus robur (Carvalho roble)
c) Taxus baccata (Teixo)
6 Encontram-se sujeitas elaborao obrigatria de Plano de
Gesto Florestal (PGF) as exploraes florestais privadas com rea
mnima de 50 hectares.
7 As exploraes florestais privadas de rea inferior mnima
obrigatria submetida a PGF, e desde que no integradas em ZIF, ficam
sujeitas ao cumprimento das seguintes normas mnimas:
a) Normas de silvicultura preventiva;
b) Normas gerais de silvicultura constantes no PROFBM;
c) Modelos de silvicultura adaptados sub-regio onde se insere a
explorao.
29264
So proibidas as mobilizaes de solo, alteraes do perfil dos terrenos, tcnicas de instalao e modelos de explorao suscetveis de
aumentar o risco de degradao dos solos.
Artigo 47.
Artigo 48.
Habitao em Espao Florestal
A construo ou adaptao de preexistncias para habitao unifamiliar em Espao Florestal s permitida se a parcela em causa for a
nica propriedade do requerente, ou se as parcelas em sua propriedade se
localizem todas em Espao Florestal, sendo apenas permitida a edificabilidade numa destas, observando as condies e parmetros aplicveis
estabelecidos no Captulo II do Titulo V.
SECO II
Espao Florestal de Produo
Artigo 49.
Artigo 51.
1 No espao florestal de produo, sem prejuzo do disposto no
PROF BM, no PMDFCI, neste regulamento e demais legislao em vigor
aplicvel, devem ser promovidos os seguintes usos e prticas:
a) A promoo e requalificao dos espaos florestais degradados em
subexplorao, sem esquecer outras atividades complementares, suporte
de emprego e de ajuda ao desenvolvimento rural;
b) A produo lenhosa de madeira de qualidade, rolaria e biomassa;
c) A compartimentao do espao, utilizando espcies menos vulnerveis ao fogo;
d) A atividade de silvo-pastorcia em reas improdutivas e em reas
que permaneam incultas por no implementao de explorao florestal
ou porque se venham a revelar sem aptido para esta atividade.
e) As atividades de caa e de pesca desde que devidamente enquadradas na legislao aplicvel;
f) A constituio de bosquetes de espcies autctones.
Identificao
SUBSECO I
1 O espao florestal de produo engloba como subfunes principais a produo de produtos lenhosos, a produo de biomassa para
energia, a produo de frutos e sementes e a produo de outros materiais
vegetais e orgnicos. Pode englobar igualmente como subfunes associadas s principais, a silvo-pastorcia, a caa e a pesca nas guas interiores.
2 O espao florestal de produo engloba as reas de significativa
dimenso e continuidade que no conjunto so constitudas por:
1 O espao florestal de proteo engloba como subfunes principais a proteo ambiental, nomeadamente dos recursos solo e gua, a
proteo ecolgica e paisagstica, bem como o recreio, o enquadramento
e a esttica da paisagem. Pode englobar igualmente como subfunes
associadas s principais, a silvo pastorcia, a caa e a pesca nas guas
interiores e integra, a ttulo de subcategoria de espao, o espao florestal
de produo.
2 A vertente de proteo visa a preservao dos recursos hdricos,
a no potenciao de riscos de eroso do solo e o favorecimento da
infiltrao das guas pluviais, a salvaguarda do equilbrio dinmico dos
sistemas biofsicos, a salvaguarda de valores ecolgicos, a preservao
de geomonumentos e a implementao/preservao de cenrios de
importante ou relevante valor esttico.
3 O espao florestal de proteo desempenha igualmente uma
importante vertente no enquadramento/integrao paisagstica e na amenizao ambiental de: reas urbanas; equipamentos; industriais; infra estruturas; elementos patrimoniais isolados; estruturas tursticas, de recreio
e lazer ao ar livre incluindo-se nestas ltimas as orlas marginais das zonas
de pesca reservada e das zonas de recreio fluvial; faixas ribeirinhas dos
principais cursos de gua, que inclui a salvaguarda do corredor ecolgico
estabelecido pelo PROF BM para o Cvado/Homem. Neste mbito, estas
reas podem ter aptido para atividades de recreio e lazer.
4 O Espao Florestal de Proteo engloba o seguinte conjunto
de reas:
29265
SECO III
Espao Florestal de Conservao
Artigo 55.
Identificao
1 O Espao Florestal de Conservao corresponde ao conjunto das
reas florestais integradas em Rede Natura 2000, SIC Serras da Peneda
e Gers e SIC Rio Lima. Desempenha como subfuno principal a
conservao da Natureza e da biodiversidade, associando-se-lhe ainda
o recreio, o enquadramento e a esttica da paisagem.
2 A subfuno principal de conservao visa contribuir para
assegurar a biodiversidade, atravs da conservao ou do restabelecimento dos habitats naturais e da flora e da fauna selvagens num
estado de conservao favorvel e da proteo, gesto e controlo
CAPTULO VI
Espaos Afetos Explorao
de Recursos Geolgicos
Artigo 58.
Identificao
Os espaos afetos explorao de recursos geolgicos englobam
as reas do territrio, delimitadas na Planta de Ordenamento e na
29266
Planta de Condicionantes, onde ocorre ou pode ocorrer a explorao de recursos geolgicos e subdividem-se em espao existente
e espao potencial.
Artigo 59.
Regime
1 Neste espao permitido a explorao dos recursos minerais
existentes, conforme previsto na legislao em vigor.
2 O acesso e o abandono da atividade de pesquisa e de explorao
de recursos geolgicos faz-se no mbito do cumprimento da legislao
especfica em vigor e o definido na Licena.
3 Neste espao admissvel a instalao de anexos para apoio
atividade e de outros estabelecimentos industriais que se prendam com
a atividade transformadora final desde que se sejam localizados dentro
da rea de explorao.
4 Os planos ambientais e de recuperao paisagstica, previstos
na legislao em vigor, devem ser implementados por fases, de acordo
com os respetivos planos de pedreira, medida que sejam abandonadas
as reas j exploradas.
5 Nas reas de recursos geolgicos potenciais no so permitidas
atividades e ocupaes que ponham em risco os respetivos recursos
geolgicos existentes e a sua explorao futura.
CAPTULO VII
Aglomerados Rurais
Artigo 60.
Identificao, caracterizao e usos
1 Os Aglomerados Rurais, delimitados na Planta de Ordenamento,
so espaos rurais edificados, constituindo pequenos ncleos populacionais consolidados, com funes residenciais e de apoio a atividades
em solo rural, com um regime de uso do solo que assegure a sua qualificao como rural.
2 Funcionam como espaos de articulao de funes residenciais, de desenvolvimento rural e de servios bsicos aos
residentes, atravs de solues apropriadas s suas caractersticas,
tendo sempre subjacente a preocupao de manuteno da sua
ruralidade.
3 Nestas reas so permitidos os seguintes usos:
a) Habitaes unifamiliares, excluindo a tipologia geminada;
b) Estruturas de apoio agrcola, pecurio e florestal;
c) Centros de Interpretao;
d) Empreendimentos de turismo no espao rural.
4 Admitem-se outros usos no descriminados no ponto anterior
considerados complementares ou compatveis com os referidos, designadamente os seguintes:
a) Pequeno comrcio;
b) Pequenas unidades de transformao de produtos agrcolas, florestais ou pecurios;
c) Pequenas unidades de alojamento ou restaurao;
d) Servios de apoio a empreendimentos tursticos em dimenso
adequada.
Artigo 61.
Regime de edificabilidade
1 A edificabilidade nos aglomerados rurais tem como pressuposto a preservao e a conservao dos aspetos dominantes da
sua imagem, na construo, na reconstruo ou na ampliao de
edifcios, devendo ser respeitada a crcea e a moda da envolvente,
as caractersticas arquitetnicas e cromticas, tendo como referncia
os seguintes parmetros:
a) O nmero mximo de pisos acima da cota de soleira de 2 (rs-do-cho + 1 piso);
b) O nmero mximo de pisos abaixo da cota de soleira de 1;
c) O ndice mximo de ocupao do solo de 0,6;
d) O ndice mximo de utilizao do solo de 1,2;
e) A altura mxima da edificao de 8,0 m.
2 Em termos morfolgicos, sobretudo em termos de volumetria
e de linguagem arquitetnica, as edificaes devem procurar uma
integrao formal no espao rural, no que respeita a caractersticas dominantes das construes e dos prprios ncleos onde se
inserem.
CAPTULO VIII
reas de Edificao Dispersa
Artigo 62.
Identificao, caracterizao e usos
1 As reas de Edificao Dispersa, delimitadas na Planta de Ordenamento, so espaos edificados integrados em solo rural, de reduzida
expresso espacial, constituindo pequenos ncleos de algumas construes com funes residenciais e usos mistos, para os quais se objetiva
um regime de solo que vise a sua conteno e colmatao, e perspetive
a respetiva infraestruturao quando necessria.
2 Nestas reas so permitidos os seguintes usos:
a) Habitaes unifamiliares;
b) Estruturas de apoio agrcola, pecurio e florestal;
c) Pequeno comrcio e pequenas unidades de restaurao e alojamento;
d) Pequenas unidades de transformao de produtos agrcolas, florestais ou pecurios;
e) Servios de apoio a empreendimentos tursticos em dimenso
adequada.
Artigo 63.
Regime de edificabilidade
1 A edificabilidade em reas de Edificao Dispersa tem como
pressuposto a conteno do permetro global e a sua colmatao e infraestruturao, quando necessria, tendo como referncia os seguintes
parmetros:
a) O nmero mximo de pisos acima da cota de soleira de 2 (rs-do-cho + 1 piso);
b) O nmero mximo de pisos abaixo da cota de soleira de 1;
c) O ndice mximo de ocupao do solo de 0,6;
d) O ndice mximo de utilizao do solo de 1,2;
e) A altura mxima da edificao de 8,0 m.
2 Em termos morfolgicos, sobretudo em termos de volumetria e de
linguagem arquitetnica, as edificaes devem procurar uma integrao
formal no espao rural e no conjunto onde se inserem.
CAPTULO IX
Espaos Destinados a Equipamentos
Artigo 64.
Identificao, caracterizao e usos
1 Os espaos destinados a equipamentos correspondem a reas
com equipamentos coletivos existentes integradas em solo rural, para
os quais se permite a, alterao, reconstruo ou ampliao de acordo
com regras especficas para cada tipo de equipamento em causa, como
escolas, desportivos, de apoio social, de recreio e lazer.
2 Os usos dominantes desta categoria de espao so todos os tipos
de equipamento coletivo.
3 Admite-se a instalao nestes espaos, como usos complementares, os de comrcio e servios bem como equipamentos de apoio aos
usos dominantes.
4 So usos compatveis dos usos dominantes desta categoria de
espao, entre outros, a instalao de estabelecimentos de alojamento, e
de restaurao e bebidas.
Artigo 65.
Regime de edificabilidade
1 As operaes urbansticas previstas no artigo anterior, quando
se trate de equipamentos existentes que mantenham ou estabeleam
uso para equipamento coletivo esto isentas do cumprimento de parmetros de edificao, devendo ser desenvolvidos tendo em ateno as
condies morfolgicas, topogrficas e ambientais que caracterizam a
envolvente.
2 As operaes urbansticas previstas no artigo anterior, quando
se trate de ampliaes e de instalao de novos equipamentos, esto
sujeitas s seguintes regras:
i) O nmero mximo de pisos admitidos acima da cota de soleira
de 2 (rs-do-cho + 1piso);
ii) O nmero mximo de pisos admitidos abaixo da cota de soleira
de 1;
iii) O ndice mximo de ocupao do solo de 0,6;
29267
CAPTULO X
Espaos afetos a atividades industriais
Artigo 66.
Identificao, caracterizao e usos
1 Os Espaos Afetos a Atividades Industriais, delimitados na Planta
de Ordenamento, so espaos destinados ocupao industrial, de armazenagem e comerciais, complementares atividade agrcola, pecuria,
florestal e geolgica.
2 Esto includas nesta Categoria de Espao as reas especficas
de ocupao industrial, de armazenagem, servios e comrcio complementares atividade agrcola, pecuria, florestal e geolgica e desde que
no resultem condies de incompatibilidade nos termos do artigo 20.
3 Nestas reas so permitidos os seguintes usos:
a) Industria;
b) Armazenagem;
c) Servios;
d) Comrcio.
SECO I
Espaos Centrais
Artigo 70.
Artigo 67.
Regime de edificabilidade
TTULO VI
Solo Urbano
CAPTULO I
Disposies Comuns
Artigo 68.
Critrios supletivos
1 Nas reas em que no existam instrumentos de gesto e de execuo em vigor (Loteamentos, Unidades de Execuo, Planos de Pormenor
ou Planos de Urbanizao), as operaes urbansticas a concretizar
devem seguir o alinhamento da dominante no troo do arruamento em
que se insere a construo, podendo o Municpio sempre que entenda
necessrio indicar um outro alinhamento a adotar.
2 As obras de construo, de alterao ou de ampliao em situaes de colmatao ou de substituio em zonas urbanas consolidadas,
podem exceder os parmetros previstos no respetivo regime de edificabilidade, por razes reconhecidas pelo Municpio em prol do equilbrio e
coerncia morfolgica urbana, desde que no ultrapassem a altura mais
frequente da frente edificada do lado do arruamento onde se integra a
nova edificao, no troo de rua compreendido entre as duas transversais
mais prximas, para um e outro lado.
3 So admitidas indstrias do tipo 2 e 3.
4 No caso de indstrias existentes no previstas no nmero anterior do presente artigo permitida a sua ampliao desde que com ela
se vise a melhoria das condies ambientais e de funcionalidade e no
se criem situaes de incompatibilidade nomeadamente em termos de
estacionamento, de circulao e rudo.
CAPTULO II
Solo Urbanizado
Artigo 69.
Identificao e caracterizao
1 O Solo Urbanizado constitudo pelas reas estruturadas em
funo de uma malha viria e que so servidas por um elevado nvel
de redes de infraestruturas de apoio urbanizao e edificao e que
integram as reas edificadas e as reas complementares no edificadas.
a) Habitao;
b) Comrcio a retalho;
c) Grandes superfcies comerciais;
d) Servios;
e) Equipamentos de utilizao coletiva;
f) Empreendimentos tursticos.
3 So usos compatveis com os Espaos Centrais:
a) Indstrias do tipo 3, assim como as do tipo 2, desde que tenham at
20 trabalhadores fabris e mantenham parmetros de potncia eltrica e
trmica igual ou abaixo do previsto nas disposies legais aplicveis,
para as unidades industriais do tipo 3;
b) Armazns;
c) Oficinas de veculos automveis, desde que no encostem a edifcios habitacionais;
d) Outros usos desde que compatveis com os dominantes.
Artigo 71.
Regime de Edificabilidade
1 As regras aplicveis em termos de edificabilidade aos Espaos
Centrais Tipo EC2 so as seguintes:
a) O nmero mximo de pisos admitidos acima da cota de soleira
de 2 (rs-do-cho + 1 piso);
b) O nmero mximo de pisos admitidos abaixo da cota de soleira de 1;
c) O ndice mximo de ocupao do solo de 0,6;
d) O ndice mximo de utilizao do solo de 1,3;
e) A altura mxima da edificao de 8,0 m.
2 As regras aplicveis em termos de edificabilidade aos Espaos
Centrais Tipo EC3 so as seguintes:
a) O nmero mximo de pisos admitidos acima da cota de soleira
de 3 (rs-do-cho + 2 pisos);
b) O nmero mximo de pisos admitidos abaixo da cota de soleira
de 1;
c) O ndice mximo de ocupao do solo de 0,6;
d) O ndice mximo de utilizao do solo e de 1,9;
e) A altura mxima da edificao de 10,60 m.
3 As regras aplicveis em termos de edificabilidade aos Espaos
Centrais Tipo EC4 so as seguintes:
a) O nmero mximo de pisos admitidos acima da cota de soleira
de 4 (rs-do-cho + 3 pisos);
b) O nmero mximo de pisos admitidos abaixo da cota de soleira
de 2;
c) O ndice mximo de ocupao do solo de 0,6;
29268
SECO II
SECO III
Espaos de Atividades Econmicas
Artigo 74.
Identificao, caracterizao e usos
1 Os Espaos de Atividades Econmicas incluem as reas especficas de ocupao industrial, de armazenagem e servios existente,
sem prejuzo da possibilidade de novas instalaes industriais ou de
outros usos, nomeadamente comerciais, de equipamento e servios, de
restaurao e hotelaria, os quais apenas se podero instalar em parcelas
autnomas das instalaes industriais.
2 Os usos dominantes desta categoria de espao so a indstria
e a armazenagem.
3 So usos compatveis dos usos dominantes desta categoria de
espao a instalao de superfcies comerciais, de estabelecimentos hoteleiros, de estabelecimentos de restaurao e bebidas, de locais de
diverso e outros servios e equipamentos no admitidos nos espaos
urbanos, bem como atividades de gesto de resduos levadas a cabo
nos termos da lei.
4 A existncia de estabelecimentos hoteleiros em espao industrial
no pode ser prejudicada pela instalao de atividades insalubres, poluentes, ruidosas ou incomodativas na envolvente do empreendimento
hoteleiro.
5 Nestes espaos no permitido o uso habitacional, admitindo-se
apenas uma componente edificada de apoio ao pessoal de vigilncia ou
segurana a englobar nas instalaes referidas nos nmeros anteriores.
Artigo 75.
Regime de edificabilidade
1 As intervenes urbansticas devem cumprir os seguintes requisitos:
a) O ndice mximo de utilizao do solo de 0,50;
b) O ndice mximo de impermeabilizao do solo de 0,70;
c) A Altura mxima da edificao de 9 metros;
2 O afastamento mnimo a observar pelas novas construes aos
respetivos limites fundirios, do lote ou parcela, de 10 metros, com
exceo de anexos, portarias e instalaes tcnicas ou de outra natureza,
cuja justificao seja aceite pela Cmara Municipal.
Espaos Residenciais
Artigo 72.
SECO IV
Espaos Verdes
1 Os espaos residenciais correspondem ao tecido urbano consolidado e em consolidao, destinado preferencialmente a funes
residenciais, em que a definio dos sistemas de circulao e do espao
pblico se encontram estabilizadas e em que se pretende a sua colmatao
de acordo com a ocupao urbana envolvente.
2 Nos Espaos Residenciais so permitidos os seguintes usos:
a) Habitao;
b) Comrcio;
c) Servios;
d) Equipamentos de utilizao coletiva.
3 So usos compatveis com os Espaos Residenciais:
a) Indstrias do tipo 3 e do tipo 2 desde que tenham at 20 trabalhadores fabris e mantenham os parmetros de potncia eltrica e trmica
igual ou abaixo do previsto nos termos da legislao em vigor para as
unidades industriais do tipo 3;
b) Empreendimentos tursticos;
c) Outros usos no descriminados e compatveis com o dominante.
Artigo 73.
Regime de Edificabilidade
As regras aplicveis em termos de edificabilidade aos Espaos Residenciais so as seguintes:
a) O nmero mximo de pisos admitidos acima da cota de soleira
de 2 (rs-do-cho + 1 piso);
b) O nmero mximo de pisos admitidos abaixo da cota de soleira de 1;
c) O ndice mximo de ocupao do solo de 0,6;
Artigo 76.
1 Os espaos verdes correspondem a reas em que ocorrem maioritariamente sistemas com valor ambiental, paisagstico e patrimonial e
destinam-se a promover o recreio e lazer da populao, bem como complementar a qualificao ambiental e paisagstica do territrio urbano.
2 permitida a manuteno de edifcios existentes desde que as
atividades neles instaladas ou a instalar sejam dinamizadoras do uso e
fruio da rea onde se inserem ou garantidamente no os prejudiquem.
3 Nos Espaos Verdes so permitidos os seguintes usos:
a) Quiosques;
b) Parques infantis;
c) Equipamentos e ou infraestruturas de apoio s atividades que
tenham como objetivo a valorizao dessas reas.
4 So usos compatveis com os Espaos Verdes:
a) Estabelecimentos de restaurao e bebidas;
b) Empreendimentos de turismo;
c) Edificaes com fins agrcolas destinadas recolha e armazenagem
de mquinas e alfaias agrcolas, bem como de produtos resultantes da
explorao.
Artigo 77.
Regime de edificabilidade
1 Nos espaos verdes de recreio e lazer so permitidas arruamentos
permeveis, infraestruturas, edificaes e instalaes amovveis acess-
29269
SECO V
Artigo 81.
Regime de Edificabilidade
Artigo 78.
TTULO VII
Regime de edificabilidade
1 As operaes urbansticas previstas no artigo anterior, quando
se trate de equipamentos existentes que mantenham ou estabeleam uso
para equipamento coletivo esto isentas do cumprimento de parmetros
de edificao, devendo ser desenvolvidos tendo em ateno as condies
morfolgicas, topogrficas e ambientais que caracterizam a envolvente.
2 As operaes urbansticas previstas no artigo anterior, quando se
trate de equipamentos novos, esto sujeitas s seguintes regras:
i) O nmero mximo de pisos admitidos acima da cota de soleira
de 2 (rs-do-cho + 1 piso);
ii) O nmero mximo de pisos admitidos abaixo da cota de soleira de 1;
iii) O ndice mximo de ocupao do solo de 0,6;
iv) O ndice mximo de utilizao do solo de 1,3;
v) A altura mxima da edificao de 8,0 m.
CAPTULO III
Solo Urbanizvel
Artigo 80.
Identificao, Caracterizao e Usos
1 O solo urbanizvel caracteriza-se pela sua vocao para uma
ocupao com fins urbanos.
2 O Solo Urbanizvel compreende as seguintes categorias e subcategorias de espao:
a) Espaos Centrais
i) Tipo EC2;
ii) Tipo EC3;
QUADRO 1
Estacionamento
Habitao unifamiliar. . . . . . . . . . . . . . . 1 lugar por fogo com rea coberta igual ou inferior a 120m2;
2 lugares por fogo com rea coberta entre 120m2 e 300m2;
3 lugares por fogo com rea coberta superior a 300m2;
O nmero total de lugares resultante da aplicao dos critrios anteriores acrescido de 20 % para
estacionamento pblico no mbito de operaes de loteamento urbano e em operaes de impacte
urbanstico relevante
Habitao coletiva . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,5 lugar por fogo com rea mdia fogo inferior a 120m2;
2 lugares por fogo com rea mdia de fogo entre 120m2 e 300m2;
29270
Tipo de ocupao
Estacionamento
29271
QUADRO 3
Infraestruturas arruamentos
Artigo 86.
Rede Rodoviria
CAPTULO II
Cedncias e compensaes
1 As reas destinadas a espaos verdes e de utilizao coletiva,
infraestruturas e equipamentos resultantes do disposto no artigo anterior, passaro a integrar o domnio municipal, atravs da sua cedncia
gratuita ao municpio.
2 O municpio pode prescindir da integrao no domnio municipal e consequente cedncia da totalidade ou parte das reas referidas
no nmero anterior, com pagamento de correspondente compensao,
em numerrio ou em espcie, nos termos definidos em regulamento
municipal, nas seguintes situaes devidamente justificadas com suporte
no contexto urbano:
a) Desnecessidade de rea destinada a infraestruturas por o prdio a
lotear j estar servido pelas mesmas, nomeadamente:
i) Por ser confinante com vias pblicas preexistentes que lhe asseguram acesso rodovirio e pedonal;
ii) Quando a operao urbanstica se localize em rea consolidada
e existam condicionantes regulamentares ou fsicos construo de
estacionamento;
b) No se justificar a localizao de reas destinadas a equipamento
ou espao verde pblico, nomeadamente por:
i) As respetivas funes poderem ser asseguradas por reas de domnio
pblico ou privadas de utilizao coletiva destinadas queles fins j
existentes no prdio objeto da operao urbanstica;
ii) Inviabilidade ou inadequao das reas destinadas queles fins
pblicos, pela reduzida dimenso ou configurao do prdio objeto da
operao urbanstica;
iii) Manifesta impossibilidade de uma correta integrao urbanstica
das reas destinadas queles fins pblicos, tendo em conta as caracte-
Artigo 87.
Identificao
1 O Plano Diretor Municipal, na sua planta de ordenamento, estabelece uma estruturao hierarquizada da rede rodoviria no concelho
e que constituda por:
a) Rede Rodoviria Principal;
b) Rede Rodoviria Distribuidora:
i) Existente;
ii) Proposta;
c) Rede Rodoviria Estruturante:
i) Existente;
ii) Proposta;
d) Rede Rodoviria Local:
i) Existente;
ii) Proposta;
e) Vias projetadas e ou propostas;
2 Ao nvel da circulao pedonal de lazer, definido um percurso
pedonal ribeirinho com ciclovia, cujo desenvolvimento ao longo das
margens do rio Cvado.
3 Na classificao funcional estabelecida no n. 1 integram-se
as vias rodovirias classificadas ao nvel nacional e as vias rodovirias municipais classificadas e no classificadas pela legislao
em vigor.
29272
2 Para a rede viria existente, as faixas de proteo so as estabelecidas na legislao aplicvel para cada tipologia de via de nvel
nacional ou municipal.
Artigo 88.
CAPTULO III
Caracterizao
Infraestruturas
1 A Rede Rodoviria Principal, assinalada na planta de ordenamento, corresponde ao troo do itinerrio principal/autoestrada IP9/
A3, localizado no setor excntrico do NW do Concelho e caracteriza-se
por ser uma via de comunicao de interesse nacional e que serve de
base de apoio rede rodoviria distribuidora.
2 A Rede Rodoviria Distribuidora, assinalada na planta de ordenamento, corresponde aos traados da EN 101 e respetivos acessos ponte
sobre o rio Cvado, da EN 201, da EN 308, da ER 205, da ER 308, das
propostas de variantes EN 101 e ER 205 e respetivos acessos rede
existente e aos traados de vias municipais que passam por um troo
da EN 101, da ER 205, da ER 308, do CM 1063 e nova ponte sobre o
rio Cvado, da Via Homem Lima e da nova ponte e acessos sobre o
rio Cvado na Vila de Prado, as quais se caracterizam por serem eixos
fundamentais que permitem a acessibilidade externa, bem como a articulao entre os maiores ncleos urbanos do concelho.
3 A Rede Rodoviria Estruturante, assinalada na planta de ordenamento corresponde a um conjunto de estradas municipais, caminhos
municipais e vias municipais no classificadas que permitem as principais ligaes entre as diversas freguesias do concelho.
4 A Rede Rodoviria Local corresponde ao conjunto de todas as
outras vias municipais no inseridas na rede rodoviria distribuidora e
estruturante, traduzindo a rede viria interna do concelho que estabelece
a acessibilidade interfreguesias e intrafreguesias.
5 As Vias Projetadas e ou Propostas correspondem a uma nova
estruturao viria de espaos territoriais importantes do concelho, incluindo novas travessias do rio Cvado, articuladas com a rede existente,
integrando a classificao funcional da rede rodoviria distribuidora,
estruturante e local.
6 O Percurso Pedonal Ribeirinho com Ciclovia corresponde a
futuros corredores que pretendem incorporar a oferta de circuitos recreativos e de lazer, divulgando os recursos naturais e paisagsticos do
concelho.
Artigo 91.
Identificao, caracterizao e usos
1 As infraestruturas existentes ou previstas e as instalaes especiais so as identificadas na Planta de Ordenamento, a saber:
a) Abastecimento de gua:
i) Estao de Tratamento de guas;
ii) Estao Elevatria ou Reservatrio.
b) Drenagem de guas residuais Estao Elevatria de guas
Residuais.
c) Energia Subestao Eltrica.
2 Os usos a que estejam afetas as infraestruturas e instalaes especiais existentes podem ser alterados pelo municpio quando no estejam
sujeitos a servides administrativas e desde que seja mantida a finalidade
genrica de ocupao com infraestruturas ou instalaes especiais.
3 Quando se tratar de infraestruturas ou instalaes especiais situadas em solo rural, os novos destinos de uso que lhes possam ser
atribudos ao abrigo do disposto no nmero anterior no podem conferir
s respetivas reas o estatuto de solo urbano.
Artigo 92.
Regime de Edificabilidade
A edificabilidade a adotar para cada uma das reas integradas nesta
categoria ser a estritamente exigida pela prpria natureza das infraestruturas ou instalaes especiais que em Vila Verde venham a ser
criadas.
Artigo 89.
TTULO VIII
Regime e Caractersticas
1 Sem prejuzo do disposto em Regulamento Municipal de Urbanizao e Edificao e de situaes excecionais devidamente justificadas,
nomeadamente por limitaes resultantes de edificaes existentes ou
necessidade de preservao dos valores patrimoniais e ambientais:
a) A via rodoviria principal corresponde ao IP9/AE3, assumindo as
caractersticas definidas na base da concesso, incluindo as zonas de
servido aplicvel as definidas na legislao em vigor.
b) As vias rodovirias distribuidoras, existentes e propostas, devem
adquirir as caractersticas fsicas e operacionais constantes das normas
tcnicas elaboradas pela Estradas de Portugal referentes rede complementar/estradas nacionais, incluindo as zonas de servido aplicveis
definidas na legislao em vigor.
c) As vias rodovirias estruturantes, existentes e propostas, devem
adquirir as caractersticas fsicas constantes das normas tcnicas elaboradas pela Estradas de Portugal referentes s estradas nacionais, sendo
as zonas de servido aplicveis, as definidas na legislao em vigor para
estradas municipais ou em regulamento municipal.
d) As vias rodovirias locais, existentes e propostas, devem adquirir
as caractersticas fsicas e operacionais estabelecidas na lei ou em regulamento municipal.
2 As vias inseridas em solo urbano, podem adquirir conformaes e dimensionamentos adequados a preexistncias e alinhamentos
determinados por edificaes existentes, e respeitar os parmetros de
dimensionamento estabelecidos no Quadro 3 do n. 1 do Artigo 85.,
podendo no se aplicar o definido na alnea c) e d) do ponto anterior.
Artigo 90.
Espaos canais e faixas de proteo no edificvel
1 A rede rodoviria projetada e ou proposta enquadrada em
espaos canal que tm por objetivo garantir as adequadas condies
para a sua execuo e que esto delimitados na planta de ordenamento,
cuja ocupao deve ser aprovada previamente pelo Municpio, ou pela
entidade competente em termos legais.
CAPTULO I
Programao do plano
Artigo 93.
Programao estratgica das intervenes urbansticas
1 A programao estratgica de execuo do Plano ser determinada pela Cmara Municipal e aprovada pela Assembleia Municipal,
atravs da aprovao de programas anuais ou plurianuais de concretizao das opes e prioridades de desenvolvimento urbano e setorial
do municpio.
2 No mbito destes programas, a Cmara Municipal estabelece as
prioridades de concretizao das Unidades Operativas de Planeamento e
Gesto identificadas no Plano ou de unidades de execuo, privilegiando
as seguintes intervenes:
a) As que, contribuindo para a concretizao dos objetivos do Plano,
possuam carcter estruturante no ordenamento do territrio e sejam
catalisadores do seu desenvolvimento;
b) As de consolidao e qualificao do solo urbanizado;
c) As de proteo e valorizao da estrutura ecolgica;
d) As que permitam a disponibilizao de solo para equipamentos,
espaos verdes e infraestruturas necessrias satisfao das carncias
detetadas;
e) As destinadas a enquadrar operaes que resultem da libertao
de terrenos por desativao ou deslocalizao de usos e atividades
anteriores.
Artigo 94.
Programao operacional
1 A programao operacional consiste na definio pela Cmara
Municipal de linhas orientadoras de concretizao da estratgia de planea-
29273
4 Nos Espaos de Atividades Econmicas, a rea total de construo a resultante do somatrio dos valores calculados nas alneas seguintes:
2 A programao operacional pode materializar-se atravs da utilizao isolada ou articulada dos seguintes instrumentos:
a) Plano de Urbanizao;
b) Plano de Pormenor;
c) Unidades de Execuo;
d) Programa de Ao Territorial.
CAPTULO II
Execuo do Plano
Zonamento operacional
CAPTULO III
Artigo 95.
a) Solo urbanizado;
b) Solo urbanizvel.
Critrios Perequativos
Artigo 96.
Artigo 99.
1 Em solo urbanizado a execuo do Plano processa-se, dominantemente, atravs do recurso a operaes urbansticas previstas no RJUE
(Regime Jurdico de Urbanizao e Edificao).
2 Excetuam-se do disposto do nmero anterior:
Artigo 100.
Mecanismos de perequao
1 Os mecanismos de perequao a aplicar nos instrumentos
previstos nas UOPG e Unidades de Execuo, referidas no n. 2 do
artigo anterior, so os definidos no RJIGT, nomeadamente, o ndice
mdio de utilizao, a cedncia mdia e a repartio dos custos de
urbanizao.
2 Os valores numricos do ndice mdio de utilizao e da cedncia mdia sero estabelecidos no mbito de cada um dos Planos de
urbanizao ou de pormenor em causa, no cumprimento dos parmetros
urbansticos previstos no presente Plano.
3 No caso de Unidades de Execuo delimitadas para reas no
disciplinadas por Plano de urbanizao ou de pormenor, ou no caso de
estes serem omissos na matria, os valores numricos do ndice mdio
de utilizao e da cedncia mdia, sero obtidos da seguinte forma:
O ndice mdio de utilizao a mdia ponderada dos ndices de
utilizao do solo estabelecidos no presente Plano aplicveis aos prdios
que integram a unidade de execuo em causa.
Artigo 101.
Aplicao dos mecanismos de perequao
1 fixado para cada um dos prdios, um direito abstrato de construir, que se designa por edificabilidade mdia, dado pelo produto do
ndice mdio de utilizao pela rea do mesmo prdio.
2 Quando a edificabilidade do prdio for superior edificabilidade
mdia, o proprietrio deve ceder, para integrao no domnio privado
do municpio, uma rea de terreno que comporte esse excedente de
capacidade construtiva.
3 Quando a edificabilidade for inferior mdia, o proprietrio
ser recompensado nos termos do disposto no Regime Jurdico dos
Instrumentos de Gesto Territorial.
4 Quando o proprietrio ou promotor, podendo realizar a edificabilidade mdia no seu prdio, no o queira fazer, no h lugar
compensao a que se refere o n. 3 do presente artigo.
5 Quando a rea de cedncia efetiva for superior ou inferior cedncia mdia dever verificar-se a compensao nos termos do Regime
Jurdico dos Instrumentos de Gesto Territorial.
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TTULO IX
Unidades Operativas de Planeamento e Gesto
Artigo 102.
Delimitao e identificao
1 As Unidades Operativas de Planeamento e Gesto compreendem
as reas de interveno dos Planos de Urbanizao e de Pormenor em
elaborao, bem como os polgonos territoriais definidos como tal no
presente Plano.
2 O Territrio de Vila Verde compreende as seguintes Unidades
Operativas de Planeamento e Gesto:
a) Espao Urbano da Sede do Concelho;
b) Espao Urbano da Vila de Prado;
c) Polo Urbano do Vade;
d) Polo Urbano do Neiva
e) Polo Urbano do Homem
f) Parque Urbano e Expanso a Sul de Moure
g) Zona Desportiva e de Lazer da Freguesia da Lage
h) Zona Ribeirinha de Cabanelas
i) Parque de Inovao e do Conhecimento I9 Park
j) Zona Ribeirinha da Vila de Prado
k) Zona de requalificao Ambiental das Lagoas dos Carvalhinhos
l) Parque Empresarial do Neiva
m) Parque Empresarial de Arcozelo
n) Parque Empresarial de Vale do Homem
o) Parque Empresarial de Oleiros
3 A delimitao das Unidades Operativas de Planeamento e Gesto pode ser ajustada quando tal resulte da necessidade de a conformar
ao cadastro de propriedade ou rede viria, podendo igualmente ser
alterados os limites da sua abrangncia, quando tal for justificado em
sede de Plano de Urbanizao ou Plano de Pormenor ou Unidade de
Execuo.
4 Cada UOPG pode ser desenvolvida de uma s vez ou, em casos
justificados, dividida em subunidades de menor dimenso.
5 Enquanto no estiverem aprovados os instrumentos de programao e execuo a desenvolver no mbito das UOPG, s so admitidas
operaes urbansticas que no colidam com os objetivos para ela definidos e de acordo com as regras aplicveis previstas no presente Plano.
TTULO X
Disposies Finais
Artigo 103.
Acertos e ajustamentos
1 No caso de se verificarem imprecises na demarcao de
via pblica existente, na Planta de Ordenamento, os usos e outras
condies a considerar para as reas afetadas so as das categorias
de uso de solo adjacentes, utilizando-se, quando necessrio, o eixo
da via tal como est implantada como linha divisria entre os diferentes usos.
2 Quando um prdio integre mais do que uma categoria de usos
do solo, a ocupao com os usos e outras condies admitidas para a
categoria adjacente via pblica poder prolongar-se para as reas do
prdio integradas noutras categorias, desde que:
a) Tal no afete servides administrativas e restries de utilidade
pblica;
b) No sejam afetados os espaos naturais e os espaos verdes de
recreio e lazer;
c) A rea utilizada nesse prolongamento no exceda 30 % da parte
do prdio integrada na categoria de uso do solo selecionada adjacente
via pblica;
d) A Cmara Municipal reconhea que tal no prejudica o correto
ordenamento do territrio.
3 Quando o prdio integre mais do que uma categoria ou subcategoria de espao, o ndice mximo de utilizao do solo admitido resulta
do quociente entre o somatrio das diferentes reas de construo para
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ANEXO I
Unidades Operativas de Planeamento e Gesto
UOPG 1 Espao Urbano da Sede do Concelho
1 Objetivos programticos:
a) Reforo e qualificao da imagem e da centralidade de Vila Verde;
b) Tornar a sede do concelho atrativa funo residencial, comercial
e de lazer;
c) Promover uma ocupao urbana legvel e orientadora de percursos,
articulada com a envolvente;
d) Reordenar a circulao viria compatibilizando-a com as funes
urbanas que deve apoiar e com as novas acessibilidades, sobretudo as
que derivam da variante EN 101;
e) Promover uma imagem urbana equilibrada em termos de preservao de valores patrimoniais, compatibilizao de morfologias e apelativa
ao nvel da qualidade do espao urbano;
f) Promover a criao de reas verdes de enquadramento e fruio
pblica junto variante EN 101 e na margem direita do Rio Homem.
2 Indicadores e parmetros urbansticos:
a) Aplicam-se os indicadores e parmetros urbansticos nos artigos 71., 75., 79. e 81.
3 Formas de execuo:
A execuo realiza-se atravs de operaes urbansticas enquadradas
em operaes de loteamento, unidade de execuo ou Plano de Pormenor,
sem prejuzo do disposto no artigo 81.
UOPG 2 Espao Urbano da Vila de Prado
1 Objetivos Programticos:
a) Promover a qualificao dos espaos urbanos centrais, designadamente do espao da feira, na perspetiva do reforo da centralidade urbana;
b) Promover a multifuncionalidade dos espaos centrais privilegiando
o uso habitacional, comercial e de servios;
c) Garantir sistemas de continuidade e coeso urbana, anulando o
efeito divisor da variante rodoviria;
d) Articular o sistema urbano com a requalificao da frente ribeirinha, promovendo continuidades relativamente ao espao central e s
novas acessibilidade e ganhando a potenciao deste espao de elevada
qualidade cnica;
e) Promover a salvaguarda do conjunto urbano mais antigo, junto
ponte sobre o Cavado, em termos de edificado e de espaos urbanos
associados;
f) Contrariar a tendncia de construo em altura verificada recentemente em prol da harmonizao de crceas com a moda dominante;
g) Promover uma articulao funcional polarizadora com a sede do
concelho, em termos de sistema de transportes e de complementaridades
funcionais.
2 Indicadores e Parmetros Urbansticos:
a) Adotam-se os parmetros estabelecidos nos artigos 71., 75.,
79. e 81.
3 Formas de execuo:
A execuo realiza-se atravs de operaes urbansticas enquadradas
em operaes de loteamento, unidade de execuo ou Plano de Pormenor,
sem prejuzo do disposto no artigo 81.
UOPG 3, 4 e 5 Polos Urbanos do Vade, do Neiva e do Homem
1 Objetivos Programticos:
a) O reforo da centralidade estruturante deste aglomerado estruturante;
b) A preservao das caractersticas gerais da malha urbana preexistente;
c) A manuteno das especificidades de ocupao dominante de
habitao unifamiliar, sem prejuzo de ocupaes destinadas a outras
atividades compatveis;
d) A criao de um sistema de espaos urbanos de utilizao coletiva
que reforce a coeso do aglomerado;
e) A criao de planos de alinhamentos para as novas construes;
f) A criao de infraestruturas e equipamentos estruturantes e polarizadores;
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MUNICPIO DE VIMIOSO
Aviso n. 12955/2014
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PARTE I
INSTITUTO SUPERIOR MIGUEL TORGA
Despacho n. 14052/2014
Segunda alterao do plano de estudos do ciclo de estudos
conducente obteno do grau de licenciado em Gesto
Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei n. 74/2006 de 24 de maro,
alterado pelos Decretos-Leis n.os 107/2008 de 25 de junho, n. 230/2009