Cadeia Produtiva Do Morango
Cadeia Produtiva Do Morango
Cadeia Produtiva Do Morango
ADMINISTRAO- 8 PERODO
AGRONEGCIOS
CADEIA PRODUTIVA DO
MORANGO
INTRODUO
Na ltima dcada, verificou-se um interesse crescente pela implantao da cultura, do
morango. Entretanto, a cultura comeou a expandir-se de 1960, com o lanamento da
cultivar Campinas, de expresso ainda hoje (Passos, 1997). Desde ento, no mais parou
de se desenvolver, e tambm em rea do Estado do Rio Grande do Sul, So Paulo e
Minas Gerais, e regies de diferentes solos e climas, como Gois, Santa Catarina,
Esprito Santo e Distrito Federal.
No Rio Grande do Sul, o Vale do Rio Ca o principal produtor de morangos de mesa,
seguido de Caxias do Sul e Farropilha, enquanto Pelotas, e municpios vizinhos, se
destacam na produo de morango-indstria.
Em So Paulo, a produo est concentrada em Campinas, Jundia e Atibaia, sendo que
esta ltima representa 60% da rea cultivada, e em municpios prximos. A cultura
praticada por pequenos produtores rurais que utilizam a mo-de-obra familiar, durante
todo o ciclo da cultura, sendo a maior parte da produo destinada ao mercado "in
natura". A produtividade mdia por Estado, em t/ha, de 32,7 no Rio Grande do Sul;
21,3 no Paran; 25,2 em Minas Gerais; 34 no Esprito Santo e 34 em So Paulo.
Justificado, segundo Ronque (1998), pela grande rentabilidade (224%), quando
comparada a outros cultivos, como, por exemplo, o milho (72%).
A cadeia produtiva do morango possui variadas etapas de produo. Neste trabalho
iremos abordar algumas dessas fases, dentre elas, a preparao do solo, a produo de
mudas, o plantio, prticas culturais, irrigao e fertirrigao, e a colheita e ps-colheita.
2 PRODUO DE MUDAS
2.1.1 A Campo
Para obteno de frutas de qualidade, um dos pr-requisitos essenciais a utilizao de
mudas de alta qualidade gentica e sanitria, em local de baixa potencialidade de
inoculo de fungos e bactrias que sejam agressivos ao morangueiro. Na produo de
mudas de morangueiro, h necessidade de aquisio de plantas matrizes, oriundas de
cultura de tecidos vegetais, das variedades que interessa produzir. Antes do plantio das
matrizes, deve-se escolher o local mais apropriado. O solo deve ser corrigido e adubado,
de acordo com a anlise, incorporando-se o corretivo e melhorando as condies fsicas
do solo para um maior enraizamento e multiplicao dos estolhos. O plantio deve ser
realizado de setembro a novembro, para que as mudas estejam disponveis de abril a
maio, dependendo da regio produtora. Adquiridas as matrizes, deve-se plant-las em
dias frescos. Aps o trmino da operao, recomendada uma irrigao abundante. De
acordo com a necessidade, faz-se a manuteno da umidade do solo com irrigaes
peridicas. O controle de plantas invasoras fundamental durante a produo de
estolhos e multiplicao das mudas, evitando-se a concorrncia por nutrientes e
dificuldades na retirada posterior das mudas. Quando as mudas forem arrancadas, deve
ser efetuada uma limpeza, aparando as folhas e reduzindo um pouco o sistema radicular,
se for o caso. As mudas devem ser padronizadas quanto ao dimetro da coroa, uma vez
que a operao de plantio ser facilitada, melhorar o estande e uniformizar a colheita.
2.1.2 Sem Solo
Outro meio de multiplicao de matrizes a utilizao de canteiros suspensos em
estufas, com a utilizao de substrato inerte (casca de arroz carbonizada) e/ou substratos
esterilizados (solarizado). As matrizes em vasos so colocadas ao lado ou sobre o
canteiro. A partir da emisso dos estolhos, estes so direcionados ao substrato que
servir de suporte para o enraizamento e desenvolvimento da muda. A fertilizao
realizada atravs da fertirrigao. As mudas assim produzidas apresentam melhor
sistema radicular, com reduo substancial de doenas provocadas por fungos de solo.
Maior custo.
Estimula o desenvolvimento de caros, devido formao de microclima seco.
Pela manh, logo aps a evaporao do orvalho, o tnel deve ser aberto
(levantamento da saia) at a altura de 40 a 50 cm, de forma que todo o excesso
de umidade seja eliminado. A abertura do tnel sempre se d do lado oposto ao
vento predominante, evitando que o plstico seja danificado pela ao do mesmo
(Fig.). No final da tarde, o tnel deve ser fechado para que o sereno no molhe
as folhas.
Em dias de chuva ou neblina, o tnel deve permanecer fechado, sendo aberto
apenas com a presena do sol.
No irrigar em demasia, porque com o solo encharcado h uma grande
evaporao, saturando o ambiente no interior do tnel, transformando-o em
cmara
mida,
ideal
para
o
desenvolvimento
de
doenas.
Um tnel mal manejado transforma todas as possveis vantagens em problemas
srios para o cultivo do morangueiro, causando prejuzos equivalentes aos de sua
ausncia.
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5.1.2 Miscofarela
uma doena importante causada por Mycosphaerella fragaria (Tul.) Lindau. Produz
leses nas folhas (Fig. 2) principalmente, nos pecolos e estoles. Nas folhas, a leso
inicia com uma pequena mancha de colorao prpura, que aumenta at 3-6 mm de
dimetro. O centro torna-se marrom, evolui para cinza e finalmente branco nas folhas
maduras. Nos estales, pecolos e clices, as leses so semelhantes s das folhas. Em
condies de tempo mido e quente, pode no ocorrer a colorao prpura-avermelhada
em torno da leso. Em tais condies, o centro acinzentado pode surgir em folhas
jovens.
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5.1.5 Odeo
Causada por Sphaerotheca macularis, uma doena severa sobre as plantas de
morangueiro, principalmente quando cultivadas em estufa plstica. O Sintoma
caracterstico a presena de miclio e esporos do fungo (p branco) em ambos os
lados da folha. Nas folhas, podem ocorrer deformaes, como enrolamento de bordas,
principalmente, se a infeco iniciar antes de seu completo desenvolvimento. Flores e
frutos, em todos os estdios de desenvolvimento, so suscetveis. Frutos maduros
permanecem firmes e carnudos com profuso miclio branco sobre a superfcie (Fig. 5).
Acaro Rajado
O caro rajado, Tetranychus urticae, ocorre no Sul do Brasil, regies e onde so usados,
sistematicamente inseticidas e acaricidas no cultivo do morangueiro. Mede cerca de 1
mm de comprimento e 0,6 mm de largura e possui corpo oval com oito longas pernas.
de cor verde amarelado a verde escuro, com duas manchas escuras nos lados do corpo
(Fig. 3). Os caros vivem em colnias (com diversas formas morfolgicas), na face
inferior da folha, principalmente junto nervura central. Remove os tecidos superficiais
da folha, causando perda de seiva junto s primeiras camadas do tecido foliar. Ocorre
amarelecimento ao longo nervura central e lateralmente (ou tipo de bronzeamento), e
em infestaes severas, ocorre o secamento de folhas, podendo haver reduo qualiquantitativa dos frutos.
6.1.5
das mudas (possibilita maior contato das razes com o solo, eliminando os bolses de ar)
e tambm contribuir para a reduo da temperatura do solo, que benfico no perodo
do transplante
FLUXOGRAMA
RECEPO
(Estocar no mximo por 24 horas)
RETIRAR O PEDICLO E SPALAS
SELECIONAR
LAVAR
(Imerso e asperso de gua clorada)
SELECIONAR E CLASSIFICAR
PRODUTOS
MORANGOS INTEIROS
CORTADOS EM PEDAOS
POLPAS
CONGELAMENTO OU PASTEURIZAO
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ARMAZENAMENTO/COMERCIALIZAO
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CONCLUSO
Diante das anlises apresentadas, conclumos que a cadeia produtiva do morango possui
vrios processos amplos, com extrema importncia tanto no mbito da produo, e na
comercializao. O cultivo do morango um processo que determina do produtor,
muitas tcnicas e especializaes, desde a preparao das mudas, at a ps-colheita. O
morango um produto onde exige muita precauo e cuidado no manuseio, pois seu
fruto delicado.
As pragas e doenas so os fatores que podem influenciar diretamente na produo do
morango. Dessa forma, para reduzir as perdas do morangueiro, devem-se utilizar
inseticidas e precaues necessrias para obter um fruto de boa qualidade.
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REFERNCIAS
Embrapa Clima Temperado- sistema produo do morango, disponvel em<
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Morango/SistemaProducao
Morango/index.htm> Nov/2005
CASAGRANDE, Edgar. Contribuio dos Elos da Cadeia Produtiva do Morango, para
a melhoria do sistema de produo e o padro de qualidades do fruto. Monografia 2011.
VENDRUSCOLO, J.L. Clculo da Concentrao de Caldas e Rendimento de Doces e
Gelias. Pelotas: Embrapa Clima Temperado. 1987. 12p. (Documentos, 13)
WIKIPDIA a Enciclopdia livre. Cadeia produtiva. Disponvel
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_produtiva>. Acesso em: 01 Nov 2012.
em:
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