A Perseverança Dos Santos - Reverendo Sérgio Ribeiro Santos

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A Perseverana dos Santos

por

Reverendo Srgio Ribeiro Santos

Introduo
Normalmente uma pergunta feita no meio cristo:Pode o crente
perder a sua salvao no meio do caminho ou, uma vez salvo, salvo
para sempre?Geralmente, os que contestam uma resposta negativa
a esta pergunta, argumentam: Bom, se o crente no perde a
salvao, significa que ele pode fazer o que quiser e pecar a
vontade!
Este foi um dos questionamentos que Paulo respondeu quando
escreveu igreja em Roma. A pergunta era: Havemos de pecar
porque no estamos debaixo da lei e sim da graa? (Rm. 6:15). A
resposta foi um enftico NO! Paulo rejeitou de longe esta hiptese.
De modo nenhum! Comoviveremos ainda no pecado,
ns os que para ele morremos ? (...) considerai
vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em
Cristo Jesus. (...) De modo nenhum(...) Agora,
porm,libertadosdo pecado,transformadosem servos
de Deus, tendes o vossofrutopara asantificaoe, por
fim, a vida eterna.(Rm. 6:2, 11, 15 e 22)
Podemos comparar esta doutrina a uma longa viagem de carro. Ao
estudarmos o roteiro, escolheremos o caminho que mais nos parece
seguro. Procuraremos um que tenha postos de gasolina, hotis,
restaurantes, oficinas e postos policiais. Tudo isto porque buscamos
segurana e garantia de que chegaremos ao destino final, ainda que
haja dificuldades no percurso. Contudo, todas estas garantias no
nos isenta de dirigirmos com prudncia e responsabilidade, fazermos
uma boa inspeo no veculo antes de viajarmos e estarmos com
toda a documentao em dia.
Semelhantemente a doutrina da perseverana dos santos. Ela nos
d garantia de uma viagem segura e nos garante a chegada ao
destino final. Porm, longe de nos incitar a irresponsabilidade, ela
um motivo a mais para nos dedicarmos a consagrao e a fidelidade.
Ela um dos motivo para corrermos com dedicao a carreira crist,
mesmo em meio todas as dificuldades que surgirem no trajeto. Por
causa desta sublime doutrina, podemos dizer como o apstolo
Paulo:... porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele
poderoso para guardar o meu depsito at aquele Dia (1 Tm.

1:12b).
I A perseverana dos santos e seu significado.
No podemos alimentar falsas formulaes a respeito desta
doutrina. Ela no significa que todo aquele que freqenta a igreja,
que todo aquele que batizado ou fez sua profisso de f, ou
mesmo que todo aquele que aos nossos olhos parea crente,
perseverar at ao fim.
No nosso Catecismo Maior temos uma boa definio do que vm a
ser a perseverana dos santos e porque ela ocorre: Podero os
verdadeiros crentes cair do estado de graa, em razo de suas
imperfeies e das muitas tentaes e pecados que os
assaltam?(Pergunta 79)Resposta:Os crentes verdadeiros, em razo
do amor imutvel de Deus, e do seu decreto e pacto de lhes dar a
perseverana, da unio inseparvel entre eles e Cristo, da contnua
intercesso de Cristo por eles, e do Esprito Santo e da semente de
Deus habitando neles, jamais podero, total ou finalmente, cair do
estado de graa, mas so conservados pelo poder de Deus, mediante
a f para a salvao.
Estudemos esta declarao pormenorizadamente:
1 Realidade para os verdadeiros crentes
Como j afirmamos anteriormente, esta uma doutrina que diz
respeito queles que so verdadeiramente crentes, os escolhidos de
Deus (Ef. 1:34), ou seja, os que nasceram de novo (Jo. 3:3) ou
foram regenerados (1 Pd. 1:3).
Para estes h a promessa e a esperana de serem confirmados at
ao fim (1 Co. 1:8). Na vida dos seus filhos o Senhor completar, at
o Dia de Cristo Jesus, a obra que ele iniciou (Fp. 1:6), guardandoos
ntegros e santificados (1 Ts. 5:2324).
2 Impossibilidade de cair do estado de graa
Esta uma afirmao que encontramos em diversas partes da
Escritura Sagrada: os verdadeiros crentes jamais cairo da graa ou
perdero a sua condio de salvos. Vejamos alguns textos:
Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha
palavra e cr naquele que me enviou tem a vida eterna,
no entra em juzo, mas passou da morte para a
vida.(Joo 5:24)
O ponto que precisamos observar aqui que aquele que cr em
Jesus como o seu salvadorjtem avida eterna e passou da morte
para a vida. Jesus prometeu vida eterna a todos aqueles que o Pai

lhe havia dado (Jo. 17:2), alis ele tornouse o Autor da Salvao
eterna (Hb. 5:9). Logo, a pergunta que temos que fazer : uma vida
que se ganha e depois se perde, ganhase de novo com o risco de se
perdla novamente, vida eterna? possvel tambm imaginarmos
um Cristo que d a vida eterna e depois a toma? Logicamente que
no. Quanto a este assunto, a Bblia muito clara:... os dons e a
vocao de Deus soirrevogveis(Rm. 11:29).
H outro texto muito esclarecedor no evangelho de Joo.
As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheo, e
elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais
perecero, e ningum as arrebatar da minha mo.
Aquilo que meu Pai me deu maior do que tudo; e da
mo do Pai ningum pode arrebatar.(Joo 10:2729)
Neste texto, Jesus demonstra o ntimo relacionamento que h entre
ele e as suas ovelhas e como elas o conhecem e o seguem. Para
estas h uma proteo especial e a certeza da segurana eterna.
Elas recebem a vida eterna e a certeza de que jamais perecero. Ou
seja, elas podem seguir confiantes o seu mestre, independente do
caminho pelo qual elas venham a ser conduzidas e das lutas que
venham a enfrentar. Elas sempre tero a certeza de que chegaro
salvas a seu destino final e de que nenhuma delas ficar perdida ou
esquecida pelo caminho (Mt. 18:1214).
Podemos perceber que durante todo o processo, sempre haver uma
dupla proteo: as ovelhas de Cristo so protegidas pelas suas mos
e pelas mos do Pai . Isto porque somos o bem mais precioso que o
Pai concedeu a Jesus Cristo. Por isso, nada temos que temer. O
cuidado do qual somos objetos to grande que nos impede at
mesmo de pularmos dos braos do Pai. Podemos comparar esta
proteo ao cuidado que uma me tem ao segurar seu filho, ou
melhor, um cuidado superior ao cuidado maternal (Sl. 27:10; Is.
49:15). H ainda uma referncia que no pode ser omitida.
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a
sua muita misericrdia, nos regenerou para uma viva esperana,
mediante a ressurreio de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma
herana incorruptvel, sem mcula, imarcescvel, reservada nos cus
para vs outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a
f, para a salvao preparada para revelarse no ltimo tempo. (1
Pedro 1:35)
Neste texto, o apstolo Pedro comea bendizendo. Mas, por quais
motivos ele est louvando a Deus? Ele est louvando a Deus porque
fomos regenerados por causa da suamuita misericrdia. Porm, o
escritor no para por aqui. Ele continua dando os propsitos para os
quais fomos regenerados. So eles:
1 Para uma viva esperana (v. 3) Esta esperana a

esperana da ressurreio final, garantida atravs da


ressurreio de Jesus Cristo.
2 Para uma herana incorruptvel (v. 4) Esta herana
incorruptvel a nossa habitao no novos cus e terra,
a nossa ptria celestial.
3 Para a salvao (v. 5) Esta salvao a redeno
final que ser manifestada quando Jesus Cristo retornar.
Porm, seria interessante observarmos os versos 4 e 5. Eles nos
dizem que os salvos tem uma herana. Em termos humanos, por
mais garantia que nos dem, no temos total proteo dos nossos
bens ou de uma possvel herana. Se o nosso banco falir, por mais
dinheiro que tenhamos nele, dificilmente recuperaremos alguma
coisa. No entanto, quanto a herana celestial, podemos ter a
certeza que ningum se apropriar dela. Ningum poder roubar
aquilo que Deus nos tem preparado (Mt. 6:1920; 2 Tm. 1:12b), pois
ele mesmo quem a guarda.
Agora, que garantia temos ns de que estaremos l para receber
esta herana. Em muitos casos os herdeiros morrem antes mesmo do
doador. Estes no recebem a sua parte. Felizmente este no o
nosso caso. O prprio Deus quem tambm nos guarda pelo seu
poder para a herana que ele mesmo j nos preparou (v. 5). Isto nos
d a garantia de que estaremos l para recebla. Logo, tanto a
herana quanto os crentes esto guardados pelo poder de Deus.
Estas so apenas algumas referncias que nos do a certeza de que
seremos guardados pelo prprio Deus para aquilo que ele nos tem
preparado. A verdade de que os verdadeiros crentes jamais cairo
do estado de graa a certeza de que ele perseverar at ao fim.
II A perseverana dos santos e sua garantia
A Bblia muito clara em nos ensinar a perseverana. Porm, esta
importante doutrina no est desconexa de outras doutrinas
tambm claramente ensinadas nas Escrituras. Alis, ela de certa
forma uma decorrncia de outros ensinamentos, da mesma forma
preciosos e confortadores. Vejamos, ento, quais so as garantias
que temos de que os verdadeiros crentes perseveraro at o fim.
1 garantida pelo decreto da eleio
De uma forma muito clara, a Bblia nos fala dos decretos de Deus
(Sl. 2:7; 105:10; 119:16; Pv. 19:21; Is. 23:9; At. 2:23; 13:36) e em
especial ela nos fala da soberana eleio (Mt. 20:16; 22:14; 24:22,
31; Mc. 13:20, 27; Lc. 18:7; Rm. 8:2930; 9:1424; Ef. 1:314; 2 Ts.
2:13; 2 Tm. 1:9; Tg. 2:5). Porm, queremos atentar apenas para
alguns textos que alm de nos confirmar a salvao como um dom
de Deus, ensinanos que todo o processo da salvao at o dia de

Jesus Cristo ser concretizado pela graa de Deus. A lgica , se


Deus nos escolheu e nos chamou, consequentemente ele tambm
no nos deixar perecer no caminho.
Porquanto aos que de antemo conheceu, tambm os
predestinou para serem conformes imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primognito entre muitos
irmos. E aos que predestinou, a esses tambm chamou;
e aos que chamou, a esses tambm justificou; e aos que
justificou, a esses tambm glorificou. (Romanos 8:29
30)
Neste texto fica bem claro que o Senhor no somente nos
predestinou e nos salvou para sermos semelhantes a Jesus Cristo,
como tambm fomos justificados e glorificados. Isto , Deus no
salva e abandona os seus filhos no meio do caminho. Mais a frente,
Paulo continua:
Aquele que no poupou o seu prprio Filho, antes, por
todos ns o entregou, porventura, no nos dar
graciosamente como ele todas as coisas? (Romanos
8:32).
A verdade aqui , se o mais difcil, que era a nossa salvao, foi
providenciado atravs da morte de Jesus Cristo, Deus no far
aquilo que nos falta para nos conduzir em segurana at o dia da
vinda do seu Filho? Logo, se Deus, desde a eternidade resolveu que
iria salvar pecadores, consequentemente, ele providenciaria todos
os meios para que os seus filhos permanecessem nos seus caminhos
at o fim.

2 uma obra da trindade


importante tambm enfatizarmos aqui que a perseverana dos
santos resultado da obra da Trindade. A Trindade Santa, sempre
trabalhou junta. O pacto da redeno, a criao, a salvao, o
ministrio de Jesus, a conduo da igreja e tudo o mais, sempre foi
resultado do trabalho da Trindade. Semelhante, a perseverana dos
santos tambm fruto do trabalho da Trindade.
2.1 O amor do Pai So inmeras as referncias a respeito do
amor do Pai. Por causa deste amor eterno e poderoso que temos a
confiana de que estamos guardados. Temos a garantia de que ele
nunca nos abandonar e nos livrar de qualquer situao ou criatura
que tente nos arrebatar dos seus braos (Is. 54:10; Jr. 31:3; Jo.
3:16; Rm. 8:3739; Ef. 1:45; 2 Ts. 3:35)
2.2 A mediao do Filho O outro trabalho que nos d a certeza e
a convico de que perseveraremos at o fim a mediao de Jesus
Cristo. Ele o nosso sumo sacerdote que se compadece das nossas
fraquezas e que constantemente intercede por ns, apresentando o

seu sacrifcio em nosso lugar (Lc. 22:32; Rm. 8:3539; Hb. 6:18;
7:25; 9:1215; 10:10, 14). Ele intercede por ns suplicando a nossa
santificao (Jo. 17:17); que estejamos para sempre com ele a fim
de que vejamos a sua glria (Jo. 17:24); para que o nosso trabalho
seja aceito pelo Pai (1 Pd. 2:5) e pelo nosso perdo (1 Jo. 2:1). A
maior garantia que temos que Jesus mesmo disse que o Pai sempre
o ouvia (Jo. 11:4142).
2.3 O selo do Esprito Santo A outra garantia que temos de que
os verdadeiros crentes perseveraro at o fim o selo do Esprito
Santo. No que o Esprito Santo coloque um selo naqueles que crem
em Jesus, mas que ele mesmo passa a habitar no crente e passa a
ser o seu selo. O selo tem por objetivo garantir a inviolabilidade e
assegurar que mercadoria ou a carta chegar no seu destino final.
Assim, o Esprito Santo em ns (Jo. 14:1617; Ef. 1:1314; 4:30; 1 Jo.
3:9).
3 confirmada pelo pacto da graa
Alm do trabalho da Trindade a nosso favor, temos ainda a
segurana garantida pelo pacto da graa. Sabemos que o Senhor se
relaciona conosco atravs de um pacto e que Cristo Jesus o
mediador e o fiador deste pacto (Is. 42:6; 49:8; 1 Tm. 2:5; Hb. 7:22;
8:6; 9:15; 12:24). A Bblia tambm nos ensina que Deus permanece
fiel aquilo que prometeu (2 Tm. 2:13), que no mente (Nm. 23:19;
Hb. 6:1718) e que imutvel (Tg. 1:17). Logo, se ele fez um pacto
conosco, ele jamais violar este pacto (Jr. 32:3841; Hb. 8:1012). E
mesmo para as nossas transgresses, o Pai providenciou um
substituto, para que suportasse no nosso lugar as consequncias da
quebra deste pacto (Is. 53:46). Se necessrio for, seremos
disciplinados pelo Pai por causa da nossa rebeldia (Sl. 89:2836; Hb.
12:410), contudo, ele jamais violar a sua aliana.
III A perseverana dos santos e o pecado
A esta altura importante salientar que esta doutrina no significa
ausncia de lutas na vida crist e a abolio por completo da
responsabilidade pessoal que cada um tem diante de Deus. Temos a
convico que h uma luta ferrenha contra a carne, o mundo e o
diabo. A vida crist uma batalha diria contra as foras do mal,
contra a nossa natureza pecaminosa e contra o mundo que nos
rodeia.
Porm, o que esta doutrina nos ensina, que apesar de todas estas
lutas, temos a garantia da vitria. No por causa das nossas prprias
foras, mas porque o Senhor que nos manda ser fiis at a morte e
perseverar at o fim, ele tambm nos d os meios para cumpramos
os seus mandamentos. Esta doutrina nos auxilia e nos estimula na
nossa caminhada crist, sabendo que podemos lutar dia aps dia,
que o inimigo no ser vitorioso na nossa vida e que se Deus por

ns, quem ser contra ns.


1 No impede o salvo de ser tentado
Algo que devemos ter em mente que o crente continua sujeito s
tentaes. Temos exemplos notveis na Bblia de homens de Deus
que, por no vigiarem, sucumbiram diante das tentaes (2 Sm.
12:9, 13; Mt. 26:70, 72, 74). Esta doutrina no isenta o salvo de ser
tentado e tambm de pecar. Por isso h inmeras advertncias na
Bblia para vigiarmos e orarmos. Somos orientados a fugir do
pecado, no dar ocasio a carne, resistir ao diabo e no sermos
amigos do mundo.
2 No impede as consequncias do pecado
Da mesma forma como ainda estamos sujeitos tentao e ao
pecado, tambm estamos sujeitos s consequncias do pecado. No
o fato de sermos salvos que nos impedir de colhermos aquilo que
plantamos.
2.1 O desagrado de Deus No o por sermos filhos de Deus que
levar o nosso Pai a fazer vistas grossas ao nosso pecado. Ele se
desagrada quando o desobedecemos (2 Sm. 11:27; Is. 64:59). No
porque ele nosso Pai que as nossas ofensas e pecados passam a ser
irrelevantes e insignificantes para ele.
2.2 O entristecimento do Esprito Santo Outra consequncia das
nossas prticas pecaminosas o entristecimento do Esprito Santo
(Ef. 4:30). A terceira pessoa da Trindade um ser pessoal, com
sentimentos e vontade prpria. Se ns nos entristecemos quando
somos ofendidos ou agredidos, o Esprito Santo tambm.
2.3 Privao da graa e conforto divinos O Senhor no revoga a
aliana que ele fez conosco. Porm, o nosso pecado nos priva da
alegria da salvao, da comunho com Deus e do conforto divino.
No deixamos de ser filhos, porm temos o relacionamento
prejudicado e isto por causa dos nossos pecados (Sl. 51:8, 10, 12).
2.4 O sofrimento Tudo aquilo que plantamos, colhemos. Os
nossos pecados no somente entristecem a Deus como tambm nos
trazem sofrimento. Nem todo o sofrimento fruto do pecado, mas
todo pecado nos traz em alguma medida o sofrimento. O pior que
nem sempre somos ns os nicos a sofrerem por causa do nosso
pecado. Outros tambm acabam sendo atingidos, o que torna o
pecado ainda mais hediondo (Sl. 32:34; 51:8).
2.5 O escndalo
escndalo que ele
somente os nossos
tambm blasfemem
diante de Deus.

Outro problema decorrente do pecado o


provoca (2 Sm. 12:14). Escandalizamos no
irmos, mas damos ocasio a que os mpios
o nome do evangelho. Isto algo muito srio

2.6 Os juzos temporrios Todo o verdadeiro crente no entrar

em juzo, pois Cristo j pagou por todos os nossos pecados. Contudo,


isto no significa que no seremos sujeitos disciplina de Deus.
Como Pai, ele nos conduz ao caminho da santificao e para isto, se
necessrio ele nos disciplinar. Isto o que chamamos de juzos
temporrios (2 Sm. 12:10, 1415; Sl. 89:3033; Hb. 12:313).
Concluso
Esta uma das doutrina pilares da f crist. Ela nos encoraja para a
luta crist, que nos mostra que o sacrifcio de Cristo no foi em vo
e que nos conduz a humildade. Atravs dela descobrimos que todo o
mrito de Cristo Jesus e no nosso. O Senhor nos conclama a
perseverarmos at o fim e ele nos d os meios para isto. Podemos
nos fortalecer atravs da leitura da Bblia, da orao, da comunho
com nossos irmos e da santificao.
Outra concluso a que chegamos, que nunca estaremos sozinhos.
Quando nos sentirmos to fracos, achando que a nossa orao no
passar do teto, temos a segurana e a certeza de que estamos
seguros no brao do Pai, que ele sempre est pronto para nos
perdoar e nos receber. Uma grande verdade tambm que
aprendemos atravs do estudo desta doutrina, que toda a nossa
salvao fruto da maravilhosa graa de Deus. No h espao para
arrogncia, presuno ou vaidade.
Quanto aqueles que pareciam to bem e hoje esto longe dos
caminhos de Deus, restanos suplicar a misericrdia de Deus sobre a
vida deles. Se eles forem verdadeiramente crentes, no tempo de
Deus, voltaro. Cabe a ns, a cada dia, suplicarmos por nossa
prpria vida. Diante de tudo isto, s nos resta dizer:
... corramos, com perseverana, a carreira que nos est proposta,
olhando firmemente para o Autor e Consumador da f, Jesus ...
(Hebreus 12:12).

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