O Rio Tejo Visto Por Pessoa
O Rio Tejo Visto Por Pessoa
O Rio Tejo Visto Por Pessoa
Leonor Areal
leonor.areal(at)gmail.com
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O Rio Tejo visto por Pessoa
Leonor Areal
1. Introdução
Este trabalho enquadra-se na temática de “Lisboa e a Água” e procura identificar
a presença do Rio Tejo na obra ortónima e heterónima de Fernando Pessoa, na
perspectiva da sua utilização pedagógica no âmbito disciplinar da literatura portuguesa a
nível do 12º ano.
A primeira parte apresenta e relaciona textos de Pessoa em que encontramos o
rio Tejo, mostrando como se articula através deles a questão heteronímica.
A segunda parte estabelece um roteiro de visita em Lisboa, através do qual será
possível evocar não apenas os textos aqui discutidos, mas ainda outros de cariz extra-
literário ou de outros autores.
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2.2. O Tejo visto pelos heterónimos
1. Campos, viajante
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“Que noite serena!” in Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944.
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«Toma-me pouco a pouco o delírio das coisas marítimas,
Penetram-me fisicamente o cais e a sua atmosfera,
O marulho do Tejo galga-me por cima dos sentidos,
E começo a sonhar, começo a envolver-me do sonho das águas,
Começam a pegar bem as correias-de-transmissão na minh'alma
E a aceleração do volante sacode-me nitidamente.
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No poema «Com as malas feitas e tudo a bordo”, toda a metafísica da partida
começa por “uma trémula sensação de futuro”, “enquanto se abre o espaço entre o navio
lento e o cais”, mas cedo se transforma, no curso de uma descrição das ”figuras no cais,
negras figuras, manchadas de lenços que se acenam” e do ”sossego destacado e
acostumado a isto dos empregados e dos carregadores, numa tal “inexplicável angústia
na minha alma, / Que não sei como têm coragem, vendo que eu grito assim, para
estarem parados / No cais, tranquilamente os descarregadores e os guardas fiscais!”.
Mas este é um grito surdo que desencadeia, no sujeito poético, “as lágrimas de todos os
que choram porque se separam”, numa “sensação metafísica de outras pessoas e das
suas realidades, e do seu décor...”, em vez de outros gritos mais audíveis como na Ode
Marítima ou na Ode Triunfal.
E há também, neste universo marítimo, onde mais amiúde surgem os cais3 que as
ondas do alto mar, uma clara evocação de Cesário Verde, o autêntico poeta da cidade de
Lisboa: “Ah o crepúsculo, o cair da noite, o acender das luzes nas grandes cidades”, este
“fundo unânime das ruas (...) ao cair da noite, ó Cesário Verde, ó Mestre, / Ó do
«Sentimento de um Ocidental»!”
2. Caeiro, pastor
É Cesário Verde também o mestre de Alberto Caeiro, por sua vez mestre de
Álvaro de Campos, tal como de Ricardo Reis, numa genealogia de afinidades da qual
participam ainda António Mora, Bernardo Soares, Fernando Pessoa e outros! 4
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“Ao entardecer, debruçado da janela,” Caeiro lê, até lhe ”arderem os olhos”, o
Livro de Cesário Verde, de quem “tem pena” porque “ele tinha aquela grande tristeza /
Que nunca disse bem que tinha” e “andava na cidade como quem anda pelos campos...”.
Esta oposição entre o campo e a cidade, que surge em Cesário Verde com uma
melancolia ambivalente, é a mesma que Caeiro estabelece, mas noutra tonalidade
inequívoca, quando fala do rio Tejo em contraponto evidente ao Tejo de Cesário Verde
e de Campos. Porque, segundo Caeiro, o Tejo evoca demasiadas histórias e
significados, faz pensar demais, e é por isso que, sendo “mais belo que o rio que corre
pela minha aldeia”, “não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia / Porque o
Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia”. O rio Tejo surge aqui como elemento de
uma parábola que afirma a singularidade da experiência individual e sensorial e rejeita o
valor simbólico que lhe atribuem “aqueles que vêem em tudo o que lá não está”
(Campos, claro está).
É também esta atitude anti-metafísica, central na sua poesia, que ele afirma
quando noutro poema diz: “De longe vejo passar no rio um navio... / Vai Tejo abaixo
indiferentemente.” “É indiferentemente, por não ter sentido nenhum”.
Retirado algures numa aldeia no Ribatejo (tendo nascido em Lisboa), podemo-
nos perguntar se o rio que, noutro poema, Caeiro avista “de longe” não será afinal o
mesmo “rio que corre pela sua aldeia” e que vai “rio abaixo até à realidade do mar”, ou
seja, Lisboa. Portanto, um outro Tejo que “poucos sabem qual é” e por isso “é mais
livre e maior”. Toda a filosofia de Caeiro pode ser encontrada nestes dois poemas em
que ele refere o Tejo.
3. Pessoa, sonhador
Que Fernando Pessoa criou Caeiro como seu antónimo perfeito, podemos
percebê-lo com o poema ortónimo Abismo:
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Aqui o Tejo é provocador de devaneios e de perguntas metafísicas, e logo de
seguida, como que ausente de si próprio, Pessoa sente que “tudo é oco”, “tudo – eu e o
mundo em redor – fica mais que exterior”, até que “súbito encontro Deus.” Conclusão
que, no inventor do Neopaganismo Português, soa como um arremedo inesperado...
No primeiro poema da Chuva Oblíqua, surge-nos a imagem de um “porto
sombrio” de que saem os navios que se interseccionam com a imagem sonhada de umas
“árvores ao sol”, qual uma miragem roubada a Caeiro, onde depois “o vulto do cais é a
estrada nítida e calma” e uma “sombra duma nau mais antiga” surge agora num “porto
sonhado” ao “ver esta paisagem”. Aqui as águas transparentes é que revelam “o outro
lado da minha alma”.
O rio como lugar de aparecimento do sonho, ou como sua metáfora ou
prefiguração, surge também “entre o sono e o sonho / Entre mim e o que em mim / é o
quem me suponho”, como espelho e duplo, ou como reflexo de “outras margens, /
Diversas mais além, / Naquelas várias viagens / Que todo o rio tem.”
“Esse rio sem fim”, nostálgico e introspectivo, noutro poema, pede emprestada a
Cesário Verde esta imagem: “No rumor do cais, no bulício do rio, / Na rua a acordar”.
Mas à “palida luz da manhã de Inverno” (a mesma de Chuva Oblíqua?), “o cais e a
razão / Não dão mais esperança” e “o que tem que ser / Será, quer eu queira quer não.”
Mas logo na estrofe seguinte o reverso é válido: “O que tem que não ser / Algures será,
se o pensei”. E assim Pessoa proclama aqui dois dos seus paradigmas temáticos: a dor
de pensar e a realidade do sonho: “Tudo o mais é sonhar.”
E de novo em diálogo intertextual com Campos e Caeiro, Pessoa evoca, numa
“Marinha”, os “Ditosos a quem acena / Um lenço de despedida!” que são felizes por
terem pena, enquanto ele sofre por não sentir pena na vida, com uma dor que “é já de
pensar” em vez de sentir (ao contrário do que aconselharia Caeiro, o mestre que
aparecera dele-mesmo, o criador de Pessoas.5) E numa alusão a Álvaro de Campos, seu
mais aguerrido alter-ego, Pessoa conclui:
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«E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo o nome de Alberto
Caeiro. Desculpe-me o absurdo da frase: aparecera em mim o meu mestre. Foi essa a sensação imediata
que tive. E tanto assim que, escritos que foram esses trinta e tantos poemas, imediatamente peguei noutro
papel e escrevi, a fio, também, os seis poemas que constituem a Chuva Oblíqua, de Fernando Pessoa.
Imediatamente e totalmente... Foi o regresso de Fernando Pessoa Alberto Caeiro a Fernando Pessoa ele
só. Ou, melhor, foi a reacção de Fernando Pessoa contra a sua inexistência como Alberto Caeiro.»
Escritos Íntimos, Cartas e Páginas Autobiográficas. Fernando Pessoa. (Introdução, organização e notas de
António Quadros.) Lisboa: Publ. Europa-América, 1986. 1ª publ. inc. in Presença, nº 49. Coimbra: Jun.
1937
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“E sobe, até mim, já farto
De improfícuas agonias,
No cais de onde nunca parto,
A maresia dos dias.”
4. Soares, devaneador
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Podemos aqui ver a proximidade entre Soares e o Pessoa ortónimo, nessa
dificuldade em conciliar o real exterior com interior sonhado: “tudo é alheio ao meu
sentir”. Noutro texto do Livro do Desassossego, ele diz. “Em mim o que há de
primordial é o hábito e o jeito de sonhar.” (...) “Toda a realidade me perturba.” (...)
“Porque eu não só sou um sonhador, mas sou um sonhador exclusivamente.” Então,
mais à frente, explica como consegue “observar as coisas e ao mesmo tempo sonhar
assuntos muitos diversos, estar ao mesmo tempo sonhando um poente real sobre o Tejo
real e uma manhã sonhada sobre um Pacífico interior; e as duas coisas intercalam-se
uma na outra, sem se misturar”, num processo perfeitamente similar ao da Chuva
Oblíqua interseccionista, e ainda ao sensacionismo que se lhe seguiu, quando diz: “sou
como alguém que visse passar na rua muita gente e simultaneamente sentisse de dentro
as almas de todos – o que teria que fazer numa unidade de sensação – ao mesmo tempo
que via os vários corpos (...).
Pode gerar perplexidade esta aproximação tão descarada aos pseudo-
movimentos vanguardistas que Pessoa criou, da parte de tão anódino personagem, nada
envolvido no meio literário. Mas é Fernando Pessoa ele-mesmo quem nos relata como
conheceu Bernardo Soares num restaurante da Baixa: “a sua voz era baça e trémula,
como a das criaturas que não esperam nada, porque é perfeitamente inútil esperar.”
“Não sei porquê, passámos a cumprimentar-nos desde esse dia. (...) A certa altura ele
perguntou-me se eu escrevia. Respondi que sim. Falei-lhe da revista Orpheu, que havia
pouco aparecera. Ele elogiou-a, elogiou-a bastante, e eu então pasmei deveras. Permiti-
me observar-lhe que estranhava, porque a arte dos que escrevem em Orpheu soe ser
para poucos. Ele disse-me que talvez fosse dos poucos. De resto, acrescentou, esta arte
não lhe trouxera propriamente novidade (...).”
Assim entra na ficção dos heterónimos esta personagem que, incompleta,
personifica o próprio quotidiano lisboeta, o mesmo de que partilha Fernando Pessoa, o
homem, e que, na sua extrema sensibilidade de estagnação angustiada como que reflecte
as águas lodosas do Tejo: “a maresia da brisa pairou de sobre o Tejo e espalhou-se
sujamente pelos princípios da Baixa. Nauseava frescamente, num torpor frio de mar
morno.” (...) “Havia estagnação no próprio voo das gaivotas; (...) A tarde caía num
desassossego nosso; o ar refrescava intermitentemente.”
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5. Reis, neopagão
Para Reis, não vale a pena fazer um gesto, mas apenas deixar a vida correr como
um rio aprazível que não oferece resistência. Só assim se pode evitar o sofrimento, as
angústias e as mágoas:
Este rio, que vai até ao mar, é como a vida que vai “para um mar muito longe,
para o pé do Fado, / Mais longe que os deuses”, numa imagem que a sua formação
clássica alimenta e a sua opção neopagã sustenta. Este rio é também o rio da morte onde
se leva “o óbolo ao barqueiro sombrio”.
É Ricardo Reis que escreve, no Prefácio aos poemas do mestre: “A obra de
Caeiro representa a reconstrução integral do paganismo, na sua essência absoluta, tal
como nem os gregos nem os romanos, que viveram nele e por isso o não pensaram, o
puderam fazer.”
E Álvaro de Campos corrobora: “O meu mestre Caeiro não era um pagão: era o
paganismo. O Ricardo Reis é um pagão, o António Mora é um pagão, eu sou um pagão;
o próprio Fernando Pessoa seria um pagão, se não fosse um novelo embrulhado para o
lado de dentro. Mas o Ricardo Reis é um pagão por carácter, o António Mora é um
pagão por inteligência, eu sou um pagão por revolta, isto é, por temperamento. Em
Caeiro não havia explicação para o paganismo; havia consubstanciação.”
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Sabemos que, embora exilado, Reis esteve em Lisboa onde conviveu com os
seus amigos sensacionistas, tal como seu irmão Frederico Reis, crítico literário e
admirador da obra de mestre Caeiro. É Álvaro de Campos que assim relata como
Alberto Caeiro lhe apresentou um dia Ricardo Reis:
“Foi durante a nossa primeira conversa. Como foi não sei, e ele disse: «Está aqui
um rapaz Ricardo Reis que há-de gostar de conhecer: ele é muito diferente de si». E
depois acrescentou, «tudo é diferente de nós, e por isso é que tudo existe».
E, no entanto, Campos e Reis alimentaram várias disputas literárias e filosóficas,
discutindo mesmo as críticas feitas ao mestre. Tudo isto aconteceu à beira do Tejo,
como José Saramago vem a provar n’O Ano da Morte de Ricardo Reis, quando este,
regressado do Brasil após a morte de Fernando Pessoa, deambula pelas ruas de Lisboa e
em encontros fortuitos dialoga com o fantasma de Pessoa:
“Não sei o que é a morte, mas não creio que seja esse o outro lado da vida de
que se fala, a morte, penso eu, limita-se a ser, a morte é, não existe, é, Ser e existir,
então não são idênticos, Não, Meu caro Reis, ser e existir só não são idênticos porque
temos as duas palavras ao nosso dispor, Pelo contrário, é porque não são idênticos que
temos as duas palavras e as usamos. Ali debaixo daquela arcada, disputando, enquanto a
chuva criava minúsculos lagos no terreiro, depois reunia-os em lagos maiores que eram
poças, charcos, ainda não seria desta vez que Ricardo Reis iria até ao cais ver baterem
as ondas, começava a dizer isto mesmo, a lembrar que aqui estivera, e ao olhar para o
lado viu que Fernando Pessoa se afastava (...).”6
6
O Ano da Morte de Ricardo Reis. José Saramago. Lisboa: Caminho, 1984, p. 77
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3. Proposta pedagógica
3.1. Intertextualidades
Há inúmeros textos de outros autores, coevos ou não de Pessoa, que se articulam
intertextualmente com o universo de Pessoa. Cesário Verde, como vimos, está presente
na obra de todos os heterónimos e assim (para mais, fazendo parte dos programas do
ensino secundário) não poderá deixar de ser incluído numa abordagem, como esta, do
espaço lisboeta ribeirinho. José Saramago, a posteriori, reinventa o universo ficcional
criado por Pessoa, o que também enriquecerá uma abordagem centrada na visão de uma
Lisboa-Tejo-e-tudo.
Outros autores - Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro, António Tabucchi,
por exemplo – participam do quotidiano de Pessoa ou recriam este pequeno mundo, e
poderão ser convocados para um trabalho pedagógico de integração de referências
literárias.
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de Pessoa, como o seu diário de 1913 ou as cartas a Ofélia de 1920 (em anexo). Estes
textos serão mencionados adiante, no roteiro de visita.
No momento da visita, será desejável que o estudo da obra pessoana já tenha
sido iniciado, pelo menos nos seus aspectos gerais, nomeadamente em relação à questão
heteronímica e também à época vanguardista de Orpheu. De resto, creio que este
percurso poderá constituir-se como um estímulo para um estudo de aprofundamento das
diferenças heteronímicas e do ambiente artístico contemporâneo.
Imagino ainda que cada ponto do percurso de visita poderá ser tratado por um
grupo de alunos que, previamente preparados, poderão intervir no local, por exemplo,
apresentando ou lendo os textos relacionados, e ainda recolhendo impressões pessoais
ou registando em fotografia (com uma câmara digital, por hipótese, que o professor se
encarregará de permitir aos alunos usar) aspectos particulares que poderão integrar
depois nos seus trabalhos escritos.
Situando-se a escola no ‘epicentro’ desta área lisboeta, outras possibilidades se
abrem, no reconhecimento local, que não a visita de estudo, adequada, necessariamente,
a turmas vindas de mais longe. É que os alunos da minha escola percorrem diariamente
as mesmas ruas de Pessoa e facilmente poderão explorar inúmeros outros locais de
referência pessoana, incluindo a Casa Fernando Pessoa (onde ele morou nos últimos 15
anos), em Campo de Ourique, não integrada neste roteiro por exigir um visita exclusiva.
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2. Cais do Sodré – Rua do Arsenal
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E um fragmento de O Ano da Morte de Ricardo Reis, que conta o encontro deste
com o fantasma de Pessoa, pode até ser dramatizado...
Aqui fica o Restaurante Pessoa, cujo nome é prévio aos encontros ficcionais
entre Fernando Pessoa em pessoa e Bernardo Soares semi-pessoa, num jogo auto-
referencial delirante. Vale a pena entrar e evocar pela leitura o encontro dos dois7.
Também nesta rua ficaria o quarto onde Bernardo Soares vivia e sonhava8 e o
escritório onde trabalhava, e que podemos tentar situar num dos muitos que ainda aqui
há. Talvez encontremos um suficientemente vetusto, onde a leitura de Trechos do Livro
do Desassossego seja capaz de nos restituir o espírito do lugar.
5. Ruas da Baixa
6. Largo de S. Carlos
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Prefácio a Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Vol.I. Fernando Pessoa. (Recolha e transcrição
dos textos de Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado
Coelho.) Lisboa: Ática, 1982.
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«Vejo-me célebre? Mas vejo-me célebre como guarda-livros. Sinto-me alçado aos tronos do ser
conhecido? Mas o caso passa-se no escritório da Rua dos Douradores e os rapazes são um obstáculo.
Ouço-me aplaudido por multidões variegadas? O aplauso chega ao quarto andar onde moro e colide com
a mobília tosca do meu quarto barato, com o que me rodeia, e me amesquinha desde a cozinha [...] ao
sonho.»
Livro do Desassossego por Bernardo Soares.Vol.I. Fernando Pessoa. (Recolha e transcrição dos textos de
Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa:
Ática, 1982.
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(frente à Praça das Flores), o segundo casamento da mãe e a partida para a África do
Sul, que motiva o seu primeiro poema, dedicado à mãe, aos sete anos.
8. Largo de Camões
No Largo de Camões ficava a casa da irmã de Ofélia, onde Pessoa passava para
poder sorrir à sua namorada à janela, como ele conta em várias cartas.
9. Hospital de S. Luís
4. Bibliografia
MultiPessoa – Labirinto Hipermedia (ou Fernando Pessoa Multimedia). CD-ROM,
Leonor Areal (org.). Cacém: Texto Editora, 1997
Portugal Futurista. Lisboa: Contexto ed., 1982 (edição facsimilada do original de 1917)
O Ano da Morte de Ricardo Reis. José Saramago. Lisboa: Caminho, 1984
A Lisboa de Fernando Pessoa. Marina Tavares Dias. Lisboa: Ibis ed.,1991
Os últimos três dias de Fernando Pessoa. António Tabucchi. Lisboa: Quetzal ed., 1995
5. Anexos
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