Faq Siadap 2013
Faq Siadap 2013
Faq Siadap 2013
DATA
1.0
23/12/2013
FAQ
Sistema de Avaliao do Desempenho das Carreiras Mdicas
INDCE
I ENQUADRAMENTO
II METODOLOGIA DE AVALIAO
Periodicidade; Requisitos de Avaliao; Parmetros de Avaliao; Objetivos Individuais; Competncias de
Desempenho; Avaliao Final; Diferenciao de Desempenhos;
III - INTERVENIENTES NO PROCESSO DE AVALIAO
Avaliado; Equipa de Avaliao; Equipa que avalia os mdicos da Equipa de Avaliao; Avaliadores-outras
situaes; Conselho Coordenador de Avaliao; Comisso Paritria de Avaliao; Dirigente ou rgo
mximo de gesto.
IV PROCESSO DE AVALIAO
Confidencialidade; Planeamento; Autoavaliao; Avaliao; Harmonizao; Reunio de Avaliao;
Validao de desempenho relevante e reconhecimento de excelente; Apreciao da Comisso Paritria
da Avaliao; Homologao; Meios Impugnatrios; Monitorizao.
V SITUAES ESPECIAIS
Especificidades da rea de Sade Pblica; Mdicos em Mobilidade; Ponderao Curricular.
VI CRITRIOS DE DESEMPATE
I ENQUADRAMENTO
Quais os instrumentos legais e convencionais aplicveis ao SIADAP 3 dos mdicos?
Ao SIADAP das carreiras mdicas aplicam-se os seguintes instrumentos legais e convencionais:
Portaria n. 209/2011, de 25 de maio mdicos integrados na carreira no sindicalizados;
ACT n. 12/2011, DR, 2 Srie, de 12 de dezembro mdicos integrados na carreira especial
mdica, sindicalizados, em regime de contrato de trabalho em funes pblicas;
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Ter uma relao jurdica de emprego (Contrato de trabalho em funes pblicas ou contrato
individual de trabalho);
Estar integrado nas carreiras mdicas (na carreira especial mdica ou na carreira mdica);
Ter, no binio em avaliao, pelo menos, um ano de exerccio efetivo de funes (requisito
relativo ao exerccio de funes) em contacto direto com o superior hierrquico (requisito
relativo ao contacto funcional).
2. O que sucede quando no exista o contacto funcional de um ano de, pelo menos, um elemento
da equipa de avaliao com o avaliado?
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Ou o CCA admite, em funo do caso, que, ainda assim, se avalia por objetivos e
competncias de desempenho;
Ou, se o CCA no admitir essa possibilidade, o trabalhador mdico poder (i) fazer relevar a
ultima avaliao atribuda nos termos do SIADAP 3 das carreiras mdicas (ii) ou requer
avaliao do binio, feita pelo CCA, mediante proposta de avaliador especificamente
nomeado pelo dirigente ou rgo mximo de gesto, a qual se traduz na ponderao do
currculo do trabalhador mdico, com os critrios definidos e publicitados pelo CCA, nos
termos do Despacho Normativo n. 4-A/2010, de 8 de fevereiro.
Nos mbitos de contratualizao obrigatrios devem ser fixados objetivos de qualidade da atividade
desenvolvida e de quantificao de atos mdicos.
3. Qual o nmero de objetivos individuais a contratualizar?
Mnimo de 3 e mximo de 7.
4. Quem define os objetivos individuais?
uma competncia conjunta da equipa de avaliao e do trabalhador mdico, na sequncia de proposta
do superior hierrquico do mesmo, tendo em conta as orientaes do Conselho Coordenador de
Avaliao.
5. Em caso de discordncia o que prevalece?
Prevalece a posio da equipa de avaliao, deciso devidamente fundamentada por escrito.
6. Quando so contratualizados os objetivos individuais?
6.1. Os objetivos individuais so contratualizados no incio do ciclo de avaliao, podendo ser
reformulados, aplicando-se, neste caso, a respetiva ficha de reformulao de objetivos.
6.2. A contratualizao deve ser feita at ao final do ms de fevereiro do incio do ciclo de avaliao.
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ii.
iii.
Estabelece-se, por exemplo, a meta de 60% e a superao de 75%, o que traduz em resultado
final:
o
Objetivo atingido, entre 60% e menos que 75%, a que corresponde a pontuao de 3;
Neste caso, pode ser reconhecida, pelo CCA, a meno qualitativa de Desempenho
excelente, desde que exista proposta fundamentada por parte, quer ou da equipa de
avaliao, quer ou do avaliado a quem tenha sido atribudo o relevante e se evidencie os
contributos relevantes para o servio ou unidade funcional;
4.
Alm disso, deve servir para identificar potencialidades, necessidades de formao e melhoria
de competncias.
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4. Como feita a distribuio dos valores resultantes da aplicao das percentagens de 25% e
5%?
Por todos os trabalhadores mdicos avaliados, pertencentes ao mapa de pessoal da instituio, sendo
os respetivos valores fixados por despacho do dirigente ou rgo mximo de gesto, a publicitar no
incio do perodo de avaliao.
As quotas fixadas podero ser distribudas, de forma proporcional, nas situaes em que tenham sido
constitudas seces autnomas do CCA.
III - INTERVENIENTES NO PROCESSO DE AVALIAO
III.I. AVALIADO
1. Quais so (entre outros) os deveres do avaliado?
a. Participar na reunio geral de mdicos para analisar os objetivos do servio ou unidade funcional;
b. Negociar e contratualizar, com a equipa de avaliao, os objetivos individuais e as competncias
de desempenho bem como os resultados a atingir;
c. Efetuar a autoavaliao.
2. Quais so os direitos de avaliado?
a. Conhecer os critrios de avaliao dos respetivos parmetros e as suas ponderaes;
b. Solicitar a interveno de mdicos de outros servios dotados de especiais conhecimentos
tcnicos e experincia no exerccio de funes anlogas s do avaliado, por perodo no inferior a
um ano, para emitir parecer sobre a sua atividade;
c. Solicitar a interveno da Comisso paritria de avaliao;
d. Fazer uso dos meios impugnatrios ao seu dispor: reclamao, recurso e impugnao
jurisdicional;
e. Confidencialidade dos resultados da avaliao do desempenho.
f. Aos meios e condies para cumprimento dos objetivos e avaliao de desempenho.
III.II. EQUIPA DE AVALIAO
1. No SIADAP 3 dos trabalhadores mdicos integrados nas carreiras mdicas existe algum
princpio bsico a observar em termos de avaliador?
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2. No caso de ser invivel a eleio, por votao secreta, de entre e pelos trabalhadores mdicos
da mesma equipa ou, sendo esta reduzida, sucessivamente, da unidade orgnica, servio ou
estabelecimento, a equipa deve ser constituda:
3. Caso no seja possvel constituir a equipa nos termos referidos no ponto anterior, a avaliao
do desempenho dever ser feita por uma equipa de 2 mdicos, o superior hierrquico direto do
avaliado, que continua a presidir e por mais outro trabalhador mdico designado pelo dirigente ou
rgo mximo de gesto do estabelecimento ou servio de sade;
4. No sendo de todo possvel avaliar com pelo menos dois mdicos que se poder recorrer
ltima estatuio prevista: a avaliao ser feita pelo superior hierrquico, podendo o mdico
avaliado chamar a intervir no processo de avaliao, outro mdicos dotado de especiais
conhecimentos tcnicos e experincia no exerccio de funes anlogas s suas por perodo no
inferior a um ano.
2. Como devem ser constitudas, na generalidade, as Equipa de avaliao?
Como decorre da resposta pergunta anterior, as Equipas de avaliao so, na generalidade,
constitudas por quatro (4) mdicos:
a. Superior hierrquico direto do avaliado, que preside;
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b. Dois (2) mdicos, com o grau de consultor, designados pelo dirigente mximo ou rgo mximo de
gesto do Hospital ou do ACES;
c. Um mdico (1) eleito pelos mdicos da equipa onde o avaliado est integrado:
i.
Quando esta equipa seja reduzida, o mdico ser eleito, sucessivamente, pela unidade
orgnica, servio ou estabelecimento de sade, com eventuais agrupamentos por
aproximao geogrfica.
ii.
c. Nas ULS, o mdico que corresponder ao disposto nas alneas anteriores nas reas de,
respetivamente, MGF e Sade Pblica e hospitalar.
6. Quando o diretor de servios ou Coordenador de unidade funcional detm categoria inferior
do trabalhador mdico avaliado pode, ainda assim, avaliar esses trabalhadores?
Quando a funo de superior hierrquico decorre do cargo dirigente exercido, o seu titular avalia os
mdicos que integram a respetiva unidade orgnica.
7. Quais as funes do superior hierrquico direto?
a. Propor aos demais elementos da equipa de avaliao a os objetivos, os seus indicadores de
medida e os respetivos critrios de superao a contratualizar com cada avaliado, tendo em
considerao (i) as orientaes do conselho coordenador da avaliao; (ii) os objetivos da
respetiva unidade orgnica e da equipa mdica em que o avaliado se integre, previamente
analisados em reunio com todos os avaliados que integram essa unidade orgnica ou equipa;
b. Elaborar a proposta de avaliao final, devendo, para tanto:
i. Recolher e registar por escrito os contributos dos demais membros da equipa de avaliao;
ii. Reunir os demais elementos que permitam formular uma apreciao objetiva e justa. As
informaes que venha a dar so da sua exclusiva responsabilidade.
c. Em caso de empate, e em funo do voto de qualidade, desempatar, fundamentando.
8. Existe algum limite recomendado quanto ao nmero mximo de trabalhadores mdicos a
avaliar pela equipa de avaliao?
Sim, mas apenas quanto aos mdicos designados pelo dirigente ou rgo mximo de gesto. Neste
caso, entende-se que, em regra, estes mdicos no devem avaliar mais de 40 avaliados.
9. Quantas equipas de avaliao podero existir?
Tantas quantas o nmero de superiores hierrquicos existentes, podendo manter-se os dois mdicos,
com o grau de consultor, designados pelo dirigente ou rgo mximo de gesto do Hospital, da ULS
ou do ACES que, como decorre da pergunta anterior, podero avaliar, em regra, at 40 trabalhadores
mdicos.
10. Como feita a avaliao do desempenho quando no seja de todo possvel constituir equipa
de avaliao?
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A avaliao do trabalhador mdico feita pelo superior hierrquico, podendo o avaliado solicitar a
emisso de parecer a mdicos, de outros servios, dotados de especiais conhecimentos tcnicos e
experincia no exerccio de funes anlogas s suas, por perodo no inferior a um ano.
a.
b.
c.
Significa que, exceo dos casos de publicitao da avaliao do desempenho, como o caso das
menes qualitativas e respetiva quantificao quando fundamentam, no ano em que so atribudas, a
mudana de posio remuneratria na carreira ou a atribuio de prmio de desempenho, bem como as
menes qualitativas anteriores que tenham sido atribudas e que contribuam para tal fundamentao, os
procedimentos relativos ao SIADAP 3 da carreira especial mdica e da carreira mdica, tm carcter
confidencial, devendo os instrumentos de avaliao de cada trabalhador mdico ser arquivados no
respetivo processo individual.
O avaliado no est sujeito ao dever de confidencialidade.
IV.II. PLANEAMENTO
Em que se traduz?
O sistema de avaliao do desempenho dos trabalhadores mdicos integra-se no ciclo de gesto dos
estabelecimentos e servios de sade e, nessa medida, a definio de objetivos individuais um
processo articulado com os objetivos e plano de atividades das instituies (hospitais, ULS ou ACES) das
suas unidades funcionais (departamentos, direes de servio, UCSP, USF, USP ou URAP).
aquilo que se chama a definio de objetivos em cascata: os objetivos plurianuais, fixados nos
respetivos instrumento de gesto de cada estabelecimento ou servio de sade - QUAR, contrato
programa, etc - determinam os objetivos e o plano de atividades de cada unidade orgnica ou funcional e,
de entre estes, os objetivos individuais fixados aos trabalhadores mdicos avaliados.
IV.III. AUTOAVALIAO
1. O que a autoavaliao?
a apreciao que o trabalhador mdico avaliado faz do seu desempenho tendo por base os
mesmos critrios que sero objeto de avaliao: objetivos individuais, competncias de desempenho,
indicadores de medida, metas, etc. A autoavaliao constitui um elemento essencial a considerar na
avaliao, devendo ser elaborada de forma clara e sucinta.
2. Quais os princpios a que est sujeita a autoavaliao?
a. obrigatria e concretiza-se com o preenchimento da respetiva ficha de avaliao, a qual
dever ser entregue equipa de avaliao;
b. Tem carter preparatrio da avaliao, sendo (um) elemento essencial mas no vincula a
equipa de avaliao;
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A contratualizao refletida na ficha de avaliao a qual deve ser, no campo assinalado para o
efeito, datada e assinada.
Sim. Do ato de homologao da avaliao do desempenho, quando o avaliado no concorde, quer com
algum aspeto do procedimento de avaliao, quer com a meno qualitativa e/ou quantitativa atribudas
pode ser apresentada reclamao.
2. Qual o prazo para reclamar?
Cinco dias teis, a contar da data do conhecimento do ato de homologao.
3. O avaliado pode impugnar ato de homologao e a deciso sobre reclamao que tenha
apresentado?
Sim. Do ato de homologao e da deciso sobre reclamao cabe impugnao administrativa, por
recurso hierrquico ou tutelar, ou impugnao jurisdicional, nos termos gerais.
IV.XI. MONITORIZAO
1. O que ?
A utilizao de meios adequados a acompanhar, monitorizando, o desempenho dos trabalhadores
mdicos avaliados.
2. Para que serve?
Deve ser objeto de anlise conjunta entre avaliadores e avaliados ou na unidade orgnica/unidade
funcional/equipa de avaliao de forma a permitir, designadamente, a reformulao dos objetivos
individuais e dos resultados a alcanar, no caso de ocorrerem alteraes supervenientes das
circunstncias que afetem o normal desenvolvimento da atividade.
V SITUAES ESPECIAIS
V.I. ESPECIFICIDADES DA REA DE SADE PBLICA
Quais as especificidades da rea profissional de especializao de Sade Pblica?
a. O processo de avaliao deve ocorrer, preferencialmente, a nvel de cada ACES.
b. Sem prejuzo do que antecede, a avaliao pode ser feita a nvel regional, caso em que, por
solicitao da avaliado, pode ser chamado a intervir no processo, outro mdico, de outros
servios, dotado de especiais conhecimentos tcnicos e experincia no exerccio de funes
anlogas s do avaliado, por perodo no inferior a um ano, para emitir parecer sobre a sua
atividade.
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Neste caso, a equipa de avaliao dever ser constituda pelo superior hierrquico direto e por um
outro trabalhador mdico designado pelo dirigente ou rgo mximo de gesto e, sendo o caso,
aquele que o mdico avaliado solicite que, nos termos anteriormente referidos, intervenha tambm
no processo.
VI CRITRIOS DE DESEMPATE
Nos casos em que for necessrio proceder ao desempate entre trabalhadores mdicos que possuam a
mesma avaliao do desempenho (qualitativa e quantitativa), releva, consecutivamente:
a. A avaliao obtida no parmetro Objetivos Individuais;
b. A ltima avaliao de desempenho anterior;
c. O tempo de servio relevante na carreira;
d. O tempo de exerccio de funes pblicas.
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