INVESTIGAO DO SUBSOLO

Todas as sondagens so caras, mas as mais

caras so aquelas que no foram feitas
F.Ottman e G.Lahuec (Dragages et Geologie) apud Lima(1979)

Objetivos do Mdulo
Compreender a importncia da investigao do
subsolo;
Compreender as etapas da investigao;
Identificar os mtodos e equipamentos de
investigao;
Realizar a programao de uma sondagem;
Obter parmetros geotcnicos a partir da
investigao do subsolo.

Importncia
Elaborao de Projetos
Soluo tcnica com resistncia e compressibilidade,
entre outras propriedades, adequadas;
Soluo economicamente vivel.

Execuo de Obras
Materiais/estruturas com comportamento
previamente estudado
Confronto com o projeto

Segurana

Fatores de Influncia
Tipo e Vulto da Obra e seus Problemas
Especficos
Condies geolgicas da rea

Caractersticas do local a investigar

Tipo da Obra
Obras de Fundaes de Estruturas:
Problema: Conhecer as caractersticas carga-deflexo da
superfcie de contato (interao solo-estrutura)

Obras de Terra:
Problema: conhecer os materiais da prpria obra e a
interao da estrutura com o solo de fundao

Taludes Naturais de Solo e Rocha:

Problema: conhecer as propriedades dos materiais sob as
diversas condies a que possam ser submetidos

Geologia da rea
Avaliao de ocorrncias que podero
potencialmente trazer problemas obra:
Horizontes de sedimentos moles
Camadas de tlus
Presena de mataces

Interpretao dos resultados obtidos nas

investigaes

Caractersticas do Local
Condies de acesso
Condies fsicas da rea
Topografia
Presena de lmina dgua (investigao
subaqutica)

Informaes

Natureza do Subsolo
Identificao dos Extratos (Perfil Geotcnico)
Nvel dgua
Manto Rochoso
Propriedades de Engenharia

Necessidade das Informaes

Depende do tipo e do vulto da obra
Maior ou menor nfase em determinado
aspecto da investigao

Natureza do Subsolo

Origem geolgica
Histrico sobre aterros
Caractersticas de drenagem
Risco de inundao
Viabilidade de explorao mineral

Identificao dos Extratos

Extenso
Profundidade
Espessura
Composio
Descrio detalhada
Consistncia (solos coesivos)
Compacidade (solos no coesivos)

Nvel dgua
Posio do Lenol Fretico e suas possveis
variaes
Artesianismo
Lenis Empoleirados
Fluxo subterrneo

Manto Rochoso
Profundidade
Caractersticas da Rocha
Camadas
Espessura
Classificao
Estado de Alterao
Composio
Qualidade
Fraturamento

Propriedades de Engenharia
(solos e/ou rochas)

Resistncia ao cisalhamento
Compressibilidade
Expansibilidade
Permeabilidade
Ensaios de Laboratrio
Amostras indeformadas (dificuldade de obteno)

Ensaios de Campo (ou in situ)

Preferencial (principalmente no caso de solos
granulares e solos finos muito moles)

Ensaios de Campo
Ensaio de Penetrao Padro (SPT), ou Sondagem de Simples
Reconhecimento dos Solos, NBR 6484
Ensaio de Penetrao com Cone (CPT), NBR 3406
Ensaio de Palheta, Vane Test, NBR 10905
Ensaio Pressiomtrico de Menard (PMT)
Ensaio com Dilatmetro de Marchetti (DMT)
Ensaio com Carregamento de Placa, Prova de Carga, NBR
6489
Ensaios Geofsicos (Ssmica e Resistividade)
Ensaio de Penetrao Padro com medida de torque (SPT-T)

Etapas da Investigao
Etapa Inicial ou Reconhecimento
Investigao Exploratria
Investigao Detalhada

Etapa Inicial ou Reconhecimento

Informaes para o planejamento e a escolha dos
mtodos a serem utilizados na etapa de investigao
exploratria (funo do tipo e vulto da obra):
Natureza dos solos a serem encontrados
Condies do Nvel dgua na regio
Avaliao do potencial ssmico da regio (obras de grande
vulto)

Etapa Inicial ou Reconhecimento

Fontes:

Mapas geolgicos
Fotografias areas
Imagens de satlite
Levantamentos topogrficos j existentes
Dados sobre clima e precipitao pluviomtrica
Agncias e rgos governamentais
Visita ao local da obra

Etapa Inicial ou Reconhecimento

Visita ao Local da Obra
Algumas informaes so obtidas apenas no local:
Informaes de Encostas
Informaes de Vizinhos (inundao, tipo de
fundaes, aterros)
Informaes de Edificaes (fissuras, recalques,
susceptibilidade a vibraes, necessidade de obras de
proteo)

Investigao Exploratria
Sondagem do terreno:
Perfurao
Coleta de amostras para identificao do subsolo e
realizao de ensaios

Processos Manuais:
Poos e Trincheiras
Sondagens a Trado

Processos Mecnicos:
Sondagens a Percusso do Tipo SPT
Sondagens Rotativas
Sondagens Mistas

Poos e Trincheiras
ABNT: NBR 9604
Equipamentos: picareta, p, cavadeira, balde e sarilho, retroescavadeira (trincheiras)
Solos coesivos: profundidade limitada presena de gua
Solos no coesivos: necessidade de escoramento
Vantagens:
Exame contnuo do solo
Coleta de amostras amolgadas e indeformadas (blocos)
Realizao de ensaios in situ: penetromtricos do tipo manual
(penetrmetro dinmico manual PDM) e palheta (ou vane porttil)
Aplicao em locais em que outras tcnicas sejam inviveis ou em que
seja desejvel maior preciso na identificao dos extratos

Trados Manuais

Cavadeira

Espiral ou
Torcido

Helicoidal

Trados Manuais
ABNT: NBR 9603
Mtodo simples e econmico para:
Investigao das camadas superficiais (prof. limite 10 m)
Determinao do nvel do lenol fretico

Engenharia rodoviria: muito utilizado

Desvantagens:
Solos no coesivos: profundidade limitada ao lenol fretico
Inadequado para camadas com pedregulho ou com solos
concrecionados

Trados Manuais
Resultados:
Perfis Individuais
Descrio completa dos diversos extratos
Classificao dos solos (quando for o caso)
Ensaios de caracterizao (quando for o caso)

Perfil de Sondagem a Trado

(APUD LIMA, 1979)

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Componentes:
a) torre com roldana;
b) tubos de revestimento;
c) composio de perfurao ou cravao (peso de 32 N/m);
d) trado-concha ou cavadeira (D=100mm); e) trado helicoidal (Dmn= 56mm);
f) trpano ou pea de lavagem;
g) amostrador-padro;
h) cabea de bater (massa de 3,5 kg a 4,5 kg);
i) martelo padronizado para a cravao do amostrador (massa de 65 kg);
j) baldinho para esgotar o furo;
k) medidor de nvel-dgua;
l) metro de balco;
m) recipientes para amostras;
n) bomba dgua centrfuga motorizada;
o) caixa dgua ou tambor com divisria interna para decantao; e
p) ferramentas gerais necessrias operao da aparelhagem.

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Amostrador-padro:

Cabea
Corpo
Sapata ou Bico
Perfeitamente retilneo, isento de amassamentos, ondulaes,
denteamentos, estriamentos, rebordos ou qualquer deformao que
altere a seo e rugosidade superficial, podendo ou no ser bipartido
longitudinalmente

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

ABNT: NBR 6484/2001
Execuo de Sondagens de Simples Reconhecimento dos
Solos

Processo de Investigao mais utilizado no Brasil e na

maior parte do mundo
Vantagens:

Custo relativamente baixo

Experincia acumulada: correlaes e tabelas
Coleta amostras e estima resistncia e compressibilidade
Aplicvel a quase todos os tipos de solos

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Execuo:
2 etapas: Perfurao e Amostreamento/Ensaio

Perfurao:
At o nvel dgua (NA): trado manual (preserva umidade e
facilita identificar o NA)
Abaixo do NA e, em casos excepcionais, acima do NA:
trpano e circulao de gua com bomba (lavagem)
Parede instvel: revestimento do furo (padro) ou
emprego de lamas (bentontica) de estabilizao (casos
especiais)

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Ensaio SPT:
Cravao de amostrador padro (Raymond-Terzaghi) a
cada metro de perfurao
Peso: 65 kgf
Altura de queda: 75cm (corda de sisal)
Registro do n de golpes para penetrar 45cm do
amostrador em 3 conjuntos de 15cm
Resultado (N) a cada metro: n de golpes para cravar os
ltimos 30cm (ndice de resistncia penetrao)
Amostras: acondicionadas em recipientes hermticos,
devidamente identificados

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Ensaio SPT:
Interrupo da cravao do amostrador:
N > 30 em qualquer dos 3 segmentos de 15cm
Um total de 50 golpes durante a cravao
Sem avano em 5 golpes sucessivos

Indicao do nmero de golpes e a penetrao

correspondente: 30/7, 10/0, 1/58
Zero golpes: 0/65
Penetrao maior do que 45cm com poucos golpes:
Registra-se, por exemplo,: 1/33, 1/20

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Critrios de Paralisao:

N = 30 p/ 15 cm iniciais em 3 m sucessivos
N = 50 p/ 30 cm iniciais em 4 m sucessivos
N = 50 p/ 45 cm de penetrao em 5 m sucessivos
Ensaio de Avano da Perfurao por Circulao de gua
Caso de penetrao nula do amostrador
Avanos inferiores a 50 mm a cada 10 min (por 30 min)
Aps 4 ensaios, no ser atingida a profundidade para ensaio SPT.

Paralisao antes da profundidade de projeto:

Deslocamento, pelo menos 2 vezes, a 2m da sondagem inicial.

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Amostras do Ensaio SPT (a cada metro):
Acondicionadas em recipientes hermticos, devidamente
identificados (n do servio, local, furo, n da amostra,
profundidade, n de golpes)
Classificao de campo (preliminar)
Classificao ttil-visual esmerada em laboratrio

1 metro (sem ensaio SPT entre 0 e 1m):

Perfurao por trado e parte representativa do material
recolhido para exame posterior (NBR 6484)
Alternativa: ensaio SPT entre 0,5m e 1m, quando
relevante.

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Observao do NA:

Perfurao a trado (aumento da umidade)

Interrupo da perfurao
Observao da elevao do NA no furo registrar
No mnimo 12h (NBR 6484/2001) aps o encerramento
dos trabalhos, se o furo ainda estiver aberto - registrar
Atentar para a presena de artesianismo ou lenis
empoleirados (utilizar revestimento para isolar lenis, se
for o caso)

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Desvantagens e/ou falhas:
Procedimentos e equipamentos em desacordo com a NBR
6484

Variao da altura de queda do peso

Sapata cortante deformada ou danificada
Limpeza inadequada de material escavado na base do furo
Insuficincia de presso hidrosttica no furo gerando areia
movedia
Descontrole na profundidade de escavao com o trpano
Excesso de presso na bomba alterando as caractersticas do solo
na base do furo

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Desvantagens e/ou falhas:
Resultados inconsistentes no caso de solo pedregulhoso
Inadequado para avaliar a resistncia de solos muito moles
sensveis
Influncia da eficincia (energia transferida ao solo) do
equipamento
Desenvolvimento de presses neutras na execuo
Influncia do confinamento (profundidade)
Influncia do comprimento (profundidade) das hastes,
acima de 70m crtico

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Eficincia do equipamento (N 50):

N1 E1 = N2 E2
Eficincia do SPT brasileiro (NBR 6484): 72%
Eficincia do SPT norte-americano da dcada de 40: 55%
Eficincia padronizada internacionalmente: 60%
Relevante para uso em correlaes

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Presses neutras:
Areias muito finas e siltes submersos, medianamente
compactos a compactos: presso neutra negativa
Correo de Terzaghi e Peck (1967):
Ncor = 15 + (N 15)/2

(N > 15)

Correo de Decourt et al (1997):

N(72%)cor = 10 + (N 10)/2

(N(72%) > 10)

Velloso e Lopes (1997): sem correo

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Profundidade ou Confinamento

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Profundidade ou Confinamento

Sondagem por Simples Lavagem

Sem a operao de amostreamento e ensaio SPT
Aplicaes usuais:
Determinar profundidade do impenetrvel
Delimitar em planta as dimenses de um mataco

Sondagem Rotativa

Sondagem Rotativa

Sondagem Rotativa

Testemunhos:
- Arrumados em caixa de madeira
Qualidade dos Testemunhos:
- Caractersticas do Material Perfurado
- Tipo do Barriletes
- Dimetro da Coroa

Sondagem Rotativa - Barriletes

Simples

Duplo Rgido

Duplo Giratrio

Sondagem Rotativa - Barriletes

Simples:
Testemunho lavado pela gua de circulao
Atrito (quebra e desgaste) com as paredes internas
Rochas alteradas ou friveis: baixa recuperao

Duplo Rgido:
Tubo interno e externo fixados rigidamente
No circula gua pelo testemunho (s extremidade)
Atrito (quebra e desgaste) pela rotao da camisa
interna
Melhor recuperao do que o simples

Sondagem Rotativa - Barriletes

Duplo Rgido Giratrio:
Tubo interno e externo giram independentemente
No circula gua pelo testemunho (s extremidade)
Desgaste por atrito desprezvel ou nulo
Boa recuperao, mesmo em formaes moles e
fragmentadas

Sondagem Rotativa
Qualidade da Rocha:
Percentagem de Recuperao (Recuperao)
Comprimento dos testemunhos dividido pelo
comprimento da manobra

RQD (Rock Quality Designation)

Comprimento dos testemunhos iguais ou superiores a
10cm dividido pelo comprimento da manobra
Dimetro NX ou superior

RQD e Recuperao: Complementares

Sondagem Rotativa

Sondagem Rotativa
Percentagem de Recuperao
> 80%
50% a 80%
< 50%

Boa Qualidade
Medianamente Alterada
Muito Alterada

RQD (Rock Quality Designation)

0 25%
25 50%
50 75%
75 90%
90 100%

Muito Fraca
Fraca
Regular
Boa
Excelente

Sondagem Mista
Em um nico furo:
Sondagem de Simples Reconhecimento dos Solos
+
Sondagem Rotativa
Aplicaes:
Depsitos de tlus
Presena de mataces ou blocos de rocha
Camadas intermedirias de solos concrecionados (N > 100)

Sondagem Mista

Sondagem com Martelete

Perfurao da rocha com hastes de martelete
Processo rotativo/percusso com ar comprimido
Rpido e econmico para mapear, com preciso,
profundidade e espessura das camadas de rocha e
das lentes de solo
Correlao da velocidade de perfurao com a
qualidade da rocha:
Rocha S: Menor velocidade
Rocha Decomposta: Maior velocidade

Sondagem com Martelete

Perfil Geotcnico

Perfil Geotcnico

Perfil Geotcnico
Traado:

Tentar identificar e unir as camadas do solo

Experincia
Conhecimentos sobre a formao geolgica local
Cautela para definir o padro das camadas
Importante: Descrio do solo e SPT correspondente
Cuidado: Perfis errticos e poucas sondagens
Programas de computador: Rockworks, LogPlot, por ex.

Ensaios de Laboratrio
Nas amostras de sondagens:
Granulometria
Permeabilidade de solos granulares

Limites de liquidez e de Plasticidade

Resistncia ao cisalhamento de argilas moles (correlao com sv)

Umidade Natural
Avaliao do pr-adensamento

Indicar resultados no Perfil Geotcnico

Ensaios de Laboratrio

Anlise dos Resultados

de uma Sondagem
Informaes obtidas com a sondagem:
Perfil Geotcnico e Propriedades de Engenharia Estimadas

Possveis concluses:
O solo excelente
O solo pessimo
O solo duvidoso
Pode ou no atender os requisitos necessrios

O solo adequado, mas com soluo conservativa e cara

Anlise dos Resultados

de uma Sondagem

Anlise dos Resultados

de uma Sondagem
Recalque por adensamento:
H CC
p o Dp
DH
log
1 eo
pc
Cc = 0,009 (LL-10) [estimado]
H = obtido da sondagem
eo= w . Gs [Gs = estimado (2,70)]

po i zi

[gi = estimado]

Dp = calculado
pc = presso de pr-adensamento [comparao w, LL, LP]

Anlise dos Resultados

de uma Sondagem
Hipteses quanto ao recalque:
1. DH estimado bem menor do que DH admissvel
2. DH estimado muito maior do que DH admissvel
3. DH estimado superior ao DH admissvel
Situao 3:
Parmetros Estimados x Parmetros Medidos
Correlaes x Ensaios Outro resultado de recalque?
Resposta: INVESTIGAO DETALHADA

Investigao Detalhada

Preciso na determinao dos parmetros

Ensaios de Laboratrio em Amostras Indeformadas
Ensaios de Campo (In-Situ)
Camada crtica
Quando utilizar um ou outro?
Depende das caractersticas do solo da camada crtica e
das propriedades de interesse para o problema
Laboratrio: Ex.: Adensamento de argilas moles
Campo: Ex.: Compressibilidade de areias fofas saturadas,
Permeabilidade
Formaes Geolgicas Complexas: ambos os mtodos

Ensaios de Laboratrio em
Amostras Indeformadas
Vantagem:
Simulaes de tenses e de variaes das
condies naturais (escavaes, aterros, variaes
do NA, etc.)

Desvantagem:
Dificuldade de obteno de amostras
indeformadas
Em especial, argilas muito moles sensveis e areias
profundas

Ensaios de Campo
Vantagem:
Sem problemas de amostreamento e de variaes
nas condies do ensaio em relao s condies
naturais (drenagem, estado de tenses)

Desvantagem:
Condies de contorno mal definidas

Investigao Detalhada
Propriedades de interesse:
Problemas de ruptura e de empuxo:
Parmetros de resistncia ao cisalhamento (c, f)
Problemas de recalques:
ndice de compresso (Cc), presso de pradensamento (pc), mdulo de deformao (E)

Variao das propriedades na camada crtica?

Camadas Homogneas (raras) x Heterogneas (comuns)
Analisar a variabilidade do SPT e de ensaios mais simples
(umidade, granulometria, LP, LL)
Determinar os locais ou pontos para realizar os ensaios

Amostras Indeformadas
Conceito:
Preserva a estrutura original, o ndice de vazios e a
umidade naturais

Viabilidade tcnica:
Depende do tipo de solo, da profundidade e do NA

Formas de Obteno:
Amostreamento Superficial ou de Blocos Indeformados
Amostreamento por meio de Furos de Sondagem

Amostreamento Superficial

Amostreamento Profundo
NBR 9820
Cravao esttica de um tubo
de parede fina
Parmetros de amostradores:
ndice de rea (< 10%):
Ca = (De2 Dp2)/ Dp2
Folga Interna:
Ci = (Di Dp) / Dp
Entre 0,5% e 1%
Comp.: entre 60 e 120cm

Amostreamento Profundo
Amostrador
com Pisto
Argilas muito
moles e solos
arenosos

Amostreamento Profundo
Amostrador
Denison
Sonda rotativa
Solos de resistncia
elevada

Amostreamento Profundo
Areias limpas e pedregulhos:

Difcil obteno de amostras em furos de sondagem

Geralmente no utilizado na prtica
Congelamento do solo (altera volume) + sonda rotativa
Procedimento usual: ensaios in-situ

Ensaios In-Situ
Em geral, mais indicado para os seguintes solos:
Areias, pedregulhos, argilas muito moles

Tipos:

Ensaios Penetromtricos (PDM, CPT, Piezocone)

Ensaio de Palheta
Ensaio com Dilatmetro de Marchetti (DMT)
Ensaio Pressiomtrico (PMT)
Ensaio de Prova de Carga Direta sobre Terreno de
Fundao
SPT com medida de torque (SPT-T)
Ensaio de Bombeamento (Permeabilidade)

Ensaios Penetromtricos
Ponta cnica interligada a uma haste de menor
dimetro
Dinmicos:
Cravao por meio de golpes
Resultado: N de golpes para uma penetrao especificada

Estticos:
Penetrao com velocidade controlada
Resultado: Fora necessria para romper o solo, medida
quase que continuamente

Penetrmetro Dinmico Manual

(PDM)
Operao manual (leve), fcil, rpida e econmica
Profundidade mxima: 4,0m
Aplicao:
Investigar camadas superficiais (fundao em sapatas)
Geralmente um teste no centro de cada sapata da obra
Liberao das sapatas: relao entre o PDM e SPT.

Ver figura p. 32 da apostila

Ensaio de Penetrao de Cone

(CPT)
NBR 12069
Denominao:
Ensaio Diepsondering
Ensaio Deepsounding
Ensaio de Cone Holands

Ensaio:
Cravao lenta (2 cm/s) de um cone (10 cm2 de ponta e
ngulo de 60) solidrio a uma haste
Resistncia na ponta e por atrito lateral

Ensaio de Penetrao de Cone

(CPT)

Cone de Delft
Cone de Atrito ou de Begemann
Cone Eltrico
Piezocone

Ensaio de Penetrao de Cone

(CPT)

Ensaio de Palheta

NBR 10905
Resistncia No Drenada x Torque
Su = 0,86 T / (p D3)
Correo de Su funo do IP

Ensaio com Dilatmetro de

Marchetti (DMT)

Ensaio Pressiomtrico (PMT)

Programao de Sondagem
Programao:
Espaamento (nmero) e Profundidade dos Furos
ABNT: NBR 8036/83

Fatores de Influncia:
Tipo (caractersticas), Porte (carregamento) e
Dimenses da Obra
Condies Geotcnicas e Topografia do Terreno

Acompanhamento pelo Projetista:

Diferencial para otimizar o processo e reduzir
custos

Espaamento entre Furos

Objetivo:
Fornecer um quadro, o melhor possvel, da
provvel variao das camadas do subsolo

Regra geral:
Espaamento reduzido onde as cargas so maiores

Espaamento entre Furos

Tabela Sowers (1979)
Aplicao: Orientao geral
Subsolos regulares e uniformes: dobrar espaamento
Condies adversas: reduzir espaamento pela metade

Espaamento entre Furos

NBR 8036/83
Nmero mnimo de furos:
Conhecida a projeo em planta da edificao
rea de Projeo

Nmero de Furos

At 200 m2

2 furos

Entre 200 m2 e 400 m2

3 furos

At 1200 m2

1 furo para cada 200 m2

Entre 1200 m2 e 2400m2

6 furos mais 1 furo para cada

400 m2 que excederem 1200m2

Acima de 2400 m2

Plano particular da construo

Espaamento entre Furos

NBR 8036/83
Nmero mnimo de furos:
Situao

Nmero de Furos

Desconhecida a projeo
em planta da edificao
Estudos de Viabilidade ou de
Escolha de Local

Distncia mxima entre furos de

100 m, com um mnimo de 3 furos

Espaamento entre Furos

NBR 8036/83
Localizao dos furos (regras gerais):
Fase

Disposio dos Furos

Estudos Preliminares ou de
Planejamento do Empreendimento

Igualmente distribudos em toda a

rea

Projeto

Critrio especfico que leve em

conta pormenores estruturais

N de Furos > 3:
No distribu-los ao longo de um mesmo
alinhamento

Profundidade dos Furos

Atingir todas as camadas relevantes para a
situao em anlise:
Recalque excessivo? Ruptura ao cisalhamento?
Imprpria ou questionvel como apoio de
fundaes?
Prejuzo estabilidade e ao comportamento
estrutural ou funcional da edificao?

Profundidade dos Furos

Atingir todas as camadas relevantes para a situao
em anlise:
Recalque excessivo? Ruptura ao cisalhamento?
Imprpria ou questionvel como apoio de fundaes?
Prejuzo estabilidade e ao comportamento estrutural ou
funcional da edificao?

Conceito bsico para definio da profundidade:

Acrscimo de tenso inferior a 10% da presso geosttica
efetiva

Profundidade dos Furos

Profundidade dos Furos

Tabela sugerida por Sowers (1979)
Acrscimo inferior a 10% da presso geosttica efetiva

S = Nmero de pavimentos do prdio

Profundidade dos Furos-NBR 8036

L /B

q = presso mdia sobre o terreno

(peso do edifcio dividido pela rea em
planta)
g = peso especfico efetivo estimado
para os solos ao longo da
profundidade em questo
M = 0,1 = coef. decorrente do critrio
dos 10% da presso geostt. efetiva
B = menor dimenso do retngulo
circunscrito planta do edifcio
L = maior dimenso do retngulo
circunscrito planta do edifcio
D = profundidade da sondagem

D /B

q
M B

Profundidade dos Furos

Paralisar em camada de baixa resistncia
(argila mole, areia fofa)?
NO !!!
Atravess-la e paralisar somente aps penetrar
cerca de 3 a 5m em cada mais resistente

Programao de Sondagem
Exemplo
Exemplo 03: Programar as sondagens de um terreno para
Projeto Geotcnico de Fundaes de um prdio residencial, de
16 x 30 m, com 17 pavimentos.
- N de furos:
- NBR 8036: rea = 16x30 = 480m2 3 furos
rea de Projeo

Nmero de Furos

At 200 m2

2 furos

Entre 200 m2 e 400 m2

3 furos

At 1200 m2

1 furo para cada 200 m2

Entre 1200 m2 e 2400m2

6 furos mais 1 furo para cada

400 m2 que excederem 1200m2

Acima de 2400 m2

Plano particular da construo

Programao de Sondagem
Exemplo
- N de furos:
- Tabela 08, pag. 44 (Sowers, 1979):
- Espaamento de 15 a 30m 4 Furos

Programao de Sondagem
Exemplo
- N de furos:
- Caso de solos com perfil errtico: recomendvel 5
furos

Programao de Sondagem
Exemplo
- Profundidade dos furos:
- NBR 8036
q = N de pavimentos x 1,0 tf/m2 = 17 tf/m2
g = 1,0 tf/m3 (NA na superfcie)
M = 0,1
B = 16m
q
17

10,625
M B 1 0,116

L / B = 1,875
baco: D / B = 1,8 x 16 = 28,8 30m

Profundidade dos Furos-NBR 8036

L /B

q
M B

D /B

Obteno de Parmetros
Geotcnicos
ngulo de Atrito de Areias:
Classificao visual da areia (granulometria, forma e
mineralogia dos gros)
Compacidade obtida a partir do SPT e da presso efetiva

Resistncia No Drenada de Argilas Moles:

Correlao entre a presso efetiva e o ndice de
plasticidade ou o limite de liquidez

Mtodos Empricos:
SPT ou qc incorporados diretamente nas frmulas

Tabelas, Grficos e Correlaes

Areias (Compacidade, ngulo de Atrito e Peso
Especfico)
Argilas (Resistncia No Drenada, ngulo de Atrito
Efetivo)
Mdulos de Deformao (Young) para Argilas com
base na Resistncia No Drenada
Mdulos de Deformao para Vrios Tipos de Solos
Parmetros de Solos Residuais

Areias (Compacidade,
ngulo de Atrito e Peso Especfico)

Argilas (Resistncia No Drenada,

ngulo de Atrito Efetivo)

Mdulos de Deformao (Young)

para Argilas

Mdulos de Deformao (Young)

para Vrios Tipos de Solos

Parmetros de Solos Residuais

Parmetros de Solos Residuais

Obteno de Parmetros
Geotcnicos - Exemplo

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Profundidade ou Confinamento

Sondagem a Percusso do Tipo SPT

Profundidade ou Confinamento

Argilas (Resistncia No Drenada,

ngulo de Atrito Efetivo)