A Música Que Incomoda - o Funk e o Rolezinho
A Música Que Incomoda - o Funk e o Rolezinho
A Música Que Incomoda - o Funk e o Rolezinho
1. Introduo
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Estava concluindo a redao desse texto e aparece na tela de meu computador uma postagem no Facebook de
meu querido colega e amigo Afonso Albuquerque na qual ele manifestava esse sentimento. Em suas palavras:
possvel abstrair o calor. Com fora de vontade a gente consegue aguentar.
possvel abstrair o fato de que o prdio do lado tem uma piscina imensa e azul e voc no tem. Controle de
inveja. O que fica difcil de abstrair quando num dia quente a galera privilegiada do prdio com piscina ainda
resolve sacanear todos os vizinhos tocando JORGE VERCILO no mximo volume.
Est provado. A inveja aumenta a sensao trmica em um grau, mas Jorge Vercilo aumenta em 15 graus.
Porque o sangue ferve... de dio. (em 9 de fevereiro de 2014)
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que preferiramos no ouvir. Repertrios que atrapalham nosso caminho, nosso sono, nossa
viagem, nossa calma.
O que quero propor nesse texto uma indagao sobre o incmodo que essa escuta
provoca. Com suas algumas excees4, tal incmodo comumente resultado de algum tipo
de conflito tico-moral, traduzido em sonoridades, comportamentos, ideias e refres que
invadem os ouvidos e entram em choque com nossos estilos de vida, cdigos de conduta e
preferncias difusas.
Um caso recente e instigante para se pensar esse incmodo o caso dos rolezinhos.
O passeio de grupos numericamente expressivos de jovens majoritariamente negros oriundos
das periferias nos espaos fechados e controlados dos shoppings centers provocou acaloradas
discusses, aes policiais, liminares judiciais, uma certa indignao e uma complexa
reflexo sobre as tenses que compem nossa sociedade estratificada. Poucos textos e ideias
que circularam sobre as manifestaes deixaram de estabelecer alguma conexo entre os
rolezinhos e o funk, sobretudo com a vertente conhecida como funk ostentao. Nessas
reflexes, o gnero tornou-se ingrediente-chave da discusso sobre juventude e pobreza que
atravessou os debates, quase sempre acompanhado de uma considervel dose de incmodo.
O funk incomoda por diversos motivos, sobretudo quando sua sonoridade invade
espaos mais prestigiados do ambiente urbano, como praias da zona sul carioca, shoppings
centers ou palcos de casas noturnas prestigiadas. Em certa medida, ele pode ser pensado
como uma sntese de diversos incmodos sociais que so muitas vezes condensados e
processados pela experincia musical, nem sempre de modo amigvel. Mas vamos por partes.
Basicamente h momentos em que a escuta de msica involuntria causa irritao por sua impertinncia e
inadequao, mesmo que seja uma msica que gostamos. Essas msicas, ao ocuparem o espao sonoro, desviam
nossa ateno e podem causar algum desconforto. Esse texto no aborda esses casos.
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ltimos anos o principal alvo desse rechao tem relao estreita com um mal estar contnuo
derivado da assimetria entre as classes sociais. As desigualdades sociais derivadas de
distines de renda e acessos variados a bens materiais e culturais moldam um terreno de
grande tenso, em torno do qual gostos, ideias e repertrios circulam. Esse conjunto de ideias
se materializa parcialmente no conceito de popular.
O adjetivo popular assume significados distintos quando associado a determinadas
palavras como bairro, restaurante, celebridade, jogo, liderana, mercado,
cultura, moda, produto, shopping, carro, linguagem, etc. Como afirma Hall, nem
todos os significados do popular so efetivamente teis para se pensar sobre ele
(2003:253). Em alguns casos, o vocbulo pode ser lido como sinnimo de popularidade,
classificando aquele substantivo (como nos casos de jogo, liderana ou celebridade)
como algo que compartilhado, usado ou experimentado por muita gente. Na estrutura
piramidal de nossas sociedades capitalistas, a ideia de muita gente est intimamente
conectada a determinados setores da populao com baixo poder aquisitivo e grau de
educao formal. Assim, um bairro popular o lugar onde essas pessoas habitam, um
shopping popular o centro de compras que elas frequentam. Um terceiro significado do
adjetivo coloca esse popular em perspectiva comparativa e designa um valor monetrio
inferior daquele substantivo em questo. Um carro popular simplesmente um veculo que
custa menos dinheiro do que um no-popular, assim como um restaurante, um
mercado ou um produto. Porm, a esse valor financeiro se sobrepe um valor moral e de
uso, que de forma linear associa o custo monetrio sua qualidade. Assim, um carro popular
pior do que um no-popular, da mesma forma que restaurantes ou shoppings populares so
piores do que seus semelhantes no-populares.
De modo um tanto perverso, o julgamento negativo resvala do produto em questo
para os consumidores de tais produtos, estabelecendo um rebatimento de sentidos que
tambm termina negativando o pblico popular em relao ao no-popular. Ou seja, o
adjetivo popular refere-se a um conjunto especfico da populao, formado por um grande
contingente de pessoas que ganham menos e gastam menos na compra de produtos
diversos. Numa manobra no muito criativa de continuidade semntica, tais pessoas tambm
valem menos na hierarquia social e suas prticas culturais so parte desse conjunto de
desqualificaes.
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A ideia de que o popular constitudo pela falta define, por extenso, uma posio
inferiorizada para as prticas sociais designadas como tal. Uma linguagem popular um
conjunto de prticas lingusticas relacionadas baixa educao formal do setor propriamente
popular da populao e se torna eixo de desqualificao em relao linguagem formal
culta (a norma correta). A cultura popular , sob esse prisma, uma cultura inserida nesse
universo de rebaixamento de valor, que inclui pessoas, lugares, produtos e se estende at
comportamentos, cdigos de conduta, estticas e estilos de vida. Uma cultura incorreta,
informal e associada a um conjunto amplo de desqualificaes variadas. Pensar na cultura
popular envolve, portanto, refletir sobre o campo de fora das relaes de poder e de
dominao culturais (Hall, 2003: 254).
Ainda seguindo o raciocnio de Martn-Barbero, a retrica ilustrada sobre o popular foi
tensionada pelo Romantismo, que constri um novo imaginrio no qual pela primeira vez
adquire status de cultura o que vem do povo (2001: 39). A manobra romntica mitifica o
popular como lugar da autenticidade, da tradio e da criatividade, opondo-o quase sempre
civilizao, ao capitalismo e vida urbana. interessante observar que a valorizao
romntica da ideia de autenticidade ligada s prticas populares se tornou um dos mais
significativos critrios de avaliao esttica na msica urbana midiatizada a partir do incio
do sculo XX (Moore, 2002). Destituda de elementos que configuravam a valorao esttica
das artes eruditas (complexidade formal, elaborao tcnica, escuta contemplativa,
valorizao da autoria individualizada), essa msica moldou critrios prprios de qualidade
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que acionavam prioritariamente a noo de que ela deriva de uma manifestao espontnea e
autntica do povo.
O impulso de valorizao do popular e do perifrico, portanto, no novidade nos
debates sobre cultura brasileira. Recentemente, contudo, o interesse de determinados setores
da elite social e intelectual sobre as prticas populares tem se intensificado, possivelmente
por causa do incremento quantitativo da chamada classe C na ltima dcada (Negri 2010).
Nesse mesmo perodo podemos observar um crescimento da circulao de produtos culturais
perifricos em grandes veculos de mdia como a fico seriada da Rede Globo5 (Junqueira,
2009: 161). Em 2012, as telenovelas Cheias de charme e Avenida Brasil tiveram suas tramas
construdas sobre personagens populares, bairros perifricos e sonorizados com msicas
que encarnavam esses contextos (ver Trotta 2013). A veiculao do popular na grande mdia
com frequncia segue a trilha de uma valorizao de suas prticas, enaltecendo
comportamentos, valores e sabedorias. No por acaso, o funk penetra nessas compilaes de
forma bastante discreta. O funk signo de uma negociao do popular que representa um
conjunto de referenciais exgeno, associado vulgaridade, violncia e a uma ampla gama
de condutas moralmente reprovveis pelas elites econmicas e intelectuais. Ao mesmo
tempo, objeto de curiosidade e temor.
O fato de os primeiros rolezinhos terem sido convocados pelo MC Jota L (Jefferson
Luis) intensifica a associao com o funk. O primeiro encontro ocorreu no dia 6 de dezembro
no Shopping Itaquera (zona Leste de So Paulo) e foi noticiado como uma espcie de
arrasto, feito por arruaceiros (os termos so da matria do SPTV6). Na semana seguinte
outro encontro ocorreu no Shopping Internacional de Guarulhos e tambm foi enfrentado
pela polcia e seguranas como uma atividade criminosa. Segundo a matria do site de
notcias G1, as reunies de funkeiros batizadas de rolezinho passaram a amedrontar
administradores de shoppings e viraram alvo de investigaes policiais. Nessa ltima, entretanto,
no foi registrado furto, violncia ou porte da droga citada na cano-hino de abertura do
Podemos citar como exemplos as telenovelas como Senhora do Destino (Aguinaldo Silva, 2004), Duas Caras
(Aguinaldo Silva, 2007), Cheias de charme (Filipe Miguez e Isabel de Oliveira) e Avenida Brasil (Joo
Emmanoel carneiro, 2012), alm de sries como Cidade dos homens (2002), Antnia (2006) e Subrbia (2012).
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Vdeo mostra tumulto no Shopping Metr Itaquera, G1, 08/12/2013. Acesso: 14/02/2014.
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Rolezinhos nos shopping so gritos por lazer e consumo, dizem funkeiros, por Tatiana Santiago, Klber
Tomaz e Lvia Machado, G1, 18/12/2013 Acesso: 14/02/2014.
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A conjugao de consumo e presena pode ser uma das chaves da ocupao dos jovens
e, ao mesmo tempo, elabora a forma com que a msica tem sido um dos artefatos de
enfrentamento (e conciliao) mais eficazes e amplamente difundidos. Presena, incmodo e
enfrentamento processados preferencialmente em ritmo de funk.
3. O incmodo do funk
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Pelo telefone, deixa isso pra l... pela intimao. Revista Piau, 31/01/2014, edio 88.
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guas para os gneros. A partir daquele momento, com intensa veiculao na mdia, ambos
adquirem uma nova dimenso, colocando em discusso o lugar do pobre no debate poltico e
intelectual do pas (2005: 19. grifo original). O funk um gnero associado violncia que
estigmatiza o outro jovem, negro e perifrico. Em sua pesquisa, realizada na dcada de
1990, Herschmann constata que
a partir de 1992 o termo funkeiro substitui o termo pivete, passando a ser
utilizado emblematicamente na enunciao jornalstica como forma de designar a
juventude perigosa das favelas e periferias da cidade. (...) Mesmo o termo
arrasto, que surgiu na mdia, entre 1989 e 1990, associado ao de pivetes e de
alguns grupos urbanos, encontra-se hoje, fortemente relacionado ao universo funk.
(Herschmann, 2005: 69).
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nfase no consumo de luxo tematizada nas letras e no visual de seus principais artistas, como
o astro MC Guim da capa da Veja. Seu maior sucesso (43 milhes de acessos no Youtube),
a msica Plaque de 10013, na qual a riqueza masculina permite ao personagem da cano
conquistar as melhores gatas no baile funk. O dinheiro, o carro e as mulheres so os objetos
de sua ostentao.
Contando os plaque de 100, dentro de um Citron
Ai ns convida, porque sabe que elas vm
De transporte ns t bem, de Hornet ou 1100
Kawasaky, tem Bandit, RR tem tambm
A vertente ostentao est relacionada a determinados valores veiculados diariamente
pela publicidade de modo cru e hiperblico. Em quase todas as canes, o modelo
conservador de conquistas amorosas e financeiras enaltecido de maneira direta, sempre com
o personagem masculino ostentando e as mulheres em volta, se beneficiando atravs de sua
beleza fsica, das benesses materiais providas pelo homem. Em termos de relao de gnero,
a ostentao um exacerbao contundente de um machismo capitalista explcito, eu absorve
sem ressalvas ou sutilezas os apelos de consumo. Porm, essa leitura no pode ignorar o fato
de que pelo consumo que os pobres costumam ser desqualificados. Ento o que ocorre
simultaneamente um movimento de resposta histrica negativizao do popular.
Ostentar, segundo o Dicionrio Houaiss significa exibir algo a outrem de modo
intencionalmente hostil; estampar, pavonear, vangloriar. O ostentador aquele que
demonstra prepotncia ou vaidade. De modo bastante direto, os MCs do funk ostentao
direcionam essa hostilidade prepotente aos setores de maior poder aquisitivo da populao,
utilizando agressivamente os mesmos elementos que sempre desqualificaram os pobres. Se
o problema a falta de bens materiais, o funk ostentao responde com excesso deles, se a
falta de dinheiro para comprar bens simblicos, a vertente ostentatria exibe a abundncia.
Por um lado, o funk no rolezinho, no nibus ou amplificado em carros, bares e festas
tem uma funo clara de reforar um pertencimento coletivo. Tem uma fora que convoca
para a afirmao de um compartilhamento de posies culturais, ideias e pensamentos sobre
msica e sociedade. Por outro, o funk que transcende os lugares e os indivduos que aderem a
ele voluntariamente funciona tambm como dispositivo de presena e incmodo. Sua histria
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por oscilaes na afinao tonal das notas e mais nfase na oralidade da narrativa, explorando
um fraseado baseado na repetio de determinadas alturas (notas) entoado com um timbre
anasalado, como se o cantor estivesse empurrando as slabas para frente, exagerando nos
movimentos labiais e produzindo uma msica que parece deslocar o ouvinte. A esse canto em
regio mdia-aguda da voz, corresponde todo um gestual performtico e sonoro que flerta e
se inspira na cultura do hip hop, do break e dos chamados b-boys (Herschmann, 2005: 20).
Menos prolongamentos de vogais e mais exploso de consoantes (Tatit, 1996) para construir
um texto afirmativo e direto, que apresentam uma sexualidade ativa, duplos sentidos e jogos
silbicos irnicos ou debochados.
No final dos anos 1990, a proximidade de integrantes do trfico de drogas com o
repertrio e a circulao dos chamados proibides inaugura a temtica da ilegalidade, da
apologia s armas, s drogas e violncia temas que matizam a ressalva do pargrafo
nico, artigo primeiro, da Lei do Funk. O contedo das letras do funk apresentados no estilo
interpretativo
prprio
so
ingredientes
sonoros
semnticos
que
materializam
enfrentamentos estticos e morais. O tipo de afinao dos MCs ao entoar as msicas se afasta
de modelos convencionais de afinao tonal na msica pop, assim como a quase ausncia de
acompanhamento harmnico e as batidas des-humanas dos aparelhos percussivos
eletrnicos configuram uma sonoridade propositadamente crua e spera, vetor de enunciao
de suas letras provocativas. Ainda que haja um movimento constante de apresentar um
discurso de paz e de orgulho das suas comunidades (o Rap da Felicidade um exemplo
emblemtico) (S, 2008: 236), a sonoridade do funk continua sendo ouvida fora dos
contextos dos bailes com estranhamento e desagrado.
O tom latentemente agressivo dessa sonoridade do funk apresenta ainda outro
ingrediente fundamental: o alto volume da pista de dana. Funk msica para se ouvir no
baile e em aparelhos de som potentes e imponentes. No texto da contracapa do LP da Furaco
2000, de 1978 (!), Rmulo Costa, dono da famosa equipe, apresentava sua fora:
So 50 caixas de som em suspenso acstica, 8 caixas de som para acstica, mesa
de som com 19 canais, cmara de eco para efeitos especiais, 16 amplificadores
transistorizados de 250 watts cada, sofisticado sistema de iluminao que vai das
luzes rtmicas s cadavricas (...) (Rmulo Costa, citado em Essinger, 2005: 27).
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e metafsica do som, Jos Miguel Wisnik fornece uma descrio sobre a relao entre o
poder da msica e o parmetro sonoro da intensidade.
A intensidade uma informao sobre um certo grau de energia da fonte sonora.
Sua conotao primeira, isto , a sua semntica bsica, est ligada justamente a
estados de excitao energtica, (...). O som que decresce em intensidade pode
remeter tanto fraqueza e debilitao, que teria o silncio como morte, ou
extrema sutileza do extremamente vivo (...). O crescendo ou fortssimo podem
evocar, por sua vez, um jorro de exploso protenica e vital emanando da fonte, ou a
exploso mortfera do rudo como destruio, como desmanche de informaes
vitais. (Wisnik, 1999: 25).
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estacionado em um posto de gasolina ou parado num sinal de trnsito. O que importa que o
som ultrapassa seu ambiente de origem para ocupar o espao sonoro alheio, provocando sua
presena, incomodando. A atitude de ouvir som alto e, sobretudo de ouvir funk alto uma
atitude de enfrentamento, que pode ser extremamente desagradvel e por isso potencialmente
eficaz.
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mundo (Blacking, 1995), no possvel fugir das tenses geradas por repertrios e usos
musicais radicalmente distintos de meu circuito cultural. Ao debruar-me sobre o repertrio
do funk e a gigantesca produo discursiva sobre ele associado aos rolezinhos e aos pobres
em geral, encontro-me com um repertrio incmodo. Incomoda-me a falta de rigor na
afinao dos MCs, o contedo de algumas letras moralmente discutveis segundo meus
valores e a vinculao do funk com um ambiente violento (ainda que tenha pleno
conhecimento que isso no ocorre em todos os bailes e favelas). Incomoda-me o tom
agressivo do canto, do gestual e a posio de enfrentamento de seus principais atores. O funk
do nibus me incomoda mais do que na festa do vizinho, mas em ambos a invaso sonora
perturba minha viagem e meu sossego domstico. Incomoda-me porque , em parte, feito
para me incomodar. E sobre isso necessrio refletir bem mais do que cabe em um artigo
acadmico. reflexo, talvez, para toda a vida.
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