Lubrificação Industrial
Lubrificação Industrial
Lubrificação Industrial
I.
PETRLEO
(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
(f)
(g)
INTRODUO
ORIGEM
GEOLOGIA
COMPOSIO DO PETRLEO
REFINAO
DESTILAO
OBTENO DOS LEOS BSICOS
II.
LUBRIFICANTES
(a) INTRODUO
(b) LEOS MINERAIS
(c) LEOS GRAXOS
(d) LEOS COMPOSTOS
(e) LEOS SINTTICOS
(f) CARACTERSTICAS DOS LEOS LUBRIFICANTES
(g) ADITIVOS EM LUBRIFICANTES
(h) BLENDING
(i) GRAXAS LUBRIFICANTES
(j) COMPOSIES BETUMINOSAS E COMPONENTES SLIDOS
III.
IV.
ECS-2
I.
PETRLEO
A. HISTRICO
Fatos que aconteceram AC
Em 2600, a mais antiga manifestao de lubrificao, no tmulo de Ra-Em-Ka no Egito,
onde mostrado um tren transportando um monumento e um homem despejando um
lquido nos deslizadores.
Em 2500, No construiu sua arca e "calafetou-a, por dentro e por fora com piche".
Em 1600, a Me de Moiss, para salvar o filho, construiu uma arca de junco e "untou-a com
lodo e piche".
Em 1400, no tmulo de Yuaa e Thuiu, foi encontrada graxa no eixo de uma carruagem
enterrada.
Em 600, o campo petrolfero de Baku na Rssia, os adoradores do fogo, fazia peregrinao
ao fogo, proveniente de gs natural que emergia do solo.
Fatos sem datas
leo obtido em Agrigetum na Siclia, era usado em lamparinas no templo de Jpiter.
H referncias ao petrleo nos escritos gregos, sendo conhecido na China, bem como na
ndia, "Rangoon Oil".
Os colonizadores da Amrica do Norte descobriram que os ndios usavam petrleo como
remdio para toda sorte de doenas.
Fatos que aconteceram DC
Em 1810, a primeira notcia de destilao de petrleo, com o objetivo de se obter leo para
iluminao, em Praga.
Em 1826, na Inglaterra, foi sugerido usar petrleo como material de iluminao em lugar do
leo de baleia.
Em 1846, foi produzido leo iluminante por destilao de carvo, dando o nome de
querosene.
Em 1848, James Young, de Kelly, foi o primeiro a produzir Paraffin Oil em escala
comercial. Elaborou dois tipos: um fino, para uso como combustvel em lmpadas e outro
pesado, para fins lubrificantes.
Em 1858, James William, perfurou um poo de oito metros no Canad, sem obter sucesso.
Em 1859, Edwin Drake, foi quem primeiro encontrou petrleo no mundo, perfurando um
poo com profundidade de 21 metros e produo diria de 3.200 litros.
Entre 1892 e 1896, foi feita primeira sondagem profunda no Brasil, em Bofete (SP),
resultando apenas em gua sulfurosa.
Em 1917, foi iniciada a busca de petrleo na Amaznia.
Em 1939, na cidade de Lobato (BA), surgiu petrleo.
Em 03.10.53, se criou a Petrobrs.
B. ORIGEM
A palavra petrleo latina: Petra (pedra) e Oleum (leo).
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Teoria Vegetal: matrias vegetais teriam sido cobertas por uma camada de material
impermevel; o ar sendo excludo, a fermentao sobreveio e a lenta deteriorao durante
centenas de milhares de anos transformou a matria vegetal em petrleo.
Teoria dos Animais Marinhos: o petrleo teve origem de pequenos animais marinhos que
na ausncia de ar transformaram-se lentamente em petrleo. A maioria dos gelogos so
favorveis a esta teoria.
No fica excluda a simbiose das duas ltimas teorias, como hiptese possvel.
C. GEOLOGIA
Desde que o petrleo de natureza orgnica, matria orgnica, ou material que pode se
transformar em matria orgnica, o processo de transformao deve ser:
a) Qumico;
b) Bactericida;
c) Radioativo;
d) ou combinao dos trs processos.
A migrao e a acumulao fundamental no estudo do petrleo, sendo aceita a teoria
"anticlinal" ou "estrutural", que estabelece que o leo se origina nos folhelhos e, quando cresce a
sobrecarga sobre eles, o petrleo forado a migrar para rochas mais permeveis, j saturada de gua .
Os requisitos geolgicos fundamentais para as concentraes de gua e leo so simples: uma
formao rochosa permevel e porosa, coberta por uma camada de rocha impermevel, contendo leo
ou gs, ou ambos, e sendo deformada ou obstruda de tal forma, que as duas espcies de rocha ficam
interligadas .
Formaes geolgicas tpicas
a) Anticlinal;
b) Falha;
c) Bolso estratistrfico;
d) Cpula salina.
Obs.: O petrleo ocorre, principalmente, em rochas sedimentares marinhas.
Classificao simples, baseada na origem das rochas
a) Clsticas;
b) Qumicas e/ou Bioqumicas;
c) Miscelnia.
As rochas so classificadas :
a) Por seu principal constituinte acrescido de um adjetivo designando outro constituinte;
b) Quanto a sua origem marinha ou no marinha;
c) Quanto a sua idade geolgica.
Na rocha reservatrio de textura uniforme a distribuio de fludos determinada pelas suas
densidades (gs-leo-gua).
O principal componente do gs natural o metano (60 a 95% do total em volume).
Exploraes preliminares dependem da Cartografias e Aerofotogrametria do local.
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D. COMPOSIO DO PETRLEO
Consiste basicamente de carbono (C) e hidrognio (H) sob a forma de hidrocarbonetos.
A composio percentual aproximada dos constituintes do petrleo:
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ELEMENTO QUMICO
Carbono
Hidrognio
Oxignio
Nitrognio
Enxofre
PARTICIPAO (%)
81 88
10 14
0,01 1,2
0,002 1,7
0,01 - 5
E. REFINAO
a combinao de tratamentos executados no petrleo para a obteno dos produtos
desejados.
Classificao
a) Operao de Separao
b) Processos de Converso
c) Processos de Tratamento Qumico
Operao de Separao
Destilao;
Absoro;
Adsorso;
Filtrao;
Extrao por Solvente.
Processo de Converso, modifica a natureza qumica das molculas.
Cracking
Polimerizao
Alquilao
Processos de Tratamento Qumico, retiram os constituintes indesejveis que esto presentes
em pequenas quantidades ou os convertem em outros compostos cuja presena no seja prejudicial.
Estes mtodos so combinados em uma refinaria, e dependem das:
a) Caractersticas e composio do cru a ser processado.
b) Quantidades e especificaes dos produtos a serem obtidos.
1) Quebra de Emulso:
Serve para fazer a separao do petrleo, quando este se encontrar como emulso de
gua e leo. Pode ser feito atravs de:
Tratamento Qumico, um aditivo desemulsificante adicionado ao petrleo e remove o agente
emulsificante na interface leo-gua e permite s gotculas de gua unirem-se por coalescncia e
separarem-se do leo.
Tratamento Eltrico, a emulso aquecida para diminuir sua viscosidade, e ento submetida,
ou a um campo eltrico alternativo para romper a pelcula de leo ao redor das gotculas de gua, ou a
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b) O cru reduzido, a carga para o sistema a vcuo, onde sob condies especiais, se
obtm: spindle, neutros, bright, stock, cylinder stock e resduos de vcuo.
Tratamentos visando melhorar as caractersticas destas fraes:
a) Extrao por Solvente, serve para retirar o asfalto e compostos similares.
Requisitos importantes dos solvente: a imiscibilidade com o leo e que as substncias indesejveis
sejam mais solveis no solvente que o leo.
b) Desparafinizao, serve para retirar a parafina por resfriamento, seguido de
filtrao.
Para facilitar a filtrao adiciona-se antes do resfriamento um solvente, que em seguida
separado por destilao.
c) Hidrogenao, visa estabilizar quimicamente, pela eliminao das mltiplas ligaes,
compostos de enxofre e nitrognio.
d) Adsorso, serve para remover impurezas atravs de tratamento com um slido
adsortivo argila natural.
adsorvente pode ser aplicado por :
Percolao, o leo previamente aquecido e circula atravs de uma torre cheia com
adsorvente granular.
Contato, quando o adsorvente, em finos gros, misturado e agitado com o leo sendo
posteriormente removido por filtrao.
II.
LEOS LUBRIFICANTES
A. INTRODUO
1) leos Minerais;
2) leos Graxos (orgnicos);
3) leos Compostos;
4) leos Sintticos.
B. LEOS MINERAIS
So obtidos do petrleo e, consequentemente, suas propriedades se relacionam
natureza do leo cru que lhes deu origem e ao processo de refinao empregado.
1.
2.
3.
4.
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C. LEOS GRAXOS
Foram os primeiros a serem usados, hoje foram praticamente substitudos pelos minerais,
que alm de mais baratos, no sofrem hidrlise, nem se tornam cidos ou corrosivos pelo uso.
A nica vantagem, a sua capacidade de aderncia superfcie metlica, e sua principal
desvantagem, a inexistente resistncia oxidao, tornando-se ranhosos e formando gomosidade.
D. LEOS COMPOSTOS
So leos graxos adicionados aos minerais, em propores de 1 a 30%. O objetivo da
mistura, conferir maior oleosidade ou maior facilidade de emulso em presena de vapor dgua.
E. LEOS SINTTICOS
Obtidos por sntese qumica, foram desenvolvidos para atender necessidades industriais
especiais. Esto aptos a suportar as condies mais adversas possveis, principalmente as militares.
1) steres de cidos Dibsicos
Vantagens
superiores aos leos de petrleo na relao viscosidade-temperatura;
menos volteis que os leos minerais;
alto poder lubrificante;
boa estabilidade trmica;
boa resistncia oxidao;
no so corrosivos para metais.
Desvantagens
acentuado efeito solvente sobre borrachas, vernizes e plsticos.
Utilizao
motores a jato;
leos hidrulicos especiais;
leos para instrumentos delicados.
2) steres de Organofosfatos
Vantagens
alto poder lubrificante;
no so inflamveis como os leos minerais;
baixa volatilidade;
relao viscosidade-temperatura melhor que os leos minerais;
boa resistncia oxidao;
estabilidade trmica satisfatria at 150C.
Desvantagens
tem tendncia a hidrolisar, podendo formar cidos fosfricos corrosivos.
Utilizao
fluidos hidrulicos onde a resistncia ao calor importante;
lubrificantes de baixa temperatura.
3) steres de Silicatos
Vantagens
baixa volatilidade;
boa relao viscosidade-temperatura.
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Desvantagens
Estabilidade trmica e hidroltica deixam a desejar;
formam depsitos abrasivos a temperaturas superiores a 200C;
na presena de gua, os silicatos se decompem formando um gel e slica abrasiva.
Utilizao
fluidos de transferncia de calor;
fluidos hidrulicos de alta temperatura;
constituintes de graxas especiais de baixa volatilidade.
4) Silicone
O nome de silicone empregado para designar fluidos que so polmeros de metilsiloxano, ou de fenil-siloxano ou de metil-fenil-siloxano.
Vantagens
aumento do teor de fenil, aumenta a estabilidade ao calor;
a relao viscosidade-temperatura superior a de todos os sintticos;
baixa volatilidade;
boa estabilidade trmica e hidroltica;
lubrificante similar aos dos leos minerais para cargas moderadas e mdias.
Desvantagens
aumento do teor de fenil, diminui o ndice de Viscosidade, embora permanecendo
sempre acima do nvel dos leos de petrleo;
varia muito em funo dos tipos de metais, para cargas pesadas;
custo muito elevado;
oxidao em elevadas temperaturas, provoca a formao de gel.
Utilizao
bom desempenho em munhes de ao contra mancais de zinco, bronze, nylon, cromo
e cdmio.
5) Compostos de steres de Poliglicol
Vantagens
excelente relao viscosidade-temperatura;
superam os leos minerais em baixa volatilidade, estabilidade trmica, resistncia
inflamao e poder lubrificante;
podem ser melhorados por aditivos antioxidantes;
produtos da oxidao, no formam borra.
Desvantagens
baixa resistncia oxidao;
existem compostos em diferentes viscosidades, solveis ou no em gua.
Utilizao
diversas aplicaes;
fluidos hidrulicos especiais.
F. CARACTERSTICAS DOS LEOS LUBRIFICANTES
A performance do lubrificante est ligada sua composio qumica, resultante do
petrleo bruto, do refino, dos aditivos e do balanceamento da formulao.
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Anlise Tpica, um conjunto de valores que representa a mdia das medidas de cada
caracterstica.
Especificao, o conjunto de faixas de tolerncias e limites de enquadramento de cada
fabricao.
Ensaios de Laboratrio, simulam as condies de aplicao do lubrificante, sem
entretanto garantir um bom desempenho em servio.
1. Viscosidade
a propriedade que determina o valor de sua resistncia ao cisalhamento. devida
interao entre as molculas do fluido.
a) Viscosidade Absoluta (dinmica) de um lquido newtoniano, a fora tangencial sobre a
rea unitria de um dos dois planos paralelos separados de uma distncia unitria, quando o
espao cheio com o lquido, e um dos planos se move em relao ao outro com velocidade
unitria no seu prprio plano.
b) Lquido Newtoniano (simples) aquele no qual o grau de cisalhamento proporcional
tenso de cisalhamento.
c) Densidade, o peso no vcuo (massa) do volume unitrio de material na temperatura
estabelecida.
d) Viscosidade Saybolt Universal, o tempo de escoamento em segundos de 60 ml de
amostra fluindo de um orifcio Universal, calibrado sob condies especficas.
e) Viscosidade Saybolt Furol, o tempo de escoamento em segundos de 60 ml de amostra
fluindo de um orifcio Furol, calibrado sob condies especficas.
f) Escoamento Newtoniano, caracterizado pelo lquido no qual o grau de cisalhamento
proporcional tenso de cisalhamento.
Obs.: A viscosidade de um leo inversamente proporcional sua fluidez.
g) Viscosmetro Cinemtico, basicamente constitudo por um tubo capilar de vidro, cujo
dimetro determinado para cada gama de viscosidades e se relaciona ao tempo T de
escoamento do lquido entre duas referncias por uma constante
Relaes de viscosidade-temperatura
A equao de Walther empregada para uma gama considervel de leos.
Diversos mtodos tm sido propostos para exprimir a variao de viscosidade com relao
temperatura, entre eles temos:
1) altura do polo de viscosidade.
2) inclinao da curva ASTM.
3) ndice de viscosidade.
ndice de Viscosidade, um nmero adimensional que descreve uma caracterstica de
viscosidade-temperatura dos leos.
2. Misturas de leos
Pode se misturar qualquer proporo, para a formao de um outro leo, somente
separveis por processo de destilao. A finalidade conhecer a viscosidade da mistura.
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3. Grau API
uma escala convencional, funo matemtica da densidade relativa. leos parafnicos
possuem densidade em torno de 0,87, enquanto os naftnicos possuem acima de 0,9.
4. Ponto de Fluidez
Tambm chamado de ponto de gota ou ponto de congelamento, vem a ser a temperatura
mxima na qual o leo flui. expresso em F, e sempre mltiplo de 5.
S interessa no emprego de lubrificantes para mquinas frigorficas.
5. Ponto de Fulgor
a menor temperatura na qual o vapor desprendido pelo leo, em presena do ar, se
inflama momentaneamente, ao lhe aplicar uma chama, formando um lampejo. leos com ponto de
fulgor inferior a 150C no devem ser empregados em lubrificao. Depende da volatilidade dos
constituintes mais volteis. leos de mesma srie e do mesmo tipo de cru, o mais viscoso possui ponto
de fulgor mais elevado.
6. Ponto de Combusto
a temperatura na qual os vapores de leo se queimam de modo contnuo durante um
mnimo de 5 segundos. Normalmente ocorre de 22 a 28C acima do Ponto de Fulgor.
7. Ponto de Auto-inflamao
a temperatura na qual o lubrificante se inflama espontaneamente, sem o contato de
chama. uma temperatura muitssima elevada.
8. Resduos de Carbono
Calcula-se um ndice da quantidade de resduos que o leo poderia deixar nos motores
de combusto interna ou em outra mquinas, quando submetido evaporao sob elevada temperatura.
Os leos de origem naftnica, produzem menor quantidade de resduos que os
parafnicos, motivo de gozarem de certa preferncia para emprego em compressores.
Os leos refinados por extrao de solvente, apresentam menores resduos de carbono,
que os refinados por qualquer outro processo.
9. Cor
Carece de importncia prtica, salvo para o fabricante controlar a uniformidade do
produto. No entanto, supe-se que os leos do mesmo tipo, o mais claro possui menor viscosidade.
leos parafnicos apresentam por luz refletida, fluorescncia verde, enquanto que os
naftnico do reflexo azulado. A cor pode ser facilmente mudada, pela adio de corantes.
10. Cinzas
Resultante da queima completa de uma amostra de leo, indica a quantidade de matria
inorgnica presente.
Nos leo usados, as cinzas resultam da soma da parcela oriunda dos aditivos, mais as
provenientes dos contaminantes.
A existncia de aditivos detergentes "ashless" no leo, faz com que ele no deixe cinzas.
11. Nmero de Precipitao
Indica o volume de matrias estranhas existentes no leo lubrificante.
Em leo sem uso, indica o grau de refinao do produto, pois os compostos asflticos
indesejveis so insolveis em nafta leve de petrleo, se separando por meio de centrifugao.
Nos leos usados, revela o contedo de partculas slidas em suspenso, indicando a
contaminao com matrias estranhas.
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G. ADITIVOS
So compostos qumicos que adicionado aos leos bsicos, reforam algumas de suas
qualidades ou lhes conferem novas ou eliminam propriedades indesejveis.
Classificam-se em dois grupos:
1) aqueles que modificam certas caractersticas fsicas
Ex.: Ponto de Fluidez, Espuma e IV.
2) aqueles cujo efeito final de natureza qumica.
Ex.: Inibidores de Oxidao, Detergentes, Agentes EP
1. Propriedades de Extrema Presso - EP
Interessante campo de pesquisa e aplicao de aditivos. Usados em lubrificao limtrofe
extrema, como exemplo, em engrenagens hipoidais, que possuem indiscutveis vantagens mecnicas,
mas severas exigncias de lubrificao, causadas por elevadas cargas e velocidades de deslizamento.
a. Mtodos de Testes para Lubrificao EP
Todos so similares em seus princpios, e consistem em fazer atuar uma carga crescente
sobre duas superfcies em movimento, lubrificadas pelo produto que est sendo testado.
1) Timken, um bloco de ao pressionado contra um anel cilndrico de ao rotativo durante
dez minutos. A carga com a qual no ocorre gripamento anotada.
2) Almen, um eixo cilndrico gira num mancal de bucha fundida pressionado contra o eixo. So
acionados, a intervalos de 10 segundos, pesos de duas libras.
3) Falex, um eixo cilndrico gira entre dois mancais duros em forma de V que so pressionados
crescentemente contra o eixo no qual ocorre o desgaste.
4) Fourball, uma esfera de ao de 1/2 pol. gira em contato com trs esferas similares fixas.
5) SAE, dois cilindros giram em velocidades diferentes, pressionados um contra o outro.
b. Tipos de Aditivos EP
1) Compostos orgnicos contendo oxignio.
2) Compostos orgnicos contendo enxofre, ou combinaes contendo oxignio e enxofre.
3) Compostos orgnicos contendo cloro.
4) Compostos orgnicos contendo cloro e enxofre, ou misturas de compostos de cloro e
compostos de enxofre.
5) Compostos orgnicos contendo fsforo.
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c. Inibidores de Oxidao
So aditivos que protegem superfcies metlicas no ferrosas, formando um
composto que atua como pelcula protetora.
Para a proteo de superfcies metlicas ferrosas so usados antiferruginosos ou
inibidores de ferrugem, tipo:
a) Ditiofosfatos metlicos, especialmente diorganoditiofosfato de zinco;
b) Ditiocarbonatos metlicos, especialmente os de zinco;
c) Terpenos sulfurados, como o dipentano sulfurado;
d) Terpenos fosfo-sulfurados, como terebintina tratada em pentassulfeto de fsforo.
d. Abaixadores do Ponto de Fluidez
Formam uma pelcula protetora na superfcie dos cristais de parafina, protegendo
contra a adeso e os mantendo separados, evitando a formao de uma estrutura que possa prender o
leo e provocar grande resistncia ao escoamento.
Se enquadram nos seguintes tipos de polmeros:
a) polimetacrilatos;
b) poliacrilamidas;
c) produtos de condensao Friedel-Crafts de parafina clorada com naftaleno;
d) produtos de condensao Friedel-Crafts de parafina clorada com fenol;
e) Copolmeros de vinil carboxilato-dialcoilfumaratos.
H. BLENDING
O fator mais importante na tecnologia dos lubrificantes a exigncia da presena
balanceada dos compostos qumicos. comum na sua formulao, vrios aditivos atenderem a
inmeras caractersticas, existem casos tambm, de um aditivo atender a uma nica caracterstica.
Cinergismo, quando aditivos so combinados e o efeito final maior que a soma das
aes individuais. Depende das condies e influncias sob as quais so usados. Anticinergismo, caso
contrrio.
1) Produo
os leos bsicos, por questes econmicas no podem atender a todas as faixas de
viscosidade, a soluo a mistura deles.
a escolha e determinao dos aditivos para proporcionar a performance desejada, a um
menor custo, requer experincia, um excelente laboratrio de pesquisa e teste de campo.
Planta de Mistura e Envazamento, um unidade industrial que permite processar a mistura
dos leos bsicos com os aditivos. Consiste em homogeneizar os componentes em um tacho, atravs da
agitao provocada pelo borbulhamento de ar pelo seu fundo. O aditivo previamente desidratado.
Deve satisfazer os seguintes requisitos:
a) minimizao do custo operacional;
b) minimizao do custo de mo-de-obra;
c) maximizao da flexibilidade operacional;
d) maximizao da segurana;
e) planejamento de expanso;
f) funcionalidade da estocagem e da distribuio;
g) completo laboratrio de controle de qualidade.
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I. GRAXAS LUBRIFICANTES
uma combinao semi-slida de produtos de petrleo e um sabo ou mistura de
sabes, adequada para certos tipos de lubrificao.
Atualmente com os produtos disponveis do mercado, obrigaram a ampliar o conceito de graxa.
a combinao de um fluido com um espessante, resultando em um produto
homogneo com qualidades lubrificantes.
Graxa = Engrossador + Lquido lubrificante + Aditivo
Empregadas nos pontos onde os leos no so eficazes e quando for conveniente formar
um selo protetor.
Amolecem em servio, mas se recuperam quando deixadas em repouso.
O consumo representa apenas 5 a 10% do gasto dos leos lubrificantes.
Os engrossadores utilizados, no diferem dos sabes de lavar roupa.
Obtidos pela reao qumica entre cido graxo (sebo) e produto alcalino tipo: cal virgem
(sabo de clcio), soda custica (sabo de sdio) ou hidrxido de ltio (sabo de ltio).
1. Composio da Graxa
a. Espessante
90%, so sabes metlicos.
5%, argila modificada (bentonita).
5%, aerogel de slica, tintas, pigmentos, negro-de-fumo, fibras, gomas, resinas, sais
orgnicos e inorgnicos.
b. Fluidos Lubrificantes
70%, so leos minerais lubrificantes de viscosidade superior a 100 SUS a 100F,
podendo ser maior que 125 SUS a 210F.
10%, so leos minerais leves, como "spindle oil", "signal oil", "transformer oil", e
querosene, diesel e gasoil.
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f.
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TIPO DE SABO
Graxa de clcio
Graxa de sdio
Graxa de alumnio
Graxa de brio
Graxa de ltio
Graxa de clcio-chumbo (complexo)
Graxa especial de argila, slica, grafita, bissulfeto de molibdnio
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b) Graxa de Sdio
Vantagens
- boa resistncia ao calor, usada at 90/120C, algumas vezes at mais.
- ponto de gota, fica em torno de 175C.
- resistente ferrugem.
Desvantagens
- no resiste a gua.
- bombeabilidade em geral, inferior s de clcio.
- textura fibrosa, podendo ser amanteigada, dependendo da fabricao.
Uso
- mancais de buchas e outras superfcies deslizantes (fibras longas).
- mancais de rolamentos (fibras curtas).
c) Graxa de Alumnio
Vantagens
- boa resistncia gua.
- muito boa adesividade natural.
- tima aparncia, o que as recomenda ao consumidor.
Desvantagens
- no recomendada para altas temperaturas.
- quando quentes se tornam gomosas, ficando imprprias para uso.
- bombeabilidade regular.
Uso
- muito usadas, em chassis.
d) Graxa de Ltio
Vantagens
- mltipla aplicao.
- boa resistncia ao calor e a gua;.
- boas caractersticas de bombeamento.
- ponto de gota em torno de 180C.
- adequadas para funcionamento entre -70C e 150C.
- apresentam boas qualidades de extrema presso (EP).
- tima estabilidade mecnica
Desvantagens
- no resistente ferrugem, a no ser quando convenientemente aditivada.
- apresenta tendncia separao do leo, quando submetido a altas presses.
Usos
- aplicao mltipla.
e) Graxas de Complexo de Clcio e Chumbo
Vantagens
- grande versatilidade de aplicaes.
- possui elevado ponto de gota e boa resistncia ao calor.
- propriedades EP e resistncia gua.
Desvantagens
- quando formuladas com teor de sabo elevado, engrossam em uso.
- tendem a exsudar, quando submetidas presso.
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f) Graxa Grafitada
Vantagens
- empregada em temperaturas elevadssimas e presses muito severas;
- evitam o grimpamento de roscas.
Desvantagens
- alto custo.
Uso
- moldes de fabricao de vidros.
- tubos de perfurao de poos, onde recebem adio de p de zinco.
Obs.: Outro lubrificante slido, o bissulfeto de molibdnio.
g) Graxas Sem Sabo
Argilas modificadas (bentonita tratada) ou slica-gel, so os espessantes empregados.
So passados em moinhos a fim de se obter partculas micromtricas que formem gel com o leo.
necessria, a incorporao de um agente de ligao, a fim de evitar quebra estrutural em presena de
gua.
Vantagens
- excelente resistncia gua.
- tima proteo contra desgaste.
- muito boa resistncia ao calor (ponto de gota ao redor de 400C).
- grande estabilidade mecnica.
- boas caractersticas antidesgaste.
- Desvantagens
- no oferecem proteo contra corroso, a no ser se convenientemente aditivada.
- devem ser formuladas com leos viscosos.
- quando formulados com leo fino, tende a se separar sob presso, e a graxa
queima com facilidade.
- no possui boa bombeabilidade.
- tendncia irreversibilidade quando submetida a aquecimento e resfriamento.
- possui o dobro do custo, das graxas comuns.
h) Aditivos para Graxas (qumicos)
a. Inibidores de Oxidao, como certas aminas complexas, so empregados,
especialmente nas graxas para lubrificao permanente de mancais de rolamento.
b. Agentes EP, compostos orgnicos clorados ou fosforizados, leos ou gorduras
sulfurizados e sabes de chumbo, como naftenato de chumbo.
c. Adesividade, pode ser incrementada pela adio de ltex lquido ou polmeros
lineares de alto peso molecular, como o caso do poli-iso-butileno.
ECS-22
Lubrificantes slidos
Caractersticas que possuem.
- forte aderncia a metais.
- pequena resistncia ao cisalhamento.
- estabilidade em altas temperaturas.
- quimicamente inerte.
- elevado coeficiente de transmisso de calor.
Classificao
1) Slidos Laminares, pertencem a esta categoria a grafita, dissulfeto de molibdnio,
dissulfeto de tungstnio, mica, talco, sulfato de prata e brax.
Grafita, o mais comum. constituda por carbono na forma cristalina, mas
possvel sua obteno partindo-se do carvo antracitoso e coque de petrleo, em
fornos especiais. satisfatria at a temperatura de 370C, acima da qual passa a
sofre oxidao do ar. Atende a lubrificao de moldes de vidro.
Dissulfeto de Molibdnio (MoS2), obtido da natureza, extrado da molibdenita.
Tem aparncia de p preto, brilhante. recomendada at 400C, acima da qual sofre
considervel oxidao. Tambm tem grande aderncia s superfcies metlicas, usado
como agente EP.
2) Compostos Orgnicos, so formados pelas parafinas, ceras e pastas especiais, alm de
sabo, gorduras e diversos plsticos. Usados em estampagem e trefilao.
III.
A. ATRITO
a resistncia ao movimento, entre duas superfcies que se movem uma em relao outra.
Em alguns casos, necessrio e til, como nos sistemas de freio. Em outros, indesejvel, porque
dificulta o movimento e consome energia motriz, sem produzir o correspondente trabalho.
Tipos de atrito:
a) Slido, quando h contato de duas superfcies slidas entre si.
Deslizamento, quando uma superfcie se desloca diretamente em contato com outra.
Rolamento, quando a deslocamento se efetua atravs da rotao de corpos
cilndricos ou esfricos, colocados entre as superfcies em movimento. Como a rea
de contato menor, o atrito tambm menor.
b) Fluido, quando existir, separando as superfcies em movimento, uma camada fluida.
1) Mecanismos de atrito
a) cisalhamento
- dureza semelhante
- dureza diferente
b) adeso
Atrito de deslizamento
Esttico (F menor ou igual Fa).
Dinmico (F maior que Fa).
2) Leis Gerais do Atrito
ECS-23
tg
2. Atrito de rolamento
Fa
N
r
r
xP
O Coeficiente depende:
a) das propriedades elsticas dos elementos rolantes;
b) das propriedades elsticas das pistas;
c) do acabamento superficial;
d) da direo da carga;
e) da rotao do elemento rolante;
f) da temperatura de operao;
g) do tipo do mancal;
h) das dimenses dos elementos rolantes;
i) do raio de curvatura da superfcie de contato;
Contato
Madeira sobre madeira
Ferro sobre ao
Ao sobre ao
Ferro sobre pedra
Pneu sobre asfalto
Coeficiente r (mm)
0,50 0,80
0,18 0,56
0,20 0,50
1,27 5,00
0,50 0,55
B. DESGASTE
Duas superfcies em movimento, uma sobre a outra, sempre haver desgaste. Por meio da
lubrificao, procura-se minimizar o desgaste, que se apresenta sob vrias formas.
Alguns tipos de desgaste que ocorrem nos rolamentos:
Abraso, proveniente de partculas de material abrasivo (areia ou p) contido no leo
lubrificante;
Desalojamento, consiste na remoo de metal de um ponto e sua deposio em outro;
Corroso, proveniente de contaminantes cidos;
Endentao, devido penetrao de corpo estranho duro (cavacos metlicos, impurezas);
Frico, se caracteriza por endentaes polidas proveniente de corroso por vibrao;
ECS-24
Leis de Desgaste:
a) quantidade de desgaste D diretamente proporcional carga P.
b) quantidade de desgaste D diretamente proporcional distncia deslizante d.
c) a quantidade de desgaste D inversamente proporcional dureza da superfcie H.
D ~ Pd / H = Carga x Distncia / Dureza
DKx
Pd
H
Coeficiente de Desgaste, K
7 x 10-3
1 x 10-9
C. LUBRIFICAO HIDRODINMICA
Separa as superfcies em movimento por um lubrificante, de modo a evitar ou reduzir o
contato entre elas.
Vantagens observadas
Se reduzem as foras de atrito, pois a resistncia dos fluidos ao deslocamento muito
menor que as foras de adeso e cisalhamento.
Se reduz o desgaste, por se evitar o contato slido das superfcies.
A formao da camada de fluido pode ser obtida por:
Lubrificao Hidrosttica, quando em superfcies imveis, o fluido pressurizado no
espao entre elas, separando-as pela ao da presso.
Lubrificao Hidrodinmica, quando o filme de fluido se desenvolve entre superfcies,
em virtude do prprio movimento relativo entre as mesmas.
Obs.: A Viscosidade o fator mais importante na lubrificao.
Coeficiente de Atrito, se situa entre 0,001 e 0,03 e depende:
a) da viscosidade;
b) das superfcies em contato;
c) da velocidade relativa;
d) da rea das superfcies;
e) da espessura do filme fluido;
f) da forma geomtrica das superfcies;
g) da carga exercida sobre o filme fluido.
1. Cunhas de leo
ECS-25
coeficiente de atrito
Z
viscosidade
N
rotao do eixo
P
presso (carga)
D. LUBRIFICAO LIMTROFE
Acontece quando a pelcula de leo tnue.
Classificao:
a) Tipo 1. Suave, ou de baixa presso e baixa temperatura.
b) Tipo 2. de Temperatura elevada.
c) Tipo 3. de Alta Presso
d) Tipo 4. Extrema ou Elevada Temperatura e Alta Presso, conhecida de EP.
ECS-26
a) Adsorso Fsica, composio de leo mineral com um cido graxo, que em contato com
uma superfcie metlica, evita sua aderncia. A habilidade de adsorver fisicamente varia
de acordo com a constituio molecular, podendo ser polar e no polar.
1) Polares, se orientam superfcie pela fora de adeso, possuindo uma moderada
resistncia de filme, chamada oleosidade.
2) No polares, possuem pssima resistncia de filme, sempre resultando em um alto
coeficiente de atrito.
: coeficiente de atrito.
S: tenso de cisalhamento do filme.
Sm: tenso de cisalhamento na juno metal-metal.
F: fora para cisalhar a rea na qual o filme rompido.
: frao da rea de lubrificao limtrofe, na qual o filme foi rompido.
Ar: rea real de contato.
P: carga.
Hm: dureza do material.
F = .Ar.Sm + (1 - ) Ar.S
= F/P
P = Ar.Hm
= (Sm/Hm) + (1 - ) S/Hm
= m + (1 - )
ECS-27
2) De Guia;
3) De Escora.
Pontos fundamentais a serem analisados para o projeto de um filme adequado.
a) Capacidade de carga (resistncia de pelcula);
b) Fluxo de lubrificante;
c) Coeficiente de atrito entre os metais em contato.
d) Temperatura.
F. REOLOGIA
a cincia que estuda as deformaes e escoamento da matria.
Fluidos No-Newtonianos, so aqueles que so afetados pela ao de cisalhamento, podem
ser divididos em:
Independentes do tempo
a. Plsticos
b. Pseudoplsticos
c. Dilatadores
Dependentes do tempo
a. Tixotrpicos
b. Reopticos
Plsticos, se caracterizam por possurem um limite elstico que dever ser vencido
para que se verifique o escoamento (graxas).
Pseudoplsticos, no apresentam limite elstico, porm sua viscosidade aparente
tambm decresce com o aumento do grau de cisalhamento.
Dilatadores, so aqueles nos quais a viscosidade aparente cresce com o grau de
cisalhamento.
Tixotrpicos, quando submetidos a um grau de cisalhamento constante durante um
certo perodo de tempo sua viscosidade aparente baixa a um valor mnimo.
a. Reversvel, quando cessado o efeito do cisalhamento, a viscosidade aparente
retorna ao valor original.
b. Irreversvel, quando cessado o efeito do cisalhamento, a viscosidade aparente
retorna a um valor menor que o original.
Reopticos, quando submetidos a um grau de cisalhamento constante durante certo
perodo de tempo, aumentam sua viscosidade aparente para um certo valor mximo,
retornando ao valor normal, quando em repouso.
IV.
ECS-28
- Bucha
- Bipartido
- Quatro partes
De Guia
De Escora
- Verticais
1) Gibbs
2) Michell
3) Kingsbury
- Horizontais
b) Rolamentos (antifrico)
Esferas
Rolos
- Cilndricos (caso especial: agulha)
- Cnicos
c)
Lubrificao a graxa
Quando as condies mecnicas no impedirem a entrada de impurezas slidas.
Quando houver ocorrncia de gua (usar tambm leo composto).
Temperaturas muito elevadas.
Grandes cargas e rotaes baixas (menor que 50 rpm).
A aplicao feita por: copos graeiros, pistola, sistema centralizado ou em blocos.
d) Lubrificao a leo
A lubrificao pode ser feita da maneira hidrodinmica ou limtrofe.
Para a hidrodinmica, quando a lubrificao for contnua.
ECS-29
3. Lubrificao de Rolamentos
a) Fatores que asseguram a lubrificao adequada
A limpeza a primeira considerao para o bom funcionamento e longa durao em
servio.
Nos rolamentos autocompensadores, usar somente a lubrificao a leo.
b)
Lubrificao a graxa
Nos mancais de fcil acesso, a caixa pode ser aberta para se renovar ou completar.
Nas caixas bipartidas, retirar a parte superior.
Nas caixas inteirias, estas dispem de tampas laterais facilmente removveis.
Para grandes mancais ou elevadas velocidades do munho, necessitando de aplicaes
mais freqentes, a caixa deve possuir bico graxeiro, para levar a graxa aplicada.
importante possuir vlvula de graxa, por ser um dispositivo til, permitindo a sada
automtica de excesso de graxa, pois este altamente prejudicial.
Regra geral, a caixa deve ser cheia at um tero ou metade de seu espao livre com uma
graxa de boa qualidade, possivelmente base de ltio.
Observaes:
1) As graxas de clcio, podem ser usadas sob temperaturas moderadas (mxima de
60C) e rotaes baixas.
2) A graxa de sdio, so adequadas para operarem sob condio isenta de umidade.
3) A graxa apresenta vantagem sobre o leo, por contribuir para a boa vedao da
caixa. Os labirintos de vedao, devem ficar cheios de graxa.
4) Com qualquer graxa, as caixas devem ser cheias no mximo, at a metade de sua
capacidade.
c) Lubrificao a leo
O nvel dentro da caixa dever ser mantido baixo, no excedendo ao centro do corpo
rolante situado mais abaixo.
muito conveniente o emprego de um sistema circulatrio para o leo.
Em determinados casos, muito til, o uso de lubrificao por neblina.
A importncia da viscosidade apropriada, cresce com a elevao da rotao do eixo.
d) Vedaes
A limpeza a primeira considerao a ser observada para o bom funcionamento e longa
durao em servio de rolamentos.
ECS-30
e) Tipos de vedantes
Feltro em tiras ou anis, para lubrificao a graxa, embebido a quente (temp 70 - 80C),
com 2 (duas) partes de leo mineral e 1 (uma) parte de sebo animal.
Anis de labirinto, apresentam vantagens nos casos de altas velocidades.
Para rolamentos lubrificados a leo, a vedao adquire maior importncia, pois o leo
precisa ficar retido na caixa.
Empregam-se anis de feltro ou de labirinto, ou ainda, vedadores de borracha sinttica.
f) Intervalo de lubrificao
Para lubrificao a leo, so fundamentais, a temperatura de funcionamento e a
possibilidade de contaminao proveniente do ambiente.
Sem poluio e com temperatura inferior a 50C, o leo pode ser trocado apenas uma
vez por ano.
Para temperaturas em torno de 100C, o intervalo cai para cerca de 60 a 90 dias.
Para lubrificao graxa, so fundamentais alguns fatores, como a temperatura,
intimamente correlacionada com a velocidade de rotao e a carga suportada.
Nos rolamentos, sujeitos a respingos de gua, a graxa substituda semanalmente, com a
graxa sendo introduzida com a mquina em funcionamento, at sair pelas vedaes.
Como a rotao baixa, no h inconveniente de se encher por completo a caixa.
A quantidade de graxa para a relubrificao, calculada por:
Q = 0,005 x D x B
B. ENGRENAGENS
So conjuntos, um par, no mnimo, de rodas dentadas, destinadas transmisso de
movimento e potncia. A de menor nmero de dentes o pinho, e a de maior, a coroa.
So rgos de contato direto e movimento misto: rolamento e escorregamento. Sua
finalidade transmitir movimento de rotao de um eixo para o outro, modificando a velocidade e
permitindo transmitir potncias elevadas.
Engrenam externamente, quando distncia de seus eixos igual a soma de seus raios, e
engrenam internamente, quando distncia dos eixos a diferena dos raios.
Classificao
a) Retas
Cilndricas Externas
Cilndricas Internas
Cremalheira
b) Helicoidais
Cilndricas
Espinha de peixe
c) Cnicas
Retas
Helicoidais
ECS-31
d) Hipides
e) Sem-fim
Obs.: Caso particular a Roda de Lanterna.
Sistema Planetrio de Engrenagens constitudo por uma engrenagem anular (roda dentada
com dentes internos), um pinho central (sol) e diversas outras rodas dentadas (planetas).
Lubrificao de Engrenagens Fechadas
a) Lubrificao por Salpico.
b) Lubrificao por Circulao.
1) Sistema centralizado
2) Sistema individual
Na lubrificao por salpico, cuidado especial com o nvel de leo do reservatrio, se tiver
baixo, resultara em distribuio deficiente e falta de lubrificao, se alto, provoca agitao
excessiva consumindo fora e gerando calor, que influir na viscosidade do leo.
A lubrificao por circulao, o sistema fornecido por bombeamento e em alguns casos,
providos de filtros para remover impurezas e manter limpo o leo.
A rapidez do deslizamento, impede o desalojamento do lubrificante.
ECS-32
5) Potncia
quanto maior for a presso, mais viscoso deve ser o leo, a fim de resistir ao de
desalojamento e manter o filme de leo efetivo.
para presso leves, leo menos viscosidade mantm pelculas protetoras.
maior rea de contato, maior atrito, maior temperatura, maior calor gerado.
a perda, por atrito e por agitao do leo, se converte em calor.
os redutores maiores, so equipados com refrigeradores, pois transmitem maiores
potncias com tendncia de funcionarem com temperaturas altas.
6) Natureza da Carga
se for uniforme, o torque e as presses sero uniformes, podendo se utilizado um
leo de menor viscosidade.
se for intermitente, as presses sero mais elevadas, choques mais fortes tendem a
romper as pelculas de leo, usar leo mais viscoso a fim de evitar a ruptura do filme.
servios em sobrecarga, provoca lubrificao limtrofe, com risco de desgaste
excessivo, deve se usar leo com mxima tenacidade de pelcula.
condies EP, o desgaste inevitvel. Usar leo com caractersticas especiais, para
evitar as micro-sodas, ocorrendo assim, um desgaste lento e suave.
7) Tipos de Acionamento
movimento uniforme, usar leo com menor viscosidade.
movimento alternativo, torque varivel, leo mais viscoso a fim de assegurar um
filme mais eficiente.
8) Mtodos de Aplicao
Manual, usados em engrenagens expostas, de grande porte e baixa rotao. Aplicar
composio betuminosa altamente adesiva, e aplicar com pincis, brocas ou
esptulas. Em alguns casos usar gotejamento.
Banho de leo, com salpico, somente na parte inferior mergulhada no leo, 2 a 4cm
de profundidade, ou at trs vezes a altura do dente. Atende diversos tipos de
engrenagens encerradas em caixas, abrangendo extensa gama de velocidades,
excetuando-se, apenas, as extremamente baixas ou altas.
Circulao sob presso, o melhor mtodo, para grandes velocidades. Aplica-se
um jato de leo sobre o ponto em que os dentes engrenam, ou atravs de nvoa de
leo. O sistema deve ser projetado, de tal forma que presso interna seja maior que a
presso atmosfrica, para evitar a entrada de impurezas.
9) Contaminao
a gua do sistema de refrigerao pode entrar com contato com o leo ou mesmo a
condensao da umidade do ar. Deve-se excluir a gua das caixas de engrenagens,
pois forma emulso permanente no leo severamente oxidado, podendo causar
desgaste nas engrenagens e mancais, dificultando a formao de um filme eficiente.
Escolha da Viscosidade
Para temperaturas menores que 65C, pode se usar leo mineral puro. conveniente, que
contenham inibidores de oxidao.
Para temperaturas entre 65 e 90C, devem ser usados leos do tipo turbina ou para motor,
que contenham inibidores contra corroso e oxidao.
Quando houver possibilidade de contaminao com gua, usar leo composto. Considerar a
facilidade de oxidao, para temperaturas superiores a 65C.
ECS-33
C. SISTEMA HIDRULICO
Hidrulica a cincia que estuda as caractersticas fsicas dos lquidos em repouso ou em
movimento. Nela, a energia potencial esttica e as energias cinticas e calorficas so dinmicas.
1. Diagrama de Circuitos Hidrulicos
a. Grficos, so usados em projetos.
b. Em Corte, contm informaes sobre a operao do sistema hidrulico.
c. Representativo, usados para realizar a disposio das tubulaes e conexes do sistema.
2. Componentes Bsicos
Reservatrio, serve para acondicionar o leo. Uma boa prtica dimensionar para trs
vezes, no mnimo, o valor da vazo mxima do sistema.
Bombas Hidrulicas, so equipamentos destinados a converter energia mecnica em
energia hidrulica.
- Deslocamento Fixo, a relao de peas de seu mecanismo operacional constante.
- Deslocamento Varivel, a relao de peas do seu mecanismo operacional
varivel.
Bombas rotativas (engrenagem, lbulo, palheta e pisto).
Vlvulas, servem para controlar: presso, vazo e direo de fluxo do fluido hidrulico.
- Controle de Presso
ECS-34
ECS-35
d. Boa Demulsibilidade, a gua e o leo formam uma emulso, que deve se separar
rapidamente no reservatrio.
- A contaminao com gua resultante de vazamento nos resfriadores do leo e da
condensao da umidade atmosfrica.
- leos que possuem excelente resistncia oxidao possuem boa capacidade de se
separar da gua.
e. Boa Resistncia a Formao de Espuma, que se forma no reservatrio e se desloca
atravs da bomba de suco. Inibidores so usados para reduzir a espuma, que um
fenmeno superficial. Reservatrio bem projetado, o ar se livra rapidamente para fora.
f. Caractersticas de Aerao, causada na suco de entrada do leo.
ROTEIRO PRTICO
Bomba funcionando inadequadamente
a) A bomba hidrulica no injeta leo;
- baixo nvel de leo no reservatrio;
- obstruo no filtro de suco;
- vazamento de ar no tubo de suco;
- leo viscoso;
- curso desregulado.
b) Falta de presso
- falta de injeo de leo;
- vlvula de alvio com funcionamento incorreto.
c) Rudo na bomba
- obstruo no filtro de entrada;
- obstruo do respiro;
- leo viscoso;
- alta rotao;
- desgaste de peas;
- formao de bolhas de ar.
d) Vazamento externo
- desgaste da gaxeta do eixo.
e) Desgaste normal
- partculas abrasivas;
- viscosidade inadequada;
- presso elevada.
Aquecimento do leo hidrulico
a) Mecanismos motores
- desregulagem da vlvula de alvio;
- viscosidade alta do leo;
- funcionamento incorreto do refrigerador.
b) Condies operacionais
ECS-36
tubos sujos;
projeto incorreto dos elementos.
5. Vazamentos
Interno, requerido para proporcionar a lubrificao dos pistes e peas mveis, mas
seu excesso reduz a eficincia do controle de vazo.
Externo, resulta em uma perda de leo e ocorre atravs das conexes e outros
elementos. Pode indicar negligncia na manuteno.
Pontos importantes para reduzir vazamentos externos
- Usar juntas adequadas ao servio.
- Minimizar o nmero de conexes.
ECS-37
D. CORRENTES
De Rolos, so compostas de rodetes de mesmo tamanho montados em seqncia por
meio de conexes de pinos.
Silenciosas, so compostas de uma srie de conexes com um perfil de dente de
engrenagem usinado em um dos seus lados.
1) Utilizao
a) Refrigeradores de vages frigorficos;
b) Mquinas de fabricao de papel;
c) Acionadores de correias transportadoras ;
d) Equipamentos de perfurao de poos;
e) Elementos de mquinas;
f) Acionamento traseiro de caminhes;
g) Locomotivas industriais;
h) Transportadores.
2) Causas do Mau Funcionamento
Normalmente ocorre devido lubrificao deficiente ou por manuteno precria.
3) Lubrificao de Correntes Acionadoras
Lubrificao por gotejamento entre os conectores e os pinos de encaixe dos rodetes
na parte inferior da corrente, imediatamente antes do engraxamento com a parte
inferior da roda dentada acionada.
Mtodos de aplicao: processo manual (por almotolia), gotejo, banho e lubrificao
forada.
4) Lubrificao de Correntes Abertas
A que oferece as maiores dificuldades, por estar exposta penetrao de partculas
abrasivas que aderem ao filme lubrificante. Neste casos, aplicar excesso de
lubrificante.
Usar leo econmico, o mais conveniente, em virtude de ser um processo
considerado de perda total.
Em condies extremas de impurezas, conveniente operar o sistema sem
lubrificao, sendo a corrente removida periodicamente e limpa. Para reinstal-la,
colocar em banho por 24 horas em leo fino, deixar escorrer o excesso e limpar a
parte externa da corrente.
ECS-38
E. ACOPLAMENTOS
Servem para interligar equipamentos rotativos:
Rgido, o mais elementar, composto por duas flanges ligadas por dois parafusos.
Flexvel
- Sem lubrificao
- Lubrificado (existe a possibilidade das partes deslizarem)
Por Flange Ranhurada
Por Junta Universal
1. Recomendaes para Lubrificao
Os flexveis lubrificveis, requerem leos ou graxas, com caractersticas especiais.
Mesmo tendo movimento entre superfcies de atrito, devido s velocidades elevadas, o
lubrificante deve ter alta viscosidade para resistir ao deslocamento e ser suficientemente
fluido para se deslocar entre as superfcies que estiverem em contato direto.
O lubrificante viscoso resiste ao deslocamento, produzindo um filme fluido que absorve
em parte o efeito do choque causado pelo trabalho.
Caractersticas de extrema presso so requeridas, principalmente em acoplamentos de
alta velocidade, em funo de suas condies de lubrificao limtrofe.
F. CABOS DE AO
So utilizados para finalidades diversas.
1. Utilizao
apoio de estrutura, para puxar cargas, etc.
2. Alteraes:
Corroso, causado por ataques cidos ou oxignio do ar, ou ambiente mido.
Fadiga, causado por esforos de flexo e/ou trao a que o cabo submetido.
Desgaste, causado por atrito entre os fios dos cabos.
a lubrificao vital ao funcionamento correto e ao prolongamento da vida til do cabo.
na fabricao, so lubrificados com um composto de petrolato e asfalto que se embebe a
alma de cnhamo, o que protege at pouco tempo aps sua entrada em servio.
3. Fatores Considerados na Escolha do Lubrificante
a) Temperatura;
b) Umidade;
c) Corroso;
d) Limpeza;
e) Mtodo de aplicao;
f) Freqncia de aplicao;
g) Contaminao.
4. Mtodos de Aplicao
a. Por pincel ou despejamento de uma caneca
mtodo pouco eficaz, apresenta desperdcio do lubrificante.
deve ser aplicado no ponto em que o cabo de ao entra em contato com a roldana,
durante o movimento do cabo.
ECS-39
b. Por imerso.
usado cabos horizontais ou com leve inclinao.
c. Lubrificador conta-gotas
usado um depsito isolado termicamente em ambiente provido de resistncia
eltrica.
o produto deve ser mantido a temperatura uniforme, para facilitar seu fluxo.
o produto deve gotejar no ponto terico de interseo do dimetro vertical da
roldana em que o cabo corre.
d. Lubrificador mecnico
o mais econmico, s funciona com o deslocamento do cabo.
nos cabos areos, usar anteparos para evitar que o vento desvie o gotejamento.
se necessrio, usar sistema de aquecimento, em funo do tipo de leo.
5. Limpeza do Cabo de Ao
o perodo para limpeza determinado pelo tipo de servio e local de instalao, para se
remover as partculas abrasivas presentes ou crostas de sua superfcie.
os processos usados, dependem do grau de sujidade do cabo.
leo fino ou querosene, so usados para fazer a limpeza eficiente.
G. MOTORES ELTRICOS
a forma mais simples de transformar energia eltrica em mecnica.
ECS-40
ECS-41
H. MOTO-REDUTORES
Os mancais e as engrenagens da caixa so normalmente lubrificados a salpico, enquanto
o motor eltrico so graxa.
O leo deve satisfazer as condies mais severas da engrenagem.
1. Condies de Projeto e Operao na Seleo do leo:
a) tipo de engrenagem;
b) rotao do motor;
c) temperatura de operao;
d) carga;
e) condies do leo.
2. Lubrificao
I. COMPRESSORES
Volumtricos, aumentam a presso pela reduo de volume.
Dinmicos (turbocompressores), aumentam a presso pelo aumento da velocidade do ar
ou do gs.
Volumtricos
- Alternativos ou de pisto
- Rotativos (de parafuso, de palheta e o de lbulos)
ECS-42
1. Componentes Mecnicos
Um compressor de pisto se compe basicamente de: cilindro, cabeote, crter, mbolo
com anis, biela, virabrequim, vlvulas e sistema de lubrificao.
2. Sistemas de Lubrificao, possuem trs:
a. Por salpico, empregada em compressores de pequena capacidade. O leo borrifado no
virabrequim e em todo o crter por meio de um pescador. O salpico forma uma nvoa
que auxilia a lubrificao das paredes do cilindro.
b. Por anel, o anel mergulha no crter e conduz o leo at uma ranhura no eixo, que faz a
distribuio por meio de diversos orifcios.
c. Lubrificao forada, feita por meio de bomba de engrenagens ou de pisto.
3. Lubrificao dos Cilindros e dos Mancais
o leo do crter lubrifica os mancais e cilindros dos compressores de simples efeito.
nos compressores de duplo efeito, os cilindros so independentes do crter, e pode ser
conveniente usar um leo diferente. Se utiliza pequena bomba de pisto para levar o leo
de um reservatrio especial s paredes do cilindro.
os mancais devem receber bastante leo, enquanto para os cilindros a quantidade
mnima, uma vez que o leo em excesso, causa aumento dos produtos da oxidao e dos
depsitos formados, trazendo srios problemas para as vlvulas.
4. Tipos de Lubrificantes
para os cilindros de compressores, preferencialmente os leos so naftnicos, em virtude
dos produtos da oxidao serem menos duros e de mais fcil remoo, que os de origem
parafnica.
os efeitos da oxidao, atingem qualquer leo, em maior ou menor escala, dependendo
da estabilidade qumica, quando submetido s severas condies de temperatura
encontradas nos cilindros dos compressores.
a oxidao progressiva, inicialmente formando produtos solveis no leo que ficam em
suspenso, depois insolveis que se depositam, principalmente, nas vlvulas de escape e
tubos de descarga, que so as partes mais quentes dos compressores.
muitos leos parafnicos, dispe de alto grau de estabilidade, que aditivados contra
oxidao, podem ser empregados com sucesso em lubrificao de compressores.
vantajoso empregar no compressor o mesmo leo do motor que o aciona, simplificando
a tarefa de lubrificao. Geralmente usado leo parafnico, aditivado com detergente.
a viscosidade o fator mais importante, tanto para os cilindros como para os mancais.
a) mancais, usar SAE 20 ou 30, de acordo com o tamanho do compressor.
b) cilindros (alternativos), usar SAE 20 ou 30 para dimetros de at 65cm, e SAE 40
para dimetros maiores que 65cm.
dependendo do teor de umidade, usar leo composto.
5. Compressores Rotativos
a. Lbulos ou Soprador Roots, no necessitam de lubrificao interna. As partes a lubrificar
so, as engrenagens de sincronizao e os mancais de rolamento, sendo normalmente
empregado um sistema de circulao por bomba.
b. Palhetas
possuem muitas partes mveis, sujeitas a desgaste, e grande necessidade de lubrificao,
para proteger as superfcies internas contra ferrugem e corroso, e atuar como vedao
das pequenas folgas entre palhetas, rotor, paredes da cmara cilndrica e anis.
ECS-43
ECS-44
J. BOMBAS
So mquinas hidrulicas com o objetivo de efetuar ou manter o deslocamento de um
lquido por escoamento.
1. Classificao
Alternativas de Deslocamento Positivo
a) Ao direta ou indireta
b) Simplex ou Dplex
c) Simples efeito ou Duplo efeito
d) Alta presso ou Baixa presso
Centrfugas
a) Verticais ou Horizontais
b) Simples estgio ou Mltiplos estgios
c) Impelidor de Aspirao Simples ou Impelidor de Aspirao Duplas
Hlice
- Tambm chamada de Bomba de Fluxo Axial
ECS-45
b. leos
deve ser usado leo mineral puro ou um leo de turbina.
para temperatura de trabalho entre 0 e 60C, usar SAE 20.
para temperatura de trabalho acima de 60C, usar SAE 30.
para temperatura de trabalho abaixo de 0C, usar leo de baixo ponto de fluidez, cuja
faixa de viscosidade esteja entre 55 a 65 SUS a 100F.
K. REFRIGERAO
o processo de abaixamento de temperatura de um meio, conseguido pela circulao de
um lquido voltil, extraindo o calor do ambiente e liberando-o em outro local do sistema.
Caractersticas dos Refrigerante
a) Quanto segurana:
- No deve ser txico
- No deve ser inflamvel ou explosivo
- No deve ser corrosivo
- No deve contaminar os produtos submetidos refrigerao.
b) Quanto aos aspectos fsico-qumicos:
- Alto calor latente de vaporizao
- Alto peso especfico (ocupar pequeno volume)
- Presso de vaporizao na temperatura do evaporador, maior que a presso
atmosfrica (evitar contaminao do ar)
- Baixa presso de condensao na temperatura ambiente
- Elevada temperatura crtica do refrigerante
- Baixo ponto de fuso
- Imiscvel com o leo lubrificante
- Baixa viscosidade
- Elevada condutibilidade trmica
1. Lubrificao
nos os compressores alternativos sem cruzetas, a lubrificao dos cilindros por salpico.
nos com cruzeta, o leo fornecido separadamente as gaxetas e aos cilindros.
2. Caractersticas de leos Lubrificantes
o lubrificante exigido apenas no compressor, mas ele circula no sistema junto com o
refrigerante, ficando em contato ntimo durante extremos de temperatura e presso.
o lubrificante deve ser adequado ao ambiente de alta temperatura do compressor, como
tambm, evitar reaes com o refrigerante e formao de depsitos no lado de baixa
presso e temperatura do sistema.
os leos naftnicos, so os preferidos para os sistemas de baixa temperatura.
a. Viscosidade, depende das temperaturas operacionais e do tipo de servio.
os gases refrigerantes so solveis no leo lubrificante at certo limite, sendo os gases
menos viscosos, a mistura ter uma viscosidade inferior do leo.
os efeitos da diluio devem ser considerados pelo fabricante ao selecionar a viscosidade
correta.
ECS-46
L. MQUINAS OPERATRIZES
Tem por objetivo fundamental transformar fisicamente um corpo, seja no sentido
geomtrico (forma), seja no sentido dimensional (medida).
Existem diversos tipos de maquinas operatizes, como o torno que a principal, alm de,
prensas, furadeiras, fresas, serras e qualquer outra mquina-ferramenta.
Para fins de lubrificao, precisa-se distinguir dois grupos: as que dispem de sistema
hidrulico e aquelas que no dispe.
Basicamente se lubrificam os mancais e engrenagens, merecendo ateno especial somente
os sistemas hidrulicos.
Outro tipo de lubrificao encontrado em mquinas de corte, o proporcionado pelos
fluidos refrigerantes e lubrificantes para corte.
Mancais de fusos, a principal caracterstica alta rotao operacional, pode ser superior
a 10.000 rpm. Deve-se usar leos leves (50 a 100 SUS a 100F), de preferencia dotados
de inibidores de corroso, ferrugem e oxidao.
Eixo do cabeote constitui, quanto preciso operacional, no elemento fundamental do
torno. Seu mancal na extremidade do eixo do cabeote, normalmente rolamentos,
ECS-47
suporta a maior parte da carga radial, um leo SAE 10 seria conveniente. Como o
mesmo leo empregado nos trens de engrenagens de transmisso do cabeote, usa-se
leo SAE 20, com aditivos antiferrugem, inibidores de oxidao e anticorrosivo.
Guias, consideradas como mancais deslizantes, esto sujeitas a cargas intermitentes e
movimentos alternativos, alm de contaminao por p e cavacos, necessita de um leo
adesivo. Como no possui cargas e velocidades elevadas, um leo SAE 20 satisfaz.
Alavancas, manivelas e controles secundrios, no requerem um leo especial. Usar um
produto j empregado em outras partes da mquina.
ECS-48
Servio ML, tpicos dos motores a gasolina e outros de ignio por centelha, operando em
condies leves e favorveis, no apresentando exigncias especiais de lubrificao e no
possuindo caractersticas de projeto sensveis formao de depsitos.
Servio MM, tpico dos motores a gasolina e outros de ignio por centelha usados sob
condies moderadas a severas, mas apresentando problemas com depsitos ou controle de
corroso de mancais quando a temperatura do leo se torna elevada.
Servio MS, tpico dos motores a gasolina, e outros de ignio por centelha, onde h
requisitos especiais quanto ao controle de desgaste, formao de depsitos ou corroso. A
severidade das exigncias especiais de lubrificao varia com as caractersticas dos projetos,
como as severas condies de alta temperatura e "anda-para".
Servio DG, tpico dos motores diesel em operao que no haja requisitos severos de
controle de desgaste ou depsito oriundo do combustvel, do leo lubrificante ou de
caractersticas de projeto do motor.
Servio DM, tpico dos motores diesel operando sob condies severas ou usando
combustvel tendente a formar depsitos e causar desgaste, mas com caractersticas de
projeto ou condies operacionais que podem fazer o motor menos sensvel aos efeitos do
combustvel ou mais sensvel a resduos do leo lubrificante.
Servio DS, tpico dos motores diesel operando sob condies muito severas, ou possuindo
caractersticas de projeto ou usando combustvel tendente a causar desgaste ou depsitos
excessivos.
b. Classificao SAE-API-ASTM
a classificao SAE se refere apenas viscosidade dos leos e a classificao de servio API
no oferece definies precisas quanto qualidade dos leos, conscientes das deficincias,
associados da ASTM (American Society for Testing Materials) adotaram nova classificao.
Para motores a gasolina ou por centelha (spark ignition) foi adotado o prefixo S e para os
motores a diesel ou de ignio por compresso (compression ignition) a letra C, sendo as
classes designadas por A, B, C, D, E, em ordem crescente de acordo com o grau de
severidade.
SAE responsvel para avaliao e promulgao de novas classes.
API, responsvel pela identificao das categorias e descrio do tipo de servio.
ASTM, responsvel pela descrio bsica do leo, e pelo estabelecimento de mtodos de
ensaio e limites de performance.
2.
3. leos Multiviscosos
So leos timos para climas frios, porm representam um custo exagerado, desnecessrio
tecnicamente. Isto no quer dizer que leos 10W/50, no sejam bons para uso no Brasil.
4. Exigncias de desempenho dos leos para Motores Diesel
de maneira geral, so mais severos em relao aos lubrificantes que os a gasolina.
o leo diesel menos voltil que a gasolina, possui tendncia a formar maior quantidade de
carbono, so maiores as presses de combusto no motor a diesel.
ECS-49
os leos satisfatrios para motores diesel, geralmente so tambm para motores a gasolina,
no sendo verdadeira a recproca.
testes so feitos para garantir a especificao dos leos, em alguns casos, nas condies
mais adversas como:
servio pesado e combustvel com elevado teor de enxofre.
algumas classes: MIL-L-2104A, Suplemento 1, Srie 3, MIL-L-2104B, MIL-L-2104C e
MIL-L-46152.
ECS-50
Lubrificao
efetuada por meio de leo misturado gasolina em propores variveis entre 1:20 e
1:10. Uma proporo tpica de 80 cm3/litro.
ECS-51
8. Motores Diesel
2
razo de compresso de 12:1 a 18:1, proporcionando presso de 35 a 39 kgf/cm (motor
2
a gasolina de 9 kgf/cm ).
baixa rotao, at 250 rpm, usados principalmente em navios.
mdia rotao, entre 250 e 750 rpm, usados em geradores eltricos e bombas de
perfurao de poos de petrleo.
alta rotao, acima de 750 rpm, usados em caminhes, lanchas, locomotivas, tratores e
outros equipamentos de construo.
a. Sistema de Lubrificao
lubrificados som sistema circulao sob presso, com coletor dentro ou fora do crter.
alguns tipos de motores estacionrios possuem mancais lubrificados por anel, outros
dispem de lubrificadores mecnicos, e, em alguns grandes motores de baixa velocidade,
podem existir mancais secundrios lubrificados com almotolia.
nos motores de cruzeta e de pisto oco de tamanho considervel, as paredes do cilindro
so lubrificadas diretamente com um lubrificador mecnico.
b. Temperatura do leo
pode-se considerar tima a faixa de temperatura entre 82 e 86C. So aceitveis
temperaturas at 105C, sendo que o limite mximo admissvel 125C.
o limite mnimo admissvel de temperatura para o leo, 65C.
motores de alta rotao, pequeno porte, a temperatura do leo , praticamente, a mesma
da gua de refrigerao.
para grandes motores, necessrio o uso de um refrigerante para o leo.
c. Lubrificao dos Cilindros
motores de pisto oco de alta velocidade feita por salpique, semelhante ao de gasolina.
os de baixas e mdias velocidades, como os de cruzeta simples ou duplo-efeito, nos
quais o cilindro e o crter so separados, exigem alimentao independente do cilindro,
feita, em geral, por lubrificador mecnico.
motores com dimetro interno superior a 50 cm, recomenda-se um leo SAE 40, sendo
que para dimetros inferiores, mais indicado, um SAE 30 ou SAE 20.
motores com cruzeta, dimetro interno dos cilindros maior que 50 cm, pode necessitar
um leo muito viscoso, SAE 50. Para dimetros menores, SAE 40 ou SAE 30.
9. Motores a Gs
taxa de compresso da ordem de 12:1. necessria uma pequena injeo de diesel para
ocasionar a inflamao.
ECS-52
ECS-53
b) Quatro tempos
- de cruzeta (com diafragma);
- sem cruzeta (sem diafragma).
Lubrificao
A seleo dos motores lubrificantes deve considerar fatores como: caractersticas do
motor, sistema de lubrificao, potncia e combustvel empregado.
Tipos com cruzeta, a lubrificao do cilindro independente do crter, que se mantm
seco, havendo um depsito chamado "poceto". um sistema de circulao, para eixo de
manivela, cruzeta , pino do pisto e turbo-alimentador, com retorno ao poceto.
Tipo sem cruzeta, o leo armazenado no crter e circula pelo eixo de manivela,
lubrificando o cilindro e retornando ao crter.
a. Sistema de lubrificao, depende fundamentalmente da manuteno do filme de leo entre
as partes mveis.
Circulao, em quase todos os motores diesel utilizada, para os mancais principais e
bielas. Capacidade das bombas de leo varia de 2 a 50 litros/HP-hora.
Lubrificador Mecnico, acionado pelo prprio motor, sendo sua rotao regulvel. O
leo aplicado a no mnimo em 4 pontos da periferia do cilindro.
a. Potncia, permite indicar o lubrificante correto e o mtodo de aplicao do lubrificante.
at 100 HP, cilindros (circulao) e mancais (circulao).
100 a 300 HP, cilindros (lubrificador mecnico) e mancais (circulao).
acima de 300 HP, cilindros (lubrificador mecnico) e mancais (circulao).
1. Requisitos para leos Lubrificantes (valores mdios)
CARACTERSTICAS
CILINDROS
MANCAIS
Densidade
0,943 - 0,948
0,915 - 0,920
Ponto de Fulgor
220 - 240 C
18 C
Ponto de Fluidez
20 C
120 C (mnimo)
Viscosidade
650 1200 SUS a 37,8 C
600 700 a 37,8 C
ndice de Viscosidade
70 - 90
75 95
TBN
50 - 70
7 - 12
2. Contaminao, sua intensidade depende de fatores como: tipo do motor diesel,
condies operacionais, queima e limpeza do combustvel, volume do leo e sistema de
ECS-54
ECS-55
Os leos de alta dispersncia tem duas vantagens: maior limpeza das partes mveis do motor
e maior perodo de troca de filtros.
Os leos de mdio poder de disperso depositam nos filtros: as matrias em suspenso,
fuligem, produtos de oxidao e partculas abrasivas, mantendo o leo limpo em operao.
1) Filtros
Os de papel vm substituindo gradativamente os de estopa, pois conseguem remover
eficientemente as partculas em suspenso no leo, pois sua rea de filtragem bem maior.
2) Teor de Cinza
Os leos de alta dispersncia no possuem constituintes que formam cinzas, existem os
leos:
- quase sem cinza, utilizam dispersantes combinados com inibidores contendo metais.
- sem cinza, contm dispersante e inibidores sem cinza.
3) Alcalinidade
TBN e TAN, so usados para indicar a alcalinidade e acidez dos leos. leos do tipo
reserva alcalina, possuem alcalinidade a fim de neutralizarem os componentes cidos formados na
queima de combustvel e resultantes da oxidao do leo.
4) Lubrificao dos Mancais de Prata
Normalmente so usados no pino do pisto. Aditivos atacam a prata.
5) Turbo Alimentadores
A lubrificao feita com leo do crter.
6) Controle de Vida do Lubrificante
Pode ser controlado atravs de anlises de laboratrio e teste de campo. Nas empresas
ferrovirias a anlise do leo feita a cada 2.000 km no mximo.
Anlises de Laboratrio
1) Aparncia e odor;
2) Viscosidade Saybolt a 100 F (Visgage);
3) Ponto de Fulgor (V.A.);
4) Teor de gua;
5) Nmero de Precipitao;
6) Nmero de Neutralizao.
Testes de Campo
1) Aparncia e odor
2) Viscosidade a 100 F (VISGAGE)
3) Mata-borro
4) gua (chapa quente)
ECS-56
7)
P. TURBINAS HIDRAULICAS
So mquinas motrizes constitudas em sua essncia de um rotor ligado a um eixo, um
mecanismo para regular a quantidade de gua admitida, bem como passagens de gua em direo ao
mecanismo de regulagem e sada do rotor, podem ser de:
Ao, quando a presso de entrada (P1) igual presso de sada (P2). O rotor absorve
apenas a energia cintica da gua. So conhecidas como turbina Pelton P1 = P2 = Patm..
Reao, quando a presso de entrada (P1) maior que a presso de sada (P2). O rotor
absorve a energia cintica mais a energia da presso da gua.
Ao
- horizontal
- vertical
Reao
- Francis
- Hlice
Ps fixas
Ps ajustveis (Kaplan)
Instalaes das turbinas de reao
1) Eixo: vertical e horizontal
2) Caixa: Espiral, semi-espiral, cilndrica, retangular fechada, de vcuo e cmara aberta.
3) Rotor: Descarga simples e descarga dupla.
4) Tubo de suco: Cnico e em cotovelo.
5) Regulador: Tipo (eixo distribuidor, atuador e armrio).
Utilizao
Pelton, para grandes quedas e pequenas vazes, H > 300 metros.
Francis, para medias e pequenas alturas, 80 a 300 metros.
Kaplan, para pequenas quedas, at 80 metros.
1. Sistema de lubrificao
Se considera o conjunto turbina-gerador, como uma s unidade.
Normalmente se adota o sistema de circulao, sendo que as partes a lubrificar so:
mancais de guia, mancais de escora e regulador.
ECS-57
Os mancais de escora podem ser com molas, de rolamento, de esfera ou rolos cnicos,
ou ainda do tipos de Gibbs, Michell ou Kingsbury e sua lubrificao feita por
circulao ou banho, e, a refrigerao, por um sistema de circulao de leo ou por
serpentina refrigerante de gua ou por ar.
No regulador, usar leo de viscosidade bem baixa, para permitir rapidez na ao. So
muitos prejudicados pela formao de depsitos oriundos de oxidao ou contaminao
do leo.
As cargas axiais suportadas pelo mancal de escora, exigem um leo mais viscoso.
ECS-58
ECS-59
a)
b)
c)
d)
Q. TURBINA A VAPOR
um sistema que transforma a energia trmica do vapor em energia mecnica.
Pode ser de:
Ao, quando o jato de vapor incide diretamente sobre as palhetas.
Reao, o rotor gira pela reao produzida pelo vapor ao abandonar a palheta mvel
aps sua expanso.
1. Acessrios essenciais das Turbinas
Selo de vedao, para evitar que o vapor saia ou o ar entre no sistema, igualando assim
as presses externas e internas.
Acoplamento, une a turbina ao gerador e tem como funo permitir o movimento axial e
eventual desalinhamento, devido s mudanas de temperatura.
Reguladores, controlam a quantidade de vapor que entra na turbina.
2. Sistema de lubrificao das Turbinas
Variam conforme a capacidade das mesmas.
Pequenas, at 200 HP, os mancais so lubrificados por anel.
Mdias, mancais lubrificados por anel, engrenagens e outros mancais por circulao.
Grandes, sistema de circulao de leo, que supre os mancais da turbina, mecanismos de
regulao, redutor, mancais do gerador e todas as partes mveis.
contm alm do reservatrio, refrigeradores e sistema de purificao para aumentar a
vida til.
Bomba principal e auxiliar. A auxiliar supre leo aos mancais at adquirir a velocidade
de regime, quanto a principal, supre a quantidade de leo suficiente.
Refrigeradores de leo, necessrio, para manter a temperatura do leo correta.
Ventilao, gua um dos principais contaminantes, que provocada pela condensao
do vapor no refrigerador de leo. A ventilao ajuda a diminuir a formao de espuma.
a) Ventilao natural, vapores de gua e leo so eliminados naturalmente por uma
abertura na superfcie do reservatrio.
b) Ventilao a vcuo, aplicado o vcuo na parte superior do reservatrio, sendo
obtido este vcuo pela descarga de gua do condensador de vapor das turbinas.
c) Desumidificador, o ar juntamente com vapores de leo e gua arrastado do
reservatrio e levado ao aparelho onde drenado o leo, condensado os vapores de
gua e o ar livre, volta novamente ao reservatrio.
ECS-60
O leo empregado alm de lubrificar, deve servir como refrigerante para extrair o calor
conduzido pelo rotor e demais partes onde h atrito, e como meio hidrulico, para o
regulador e controles adicionais.
submetido a condies severas, pela exposio influncia de certos fatores nocivos, que
servem para orientar a escolha correta do lubrificante.
Oxidao, na presena de calor, gua, ar e impurezas diversas, h tendncia do leo se
oxidar, formando produtos insolveis e solveis, este ltimos podem se tornar insolvel em
temperaturas mais baixas, causando problemas no suprimento, s partes mveis das turbinas.
Emulso, a gua e o leo de circulao formam emulso causando ruptura da pelcula
lubrificante e conseqentes escoriaes nos mancais e dentes das engrenagens das turbinas.
Borra, uma massa contendo emulses, leo oxidado e outras impurezas. Quando
depositada, consiste de partculas slidas e hidrocarbonetos oxidados, sendo bastante
prejudicial. Acrescentando-se grande quantidade de leo ao sistema de uma s vez, pode
provocar distrbio qumico, formando depsitos. No aconselhvel abastecer de uma s
vez, mais de 10% da capacidade do sistema de leo da turbina.
Espuma, a agitao do leo em contato com o ar provoca espuma, como tambm, o
acrscimo de grande quantidade de leo, provoca a formao de espuma.
Ferrugem, a gua junto com o leo pode formar ferrugem nos metais. abrasiva e pode
agir como catalizador de oxidao.
Contaminantes slidos, so constitudos de carvo, cinzas partculas metlicas e slica.
Altamente nocivos, alm de alguns serem abrasivas, outros atuam como catalisadores de
oxidao. A cinza diminui a capacidade do leo separar-se da gua.
Calor, conduzido atravs do eixo aos mancais, havendo ainda o calor adicional gerado
pelo atrito fluido resultante do deslizamento das superfcies. Empregam-se refrigeradores,
para diminuir este efeito no leo, pela troca de calor com gua de refrigerao.
Caractersticas do leo
Face os contaminantes, os leos aplicados, alm de serem bsicos de alta qualidade, devem
possuir aditivao que lhes confira certas caractersticas:
a) grande resistncia oxidao;
b) antiferrugem e anticorrosivo;
c) rpida separao da gua;
d) pelcula bastante resistente;
e) antiespumante.
4. Observaes sobre as condies do leo usado
Procede-se em intervalos de tempos determinados, anlise visual, que pode indicar gua
e impurezas, se comparada com leo novo, e uma anlise de laboratrio, como:
viscosidade, nmero de neutralizao, gua e sedimentos.
Purificao, deve ser capaz de retirar as impurezas e remover a oxidao .
1) Mtodos principais
a) Full Flow, todo leo passa atravs do purificador.
b) By-Pass, parte do leo retirado do reservatrio.
c) Tanque de Purificao, toda a carga e retirada para purificao.
2) Princpios da Purificao
a) Separao por Gravidade, includas a decantao e centrifugao.
b) Separao por Filtrao, utilizados elementos de filtro para reter impurezas.
c) Separao por Absoro, empregados materiais ativos que absorvem os
contaminantes solveis no leo.
ECS-61
R. FERRAMENTAS PNEUMTICAS
Acionadas por ar comprimido, encontram largo emprego na construo civil, minerao,
indstria naval e grandes oficinas. As ferramentas pneumticas podem ser de:
Percusso (alternativas), um mbolo se move alternativamente em um cilindro.
Rotao, dispe de um rotor de palheta, ou um motor a ar de um cilindro ou mais,
dispostos radialmente.
1. Lubrificao
para que seja eficiente, o leo deve ser introduzido com o ar. Isto obtido por meio dos
lubrificadores de linha de ar, que fazem a pulverizao do leo que conduzido pela
corrente de ar.
existem modelos com capacidade de 300 cm at quase 20 litros, funcionando graas a um
gliceur apropriado.
a colocao do lubrficador deve ficar 3,5 m da ferramenta a ser lubrificada, se a distancia for
maior, pode ocasionar a deposio de leo na mangueira.
os lubrificadores de linha permitem regular a quantidade de leo no fluxo de ar. essencial
que seja apropriada a quantidade de leo fornecida.
se for usado excesso de leo, pode ocorrer a dielizao, que so exploses de vapor de leo
dentro do cilindro, podendo trazer avarias na parede do cilindro e do pisto. Ocorrem
quando a perfuratriz operada sem presso suficiente de avano na coroa, ou com o
acelerador aberto ao entrar ou sair do furo.
Quantidade de leo, para boa para lubrificao em ferramenta pneumtica alternativa:
Q = 0,03.d.c.n
Q = quantidade de leo necessria (litros)
d = dimetro do cilindro (m)
c = curso do pisto (m)
n = nmero de golpes por minuto
2. leos para Ferramentas Pneumticas
O ar comprimido possui umidade, que se condensa com a expanso do ar.
O leo deve conter: agente emulsificante, propriedades EP, no ser corrosivo, possuir
inibidores de corroso e ferrugem e, no deve, conter sabes metlicos.
a temperatura no interior da ferramenta pode ser at 35C inferior a ambiente, causada
pelo efeito refrigerante da expanso do ar comprimido, adquirindo assim, o ponto de
fluidez, excepcional importncia em locais frios.
ferramentas leves operam com leo pouco viscoso (SAE 10), principalmente as rotativas
as ferramentas de pisto requerem leos SAE 10 ou 20.
as perfuratizes de rocha, trabalham com SAE 30,40 ou 50, dependendo de seu porte e
da temperatura ambiente.
as roscas das hastes e coroas devem ser protegidas com graxa grafitada ou com graxa
especial, contendo p de zinco.
no campo, recomendvel como emergncia, se preparar uma espcie de pasta,
misturando leo mineral com alvaiade, grafita, cobre e chumbo em p para a proteo de
roscas.
Obs.: Alvaiade, pigmento branco, seja de carbonato de chumbo, seja de xido de zinco.
ECS-62
S. EQUIPAMENTOS DE TERRAPLENAGEM
Mquinas motrizes, so os tratores, os compressores de ar e os geradores de energia
eltrica, necessrios aos canteiros de obras.
Mquinas operatrizes, so as lminas empurradeiras, as niveladoras, as ps
carregadeiras, os escarificadores, os rolos compressores, as escavadeiras, os scrapers,
os caminhes off- road, os reboques transportadores, as mquinas compactadoras, etc.
1. Lubrificao dos Equipamentos de Terraplenagem
as principais mquinas so acionadas por motor diesel, como tambm, os sistemas
hidrulicos, sejam eles hidrostticos ou hidrodinmicos.
a maioria dos motores diesel de alta rotao, so super alimentados, sendo necessrio
lubrificar no turbocompressor, somente os mancais, com o mesmo leo do motor.
usado o leo hidrulico tipo industrial, tem propriedades antiabrasivas, antiespumante,
antiferrugem e antioxidante.
para transmisses automticas e conversores de torque, usar produto tipo C-2.
para engrenagens, o produto MIL-L-2105B, atende todos os tipos de servio.
o uso da graxa a base de 12 hidroxi-estearato de ltio para mltiplas aplicaes, resolve
praticamente todos os problemas de lubrificao a graxa.
os roletes das esteiras, possuem atualmente vedao permanente, no exigindo
lubrificao peridica, sendo usada graxa tipo mltiplas aplicaes.
cabos e engrenagens abertas, so lubrificadas com composies betuminosas.
a) Planejamento da Lubrificao
no deve prejudicar o andamento dos trabalhos e nem as mquinas devem ser
tiradas do campo para serem lubrificadas, para isso, so imprescindveis
adoo dos chamados comboios de lubrificao, que consiste de um caminho,
onde so instalados o equipamentos e acessrios de lubrificao.
b) Racionalizao da Lubrificao
recomendada no pela simplificao da lubrificao, mas principalmente pela
reduo de custo de manuteno, especialmente peas de reposio.
econmico pagar mais caro por um produto de mltipla aplicao.
Lubrificao bsica das mquinas rodovirias, pode ser feita com quatro
produtos, como por exemplo:
1) leo para motor: MIL-L-2104C ou MIL-L-45199B e/ou MIL-L-2104B ou
MIL-L46/52.
2) leo hidrulico: Hidraulic Fluid Type C-2.
3) leo para engrenagens: MIL-L-2105B.
4) graxa para mltiplas aplicaes: Multipurpose.
ECS-63
CENTRO TECNOLGICO
LUBRIFICAO INDUSTRIAL
JUN / 99