Organograma FGV
Organograma FGV
Organograma FGV
REPRESENT
AAO
GRAFICA DA ESTRUTURA
YOLANDA
FERREIRABALCAO
FERREIRA
de Administrao
Professra-Adjunta
e Chefe do Departamento
e Relaes Industriais
da Escola de AdminiStrao
BALCO -
Geral
108
R.A.E,J17
1)
WINSTON
KA.E.j17
11)9
o harmonograma (fluxo de papis) entre o organograma e o fluxo de comunicaes entre as pessoas na organizao. So tambm freqentes as tentativas de aproveitar o organograma para dar o esquema de quadros e nveis de carreira e o resumo das descries de funes dos
cargos administrativos.
No se pode falar realmente em rto quando isso ocorre;
cada organograma uma conveno e, como tal, obedece
s normas que se estabeleam para sua elaborao e interpretao; sses acrscimos tm, porm, o condo de
tornar mais difcil e complexa a representao grfica da
estrutura, eliminando uma das regras mais importantes
dessa representao: a clareza.
A ttulo de ilustrao, damos na Figura 1 o organograma
da parte industrial de emprsa brasileira do ramo mecnico, em que se podem ver vrias setas indicativas de fluxos
de papis, resumos de descries de funes e setas de
comunicao entre os titulares de cargos. Nesse verdadeiro contra-exemplo de organograma bvia a grande dificuldade de interpretao, pois pelo acmulo de linhas,
setas e palavras tda a clareza foi sacrificada.
ELABORAO DO ORGANOGRAMA
110
R.A.E./17
Apesar da relativa simplicidade de desenho, o organograma pode ser apresentado das mais variadas formas, sendo,
como dissemos, produto de convenes as mais diversas,
tanto em relao nomenclatura, como ao contedo. Tal
como se apresenta em sua forma clssica, porm, o modlo "europeu" difere do "norte-americano", e ste, por sua
vez, do "brasileiro". No intuito de comparar as caratersticas dsses trs tipos de organogramas, examin-losemos um a um, segundo suas convenes prprias de nomenclatura e contedo.
2.
,.
o
'"
!2j
~
'"
()
()
~
'"
~
~
~
'"
~
'"
'o
m
.n
>.
'"
c:
~
~
'"
1:7
~
~
'"
~
~
'"g
~
i<i
~
'"
SERViOS
PESSOAL
ASSISTNCIA
III'
I
I
I
I
I
I
I
I
~-,1
: .....
" ....I
I
I
I
112
ORGANOGRAMA:
o Organograma
REPRESENTAAO DA ESTRUTURA'
R.A.E./17
"Europeu"
RA.E./17
?~GANOGRAMA:
>.
Convenes
REPRESENTAAO DA ESTRUTURA
do ,Organograma
113
Norte-Ameticeno
s seguintes con-
b)
~,..Il,~,;
tJ'M
oz
....,
~
~
~
~
..
UI
I I
I I
I I
I I
L_J
L_J
I I
'<11
I I
\
I
o
1
g
:::>
\
I
-c
-c
o
O
x
I I
I I
.8
.!:l'
'"
tav>
.~
c
v>
V'>
~
-c
~t:
.~
~
r-I
I I
"I
ti
'\lO
I I
I
I
t:
<11
I
I
L_I
-c
:I:
r.:.S
::o
w
o
w
o
-c
o
g
::>
-c
-c
o
O
x
1(.
'"2
z
>
o-
::i
....
'"z
::i
o
-c
'"
z
o
u
o
c
....
ttit;;
~
U)
o
u
o
o
w
....
tti
o
~
""
:>
w
....
tti
o
o
o
.""
U)
::i
U)
o
u
~
~
fuo
w
:;!
tti
i1i
:t'"
>"
~
:;;:
'"
'0
U)
;;;:
u.
.c
:;!
z
w
U)
~~
....
~
J:
::c z
'-'
VI
:J
o
",VI
",o
'::>
-c
o
~ iil:>
~ :>
:>~
00
~~
e
~8
o",
.~ w
0<"
""
'"s z
w'" ::>
""::>
~o
::>
o o
",VI
.....
'0
"'
w
w,-"
:Cw
~~
=)
.':::l
O?
<I)
116
R.A.E.;17
e)
as divises dos retngulos mencionados em d so conhecidas como subsees ou subunidades, chefiadas por
subchefes ou mestres;
f) os retngulos ligados a "ramais" do organograma so
ocupados por assistentes (assistants) ou comisses (committees).
~\:.
Essas convenes de nomenclatura no so de uso uniforme nos Estados Unidos, como aponta ERNEST DALE,
pois no h acrdo generalizado quanto ao valor exato de
cada um dos ttulos de cargos e divises da organizao,"
Mas a prtica norte-americana, segundo levantamento
realizado h alguns anos pela American M anagement
Association, tende a desenvolver-se no sentido indicado
pelas regras acima citadas, que apresentamos grficamente
na Figura 4.
Alm dessas convenes formais, h outras, relativas ao
contedo (representadas na Figura 5), que so as seguintes:
a)
os cargos diretamente ligados medula do organograma que tenham a mesma importncia na hierarquia
devem ser representados por retngulos de tamanhos
idnticos;
os retngulos que representam cargos ligados diretamente medula do organograma com a mesma importncia hierrquica devem estar colocados na mesma altura,
no sentido horizontal;
b)
c) os cargos ligados diretamente medula do organograma com idntica importncia hierrquica devem ter
nomes iguais para seus titulares e para as partes da organizao que sejam chefiadas por sses titulares;
\
3)
R.A.E.;17
ORGANOGRAMA:
RE.'PRESENTAAO PA ESTRUTURA
117
e)
a subordinao hierrquica linear representada por
linha cheia; a subordinao funcional por linha pontilhada;
a posio do superior de um cargo de assessoria no
plano horizontal no significa maior importncia hierrquica na organizao em relao aos cargos de linha;
f)
g)
a posio superior de um cargo de linha no plano
horizontal significa maior importncia herrquica em relao aos demais. cargos de linha.
A essas convenes bsicas e de ordem geral podero ser
acrescentadas muitas outras, que decorram das caratersticas de cada tipo de organizao. Naturalmente, quanto
mais complexas forem as funes desempenhadas numa
organizao, quanto mais diversas forem as relaes de
autoridade entre cargos em diferentes nveis e quanto
maior fr o nmero de nveis, tanto mais difcil ser representar a organizao formal tal como . por essa
razo que as convenes relativas ao contedo; no tm
uso generalizado nas emprsas norte-americanas e que, em
muitos casos, nos organogramas dessas emprsas h omisso de alguns dos elementos citados por DALE (cdigos
de departamentos ou divises, por exemplo) e incluso
de outros (variaes nas representaes de cargos de linha
e de assessoria, de cargos de linha e de comisses etc. ).
o Organograma
"Brasileiro"
Se no se pode falar em convenes de uso geral nos Estados Unidos da Amrica, muito menos se pode imaginar
que haja convenes tradicionais nos organogrfimas das
organizaes brasileiras das mais diversas naturezas. Tudo
parece indicar, todavia, que a aceitao das convenes do
organograma norte-americano tende a generalizar-se entre
ns, particularmente nas grandes emprsas de origem estrangeira.
As diferenas introduzidas pelas organizaes brasileiras
referem-se bsicamente nomenclatura (vide Figura 6)
e so as seguintes: '
I ..
118
~I::
.'...~
Q)
s
<cS
<cS
~o
I::
~...
O
o
I::
:g
I::
o
C,)
.,
.~
{l
g'
Q)
>
I::
o
C,)
li)
-<
11::
:;J
s
r.<.
-c
:c
::;
w<
z
<
:cU
zZ
:::i~
R.A.E.!17
RA.E./17
ORGANOGRAMA:
FIGURA
6:
119
REPRESENTAAO DA ESTRUTURA
PRESIDENTE
DIRETORES
DIRETORIAS
GeltENTEs
O!
DE'
DfPARTAMENTOS
CHE'ES
OE SEES
ENCARREGADOS.
SUBCHEFES,
SUPERVISORES
OU MESTRES DE SUSlES
OU SETORES
a)
no h representao do Board 0/ Directors no organograma, pois sse colegiado no existe, em geral, nas
organizaes brasileiras, privadas ou pblicas;
os retngulos ligados diretamente ao presidente, na
medula do organograma, referem-se a diretores que chefiam diretorias;
b)
__
__
"
--
__
__
f)
," j,0:;.;::o..".,:::;..a..
..'ji0:~'V~1Ij,)f. .. '~;:I!',,:;~;_:~
T''
11
:R.A.:K/17
121
do Organograma
Nos ~rganismos muito complexos a apresentao do organograma pode ser "circular", a exemplo da feita pela
Standard Oil Co. Df America (vide Figura 7). A vantagem
dsse tipo de organograma permitir um "resumo" grfico menor da organizao.
.
Est tambm crescendo o uso de cres nos organogramas,
para diferenciar funes da organizao ou' nveis na
hierarquia. As cres ajudam a compreender a estrutura
da organizao, corno se pode ver pela Figur -8, em que
so apresentados Os nveis de autoridade de uma emprsa
brasileira. Para que se distingam as funes e os nveis,
porm, sero necessrios dois desenhos separados; do contrrio, a confuso trazida pelo uso de cres para uma e
outra finalidade ser inevitvel.
Tanto o organograma circular, como o colorido, no tm
ainda uso generalizado, quer nos Estados Unidos da Amrica, quer no Brasil. Por representarem sofisticaes do
desenho tpico, so encontrados nas organizaes mais
complexas, especialmente norte-americanas. sses organogramas, porm, mesmo nessas organizaes, no substituem o clssico, sendo apresentados como complemento
dste.
VANTAGENS E LIMITAES DO ORGANOGRAMA
122
FIGURA
7: Organograma
"Circular" da "Standard
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
PRESIDENTE DO CONSELHO
FABRICAO
FINANAS
VENDAS
RELAES PBLICAS
INVESTIGAES E ESTUDOS
SERViO COMERCIAL
PESSOAL
COMPRAS
ESTUDOS DE MERCADO
ESPECIFICAES E PADRES
COMPRAS
FABRICAO
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
PLANEJAMENTO DE CONSTRUES
PREPARAO DO TRABALHO
CONTRLE DAS ORDENS DE FABRICAO
LANAMENTO
PRODUO EM SRiE
TRANSPORTE
CONTRLE DE PRODUO
CONTRLE DE MTODOS
COORDFNAO
DO MERCADO
CONTRLE DE QUALIDADE
SEGURANA
SERViOS FINANCEIROS
ORAMENTOS
RA.E./17
27.
28.
29.
30.
31.
32.
CONTRLE FINANCEIRO
FINANAS EXTERNAS
SEGUROS
PATENTES
APLICAO DAS LEIS
LICENAS
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
CONSTRUES E INSTALAES
MANUTENO
DO MATERIAL
INFORMAES E PROMOO
CANAIS DE DISTRIBUiO
PREOS
ESTUDOS DE MERCADO
DIREO E CONTRLE
FORMAO DO PESSOAL
REMUNERAO E ASSUNTOS SOCIAIS
CONTRATAO
E RECRUTAMENTO
RELAES SINDICAIS
R A.E.l17
123
124
RA.l!: /17
R.A.l!;./17
ORGANOGRAMA:
REPRESENTACAO
DA ESTRUTURA
125
BIBLIOGRAFIA
1.
CHRIS
ARGYRIS, Pe-vonelity
Brothers,
2.
ERNEST
3.
DALE,
Structure,
Report
Iorque:
Harper &
1957.
Organization
Nova Iorque:
Americtm Manal1ement Association, Research
Number 20, 3.a edio, 1955.
Administrative
Ian Company, 2.a edio, 1958.
HERBERT A. SIMON,
The Macmil-