Ética Cristã - Ética Ministerial

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TICA CRIST TICA MINISTERIAL

INTRODUO
tica o estudo dos juzos de apreciao referentes conduta
humana, do ponto de vista do bem e do mal. Conjunto de normas
e princpios que norteiam a boa conduta do ser humano.
Nesta etapa do nosso estudo, falaremos sobre a tica aplicada
vista ministerial do obreiro. Abordaremos suas implicaes na
conduta deste, enquanto lder eclesistico, e ainda mostraremos a
importncia da tica no relacionamento com Deus, com a igreja e
com a comunidade. Mas, para isso, importante conhecermos
alguns conceitos sobre tica.
tica o ramo da Filosofia que tem como objetivo moral o
conjunto de princpios pelos quais os indivduos devem pautar seu
proceder no desempenho de sua profisso. Srie de normas que
leva aquisio de hbitos e a formao do carter dos indivduos
para que possam cumprir seus deveres e viver corretamente.
tica pode ser definida como o estudo crtico da moralidade.
Consiste da anlise da natureza da vida humana, incluindo os
padres do certo e do errado, pelos quais sua conduta possa
ser guiada e dirigida. Em resumo: tica na prtica aquilo que
voc pensa e faz.
A tica trabalha com os seguintes conceitos:
- Errado desviado, afastado da verdade.
- Certo Exato, infalvel, evidente em que no se acha erro.
- Verdadeiro o que realmente pode ser comprovado com o que
foi dito, exatido, qualidade daquilo que verdade.
- Valores grau de utilidades das coisas.
Particularmente, tica crist, no contexto evanglico um
somatrio de princpios que formam e do sentido vida crist
normal. a marca registrada de cada crente. o que cada crente
pensa e faz. Por aquilo que o crente e faz, portanto, evidencia-se
a sua dependncia de Deus e do prximo. Aqui est a fundamental
diferena entre tica crist e tica em sentido genrico, como
simples estudo crtico da moralidade.
Como dinmica de vida, a tica crist pode ser manifesta atravs
do conceito de julgamento que se faz a respeito de determinados
valores que integram o nosso dia-a-dia. Como investigadora da
conduta ideal, a tica prope questes que avaliam os passos do
homem apreciados do ponto de vista do bem e do mal. Sendo
assim, seu estudo foge do mbito estritamente humano e passa a
ser motivo de aferio fundamentada na Palavra de Deus, a Bblia
Sagrada que no muda ao sabor das circunstncias.

tica uma questo pessoal ou coletiva? Quais as implicaes


decorrentes do comportamento antitico para a Igreja local, para a
comunidade onde ela est inserida e para a comunidade crist
como um todo? possvel ser tico sem afastar-se do convvio
com no crentes? Isolar-se seria uma soluo? A no observao
dos preceitos ticos a mesma coisa que pecar? Estas e outras
perguntas sero respondidas durante o estudo desta disciplina.
Veremos, abaixo, um pouco mais sobre a tica Crist, antes de
entrar definitivamente no estudo da tica Ministerial.
I tica Crist
o conjunto de regras de conduta, para o cristo, tendo por
fundamento a Palavra de Deus. Para ns, crentes em Jesus, o certo
e o errado devem ter como base a Bblia Sagrada, a nossa regra
de f e prtica. O termo tica, vem do grego ethos, aparece
vrias vezes no Novo Testamento, significando conduta,
comportamento, porte e compostura (habituais. A tica crist
deve ser fundamentada no conhecimento de Deus como revelado
na Bblia, principalmente nos ensinos de Cristo, de modo que
Ele morreu por todos, para que os que vivem no vivam mais para
si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou 2 Co
5.15; Ef 2.10. Nos dias atuais, no difere das definies j
expostas, tais como conduta ou prtica de vida. Temos uma boa
referncia em 1 Co 15.33 quando Paulo diz que: as ms
conversaes corrompem os bons costumes. Este texto
apresenta as exigncias da tica Crist. O conceito que ns
estudamos, encontramos fundamentalmente na Bblia Sagrada;
que nos ensina a maneira de vida e conduta. A conduta
considerada uma manifestao do comportamento da pessoa, ela
vai ser o que identifica a pessoa e o caracteriza, vejamos os trs
principais desenvolvimentos da conduta:
1.
1.
A conduta moral
A tica traz os argumentos bsicos para que se possam conhecer
os princpios de tomadas de decises, como tambm a introduo
revoluo moral. Leva tambm ao conhecimento moral das
obrigaes, dos direitos humanos, das punies impostas aos
infratores, do sexo e casamento. O que faz do homem um ser
imoral? Teologicamente como resposta cabal podemos dizer que
a ausncia de Deus na vida. Quem tem a mente de Cristo no
mente, no mata, no rouba, no comete adultrios, etc. 1 Co
2.16 Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa
instruir? Ns, porm, temos a mente de Cristo.

1.

2.
A conduta crist
Normalmente quando algum se identifica como cristo; o nome
j requer atitudes ticas, tendo em vista que o livro texto do
cristo a Bblia Sagrada. Esse conceito pode nos deixar
pensativos no que tange ao que no devemos fazer. Mas o
propsito do nosso viver deve ser aquele que Pedro repetiu em
sua epstola: Sede santos, porque Eu Sou Santo 1 Pe 1.16. O
conceito de viver de uma forma santa significa mostrar nas suas
boas aes de cristo o exemplo encontrado na vida e
ensinamentos de Jesus.
1.
3.
A conduta pessoal
Mateus 5.16 ensina: Portanto, sede vs perfeitos como perfeito
o vosso Pai celeste. A tica a cincia da conduta ideal. Aborda a
conduta ideal do indivduo, isto , nossa responsabilidade
primria. Os evangelhos nos ensinam que a transformao moral
nos conduz as perfeies de Deus Pai, Mateus 5.16. E da, parte-se
para a transformao de acordo com a imagem do Filho de Deus,
Rom 8.29 Portanto aos que de antemo conheceu, tambm os
predestinou para serem conformes imagem de Seu Filho, a fim
de que ele seja o primognito entre muitos irmos; 2 Co 3.18 E
todos ns, com o rosto desvendado, contemplando, como por
espelho, a glria do Senhor, somos transformados, de glria em
glria na sua imagem. Precisamos cuidar de nosso prprio
desenvolvimento espiritual como indivduos. Essa transformao
reflete em nossa conduta pessoal, pois a converso crist gera
essa transformao na vida do ser humano direcionando-o a tica
pessoal, 2 Co 5.17 Se algum est em Cristo, nova criatura as
coisas antigas passaram, eis que tudo se fez novo, Numa
sociedade corrompida, a tica Crist, gera impacto em todos os
sentidos. Quando um cristo se recusa a mentir, se droga ou
comete adultrio, revela a sua submisso ao Esprito Santo, Lc
14.33 Assim, pois todo aquele que dentro vs no renuncia a tudo
quanto tem no pode ser meu discpulo. Nesse caso, a tica
Crist supera as demais ticas pelo fato de ser gerada pela
presena do Esprito Santo, Gl 5.25 Se vivermos no Esprito,
andemos tambm no esprito. Vejamos tambm alguns impactos
que a tica Crist causa em alguns grupos pessoais:
Nos Novos convertidos Um novo convertido demonstra sua
nova vida atravs da ao do Esprito de Deus no seu interior,
como disse Paulo nova criatura 2 Co 5.17, ou como disse o
Senhor Jesus: Aquele que no nascer de novo Joo 3.3. O maior

impacto da tica no novo convertido surge atravs da mudana de


comportamento.
Na sociedade Jesus disse em Mateus 5.13,14: Vs sois o sal
da terra, e a luz do mundo. Os dois valores do sal so: o sabor e o
poder de preservar da corrupo. O cristo, portanto, deve ser
exemplo para o mundo e, ao mesmo tempo, deve militar contra o
mal e a corrupo na sociedade. O sal tambm representa as
aes de ordem e equilbrio que os cristos exercem na sociedade.
No Lar A tragdia dentro do lar comea quando perdemos
alguns valores Lc 15.9. Quando h prioridade para a Palavra e a
Orao, certamente, os valores ticos ressurgem. Para encontrar a
moeda perdida, a mulher, em Lucas 15, teve de fazer trs coisas
fundamentais: acender a candeia; varrer a casa e buscar at
ach-la.
1.
Conceitos de tica Crist.
Como dinmica de vida, a tica crist pode ser manifesta atravs
do conceito ou julgamento que se faz a respeito de determinados
valores que integram o nosso dia-a-dia. Ao longo desta lio
abordaremos os conceitos da tica crist quanto ao lar, a
propriedade, a igreja, a famlia crist, ao bem, ao mal, nova
moralidade, ao comportamento e ao carter.
4.1 O Lar.
O lar a expresso fsica do casamento e da famlia. Quando
pensamos no lar, logo nos vm mente, um homem, uma mulher,
filhos, casa, alimento, disciplina, ordem, etc. O lar de inestimvel
valor s nossas concluses quando nos propomos estudar o
comportamento scio-religioso das pessoas. O lar a clula
mter, o principal ncleo da sociedade, da religio e da ptria.
Aquilo que for o lar h de determinar o que ser a sociedade, a
Igreja e a Ptria. Se os pais so pessoas responsveis e tementes
a Deus, por certo que seus filhos sero criados no caminho do
bem, contribuindo assim para o fortalecimento da sociedade, da
Igreja e da nao. Infelizmente se acontecer o contrrio os
resultados negativos sero igualmente de se esperar.
Particularmente entre os salvos, o que Deus espera dos nossos
lares? Deus espera que como pais sejam exemplo para nossos
filhos, na f, na comunho com Deus, no respeito, na autoridade e
no temor, criando-os sob disciplina, e conduzindo-os a uma
experincia pessoal com Deus. Dos filhos, Deus espera que eles
respeitem e honrem a seus pais, que o temam e que tenham
prazer nos seus mandamentos. S assim o lar ser fortalecido, a
sociedade e a ptria preservadas e o nome do Senhor glorificado.

4.2 A Propriedade.
Deus quem livremente distribui entre os homens aquilo que lhe
pertence, como a posse da terra, da gua, dos animais, e de todos
os demais bens materiais e at os espirituais.
Deus supremo, pleno e ilimitado. Tudo o que h no Universo
de Deus e todas as coisas dEle provm. Tiago 1.17 Toda boa
ddiva e todo dom perfeito so l do alto, descendo do Pai das
luzes, em quem no pode existir variao ou sombra de
mudana.
Deus o Criador. A Bblia diz que: No princpio criou Deus os
cus e a terra Gn 1.1. A fora desta expresso no nos deixa
dvida alguma de que nada existe que se possa igualar ao poder
criador de Deus e fora e segurana da Sua palavra. Hebreus
11.3 Pela f, entendemos que foi o universo formado pela palavra
de Deus, de maneira que o visvel veio a existir das coisas que no
aparecem.
O propsito divino na Criao. Deus criou todas as coisas boas
e perfeitas, pois ao concluir sua gigantesca obra, incluindo Ado e
Eva, as Escrituras afirmam que Gn 1.31 viu Deus tudo quanto
tinha feito, e eis que era muito bom; Dt. 32.4 Eis a Rocha! suas
obras so perfeitas, porque todos os seus caminhos so juzo;
Deus fidelidade, e no h nele injustia; justo e reto.
A criao do homem imagem de Deus foi acompanhada da
entrega de grande responsabilidade. Nenhuma outra criatura
recebeu tantos privilgios de Deus como o homem. Deus
concedeu ao homem domnio sobre toda a terra e sobre todos os
animais, Gn 1.26 Tambm disse Deus: Faamos o homem nossa
imagem, conforme a nossa semelhana; tenha ele domnio sobre
os peixes do mar, sobre as aves dos cus, sobre os animais
domsticos, sobre toda a terra e sobre todos os rpteis que
rastejam pela terra.
Dessa forma o homem tornou-se propriedade de todas aquelas
coisas boas que Deus havia criado, com plenos poderes para
sujeitar todas as coisas e dominar sobre tudo. Como j foi dito
anteriormente, todas as coisas, incluindo o homem, pertencem a
Deus, que Todo-Poderoso e Criador. Salmo 24.1.
Dispondo de todas as coisas existentes- Um dos princpios
bsicos da propriedade que ao criar o mundo, foi desejo de Deus
coloc-lo disposio do homem para domin-lo e govern-lo, Gn
1.26.
4.2.1 A propriedade individual de bens

O instinto de aquisio foi concedido por Deus ao ser humano para


despertar-lhe o desejo de possuir bens, de adquiri-los para o seu
bem estar e conforto. Isto faz parte da vida do homem.
a) O assunto tratado no Antigo Testamento. O Antigo Testamento
expressa no somente o direito de propriedade individual como
tambm registra muitas leis que tem por objetivo a proteo da
propriedade do homem ( Nm 26.52-55; Dt 19.14; 17.17; Pv 22.28;
OS 5.10).
b) O assunto tratado no Novo Testamento. Jesus em seus ensinos,
sempre defendeu o direito de algum possuir bens terrestres, Mt.
6.25 Por isso, vos digo: no andeis ansiosos pela vossa vida,
quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo,
quanto ao que haveis de vestir. No a vida mais do que o
alimento, e o corpo, mais do que as vestes?
Sem negar tal direito, Jesus lembrou tambm a posio de
mordomia que o homem deve ocupar em relao aos bens
adquiridos e ainda advertiu quanto ao perigo de se colocar o
corao nas riquezas terrestres esquecendo-se, assim, das
riquezas espirituais e passando a amar mais os bens terrenos do
que os tesouros celestiais. Mt 6.19-21; 19.24; Lc 12.15.
4.2.2 A propriedade Coletiva
Existem coisas que foram criadas para o bem comum de todas as
pessoas que convivem em uma mesma terra e compartilham de
um mesmo ambiente, sendo para isso necessrio haver a
colaborao de toda a comunidade no sentido de conservar todos
esses bens.
interesse coletivo um dos aspectos que proporcionam condies
para se formar uma comunidade, uma sociedade, um estado, uma
nao.
A. A diviso dos bens entre o povo de Israel. Deus havia prometido
uma terra abundante e frtil aos descendentes de Abrao, para
que eles pudessem se constituir em nao, Gn 12.2 de ti farei
uma grande nao, e te abenoarei, e te engrandecerei o nome.
S tu uma bno! No uma pequena nao, mas uma grande
nao. E Ele cumpriu tal promessa.
B. O esprito que operava na Igreja primitiva. No princpio da f,
quando os primeiros cristos comearam a reunir-se formando a
Igreja, havia um forte esprito de cooperao e unidade entre eles,
como podemos ler em Atos 2.44,45.
Com o crescimento da Igreja e a propagao do Evangelho
efetuada pelo apstolo Paulo e os demais apstolos, vo constatar
que as normas mudaram e foi instalado um novo sistema de

recolhimento de ofertas para serem distribudas aos mais


necessitados ( 1 Co 16.1; Rm 15.26; Gl 2.10)
Em nossos dias o sistema continua o mesmo. Os crentes tem o
dever de levar suas ofertas e seus dzimos para o sustento da obra
e auxlio aos necessitados.
5. A prestao de Contas
A vida da humanidade vem passando por inmeras
transformaes, e medida que o homem, abusando dos poderes
que lhe foram concedidos por Deus, vai dominando a natureza de
forma incontrolvel e impiedosa, ele prprio colabora para um
terrvel desequilbrio, que notado em todos os aspectos da vida.
Ningum deve pensar que Deus est alheio aos acontecimentos.
Chegar um dia em que todos sero julgados ( 1 Co 2.12-15; Ap
20.11,12). Nem mesmo os crentes fiis ficaro sem julgamento
( 1 Co 3.13-15).
Jesus ensinou atravs de parbolas que ao homem so dadas
condies de administrar bem tudo aquilo que lhe
responsabilidade (Mt 25.15-30). O homem foi constitudo mordomo
das riquezas que pertencem a Deus e como tal, um dia dever
prestar contas de como administrou tais riquezas ao verdadeiro
proprietrio, que far justia a todos.
6. Os Fundamentos Bblicos da tica Crist.
O ministrio do ensino se expe de maneira incisiva e clara nas
Escrituras (Ex 18.20; Lc 19.47). O propsito e os mtodos deste
ministrio podem ser vistos tanto no Antigo como no Novo
Testamento. Jesus disse: A minha doutrina no minha, mas
daquele que me enviou (Jo 7.16). Esta declarao veio dos lbios
do prprio Jesus, revelando o propsito da Palavra como manual
de ensino.
6.1 Nos tempos da Lei
O Antigo Testamento, no tenta ensinar apenas para desenvolver
o intelecto, mas comunicar, ensinar a viver de acordo com suas
crenas e de acordo com suas necessidades ticas ( Ex 20.1-17;
21.1-16). O conceito que se tem a simples vista do ensino do
Antigo Testamento, que apenas os israelitas tinham que
aprender longos relatos de seus antepassados e histricos de suas
experincias na trajetria at a terra de Cana (Dt 4.1). Porm se
olharmos para o conceito que se tinha do ensino do aprendizado
veremos que isto vai muito alm do que sabemos.
6.2 Na vida de reis e principes
Muitos reis e prncipes foram beneficiados pela Palavra de Deus.
Pv 3.13-16. Os vrios desvios da nao de Israel surgiram em

consequncia da ignorncia da Palavra (II Cr 36.16) Por outro lado,


quando o rei buscava ao Senhor e voltava-se para a Palavra, a
nao prosperava (II Cr 26.5). Essa uma constante na Histria de
Israel queda e levantamento. Na poca de Juzes, tem vrios
relatos das consequncias desastrosas da desobedincia de Israel
(Jz 21.25). Josu recebeu srias recomendaes para observar os
preceitos da Lei do Senhor (Js 1.7,8). Sua obedincia lhe valeu o
sucesso.
6.3 Nos tempos de Esdras
Conforme o plano de Deus, Zorobabel conduziu um grupo de
remanescentes judeus exilados de volta Palestina. Al, o Senhor
encarrega Esdras, o sacerdote para promover a maior
reconstruo espiritual: o retorno Bblia ( Ne 8). Esse captulo
descreve um dos maiores avivamentos da histria. A Palavra de
Deus remodelou seu povo e gerou em seus coraes uma grande
fome espiritual, mudando suas atitudes pecaminosas e renovando
suas foras (Ne 8.5-6, 10).
6.4 No Novo Testamento
A palavra DIDASKO geralmente usada quando se trata de
instruo verbal, no entanto, tambm pode ser usada para dizer:
mostra-nos. Outras vezes esta palavra tem duplo sentido: fazer
e ensinar (Mt 5.19; At.1.1). Tambm pode ser traduzida como se
instruir mutuamente (Cl 3.26). Entretanto, a palavra PAIDEO,
d idia de educar uma criana (Pv 22.6). Tambm implicam neste
ensino, disciplina e correo (1 Co 11.21; 1 Tm 1.20; Tt 2.12).
No somente o Novo Testamento, como toda Bblia est repleta de
exemplos ticos, tendo em vista que ela um manual de todas as
ticas. Procuraremos demonstrar apenas trs exemplos de tica
no Novo Testamento, mas devemos procurar outros exemplos
ticos em toda Bblia, afinal ela nosso manual por excelncia.
6.5 O exemplo de Zaqueu
A confisso genuina do pecado e a verdadeira f, que produz
salvao em Cristo resultam na transformao da conduta externa
da pessoa Rm 10.9 Se com a tua boca confessares ao Senhor
Jesus, e em seu corao, creres que Deus o ressuscitou dos
mortos, sers salvo. Zaqueu demonstrou arrependimento e
converso com uma atitude espontnea de restituir e repartir os
bens. A presena de Cristo em sua vida o transformou em um
homem tico com exemplos prticos de uma nova vida (Lc 19.8).
6.6 O exemplo de Paulo a Filemom
Paulo escreveu esta carta da priso (Fm 1.9) a um homem
chamado Filemom, mais provavelmente durante sua primeira

priso em Roma. Filemom era um Senhor de escravos (Fm 1.16) e


membro da Igreja de Colossos. Onsimo era um escravo de
Filemom que fugira para Roma; al, teve contato com Paulo e
entregou sua vida a Jesus. Paulo dentro da tica devolve a
Filemom o seu escravo Onsimo com uma carta de intercesso.
Certamente Onsimo seria muito til a Paulo na priso, mas no
era tico ficar com ele.
6.7 A cobrana de uma postura tica
A Bblia mostra Ananias e Safira que combinaram vender uma
propriedade e entregar parte do valor como se fosse o todo (At
5.1). Seu verdadeiro objetivo era obter prestgio e mentiram diante
da Igreja a respeito de suas contribuies (At 5.3). Deus
considerou um delito grave contra o Esprito Santo disciplinandoos com a morte (At 5.5). J pensou se todos os crentes infiis
morressem iguais a Ananias e Safira? (At 5.10). Que tragdia! As
mortes de Ananias e Safira ficaram como exemplos perptuos da
atitude de Deus para com qualquer corao enganoso entre
aqueles que professam ser cristos (At 5.11).
6.8 Na atualidade
Na atualidade, pela graa de Deus temos mtodos diversificados
de ensino bblico. O Esprito de Deus tem despertado vidas novas
para darem nfase a esse ensino. Historicamente, na Idade Mdia,
houve algumas barreiras religiosas por parte da Igreja Catlica e
algumas ideologias amedrontadoras queles que liam a Bblia:
Dizia-se que quem lesse a Bblia ficava doido. Felizmente, houve
um despertamento progressivo desde que Deus levantou Lutero, o
reformador, para devolver a Bblia s naes.
Compreender a origem, propsito e alcance da Bblia condio
indispensvel a todos quantos buscam compreender a boa, santa
e agradvel vontade de Deus, a fim de estarem habilitados para
toda boa obra (2 Tm 2.15). Assim como o corpo fsico necessita
de alimentos e protenas, tambm, o nosso esprito necessita de
alimento espiritual e esse alimento o estudo pessoal da Palavra
de Deus (Sl 1.1-3)
1 Bem-aventurado o homem que no anda no conselho dos
mpios, no se detm no caminho dos pecadores, nem se assenta
na roda dos escarnecedores.
2 Antes, o seu prazer est na lei do SENHOR, e na sua lei medita
de dia e de noite.

3 Ele como rvore plantada junto a corrente de guas, que, no


devido tempo, d o seu fruto, e cuja folhagem no murcha; e tudo
quanto ele faz ser bem sucedido.
Seria interessante fazer uma auto-avaliao e verificar quanto
tempo do dia, estamos dedicando ao estudo pessoal da Palavra de
Deus. Jesus disse: Nenhuma hora pudeste velar comigo? (Mt
26.40b).
6.9 tica Ministerial
o ramo da tica que apresenta o padro que deve o Obreiro
possuir para vir a desenvolver um ministrio eficaz, onde a luz de
Cristo venha resplandecer em suas aes, pois assim como o fruto
determinado pela espcie da rvore, o ministrio inteiro de um
homem de Deus ser qualificado pelo tipo de homem que ele .
O Senhor Jesus disse: a boca fala do que est cheio o corao
(Mt 12.34). O grande pregador escreveu: Porque, como imagina
em sua alma, assim ele (Pv 23.7). Isso requer que o corao
seja puro e repleto das coisas que ele deseja que transparea no
ministrio. Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu
corao, porque dele procedem as sadas da vida (Pv 4.23). Jesus
era pleno da graa e da verdade; e assim, logicamente, isso o
que emanava de toda a Sua vida (Joo 1.14).
Ao considerarmos o carter de um bom ministro do evangelho,
notaremos primeiramente, certas tendncias naturais que sero
excelentes e quase necessrias. As inclinaes vem do bero;
mesmo assim so passveis de desenvolvimento e devem ser
cultivadas. Igualmente, bom saber que, embora parecendo
ausentes determinados dotes, a maravilhosa graa de Jesus to
excelente que podemos, por meio dela, adquirir muitas daquelas
caracteristicas consideradas naturais.
6.10 Ser o Exemplo
Mas s o exemplo dos fiis; na palavra, no trato, na caridade,
no esprito, na f e na pureza ! Tm 4.12.
Esse texto apresenta um exemplo extremamente importante
referente exemplificao moral, salientando a qualificao moral
para o ministrio cristo. Alm deste texto a epstola toda d
elevada prioridade ao carter e conduta do Obreiro; o Apstolo
Paulo apresenta para Timteo trs implicaes de ordens que
atingem a este jovem obreiro em suas duas responsabilidades
gerais. A primeira implicao se dirige ao homem de Deus,
referindo a ele ser o exemplo diante dos membros da Igreja,
devendo ser um tipo de modelo para os crentes, o Apstolo Paulo
tipifica o exemplo moral em cinco reas:

- Na linguagem, ou seja, na sua comunicao como homem de


Deus;
- em seu estilo de vida em geral;
- Em sua caridade;
- Em sua f, no sentido de fidelidade e credibilidade;
- Em sua pureza pessoal.
Sem integridade de vida, seus pronunciamentos, pregaes e
doutrinamentos estariam limitados. A segunda implicao uma
lembrana sobre a concentrao de suas responsabilidades
profissionais, de modo que seu progresso seja visvel por todos, a
entra a sua preparao intelectual. A terceira implicao se
concentra em Timteo vir a buscar a santidade, tendo uma vida de
pureza, a razo porque o Apstolo Paulo d essas ordens, :
porque fazendo isto te salvars, tanto a ti mesmo, como aos que
te ouvem 1 Tm 4.16. De modo quase inacreditvel, o exemplo
pessoal ombreia com o ministrio da palavra de Deus no contexto
da salvao.
II TICA MINISTERIAL
1 O carter do Obreiro
O carter nunca comprovado por uma declarao escrita ou oral
de convices. demonstrado pelo modo como vivemos pelo
comportamento, pelas escolhas e decises; carter virtude
vivida. O carter ruim ou o comportamento pouco tico tem sido
comparado a um odor ruim sempre percebido, porm o carter
bom um aroma agradvel e suave que exala por todo ambiente
que encontrado. O Obreiro deve sempre ser sensveis que suas
aes falam mais alto do que sua oratria; visto que as aes que
praticamos raramente so percebidas como prova de carter
defeituoso, fazem-se essenciais a introspeco e a autoavaliao, no porque desejamos agradar ou evitar ofender os
outros, mas porque a reputao e a auto-avaliao, no porque
desejamos agradar ou evitar ofender os outros, mas porque a
reputao e o carter do Obreiro devem estar acima de toda a
repreenso, como fala o Apstolo Paulo em (1 Tm 3.2 e 7)
necessrio, portanto, que o bispo seja irrepreensvel, esposo de
uma s mulher, temperante, sbrio, modesto, hospitaleiro, apto
para ensinar. 7 necessrio que ele tenha bom testemunho dos
de fora a fim de no cair no oprbrio e no lao do diabo.
Nossas palavras e pensamentos devem ser agradveis perante a
face de Deus (Sl 19.14), mas nossas aes revelam nosso carter
aos outros. As caractersticas do carter exigido por Deus
daqueles que querem habitar em sua presena so aes, e no

um estado passivo do ser. O salmista Davi faz a seguinte


pergunta: Senhor, quem habitar no teu tabernculo? Quem
morar no teu santo monte? Aquele que anda em sinceridade, e
pratica a justia, e fala veraz mente segundo o seu corao;
aquele que no difama com a sua lngua, nem faz mal ao seu
prximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu prximo;
aquele a cujos olhos o rprobo desprezado; mas honra os que
temem ao Senhor; aquele que, mesmo que jure com dano seu,
no muda. Aquele que no empresta o seu dinheiro com usura,
nem recebe subornos contra o inocente; quem faz isso nunca ser
abalado Sl 15.
Existem quatro virtudes cardeais que compe um carter de um
obreiro, so elas: a sabedoria, a coragem, a temperana e a
justia. A prudncia a sabedoria prtica que faz escolhas e
decises sbias; a coragem de acordo com o pensamento clssico
a capacidade de fazer a coisa certa ou necessria mesmo
quando enfrentada pela adversidade. A temperana ou
autocontrole a capacidade de controlar os impulsos pessoais, de
adiar a satisfao imediata por lucro em longo prazo. A justia a
aplicao justa e honesta da prudncia, da coragem e da
temperana em todas as relaes humanas.
Essas quatro virtudes so caractersticas nobres do carter, a
Bblia os apresenta, pois so amplamente explanadas nas
Escrituras, e so referenciais na composio do carter ideal de
um obreiro, porm a Bblia ainda nos torna evidente as
caractersticas prticas do carter que Deus deseja, encontradas
no Salmo 15, ento como ns j a citamos anteriormente vamos
analis-las a seguir:
1.1 Falar a Verdade vinda do corao
O carter envolve integridade, franqueza e veracidade absoluta
nas relaes com todos os seres humanos criados por Deus. O
carter cristo comea com honestidade e franqueza diante de
Deus, quando Natanael encontrou Jesus, as primeiras palavras que
ouviu do Mestre foram: Eis aqui um verdadeiro israelita, em que
no h dolo Joo 1.47. Jesus que sobrenaturalmente discernia o
carter reconheceu que Natanael j era homem sem astcia,
presuno, engano ou hipocrisia, sua lngua e mo estavam em
perfeita unidade com o seu corao.
O que est no corao em relao a Deus refletido em direo
aos outros, por isso devemos procurar comunicar com os outros de
maneira sincera e integra, ou seja, ser verdadeiro. A verdade a
expresso que deixa no dvidas e nem traz engano, mostra as

coisas como realmente so; assim deve ser o nosso falar, pautado
na verdade, pois assim sendo nos tornar pessoas dignas de
crdito. A verdade pode s vezes causar um desconforto para
algum quando ela declarada, porm ela esclarece as coisas, e
do a evidncia da realidade, ento precisam ser faladas, o obreiro
precisa ser sincero com as pessoas no pode compor uma fala,
que no seja a realidade do que ele realmente pensa, a
integridade precisa estar presente no seu comunicar.
1.2 No caluniador
A pessoa de carter nunca fala mal de quem quer que seja. Os
erros e falatas percebidas nos outros no devero ser tpicos
escolhidos para conversao. Tal pessoa procurar contestar uma
histria negativa sobre outro crente. Se isso no for possvel, a
histria no segue adiante; a pessoa que tem carter no divulga
um relato negativo, mesmo que seja verdadeiro; a pessoa de
carter no s guarda a lngua, mas tambm as lnguas dos
outros, a fim de evitar a propagao da calnia. Se a pessoa de
carter no espalha informao negativa, algum pode perguntar:
Ento pecado ser tolerante no corpo de Cristo? Obviamente
que no! Mas h um princpio bblico no lidar com tais problemas
sem precisar fazer fofocas a ouvidos sempre ansiosos.
Os problemas do Corpo de Cristo so resolvidos mais
adequadamente, quando a situao tratada pelo menor nmero
possvel de pessoas, e no quando caprichosamente falada ou
fofocada. Primeiro, se no for apropriado confrontar o irmo
ofendido pessoalmente, o assunto deve ser referido autoridade
formal religiosa ou espiritual para investigao e ao.
1.3. No Prejudicar Ningum
O obreiro muito semelhante a um juiz de tribunal que tem de
conciliar desacordos, nos quais um dos lados o vencedor e o
outro perdedor. Mas no h nenhuma inteno de prejudicar
qualquer uma das partes, trata-se simplesmente de um esforo
em obter justia, o egosmo o principal problema na
determinao dos verdadeiros motivos.
O carter do obreiro tem que ter forte componente de justia, se
que se quer evitar a acusao de maltratar pessoas; Tiago assim
admoesta: Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem
com anel de ouro, com vestes preciosas, e entrar tambm algum
pobre com srdida vestimenta, e atentardes para o que traz a
veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de
honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica a em p ou assenta-te abaixo

do meu estrado, porventura no fizeste distino dentro de vs


mesmos e no vos fizestes juzes de maus pensamentos? Tg 2.2-4.
Mas a discriminao em favor dos ricos no o nico preconceito
a ser confrontado; os israelitas foram advertidos da seguinte
maneira: No fareis injustia no juzo; no aceitars o pobre, nem
respeitars o grande; com justia julgars o teu prximo Lv
19.15. Justia essencial em todas as circunstncias, estejam
estas, relacionadas com a economia, a raa, a idade, a educao,
o cargo ou com a profisso. O carter cristo nos mostra respeito
apropriado por todas as pessoas; no devemos conduzir a
administrao de qualquer causa de maneira injusta, pois poder
vir a estar prejudicando algum, pois somos chamados para
sermos pacificadores e resolvermos as situaes sem prejudicar as
pessoas, mas sim ajud-las a vencer de forma honesta.
1.4. Odeie o Mal e Honre a Retido
A Escritura nunca ensina a odiar as pessoas, pouco importando o
quo ms ou ameaadoras as mesmas possam ser. Mas o mal que
praticam ou perpetram ao transgredir a palavra de Deus que
deve ser o objeto adequado do nosso dio, est enfatizado na
Bblia que devemos odiar o mal. Sl 97.10 Vs que amais o Senhor,
detestai o mal; ele guarda a alma dos seus santos, livra-os da mo
dos mpios. Ams 5.15 Aborrecei o mal, e amai o bem, e
estabelecei na porta o juzo; talvez o SENHOR, o Deus dos
Exrcitos, se compadea do restante de Jos. O obreiro mesmo
vivendo em uma cultura secular no pode envolver-se nas
situaes que a sociedade defende, mas contradiz a Bblia, no
podemos aceitar e defender regras sociais que desvirtuem as
Escrituras Sagradas, o mal, no pode ser aceito, em nenhuma
espcie, precisamos banir, defendendo sempre a causa do
evangelho.
Precisamos honrar e valorizar todas as aes pautadas na retido,
pois elas nos conduzem a perfeio, a nossa posio em meio a
sociedade de ser defensores das atitudes retas e de tudo que se
adequa a retido, honr-la adaptar nossos atos e pensamentos a
essa prtica e defend-la.
1.5. Honestidade e Integridade nas Promessas
O Apstolo Paulo nos instrui assim: No mintais uns aos outros,
pois que j vos despistes do velho homem com os seus feitos e
vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento,
segundo a imagem daquele que o criou (Cl 3.9 e 10). Mas a
natureza humana encontra outros meios de dissimular a verdade
para no obedecer declarao direta. Mas as pessoas, s vezes

falam a verdade com os lbios, mas com significados diferentes no


corao.
As promessas feitas por um obreiro tm que ser acompanhadas
com a prtica da honestidade, tudo que prometermos devemos
pensar antes, para no virmos falhar gravemente no cumprindo,
um obreiro necessita ser digno de confiana, para isso tudo que
acordar com algum, necessrio cumprir. Ao no cumprir uma
promessa, o obreiro vai se tornando desacreditado pelas pessoas,
e logo, perde o seu crdito; e por fim acabar com o ministrio do
obreiro. A integridade tem que ser praticada em nossas vidas, ou
seja, precisamos ser ntegros em todos os nossos compromissos,
vindo a sermos comprometidos fielmente com tudo que ns nos
comprometermos, levando uma vida de seriedade no nosso falar e
agir.
1.6. Cooperao
No ministrio devemos nos empenhar em sermos cooperativos e
no competitivos, tendo assim um respeito benfico por todos os
envolvidos em promover o Reino de Deus. Na obra de Deus no
devemos ser exclusivistas, atuando isoladamente; devemos ter
em mente que somos um corpo ministerial onde cada um dentro
da sua funo e no seu campo de atuao tem seu devido valor,
porm o crescimento e bom andamento da obra que todos esto
cumprindo vo ocorrer onde houver cooperao de todos, e assim
unidos um apoiando o outro o alvo alcanado. O apstolo Paulo
referente a isso concede duas instrues, a primeira indicando o
valor de cada um, e que valor igual, sendo Deus quem d o
crescimento: Eu plantei; Apolo regou; mas Deus deu o
crescimento. Pelo que, nem o que planta, nem o que rega
alguma coisa, mas Deus que d o crescimento 1 Tm 4.6 e 7.
Portanto, no ministrio deve haver unio, humildade e cooperao.
1.7. Administrao da rea Financeira
Uma rea de luta, no desenvolvimento da vida do obreiro essa
rea. O desejo de possuir as coisas, de ter um conforto, leva muito
obreiro ao descontrole financeiro. Administrando os seus recursos
financeiros, de maneira indevida, vindo a criar vrias dvidas, e
no conseguindo depois pag-las devidamente. O dinheiro
bno se for administrado com prudncia, porm pode consumir
a vida de um obreiro e seu ministrio se for administrado
indevidamente, por isso devemos adquirir as coisas conforme as
nossas condies, agindo assim evitamos envolver em dvidas que
no conseguimos pagar. O nome de um obreiro deve ser zelado,
pois somos representantes do Reino de Deus, e somos chamados

a ser um padro, portanto, temos que administrar bem os nossos


recursos.
No devemos ter uma sede incontrolada pelo conforto e por
adquirir as coisas, precisamos ter a conscincia, que tudo se pode
alcanar com uma boa administrao dos recursos que temos em
mos, o obreiro precisa se auto-disciplinar nesta rea, a fim, de
que venha conseguir levar uma vida financeira organizada.
preciso ter ateno, pois isto pode vir a conduzir o obreiro a uma
vida de descrdito, pois acaba no honrando com seus
compromissos financeiros; e isso acaba ocorrendo porque
comprou sem vir a fazer uma anlise de suas condies para
efetuar a compra. E isto pode envolver uma situao mais
complicada, pois o obreiro ao administrar um valor de um
departamento da Igreja pode vir a colocar este departamento da
Igreja em situaes constrangedoras, se no souber se controlar e
administrar o recurso.
2. As Atitudes do Obreiro Cristo
As atitudes so iniciativas e aes praticadas por uma pessoa que
podem influenciar positivamente ou negativamente, portanto, o
obreiro deve atentar e agir com prudncia em todas as suas
atitudes para que tudo que venha fazer na obra de Deus dentro de
suas responsabilidades alcance um crescimento expressivo. A
conduta sendo uma manifestao do comportamento da pessoa
vai ser o que identifica a pessoa e a caracteriza, sendo assim, o
obreiro deve possuir uma conduta exemplar e digna de ser
imitada. Ento vejamos as atitudes que devem ser praticadas por
um obreiro, para que seu ministrio prospere e seja digno de ser
imitado:
2.1. Cortesia
O apstolo Pedro exortou aos convertidos que fossem corteses, I
Pe 3.8 Finalmente, sede todos de igual nimo, compadecidos,
fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes. Espera-se de
qualquer profissional que seja um cavalheiro. Quanto ao mais, o
lder dos crentes deve ser corts, que vive em contato com
profissionais, para que saiba comportar-se dentro de certa linha.
Por favor, e muito obrigado jamais devem faltar e as ordens
sempre dadas em forma de solicitao.
Nenhuma intromisso indelicada na conversao de outras
pessoas ou na intimidade dos lares alheios deve ser praticada. O
toque gentil e o sorriso, bem como o refinamento do culto de um
cavalheiro cristo deve sempre caracterizar o homem de Deus.

2.2. Discrio
A discrio a qualidade que fica muito bem no ministro.
Referimo-nos conformidade com as leis da conduta apropriada,
mediante o exerccio da prudncia em todas as ocasies. O
apstolo Paulo expressa essa necessidade como segue: No seja,
pois, vituperado o vosso bem (Rm 1.16). Um corao totalmente
simples pode colocar-se em situaes delicadas, por falta de
acuidade e chegar a ser falsamente acusado. Acuidade a
qualidade daquilo que agudo, intenso.
Que uma mente sbia e uma vontade firme controle o corao
simples. Para sermos mais claros, todo o contato com o sexo
oposto deve ser cuidadosamente vigiado. bom que o crente seja
sempre um cavalheiro. Ajudar as damas, em ocasies prprias faz
parte do cavalheiro. Mas, levar uma senhora ou moa
repetidamente at a casa, os dois a ss, exatamente a situao
que no pode deixar de suscitar comentrios maliciosos.
2.3. Pontualidade
A pontualidade uma virtude. Quando empenhamos a palavra
num encontro assumimos uma obrigao que tem de ser
cumprida. Atrasar-se num encontro e, pior ainda, faltar ao mesmo,
uma injustia e um erro. Aborrece aqueles a quem damos
palavra, e reflete mal quanto nossa honestidade e
comportamento.
2.4. Prudncia
Um corao totalmente simples pode colocar-se em situaes
delicadas por falta de sabedoria e at chegar a ser falsamente
acusado. Prudncia a conformidade com as leis da conduta
apropriada em todas as ocasies; em muitas situaes da vida
ministerial o Obreiro necessita agir com prudncia, para que possa
alcanar xito. Mt. 10.16 Eis que eu vos envio como ovelhas para
o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e
smplices como as pombas.
2.5. Flexibilidade
Esta atitude demonstra a capacidade de articulao e adaptao
s situaes e circunstncias que surgem dentro da execuo das
atividades, preciso muitas vezes ser flexvel ao tomar uma
deciso, analisando e ponderando. Em alguns momentos a
flexibilidade importante para conquistar um alvo, adequando-se
a uma circunstncia que s vezes venha a modificar a forma que
est acostumada a agir (1 Co 9.22 a 23) Fiz-me fraco para com

os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com


todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo fao
por causa do Evangelho, com o fim de me tornar cooperador com
ele.
2.6. Zelo
Podemos dizer que o cuidado, dedicao e desvelo; uma
prtica que leva-nos a renunciar os nossos planos para executar os
planos de Deus, ento esta atitude deve fazer parte da nossa vida
de Obreiros, pois tudo o que nos vier s mos para fazer na obra
de Deus, devemos cumprir com esse ardor, tendo um cuidado
intenso para que em nada a obra venha a ficar em dficit, zelando
assim com total intensidade como assim falou o Apstolo Paulo em
2 Co 11.2 Porque zelo por vs com zelo de Deus; visto que vos
tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um s
esposo, que Cristo.
2.7. Responsabilidade
a obrigao a responder pelas prprias aes, que cada pessoa
deve possuir. Esta atitude conduz o Obreiro a honrar com seus
compromissos em todos os sentidos. Conciliando todo o seu tempo
e atividades de forma ordeira e programada para que no venha
falhar em nenhum de seus compromissos dentro das atribuies
que lhe so confiadas para cumprir, tornando-se assim um Obreiro
confivel.
2.8. Honestidade
Esta atitude inclui o procedimento de ser verdadeiro, integro e
sincero com todos e com tudo que lhe confiado. O Obreiro tem
que ser um referencial, esta qualidade e atitude no pode faltar na
sua vida; pois assim agindo estar inspirando uma credibilidade
por parte de todos os que com ele convivem. A verdade e a
integridade precisam fazer parte do desenvolvimento do
ministrio de cada obreiro, o Apstolo Paulo orienta a
procedermos honestamente 2 Co 8,21 Pois o que nos preocupa
procedermos honestamente, no s perante o Senhor, como
tambm diante dos homens.
2.9. Asseio
o cuidado com a higiene e com outros fatores que influenciam
na apresentao pessoal do Obreiro. Portanto, devemos observar o
seguinte:
- Roupas: devem estar sempre limpas e passadas e devem ser
adequadas cada ocasio.
- Calados: devem estar limpos e engraxados.

- Esttica corporal: a barba deve estar bem feita, o cabelo bem


cortado e penteado, as unhas , aparadas e limpas. As roupas
devem estar alinhadas e bem vestidas.
- Higiene: tomar banho, escovar os dentes, usar desodorantes,
perfumes, etc.
Cuidado, sua aparncia revela muito da sua personalidade.
3. A conduta do Obreiro
A conduta sendo a manifestao do comportamento da pessoa
necessita ser desenvolvida e composta; na vida do obreiro a sua
conduta conduz a formao do seu referencial pessoal lhe
identificando perante o pblico que ele atua.
Para o comportamento ser aperfeioado e ser alcanada uma
conduta ideal, se faz necessrio que haja uma disciplina por parte
do obreiro, onde preciso se auto-negar e ser diligente, prudente
e constante para que venha ser alcanado o alvo que nesse caso
a conduta ideal, vejamos ento a seguir, quais so as qualidades
que deve o obreiro adquirir a fim de compor essa conduta:
3.1. Hospitalidade
Essa qualificao compe o carter cristo, sendo considerado o
princpio bsico para colocar a si mesmo e seus recursos
disposio dos seus irmos de f e desconhecidos. Vejamos o que
disse Jesus concernente a prtica da hospitalidade por aqueles
que muitas vezes at no so considerados: Quando deres um
jantar ou uma ceia, no chames os teus amigos, nem os teus
irmos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que no
suceda que tambm eles se tornem a convidar, e te seja isso
recompensado. Mas, quando fizeres convite, chama os pobres,
aleijados e mancos e cegos e sers bem aventurado; porque eles
no tem com que te recompensar; mas recompensado sers na
ressurreio dos justos (Lc 14.12 a 14). O obreiro deve ser
hospitaleiro, vendo tudo que possui como um meio de atender as
necessidades do prximo.
3.2. Moderado
Este termo indica aquele homem que possui uma mente com
pensamentos de salvao, controlando sua mente e sendo
prudente. O obreiro que adquire essa qualidade se torna imparcial,
cuidadoso nos seus julgamentos, sendo discreto, reservado e
sbio. Avanando assim para o perfeito equilbrio espiritual.
3.3. Amigo do bem
O obreiro deve ser comprometido com as boas aes e com tudo
que a Deus bom, pois isto no s demonstra a bondade do
obreiro como sua dedicao a tudo que bom e deve ser

praticado como diz o Apstolo Paulo em Fl 4.8: Finalmente,


irmos, tudo que verdadeiro, tudo que respeitvel, tudo o que
justo, tudo que puro, tudo que amvel, tudo que de boa
fama, se alguma virtude h e se algum louvor existe, seja isso o
que ocupe o vosso pensamento.
3.4. Corajoso
A coragem uma qualidade determinante, pois na obra de Deus
se faz necessidade. As lutas, oposies e desafios so muitos;
surgindo na nossa jornada constantemente; e isso requer coragem
do obreiro para enfrentar no recuando por motivo de um entrave.
preciso saber enfrentar as oposies e venc-las, Jesus atuou
com coragem em sua misso e outros que foram instrudos a
agirem com coragem, ex: Josu, Js 1.6, Davi era corajoso e instruiu
isso a seu filho, 1Cr 28.20, Paulo, At. 23.11. Portanto, o obreiro
deve ao assim agir entender que essa qualidade no implica ser
bravo, mas sim atuante e determinado.
3.5. Justo
Esta atitude apresenta a conduta que se adequa ao padro ideal
para um servo de Deus, esse termo indica que a pessoa conseguiu
se adequar a uma vida de prtica da justia. O Obreiro que justo
aprovado por Deus e conhecido por todos, pois seus
procedimentos so retos e sua vida ir florescer como est escrito:
O justo florescer como a palmeira, crescer como o cedro do
Lbano. Sl 92.12. Este versculo indica que a vida do justo ter
xito e ser aprovada.
3.6. Auto-Controle
Esta qualificao tambm conhecida como domnio prprio e
considerada um fruto do esprito como est escrito em Gl 5.22 e
23. Esta virtude saber se auto-controlar, no vindo a perder o
domnio das situaes dirias, controlando as suas atitudes para
no desequilibrar em nenhum dos seus procedimentos; mantendo
sempre sua vida no eixo. Aquele que em tudo se domina
considerado um vencedor, vejamos o que diz o Apstolo Paulo:
Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcanar uma coroa
corruptvel; ns, porm a incorruptvel 1 Co 9.25.
3.7. Diligncia
No deve haver no ministro o menor sinal de preguia; e cada
parcela de suas energias deve ser dedicada sua tarefa, portanto
deve haver empenho em toda obra, aproveitando assim o tempo
para cumprir todas as atividades, sendo um obreiro esforado e

constante, fazendo tudo que lhe for entregue para fazer (Rm
12.8,11; Pv 22.29; Ef 5.16).
3.8. Tato
Outra qualidade de grande valor para o ministro. Nas maneiras
inconvenientes de fazer o trabalho de Deus, o que pode frustrar os
propsitos pretendidos ou desejados. Por exemplo, em corrigir
uma desordem na igreja, ao impugnar uma declarao feita por
algum publicamente e com a qual no se pode concordar, devese usar do mximo cuidado evitando escolher palavras pesadas.
As crianas podem ser chamadas ordem sem criar
ressentimento por parte dos pais, os quais podem mesmo chegar
a sorrir com a observao.
3.9. Manso
Um esprito irritvel e antagnico no faz parte da vida de um
ministro. Um temperamento controlado pelo esprito Santo, que
evita contendas, sim; imprescindvel ao homem de Deus. Ser
manso no s ser brando, mas tambm no ser colrico e que
fique nervoso facilmente, alis, o obreiro deve evitar se irritar e se
envolver em contendas, mas sempre conciliador, pois assim
agindo estar demonstrando uma vida de mansido (II Tm 2.24; Ef
4.15; 5.11; Mt 5.5-9).
3.10. Humildade
Humildade no quer dizer complexo de inferioridade. Humildade
quer dizer, no querer parecer mais do que se ; no se
inchando quando elevado a alguma posio e no se sentir
magoado ou ofendido quando se perder alguma posio, vindo a
ter conscincia de que tudo que temos e somos vem atravs da
atuao de Deus em nossas vidas, sabendo se situar em todas as
posies sem se exaltar ou vangloriar, mantendo-se sempre
humilde (Fl 2.5;Jo 13.1-17).
3.11. Paciente e Perseverante
Essas duas qualificaes andam juntas sendo simultneas,
analisando primeiramente a pacincia, ns vemos que o obreiro
deve ser paciente para suportar os mais fracos, para ensinar os
mais novos, para esperar a semente da Palavra germinar e crescer
(Hb 10.36; Gl 4.19; I ts 5.14; Rm 5.3). Atuando sempre tambm
com perseverana, sendo assim persistente em alcanar a meta
que lhe for proposta, o obreiro jamais deve desistir da jornada,
mas persistir at o fim; pois assim fazendo estar alcanando a
aprovao do Senhor da Seara; em meio s provaes e aflies
devemos sempre ser perseverantes, e isto nos conceder como
diz o Apstolo Paulo experincia e esperana Rm 5.3 e 4.

4 Posicionamentos ticos no Ministrio


4.1 Relacionamentos Ministeriais
4.1.1. O Obreiro e seu Pastor
Esse relacionamento deve ser desenvolvido sobre um bom cdigo
de tica, pois ele o anjo da Igreja, ungido e convocado por Deus
para estar nesta posio e com esta responsabilidade. O Obreiro
deve demonstrar o mximo de considerao pelo seu Pastor,
aceitando suas orientaes, conselhos e lhe sendo submisso. O
Obreiro e seu Pastor devem viver em harmonia desenvolvendo
assim uma comunho, pois o ministrio da Igreja convocado por
Deus para tambm viver em perfeita unidade; e assim a obra de
Deus ir avanar.
4.1.2. O Obreiro e seus companheiros de Ministrio
Esse considerado um importando desenvolvimento da tica
Ministerial, pois dentro de um ministrio deve existir harmonia e
companheirismo. E para que essa harmonia venha fluir, preciso
ter um cuidado e total vigilncia, para no se praticar alguns
procedimentos que no devem existir dentro do ministrio,
vejamos ento quais so:
- Porfia: (teima, disputa, competio). um esforo, uma luta
para alcanar os objetivos, muitas das vezes de forma ilcita,
prejudicando muitas vezes um companheiro de Ministrio, para
conseguir a posio que almeja.
- Inveja: (desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem.
Desejo de possuir o bem alheio). um mal que tem afetado a
muitos, dentro do ministrio e da Igreja isto no deve existir; essa
prtica a contrariedade que algum nutre ao ver outro ser bem
sucedido, renegando as virtudes alheias e acentuando
constantemente defeitos na pessoa ao qual se nutre a inveja; essa
atitude causa males irreversveis.
- Cobia: (busca por bens materiais). A cobia um desejo por
aquilo que pertence ao outro, isto implica avareza, a cobia
frequentemente acompanhada pela prosperidade e pode
conduzir ao crime. A Bblia nos diz em Tiago 4.1 e 2: Donde vm
as guerras e contendas entre vs? Porventura no vem disto, dos
vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiais e
nada tendes; logo matais. Invejais, e no podeis alcanar; logo
combateis e fazeis guerras, nada tendes porque no pedis.
- Rebelio: (ato ou efeito de rebelar-se, revoluo). Sendo
rebelio uma deciso de no acatar as ordens ou a autoridade de
um poder constitudo. Portanto, deve-se haver um total cuidado
para que esse mal no venha surgir e em ser semeado, somos

chamados como j disse para a submisso e no para contrariar


ou no aceitar ordens superiores.
No ministrio preciso ter um relacionamento de onde venha fluir
o entendimento, a unio, compreenso, o apoio mutuo; cumprindo
assim o que est escrito em Isaas 41.6 Um ao outro ajudou e ao
seu companheiro disse esfora-te.
4.1.3. O Obreiro e os Membros da Igreja
O Obreiro precisa manter uma boa comunho com os membros da
Igreja a qual atua e com todos, pois no exercer de seu ministrio
deve ser conciliador. O Obreiro deve inspirar aceitabilidade da
membrasia, para que todas as suas tarefas sejam cumpridas com
xito. Ns Obreiros somos chamados para ministrar ao corpo de
Cristo, visando o aperfeioamento dos santos como disse o
Apstolo Paulo em Efsios 4.12, assim sendo, devemos conduzir
nossas atividades na Igreja, mantendo uma harmonia com todos
os membros, a fim de que todos cresam em perfeita unidade.
4.1.4. O Lder e seus liderados
O relacionamento de um lder para com seus liderados dentro da
Igreja e fora, deve ser de entendimento e mtuo respeito, o
liderado deve ser submisso ao seu lder, porem com isso no deve
subjugar o seu liderado; a cada momento deste convvio preciso
que os dois exeram as suas funes com dedicao e nenhum
ultrapassando os seus limites, pois assim a considerao fluir
entre os dois, e a obra que o lder e seu liderado est
desenvolvendo ir avanar com a bno de Deus. As posies
que Deus entrega os seus filhos, no so para ns virmos a nos
sobrepor sobre as pessoas, porem, vir a auxili-las a desenvolver
seus talentos.
4.1.5. O Obreiro e a Sociedade
Todo cristo chamado para ser sal da terra e luz do mundo, o
Obreiro como representante de Cristo, embaixador do reino de
Deus; tem que em suas atitudes resplandecer a presena de
Cristo, ou seja, a sociedade precisa ver Cristo na vida de um
obreiro. Por isso que o relacionamento com os que no so
cristos deve ser exemplar, para que estes sejam impactados
pelos testemunho pessoal deste obreiro; para isso preciso ser:
atencioso e prudente; atuando com sabedoria, para que a Igreja
venha ser bem representada. Precisamos conduzir as nossas
responsabilidades dentro da sociedade com cautela, no devemos
exigir uma considerao e ateno, pois isso vira naturalmente
conforme o nosso procedimento dentro da sociedade.
4.1.6. O Obreiro e a Famlia

O relacionamento familiar de um obreiro precisa ser desenvolvido


com harmonia para servir de referencial para a Igreja; pois
devemos atuar primeiro como obreiro no lar, sendo um exemplo
em seu convvio com filhos e esposa; desenvolvendo uma vida de
amabilidade, para com a esposa e os filhos; os apstolos Paulo e
Pedro orientam como deve ser conduzido o lar em Ef. 6.1 a 4 e 1
Pe 3.1. Como est escrito nestes textos, a considerao deve ser
mtua, pois a responsabilidade no pertence somente ao obreiro,
mas a sua famlia tambm precisa cooperar vindo a ter
procedimentos adequados tendo assim um testemunho exemplar,
a esposa e os filhos precisam considerar a posio que o esposo e
pai, possui perante a Igreja auxiliando-o no cumprimento de suas
atividades, lhe apoiando.
O obreiro no pode dedicar-se tanto as suas responsabilidades
dentro da Igreja ao ponto de esquecer a sua famlia, preciso
dedicar um tempo dirio para estar dando ateno esposa e aos
filhos; pois antes de ser um obreiro esposo e pai, a famlia deve
ser amada e zelada, 1 Tm 5.8. A famlia de um obreiro que flui o
amor familiar e a comunho contagiar a Igreja.
4.1.7. O Relacionamento com as Autoridades
As autoridades foram constitudas por Deus e, portanto, devemos
consider-las e respeit-las. O Apstolo Paulo diz assim sobre esse
assunto: Todo homem esteja sujeito s autoridades superiores;
porque no h autoridade que no proceda de Deus; e as
autoridades que existem foram por ele institudas. De modo que
aquele que se ope autoridade resiste ordenao de Deus; e
os que resistem traro sobre si mesmo condenao, Romanos
13.1-3. Este texto nos elucida, a importncia de sujeitar-se as
autoridades; portanto devemos atentar para essas instrues,
quando estivermos em um relacionamento com uma autoridade
seja no seu gabinete, departamento, local pblico e outros
lugares. Quando convidamos uma autoridade para estar na Igreja,
precisamos receb-la com a considerao que lhe devida; isto
no quer dizer que devemos entregar-lhe a Igreja, mas honr-lo,
pois exerce autoridade sobre ns como cidados. E assim
procedendo estaremos cumprindo a palavra de Deus, sendo
prudentes e vindo a seguir o exemplo de Jesus que tambm assim
procedeu como est escrito em Mateus 17.24 a 27.
4.2. No tratamento de Causas Pessoais
Deve guardar assuntos lhe foram confidenciados. No devendo
fazer pblico, questes particulares ou especficas, a no ser
quando extremamente necessrio ( 2 Tm 2.16); vejamos alguns

procedimentos a serem tomados quando esto sendo tratadas


essas causas:
- No atuar de modo precipitado enquanto no estiver de posse de
todos os fatos, para fazer um julgamento correto.
- Ser exemplo de coluna espiritual e moral ( 1 Tm 4.12).
- Ser sempre imparcial nas decises e posicionamentos, no se
envolvendo com grupos, faces e famlias, para manter assim a
sua autoridade ( 1 Tm 5.21).
- deve manter um bom relacionamento, ser acessvel e devotar
ateno a todas as camadas da igreja como, crianas,
adolescentes, jovens, adultos, ancios, etc ( 1 Tm 5.1-2.
4.3. Na sua Linguagem ou Comunicao
O falar, as expresses pronunciadas e as conversas, pertencem a
esse assunto; exercendo uma influncia muito grande na conduta
do obreiro. O Apstolo Paulo alerta o obreiro Timteo sobre isso
em 1 Tm 4.12; neste texto o apstolo enfatiza sobre a maneira de
falar e as conversaes dirias; no devendo Timteo ter
conversas impuras e frvolas. O obreiro como Paulo, instrui que
Timteo deve ter sim, dar testemunho da presena de Cristo em
sua vida, o obreiro deve refletir sobre aquilo que fala, pois precisa
ser atento naquilo que fala afim de que as pessoas recebam dele
conselhos sbios, orientaes precisas, palavras que edifiquem
para que as pessoas que lhe ouvir recebam graa. O Apstolo
Paulo em Ef. 4.31 assim adverte: Toda a amargura, e ira e
clera, e gritaria e blasfmias e toda a malcia seja tirada
de entre vs. Portanto, o obreiro como Paulo, est instruindo
neste versculo que no se deve pronunciar blasfmias e nem
expresses que indiquem malcia. As palavras do obreiro em tudo
deve indicar que este um homem de Deus.
5. O Obreiro e Seu Ministrio
5.1. Pregador
Existem certas tarefas e objetivos especficos que um ministro
deve exercer em seu ministrio. Destaca-se antes de qualquer
coisa a pregao da palavra. O Senhor ordenou que atravs da
loucura da pregao os homens seriam salvos (I Co. 1.21). Ele
manifesta a sua palavra mediante a pregao (Tito 1.3). Paulo
pregou desde Jerusalm at o Ilrico (Rm 15.19), e foi livrado de
Nero afim de que, por seu intermdio o evangelho se tornasse
plenamente conhecido (II Tm 4.17) H um poder extraordinrio da
palavra de Deus quando ela transmitida do pregador aos
ouvintes. Essa palavra efetua primeiramente a converso (Tiago
1.21; I Pe 1.23), capacitam os recm nascidos espirituais a

crescerem (I Pe 2.2). dotada de poder santificador (Jo 17.17)


Santifica-os na verdade; a tua palavra a verdade. Mediante a
palavra que somos resguardados do pecado (Sal 119.11). A
palavra revela os pensamentos do corao (Hb 4.12) e realiza o
propsito para o qual o Senhor enviou (Is 55.11).
5.2.
Mestre
Como paralelo e complemento da pregao do evangelho, deve
haver o ensino da palavra de Deus. O Senhor Jesus neste mundo
era chamado de mestre mais do que por qualquer outro ttulo.
Quando Ele ministrava ao povo com palavras de simpatia,
sabedoria, conforme est registrado, percorria todas as cidades e
aldeias, ensinando nas sinagogas e pregando o evangelho do reino
(Mt 9.35). Quando Ele entregou sua grande comisso aos
discpulos, esse inclua a ordem de ensinar (Mt 28.19,20), bem
como pregar o evangelho (Mc 16.15). Esse duplo ministrio foi
fielmente realizado pelos primeiros discpulos, porquanto eles no
cessavam de ensinar, e de pregar a Jesus Cristo. O ministrio de
Paulo consistia em pregao e ensino (Col 1.28), e o ltimo quadro
que o Novo Testamento nos fornece sobre ele, mostra-o em uma
casa alugada s suas expensas, em Roma, pregando o evangelho
do reino de Deus e ensinando as coisas concernentes ao Senhor
Jesus Cristo (Atos 28.31).
5.3. Os Propsitos da Pregao e do Ensino
Pode-se dizer que mediante a pregao, os homens so levados a
pertencer ao reino em que, mediante o ensino, so firmados e
estabelecidos na f. O nascimento de um beb uma grande
maravilha. Uma nova criatura trazida existncia. Mas isso
apenas o princpio e no o fim; esse beb precisa ser alimentado
para que no fuja a vida ainda vacilante. Quo grande, portanto,
a importncia do ensino dirio da palavra de Deus aos novos
crentes para que cresam! Se cada igreja fosse to cuidadosa em
preservar os convertidos, pela arte aprimorada do ensino
sistemtico e fiel, como se mostra zelosa em levar as pessoas ao
reino, ento no haveriam tantos desviados, os quais impedem a
outros o caminho para o cu, enquanto eles mesmos se
endurecem em relao ao evangelho e finalmente se perdem. Que
os lderes das igrejas se atentam para isto que obedeam
cuidadosamente as instrues do Senhor e apresentem uma bem
equilibrada mensagem do evangelho, tanto de pregao quanto
de ensino da maravilhosa palavra.

5.4. O Pregador e a Igreja


Quando esse caudal de verdade divina flui no corao do povo, a
responsabilidade do pastor consiste em zelar cuidadosamente
pelos cultos da Igreja. Esses cultos devem ser mantidos em
atmosfera espiritual.
A fidelidade Palavra de Deus requer que reiteremos o ensino
dado pelo apstolo Paulo: no apagueis o Esprito. No desprezeis
as profecias Procurai com zelo os dons espirituais, mas
principalmente que profetizeis e no proibais o falar em outras
lnguas (I Tess 5.19,10; 1 Co 14.1,39). Os dons do Esprito Santo
so ddivas graciosas de Deus, provenientes dos cus, e no
devem ser desprezadas ou rejeitadas.
5.5. O Obreiro e a Unidade da Igreja
Outra incumbncia do obreiro manter sua congregao em paz,
amor e unidade. Uma das tticas favoritas do diabo romper a
unidade do Esprito Santo e semear a inveja e a dissenso. E
ento, onde isso se instaura, s h confuso e toda obra m (Tiago
3.16). de responsabilidade do obreiro obter contato intimo com o
rebanho e fazer o mximo para apagar as primeiras chamas da
dissenso e da contenda.
Uma chama mais facilmente extinta do que uma grande
fogueira. Quo sbio o obreiro que envida todos os esforos
possveis para destruir a pequena labareda, antes que ela
consuma a casa inteira e ele prprio!
5.6. A Viso Espiritual
O pastor deve ser homem de viso. Cumpre-lhe lanar os olhos
pelos campos ao redor, sentido que esto maduros para a ceifa,
esperando apenas a foice. necessrio que inspire a Igreja no
desejo de grandes realizaes para Deus e a salvao das almas
perdidas. Para Deus tudo possvel, e Ele mesmo recomendou
que pedssemos, afim de que a nossa alegria fosse completa. No
temos porque no pedirmos. Mas, da vontade de Deus que
prossigamos ao seu lado. O desafio lanado por Guilherme Carey:
tentai grandes coisas para Deus, esperai grandes coisas da parte
de Deus, soa aos nossos ouvidos at hoje, e nos acena,
convidando-nos a avanar.
Grande a diferena em ter algum a viso espiritual e ser um
visionrio (que tem idias extravagantes, ituitivo). No
planejamento das conquistas futuras a imaginao espiritual deve
ser equilibrada e de bom senso Deve-se tentar aquilo que est
dentro do terreno das possibilidades, para em seguida lanar-se a
maiores empreendimentos. Esse modo de agir, via de regra

parecer mais de acordo com a orientao dada pelo Senhor e


com o plano relativo s Igrejas locais, quando prudentemente
damos um passo de cada vez em novos projetos. Se o prprio
Deus concedeu ao pastor a viso, a f para tais realizaes, ento
inspirar igualmente a outros, com a mesma viso e f, para que o
acompanhem em tempo oportuno, garantindo o sucesso.
5.7. O Ministrio e o Crescimento
Os elementos principais do ministrio do pastor j foram
esboados, e, juntamente com eles, h duas consideraes gerais
a frisar:
- que mediante a grandeza da obra de Deus, devemos ter
conscincia da nossa prpria incapacidade e total insuficincia.
no que por ns mesmos sejamos capazes de pensar alguma
coisa, como se partisse de ns ( II Co 3.5). sem mim nada
podeis fazer (Joo 15.5).
- Em contraposio a essa falta de aptido pessoal, temos,
todavia, a bendita certeza que diz: pelo contrrio a nossa
suficincia vem de Deus (II Co 3.5) disse o Senhor: A minha
graa te basta (II Co 12.9). A confiana nessa exortao
inspirou o apstolo Paulo a exclamar: Tudo posso naquele que me
fortalece (Fl 4.13). Somos mais que vencedores, por meio
daquele que nos amou (Rom 8.37).
6. A tica no Culto Cristo
O culto como uma gota de orvalho em busca do oceano do amor
divino; uma alma faminta diante do celeiro espiritual; uma
terra sedenta clamando por chuva; uma ovelha tresmalhada
(afastada do bando) no deserto, balindo em busca do Bom-Pastor;
uma alma buscando sua contraparte; o filho prdigo correndo
para a casa de seu pai. Enfim, o homem subindo as escadas do
altar de Deus. Dada a preciosidade que o culto, procuremos
conhecer suas bases e sua essncia, bem como, a necessidade da
reverncia tica do culto.
6.1. As bases Bblicas do Culto Cristo
A confisso da Igreja crist tem por objetivo principal a glorificao
a Deus e alegrar-se nele (Sl 112.1). Isto faz do culto o ato mais
importante, mais relevante, mais glorioso na vida do homem (Sl
84.1-4). Contudo, quantos crentes sabem distinguir entre a
verdadeira e a falsa adorao? (Jo 4.23-24) Ser que voc tem
cultuado de modo que agrada a Deus? Hb 11.5 Mas est
chegando a hora, e de fato chegou em que os verdadeiros
adoradores vo adorar o Pai em esprito e em verdade. Deus

Esprito e os que o adoram devem adorar em Esprito e em


verdade.
6.2. Palavra que designa adorao
Para alcanarmos uma viso correta sobre o culto cristo, mister
examinarmos alguns termos usados pelos escritores: Latreia
cujo significado principal servio ou culto. Denota o servio
prestado a Deus, pelo povo inteiro ou pelo indivduo. Em outras
palavras, o servio que se oferece divindade atravs do culto
formal, ritualstico e atravs do oferecimento integral da vida (Ex
3.12; Dt 6.13; Mt 4.10; Lc 1.74; 2.37; Rm 12.1).
6.3. Bases Teolgicas do Culto
A adorao crist se fundamenta na nova aliana (Hb Est
franqueada ao crente a comunho com Deus, pelo novo e vivo
caminho aberto por Jesus Cristo (Hb 10.19-22). Portanto,
ofereamos sempre por Ele a Deus, sacrifcio de louvor (Hb
13.15).
6.4. Os requisitos ticos do culto
O cumprimento de um ritual no basta para que haja culto.
indispensvel aceitao, por Deus do culto oferecido (Sl 20.3).
Deus estabelece condies para aceitar a adorao de homens (Jo
5.41). A ignorncia dessas condies ou sua violao transforma o
ritual do culto divino em exerccio unilateral com srias
conseqncias para os participantes. No culto devemos alcanar a
plena comunho com Deus, atravs da f (Hb 10.38; 11.6).
6.5. As Bases ticas no Culto a Deus
O tdio religioso sempre foi um dos maiores inimigos do cristo,
no que se refere sua vida espiritual. O tdio um estado mental
resultante do esforo para manter interesse por uma coisa pelo
qual no temos o mnimo interesse. Este fato tem levado a Igreja,
em nossos dias, a oferecer certos atrativos ao povo, no que tange
ao culto.
6.6. A Necessidade do Culto
O culto necessrio, pois tem por finalidade o homem (Ex 19.17).
No culto, o homem acha a razo da sua existncia, (pois ele foi
criado para a adorao (Sl 96.9). O fim supremo e principal do
homem glorificar a Deus. Fora da posio de adorador de Deus o
homem no encontra o sentido para a vida (I Cor10.31; Rm 11.36).
O culto foi institudo e ordenado por Jesus Cristo. Quando a Igreja
se rene para louvar, orar, pregar a Palavra e celebrar os
sacramentos, ela simplesmente o obedece (Mc 16.15-16; At 1.8;
20.7; I Co 11.24-25).
6.7. A essncia do Culto

Em meio s mltiplas maneiras de cultuar, h um elemento


imprescindvel adorao: o amor. A essncia da adorao o
amor. totalmente impossvel adorar a Deus sem o amor. E Deus
nunca se satisfez com menos que tudo, amars o Senhor teu
Deus de todo o teu corao, e de toda a tua alma e de toda a tua
fora (Dt 6.5). Sem o incentivo do amor por Deus, o culto no
passa de palha, pura casca, isento de qualquer valor. Pode at se
tornar em culto a Satans.
6.8. Ao intelectual de Adorao
A adorao tambm envolve o exerccio da mente. Diania, em
grego significa capacidade de pensar e refletir religiosamente (I Jo
5.2,10); Ef 4.18; Mt 24.15). Este entendimento ddiva divina (Lc
24.25; Ef 1.17,18). Portanto, a adorao deve ocupar a mente, de
maneira a envolver a meditao e a conscincia do homem. Em
romanos 12.2, Paulo estabelece que o culto deve ser racional.
6.9. A reverncia como prioridade no culto
So muitas as bnos que podemos receber de Deus durante o
culto, mas a apropriao de tais bnos deveriam ser o objetivo
de todos quantos participam do culto. A maneira correta de
participarmos do culto deve ser com esprito de reverncia.
Sirvamos a Deus agradavelmente com reverncia e santo temor
(Hb 12.28).
6.10. Razes para reverncia
Servimos a um reino de poder. Pelo que, tendo recebido um reino
que no pode ser abalado, retenhamos a graa, pela qual
sirvamos a Deus agradavelmente com reverncia e piedade (Hb
12.28). esse reino impossvel de ser abalado, do grego:
asauleuts, irremovvel. No existem sistemas, ordens ou
poderes que superam esse reino; pois o Senhor dos senhores o
seu comandante.
6.11. Atitudes Reverentes
necessrio que durante o culto, mantenhamos uma atitude
reverente com o local de adorao, uma vez que Deus est no
templo. Pois onde acham dois ou trs reunidos em meu nome, a
estou no meio deles (Mt. 18.20). Temos, neste texto, a garantia
da presena do Senhor em qualquer reunio em que o seu nome
seja cultuado. E, uma vez que Deus se faz presente em nossas
reunies, necessrio se torna que o reverenciemos.
6.12. Indicaes Bblicas para um Culto Reverente
Sem a verdadeira adorao a Deus, no h verdadeiro culto (Jo
4.23). Na presena do Altssimo demonstremos, com toda
sinceridade de alma, a nossa profunda humildade e reverncia em

face da sua santidade absoluta (Lc 6.5). Evidenciemos nosso amor


e dedicao a Ele, e demonstremos confiar no cuidado que Ele
tem para conosco ( 1 Pe 5.7). Sem que o nosso corao esteja a
transbordar desses profundos sentimentos em sua presena, no
estaremos cultuando verdadeiramente ao nosso Deus.
6.13. As atitudes antiticas no culto a Deus
H, infelizmente, muitos crentes que no sabem manter uma
atitude Correa perante o Senhor, no seu santurio. Esquecem-se
de que o culto o encontro de Deus com o seu povo (Hc 2.20),
necessrio reverncia. So meros assistentes; e, por conseguinte,
jamais chegam as bnos que o Senhor reserva aos que
realmente o cultuam em esprito e em verdade (At 2.43).
6.14. Desateno no culto
A falta de ateno o mesmo que falta de considerao,
descortesia. Miguel Rizzo, referindo-se ao culto divino, escreve o
seguinte: preciso que haja ambiente prprio para que ele seja
proveitoso. Isso fcil de se entender. A atitude mental de quem
cultua a Deus diferente daquela de uma pessoa que esteja numa
festa tumultuosa, entregando-se alegria mundana (Dn 5.2,3).
6.15. Movimentao desnecessria no recinto do Culto
Observamos, infelizmente, a falta de reverncia em muitas de
nossas igrejas, no s por parte das crianas, mas de pessoas
adultas na idade que deveriam ser tambm adultas no
comportamento cristo (I Co 13.11) Entretanto, por no terem
ainda atingido a maturidade espiritual que so assim
irreverentes (Lv 26.2).
6.16. Outras atitudes irreverentes
Temos, infelizmente, o exemplo dos crentes de Corinto. Eram to
irreverentes, durante o culto, que chegavam a se embriagar
durante a celebrao da Ceia do Senhor! Da a enrgica
advertncia do apstolo Paulo: Por causa disto h entre vs
muitos fracos e doentes, e muitos que dormem (II Co 11.30).
Ainda hoje o pecado da irreverncia o responsvel pela
debilidade espiritual de grande nmero de membros de igrejas. O
crente que no mantm uma atitude correta perante Deus durante
o culto no cresce espiritualmente, alm do que prejudica
sensivelmente o trabalho, com sua frieza e indiferena ( I Co
14.15).
6.17. Reverncia e Ordem no culto
A reverncia e a ordem no culto divino so assuntos dos quais se
ocuparam vrios dos escritores da Bblia (Ex 3.5; Js 5.15; Ec 5.1; Sl

93.5; Hc 2.20). No contexto da recomendao de Paulo quanto ao


procedimento no culto divino, recomenda o apstolo: Faa-se
tudo para edificao, uma vez que Deus no Deus de
confuso, seno de paz, como em toda a igreja dos santos ( I Co
14.26-33).
6.18. Pontos a considerar
H determinados pontos bsicos que devemos considerar se
quisermos compreender o significado da reverncia e ordem no
culto a Deus, dentre os quais destacamos os seguintes:
- Deus um Ser excelentemente santo, digno da mais absoluta
honra e louvor (Is 6.1-3);
- O culto divino o ponto de encontro da criatura com o Criador,
do salvo com o Salvador, numa expresso de comunho e de
reverncia (Sl 148);
- Somos falveis criaturas de Deus, pelo que devemos agir
reverentemente diante dEle, lembrando-nos que at mesmo os
serafins se tm por imperfeitos diante da Sua augusta face, pelo
que tm de encobrir os rostos e os ps quando esto diante dEle
(Is 6.2).
6.19. A Santidade do Templo
Aplicada a ns, hoje, a ordem divina dada a Moiss e a Josu, em
oportunidades distintas, tira os teus sapatos de teus ps;
porque o lugar em que est terra santa (Ex 3.5; Js.5.15), fala da
necessidade de policiarmos o nosso comportamento diante da
presena de Deus.

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