1. O documento discute os elementos subjetivos do tipo de ilícito doloso no direito penal português, distinguindo entre o elemento cognitivo e o elemento volitivo do dolo.
2. Apresenta as formas de dolo - direto, necessário e eventual - e discute a distinção entre dolo eventual e negligência consciente.
3. Aborda os elementos subjetivos especiais do tipo de ilícito doloso, que não se referem diretamente aos elementos objetivos do tipo.
1. O documento discute os elementos subjetivos do tipo de ilícito doloso no direito penal português, distinguindo entre o elemento cognitivo e o elemento volitivo do dolo.
2. Apresenta as formas de dolo - direto, necessário e eventual - e discute a distinção entre dolo eventual e negligência consciente.
3. Aborda os elementos subjetivos especiais do tipo de ilícito doloso, que não se referem diretamente aos elementos objetivos do tipo.
Descrição original:
Elementos Subjectivos da Infraccao Criminal, dolo, negligencia, culpabilidade punibilidade
1. O documento discute os elementos subjetivos do tipo de ilícito doloso no direito penal português, distinguindo entre o elemento cognitivo e o elemento volitivo do dolo.
2. Apresenta as formas de dolo - direto, necessário e eventual - e discute a distinção entre dolo eventual e negligência consciente.
3. Aborda os elementos subjetivos especiais do tipo de ilícito doloso, que não se referem diretamente aos elementos objetivos do tipo.
1. O documento discute os elementos subjetivos do tipo de ilícito doloso no direito penal português, distinguindo entre o elemento cognitivo e o elemento volitivo do dolo.
2. Apresenta as formas de dolo - direto, necessário e eventual - e discute a distinção entre dolo eventual e negligência consciente.
3. Aborda os elementos subjetivos especiais do tipo de ilícito doloso, que não se referem diretamente aos elementos objetivos do tipo.
Baixe no formato DOC, PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 6
ELEMENTOS SUBJECTIVOS DO TIPO
A regra geral a de que o Direito Penal exige o dolo, enquanto a
punibilidade da conduta negligente constitui uma excepo (artigo 13. CP). O dolo como elemento subjectivo geral do tipo de ilcito doloso: o conhecimento e a vontade de realizao dos elementos objectivos do tipo (artigo 14. CP) => o dolo tem de existir no momento do facto (o dolo precedente ou subsequente irrelevante). Elementos do dolo: i) o elemento cognitivo e ii) o elemento volitivo. i) O elemento cognitivo O dolo tem de abranger a totalidade dos elementos objectivos do tipo (alm de outros elementos que, no sendo descritos como elementos do tipo, mas fundamentam a pena e a sua medida). Designadamente, o dolo tem de referir-se: tanto aos elementos descritivos, como aos elementos normativos do tipo (Ateno > a valorao paralela na esfera do leigo); aos exemplos-padro, por muito que eles no pertenam ao tipo (homicdio qualificado); nas leis penais em branco => aos elementos objectivos da norma que complementa a lei penal em branco; NB > O erro acerca da existncia da referida norma => erro de proibio.
Aulas de 15.03.2011
aos elementos constitutivos tanto dos tipos qualificados, como dos
tipos privilegiados (Ex.: erro sobre os elementos objectivos do homicdio a pedido). O elemento cognitivo retira-se do artigo 16. CP => O erro de tipo exclui o dolo => negligncia (artigo 13. CP) O elemento cognitivo e o regime do erro de tipo (no confundir com o erro sobre a proibio): e quando falte o conhecimento? Ou haja uma falsa representao? Casos de erro de tipo: o erro sobre o objecto da conduta (error in persona vel in objecto) => s exclui o dolo quando falte a equivalncia tpica entre o objecto representado e o objecto lesado ou colocado em perigo => tentativa + crime negligente (artigo 13.); se houver equivalncia tpica entre o objecto representado e o objecto lesado ou colocado em perigo => crime doloso consumado; erro sobre o processo causal => as variaes sobre o processo causal representado e o verdadeiros so no essenciais e irrelevantes para o dolo de tipo, quando se mantenham nos limites do previsvel segundo a experincia geral da vida e no justifiquem outra valorao do facto (Exs.: A atira B abaixo de uma ponte para que morra afogado, mas B acaba por morrer no impacto contra um dos pilares da ponte; A esfaqueia vrias vezes B, pensando t-lo morto, mas este acaba por
Aulas de 15.03.2011
morrer da infeco das feridas). Variao essencial, relevante => o
desvio no processo causal impe uma valorao tico-jurdica diversa [Ex.: A participa no transporte de B para o posto de comando, a fim de ser fuzilado como desertor (durante a Segunda GG, na Alemanha), mas, durante o transporte, outro soldado mata B por deciso prpria: A no pode ser considerado cmplice no homicdio: ele estava a cumprir e no a deixar B merc da tropa)] => tentativa de A + crime doloso consumado de C; erro especial sobre o processo causal: A pensa que estrangulou B e simula o seu suicdio por enforcamento e neste momento que B morre; A pensa que matou B com o seu disparo e deita-o a um poo para ocultar o cadver e ento que B morre => um acontecimento unitrio que englobado pelo mesmo dolo / teoria do dolo generalis que engloba todo o facto como um facto indivisvel => facto doloso consumado; erro na execuo (aberratio ictus) => um duplo desvio do processo que o agente tinha representado: no atinge o objecto que pretendia atingir, mas atinge um objecto que no pretendia atingir => haja ou no equivalncia de objectos => tentativa + mais crime negligente (artigo 13. CP). ii) O elemento volitivo do dolo O elemento volitivo do dolo consiste na deciso dirigida realizao da conduta tpica e a execuo dessa deciso, visando atingir o resultado nos cirmes de resultado =) dolo directo ou inteno.
Aulas de 15.03.2011
NB > O dolo tem de ser contemporneo do facto (Ex.: o dos maus
tratos na mulher que sofreu um derrame cerebral). O elemento volitivo e as formas de dolo (artigo 14. CP) dolo directo ou inteno (artigo 14., n. 1, CP): o agente conhece e quer praticar o crime => predomina o elemento volitivo; dolo necessrio (artigo 14., n. 2, CP): quem representa a prtica do crime como consequncia necessria da sua conduta; dolo eventual (artigo 14., n. 3, CP): o agente representa a prtica do crime como consequncia possvel da conduta e conforma-se com isso. Distino entre dolo eventual e negligncia consciente (artigo 15., alnea a)) So de afastar as teorias da probabilidade: grau de probabilidade com que o agente espera a realizao do tipo => nada diz de decisivo para traar a fronteira entre dolo e negligncia; da possibilidade: idem; do consentimento => o agente teria de consentir, aprovar o resultado => restrio demasiada do dolo eventual (Ex.: a aposta da menina da bola de cristal na feira => seria sempre negligncia consciente, ao contrrio do que sucederia com a frmula positiva de Frank);
Aulas de 15.03.2011
teoria da aceitao: a resignao com a realizao tpica.
Dominante a teoria da conformao NB > Decisiva a frmula positiva de Frank: haja o que houver, eu actuo => dolo eventual. Caso muito controverso: transmisso do vrus da SIDA atravs de contactos sexuais no protegidos por pessoa infectada que, todavia, representa a doena ou a morte do parceiro como possvel (artigos 143., 144. ou 131. CP) a ttulo de dolo eventual negada, dada a baixssima probabilidade de transmisso => negligncia consciente, excepto quando o fim da conduta sexual do agente foi o de contaminar o parceiro. 2. Os elementos subjectivos especiais do tipo de ilcito doloso. NB > Estes elementos especiais, ao contrrio do que se passa com o dolo, no se referem aos elementos objectivos do tipo, no havendo, por isso, uma correspondncia ou congruncia entre o tipo objectivo e o tipo subjectivo. Os crimes de inteno ou de resultado cortado ou parcial: Ex. de Figueiredo Dias: artigo 262. CP!
Aulas de 15.03.2011
Crime de furto: no confundir a especial inteno de apropriao com
Operação PHD - Investigadas Sugerem Criar Vínculo Com UFRGS para Conceder Bolsa - Grupo de Investigação - Notícias Do Brasil e Do Rio Grande Do Sul - Zero Hora