2-Apostila de Caldeiras (CAD-1)
2-Apostila de Caldeiras (CAD-1)
2-Apostila de Caldeiras (CAD-1)
CALDEIRAS
(CAD-1)
1 edio
Belm-PA
2011
Autor:
Reviso Pedaggica:
Reviso Gramatical:
Designer Grfico:
Coordenao Geral:
____________ exemplares
Diretoria de Portos e Costas
Rua Tefilo Otoni, no 4 Centro
Rio de Janeiro, RJ
20090-070
http://www.dpc.mar.mil.br
secom@dpc.mar.mil.br
SUMRIO
INTRODUO..............................................................................................................5
1 GENERALIDADES....................................................................................................7
1.1 Conceito de gerador de vapor e caldeira................................................................7
1.2 Emprego de caldeiras ou aquecedores de leo trmico a bordo de navios..........7
1.3 Anlise da presso interna de um vaso..................................................................8
1.4 Processos de transmisso de calor que ocorrem durante o funcionamento de
uma caldeira................................................................................................................16
1.5 Tipos de caldeiras e suas utilizaes...................................................................20
1.6 Partes principais de uma caldeira.........................................................................25
1.7 Funcionamento da caldeira aquatubular, flamatubular, caldeira eltrica e da
caldeira de recuperao..............................................................................................33
1.8 Caldeiras a combustveis slidos, lquidos e a gs; suas diferenas...................37
2 SISTEMAS E COMPONENTES DAS CALDEIRAS...............................................49
2.1 Sistema de gua de alimentao de caldeiras.....................................................49
2.2 Funcionamento do sistema de gua de alimentao de uma caldeira martima. 49
2.3 Instrumentos empregados para medio de nvel................................................54
2.4 Funcionamento do sistema de controle de nvel..................................................57
2.5 Funcionamento do aquecedor de gua de alimentao.......................................60
2.6 Tiragem natural e tiragem forada em uma caldeira............................................62
2.7 Registro de ar e damper utilizados em caldeiras..................................................66
2.8 Sistema de leo combustvel para caldeiras martimas de alta presso.............68
2.10 Funcionamento do aquecedor de leo combustvel...........................................77
2.11 Sistema de leo combustvel de caldeira............................................................79
2.12 Funcionamento dos sopradores de fuligem utilizados em caldeiras martimas. 81
2.13 Funcionamento dos sistemas de controle de emisso de gases de combusto
empregados em caldeiras...........................................................................................83
2.14 Tubulo de vapor.................................................................................................88
2.15 Sistema de distribuio de vapor empregado em um navio petroleiro e seu
esquema......................................................................................................................90
2.16 Instrumentos indicadores e sensores de presso..............................................95
2.17 Funcionamento dos dispositivos de segurana e dos dispositivos auxiliares das
caldeiras....................................................................................................................101
2.18 Caractersticas das vlvulas e acessrios das tubulaes de vapor...............104
2.19 Funcionamento do superaquecedor, dessuperaquecedor e economizador das
caldeiras de alta presso...........................................................................................110
3 CALDEIRA DE RECUPERAO..........................................................................115
3.1 Ciclo de produo de vapor aproveitando os gases de descarga do motor
propulsor (MCP)........................................................................................................119
3.2 Esquema de distribuio de vapor a bordo de um navio a motor......................119
3.3 Comunicao da caldeira de recuperao com a caldeira auxiliar....................120
3
INTRODUO
Os geradores de vapor so equipamentos martimos auxiliares e de propulso
necessrios em muitos navios da Marinha Mercante Brasileira e mundial,que tm,
como objetivo principal, a produo do vapor dgua para diversas utilidades a bordo
dos navios. Atualmente, nos navios mercantes nacionais, as caldeiras de propulso
caram em desuso, em face de economia de combustvel proporcionada pelos
modernos MCPS equipados com reguladores de velocidade bastante precisos para
a finalidade a que se destinam. Apesar disso, o assunto referente s caldeiras de
alta presso na unidade 4, ser abordado da forma usual, sem perder o enfoque
necessrio formao naval do Segundo Oficial de Mquinas,levando em conta a
existncia de inmeras caldeiras de alta presso na indstria.
Este volume est constitudo de seis unidades de ensino, todas direcionadas
para a formao bsica e fundamental do segundo oficial de mquinas da Marinha
Mercante Brasileira, mostrando os princpios bsicos fundamentais para a aplicao
nas caldeiras navais atualmente em uso.
Na unidade 1, iremos estudar as definies fundamentais empregadas em
caldeiras, os tipos e suas utilizaes e o processo de transmisso de calor que nelas
ocorrem.
Na 2, sero estudados os sistemas e componentes das caldeiras. Na 3, as
caldeiras de recuperao de gases.
Na 4,sero lecionadas a operao e manuteno de caldeiras, enfocando os
cuidados e os procedimentos necessrios para a sua indispensvel e
devida
conduo.
Na 5, sero vistos os assuntos referentes legislao e normalizao
vigentes no Brasil, segundo a NR-13, que trata da documentao necessria para a
devida utilizao dessa Norma.
Na 6, sero enfocadas a prtica de operao e manuteno de caldeiras para
mostrar, ao futuro Oficial de Mquinas, os procedimentos necessrios para a sua
execuo. Os assuntos desta publicao sero vistos de forma clara e concisa sem
que, em nenhum momento, seja tirada do professor da disciplina a sua experincia
sobre eles, deixando-lhe a flexibilidade necessria para desenvolv-los,em sala de
1 GENERALIDADES
As caldeiras so construdas para executarem uma determinada tarefa a
bordo dos navios, porm, satisfazendo determinados critrios tcnicos e
operacionais considerados satisfatrios para a sua operao: peso e dimenses
adequadas, rendimento trmico aceitvel para a finalidade a que se destina,
distribuio correta do calor no interior da fornalha e a capacidade de manter a
produo do vapor na temperatura e presso prevista em todos os regimes de
operao, alm de proporcionar um funcionamento seguro com os respectivos
controles dos sistemas de gua de alimentao, combusto, temperatura, presso, e
vazo do vapor durante a operao e o funcionamento da caldeira.
1.1 Conceito de gerador de vapor e caldeira
Segundo PERA (Geradores de vapor dgua. USP, 1966), o gerador de
vapor pode ser definido como um trocador de calor que produz vapor a partir da
energia trmica do combustvel, ar e fluido vaporizante, constitudo de diversos
equipamentos associados, perfeitamente integrados, com a finalidade de obter-se o
maior rendimento trmico possvel.
Esta definio bastante abrangente, pois compreende todos os tipos de
geradores de vapor. Para navios de leo trmico, no lugar de gerador de vapor
usa-se o termo aquecedor de leo trmico, pois o mesmo no vaporiza, sendo
aproveitado na fase lquida com temperatura elevada.
Nos navios, quando o fluido vaporizado a gua, o gerador de vapor
comumente definido como CALDEIRA.
1.2 Emprego de caldeiras ou aquecedores de leo trmico a bordo de navios
As caldeiras e os aquecedores de leo trmico so empregados a bordo
dos navios para atender a finalidades especficas, dentre as quais podemos citar:
a) fornecimento de vapor auxiliar ou leo trmico para a cozinha;
b) fornecimento de vapor auxiliar ou leo trmico para diversos aquecedores do
navio;
c) fornecimento de vapor auxiliar para o apito;
d) fornecimento de vapor auxiliar para o convs;
7
mv
mv
m mL m v
(1.1)
(1.2)
10
(1.3)
V VL Vv
m mL m v
m v m v
mv
mL
v u L. L v v
vL
vv
mL m v
mL mv
mL m v
v u (1 x)v L xv v
v u v L x(v v v L )
(1.4)
A anlise para o volume especfico
(1.5)
(1.6)
(1.7)
12
13
14
Os estados de lquido saturado podem ser ligados por uma linha denominada
linha de lquido saturado, e os estados de vapor saturado por outra linha
denominada vapor saturado. O encontro destas duas linhas denominado de
ponto crtico.
A temperatura crtica Tc de uma substncia pura corresponde
temperatura mxima na qual as fases lquidas e vapor podem coexistir em
equilbrio. A presso e o volume neste ponto so denominados presso crtica
e volume especfico crtico respectivamente. Esses dados so tabelados para
vrias substncias puras e se encontram em qualquer literatura especializada sobre
o assunto. Para o caso da gua, reproduzimos a figura 8, da pgina 97 do livro
Termodinmica, com alguns valores tpicos das propriedades termodinmicas,
mostrando o valor do ponto crtico.
15
16
tubos por conduo. No interior dos tubos, as impurezas da gua que escoam no
mesmo origina uma pelcula ou incrustrao interna onde o calor continua se
propagando por conduo, at que atinge a gua escoando nos tubos,
ocasionando um turbilhonamento interno propagando-se para a gua no interior
dos tubos por conveco.
Figura 13 - Transmisso de calor nos tubos das caldeiras com gua circulando em seu interior.
O calor que se propaga nos tubos da caldeira dado pela seguinte equao:
T total ,onde R
Rt
R conduo R conveco
(1.8)
Os termos Rconduo e Rconveco so as resistncias trmicas ( 0C/W) oferecidas
(W) pelos tubos por conveco e conduo. Observe
propagao do fluxo de calor q
20
21
Nas caldeiras aquatubulares (water tube boilers), a gua circula por dentro
dos tubos que constituem o trocador de calor necessrio a produo do vapor,
enquanto os gases oriundos da combusto na fornalha passam por fora destes
tubos. A figura 17 ilustra uma caldeira aquatubular de dois tubules de alta presso
(presso entre 45 a 65 bar) utilizada para a propulso dos navios mercantes a
vapor (praticamente em desuso no Brasil). Observe que os tubos geradores esto
mais prximos dos queimadores que os tubos de retorno da gua no
evaporada no tubulo de vapor.
24
25
atomizao
vaporizao
do
combustvel
28
c) alarme de falta dgua: sinal sonoro e luminoso que dispara quando o nvel de
gua na caldeira est muito baixo;
d) indicadores de presso (manmetros): so instrumentos utilizados para medir
a presso de lquidos, gases e vapores;
e) pressstatos: so dispositivos de segurana que comandam o regime de
trabalho das caldeiras, de acordo com a presso do vapor;
f) vlvulas de segurana: tm como funo promover o escape do excesso do
vapor caso a presso de trabalho venha a ser ultrapassada e os outros dispositivos
no atuem; e
g) vlvulas: tm como funo interromper ou regular a passagem de um fluido.
Podem ser: de reteno; de extrao de fundo; solenide; de alvio; e de escape
de ar.
A figura 24 ilustra os principais componentes de uma caldeira
aquatubular industrial de alta presso.
30
Presso mxima:
desvantagens inframencionadas.
Vantagens:
a) aceita grandes variaes de carga rapidamente (3,5 vezes mais rpido que
caldeira aquatubular similar em capacidade);
b) simplicidade operacional; e
c) manuteno mais fcil.
31
Desvantagens:
a) apresentam srios problemas de incrustao, depsito no lado dos gases;
b) necessitam de manuteno frequente;
c) dificuldade de acesso para manuteno e inspeo;
d) no podem trabalhar intermitentemente, pois podem surgir problemas na zona de
fixao dos tubos (mandrilamento), devido a dilataes diferentes;
e) em geral, no geram vapor superaquecido;
f) custam mais a produzir vapor devido grande capacidade de gua;e
g) devido simplicidade operacional e por no contar com muitos instrumentos para
monitorizaro de sua operao, multas vezes sua operao um tanto
negligenciada.
1
32
tubules
para navios
34
35
36
alm
dos
equipamentos
citados,
um
sistema
de
correias
Ponto de Fulgor C
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
Teor de enxofre
Viscosidade
Sedimentos
% (max)
5,0
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
SSF a 50C
600
900
2.400
10.000
30.000
80.000
300.000
1.000.000
sem limite
600
900
2.400
10.000
30.000
80.000
300.000
1.000.000
sem limite
%(max)
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
5,0
39
40
1.8.3 Caldeiras a gs
As caldeiras projetadas para a queima de gs so em geral mais compactas
que as utilizadas para os demais combustveis. Isto se deve ao fato de o gs no
precisar de nenhum aquecimento prvio para ser queimado nas fornalhas e nem
de reservatrios de capacidade volumtrica elevada para sua estocagem, sendo
um combustvel de alto rendimento e contendo poucas impurezas. No entanto,
por serem extremamente volteis, a operao e a manuteno destas caldeiras
devem seguir rigorosamente as instrues estabelecidas pelos fabricantes, para
evitar o risco de exploso. Entre os combustveis mais utilizados para estas
caldeiras, esto o gs natural e os GLPS. Ressaltamos que o gs natural que
basicamente o metano (CH4), tem menor poder calorfico que o GLP constitudo de
propano (C3H8) e butano (C4H10).
Para os consumidores, com exceo da Petrobrs, que utilizam o gs natural,
o Departamento Nacional de Combustvel recomenda as seguintes especificaes
dispostas na tabela 2.
41
Gs Natural
recomendados
0,60 a 0,81
110 (mx.)
3
29 (mx.)
6 (mx.)
Superior ( Kcal/m )
7.600 a 11.500
8.500 a 12.500
42
43
A figura 1.34 ilustra uma caldeira mista com os respectivos dados tcnicos.
46
47
48
49
51
52
53
54
as
utilizadas
em
caldeiras,
os
eletrodos
devem
ser
instalados
55
56
57
58
60
61
63
64
65
usado para distribuir o ar no interior do queimador,melhorando a mistura arcombustvel. Nas caldeiras com controle automatizado da combusto, o damper de
ar acionado atravs do sensor que indica a concentrao do oxignio nos gases
da combusto, regulando a vazo do ar no registro, e o enviando a fornalha, de
modo a manter a razo ar combustvel da caldeira em valores que otimizem a
combusto, evitando a poluio ambiental.A figura 60 ilustra um moderno sistema de
controle da combusto, mostrando o acionamento automtico do damper de ar.
68
Nos tanques de servio, observamos que temos dois nveis: um alto e outro
baixo. Se gua ou borras grosseiras se encontram no fundo do tanque, a bomba de
transferncia de leo deve ser conectada linha de suco no nvel baixo,
aspirando as impurezas e descarregando-as para o tanque de borra. Na entrada da
bombas (BOC1 e BOC2) de leo combustvel pesado, encontra-se um ralo duplex
(filtro frio), o qual retira do leo pesado sedimentos e borras.
Do filtro, o leo pesado vai aspirao das bombas, as quais so interligadas
de modo que ambas aspirem dos dois tanques de servio. Na descarga de cada
bomba, colocada uma vlvula de alvio de presso, a qual alivia o excesso de
presso de descarga para a linha de suco. Uma vlvula reguladora de presso
automtica instalada com uma de suas extremidades entre a descarga da bomba
e os queimadores, e a outra na linha de suco.
69
70
71
72
o controle de
73
75
76
77
78
caldeira
79
O leo pesado desce por gravidade, passa pelo filtro quente centrfugo
(3), at o corpo da bomba de recalque (5). A bomba de recalque dotada de um
manovacumetro (4) na suco, e um manmetro na descarga (6), que
possibilitam a leitura local das presses na entrada e na sada da bomba.
A bomba de recalque (7) descarrega o leo pesado, passando pelo
termostato (7) de controle de temperatura, pressstato (10), manmetro (11),
separador de gases e ar (8), filtro duplo (12), tubulao de admisso de engate
rpido (13), bomba de engrenagem (18), pr-aquecedor eltrico (19) e maarico
(16), sendo pulverizado na fornalha da caldeira para a devida mistura com o ar
forado pelo ventilador do queimador, ocorrendo a combusto na fornalha da
caldeira. O leo pesado no queimado retorna pela linha de engate rpido (14) do
queimador (15), pelo separador de gases e ar (8), vlvula de contrapresso(9),
at a entrada do tanque (1) de leo pesado.
A vlvula de contrapresso (9) tem por objetivo manter uma presso
adequada no sistema, podendo ser acionada manual ou pneumaticamente, por
80
ramonagem podem ser dos seguintes tipos: fixos com movimento de rotao e
retrteis, com rotao e deslocamento longitudinal. A figura 74, ilustra um aparelho
de ramonagem tpico.
operao
de
ramonagem
deve
atender
uma
programao
82
83
xidos
de
nitrognio
NOx
(NO
NO2),
em
quantidades
combustvel
poluentes existentes no ar, como o CO, NO 2, SO2, e diversas partculas com dimetro
menor que 10 mcrons(PM10).
No Brasil, a Resoluo n 8 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) fixa, como limite mximo de partculas totais, 350 gramas por milho de
quilocalorias (para leo combustvel) e 1500 gramas por milho de quilocalorias
(para carvo mineral).
O CONAMA fixa para o SO2, o valor mximo de 5000 gramas por milho de
quilocalorias.
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (RJ) fixa limites para os casos de
queima incompleta (Monxido de Carbono - CO) em 9 ppm de concentrao mdia
em intervalo de 8 horas.
A Resoluo do CONAMA N 8, de 06/12/90, estabelece limites mximos para
emisso de poluentes no ar. importante lembrar que as legislaes estaduais e
municipais podem ser mais restritivas, porm, nunca mais brandas que a federal.
O Banco Mundial estabelece seus prprios padres a serem respeitados para
fins de obteno de financiamento.
2.13.3 Controle das emisses gasosas expelidas pelas caldeiras
O controle e a otimizao da combusto so fatores importantes na economia
de combustveis e preservao do meio ambiente. Quanto melhor for a eficincia da
combusto, menos poluio ambiental obtida pelas emisses gasosas de CO,
CO2, NO2, NO e NO2.
A otimizao da combusto obtida,observando-se o uso do queimador
adequado, a nebulizao perfeita, porcentagem correta de ar, manuteno peridica
no equipamento, anlise contnua dos gases, e outras.
Para otimizar o processo de combusto, podem-se utilizar os seguintes
meios:
a) pr-aquecimento do ar de combusto;
b) pr-aquecimento do combustvel;
c) controle de tiragem; e
d) anlise e controle da combusto por instrumentos.
85
86
tubulo com a menor taxa de umidade possvel (alto ttulo de vapor na mistura
bifsica).
Para tal finalidade, na rea naval, estes acessrios podem ser classificados
em:
a) mecanismos primrios de separao, baseados na ao da gravidade,
mudana brusca de direo, ou foras centrfugas. Este mecanismo de
separao da gua do vapor ocorre devido diferena de densidade da gua e
do vapor, podendo ser utilizados, para tal finalidade, chicanas, placas
separadoras, labirintos ou hidrociclones; e
b) scrubers, que so um conjunto de placas corrugadas ou grelhas lado a
lado,que empregam a separao por um meio similar filtragem. A eficincia da
separao funo da velocidade do vapor, da sinuosidade das passagens, e
do tempo de contato com as placas. frequentemente utilizado em caldeiras de
alta presso. A figura 78 ilustra o tubulo de vapor e os acessrios bsicos de
separao de vapor.
89
90
91
92
93
95
96
97
100
101
- servio;
- vapor para os consumidores;
- respiro (extrao de ar do tubulo de vapor);
- injeo de produtos qumicos;
- descarga contnua (remoo de impurezas e slidos dissolvidos na superfcie da
gua do tubulo de vapor); e
- extrao de fundo (remoo de incrustraes slidas depositadas nas partes nas
partes mais quentes da caldeira, ou seja, no interior dos tubos mais prximos da
fornalha das caldeiras aquatubulares).
Estas vlvulas podem ser divididas em:
Vlvulas de bloqueio, que estabelecem ou interrompem o fluxo dos lquidos
ou do vapor, como por exemplo, a vlvula de comunicao principal e equalizadora
de vapor, que isolam ou permitem a passagem do vapor para os consumidores, e as
vlvulas de reteno, que s permitem a passagem do fluido em um s sentido de
fluxo.
106
107
a) tubos
- ao carbono com costura ASTM A-53, com Schedule 40 ou 80;
- ao inoxidvel sem costura JIS, SUS, 316 LTP, Schedule 80; e
- ao carbono sem costura JIS STPT-385, Schedule 120 ou 160.
b) vlvulas
- ao forjado ou fundido;
- ferro fundido ASTM A-48;
- bronze;
- ao forjado ASTM A-105; e
- ao inoxidvel.
c) unio dos tubos com acessrios de mesmo material dos tubos
- unio soldada e flange de pescoo;
- flange sobreposto;
- solda de encaixe; e
- conexo do tipo mordente.
d) unio das vlvulas
- flange;
- extremidade soldada;
- solda de encaixe;
- rosqueada.
e) juntas
- amianto resistente ao calor; e
- enroladas em espiral com anel interno e externo.
f) parafusos e porcas
- hexagonais ASTM-36 ou SAE 1020; e
- estojos de ao Cr-Mo e porcas AISI 1045.
Para as tubulaes, vlvulas e acessrios das redes de vapor
superaquecido:
a) tubos
- ao Cr-Mo sem costura Schedule 120 a 160.
b) vlvulas
- ao forjado, fundido e Cr-Mo.
c) isolamento trmico
109
de
calor
responsveis
pelo
fornecimento
de
vapor
superaquecido,
111
41510kW.
f) eficincia da caldeira
.
114
3 CALDEIRA DE RECUPERAO
As caldeiras de recuperao, ou caldeiras de exausto de gases de descarga,
geralmente so instaladas nos navios para o regime de viagem, produzindo o vapor
necessrio aos consumidores do navio, quando o mesmo est navegando. A
produo de vapor nestas caldeiras realizada atravs da absoro do calor dos
gases de descarga do MCP, que aquece a gua da caldeira, produzindo a sua
evaporao.
As figuras 102-a e 102-b, ilustram o princpio de funcionamento de uma
caldeira de recuperao de um navio mercante de propulso a vapor com os gases
de descarga passando externamente e internamente no feixe tubular,cedendo o
calor necessrio evaporao da gua.
115
117
118
Figura 105 - Distribuio tpica de vapor para navios de propulso a motor de transporte de carga.
com
as
trs
fases
de
preaquecimento,
evaporao
120
de
122
de
vapor
dos
consumidores,
sendo
excesso
lanado
126
127
132
pois
isto
pode
causar
srios
acidentes,
inclusive
com
134
caldeira
agora
est
pronta
operando,
sendo
monitorada
produo
choques trmicos
nos
Qumicas
excesso de slidos em suspenso
excesso de slidos totais dissolvidos
excesso de alcalinidade total
presena de contaminaes oleosas
excesso de slica
f) incrustrao no superaquecedor; e
g) parada do turboalternador.
A espuma, ou slidos leves dissolvidos na superfcie dgua do tubulo
de vapor, pode ser removida por extrao de superfcie. J as impurezas mais
densas que a gua, as quais se acumulam nas partes mais baixas do espao de
gua, e a reduo da quantidade excessiva de sais, que ocasionam a formao
de incrustaes sobre a superfcie interna dos tubos das caldeiras
aquatubulares, podem ser removidas por extrao de fundo, conforme ser visto
no item 4.15.
4.4 Resistncias trmicas como fator de queda de rendimento nas caldeiras
As incrustaes externas e internas que ocorrem nos tubos das caldeiras
aquatubulares reduzem a eficincia trmica da caldeira, pois dificultam a troca
de calor dos gases da combusto com os tubos geradores, de retorno e do
superaquecedor, diminuindo o coeficiente global de transmisso de calor e
assim, o calor necessrio produo do vapor. O mesmo ocorre nas caldeiras
flamatubulares.
As incrustaes devida gua de alimentao nas caldeiras so devidas aos
excessos da concentrao dos seguintes sais:
a) cloreto de sdio, que provoca o arrastamento da gua, trazendo como
conseqncia a formao de uma espessa incrustrao no feixe tubular do
superaquecedor da caldeira aquatubular, podendo provocar a queima dos tubos;
b) sulfatos de clcio e magnsio, que se precipitam no interior da caldeira,
formando uma camada endurecida nas partes mais quentes da caldeira, ou seja,
no interior dos tubos mais prximos da fornalha das caldeiras aquatubulares. A
condutibilidade trmica desta camada aproximadamente 0,02 da condutibilidade
trmica do ao. Se esta camada alcana uma determinada espessura perigosa para
a transmisso de calor atravs dos tubos da caldeira, a gua no interior dos tubos
no pode receber e transmitir o calor da superfcie metlica, com uma taxa
suficientemente rpida para manter a temperatura abaixo da de fuso dos tubos,
resultando na queima dos mesmos.
c) leo presente na gua de alimentao, que causa espuma e projeo,
formando uma pelcula fina (aumento da resistncia trmica) resistente ao calor, nas
139
superfcies
dos
tubos,
podendo
provocar
avarias
nos
tubos
pelo
seu
superaquecimento.
As incrustaes devidas aos gases da combusto so ocasionadas pela
formao de depsitos de fuligem nos tubos das caldeiras.
Resumindo, podemos dizer: o aumento da espessura das incrustaes do
lado dos gases e da gua de alimentao aumenta a resistncia trmica
transmisso do calor, diminui o fluxo de calor pelos tubos e, consequentemente, o
rendimento trmico da caldeira.
4.5 Procedimentos em situaes de emergncia
As seguintes situaes sero consideradas neste trabalho como situaes de
emergncia:
a) gua baixa;
b) gua alta;
c) falta de leo combustvel;
d) vazamento de tubos na caldeira;
e) avaria no ventilador de tiragem forada; e
f) retrocesso de chama.
Alertamos que em todas estas avarias o chefe de mquinas do navio dever
estar ciente pelo quarto de servio.
4.5.1 gua baixa
A gua baixa uma das causas mais frequentes de problemas operacionais
nas caldeiras; e, se no for corrigida, haver srios danos nos tubos das caldeiras,
podendo ocasionar o superaquecimento dos mesmos com a consequente
indisponibilidade da caldeira para o servio. resultado frequentemente da falta de
ateno do quarto de servio de mquinas; falha das bombas dgua de
alimentao; dos vazamentos no sistema; vlvula de alimentao e reteno
defeituosa; defeito no sistema de controle automtico de nvel; e falha nos alarmes
de gua baixa.
Quando o nvel dgua cai o bastante para deixar a descoberto parte dos
tubos, a superfcie de aquecimento (que est imersa) diminui Isto ocasionar a
queda de presso de vapor e o aumento do grau de combusto, provocando o
140
momentneas
devido
variao
da
carga,
os
seguintes
141
caldeira
dever
novamente
ser
acesa,
obedecendo
instrues
144
para que se obtenha a melhor rotina de operao possvel, para evitar acidentes
e riscos sade;
d) uma vez implantada a rotina, todos os oficiais de mquinas e respectiva
guarnio devero cumpri-la fielmente;
e) uma vez cumprida a rotina de operao das caldeiras, ter certeza que ningum
se esqueceu de seguir um detalhe importante; e
f) saber que uma pessoa grava 10% do que ouve, 20% do que l, 50% do que v, e
90% do que faz.
Dentre os diversos riscos de acidentes e a sade numa operao de
caldeiras, neste trabalho citamos os fatores causativos a seguir.
1- Distrao no servio.
2- Negligncia durante a operao da caldeira, o que poder ocasionar
queimaduras de vapor.
3- Banho de leo combustvel, resultado da forma errnea que se opera o
queimador, por esquecimento de se fechar as vlvulas do queimador durante a sua
retirada para troca ou manuteno, ocasionando srias queimaduras no operador,
podendo inutiliz-lo para o trabalho.
4- Artrite nas mos, ocasionada pela execuo errada da limpeza dos
queimadores, sem o uso de luvas adequadas para a operao.
5- Recusa no uso do protetor auricular durante o acendimento e operao da
caldeira, o que poder ocasionar a perda da audio.
6- Recusa no uso do macaco, luvas e botas de servio, ou uso de macaco
inadequado, que deixar o operador exposto a diversas queimaduras, se houver
vazamentos de vapor.
7- Ao entrar na fornalha para inspeo, ter certeza que a mscara contra
gases est atuando corretamente, evitando que se respirem gases txicos e poeira
de slica da parede refratria.
8- Nunca acenda uma caldeira com excesso de leo no piso da fornalha, ou
leo em volta dos compartimentos dos queimadores, pois isto poder levar a
exploso da caldeira, com a possibilidade de queimaduras gravssimas e a morte do
operador.
9- No exponha a vista muito prxima de um indicador de nvel local, pois o
mesmo poder arrebentar, danificando a viso do operador.
145
10- Ter certeza que as vlvulas, tubos e acessrios das redes de vapor
superaquecido esto em bom estado e sem riscos de rutura. Assim, no se
aproxime de redes suspeitas de vapor, pois se as mesmas romperem devido a
vazamentos por fadiga do prprio matria, as conseqncias sero danosas para o
operador da caldeira, e no caso de redes de vapor superaquecido, causar a morte
do operador.Lembrar ainda que,todo risco de acidente e sade durante a operao
da caldeira pode e deve ser evitado, bastando para isso o conhecimento slido dos
procedimentos operacionais estabelecidos pelo fabricante da caldeira e da rotina
implantada pelo CHEMAQ do navio para a operao da caldeira. Cumpra a sua
obrigao de forma correta e com responsabilidade durante o seu servio. Este o
melhor caminho.
controle usado, a queima deve ser tal que a fumaa produzida tenha uma leve
nvoa de colorao cinza clara a azulada, com a cor da chama variando de
amarelo-claro a laranja amarelada.O controle da quantidade de ar para a
combusto, pode ser feito pelo nmero de registros abertos, pelo grau de abertura
de cada registro e pela variao da presso do ar no invlucro.
Em um sistema tpico de operao com mais de uma caldeira na linha, o
sistema de controle da combusto se divide em sistema mestre de vapor, sistema
de controle do fluxo de leo combustvel, e sistema de controle do fluxo de ar.
O sistema mestre de vapor, regula automaticamente a operao das caldeiras,
atuando nos sistemas de controle de ar e de combustvel das caldeiras, mantendo a
desejada carga ou demanda de vapor exigida pelos consumidores de vapor das
caldeiras.
4.7.1 Sistema mestre de vapor
A figura 109 ilustra um esquema tpico deste controle, que permite duas
caldeiras martimas operarem em paralelo. Este controle baseado no sistema da
presso mestre de vapor,onde se utilizam dois elementos, a presso e a vazo
do vapor. A presso do vapor medida pelo transmissor de presso S4, e um sinal
pneumtico proporcional transmitido ao controlador mestre S6, onde se regula o
valor desejado da presso de vapor. A sada do controlador alimenta a unidade de
computao S7, onde ele compensa o sinal da vazo de vapor recebido pelo
seletor de altos sinais S3.
147
O sinal da vazo de vapor passa pelo extrator de raiz quadrada S2, para o
rel de seletor alto S3, para dentro do qual o sinal da vazo de vapor das
outras caldeiras alimentado. Os dois sinais so selecionados pelo rel de
seleo alto S3, que envia o sinal da demanda de vapor principal para a unidade
computacional S7.
O sinal de sada proveniente da unidade de computao o sinal com o
valor mestre desejado tanto para o sistema de leo combustvel como para o de
fluxo de ar.
Com este sistema, uma rpida mudana na carga primeiramente
detectada pelo transmissor de vapor S1, que por meio da unidade de computao
S7, altera o sinal mestre e proporciona uma mudana rpida no combustvel e ar das
caldeiras, para atender a rpida mudana de carga. Uma vez estabilizada a carga, o
controlador da presso do vapor S6, tambm atravs da unidade de computao
S7, compensa o sinal mestre, para manter o valor da presso de vapor das caldeiras
no valor desejado.
Geralmente, a medio da vazo de vapor feita por uma placa de orifcio,
sendo esta medio inexata em baixas vazes, usando-se ento a sada do
controlador de presso do vapor, atravs da unidade de computao S7, para
compensar o sinal mestre. O sinal mestre emitido pela unidade de computao S7
resulta em uma demanda de combustvel para uma caldeira, onde a outra caldeira
munida de um regulador de distribuio de carga S9.
Quando ambas as caldeiras esto comunicadas e trabalhando normalmente,
o regulador de distribuio de carga S9 permite o controle do coeficiente de
distribuio de carga que altera a carga de uma caldeira com a outra. A figura 110
ilustra o controle da razo ar combustvel das caldeiras.
148
Figura 110 - Operao de duas caldeiras martimas com controle da razo ar combustvel.
Fonte: Arquivos do autor, aulas Efomm, CIABA, 2010.
150
A medio do fluxo de vapor feita por uma placa de orifcio existente na rede
de vapor principal proveniente da caldeira, usando-se o transmissor da presso
diferencial S1. O sinal conduzido pelo extrator de raiz quadrada S2 (linearizao
do sinal proporcional ao fluxo de vapor), para a unidade de computao L5.
O nvel dgua contida na caldeira designado como uma altura de carga
constante, sendo o diferencial resultante aplicado ao transmissor diferencial L1, o
qual converte a medio em sinal pneumtico proporcional. O sinal conduzido
ao controlador do nvel dgua L3, por meio do distribuidor L2, na forma de sinal
varivel medido, no qual comparado com o valor desejado, e qualquer diferena
entre os dois, leva a uma mudana no sinal de sada para a unidade de computao
L5.
O sinal do nvel dgua usado para compensar o sinal do fluxo de vapor, na
unidade de computao L5, de onde o sinal de sada transmitido atravs de um
conversor pneumtico eltrico (E/P), ao posicionador da vlvula de controle de
alimentao.
151
152
154
Causa
Pane na rede de alimentao
Providncias
Isolar a bomba e colocar a bomba de
dgua.
Selo mecnico
by-pass na linha.
da
bomba
estourado.
Parada da bomba
dgua de alimentao
de
descarga
ou
admisso fechadas.
Quebra
bomba.
de
componentes da
156
Contaminao por
gua
no leo combustvel,
que provocar o
apagamento da
caldeira.
leo.
Sujeira
nos
tanques
de
combustvel.
se
necessrio.
tanque,
quarto de servio.
Manga do maarico
com
verificar
causa
da
contaminao.
Falta de limpeza durante o
rachaduras
Perda da aspirao
da
rede
de
leo
combustvel.
maarico
da
queima,
Causa
Vazamento
Perda da aspirao
pelo
Providncias
Tentar substituir o selo ou as gachetas.
selo
ou
engachetamento da bomba.
combustvel.
Avaria eltrica ou mecnica na
bomba.
para o sistema de
reparo.
Isolar a bomba, colocar a bomba de
standby, inspecionar e providenciar o
reparo.
Isolar o aquecedor e sanar o defeito,
Vazamento no aquecedor de
leo combustvel.
sistema
alimentao e
condensado.
da bomba de leo
Vazamento de leo
Serpentinas
de
tanques
de
aquecimento furadas.
de
alimentao,
da,
caldeira.
Drenar os tanques, reparar a serpentina,
fazer
teste
de
estanqueidade
nas
Rompimento de tubos
e grandes vazamentos
experincia
de vapor.
caldeira.
na
operao
da
fechar
as
vlvulas
de
157
das
auxiliares
superaquecedor,
para
para
evitar
o
sua
esteja
totalmente
apagada,
suficientemente
presso
baixa
estiver
a
caldeira
Causa
Identificar
Providncias
e
isolar
o
avariado,retirar
trecho
isolante,
izar
e grandes vazamentos
experincia
de vapor.
na
operao
da
caldeira.
ou substituir o trecho.
Refazer o isolamento do trecho. Se o
vazamento for to srio que
no
se isolados e no retirados do
lugar.
Limpar
invlucro
do
queimador.
nos
registros
dos
queimadores.
Porca de regulagem frouxa ou
mal apertada.
Vlvula presa por depsitos de
travar a porca.
Apagar a caldeira,esperar esfriar, e
158
fuligem.
alavancas
de
acionamento
caldeira.
Inspecionar;trocar,
no CCM.
se
avariados
assinatura
do
oficial
de
mquinas
encarregado
do
quarto,
159
as
manutenes
citadas,
descreveremos
os
procedimentos
fazendo com que a argamassa fique quase que revs com a parede. O excesso de
argamassa raspado da superfcie do tijolo.
4- Deixar a parede secar durante cerca de 12 horas,abrindo as portas dos
registros de ar, e retirando tambm a capa da chamin , para permitir a circulao de
ar. Com isto, parte da gua contida na argamassa evaporada. Em seguida, acenda
um queimador e leve a fornalha vagarosamente a uma temperatura to alta quanto
permitirem as condies de operao. Com este procedimento,aglutina-se a
argamassa aos tijolos adjacentes, e evita-se avarias nos tijolos durante a combusto
na fornalha.
Aplicao de plstico refratrio nos cones dos queimadores
Utiliza-se o barro refratrio plstico em remendos de emergncia e para fazer
cones de queimadores. constitudo de uma mistura de grogue, argila bruta e gua
em quantidade suficiente de modo a tornar a massa plstica com consistncia de
lama meio dura. O grogue composto principal, inteiramente de argila calcinada, e
a argila bruta, de uma categoria plstica utilizada para suprir as propriedades de
manipulao e aglutinao. Sua aplicabilidade particular reside no fato de ela poder
ser socada em pedaos, devido sua natureza plstica, onde, de outro modo, seria
necessrio um tijolo refratrio de formato especial.
Moldes de madeira ou metal devem ser utilizados na fabricao dos cones
refratrios e aberturas de janelas de inspeo. So requeridos moldes para os cones
refratrios com ngulo menor do que o necessrio, para adequar o corte do cone de
refratrio at atingir as dimenses requeridas.Desta forma, obtm-se uma superfcie
de cone bem slida e concntrica com o maarico. Os moldes para os orifcios de
tocha de acendimento, janelas de inspeo e drenagem tm as dimenses e formas
exatamente desejadas. Os cones de refratrio, no devem receber a aplicao de
nenhum reboco antes de acender a caldeira. Para que o plstico refratrio possa
alcanar a necessria aglutinao de cermica (rigidez),o mesmo deve ser recozido
a uma temperatura elevada, de 1371 a 1650 oC.O acendimento da caldeira deve ser
feito em 24 horas do trmino da colocao do plstico.Caso contrrio, manter o
plstico refratrio umedecido, cobrindo-o com panos molhados at o instante de
acender a caldeira.
Acender um queimador com o menor pulverizador da dotao do navio,
durante 15 minutos. Este queimador deve ento ser apagado e um segundo aceso
162
durante o mesmo perodo de tempo. Usar cada queimador em rotao deste modo
durante um perodo de 6 horas. Caso no se esteja retirando vapor da caldeira, os
perodos de acender e apagar maaricos sero determinados pela presso do
vapor. Depois da queima inicial, a temperatura da fornalha deve ser elevada
gradativamente em um perodo de 6 horas, at a mxima conseguida possvel sob
as condies de vaporizao em que a caldeira est sendo usada. A queima final a
plena potncia desejvel, se permitida pelas condies existentes. No porto, de
boa norma comunicar a caldeira rede de vapor auxiliar. A queima na mxima
temperatura obtida deve ser continuada durante um perodo de 6 horas. Isto
desejvel, pois a mxima aglutinao do plstico refratrio no pode ser obtida sem
que a mxima temperatura persista, no mnimo, por quatro horas. Se houver tempo
disponvel, depois de terminado o recozimento acima descrito, e quando o refratrio
tenha esfriado suficientemente, aconselhvel abrir a fornalha e inspecionar o
revestimento refratrio. A concentricidade das aberturas dos queimadores deve ser
verificada e quaisquer rachaduras de tamanho excessivo devem ser cheias com
barro plstico.
Devem ser seguidos os procedimentos estabelecidos para o superaquecedor
da caldeira durante esta operao.
4.9.2 Limpeza mecnica e qumica no interior dos tubos de caldeiras
aquatubulares
Limpeza mecnica
Os equipamentos aprovados para uso naval comumente encontrados para a
limpeza mecnica das caldeiras a bordo, de caldeiras martimas de alta presso
aquatubulares, podem ser de acionamento por motor eltrico e turbina pneumtica.
No tipo acionado a motor eltrico, o mesmo constitudo de eixo e portaescova flexvel e uma escova expansvel de cerdas metlicas. fornecido para uso
geral incluindo a limpeza do economizador e superaquecedor
No tipo acionado a turbina pneumtica, o mesmo constitudo de um motor
pneumtico com mangueira de ar e porta-escova flexvel, e uma escova expansvel
de cerdas metlicas. utilizado em caldeiras com tubos de at 4 polegadas de
dimetro externo.
163
Quando
utilizando
estes
equipamentos,
insira
equipamento
sem
164
corroso e
167
2-
comuns formadores
de
incrustaes.
complemento
do
teste
de
170
171
Limites (ppm)
20-40
Acima de 20-40
32 a 42 bar
Alcalinidade parcial
130-180
Acima de 180
42 a 60 bar
(fenolftalena)
90 a 120
Acima de 120
Alcalinidade total(T)
Hidrazina
Cloretos
Meios de ajuste
AdjuntcB
Extraes
G.C
Extraes
G.C
Extraes
G.C
Extraes
Amerzine
Reduzir em 25%
Extrao
pH do condensado
leo e lama
Limites (ppm)
1-2gotas de cido sulfricoN/10
sulfrico
No aparecimento da cor
rosada
Aparecimento da cor rosada a
mais de 2 gotas de cido
Dosagem diria de 0,25 litros
por caldeira
Meios de ajuste
Manter a dosagem de SLCC-A
Aumentar a dosagem em 25%
174
Causa
Solues
gradativamente
Reduzir
na
colorao
da
chama.
Ao reduzir-se a quantidade de
ar,
observar
os
gases
na
chamin.
Quando se observar o ncio de
alm do normal.
a quantidade
negra
incandescentes
com
chama
fagulhas
na
chamin,
colorao
de
de
periscpio
de
quantidade
ar.
cinzaclaro
de
ar,at
leo
combustvel,impedindo a correta
aquecimento e o aquecedor de
pulverizao
Baixa
temperatura
do
devido
efetuar
regulagem
da
176
adequada.
Fuga de ar atravs de um
registro fora de servio.
Alta temperatura no
superaquecedor.
quantidade de ar.
Reparar a vedao.
Regular o registro.
Verificar sistema de aquecimento
da gua.
fuligem.
Causa
Pouco excesso de ar.
Temperatura
da
Solues
Regular o registro de ar.
gua
de
de
vapor
atravs
de
projeo.
Tubos
Baixa temperatura no
superaquecedor.
do
controle das
com
alimentao, e
controle das
Externas.
temperatura
se
dissolvidos e a alcalinidade da
a pulverizao.
caldeira.
Elevado excesso de ar,fuligem na
aumentar,
ramonagem na caldeira.
Reduzir a quantidade de ar,dar
ramonagem na caldeira.
Verificar o ocorrido e substituir o
avariado.
Verificar os sensores e seu sinal de
selo.
Regular ou trocar os sensores.
regualgem.
Calor excessivo da combusto no
Avaria na parede
refratria da fornalha.
assentamento
refratrios.
dos
tijolos
177
Nesta situao, nova tentativa dever ser feita somente aps 6 horas;
d) quando abrir uma vlvula de segurana, o operador dever apagar um queimador
e liberar vapor pela vlvula de alvio;
e) todos os manmetros devem estar aferidos;
f) aceita-se uma tolerncia de 1 kgf/cm2 no valor de abertura da vlvula de
segurana;
g) testes de acumulao no devem ser executados em caldeiras providas
dessuperaquecedores.
4.11.3 Medio da espessura de tubos
Medies ultrassnicas de espessura peridicas so essenciais para
controlar a vida til dos tubos, detectar desgastes anormais e confirmar a Presso
Mxima de Trabalho Admissvel (PMTA) da unidade.
O plano de medio de espessura deve ser individualizado para cada
caldeira, levando-se em conta sua concepo, idade, histrico de corroso, etc. As
medies de espessura devem ser sempre seguidas de uma cuidadosa inspeo
visual quanto a perdas de material dos tubos, por exemplo, com o uso de uma
lanterna em ngulo. As medies so feitas em um arranjo lgico de localizaes
(exemplo: a cada 6 metros, de 5 em 5 tubos), resultando em uma densidade de
medies adequada a cada caso, e para cada parte da caldeira. Vrios milhares de
pontos podem ser necessrios em uma inspeo, para proporcionar uma adequada
avaliao da unidade. O arranjo de medies deve ser feito de tal forma que permita
boa repetio dos ensaios em inspees subseqentes. Geralmente, as medies
de espessura so feitas a cada ano.
4.11.4
Testes
clssicos
para
evidenciar
descontinuidades
em
partes
pressurizadas e estruturais
Os
ensaios
no-destrutivos
clssicos
so
usados
para
evidenciar
sob tenso fraturante (SCC) como de fadiga trmica. portanto, importante executar
o ensaio por lquidos penetrantes em todos os locais de maior concentrao de
tenses.
b) radiografia para controle da qualidade de soldas de manuteno em partes
pressurizadas. necessrio radiografar 100% das soldas executadas em tubos de
gua na regio da fornalha, assim como em quaisquer outras localizaes que
teoricamente possam originar vazamentos para a fornalha.
4.11.5 Testes de alarmes das caldeiras
Os testes a bordo de alarme de nvel baixo e alto, baixa presso de leo
combustvel, baixa presso de ar da fornalha, presso de vapor de corte da
combusto, e falha do ventilador de tiragem forada, devero ser executados
semanalmente pelo CHEMAQ, para providncias e reparo.
4.11.6 Teste metalogrfico de tubos da caldeira
Uma amostra dos tubos deve ser retirada e levada para laboratrio
especializado, para confirmar se houve falha estrutural na estrutura metelogrfica do
metal do tubo.
4.12 Operao de bujonamento de tubos furados
Os tampes para tubos so includos nas ferramentas do navio para
permitirem o tamponamento de tubos avariados, at que possa ser feita a
substituio dos mesmos. Uma caldeira pode funcionar com segurana, com vrios
tubos tamponados.Os tampes so furados e roscados de acordo com o parafuso
usado pelo dimetro interno do extrator do tampo. Um tubo tamponado da parede
dgua, ou um tubo de 2 polegadas da caldeira, que tem acesso razovel, deve ser
substitudo na primeira oportunidade, enquanto que um tubo de 1 polegadas deve
ser deixado tamponado indefinidamente. As figuras 118 a 120 ilustram os tampes
comumente utilizados em tubos de caldeiras aquatubulares.
182
186
e,
se
aprovada,
colocada
novamente
em
funcionamento;
se
187
189
7.1- Uma bomba de leo pesado deve ser mudada para leo diesel, antes de
a ltima caldeira ser retirada da linha.
8- Isolar os queimadores de leo pesado, e o leo diesel pode contornar o
aquecedor de leo pesado para os queimadores.
9- Quando os queimadores estiverem queimando leo diesel, a rede de leo
pesado deve ser isolada.
10- Fechar as vlvulas de comunicao principal, auxiliar, e as do
dessuperaquecedor interno.
11- Abrir somente um pouco a vlvula de extrao de ar, para que a presso
no caia rapidamente.
12- Encher a caldeira com gua at 12 cm acima do nvel normal.
13- Quando a presso de vapor se reduzir presso atmosfrica, abrir
totalmente a vlvula de extrao de ar.
14- Quatro a cinco horas que os queimadores foram apagados, acionar o
ventilador para ajudar o resfriamento da fornalha.
14.1- No drene nem alimente a caldeira com gua fria para resfri-la.
15- Colocar os avisos de segurana de CALDEIRA ISOLADA E FORA DE
SERVIO.
4.17 Cuidados com a caldeira fora de servio.
As caldeiras que iro ficar fora de servio devem ser cuidadosamente tratadas
e observadas de modo a reduzir ao mnimo qualquer tendncia corroso das
partes sujeitas a presso. A caldeira que ficar fora de servio por mais de uma
semana, dever ficar cheia dgua ou vazia, devendo ficar com o lado do fogo
inteiramente limpo, j que a fuligem na superfcie do lado do fogo absorver a
umidade e provocar corroso externa. A conservao da caldeira fora de servio
pode ser feita de duas maneiras:
a) mtodo da caldeira cheia dgua; e
b) mtodo da caldeira seca.
4.17.1 Mtodo da caldeira cheia
O mtodo da caldeira cheia prefervel, pois requer menos preparativos,
podendo a caldeira retornar ao servio rapidamente. Neste mtodo, quando a
190
devendo-se
drenar
todo
condensado
do
superaquecedor
191
5 LEGISLAO E NORMALIZAO
5.1 Importncia das normas regulamentadoras
A importncia das normas regulamentadoras refere-se ao fato de se
estabelecer os procedimentos obrigatrios nos locais onde se localizam os vasos de
presso e caldeiras de qualquer tipo, alm de fixar as condies exigidas para o
acompanhamento de operao, manuteno, inspeo, e superviso de vasos de
presso em conformidade com a regulamentao profissional vigente no Pas.
5.2 Elementos poluentes decorrentes da operao da caldeira
Este item foi tratado detalhadamente no pargrafo 2.13, e aqui enfatizado
para reforo da aprendizagem e estudo da norma regulamentadora NR-13.
Conforme j visto, os gases emitidos na chamin das caldeiras so o
resultado da combusto do ar com o combustvel que adentra a fornalha. Esta
mistura gasosa, comumente denominada gases da combusto, composta de CO 2,
CO, H2, O2, NOx, SO2 e cinzas (carbono no queimado oriundo do combustvel). A
formao de NOx ocorre devido combusto de gs natural e outros combustveis
gasosos que contm nitrognio e oxignio em sua composio qumica.
O monxido de carbono (CO), altamente txico, ocorre principalmente da
alta temperatura dos gases, deficincia de ar na combusto, e do desprendimento
de resduos da cmara de combusto (fornalha).
Os xidos de nitrognio NOx (NO e NO2), quando em quantidades
excessivas, provocam a formao de acido ntrico (HNO3), causando a formao de
chuva cida com a destruio da camada de oznio. Podem ser formados atravs
do nitrognio do combustvel (pouco significativo), e do nitrognio do ar.
Os xidos de enxofre SO2, quando na presena de pentxido de vandio
(catalisador) transformado em SO3. Este SO3, quando em presena de gua
(vapor) forma acido sulfrico (zona fria). O SO3, em presena de sulfatos alcalinos,
forma escorias (zona quente). O combustvel para as caldeiras deve ento possuir
baixo teor de enxofre.
192
193
194
196
197
198
estabelecimento
onde
for
realizado
estgio
prtico
200
das
unidades
de
processo,
como
combustvel
principal
para
estabelecimentos
que
possuam
Servio
Prprio
de
Inspeo
de
Equipamentos, citados no Anexo II, o limite de 25 (vinte e cinco) anos pode ser
alterado em funo do acompanhamento das condies da caldeira, efetuado pelo
referido rgo.
13.5.7 As vlvulas de segurana instaladas em caldeiras devem ser
inspecionadas periodicamente conforme segue:
a) pelo menos 1 (uma) vez por ms, mediante acionamento manual da alavanca, em
operao, para caldeiras das categorias B e C; e
b) desmontando, inspecionando e testando em bancada as vlvulas flangeadas e,
no campo, as vlvulas soldadas, recalibrando-as numa freqncia compatvel com a
experincia operacional da mesma, porm respeitando-se como limite mximo o
perodo de inspeo estabelecido no subitem 13.5.3 ou 13.5.4, se aplicvel para
caldeiras de categorias A e B.
13.5.8 Adicionalmente aos testes prescritos no subitem 13.5.7, as vlvulas de
segurana instaladas em caldeiras devero ser submetidas a testes de acumulao,
nas seguintes oportunidades:
a) na inspeo inicial da caldeira;
b) quando forem modificadas ou tiverem sofrido reformas significativas;
c) quando houver modificao nos parmetros operacionais da caldeira ou variao
na PMTA;
d) quando houver modificao na sua tubulao de admisso ou descarga.
203
204
205
Resposta:
O procedimento escrito deve conter:
a) roteiro de clculo da PMTA, ou
b) cdigo de projeto aplicvel, ou
c) indicao de programa computacional para dimensionamento da caldeira; e
d) a alterao no valor da PMTA da caldeira seguida dos ajustes necessrios nas
presses de abertura das vlvulas de segurana, na placa de identificao e
outros elementos de controle dependentes deste valor.
Exemplo 3
O item 13.1.4 da NR-13 diz que constitui risco grave e iminente, a falta de
qualquer um dos seguintes itens:
a) Vlvula de segurana com presso de abertura ajustada em valor igual ou inferior
PMTA.
b) Instrumento que indique a presso do vapor acumulado.
c) Injetor ou outro meio de alimentao de gua, independentemente do sistema
principal, em caldeiras a combustvel slido.
d) Sistema de drenagem rpida de gua, em caldeiras de recuperao de lcalis.
e) Sistema de indicao para controle do nvel de gua ou outro sistema que evite o
superaquecimento por alimentao deficiente.
Estando as vlvulas de segurana ajustadas para a PMTA, em que condies
elas estaro violando a Norma?
Resposta:
As vlvulas de segurana, mesmo que ajustadas para abertura na PMTA,
devero:
a) ser adequadamente projetadas;
b) ser adequadamente instaladas; e
c) ser adequadamente mantidas.
Para casos onde estas premissas no forem atendidas, a vlvula de
segurana ser considerada como inexistente.
A quantidade e o local de Instalao das vlvulas de segurana devero
atender aos cdigos ou normas tcnicas aplicveis.
206
Exemplo 4
O item 13.1.5 da Norma diz que toda caldeira deve ter afixada em seu corpo,
em local de fcil acesso e bem visvel, placa de identificao indelvel com, no
mnimo, as seguintes informaes:
a) fabricante;
b) nmero de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
c) ano de fabricao;
d) presso mxima de trabalho admissvel;
e) presso de teste hidrosttico;
f) capacidade de produo de vapor;
g) rea de superfcie de aquecimento; e
h) cdigo de projeto e ano de edio.
Pode a placa de identificao da caldeira estar fixada em partes que possam
ser removidas da caldeira tais como as portas de visita?
Resposta
No, a placa de identificao dever ser fixada em local de fcil acesso e
visualizao, nunca em partes que possam ser removidas. De acordo com o item
13.5.1, alm da placa de identificao, toda caldeira dever apresentar seu nmero
ou cdigo de identificao e sua respectiva categoria. Essas informaes podero
ser pintadas em local de fcil visualizao, com dimenses tais que possam ser
facilmente identificadas.
Exemplo 5
O item 13.7.1 diz que caso a caldeira venha a ser considerada inadequada
para uso, o "Registro de Segurana" deve conter tal informao e receber
encerramento formal. Como feito este procedimento?
Resposta:
Se a caldeira for considerada inadequada para uso futuro, o respectivo
Registro de Segurana dever apresentar de forma clara e concisa os motivos
pelos quais est sendo adotada tal deciso. O encerramento formal do Registro de
Segurana dever ser feito por um profissional habilitado, e comunicado por meio de
Relatrio de Inspeo de Segurana Extraordinria Representao Sindical da
Categoria Profissional Predominante no Estabelecimento conforme estabelecido no
207
item 13.5.12 e ao rgo regional do MTE caso este tenha exigido a apresentao
dos documentos da caldeira anteriormente, conforme previsto no subitem 13.1.6.3.
Recomenda-se para estes casos que a caldeira seja inutilizada, antes do
descarte, para evitar uso posterior.
Observao: tratando-se de navios mercantes, o relatrio de inspeo e
segurana que condenou a caldeira apresentado empresa armadora com cpia
para o chefe de mquinas e o comandante.
Exemplo 6
Caldeiras da categoria A so aquelas cuja presso de operao igual ou
superior a 1960 kPa (19,98 kgf/cm 2). No item 13.2.7 est escrito que as caldeiras
classificadas na Categoria A devero possuir painel de instrumentos, instalados em
sala de controle, construda segundo o que estabelecem as NRs aplicveis.
Comente esta recomendao.
Resposta:
Toda caldeira classificada como Categoria A deve possuir painel de
instrumentos ou console de sistema digital instalado em sala de controle. No caso
de estabelecimentos ou navios com mais de uma caldeira, permitida a instalao
dos instrumentos de leitura remota de todas as caldeiras na mesma sala de controle.
O projeto e a construo da sala de controle devem atender aos requisitos
estabelecidos pelas NRs e no caso dos navios mercantes as regra 32 e 33 da
seo de mquinas da SOLAS.
Em caldeiras terrestres, as portas do compartimento onde esto instaladas as
caldeiras devem abrir para fora e para o lado oposto das caldeiras.
Exemplo 7
O item 13.3.1 diz que toda caldeira deve possuir Manual de Operao
atualizado, em lngua portuguesa, em local de fcil acesso aos operadores,
contendo no mnimo:
a) procedimentos de partidas e paradas;
b) procedimentos e parmetros operacionais de rotina;
c) procedimentos para situaes de emergncia; e
d) procedimentos gerais de segurana, sade e de preservao do meio ambiente.
208
209
ser
implementados,
quando
necessrios,
para
compatibilizar
suas
210
211
213
214
215
216
217
218
219
4.1- Os alarmes de baixo nvel dgua (Too low water level), baixa presso de
vapor (Low steam pressure), e baixa presso de leo na rede (Low oil pressure in
ring line) esto acesos chamando a ateno do oficial do quarto de mquinas. Veja
figuras 138 e 139!
Figura 138 - Alarmes de baixa presso de vapor, leo ,e baixo nvel dgua no painel mmico.
Fonte: Marine Training, combined oil fired and exhaust gas boiler,2004.
220
Figura 139 - Alarmes de baixa presso de vapor, leo e baixo nvel dgua no painel real.
Fonte: Marine Training, combined oil fired and exhaust gas boiler,2004.
221
222
223
224
225
226
227
9.1- O leo diesel circula agora atravs do queimador que est em perodo
de purga da fornalha. Veja figuras 154 e 155!
228
11- Quando a caldeira est fria e sem presso de vapor, o queimador deve
somente funcionar na posio Nozzle 1.
12- Quando a presso do vapor est maior que a presso de alarme de baixa
presso de vapor (Low steam pressure), o boto de controle do queimador pode ser
mudado para a posio Nozzle 1+2.
13- Quando a presso da caldeira atingir 100 kPa (1bar), a vlvula de
extrao de ar pode ser fechada, aps ter certeza que nenhum ar est
remanescente na caldeira.
14- Quando a presso da caldeira est ligeiramente superior de regime, a
caldeira poder ser comunicada para os consumidores, abrindo a vlvula (VP) de
comunicao de vapor vagarosamente, e drenando as redes at ter certeza que os
consumidores esto aptos a receberem o vapor de servio da caldeira.
14.1- Em cumprimento a NR-13, os manmetros de vapor e demais
instrumentos de medio e controle da caldeira, devero estar perfeitamente
calibrados.
14.2- Testar as vlvulas de segurana manualmente.
229
230
231
Figura 161 - Mudana de leo diesel para leo pesado. Vlvula do TQ/OP aberta.
Fonte: Marine Training, combined oil fired and exhaust gas boiler,2004.
232
Figura 162 - Mudana de leo diesel para leo pesado. Vlvula do TQ/OP aberta.
Fonte: Marine Training, combined oil fired and exhaust gas boiler,2004.
Figura 163 - Mudana de leo diesel para leo pesado. Ajuste na presso de OP.
Fonte: Marine Training, combined oil fired and exhaust gas boiler,2004.
233
Figura 164 - Mudana de leo diesel para leo pesado. Bico do queimador 1 em AUT.
Fonte: Marine Training, combined oil fired and exhaust gas boiler,2004.
234
e o
235
6.3- Se o leo estiver muito frio, o perodo de purga poder ser superior a 50
segundos. Nesta situao, reset o queimador e tente nova partida.
6.4- Se o painel de controle e a chave do queimador tiverem sidos parados
por um longo tempo, com leo pesado em operao, e as redes estiverem com o
leo pesado frio, acione a chave do painel de controle, recircule o leo, aquecendo-o
at que o mesmo atinja a temperatura adequada para envi-lo ao queimador.
6.5- Aguarde 30 segundos para o aquecimento do filtro de leo na entrada do
queimador, e o respectivo cabeote de pulverizao.
6.6- Ligue a chave do queimador por 2 segundos e pare-o novamente. Se as
bombas de leo no apresentam dificuldade em recircular o leo, ento acione a
chave do queimador.
6.7- A caldeira dever apresentar chama estabilizada, conforme a figura 6.26.
7- Verifique sempre os indicadores de nvel, testando os mesmos nas suas
vlvulas de drenagem.
8- Teste as vlvulas de segurana manualmente, quando a presso de
trabalho for ligeiramente inferior a de regime. Este teste no o realizado para
verificar a abertura da vlvula, mas serve de indicativo para verificar se o mecanismo
de acionamento manual e as sedes das vlvulas esto atuando.
6.1.5 Parada da caldeira auxiliar e colocao da caldeira de gases flamatubular
Para parar a caldeira auxiliar e colocar a caldeira de gases, esta operao
deve ser feita com o navio em viagem. Os procedimentos necessrios so
mencionados a seguir.
1- Apague os queimadores da caldeira auxiliar.
2- Verifique o nvel dgua na caldeira.
3- Retire o ar da caldeira pela vlvula de extrao de ar.
4- Feche a vlvula de extrao de ar.
5- Quando a presso de vapor for de regime, comunique a vlvula de vapor
da caldeira para os consumidores.
6- Se por qualquer motivo cair rotao do MCP a um valor muito baixo, a
caldeira auxiliar acesa automaticamente.
236
Finalidade
Boto de reduo do valor do set point
Boto de incremento do valor do set point
Boto de seleo de set point interno/externo
Led indicador de set point interno
237
queimador da caldeira tipo oil fired and exhaust gas boiler descrita nesta unidade.
239
Figura 170 - Queimador automtico de caldeiras tipo oil fired and exhaust gas boiler.
Fonte: Marine Training, combined oil fired and exhaust gas boiler,2004.
240
241
Esta corroso ocorre principalmente nas juntas dos tubos mandrilados, tubos
horizontais ou paredes inclinadas, juntas soldadas e locais com depsitos.
.
3-Formao do FeCl2 :
4-Formao do gs metano:
.
O gs metano formado ocasionar a pressurizao mecnica localizada que
ocasionar o rompimento do metal. A figura 174 ilustra um tubo de caldeira de alta
presso, prximo aos queimadores, que foi avariado por corroso devido ao ataque
por hidrognio.
245
246
pelo carbono (fuligem), que se aglomeram formando depsitos de fuligem cida que
se depositam sobre os tubos.
2- Nos tubos
3- No refratrio
(processo cclico)
As figuras 176 e 177 ilustram a corroso pelos gases nos tubos de uma
caldeira aquatubular de alta presso.
Figura 176 - Corroso cida nos tubos de uma caldeira de alta presso.
Fonte: Eletro Mec on line, 2010.
Figura 177 - Penetrao de gases cidos nos revestimentos de caldeira de alta presso.
Fonte: Eletro Mec on line, 2010.
248
A abraso (atrito) pode ser ocasionada pelo contato entre tubos vizinhos,
devido oscilao dos tubos e serpentinas do superaquecedor, ocasionando o atrito
contnuo e continuado entre os tubos.
6.5.5 Fadiga
A fadiga ocorre devido aplicao cclica de tenses de trao na superfcie
metlica. A fadiga acelera o rompimento dos tubos das caldeiras, quando da
existncia de pequenas trincas ou defeitos superficiais. A fadiga pode ser devida
vibrao, ao trincamento, associados s variaes de temperatura, e de fluncia, na
qual o material submetido s variaes de tenso em alta temperatura.
6.5.6 Baixo controle de qualidade
A rotina de bordo para as caldeiras de bordo deve ser sempre revista e
atualizada em virtude da operao, manuteno e de inspees realizadas nas
caldeiras. Rigoroso controle do tratamento da gua da caldeira, ramonagem,
249
As
inspees
devem
ser
executadas
por
agente
qualificado,
251
253
REFERNCIAS
BAZZO Edson. Gerao de Vapor. Editora da UFSC, Florianpolis, 1992.
BIEG, FC. Naval Boilers: A Text-Book for the Instruction of Mid-Shipmen at the
US Naval Academy. Ed BiblioBazaar, LLc, 2010.
CHATTOPADHYAY P. Boiler Operation Engineering. Ed McGraw-Hill, second
edition, 2000.
DREW CHEMICAL CORPORATION. Marine Water Treatment. 1981.
GARCIA, Roberto. Combusto e Combustveis. Editora Intercincia, Rio de
Janeiro, 2002.
HEINE et al. Steam Boiler engineering, a Treatise on Steam Boilers and the
Design and Operation of Boiler Plants. Ed General Books LCC, first edition, 2010.
HESELTON, Kenneth E. Boilers Operators Handbook. Ed Fairmont Press, first
edition, 2004.
KINEALY, John Henry. An Elementary Text- Book on Steam Engines and Boilers.
paperback, BiblioBazzaar, 2008.
KOHAN, Anthony Lawrence. Boilers Operators Guide. Ed McGraw-Hill, fourth
editiond, 1998.
MACINTYRE, Archibald Joseph. Equipamentos Industriais de Processo. LTC, Rio
de Janeiro, 1997.
MANUAL NAVIO PETROLEIRO NILZA, Transpetro, 2000.
Magnus Maritec International Inc. Pratical Water Treatment for Marine Boilers.
1981.
PERA, Hildo. Geradores de Vapor de gua. Grmio Politcnico da USP, So
Paulo,1966.
PETROBRS, Apostila de Inspeo de Caldeiras Martimas. Rio de Janeiro:
revisada jul.1995.
SAUSELEIN, Theodore B. Boilers Operators Exam. Ed McGraw-Hill, first edition,
1997.
STEINGRESS, Frederick M. et al. High Pressure Boilers. Amer Technical Pub,
paper back, 2009.
___________________________.
Technical Pub, paperback, 2008.
Low
Pressure
Boilers
Workbook.
Amer
254
255