Ética Social
Ética Social
Ética Social
1. Introduo
2. tica
2.1 Problemas Morais e Problemas ticos
2.2 Definio da tica
2.3 tica e Histria
3. tica no trabalho
3.1 Evoluo do Trabalho
3.2 A tica Capitalista no Trabalho
3.3 Mudana de Paradigmas
4. A Nova tica Empresarial
4.1 Responsabilidade Social das Empresas e das Organizaes
4.2 tica como Fator de Lucro e Bons Negcios
4.3 Empresas com Conduta tica
4.4 Implantando a Administrao na tica
5. tica Profissional
5.1 Educao tica e Organizaes
5.2 Classes Profissionais
5.3 Virtudes Profissionais
5.4 Cdigo de tica Profissional
6. Formao da Conscincia Moral
7. Concluses
7.1 Por X
7.2 Por Luma Love
7.3 Por Y
8. Bibliografia
1. Introduo
So freqentes as queixas sobre falta de tica na sociedade, na poltica, na indstria e at mesmo nos meios
esportivos, culturais e religiosos.
A sociedade contempornea valoriza comportamentos que praticamente excluem qualquer possibilidade de
cultivo de relaes ticas. fcil verificar que o desejo obsessivo na obteno, possesso e consumo da maior
quantidade possvel de bens materiais o valor central na nova ordem estabelecida no mundo e que o
prestgio social concedido para quem consegue esses bens. O sucesso material passou a ser sinnimo de
sucesso social e o xito pessoal deve ser adquirido a qualquer custo. Prevalece o desprezo ao tradicional, o
culto massificao e mediocridade que no ameaam e que permitem a manipulao fcil das pessoas.
Um dos campos mais carentes, no que diz respeito aplicao da tica, o do trabalho e exerccio
profissional. Por esta razo, executivos e tericos em administrao de empresas voltaram a se debruar sobre
questes ticas. A lgica alimentadora desse processo no idealista nem "cor de rosa". lgica do capital
que, para poder sobreviver, tem que ser mais tico, evitando cair na barbrie e autodestruio. So os prprios
pressupostos da disputa empresarial que foram a adoo de um modelo mais tico.
O individualismo extremo, muitas vezes associado falta de tica pessoal, tem levado alguns profissionais a
defender seus interesses particulares acima dos interesses das empresas em que trabalham, colocando-as em
risco. Os casos de corrupo e investimentos duvidosos nas empresas pblicas e privadas so os maiores
exemplos do que estamos dizendo.
2. tica
A tica uma caracterstica inerente a toda ao humana e, por esta razo, um elemento vital na produo
da realidade social. Todo homem possui um senso tico, uma espcie de "conscincia moral", estando
constantemente avaliando e julgando suas aes para saber se so boas ou ms, certas ou erradas, justas ou
injustas.
Existem sempre comportamentos humanos classificveis sob a tica do certo e errado, do bem e do mal.
Embora relacionadas com o agir individual, essas classificaes sempre tm relao com as matrizes culturais
que prevalecem em determinadas sociedades e contextos histricos.
A tica est relacionada opo, ao desejo de realizar a vida, mantendo com as outras relaes justas e
aceitveis. Via de regra est fundamentada nas idias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por
todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existncia plena e feliz.
O estudo da tica talvez tenha se iniciado com filsofos gregos h 25 sculos atrs. Hoje em dia, seu campo
de atuao ultrapassa os limites da filosofia e inmeros outros pesquisadores do conhecimento dedicam-se ao
seu estudo. Socilogos, psiclogos, bilogos e muitos outros profissionais desenvolvem trabalhos no campo
da tica.
3. tica no Trabalho
como se pelo trabalho o homem, na condio de transformador da natureza, pudesse atingir seu mais
elevado ideal de realizao, com conscincia e liberdade.
Quando o homem age, cria e empreende, produzindo objetos e saberes, bens materiais e simblicos, est
atuando no somente no campo do fazer, isto , no mbito do trabalho, mas tambm no campo do saber e do
poder, ou seja, no campo da cultura e da poltica. Tais dimenses esto entrelaadas e carregam uma forte
componente
tica.
detinha os recursos que o sistema exigia? Aquele arteso, que na manufatura medieval detinha as ferramentas
e uma autonomia no uso de seu tempo, desaparece, submetendo-se ao capital.
Ocorre, portanto, a separao entre o trabalhador e a propriedade dos meios de produo (capital,
ferramentas, mquinas, matrias-primas, terras). Desse modo, podemos afirmar que a essncia do sistema
capitalista encontra-se na separao entre o capital e o trabalho.
Essa separao criou dois tipos de homens livres: o trabalhador livre assalariado, que vive exclusivamente de
seu trabalho, ou seja, da venda de sua fora de trabalho, e o burgus, ou capitalista, proprietrio dos meios de
produo. A novidade em relao aos modelos anteriores de sociedade que, ao conceder a liberdade para
todos os indivduos, a sociedade estabeleceu uma espcie de contrato social, em que ficavam definidos os
direitos
deveres
de
cada
parte.
Estamos mais sensveis s questes de conservao, ao carter sagrado da vida e cooperao global. As
inmeras conferncias internacionais sobre ecologia, fome e direitos humanos so exemplos significativos da
necessidade de uma mudana tica em todos os campos da vida social.
O debate sobre a tica na poltica, nas questes sociais e econmicas, ressurgiu com muita fora nos ltimos
anos. O estudo e a preocupao com questes ticas tambm passaram a ser assunto de discusso nos meios
empresariais. J existe uma grande bibliografia sobre "tica nas Empresas" e muitos cursos de Gesto de
Negcios esto incluindo em seus currculos a disciplina "tica".
Dentro desse novo contexto s teremos chances de sobrevivncia se dedicarmos algum tempo a olhar por
cima de nossos prprios ombros, se de fato nos preocuparmos com os outros e vivermos alm dos limites de
nossas prprias famlias e instituies. As necessidades de mudanas, que nos conduzam a uma nova viso de
mundo so urgentes e, de certa forma, j esto ocorrendo. Hoje em dia, por exemplo, as exigncias do
cidado no recaem apenas por produtos ou servios de qualidade, mas so tambm de natureza tica. Muitas
pessoas, em especial jovens, esto dispostas a contribuir com boas causas existir uma procura crescente por
empresas no apenas voltadas para a produo e lucro, mas que tambm estejam preocupadas com a soluo
de
problemas
mais
amplos
como
preservao
do
meio
ambiente
bem
estar
social.
H quem afirme que as organizaes de sucesso devem se afastar de uma poca marcada por contratos e
litgios e entrar na era do "aperto de mo". As empresas devem estabelecer altssimos padres de integridade
e depois aplic-los sem incertezas.
As empresas no podem continuar gerando altos custos ecolgicos em suas operaes, pois seus interesses
estariam colidindo com os da sociedade, uma populao cada vez mais preocupada e exigente em relao
preservao do meio ambiente.
Quando a empresa se preocupa com as questes ambientais e bem estar social, preocupaes evidentemente
ticas, aumenta suas chances de sobrevivncia, pois a sociedade desenvolve uma imagem positiva em relao
a este tipo de organizao.
Quando as empresas passam a atuar de forma menos predatria e selvagem, todos saem ganhando, embora
muitas vezes as intenes que esto por trs desta atitude no possam ser consideradas altrustas. como se
as empresas, ao aplicarem uma espcie de "tica do egosmo" conseguissem, como efeito colateral, atingir de
forma benfica o conjunto da sociedade. Esse movimento poderia ser chamado de "responsabilidade social"
de
empresas
organizaes.
excelncia na proteo ambiental, conservao de recursos naturais, servios comunitrios, melhoria das
prticas industriais e organizacionais, intercmbio de informaes no confidenciais relacionada com a
qualidade, a promoo da cultura, do esporte e do lazer (eventos e outras iniciativas) e do desenvolvimento
nacional, regional ou setorial. A liderana quanto boa cidadania implica influenciar outras organizaes,
pblicas ou privadas a se tornarem parceiras para atingir esses propsitos.
A comunidade deve sempre ser informada dos aspectos relevantes para a sade, segurana e meio ambiente.
O comportamento transparente o valor que rege e reflete um comportamento de respeito verdade
conhecida como tal, gerando respeito e confiana mtuos.
O relacionamento da organizao com todas as partes interessadas deve se desenvolver com base num
comportamento tico, de maneira que isso resulte em reciprocidade no tratamento. Esse princpio se aplica a
todos os aspectos de negociao e relacionamento com clientes e fornecedores. Ele tambm aplicvel no
que diz respeito aos funcionrios, nos quais se deve confiar sempre, at que se prove o contrrio. Portanto, o
respeito sua individualidade e ao sentimento coletivo, inclusive quanto representao sindical, deve ser
uma regra bsica. O mesmo valor se aplica comunidade e a qualquer entidade ou indivduo que mantenha
contato com a organizao.
Inclui-se nesta rea a prestao de servios comunitrios pelos funcionrios encorajada, apoiada e
reconhecida pela organizao. Por exemplo, a organizao e seus funcionrios podem influenciar a adoo de
padres mais elevados na educao, mediante a comunicao de requisitos de ocupacionalidade (grau de
preparao para o mercado de trabalho) para escolas e outras entidades educacionais.
As organizaes podero se associar a prestadores de servios na rea da sade para melhorar a sade na
comunidade local atravs de educao e servios voluntrios relacionados com questes de sade pblica.
Podem, tambm, se unir para influenciar as associaes empresariais a se engajarem em atividades
cooperativas beneficentes como intercmbio de melhores prticas para aumentar a competitividade global
brasileira, apoiando rgos de normalizao e universidades/escolas.
A liderana e o envolvimento de organizaes dependem de suas disponibilidades em recursos humanos e
financeiros. Contudo pequenas organizaes podem aumentar seu envolvimento participando de atividades
em cooperao com outras.
As organizaes necessitam investir continuamente no desenvolvimento de seus funcionrios por meio da
educao.
A maior parte das organizaes independentemente do porte, pode desenvolver mecanismos para contribuir
para a satisfao dos funcionrios.
Esses mecanismos podem ser servios, instalaes, atividades e oportunidades, como por exemplo:
aconselhamento pessoal e de carreira; desenvolvimento de carreira e da ocupacionalidade; atividades
culturais ou recreativas; educao no relacionada com o trabalho; creche; ambulatrio; licena especial para
tratar de responsabilidades familiares e/ou servios comunidade; planos especiais de aposentadoria;
segurana fora do trabalho; horrios flexveis; realocao e recolocao; benefcios de aposentadoria,
incluindo plano de sade; programas de conscientizao antitabagismo e da preveno da AIDS; programas
da
companhia
so
base
do
comportamento
de
seus
funcionrios.
de
um
fornecedor.
A "Corporao Legalista":
Apegada letra da lei, mas no a seu esprito, adotam cdigos de conduta que mais se parecem a produtos de
departamentos legais. Buscam adotar algumas posturas "ticas" apenas para evitar problemas legais.
A "Corporao Receptiva":
Interessadas em mostrar-se responsveis porque isso conveniente, no porque certo; possui cdigos de
conduta que comeam a parecer cdigos de tica. Acontecimentos externos freqentemente obrigam
companhias a se enquadrar no estgio receptivo. Comeam a entender que as decises ticas podem ser do
interesse da companhia em longo prazo, ainda que envolvam perdas econmicas imediatas.
A Corporao tica que Aflora":
Reconhece a existncia de um contrato social entre os negcios e a sociedade, procurando generalizar essa
atitude ao longo da corporao. o caso da Johnson & Johnson, excelente exemplo, pela forma com que
equilibra preocupaes ticas e lucratividade. A maneira com que solucionou o caso Tylenol uma tima
referncia.
"A Corporao tica":
Equilibra lucros e tica to completamente que os empregados so recompensados por se afastarem de aes
comprometedoras; inclui problemas ticos na educao; dispe de mentores para dar orientao moral aos
novos empregados. Elas comeam por uma instncia moral que permeia sua cultura. Um nmero muito
grande de empresas est colocando a responsabilidade moral no centro de suas operaes.
Para podermos vencer essas etapas, estamos propondo um modelo para implantao de um programa de tica
empresarial, que tem como linha de ao e desenvolvimento a formao de recursos humanos. Est dividido
em cinco partes:
1. Comprometimento da direo:
A tica deve fazer parte ativa da poltica da empresa, e a alta liderana (diretoria e gerncias) deve estar
sensvel e informada sobre as questes morais especficas que afetam ou ameaam as empresas. Deve-se
buscar e investir na integridade moral da alta administrao num processo de liderana tica.
2. Estratgias slidas:
A empresa deve buscar um desempenho empresarial eficiente com procedimentos empresariais respeitveis
investindo no esprito crtico por parte de seus colaboradores, buscando a confiana e o respeito mtuo.
3. Pessoal tico:
A empresa deve criar um processo para seleo de indivduos com fortes princpios morais, principalmente na
escolha de gerentes na busca de uma liderana moral. Deve tambm evitar relacionamento comercial com
profissionais pouco ticos (fornecedores, associados, consultores e clientes). A educao entra nesse item no
que diz respeito ao apoio para os empregados que esto desorientados quanto a problemas ticos.
4. Treinamento em tica:
Deve existir um processo de treinamento, educao e desenvolvimento de empregados (recursos humanos)
que busque a disseminao da conduta tica por toda a empresa, incluindo cursos, palestras inspiradoras,
estudos de caso, etc. Aprofundaremos estas questes no Captulo 6 de nosso trabalho.
5. Cdigo de conduta:
A fim de manter uma conduta tica impecvel, a empresa precisa fazer da tica uma questo mais concreta e
passvel de discusso, uma questo a ser implementada diariamente. Para simplificar a compreenso dessa
necessidade tero de implementar um cdigo de conduta, que dever estar escrito. absolutamente
recomendvel que todas as empresas elaborem um cdigo de conduta tica. Do contrrio, certas opes que
os empregados tivessem de enfrentar seriam decididas de modos diversos (e, muito possivelmente,
incompatveis entre si), j que os valores individuais podem variar enormemente de pessoa a pessoa.
preciso que se divulgue e se coloque em vigncia na empresa um cdigo ou poltica extremamente
explcitos. Em muitas empresas a tica e os valores so abordados com toda clareza em muitos de seus
programas de treinamento.
A partir da noo das vrias filosofias ligadas tica, preciso convert-las em prticas.
Elas podem ser materializadas em: estrutura corporativa, credos, cdigos de tica, programas de treinamento
quanto tica, comisses de tica, ombudsman, linhas diretas de auditorias de tica ou social.
Um credo corporativo provavelmente a abordagem mais comum da questo da administrao tica. Esse
credo descreve a responsabilidade tica da empresa em relao a todas as pessoas que tm interesses
investidos nela, apresentando um conjunto de princpios e crenas que podem servir para orientar e dirigir os
empregados.
Talvez o exemplo mais clssico de cdigo de conduta o credo da Johnson & Johnson:
NOSSO CREDO
(JOHNSON & JOHNSON)
Cremos que nossa primeira responsabilidade com os mdicos, enfermeiras e pacientes, para com as mes e
os pais e com todos os que utilizam nossos produtos e servios. Para atender a suas necessidades, tudo o que
fazemos deve ser da mais alta qualidade.
Devemos lutar constantemente para reduzir nossos custos a fim de manter preos razoveis. Os pedidos dos
clientes devem ser atendidos prontamente e com preciso. Nossos fornecedores e distribuidores devem ter a
oportunidade de obter um lucro justo.
Somos responsveis pelos nossos empregados, homens e mulheres que trabalham conosco em todo o mundo.
Cada um deve ser visto como um indivduo. Devemos respeitar sua dignidade e respeitar seus mritos. Eles
devem sentir-se seguros em seus empregos. O salrio deve ser justo e adequado e as condies de trabalho
devem ser limpas, organizadas e seguras. Devemos preocupar-nos com formas de ajudar nossos empregados
a cumprir as suas responsabilidades para com suas famlias.
Os empregados devem sentir-se livres para dar sugestes e fazer reclamaes. Deve haver igualdade de
oportunidade para o emprego, desenvolvimento e promoo dos qualificados. Devemos oferecer uma
administrao competente, e suas aes devem ser justas e ticas.
Somos responsveis pelas comunidades onde vivemos e trabalhamos, e pela comunidade mundial tambm.
Devemos ser bons cidados - dar apoio aos bons trabalhos e obras assistenciais e pagar nossa cota justa de
impostos. Devemos encorajar o aperfeioamento cvico e uma sade e educao melhores. Devemos manter
em boa ordem a propriedade que temos o privilgio de utilizar, protegendo o meio ambiente e os recursos
naturais.
Nossa responsabilidade final para com nossos acionistas. Os negcios devem ter um lucro slido. Devemos
tentar novas idias. A pesquisa deve ser contnua, programas inovadores devem ser desenvolvidos e os erros
devem ser assumidos. Equipamentos novos devem ser comparados, novas instalaes devem ser oferecidas e
novos produtos devem ser lanados.
Devem ser criadas reservas para pocas adversas. Ao operarmos segundo esses princpios, os acionistas
devem ter um retorno justo..
bom que os funcionrios que interagem mais freqentemente com pessoas de fora da companhia e que mais
provavelmente tomaro as decises, deveriam assinar declaraes de que leram e cumpriro as polticas de
tica da empresa. (NASH, 1993, p.39).
5. tica Profissional
Muitos autores definem a tica profissional como sendo um conjunto de normas de conduta que devero ser
postas em prtica no exerccio de qualquer profisso. Seria a ao "reguladora" da tica agindo no
desempenho das profisses, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante quando no exerccio da
sua profisso.
A tica profissional estudaria e regularia o relacionamento do profissional com sua clientela, visando a
dignidade humana e a construo do bem-estar no contexto scio-cultural onde exerce sua profisso.
Ela atinge todas as profisses e quando falamos de tica profissional estamos nos referindo ao carter
normativo e at jurdico que regulamenta determinada profisso a partir de estatutos e cdigos especficos.
Assim temos a tica mdica, do advogado, do bilogo, etc.
Acontece que, em geral, as profisses apresentam a tica firmada em questes muito relevantes que
ultrapassam o campo profissional em si. Questes como o aborto, pena de morte, sequestros, eutansia,
AIDS, por exemplo, so questes morais que se apresentam como problemas ticos - porque pedem uma
reflexo profunda - e, um profissional, ao se debruar sobre elas, no o faz apenas como tal, mas como um
pensador, um "filsofo da cincia", ou seja, da profisso que exerce. Desta forma, a reflexo tica entra na
moralidade de qualquer atividade profissional humana.
Sendo a tica inerente vida humana, sua importncia bastante evidenciada na vida profissional, porque
cada profissional tem responsabilidades individuais e responsabilidades sociais, pois envolvem pessoas que
dela se beneficiam.
A tica ainda indispensvel ao profissional, porque na ao humana "o fazer" e "o agir" esto interligados.
O fazer diz respeito competncia, eficincia que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua
profisso. O agir se refere conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no
desempenho de sua profisso.
Constata-se ento o forte contedo tico presente no exerccio profissional e sua importncia na formao de
recursos
humanos.
Os gerentes devem assumir a condio de educadores e como tal ser um exemplo de valores e atitudes ticas,
inspirando
seu
comportamento
efetivo
aos
seus
colaboradores.
consolidada
em
instituies
fortssimas
de
classe.
Cria-se a necessidade de uma mentalidade tica e de uma educao pertinente que conduza vontade de agir,
de acordo com o estabelecido. Essa disciplina da atividade antiga, j encontrada nas provas histricas mais
remotas, e uma tendncia natural na vida das comunidades.
inequvoco que o ser tenha sua individualidade, sua forma de realizar seu trabalho, mas tambm o que
uma norma comportamental deva reger a prtica profissional no que concerne a sua conduta, em relao a
seus semelhantes.
Toda comunidade possui elementos qualificados e alguns que transgridem a prtica das virtudes; seria utpico
admitir uniformidade de conduta.
A disciplina, entretanto, atravs de um contrato de atitudes, de deveres, de estados de conscincia, e que deve
formar um cdigo de tica, tem sido a soluo, notadamente nas classes profissionais que so egressas de
cursos universitrios (contadores, mdicos, advogados, etc.).
Uma ordem deve existir para que se consiga eliminar conflitos e especialmente evitar que se macule o bom
nome e o conceito social de uma categoria.
Se muitos exercem a mesma profisso, preciso que uma disciplina de conduta ocorra.
7. Concluses
7.1 Por Edlson J. Falco
No nvel da organizao, uma forma de agir com tica no ambiente organizacional utilizar o enfoque
sistmico. Entendendo assim a multiplicidade e a interdependncia das causas e das variveis dos problemas
complexos, ou seja, organizar solues complexas para problemas complexos.
Utilizando o enfoque sistmico atacaremos questes de eficincia considerando certas implicaes como: do
comportamento humano, da poluio e de muitos outros fatores simultneos, de tal forma a no responder
pelas aes e sim cumprir o que foi estipulado, a fim de no ser reprovado na avaliao tica dos nossos
futuros atos.
8. Bibliografia
AGUILAR, Francis J. A tica nas empresas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
1996.
FROMM, Erich. Anlise do homem. So Paulo: Editora Crculo do Livro, 198?.
GALBRAITH, Jonh Kenneth. A Sociedade justa: uma perspectiva humana. Rio
de Janeiro: Campus, 1996.
MOTTA, Nair de Souza. tica e vida profissional. Rio de Janeiro: mbito
Cultural Edies, 1984.
NASH, Laura L. tica nas empresas. So Paulo: Makron Books, 1993.
ODONNELL, Ken. A alma no negcio para uma gesto positiva. So Paulo:
Editora Gente, 1992.
PENNINGTON Randy; BOCKMOM Marc. A tica nos negcios. Rio de Janeiro:
Objetiva, 1995.
S, Antnio Lopes de. tica profissional. So Paulo: Atlas, 1996.
SINGER, Peter. tica prtica. So Paulo: Martins Fontes, 1994.
SUNG, Jung Mo; SILVA, Josu Cndido da. Conversando sobre tica e
sociedade. Petrpolis: Vozes, 1995.
VZQUEZ, Adolfo Sanchez. tica. 15 edio. Rio de Janeiro: Civilizao
Brasileira, 1995.