CEZAR, Temístocles. Hamlet Brasileiro
CEZAR, Temístocles. Hamlet Brasileiro
CEZAR, Temístocles. Hamlet Brasileiro
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Resumo
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Palavras-chave
Abstract
This essay aims to analyze the first developments of the linguistic turn in the Brazilian historiography.
Considering the shortage of research in this field, I chose to make, first of all, a brief description
of the emergence of the linguistic turn in general terms and, then, an analysis of some primary
texts of Brazilian authors that relate, in different ways, to this theme.
Keywords
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Este ensaio foi apresentado, de forma embrionria, no 6 Seminrio Brasileiro de Histria da Historiografia SNHH, realizado em agosto de 2012 no campus de Mariana da UFOP, cujo tema geral foi O Giro Lingustico e
a Historiografia: balano e perspectivas. Agradeo a gentileza dos meus colegas de mesa-redonda, intitulada
Contextos nacionais e Giro Lingustico: Experincias do tempo, narrativa e Memria e integrada pelos
professores Vernica Tozzi (UBA) e Srgio Campos Matos (Universidade de Lisboa), e os comentrios de
Estevo de Rezende Martins, Valdei Lopes de Araujo, Mateus Henrique Pereira e Srgio da Mata. Tive a
oportunidade de discutir o trabalho, um pouco mais desenvolvido, no Laboratrio de Teoria e Historiografia da
PUC-Rio, em agosto de 2013. Meus agradecimentos aos organizadores e participantes do evento, sobretudo, a
Marcelo Jasmin, Ricardo Benzaquen de Arajo, Marcos Veneu e Henrique Estrada. Sou grato tambm a Edgar
de Decca, com quem troquei impresses sobre o assunto em outubro de 2013, na Semana Acadmica de
Histria da Udesc. Expresso igualmente minha gratido a Fernando Nicolazzi, Arthur vila e Benito Schmidt,
colegas de Departamento, e a Alexandre Avelar, pela leitura rigorosa, crticas e sugestes, imprescindveis
para a composio final do texto, cuja pretenso continua a de ser, apesar das suas pertinentes observaes,
um mapeamento inicial sobre o tema. Finalmente, um agradecimento especial a Flvia Varella e a Bruno
Franco Medeiros, incansveis no apoio logstico desde o 6 SNHH, para a verso final do artigo. Agradeo a
Vitor Batalhone Junior pela leitura da verso em ingls deste artigo.
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Um tributo a Luiz Costa Lima
In my view, relativism is the moral equivalent of epistemological
skepticism; moreover, I conceive relativism to be the basis of social
tolerance, not a license to do as you please (WHITE 1987, p. 226).
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Para um balano geral dessa recepo, ver o importante trabalho de Richard Vann (1995, p. 40-69).
Sobre a relao de Lvi-Strauss com a histria, ver o ensaio de Franois Hartog (2005, p. 175-189).
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Essa obra , por sua vez, prefaciada pelo prprio Hayden White.
Conferncia pronunciada no 6 Seminrio Brasileiro de Histria da Historiografia - SNHH, O Giro Lingustico
e a Historiografia: balano e perspectivas. Nesse mesmo sentido, ver tambm a introduo que Tozzi escreve
para a coletnea de artigos de White intitulada: Ficcin histrica, historia ficcional y realidad histrica (WHITE
2010b, p. 13-29).
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Nesse sentido, a recente tese de Herman Paul pode ser considerada uma tentativa de romper com essa viso
empobrecedora da obra de White (PAUL 2011). Pedro Spinola Caldas, na excelente resenha que faz do livro
de H. Paul, no deixa de destacar esse aspecto (CALDAS 2013, p. 277).
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Ginzburg, antes e aps o debate nos EUA, unilateralmente, j havia desenvolvido o tema em vrios outros
textos (GINZBURG 1989, p. 178-20; 1989, p. 44-45; 1997, p. 16-24). Outros autores participaram desse
debate de modo intermitente. Seria desmesurado list-los neste espao. A j citada obra de Herman Paul
oferece uma abordagem que analisa os efeitos dessa discusso, em um subcaptulo de sua tese sugestivamente
intitulado specter of fascism (PAUL 2011, p. 119-124). Franois Hartog e Francisco Murari Pires, tambm
mais recentemente, dedicaram-se compreenso das crticas de Ginzburg a White, ainda que adotando
perspectivas distintas (HARTOG 2011; PIRES 2013).
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A metfora que rege um relato histrico poderia ser tratada como uma norma heurstica que elimina
autoconscientemente certos tipos de dados tidos como evidncia. Assim, o historiador que opera segundo
essa concepo poderia ser visto como algum que, a exemplo do artista e do cientista moderno, busca
explorar certa perspectiva sobre o mundo que no pretende exaurir a descrio ou a anlise de todos os dados
contidos na totalidade do campo dos fenmenos, mas se oferece como um meio entre muitos de revelar certos
aspectos desse campo. [...] O resultado dessa atitude no o relativismo, mas o reconhecimento de que o
estilo escolhido pelo artista para representar uma experincia interior ou uma exterior traz consigo, de um
lado, critrios especficos para determinar quando uma dada representao internamente consistente e, de
outro, fornece um sistema de traduo que permite ao observador ligar a imagem coisa representada em
nveis de objetivao (WHITE 1994, p. 59, grifo do autor).
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Em relao histria do ceticismo, ver o excepcional estudo de Richard Popkin (2003). Para uma abordagem
mais diretamente da histria, ver MUNSLOW 2010, p. 62-77.
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Apesar de, nele, Barthes simplesmente propor o apagamento da narrativa! (BARTHES 1984, p. 164). Esse
detalhe no escapou a Franois Hartog em obra recente (HARTOG 2013, p. 115-116).
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Isso no significa a falta de recepo da obra. Por exemplo, nos volumes I e III de Temps et rcit, Ricur
ocupa-se dos trabalhos de Hayden White, sobretudo de Meta-histria (RICUR 1983, p. 286-301; 1985,
p. 272-280).
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As referncias completas dessas obras esto na bibliografia.
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No prefcio segunda edio publicada dez anos depois, em 1997, Dosse relativiza consideravelmente suas
crticas (ver 2. ed., p. I-VIII). Antes dele, Franois Furet j observava que para falar a verdade, no h, desde
a origem [dos Annales] escola de pensamento, mas hegemonia de influncia e de reputao (FURET 1982, p.
5-9). E em um misto de ironia e humor, em uma entrevista, arremata: Eu sempre digo brincando que a cole
des Annales no tem outra definio, seno a de que ela as pessoas que eu encontro de manh no elevador.
O que existe de comum entre Le Roy Ladurie, Le Goff, eu, Richet etc.? Como podem nos identificar sob uma
mesma etiqueta? (Entrevista de Franois Furet concedida a Aspsia Camargo; CAMARGO 2003, p. 69).
De fato, muitos franceses consideram que no houve na Frana giro lingustico, mas um tournant critique,
proveniente de dois editoriais publicados nos Annales (Histoire et sciences sociales. Um tournant critique?,
Annales, 2, mars-avril, 1988, p. 291-293; Histoire et sciences sociales: tentons lexprience, Annales, 6, novdc., 1989, p. 1317-1323). Para um mapeamento desse movimento e suas diferenas com o giro lingustico,
ver o trabalho de Grard Noiriel. A principal diferena que a verso francesa do giro continuaria fiel a um
pressuposto bsico dos Annales: o estudo da sociedade; parece-me que essa peculiaridade mereceria uma
argumentao mais desenvolvida (NOIRIEL 1996, p. 150-154). No mesmo sentido, para Christian Delacroix, o
tournat critique pode ser interpretado como uma das respostas da histria social, criticamente leal tradio
dos Annales, aos desafios do giro lingustico (DELACROIX 2010, p. 484-485).
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Ambos os estudos foram apresentados originalmente como teses de doutorado. Mais adiante, no artigo
intitulado Imaginrio e Histria, Zaidan Filho volta a citar Sevcenko e de Decca, acrescentando as
historiadoras Margareth Rago (1985) e Maria Clementina Pereira Cunha (1987). O autor apontava, como
crime das autoras, a influncia de Foucault e da Nouvelle histoire (ZAIDAN 1989, p. 39).
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justo dizer que ele o cita no artigo seguinte (ZAIDAN 1989, p. 27).
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o leitor fica sem entender o porqu de ter de realizar tal distino, ou seja, de
saber qual a diferena entre os dois primeiros e Aris.23 De fato, o historiador
italiano parece ser um modelo do novo e correto historiador, uma vez que capaz
de realizar a reconstruo analtica da diferena entre o passado e o presente,
tal como fez estudando a mentalidade de um moleiro medieval, investigao na
qual o autor faz uma dura e pertinente crtica ao irracionalismo estruturalista
de M. Foucault (ZAIDAN 1989, p. 74).
Diferentemente de Ciro Cardoso, Zaidan Filho apresenta-se ao mesmo
tempo como um crtico do marxismo ortodoxo e como um interlocutor dos
novos historiadores que no violentem a razo moderna.24 No entanto, sua
anlise no deixa claro o que exatamente o incomoda em termos tericos e
mesmo polticos, nem, enfim, qual seria o grande mal que se dissimularia por
trs do que chama de relativismo ou de irracionalismo.25 Permaneceramos em
uma espcie de limbo epistemolgico?
Carlos Fico e Ronald Polito, em trabalho de flego no qual procuraram
mapear a produo historiogrfica brasileira de 1980 a 1989, diagnosticaram essa
ausncia de conexo. A suposta crise da razo e suas contrapartidas pecam pelos
elos frgeis: a compreenso sobre o que seja a parte irracional da Histria
sempre muito mal explicada. Para eles, a subjetividade inerente a certos temas
(a histria do cotidiano, por exemplo) no facilmente explicada por uma razo
cientfica que suponha determinaes macroestruturais. Por outro lado, isso no
significa que os acontecimentos que se passam no dia a dia e que esto, portanto,
sujeitos a condicionantes subjetivos estejam definitivamente entregues a um
mundo catico e ininteligvel de contingncias (FICO; POLITO 1992, p. 168).26
Os autores identificam na falta de operadores conceituais e metodolgicos e
no desapego teoria por parte dos historiadores no Brasil, seja marxistas ou
Philippe Aris volta a ser citado como referncia incmoda no captulo 5 O novo olhar do historiador
, junto com Paul Veyne (ZAIDAN 1989, p. 72, 74). Por outro lado, Jacques Le Goff poupado por criticar o
esfacelamento da sociedade em certas investigaes sobre o cotidiano (ZAIDAN 1989, p. 73).
24
Embora o assunto escape a meu escopo neste momento, preciso registrar que Ciro Cardoso, anos depois,
em 1997, procura remediar este vazio na introduo a uma obra coletiva organizada em conjunto com
Ronaldo Vainfas. Nela, o historiador sintetiza o debate entre dois grandes paradigmas: o iluminista e o psmoderno. Enquanto o primeiro se caracteriza pelo bom uso da razo, o segundo marcado e atravessado
por posturas cticas e irnicas, pelo culturalismo relativista, pelo mtodo hermenutico relativista,
pelo subjetivismo, irracionalismo, misticismo, enfim por um imprio exclusivo do relativismo e da
microanlise (CARDOSO; VAINFAS 1997, p. 1-23). Ressalte-se, contudo, que o mrito do livro no restringir
a participao de um ou outro autor em funo de sua suposta posio em relao a esses dois paradigmas.
Nesse sentido, ver a ponderada concluso de Ronaldo Vainfas intitulada Caminhos e descaminhos da
Histria (CARDOSO; VAINFAS 1997, p. 441-449). Em 2012, os mesmos autores editaram os Novos domnios
da Histria (CARDOSO; VAINFAS 2012). A introduo intitulada Histria e conhecimento: uma abordagem
epistemolgica, a cargo de Ciro Cardoso, centra-se nas modalidades bsicas ou principais da epistemologia
da histria, subdivididas em trs: reconstrucionismo (principalmente, concepes empiristas do sculo
XIX); construcionismo (marxismo, weberianismo e Escola dos Annales); desconstrutivismo (basicamente,
exemplificadas com Hayden White e Paul Veyne) (CARDOSO; VAINFAS 2012, p. 1-19). Mais uma vez, Ronaldo
Vainfas, de modo elegante, faz o contraponto necessrio na concluso Avanos em xeque, retornos teis
, relativizando certos argumentos muito gerais de Ciro Cardoso (CARDOSO; VAINFAS 2012, p. 319-335).
Alm disso, necessrio acrescentar que, em 2005, Ciro Cardoso volta a atacar a virada lingustica e a
desconstruo baseando-se em um trabalho de David Carr (1991) no qual Hayden White e Hans Kellner
so definidos como historiadores que negam a existncia, l fora, de uma histria que precise ser contada
(CARDOSO 2005, p. 64-66).
25
Para uma anlise mais ponderada, ver as interrogaes de Slvia Petersen (1992a, p. 108-126).
26
Referncia vlida para as outras citaes deste pargrafo. Na mesma conjuntura e especificamente acerca
da histria do cotidiano, Slvia Petersen dedica uma srie de artigos sobre o tema procurando cerc-lo em
termos tericos e metodolgicos (PETERSEN 1992b, p. 108-126; 1993, p. 41-55; 1994, p. 112-125; 1995,
p. 30-39).
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Em 1997, Carlos Fico ainda lamentava a indiferena de boa parte dos historiadores em relao reflexo
terica (FICO 2000, p. 27-40).
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A contribuio alem para a discusso sobre as relaes entre histria e narrativa no era, segundo
explica Costa Lima em uma nota, central, embora ele no deixe de observar a importncia de dois livros que
mereceriam ateno: um de K. Enlich, de 1980, sobre a narrativa do cotidiano e, principalmente, outro, sobre
a teoria da histria, organizado por R. Koselleck e J. Rsen (LIMA 1988, p. 68).
29
The value of narrativity in the representation of reality (Critical inquiry, 1980) e The question of narrative
in contemporary historical theory (1984, History and theory), ambos reproduzidos em WHITE 1987.
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Eis que, mais uma vez, o espectro que nos ronda ressurge; no entanto,
partindo de Costa Lima, no parece to assustador.32
Coube a Ricardo Benzaquen de Arajo o comentrio ao texto. Ele
concentra-se na relao entre narrativa histrica e fico. Para tanto,
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Ela [a narrativa] precisa ser minimamente qualificada, at porque corremos o risco de que se imagine que
o relato histrico servisse apenas para a glorificao dos estados nacionais, como se o relato histrico fosse
meramente uma pea de propaganda ou algo parecido (ARAJO 1988a, p. 102-103).
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pressupostos. Acerca desta mutao historiogrfica, pode-se procurar
para uma primeira abordagem os trabalhos de Furet, 1982, e de White,
1984 (ARAJO 1988b, p. 53).
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Dificilmente se encontrar um historiador que no almeje padres de objetividade para seu conhecimento.
Hoje, contudo, esto em jogo diversas opes de entendimento sobre o que seja tal objetividade, ou quais
nveis de objetividade so possveis serem atingidos em cada caso. So problemas tericos complexos,
maiores do que as antigas discusses sobre a possibilidade ou impossibilidade de um conhecimento histrico
cientfico. No enfrent-los retardar, ainda mais, a incorporao das discusses suscitadas pelas descobertas
sobre o indeterminismo, sobre a relatividade e sobre as discrepncias observveis em diversos nveis do real
(FICO 1994, p. 115).
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Agradeo vivamente a Henrique Estrada por me lembrar a pertinncia do Catatau para meu argumento.
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Referncia vlida tambm para as duas citaes anteriores.
Agradeo a Paulo Faria, colega do Departamento de Filosofia da UFRGS, que h alguns anos me chamou a
ateno para a obra de Zbigniew Herbert.
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Sr. Cogito e a necessidade de preciso. No original: A specter is haunting /the map of history/the specter
of indeterminacy/how many Greeks perished at Troy/ we dont know (traduo minha, reviso de Marina
Arajo, a quem tambm devo a traduo do Abstract). Por coincidncia, Troia tambm assombra o Catatau de
Leminski: Lembro do mapa, neste mapa falta Tria mas Tria no faz falta. [...] Por que esse medo de dizer
Tria, estria, destroyo? [...] Pleiteio uma empreitada, a estreita emboscada, introito in Tria (LEMINSKI
1989, p. 50, 63, 95). A aparente insignificncia de Troia no dissimula, entretanto, a importncia da presena
do jogo da indeterminao histrica.
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