Apostila - Sistema de Proteção Anticorrosiva
Apostila - Sistema de Proteção Anticorrosiva
Apostila - Sistema de Proteção Anticorrosiva
Apresentao
A Vitria Qumica oferece ao mercado um sistema de Assistncia Tcnica, com o objetivo de
proporcionar todo o suporte necessrio em:
Pr-vendas
Ps-vendas
e em carter:
Preventivo
Corretivo
Nossa Assistncia Tcnica Preventiva tem como objetivo a apresentao da Vitria Qumica,
seus mercados de atuao, sua linha de produtos e as aplicaes corretas para os mesmos, oferecendo
um suporte tcnico especializado e procurando garantir a performance de seus produtos.
A empresa detm, h mais de 53 anos, o domnio da tecnologia de desenvolvimento e
fabricao de produtos Petroqumicos e Carboqumicos, seguindo os mais rgidos sistemas de
qualidade e adequando seus procedimentos a controles permanentes de processos, certificados
conforme as normas NBR ISO 9001: verso 2000.
A Vitria Qumica, lder nacional no fornecimento de revestimentos anticorrosivos de alta
espessura, oferece ao mercado sistemas e produtos de alta tecnologia, resultando em solues durveis
e de alta performance para problemas de proteo anticorrosiva em:
Objetivo
O presente trabalho tem como objetivo a orientao de usurios e aplicadores que operam na
rea de proteo anticorrosiva e afins, enfocando a introduo aos conceitos bsicos de corroso,
processos corrosivos e seus mecanismos, bem como os sistemas de proteo anticorrosiva disponveis.
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5. Referncias Bibliogrficas
5.1. Gerais
5.2. Aplicao do Sistema Coal Tar
5.3. Aplicao do Sistema TOROFITA
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0,4001
0,3800
0,0133
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Corroso Uniforme
A corroso uniforme consiste no ataque de toda a superfcie metlica em contato com o meio
corrosivo com a conseqente diminuio da espessura.
Este tipo de corroso ocorre em geral devido a micropilhas de ao local e , provavelmente, o
mais comum dos tipos de corroso principalmente nos processos corrosivos de estruturas expostas
atmosfera e outros meios que ensejam uma ao uniforme sobre a superfcie metlica.
A corroso uniforme uma forma de desgaste de mais fcil acompanhamento, em especial
quando se trata de corroso interna em equipamentos ou instalaes, tendo em vista que a perda de
espessura aproximadamente a mesma em toda a superfcie metlica.
entretanto um tipo de corroso importante do ponto de vista de desgaste, podendo levar o
equipamento ou instalao a falhas significativas, limitando a sua vida til.
Os outros tipos de ataque corrosivo onde h um local preferencial para a ocorrncia da
corroso, resultando numa perda localizada de espessura so denominadas corroso localizada.
14
1.7.2.
A corroso por pites uma forma de corroso localizada que consiste na formao de
cavidades de pequena extenso e razovel profundidade. Ocorre em determinados pontos da superfcie
enquanto que o restante pode permanecer praticamente sem ataque.
um tipo de corroso muito caracterstica dos materiais metlicos formadores de pelculas
protetoras (passivveis) e resulta, de modo geral, da atuao da ilha ativa-passiva nos pontos nos quais
a camada passiva rompida.
um tipo de corroso de mais difcil acompanhamento quando ocorre no interior de
equipamentos e instalaes j que o controle da perda de espessura no caracteriza o desgaste
verificado.
Nos materiais passivveis a quebra da passividade ocorre em geral pela ao dos chamados
ons halogenetos (Cl-, Br-, I-, F-) e esta dissoluo localizada da pelcula gera um rea ativa que diante
do restante passivado provoca uma corroso muito intensa e localizada. Uma grandeza importante
neste caso o potencial em que haja a quebra de passividade. Na verdade o que ocorre a alterao na
curva de polarizao andica.
A presena dos ons halogenetos provoca alterao nas curvas de polarizao andica,
tornando a quebra da passividade mais provvel.
Outro aspecto importante o mecanismo de formao dos pites j que a falha se inicia em pontos de
fragilidade da pelcula passivante (defeitos de formao) e o pH no interior do pite se altera
substancialmente no sentido cido o que dificulta a restituio da passivao inicial. Resulta da que a
pequena rea ativa formada diante de uma grande rea catdica provoca a corroso intensa e
localizada.
1.7.3.
Corroso Galvnica
Corroso Seletiva
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Corroso Intergranular
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As trincas formadas pela corroso intergranular, como visto no item anterior, no requerem a
ao de esforos externos. Neste caso, a fissurao decorre da corroso segundo um estreito caminho
preferencial.
Neste item so abordados mecanismos de corroso que produzem trincas e que esto
associados com esforos mecnicos, sejam aplicados sobre o material, sejam decorrentes do processo
de fabricao, como tenses residuais, ou sejam ainda conseqncia do prprio processo corrosivo.
Os tipos de trincas podem ser intergranulares ou transgranulares, e podem ou no estar
associadas a incluses ou segundas fases presentes.
A propagao das trincas associadas aos processos de corroso geralmente muito lenta, at
que seja atingido o tamanho crtico para a ocorrncia da fratura frgil. Nesta situao, em funo dos
esforos atuantes, pequenas trincas podem nuclear fraturas de grandes propores, deflagradas de
modo praticamente instantneo.
1.7.8.1. Corroso sob Tenso
A corroso sob tenso acontece quando um material, submetido a tenses de trao (aplicadas
ou residuais), colocado em contato com um meio corrosivo especfico. As condies metalrgicas do
material, como dureza, encruamento, fases presentes, so fatores freqentemente decisivos. A tenso
de trao deve necessariamente ser superior a um certo valor limite.
Neste tipo de corroso, formam-se trincas no material, sendo a perda de espessura muitas
vezes desprezvel. As trincas decorrentes da corroso sob tenso podem ser intergranulares ou
transgranulares. A corroso sob tenso intergranular ocorre quando a direo preferencial para a
corroso o contorno de gro, geralmente devido precipitao de segundas fases nos contornos ou
existncia de segregaes neste local.
A propagao de trinca por corroso sob tenso geralmente lenta, at atingir o tamanho
crtico para uma ruptura brusca.
No existem um mecanismo geral para explicar o fenmeno da corroso sob tenso, cada par
material-meio especfico apresenta sua particularidades.
De um modo geral, as combinaes resultam na formao de filme ou pelcula na superfcie
do material, que lhe confere grande resistncia a corroso uniforme.
1.7.8.2. Corroso-Fadiga
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Os produtos da corroso nos processos qumicos formam-se por difuso no estado slido. A
difuso constitui-se do deslocamento de nions do meio corrosivo, por exemplo O 2-, e ctions do
metal, por exemplo Fe2+.
A movimentao dos ons se d atravs da pelcula de produto de corroso e a sua velocidade
cresce com o aumento da temperatura.
O deslocamento pode ser dos nions no sentido do metal, dos ctions no sentido do meio ou
simultnea.
A difuso catinica (ctions no sentido do meio) mais freqente porque os ons metlicos
so, em geral, menores que os nions (especialmente o O -2), tornando a passagem dos mesmos pela
rede cristalina do xido mais facilitada e mais provvel.
Como se trata de difuso no estado slido, a corroso influenciada fundamentalmente pela
temperatura, pelo gradiente de concentrao do metal e pelas leis de migrao em face das
imperfeies reticulares e nos semicondutores.
1.8.2.
Meios Corrosivos
Princpios Bsicos
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1.9.1.1.
1.9.1.2.
1.9.2.2.
Alguns materiais de elevado uso industrial possuem baixa resistncia a corroso na maioria
dos meios. Esta resistncia pode ser melhorada, ampliada ou at mesmo obtida no seu mais elevado
grau, utilizando de tcnicas ou mtodos de proteo anticorrosiva que promovem a passivao ou a
polarizao do material. Dentre estas tcnicas ou mtodos podem ser citados os revestimentos, os
inibidores de corroso, as tcnicas de modificao do meio, a proteo catdica e andica e ainda o
controle pelo projeto.
1.9.2.2.1. Revestimentos
Os revestimentos constituem-se em pelculas interpostas entre o metal e o meio corrosivo,
ampliando a resistncia a corroso do material metlico. Esta pelcula pode dar ao material um
comportamento mais nobre, como o caso das pelculas metlicas mais catdicas que o metal de base,
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24
1.9.3.1.
Inibidores de Corroso
25
Destilao de petrleo;
Tratamento de gua (caldeira, refrigerao e de injeo);
Limpeza qumica e decapagem cida;
Sistemas de oleodutos e gasodutos;
Testes hidrosttico;
Sistema de embalagem;
rea de perfurao e produo de fluidos e acidificao.
1.9.5.
Revestimentos Protetores
1.9.5.1.
Mecanismo de Proteo
1.9.5.2.
Revestimentos Metlicos
Consistem na interposio de uma pelcula metlica entre o meio corrosivo e o metal que se
quer proteger. Os mecanismos de proteo das pelculas metlicas podem ser: por formao de
produtos insolveis, por barreira, por proteo catdica, dentre outros.
As pelculas metlicas protetoras, quando constitudas de um metal mais catdico que o metal
de base, devem ser perfeitas, ou seja, isentas de poros, trincas, etc., para que se evite que diante de
uma eventual falha provoquem corroso na superfcie metlica do metal de base ao invs de evit-la.
As pelculas mais andicas podem ser imperfeitas porque elas conferem proteo catdica
superfcie do metal de base.
Os processos de revestimentos metlicos mais comum so:
Cladizao: os clads constituem-se de chapas de um metal ou ligas, resistentes corroso,
revestindo e protegendo um outro metal com funo estrutural. Os clads mais usados nas
indstrias qumicas, petroqumica e de petrleo s os de monel, ao inoxidvel e titnio
sobre ao carbono;
Deposio por imerso a quente: pela imerso a quente obtm-se, entre outras, as
superfcies zincadas e as estanhadas. O processo de zincagem por imerso tambm
denominado de galvanizao;
Metalizao: o processo por meio do qual se deposita sobre uma superfcie previamente
preparada camadas de materiais metlicos. Os metais de deposio so fundidos em uma
fonte de calor gerada no bico de uma pistola apropriada, por meio de combusto de gases,
arco eltrico, plasma e por detonao. O metal fundido pulverizado e aspergido sobre o
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1.9.5.3.
Revestimentos Orgnicos
31
Para a aplicao devem ser observados todos os procedimento de segurana, tais como a
utilizao de EPIs (Mscaras, culos de segurana, luvas, aventais, etc).
Os equipamentos utilizados para aplicao e controle de qualidade, tais como termmetro
da Caldeira e Holiday Detector, devem ser periodicamente aferidos.
32
Figura 10. Processo de revestimento de tubos com Coal Tar Enamel em plantas de revestimento.
35
2.9. Caldeira
O tipo de caldeira a ser utilizada deve ser dotada de aquecimento por maarico ou leo
trmico e de um sistema de homogeneizao mecnico.
Para pequenas aplicaes ou reparos, a caldeira poder ser um recipiente metlico
(lata/tambor), com aquecimento de forma indireta (colcho de areia de 2 cm), e deve-se
fazer a homogeneizao manual com intervalo mximo de 15 minutos.
3.2. Recursos
3.2.1.
Materiais Necessrios
3.2.2.
Notas:
1.Equipamentos especificados, calibrados e aferidos conforme documentos do rgo
responsvel pelo Controle de Equipamentos e Instrumentos de Medio e Ensaios.
2.Especfico para utilizao com fitas anticorrosivas Tipo I. No deve ser empregado para
o revestimento anticorrosivo com outro tipo de produto.
3.Dispositivo de operao manual, para a aplicao simultnea da Fita Anticorrosiva e da
Fita de Proteo Mecnica, que pode ser um desenvolvimento prprio do usurio ou a
critrio do usurio poder ser cedido pela Vitria Quimica.
38
3.5. Metodologia
Preparao da Superfcie Original do Tubo
3.5.1.
39
3.5.2.
Aps as operaes de preparao, deve ser feita uma inspeo visual da superfcie na rea da
junta, para verificar a ausncia de contaminantes ou resduos de oxidao.
Cuidados especiais devem ser tomados para evitar a contaminao da superfcie imprimada
por deposio de poeira ou outros tipos de contaminantes.
Em locais onde o trafego de veculos muito grande provocando a produo de poeira,
recomendamos adotar uma das seguintes alternativas para evitar a contaminao:
A ponta inicial do novo rolo deve ser aplicada sobre o primer de forma que fique
posicionada por baixo da extremidade final do rolo terminado.
3.5.5.
Inspeo Final
Efetuar uma inspeo final examinando-se visualmente toda a superfcie da junta revestida,
sendo que na ausncia de qualquer irregularidade, a mesma deve ser liberada para o reaterro da vala.
3.5.8.
Teste de Aderncia
45
Proteo:
Ao e concreto so os materiais mais usados na construo industrial e civil. No entanto,
ambos sofrem corroso. Seus substitutos, o ao inox e os plsticos de engenharia, nem sempre so
interessantes, por serem mais caros. A pintura oferece proteo adequada a baixo custo, ao ao e ao
concreto, tornando-os viveis.
Higiene:
Em indstrias de alimentos, bebidas, laticnios, sucos e farmacuticas, a manuteno da
assepsia das instalaes e equipamentos fundamental. A pintura com cores claras ajuda a manter a
limpeza. Manchas escuras indicam a presena de contaminantes e assim possvel fazer a desinfeco
rpida e facilmente. Manter limpo o ambiente fica mais fcil com uma boa pintura.
Segurana:
As cores padronizadas na segurana industrial transmitem mensagens, sinalizam o perigo e
indicam o contedo de tanques e tubulaes. Uma empresa bem pintada e com cores corretas mais
organizada e segura.
Produtividade:
Como os empregados passam a maior parte do dia til dentro das empresas, estas devem ter
suas instalaes e equipamentos bem pintados e com cores adequadas. As cores influem no estado de
esprito do pessoal. Portanto, em ambientes sinalizados, limpos e agradveis, as pessoas produzem
mais, com segurana, conforto e so muito mais felizes.
Marketing:
Quando um cliente ou um futuro cliente visita uma indstria e v que ela bem cuidada e bem
pintada, sua confiana nos produtos ali fabricados aumenta. Este um forte argumento de vendas.
Alm de todos os motivos j citados e que influem nas vendas, outro deve ser acrescentado: a esttica.
Um produto com bom projeto, bem produzido, bonito e bem pintado mais fcil de vender, pois o
visual agrada.
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Os Trs Pilares
4.2. A Tinta
4.2.1.
Composio
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Matrias-Primas
Solventes:
Lquidos 100% volteis, usados para dissolver a resina e afinar a tinta. Os mais
utilizados so:
Resinas:
Podem ser lquidas ou slidas.
As resinas so responsveis pela aderncia, impermeabilidade e flexibilidade das
tintas. Algumas das mais importantes so: Resinas Alqudicas, Resinas Epoxdicas,
Resinas Acrlicas e Resinas Poliuretnicas.
Pigmentos:
So ps muito finos. Podem ser brancos, pretos, coloridos, incolores, metlicos,
anticorrosivos e inertes.
Os anticorrosivos so capazes de proteger o ao contra a corroso.
Os inertes no possuem cor nem so anticorrosivos, mas so usados para conseguir
propriedades, como: resistncia abraso, lixabilidade, fosqueamento das tintas, etc.
4.2.2.
Slidos por volume a propriedade que define a quantidade em volume de tinta seca que
fica na superfcie aps a evaporao dos solventes.
A resina lquida ou slida dissolvida em solventes, formando uma soluo.
Os pigmentos so partculas slidas em suspenso nessa soluo.
Quando o solvente se evapora a resina se solidifica e envolve os pigmentos. Da o nome de
slidos por volume, porque todo o material que resta na superfcie fica slido. Os slidos de uma tinta
podem ser expressos em peso ou em volume.
Os slidos por volume so mais importantes, porque as tintas so compradas em unidades de
volume: Litro ou Galo (3,6L).
O comprador das tintas tem assim como saber quanto do volume da tinta comprada vai para a
atmosfera na forma de vapor de solventes e quanto fica na superfcie pintada na forma slida.
VOLTIL
SOLVENTE 30%
48
RESINA 40%
PIGMENTO 30%
Rendimento Terico
a rea coberta por um volume de tinta lquida espalhada sobre a superfcie numa certa
espessura, sem levar em conta as perdas.
Frmula prtica para calcular o rendimento terico:
RT = SV X 10
EPS
Onde:
RT = Rendimento terico (em m2/L)
SV = Slidos por volume (em %)
EPS = Espessura da pelcula seca (em m)
10 = Constante de frmula para que o resultado seja em m 2/L
4.2.4.
a rea coberta por um volume de tinta lquida espalhada sobre a superfcie considerando
as perdas de cada mtodo de aplicao e a espessura da pelcula seca.
Este rendimento calculado e se aproxima muito do rendimento real, que aquele obtido com
a aplicao efetiva da tinta.
Mtodo
Perdas mdias
Pincel
Rolo
Pistola convencional
Pistola airless (sem ar)
10 20%
10 a 30%
20 a 40%
10 a 20%
Fator de
aproveitamento
0,8 a 0,9
0,7 a 0,9
0,6 a 0,8
0,8 a 0,9
Clculo do fator
Fa = 100 perdas
100
As perdas dependem do mtodo de aplicao, das condies de vento, do tipo do desenho das
peas, do estado de corroso da superfcie, do preparo da superfcie (rugosidade), da uniformidade da
pelcula e do treinamento do pintor.
Os valores apresentados na tabela acima servem apenas como orientao.
Clculo do Rendimento Prtico:
49
A
RP
Onde:
Qt = quantidade de tinta (em L)
A = rea a ser pintada (em m2)
4.2.5.
Quem pensa que o custo de uma pintura o preo da tinta lquida pode se enganar e ter
muito prejuzo.
lgico que necessrio saber o preo da tinta lquida, mas isso no tudo. O teor de slidos
por volume e em que espessura da pelcula seca a tinta ser aplicada tambm so importantes. Vejamos
o porqu.
Por exemplo:
Um comprador de tintas pediu o preo para uma determinada tinta e recebeu de dois
fabricantes a seguinte cotao:
Tinta 1
R$ 60,00
40
100
Tinta 2
R$ 70,00
50
100
Rendimento Terico = SV x 10
EPS
Rendimento da Tinta 1:
40 x 10 = 400 = 4,0 m/L
100
100
50
Rendimento da Tinta 2:
50 x 10 = 500 = 5,0 m/L
100
100
Portanto, a Tinta 1, que parecia ser mais barata pois custava menos Reais por Litro, mostrouse mais cara quando calculamos o custo por m2.
Custo por m2 =
Vermelha: incndio.
Amarela: gs.
Verde: gua.
Azul: ar comprimido.
Cinza clara: vcuo.
Laranja: produtos cidos.
Prpura: produtos alcalinos.
Branca: vapor.
Cinza escura: eletrodutos e condutes.
51
Cor Munsell
Simplesmente dizer "amarelo ouro" no suficiente para indicar com exatido tal cor. Henry
Munsell idealizou o sistema Munsell, a partir do qual criou o Livro Munsell de Cores, que tem cerca
de 2.000 cartelas destacveis, definidas atravs de Notaes com letras e nmeros. O livro possui as
cartelas distribudas de acordo com as seguintes coordenadas.
TONALIDADE (hue):
Expressa a cor das cartelas. So 5 cores bsicas e 5 intermedirias, com 4 pginas para cada
uma, totalizando 40 pginas, distribudas em dois volumes, o BG-RP e o R-G. As cores receberam a
inicial do nome em ingls:
R
Y
G
B
P
CORES BSICAS
Red
Vermelho
Yellow
Amarelo
Green
Verde
Blue
Azul
Purple
Prpura
YR
GY
BG
PB
RP
CORES INTERMEDIRIAS
Amarelo/Vermelho
Verde/Amarelo
Azul/Verde
Prpura/Azul
Vermelho/Prpura
Os dois volumes abertos e colocados de p formam a figura acima, vista do topo. O eixo a
escala do N que vai do preto (0) at o branco (10), passando pelos tons de cinza sem influncia de cor
(Neutro).
Cada pgina um dos raios do crculo 10 lado (40 pginas).
Na tabela abaixo so referidas algumas das 37 cartelas existentes na escala dos cinzas:
CARTELAS
NEUTRAS
N 9,5
N8
N 6,5
N 3,5
N1
REFLETNCIA (%)
90,0
59,1
36,2
9,0
1,2
COR
OBSERVAES
BRANCO
Refletncia mxima em tintas
CINZA CLARO
CINZA MDIO
CINZA ESCURO
PRETO
Refletncia mnima em tintas
REFLETNCIA (value):
Expressa quanto a cor reflete de luz.
Na pgina, so os nmeros antes da / . Quanto maior o nmero mais clara a cor (reflete mais)
e vice-versa.
SATURAO (chroma):
Expressa o grau de pureza da cor. So os nmeros aps a /. Quanto maior nmero, mais viva
a cor e quanto mais baixo, mais plida, tendendo ao cinza, a cor.
Ex.: 5R 8/1-rosa claro; 5R 2/8-vermelho escuro; 5R 2/1-cinza escuro ligeiramente
avermelhado.
A Notao Munsell indica apenas a cor da tinta. No define o tipo de resina, o teor de slidos
52
Hoje em dia existem tintas com ndice de toxidez muito baixo. Essas tintas modernas so
chamadas de "atxicas". O que elas apresentam de diferente das tradicionais um menor teor de
solventes orgnicos ou substituio destes por gua e pigmentos sem metais pesados na sua
composio. Os componentes inconvenientes das tintas convencionais so os solventes e os
pigmentos. As resinas praticamente no oferecem riscos sade.
Solventes:
Todos os solventes so volteis e seus vapores, inflamveis. O contato prolongado com os
solventes e seus vapores pode prejudicar a sade. Quando o solvente ou o diluente a gua, o
problema no existe.
Alguns dos solventes orgnicos mais usados so:
ORIGEM
Refinao de petrleo
Indstria petroqumica
NATUREZA QUMICA
Hidrocarbonetos alifticos
Hidrocarbonetos aromticos
Acetatos
Glicis
Cetonas
Indstria qumica
Usina de lcool
lcoois
lcoois
TIPO
Aguarrs e naftas
Xilol e toluol
Acetato de etila, Acetato de butila
Etilglicol, Acetato de etilglicol
Metil-etil-ceotna (MEK)
Metil-isobutil-cetona (MIBK)
lcool isoproplico, lcool butlico
lcool etlico
Pigmentos:
Os pigmentos mais perigosos so os base de metais pesados (principalmente chumbo e
cromo). Alimentos, bebidas e gua potvel no devem ficar em contato com esses pigmentos, que
podem causar males sade se o contato for prolongado. Apenas a ttulo de ilustrao, as tintas para
embalagens tm a quantidade mxima de metais pesados permitida para contato com produtos
alimentcios, fixada na EuroNorma EN 71-14.3 e no Mtodo de Anlise DIN 53770.
Estes limites mximos esto na tabela abaixo:
53
No-Txicas:
Foram desenvolvidas tintas no-txicas, como por exemplo as com pigmentos totalmente sem
metais pesados, que substituem com vantagens o zarco e o cromato de zinco. Tambm foram
desenvolvidas tintas epoxdicas betuminosas, com alcatro tratado, do qual foram eliminados
compostos agressivos ao ser humano, uma reivindicao antiga dos pintores, que reclamavam da
irritao na pele e do seu cheiro forte.
Base de gua:
No incio, as tintas base de gua, como os PVAs e as acrlicas, serviam apenas para a pintura
de paredes de alvenaria ou de concreto. Eram os chamados ltex.
Os pesquisadores desenvolveram estas tintas base de gua tambm para superfcies
metlicas. Parece incrvel que uma tinta base de gua possa ser aplicada sobre o ao-carbono jateado.
O sucesso dessas tintas se deve ao desenvolvimento de aditivos e de pigmentos anticorrosivos, que no
permitem que a gua enferruje a superfcie do ao.
As acrlicas so um timo exemplo dessas tintas, que oferecem facilidade de aplicao, por
serem monocomponentes, e alta resistncia ao intemperismo. No perdem o brilho nem a cor por
longos perodos.
As tintas epoxdicas so outro exemplo de evoluo, quando apresentadas na verso base de
54
Tipos de Tintas
ACRLICO
Polmero de natureza flexvel, no necessita de
plastificao.
Resiste por tempos maiores aos movimentos da
base sem fissuras.
mais resistente alcalinidade do cimento e da
cal. A tinta j vem na embalagem em pH ~ 9.
Possui espessantes no-celulsicos e portanto
mais resistente aos fungos.
Possui biocidas e algicidas no-mercuriais.
Recomendado para interiores midos e exteriores.
O ltex acrlico, mesmo em interiores secos, leva vantagem sobre o PVA, por resistir a
lavagens, pois possui resina mais resistente ao esfregamento a um ido. O PVA s adequado para
paredes de interiores secos que no so lavadas freqentemente. O seu maior atrativo o preo baixo.
4.2.10.6. Mofo
O mofo, ou bolor, uma classe de fungo que se alimenta de matrias orgnicas por ele
decompostas. Este microorganismo levado pelas correntes de ar e se deposita sobre as paredes e sob
tetos. Se o ambiente quente, sem muita luz e permanece mido por longos perodos, o mofo
desenvolve-se e forma manchas escuras na pintura.
O alimento do mofo , principalmente, o espessante celulsico da tinta. Se alguma destas trs
condies eliminada, o mofo no resiste por muito tempo. Se, tambm, o alimento for eliminado, o
mofo no sobrevive.
O biocida torna o ambiente inspito e por isso o crescimento do mofo fica inibido.
4.2.10.7. Destacamento
s vezes, a tinta se destaca, no por causa do mofo, mas por infiltrao de gua na parede.
Algumas das fontes de infiltrao so: calha furada ou entupida, cano furado e solo encostado na
parede.
Antes de repintar, necessrio eliminar a fonte de infiltrao, como por exemplo consertar a
calha ou o cano e, no caso do solo, abrir uma vala rente parede e impermeabiliz-la com piche ou
alcatro de hulha epoxdica. A pintura s poder ser aplicada quando a parede estiver seca. Teste:
colar, com fita adesiva, uma folha de alumnio de 45 cm por 45 cm e deixar por 16 horas (de um dia
para o outro). Na manh seguinte, abrir a folha e verificar. Se houver condensao (a folha embaa),
ainda h umidade na superfcie.
A parede estar liberada para a pintura quando no houver mais condensao.
4.2.11.
Sistemas de Pintura
56
RURAL
URBANO
INDUSTRIAL
MARTIMO
Sol, chuva, umidade Sol, chuva, umidade, Sol, chuva, umidade, Sol, chuva, umidade,
e poeiras do solo
fuligem e SO2
fuligem, poeiras de
poeiras de areia e
(baixos teores de
(depende da
produtos qumicos,
nvoa salina
poluentes)
intensidade do
SO2, NO, NO2, CO2
(predominncia de
trfego)
e H2S
NaCl)
St 2, Sa 2
St 3, Sa 2
Sa 2 1/2
Sa 2 1/2
Alqudica
1 demo de primer e
2 de acabamento
Alqudica
2 demos de primer
e 2 de acabamento
epoximastic
1 demo
epoximastic
1 demo
Tintas
Espessura Total
70 a 125 um
100 a 175 um
Epxi
1 demo de primer e
2 de acabamento
epoximastic
2 demos
Epxi
2 demos de primer
e de acabamento
epoximastic
2 demos
exteriores
usar acabamento
de poliuretano
250 a 300 um
exteriores
usar acabamento
de poliuretano
250 a 300 um
Demo
a camada mida de tinta que aps ser aplicada se torna slida e seca. Uma demo pode ser
constituda de um s passe, se a espessura mida desse passe for suficiente para alcanar a espessura
seca especificada.
Se a espessura da camada mida for baixa, sero necessrios mais passes enquanto ainda est
mida, para alcanar a espessura seca certa. Aps a secagem da camada, se houver necessidade de
mais tinta para chegar espessura especificada, um novo passe considerado outra demo.
GUA POTVEL
N DE DEMOS
ESPESSURA (um)
Sa 3
Epxi Poliammida
125
57
Epxi Poliamida
-
2
3
125
375
EFLUENTES E ESGOTO
N DE DEMOS
ESPESSURA (m)
Sa 3
Epxi Betuminosa (preta)
Epxi Betuminosa (marron)
1
1
150
15
15
450
Tanques de Concreto:
PINTURA INTERNA
DE TANQUES
Preparo de superfcie
Selador
Tinta de acabamento 1
demo
Tinta de acabamento 2
demo
Tinta de acabamento 3
demo
Espessura total
EFLUENTES E ESGOTO
N DE DEMOS
ESPESSURA (m)
Lixamento ou jateamento
Epxi Poliamida (clear)
Epxi Betuminosa (preta)
1
1
50
150
150
150
500
DURABILIDADE
10 a 12 anos
8 a 10 anos
5 a 8 anos
4 a 5 anos
59
FILME SECO
FILME MIDO
O2
O2
FILME
FILME MIDO
SECO/
60
Tintas acrlicas ou vinlicas, que secam somente pela evaporao dos solventes, no
tm prazo mximo para a repintura, porque os solventes da nova demo sempre
amolecem a demo anterior.
No caso de o prazo ser ultrapassado, necessrio lixar ligeiramente a superfcie para "quebrar
o brilho" e garantir a aderncia entre demos.
Aps o lixamento recomendvel passar pano de algodo limpo (que no solte fiapos),
embebido em diluente limpo, para remover o p e as gorduras.
4.2.14.
O fabricante j testou muito a tinta e a espessura que ele recomenda na ficha tcnica a mais
adequada para que a tinta tenha o desempenho esperado.
O problema de aplicar espessura menor a corroso em tempo mais curto do que se espera. Se
a espessura maior do que a indicada, o prejuzo o consumo de tinta a mais, sem necessidade.
H uma tolerncia para as espessuras, em geral de aproximadamente 10%.
Por exemplo, se a espessura recomendada de 40 um, ela pode variar de 35 a 45 um, sem
problemas.
Espessuras muito acima da recomendada em superfcies verticais podem causar problemas de
escorrimento e em superfcies horizontais, demora para secar, rachaduras ou enrugamentos.
A parte superficial seca mais rapidamente e sofre contrao, enquanto a parte mais profunda
ainda tem solventes e permanece mole, permitindo o surgimento das trincas ou dos enrugamentos.
muito importante o pintor controlar a espessura mida, para que a espessura seca obtida seja
aquela que foi especificada.
4.2.15.
Calcinao ou Gizamento
UV + gua + O2
Aps lavagem com gua e detergente, esfregados com uma escova de nilon, lixar com lixa
nmero 100 a superfcie e passar uma escova de plos para tirar o p. Em seguida, passar um pano
embebido em diluente, removendo possveis gorduras e o resduo de p.
Aps estas providncias, aplicar uma tinta resistente calcinao, como acabamento
poliuretnico ou acrlico.
Observao: jamais aplicar verniz poliuretnico sobre tintas epoxdicas. O verniz, por ser
transparente, deixa passar a luz UV calcinando o epxi embaixo.
Carepa de Laminao
Quando uma superfcie de ao-carbono aquecida entre 4500 C e 8000 C e exposta ao ar,
forma-se uma camada cinza escura azulada, que chamada de carepa.
O oxignio do ar reage com o ao, que composto principalmente por ferro, e forma os xidos
de ferro. A carepa uma camada bem aderida, dura e lisa e em alguns casos espessa. A espessura
depende do tempo em que o ao ficou exposto alta temperatura e pode variar de 15 a 500 um. A
carepa solta-se quando o ao novo exposto ao sol e chuva.
Com o calor, o ao dilata-se e a carepa, que no acompanha este movimento, sofre
trincamento. A corroso do ao (tambm chamada de ferrugem), formada pela presena do oxignio e
da gua, comea nessas trincas e avana por baixo da carepa. Depois de algum tempo, a ferrugem
toma conta da superfcie e expulsa toda a carepa. Passado mais algum tempo, surgem pontos
profundos de corroso na superfcie, chamados de pites.
Portanto, a prpria natureza capaz de eliminar a carepa de chapas e perfis laminados a
quente.
Observao: No recomendado que se utilizem cidos, produtos qumicos ou gua
salgada para acelerar a remoo da carepa. Esses produtos realmente podem diminuir o
tempo na eliminao da carepa, porm os problemas que eles causam no compensam seu
uso.
63
FERRUG EM
IN C IO D A F E R R U G E M
F E R R U G E M + P IX E S
4.3.1.1.
Com a variao da temperatura (de dia esquenta e de noite esfria), a carepa, por ter
coeficiente de dilatao diferente do ao, acaba se destacando devido aos movimentos de dilatao e
contrao da base. A carepa no flexvel. Se a tinta for aplicada sobre a carepa, ela pode se
destacar junto com os pedaos trincados e soltos deste material.
Muitos pensam que a carepa protege o ao-carbono enquanto est sobre a superfcie, porm o
seu tempo de permanncia menor do que o de muitas tintas. Em outras palavras, a tinta, por ser
flexvel, oferece maior proteo ao ao do que o que se poderia obter somente com a carepa.
4.3.1.2.
Tipos de Contaminantes
4.3.3.
Terra: Peas deixadas no cho so contaminadas por areias ou argilas jogadas por
ventos e chuvas, prejudicando a aderncia das tintas.
Suor: Lquido produzido pelo corpo, eliminado atravs dos poros da pele. Contm
gua, gorduras, cido rico e sais. O toque com as mos em superfcies j prontas para
a pintura produz manchas que causam bolhas nas tintas e aceleram a corroso.
No Concreto:
4.3.4.
Qualquer tinta, por mais moderna e por melhor desempenho que possa ter, nunca deve ser
aplicada sobre superfcies contaminadas com compostos solveis, pois h um grande risco de se
formarem bolhas.
As bolhas formam-se por causa da osmose, que a passagem de gua atravs da pelcula de
tinta, do lado que tem menor concentrao de sal para o lado de maior concentrao de sal.
Geralmente as bolhas ocorrem em locais midos ou em condies de imerso.
Dependendo dos locais, os produtos de corroso podem conter os seguintes compostos
solveis: beira-mar h cloreto de sdio e cloreto frrico, no ambiente industrial h nitratos, cloretos e
sulfatos ferrosos e no ambiente rural h os xidos e hidrxidos ferrosos. Por isso que, para situaes
de imerso ou exposio a ambientes muito midos, as superfcies devem ser jateadas ao grau Sa 3 da
norma sueca.
No se deve tocar com as mos a superfcie a ser pintada, pois os sais, as gorduras e os cidos
do suor causam problemas de bolhas por osmose. Tambm no se deve utilizar areia contaminada com
sais nos servios de jateamento.
Para o controle da salinidade na areia existe a norma PETROBRS N 1946. Essa norma
descreve um mtodo para verificar se o teor de sais na areia maior ou menor do que 40 ppm (partes
de cloreto para um milho de partes de areia, que equivale a 0,004%). Se o teor de cloreto de sdio
estiver acima de 40 ppm, a areia estar condenada. Areia de mar no deve ser usada no jateamento.
4.3.5.
Concreto Novo:
No aplicar pintura sobre concreto aditivado com acelerador de cura sem que testes indiquem
a poscsibilidade de adeso satisfatria da tinta. No aplicar a pintura sem que o concreto esteja seco e
curado pelo menos por 28 dias. As superfcies devero receber tratamento adequado para: eliminar a
nata da cal e qualquer contaminante superficial, produzir rugosidade para garantir a perfeita aderncia
do sistema, abrir todos os vos e falhas superficiais e eliminar partculas soltas.
Os mtodos recomendados para o tratamento de superfcies de concreto so:
Jato Abrasivo:
Ferramenta Mecnica:
Utilizar lixadeira de disco (lixa 60) ou mquinas de martelos rotativos. Aspirar ou soprar o p
com ar comprimido filtrado e aplicar a primeira demo do selador.
66
Antes de aplicar o cido, molhar a superfcie com gua, evitando a formao de poas. Aplicar
a soluo com 15% de cido muritico (1 parte de cido muritico comercial para 1 parte de gua, em
volume), Para calcular a quantidade de soluo, considerar que so necessrios 10 litros de soluo
para 15 a 18 m2 de rea. Espalhar de modo uniforme a soluo sobre a superfcie, utilizando escovas
com cerdas de nilon. Evitar a formao de poas e deixar a soluo atuar sobre o concreto at que a
superfcie apresente uma rugosidade similar ao papel de lixa 80. Lavar com gua em abundncia para
eliminar todo o resduo do cido. Aplicar o selador quando o concreto estiver perfeitamente seco e
neutro (pH entre 7 e 8).
Notas:
Tratamento com cido no elimina contaminaes de leos, graxas e gorduras
impregnados no concreto;
No utilizar cido em estrutura de concreto armado ou protendido, pois sua
infiltrao na ferragem pode comprometer a segurana da estrutura.
Concreto Velho:
Apresentando-se limpo, liso e seco, executar o mesmo tratamento de superfcie recomendado
para o concreto novo. Apresentando-se limpo e com rugosidade uniforme, lavar com gua e
detergente, vapor ou hidrojato para eliminar partculas soltas e possveis falhas da superfcie.
Apresentando-se contaminado necessria uma avaliao prvia para verificar a profundidade da
impregnao.
Selador:
Aps o tratamento da superfcie necessrio aplicar um selador, base de resina epoxdica,
antes de aplicar o acabamento ou massas para correo de imperfeies de superfcie. O selador tapa a
porosidade da superfcie do concreto, evitando a absoro excessiva da tinta e melhorando a aderncia
do sistema.
4.3.6.
4.3.6.1.
Graus de Corroso
4.3.6.2.
Graus de Limpeza
4.3.6.3.
Tipos de Abrasivos
Na limpeza de superfcies para pintura industrial os abrasivos mais usados so: areias,
granalhas e xido de alumnio (sinterball).
Areia:
Usada em campo aberto, onde no h restrio poeira. Tem boa capacidade de limpeza,
barata, mas com o impacto na superfcie quebra-se produzindo poeira.
Na primeira passagem (primeiro ciclo), cerca de 70% da areia ficam quebrados, permitindo
apenas mais uma reciclagem, ou quando muito uma terceira. Depois disso, o que resulta um p fino,
que no serve para o jateamento com finalidade de proteo anticorrosiva. A poeira contm slica, que
faz mal ao pulmo, causando uma doena chamada silicose.
68
Perfil de Rugosidade
4.3.7.1.
Conceitos
4.3.7.2.
Jateamento a mido
4.3.9.
Onde o jato de areia a seco no pode ser utilizado por causa da poeira, o jato a mido resolve o
problema, pois a gerao de p mnima. O equipamento de jato a mido o mesmo do jateamento a
seco, porm introduz-se uma corrente de gua no bico.
A gua molha o jato de areia e diminui consideravelmente a poeira. O jateamento a mido
pode ser realizado com ou sem inibidor de corroso.
Com Inibidor:
A vantagem de se trabalhar com o inibidor que se pode jatear noite, mesmo quando
a umidade do ar maior;
Se no chover, possvel ficar alguns dias com a lama do jateamento sobre as peas
sem que a ferrugem amarelada se forme. Com isso h um aumento da produtividade.
Para pintar necessrio lavar com gua limpa e secar bem a superfcie com ar
comprimido limpo e seco, para remoo completa dos resduos do inibidor, que por
ser solvel em gua pode provocar bolhas por osmose na pelcula de tinta.
O nitrito de sdio reage com o ao e produz uma pelcula invisvel de xido de ferro insolvel
e hidrxido de sdio, que protegem por poucos dias a superfcie jateada, evitando o enferrujamento
instantneo do ao (flash rust).
Sem Inibidor:
Imediatamente aps o jateamento a mido, sem inibidor, necessrio lavar com gua
limpa e secar bem a superfcie, com ar comprimido limpo e seco. Este procedimento
deve ser rpido, pois sem o inibidor a gua provoca enferrujamento acelerado.
Com o uso do inibidor se consegue padro Sa 2 1/2 mais facilmente do que sem o inibidor.
Padro Sa 3 quase impossvel de ser obtido. Por isso no se aconselha jato mido para interior de
tanques. Nesse caso melhor usar areia seca, granalhas ou sinterball.
Importante:
Jateamento a mido no quer dizer que a superfcie no momento da pintura possa estar
molhada ou at mesmo mida.
4.3.10.
Preparao da Tinta
Antes de comear a preparar a tinta, o pintor deve separar a ficha tcnica e retirar do
depsito: a tinta (componentes A e B, se for bicomponente), o diluente, o abridor de latas, 3 esptulas
(uma para cada componente e outra para a mistura, se for bicomponente), a caneca graduada para
fazer a diluio, uma lata maior para colocar a mistura ou a tinta diluda, os pincis, rolos, a pistola,
as mangueiras, as ferramentas (um alicate, a chave da pistola, uma chave de fenda), panos de
algodo limpos, o medidor de espessura mida e os EPls (capacete, gorro, culos, respiradores e
luvas).
A preparao deve se iniciar com a leitura dos rtulos (cuidado para no usar tinta vencida, e
no confundir componente A de uma tinta com componente B de outra). Uma providncia til : ao
receber tintas bicomponentes, juntar cada par de embalagens de A e B amarrando-as pelas alas ou
passando uma fita crepe nas duas e s ento guardar os pares nas prateleiras. Abrir a tampa com
cuidado para no danificar as bordas e colocar a esptula limpa at o fundo da lata.
Se o pigmento estiver "empedrado", retirar a parte lquida passando-a para outra lata vazia e
limpa. Mexer a pasta de pigmento que sobrou no fundo, voltando aos poucos e com cuidado a parte
lquida separada. Agitar a pasta com a esptula em movimentos circulares e de baixo para cima,
cuidadosamente para no espirrar tinta para fora da lata e para no introduzir bolhas de ar.
Se for o caso de usar toda a quantidade de tinta das embalagens, o pintor pode abrir as latas
retirando o fundo com um abridor de latas, para aproveitar melhor o seu contedo.
Observao: No caso de tintas bicomponentes, aps proceder como indicado acima com
cada um dos componentes, adicionar o agente de cura sobre o componente-base, aos
poucos, mantendo a agitao. Em algumas tintas o componente A o base e o B o agente
de cura. Em outras, o B o agente de cura e o A o base.
4.4.2.
Proporo de Mistura
a relao entre as quantidades de componentes A e B que devem ser misturadas para que a
tinta bicomponente possa ser aplicada e curada corretamente.
Existem propores 1:1 (ou 3,6:3,6 ou 100:100), 2:1, 3:1, 4:1 (ou 100:25), etc. Sempre
significam a quantidade de componente A para B. As propores podem ser em volume ou em massa
(peso). Algumas vezes o pintor encontra os componentes A ou B denominados como parte A ou parte
B.
Quando o rtulo da embalagem indica, por exemplo, que a proporo de 100 partes de A
para 25 partes de B, significa que a proporo de 4:1. Para saber, s dividir 100 por 25 = 4 e 25 por
25 = 1 (a maior parte pela menor e a menor por ela mesma).
Quando o pintor vai usar a tinta toda que est na embalagem, nem se preocupa com a
proporo de mistura, pois o fabricante j coloca a quantidade exata nas duas embalagens e assim a
mistura j estar na proporo correta. Porm, quando vai usar apenas pequenas quantidades de tinta,
necessrio seguir a proporo de mistura indicada na ficha tcnica ou no rtulo das embalagens.
A mistura fora da proporo ou a aplicao de somente um dos componentes acarreta
prejuzos, pois a pelcula pode ficar mole e grudenta ou endurecer demais e ficar toda rachada e
quebradia. Uma vez que foi aplicada errada, no h como recuperar uma tinta fora de proporo. S
resta remover toda a tinta e aplic-la novamente, s que dessa vez na proporo correta.
73
A p lic o u s o
c o m p o n e n te A
T in ta G r u d e n ta
Vida til da mistura ou "pot Me" o tempo que o pintor tem para usar a tinta bicomponente
depois que as partes A e B foram misturadas.
Feita a mistura, as resinas dos dois componentes comeam a reagir e, aps um determinado
tempo, a tinta gelatiniza ou endurece e no mais possvel a sua utilizao.
As tintas epoxdicas e as poliuretnicas so exemplos de tintas bicomponentes nas quais os
componentes A e B reagem entre si. Por isso necessrio observar o tempo de vida til que as fichas
tcnicas dessas tintas indicam, para no ter prejuzo.
O pintor deve verificar a rea a ser pintada, para no preparar quantidade de tinta a mais do
que capaz de aplicar dentro do perodo de vida til da mistura. Deve verificar tambm se a rea j
est limpa e pronta para receber a tinta e se todo o equipamento a ser utilizado est em ordem.
Se o pintor no for utilizar a tinta toda, deve preparar somente a quantidade necessria para
dar uma demo na rea a ser pintada. Para isso, ele retira a quantidade de que. necessita em medidas
pequenas (copos ou canecas). Por exemplo, se a proporo da tinta de 3: 1, o pintor deve tirar trs
medidas iguais do componente A e uma outra igual do componente B. prefervel trabalhar com
relao de mistura em massa (peso). pois fica mais fcil medir as quantidades de A e de B, diminuindo
o erro na operao de mistura.
A temperatura influi no tempo de vida til da mistura. Assim, quando a temperatura do
ambiente mais alta, o tempo de vida til diminui e quando a temperatura mais baixa, o tempo que o
pintor tem para us-la aumenta. Se o pintor colocar a mistura na geladeira, o tempo ser aumentado,
mas isso desaconselhado pois a tinta muito fria no momento da aplicao provocar a condensao
da umidade e o seu desempenho ser prejudicado.
A quantidade de tinta misturada tambm influi na vida til. Quantidades maiores tm vida til
menor. Por exemplo, a vida til da mistura de dois baldes de 18 L menor do que a de duas latas de 1
galo (3,6 L).
A adio de diluente deve ser feita aps a mistura dos componentes.
74
Aps a mistura e diluio, o pintor deve fechar a lata onde a mistura foi feita e aguardar de 10
a 15 minutos. Esse tempo chama-se induo ou espera, e serve para que as resinas comecem a reagir, a
fim de que, quando forem aplicadas, estejam mais homogneas e prontas para aderirem superfcie.
Em tintas com vida til da mistura muito curta, pode-se dispensar o tempo de induo.
Observao: Aps o prazo de vida til da mistura, no adianta diluir mais a tinta, pois a
aplicao de tinta com prazo vencido poder prejudicar a sua aderncia.
Em tintas bicomponentes assim:
Misturou, No Usou, Perdeu.
4.4.5.
Diluio
Condies de Aplicao
As condies que podem influir no desempenho das tintas e, portanto, que devem ser
respeitadas pelo pintor durante a aplicao so:
Temperatura da Tinta:
A temperatura da tinta, medida na lata se for monocomponente ou na mistura se for
bicomponente, dever estar entre 16 e 30C. Lembrar que, na mistura de A com B das tintas
bicomponentes, a temperatura aumenta.
A temperatura da tinta pode ser medida com um termmetro comum.
75
76
10
8,2
7,3
6,5
5,6
4,5
3,3
2,3
1,0
-0,3
-1,5
-3,1
-4,7
-6,9
UR%
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
15
13,3
12,5
11,6
10,4
9,1
8,0
6,7
5,6
4,1
2,6
0,9
-0,8
-2,9
TEMPERATURA AMBIENTE oC
20
25
30
18,3
23,2
28,0
17,4
22,1
27,0
16,5
21,0
25,9
15,4
19,9
24,7
14,2
18,6
23,3
13,0
17,4
22,0
11,9
16,2
20,6
10,4
14,8
19,1
8,6
13,3
17,1
7,0
11,7
16,0
5,4
9,5
14,0
3,4
7,4
12,0
1,3
5,2
9,2
35
33,0
32,0
31,0
29,6
28,1
26,8
25,3
23,9
22,2
20,2
18,2
16,1
13,7
40
38,2
37,1
36,2
35,0
33,5
32,0
30,5
28,9
27,1
25,2
23,0
20,6
18,0
A Linha de Ar Comprimido
O ar comprimido deve chegar pistola limpo, seco, em volume e presso suficientes. Para isso
necessrio um compressor, tubulaes com dimetro suficiente, reguladores de presso com
manmetro em bom estado de conservao, filtros separadores de gua e leo e mangueiras com
comprimento e dimetro adequados.
4.4.7.1.
Compressor
4.4.7.2.
Tubulao
A tubulao de ar deve ser a mais direta possvel para evitar perda de presso e estar instalada
com inclinao no sentido do compressor, para que a gua e o leo retomem facilmente ao
reservatrio.
A tubulao deve ser em ao galvanizado, com bitolas entre 3/4 e 1/2 polegada, dependendo
do volume de ar necessrio. As sadas de ar devem ser por cima do tubo principal da linha, a uma
distncia mnima de 7,5 metros do compressor para que o, ar no seja contaminado com gua, leo e
detritos de ferrugem.
4.4.7.3.
Pistola
4.4.7.3.2. Limpeza
No final do dia, ou no caso de mudana de tinta, a caneca ou a mangueira de tinta devem ser
limpas. Para a caneca, usar pano ou papel absorvente que no solte fiapos, embebido no diluente para
limpeza. Para limpar a mangueira, colocar uma lata de 1/4 de galo de diluente no tanque, fechar a
tampa, o parafuso de ajuste do ar na pistola e acionar o gatilho, apontando para uma lata limpa. O
diluente sob presso no tanque empurra a tinta para a pistola e esta poder servir para algum retoque.
A quantidade de tinta que resta na mangueira de 8 mm (5/16") de dimetro por 3 metros de
comprimento chega a 150 cm (0,15 L).
Um litro de solvente suficiente para limpar at 3 metros de mangueira.
Cuidado: tinta bicomponente endurecida no interior da mangueira inutiliza-a.
Ao terminar o trabalho dirio, o pintor deve desmontar a pistola, colocando o bico e a capa em
um copo com solvente para amolecer ou dissolver a tinta. Se aps a imerso ainda houver tinta aderida
nessas partes, esfregar uma escova apropriada embebida no solvente para remov-la.
O solvente amolece o resduo que pode ser retirado dos orifcios da capa e do bico com um
palito de madeira ou de cobre. No usar arame, broca ou outro objeto de metal para limpar os orifcios.
Como essas peas so feitas de ao ou de bronze niquelado, esses metais podem danificar o contorno
dos orifcios impedindo-os de produzirem um leque adequado.
O corpo da pistola no deve nunca ser mergulhado no diluente, pois este retira a lubrificao e
pode ressecar as guarnies. Alm disso, o solvente sujo pode entupir as passagens de ar no interior da
pistola.
No convm mergulhar a agulha no solvente pois este poder soltar o cilindro colado em seu
corpo, e com isso o gatilho no mais conseguir pux-la.
4.4.8.
Pincel
Os melhores pincis para a pintura industrial com tintas anticorrosivas so feitos geralmente
com plos de porco ou de orelha de boi. Os de plos sintticos como os de polipropileno e nilon so
indicados para tintas base de gua. A escolha do tipo de pincel depende do trabalho a ser
executado.
TIPO DE PINCEL
* Trincha de 75 a 100mm (3 a
polegadas)
Trincha de 25 a 50mm (1 a 2
polegadas)
Pincel redondo ou chato de 25 a
38mm (1 a 1 1/2 polegada)
TIPO DE TRABALHO
Superfcies grandes e planas
OBSERVAES
Carrega mais tinta e rende mais
4.4.8.1.
Tcnicas de Aplicao
Depois de mergulhar cerca de 2/3 do comprimento dos plos na tinta, o pintor leva o pincel
superfcie virado para baixo, meio inclinado.
As pinceladas iniciais devem ser curtas, procurando espalhar uma quantidade uniforme de
tinta, esfregando os plos na superfcie para cobrir todas as irregularidades.
O nivelamento e o alisamento das camadas deve ser feito com longas pinceladas cruzadas
sobre as iniciais, sem apertar muito para evitar marcas.
As pinceladas devem ser dadas com uma pequena inclinao no pincel, para facilitar o
deslizamento. A inclinao deve ser ao contrrio na volta. Ao terminar o trabalho dirio, o pintor deve
lavar o pincel com solvente e em seguida com gua e sabo para que ele possa durar mais.
4.4.9.
Rolo
Os rolos podem ser de pele de carneiro ou sinttica (acrlica) - para tintas base de solventes
ou de gua - e de espuma de poliuretano - somente para tintas base de gua {pois desmancham-se
quando usados com tintas base de solventes orgnicos}. O rolos so fornecidos com comprimento de
plos de 6 mm at 23 mm.
Os plos longos carregam mais tintas e so adequados para superfcies muito irregulares,
porm deixam marcas em relevo, como casca de laranja. Os curtos evitam formao de espuma e do
acabamento mais liso e uniforme, porm a espessura da camada de tinta fica mais baixa. Se no for
possvel comprar rolos com plos mais curtos, pode-se queim-Ios "sapecando-os" em uma chama. O
miolo dos rolos pode ser um tubo de resina fenlica ou de polipropileno, ambos resistentes aos
solventes.
As larguras dos rolos variam de 75 mm at 230 mm. Por exemplo, para pintura de perfis de
torres de transmisso, so usados os de 100 mm.
4.4.9.1.
Tcnicas de Aplicao
No se mergulha o rolo todo na lata de tinta. usada uma bandeja rasa com uma rampa onde
ele rolado para tirar o excesso. Pode-se usar tambm uma tela de arame com cabo, chamada de
difusor, que colocada dentro do balde para tirar o excesso de tinta do rolo.
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Os solventes, imediatamente aps a aplicao das tintas, comeam a se evaporar. Com isso, a
espessura da camada diminui, dependendo do teor de solventes, ou seja, de acordo com o volume de
slidos.
A medida feita imediatamente aps a aplicao, com um pente de ao inox que tem dois ps
com o mesmo comprimento e outros com comprimentos variveis, em forma de escada.
O pintor apia o pente sobre a superfcie pintada e verifica qual foi o dente de maior valor que
molhou e o primeiro aps que no molhou.
Pente
Tinta
lquida
30
20
Pente
10
30
20
10
Aps a evaporao dos solventes e da cura das tintas, a pelcula seca, j endurecida, pode ser
medida com diversos tipos de aparelhos.
Magntico (jacar, pica-pau ou Mikrotest):
Coloca-se o aparelho sobre a superfcie de ao-carbono nua e polida. Gira-se o disco graduado
todo para a frente e aperta-se o pino avisador. O im adere superfcie. Em seguida, gira-se o disco
para trs at que a fora da mola solte o im e o pino avisador salte, produzindo um "clique". L-se o
valor da espessura na escala do disco. Repete-se o procedimento sobre uma lmina aferida e depois
sobre a superfcie pintada.
Eletrnico:
Calibra-se o zero sobre uma superfcie de ao-carbono nua e polida. Em seguida coloca-se
uma lmina aferi da e sobre ela o apalpador, ajustando-se o valor da lmina. Confere-se o zero
novamente e o aparelho estar pronto para as medies.
Existem aparelhos eletrnicos para medidas sobre metais no-ferrosos e modernamente o
aparelho por ultra-som permite leitura de espessura de camadas de tinta sobre superfcies nometlicas tambm.
O aparelho magntico mais usado no campo e o eletrnico em laboratrios.
4.4.12.
Ensaio de Aderncia
O ensaio de aderncia, segundo a norma ABNT MB 985, um dos mtodos existentes que
permite esta verificao.
Em resumo, esse mtodo subdividido em dois: O mtodo A - corte em X - e o mtodo B corte em grade.
O mtodo A indicado para pinturas efetuadas em campo ou em oficinas e o mtodo B, para
pinturas efetuadas em laboratrios.
O mtodo A, consiste em se fazer, com estilete afiado pela quebra da lmina descartvel, dois
cortes de 4 cm cada, cruzados ao meio, com um ngulo de 40. Pode-se usar um gabarito como o do
desenho abaixo, feito de plstico:
Procedimento Resumido:
4.5. O Projeto
4.5.1.
So reas que sofreram aquecimento at a fuso do metal e por isso ficam sujeitas a tenses,
formao de carepa e resduo do fluxo de solda, que na maioria dos casos solvel em gua.
Alm disso, geralmente so irregulares, com reentrncias, furos, poros idades e formam pares
bimetlicos (clulas de corroso).
Quando possvel, essas regies devem ser jateadas, ou pelo menos alisadas com discos
abrasivos ou esmeril. A tinta deve ser esfregada cuidadosamente com pincel, antes de cada demo
normal a ser aplicada, produzindo um reforo de pintura.
4.5.1.2.
Essas reas so crticas para a corroso porque as tintas lquidas tendem a se afinar por causa
da tenso superficial.
Justamente na regio que mais necessita da tinta, ela fica fina. Reforar essas reas melhora,
mas arredondar ou chanfrar as arestas e quinas o ideal, pois a tinta fica com espessura mais
uniforme.
4.5.1.3.
Essas regies so sensveis corroso por terem composio diferente da dos aos que unem,
formando pares bimetlicos.
Nelas tambm existem arestas vivas, quinas e frestas, que devem ser reforadas com pintura a
pincel.
4.5.1.4.
Frestas
Quando duas peas so colocadas em contato e entre elas fica um espao por onde o eletrlito
(gua com sais ou com gases) pode penetrar, h possibilidade de ocorrer a corroso por aerao
diferenciada.
Este problema, chamado de corroso em fresta, um dos mais freqentes na construo de
estruturas e equipamentos metlicos. As solues esto na solda contnua ou no preenchimento das
frestas com massa de vedao epxi ou poliuretano.
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CERTO
Os azulejos no apresentam problemas de higiene, por serem duros, lisos, fceis de limpar e
difceis de sujar. Porm o rejunte base de cimento branco duro e tem coeficiente de dilatao
diferente do dos azulejos, sofrendo fissurao com as variaes de temperatura durante dias e noites.
Os microorganismos penetram por essas fissuras, alojam-se nos espaos atrs dos azulejos e, mesmo
aps a limpeza e desinfeco, acabam retornando superfcie. Os produtos que esto sendo
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Durante a elaborao do projeto, no pode ser esquecido que todas as peas metlicas de
estruturas ou de equipamentos devem permitir acesso para a execuo da pintura inicial e tambm para
as manutenes peridicas. reas de difcil acesso para pintura, onde os pintores deixam trechos sem
tinta, fatalmente apresentaro corroso.
Mesmo que as peas sejam pintadas totalmente, antes da montagem, no se pode esquecer da
necessidade de manuteno da pintura, por mais durvel que ela seja.
Composies aparafusadas ou soldadas, montadas com vos entre as peas, dificultam a
pintura e a repintura dos espaos onde o pincel, o rolo e o jato de tinta da pistola no alcanam.
4.5.4.
Uma pintura que projetada para ser area, ou seja, ficar exposta a corroso atmosfrica, nem
sempre resiste a imerso em gua. Acontece que freqentem ente as guas de chuva ficam empoadas
sobre equipamentos e estruturas e a pintura acaba ficando numa situao de imerso para a qual no
foi projetada.
Qualquer falha minscula na camada de tinta, como canais capilares ou microfissuras, fica
imersa por mais tempo na gua, tendo mais chance de sofrer corroso. Se o projeto levar em
considerao essa situao, a gua de chuvas escoar rapidamente e a pintura poder durar mais.
4.5.5.
As partes inferiores de estruturas e equipamentos devem ser reforadas com uma demo a
mais de cada tinta do sistema de pintura, pois so as regies mais sujeitas a corroso.
As guas de chuvas molham completamente as peas e pela ao da gravidade escorrem. Com
isso as partes superiores secam mais rapidamente do que as partes inferiores.
A regio mais baixa, que fica a cerca de 50 cm do solo, a que permanece mais tempo
molhada.
Em equipamentos ou estruturas expostos ao intemperismo os respingos de guas de chuvas
jogam terra nas peas, o que contribui para reter umidade por tempos ainda maiores.
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Composies Complicadas
86
Cuidados no Jateamento
Pincel e Rolo:
Os cuidados que devem ser tomados na preparao e na diluio das tintas para aplicao a
pincel ou rolo so os de no respirar os vapores dos solventes e no deixar cair tinta na pele.
O local onde a tinta preparada ou aplicadas deve ser ventilado e, se for interior, ter
exaustores para renovao constante do ar. Tintas contendo metais pesados, como zarco ou cromato
de zinco, podem contaminar o pintor atravs da pele. Para esses tipos de aplicao, os pintores devem
usar luvas e respiradores ou mscaras com filtros que sejam capazes de reter vapores de solventes.
Esses respiradores geralmente so base de carvo ativado. As luvas servem para evitar que respingos
das tintas e vapores de solventes fiquem em contato com a pele das mos e dos braos.
Pistola Convencional:
Os cuidados com a preparao, a diluio e a aplicao das tintas so os mesmos que para
aplicao a pincel ou rolo. Porm a pintura a pistola produz poeira de tinta seca. Isso ocorre porque a
tinta, enquanto est sendo pulverizada, encontra o ar que retorna da superfcie, o que provoca um
turbilho, e parte dessa tinta acaba secando no ar formando um p. Por esse motivo, o pintor deve
sempre utilizar respiradores ou filtros capazes de reterem solventes e poeiras das tintas.
importante o pintor usar tambm luvas resistentes aos solventes, como por exemplo as de
PVC, para evitar o contato dos vapores de solvente e da poeira de tintas com a pele das mos e dos
braos.
necessrio renovar o ar do ambiente com exaustores, para evitar que o pintor fique exposto
aos vapores dos solventes e isso deve ser providenciado antes do incio da pintura, pois fascas podem
detonar os vapores e provocar uma exploso.
Condies de Armazenagem
A armazenagem de tintas ou de diluentes sem cuidado nenhum pode diminuir sua vida til e
contribuir para a ocorrncia de acidentes.
Desde que sejam observadas algumas condies, as tintas e diluentes armazenados em boas
condies podem chegar ao limite de sua vida de prateleira sem problemas de qualidade ou de
segurana. Um resumo dessas condies recomenda o seguinte:
Armazenar as tintas e diluentes em locais abrigados do sol e das chuvas, ventilados e nos
quais a temperatura do ambiente no ultrapasse 40C. Temperaturas mais elevadas
provocam expanso dos vapores dos solventes e podem causar estouro das tampas das
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Nos locais de armazenamento devem ficar apenas as latas (as caixas de papelo devem ser
retiradas do local, por se tratarem de materiais combustveis facilmente inflamveis).
Tambm no devem ser deixadas roupas, macaces, luvas de borracha e mscaras dentro
do local de armazenamento das latas de tintas e diluentes.
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5. Referncias Bibliogrficas
5.1. Gerais
Perry, R. H. & Chilton, C. H.: Chemical Engineers Handbook, Fifth Edition.
Gomes, L. P.: Sistemas de Proteo Catdica.
Dutra, A. C. & Nunes, L. P.: Proteo Catdica - Tcnicas de Combate a Corroso.
Fazano, C. A. T. V.: Tintas - Mtodos de Controle de Pinturas e Superfcies.
Nunes, L. P. & Lobo, A. C. O.: Pintura Industrial na Proteo Anticorrosiva.
Diversos Autores - Publicao ABRAFATI: Tintas e Vernizes - Cincia e Tecnologia, volumes
1 e 2.
IBP - Instituto Brasileiro de Petrleo: Revestimentos Anticorrosivos de Dutos Terrestres e
Submarinos.
Blanco, N. M.; Evangelista, I. N. M. & Correa, A. R.: Revestimento Externo Anticorrosivo de
Dutos - SEREC / PETROBRS
Site da Associao Brasileira de Corroso - ABRACO: www.abraco.org.br
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