Apostila de Metalografia
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Escola Volkswagen
Ensaios Metalográficos
A metalografia surgiu através do trabalho pioneiro de Henry C. Sorby (1826 – 1908), tido como
precursor da moderna metalografia, quando em 1863 observou pela primeira vez uma estrutura metálica ao
microscópio. Desde então pode-se defini-la como o ramo da tecnologia que estuda a estrutura íntima dos metais e ligas
metálicas, e a sua relação para com a sua composição química e as propriedades físicas e mecânicas.
São através deste exame claramente definidas várias características estruturais como sendo: tamanho
do grão, forma e distribuição de fases secundárias e inclusões não metálicas, segregações e outras condições, todas as
quais influenciam nas suas propriedades mecânicas e os tipos comportamentos de um metal. Pode-se determinar a
história quase que completa do tratamento térmico e mecânico de um metal e também é possível predizer-se com
considerável precisão o comportamento de um metal usado para uma finalidade específica. Um outro exemplo que
podemos citar é quanto a um material laminado, que deverá ser examinado quanto a presença de segregações. Além
destes dois exemplos poderíamos citar outros.
Pouco porém pode ser determinado observando as características estruturais de um metal sob um
microscópio se a superfície a ser examinada não estiver preparada de acordo com os procedimentos corretos, para tanto
apresentamos a seguir, as fases de preparação da amostra as quais dividiremos em:
1. Análise preliminar
2. Seccionamento ou corte
3. Montagem / embutimento
4. Lixamento
5. Polimento
6. Ataque químico
7. Limpeza
1- Análise preliminar:
Quando o material ou peça é entregue a
um laboratório de ensaios a fim de ser examinado para
esclarecer alguma questão, o encarregado de estudar o
assunto precisa, antes de tomar qualquer providência,
inteirar-se bem do que o interessado deseja e qual o fim
visado. O encarregado do ensaio não deve dar início a
qualquer procedimento, sem antes discutir o assunto com o
remetente, discutindo com o mesmo os métodos utilizados
para o ensaio.
Em qualquer hipótese é altamente prudente proceder a um exame detido da peça sob diversos pontos
de vista, como o aspecto da fratura, a existência de marcas de pancadas, gripamentos, vestígios de soldas, azulamento
por aquecimento, porosidade, rebarbas, trincas, polimentos locais, enferrujamento, corrosões, desgastes, marcas
puncionadas, entortamentos, etc., antes de determinar cortes ou extração de amostras ou corpos de prova. A verificação
posterior de fatos que deveriam ter sido notados antes de subdividir a peça, tornando-se às vezes dificílima ou mesmo
impossível.
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2- Seccionamento:
Cortar e realizar uma superfície plana e polida no corpo de prova.
A obtenção correta dos corpos de prova das amostras e decisiva para o sucesso de todo o exame. O
corpo de prova deve traduzir as características do material a examinar. Em material laminado, por exemplo, que deverá
ser examinado quanto a presença de segregações, não se escolherá uma secção transversal, mas sim uma longitudinal,
pois apenas esta permitirá reconhecer toda a extensão das segregações.
Deve-se observar a possibilidade de uma descarbonetação, cementação, deformação a frio,
recristalização etc. No caso de exame de defeitos é vantajoso tomar uma amostra de material são, como elemento de
comparação.
A dureza do material determina o método de obtenção do corpo de prova. Materiais moles podem se
serrados. Os cortes por tesoura são inadequados, devida a deformação a frio que introduzem no material. No caso de
materiais quebradiços pode-se muitas vezes obter um corpo de prova por uma pancada. Materiais duros devem ser
cortados no tamanho desejado em cortador de disco abrasivo, recomenda-se extremo cuidado nesta operação, pois
usando-se velocidade de corte excessiva, sem um resfriamento adequado, o calor gerado pode produzir modificações na
estrutura a qual se deseja estudar.
A tabela abaixo nos dá uma idéia da importância do cuidado com as temperaturas envolvidas no
processo de preparação do corpo de prova para ensaio metalográfico.
Um fator importante neste ponto é a escolha e localização da seção a ser estudada e como devemos
cortar a peça , ou seja, qual a posição relativa em relação a peça deverá estar o corte, longitudinal ou transversalmente.
Aqui intervém o critério do operador, que será guiado em sua escolha pela forma da peça, pêlos dados
que ele quer colher e por outras considerações.
Durante esta fase uma preocupação constante é quanto aos defeitos de operação da cortadeira
metalográfica.
A cortadeira metalográfica de disco abrasivo é o aparelho mais indicado para o corte de peças e/ou
amostras de pequenas dimensões. Entretanto, o despreparo na escolha do disco de corte pode resultar em danos
irrecuperáveis na amostra.
As ocorrências de maior realce podem ser assim classificadas conforme a tabela abaixo:
Quebra freqüente do disco Peça mal apertada no suporte Fixar a amostra rigidamente
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As amostras devem ser fixadas de modo rígido e uniforme, para prevenir quebras desnecessárias do
disco de corte, danos à amostra e, em casos extremos, ferimento no operador. A pressão de corte deverá ser aplicada
judiciosamente de acordo com as características do material. Um corte leve e oscilante, ajuda a sensibilizar o operador e
‘da ao meio refrigerante oportunidade de penetrar na área de corte.
3- Montagem / embutimento:
Quando os corpos de prova tiverem uma forma tal que permita uma manipulação adequada, e não for
necessário examinar a superfície até junto dos bordos, podem ser polidos sem montagem. Para evitar que o feltro do
polimento seja rasgado e que o corpo de prova seja arremessado para fora, é necessário chanfrar os cantos e arestas.
Serragem manual com serra de fita Metais e ligas não ferrosas, aços ao carbono de baixo
teor não tratadas termicamente e de espessura ou
diâmetro pequeno
Serragem por meio de serra elétrica Metais e ligas não ferrosas de diâmetro e espessura
maiores
Serragem por meio de serra elétrica Óleo solúvel Metais e ligas ferrosas de diâmetro e espessura maiores
Degola em cortadeira elétrica com disco Óleo solúvel Metais e ligas metálicas duras tratadas termicamente
abrasivo
Degola em cortadeira elétrica de baixa Óleo solúvel Metais e ligas duras irradiadas, vidros, rochas e
velocidade com disco de diamante componentes eletrônicos
Os defeitos mais comuns que aparecem durante a operação de corte são esquematizados na tabela
abaixo, devendo sempre ser corrigidos pelo analista.
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defeitos Causas
Quebra do disco Disco de corte indicado para velocidades menores que 3400 rpm.
Velocidade de avanço excessiva do disco de corte.
Disco de corte pressionado excessivamente contra a amostra.
Sujeição (fixação) deficiente do disco de corte.
Fixação inadequada da amostra.
Refrigeração irregular causando entupimento das cânulas.
Disco de corte muito duro.
Aquecimento Refrigeração insuficiente.
excessivo Baixa velocidade do disco de corte.
Inadequação do disco de corte.
Desgaste excessivo Disco de corte muito mole.
do disco de corte Refrigeração irregular causada pelo entupimento das cânulas.
Rolamentos defeituosos.
Sujeição (fixação) deficiente do disco de corte.
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Montagem mecânica dos corpos de prova:
Corpos de prova em que interessa a observação dos bordos (descarbonetação, cementação,
carbonitretação, têmpera superficial), ou que tenham uma forma de difícil manipulação, devem ser montados ou
embutidos em resina sintética.
As figuras abaixo mostram a montagem de corpos de prova por sistemas mecânicos. Neste tipo de
fixação torna-se difícil manter em boas condições a superfície de polimento do corpo de prova montado, na região
adjacente aos grampos. Água ou reativo, introduzidos pelas frestas existentes entre o corpo de prova e o grampo, ficam
ali retidos por efeito da capilaridade e não podem ser removidos complemente pela secagem.
Os calços intermediários evitam a ação da capilaridade entre o grampo e o corpo de prova. Além
disto, deixam-se os mesmos recuados em relação à superfície, de modo que o corpo de prova fica saliente e pode ser
secado perfeitamente. O material dos grampos e do corpo de prova devem escolhidos de modo a evitar um desgaste
irregular e formação de células galvánicas no ataque.
4- Lixamento
Após o corte e também a montagem ou embutimento do corpo de prova devemos prosseguir no
preparo do corpo de prova, passando-se à operação de polimento do mesmo, a qual deverá ser precedida de uma
operação de lixamento a qual é feita em diversas lixas, cada qual com granulação mais fina que a anterior.
Como cuidado especial que devemos ter nesta operação, inclui-se a necessidade de a cada mudança de
lixa devemos proceder uma lavagem do corpo de prova em água corrente, afim de que não haja a contaminação da lixa
posterior com resíduos oriundos da anterior. Devemos também fazer um a mudança de direção de 90* de uma para
outra lixa a fim de que possamos observar com mais clareza a eliminação dos riscos.
Após o processo de lixamento, o corpo de prova deve ser rigorosamente lavado em água. Além disso é
importante limpar as mãos e unhas, para manter afastado do pano de polimento o pó resultante do lixamento.
Técnicas de Lixamento
A técnica do lixamento consiste em se lixar a amostra sucessivamente com lixas de granulometria
cada vez menor, mudando-se de direção (900) em cada lixa subsequente até desaparecerem os traços da lixa anterior.
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A prática indica que a seqüência mais adequada para o trabalho metalográfico é 220, 320, 400, 600 ou
800, sendo o tempo de lixamento o dobro para cada estágio, até que todos os riscos anteriores sejam retirados.
De acordo com a natureza da amostra, a pressão de trabalho e a velocidade de lixamento, surgem
deformações plásticas em toda a superfície, por amassamento e aumento de temperatura.
Estes fatores devem ser evitados ao máximo, pois podem dar origem a uma imagem falseada. Inclusões duras se
desgastam menos; após um certo tempo são arrancadas da superfície e a depressão resultante é preenchida com pó ou
então exageradamente ampliada ao microscópio. Por isso o requerimento primordial da técnica micrográfica de
lixamento é:
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5- Polimento:
Para o trabalho com politriz usam-se discos cobertos de feltro ou veludo, sobre o qual coloca-se o
produto para o polimento (alumina dissolvida em água na proporção de 1:9)
A alumina deve então ser esguichada de vez em quanto no centro do disco de polimento. Bisnagas
simples do tipo usado em tornearia para a aplicação de óleo solúvel em peças se prestam bem a este serviço. O pano de
polimento deve ser mantido sempre bem úmido, uma vez que a alumina adere rigidamente à superfície quando o
polimento for por demais seco.
O corpo de prova deve ser continuamente deslocado sobre o disco de polimento em movimento, ou
seja, com melhores resultados em pequenos círculos em sentido contrário ao de giro do disco.
As velocidades periféricas dos discos de polimento não são tão importantes no preparo do corpo de
prova como se pensa. Na maioria dos casos é suficiente deixar girar o disco de feltro com alta velocidade e o disco de
veludo com baixa velocidade.
Especificações rígidas sobre o tempo de polimento não poderão ser feitas. Deve-se polir até que sejam
removidos não somente todos os vestígios de lixamento, mas também através de polimentos e ataques alternados, as
deformações superficiais da estrutura originárias do lixamento.
Aqueles que ainda não estiverem familiarizados, devem observar mais freqüentemente a superfície ao
microscópio e continuar o polimento enquanto o resultado ainda não for satisfatório. Em metais moles a duração do
polimento pode ser encurtada através de um pré - polimento manual sobre feltro com uma pasta pré - polidora ou com
pasta de diamante (3) sobre um disco de plástico coberto por um pano adequado.
6- Ataque químico:
Antes do ataque, mesmo se for somente um ataque intermediário, o corpo de prova deve ser
rigorosamente limpo em água corrente da alumina nele aderente. Em aço, ferro fundido e metais não ferrosos duros,
pode-se usar um chumaço de algodão limpo. Em metais moles, não friccionar algodão sobre a superfície polida, e sim
manter o corpo de prova sob água corrente, até que toda a alumina seja eliminada.
Quando for usado um reagente em solução aquosa, pode-se atacar o corpo de prova molhado,
imediatamente. Se tratar de uma solução alcóolica deve o corpo de prova ser antes mergulhado no álcool para ficar livre
de água.
A superfície polida do corpo de prova é então mergulhada no reagente e movimentada um pouco, ou o
reagente é passado sobre a superfície com um chumaço de algodão. Quando o reagente for fraco, com por exemplo o
nital a 2%, pode-se segurar o corpo de prova com os dedos. No caso de reagentes que manchem ou ataquem a pele,
devem ser usadas tenazes niqueladas ou de aço inoxidável.
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Nital 90 ml álcool etílico Em ataques microscópicos de ação profunda
10 % 10 ml ácido nítrico concentrado para tornar visível constituintes especiais da
estrutura de aços e ferros não ligados e de
baixa liga.
Água 8 ml ácido nítrico concentrado Reativo de micrografia de aços inoxidáveis e
Régia 12 ml ácido clorídrico concentrado outros aços de alta liga.
1000 ml álcool etílico
Picral 25 g de hidróxido de sódio Revelação da cementita
75 ml água destilada
2 g ácido pícrico
7- Limpeza
A ação do reagente pode ser observada a olho nu, pois a superfície do corpo de prova vai se tronando
fosca. O corpo de prova deve então ser imediatamente posto em água corrente até que o reagente seja eliminado, após o
qual deve-se proceder uma lavagem do mesmo com álcool do tipo comercial e secado com um secador.
RESUMO
1- cortar um corpo de prova (com serra ou cut-off – cortador com disco abrasivo ou ainda através de desbaste
praticado com esmeril ou plaina), se a peça for em forma de barra ou muito grande, e retirar as rebarbas com lixa
ou esmeril.
Obs.: nesta operação deve-se tomar cuidado para que não ocorra encruamentos locais excessivos e nem aquecimento
acima de 100 0C em peças temperadas, pois isto perturbaria a interpretação dos resultados.
2- para evitar dificuldades nas operações posteriores, o corpo de prova deve ser embutido em resina plástica na prensa
hidráulica.
Obs.: se a peça tiver um tamanho e condições suficientes para as próximas operações, permite-se descartar este
procedimento.
3- o polimento do corpo de prova começa-se passando por uma bateria de lixas com granulações cada vez mais finas
(200, 360, 400 e 600 respectivamente), sendo que o corpo de prova deve ser movida de 900 quando se passar de
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uma lixa para outra, alem de a cada passagem para uma nova lixa recomenda-se que se lave o corpo de prova para
evitar-se a contaminação da mesma.
4- fazer polimento com alumina até que o corpo de prova, adquira uma superfície espelhada e sem riscos.
5- após o polimento, lava-se imediatamente o corpo de prova, em água corrente retirando toda a alumina da peça com
o auxílio de um algodão limpo sob água corrente.
Obs.: após o polimento, não se deve mais tocar a superfície da peça.
6- depois de bem limpo, o corpo de prova deve receber um ataque para revelar estrutura (o tipo de ataque e seu
respectivo reagente, deverá ser estipulado conforme o material da peça).
EXERCÍCIOS
1) Como deve ser o corte da peça para verificarmos se a peça foi cementada?
2) Dê pelo menos três casos em que se prefere um corte longitudinal? Ídem para um corte transversal?
5) Num exame metalográfico de um aço, vemos uma faixa periférica clara ou branca indicando que a peça foi
cementada ou temperada ou ocorreu descarbonetação na mesma. Como saber o que houve com a mesma?
a) SAE 1020
b) SAE 1050
c) SAE 1070
Se atacarmos estes três com reativo de iodo usando o mesmo tempo para os três, qual deste ficará mais escuro?
Justifique.
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8) Quanto as heterogeneidades dos aços que ocorrem na solidificação, explique o que vem a ser segregação.
9)Um aço que sofreu tratamento térmico, como a martempera, apresenta estrutura:
a) martensítica e, homogênea por toda a seção da peça
b) martensítica e, heterogênea por toda a seção da peça
c) bainitica e, heterogênea por toda a seção da peça
d) bainitica e homogênea por toda a seção da peça
d) n.d.a.
10) Em uma peça estudada macrograficamente, observou-se que após o ataque químico, apresentou núcleo claro e
pequena camada superficial escura. O que podemos dizer sobre esta peça?
a) é produzida com aço de baixo carbono, com têmpera
b) é produzida com aço de baixo carbono, com revestimento
c) é produzida com aço de baixo carbono, com cementação
e) é produzida com aço de alto carbono, com cementação
11) Na preparação dos corpos de prova, a seqüência das granas utilizadas no preparo do CP é pela ordem de uso:
a) 220, 600, 400, 320
b) 600, 400, 320, 220
c) 220, 320, 400, 600
d) 600, 220, 320, 400
e) n.d.a.
14) Em uma peça estudada macrograficamente, observou-se que após o ataque químico, apresentou núcleo claro e
pequena camada superficial escura. O que podemos dizer sobre esta peça?
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a) é produzida com aço de alto carbono, sem tratamento térmico
b) é produzida com aço de baixo carbono, com têmpera
c) é produzida com aço de baixo carbono, com revestimento
d) é produzida com aço de alto carbono, com cementação
e) é produzida com aço de baixo carbono, com cementação
16) Qual dos processos de análise macrográfica utiliza papel fotográfico em contato direto sobre o CP para a impressão:
a) reativo de ácido nítrico
b) reativo de ácido clorídrico
c) reativo de Fry
d) reativo de Heyn
e) n.d.a.
17) Quando o reativo de iodo é aplicado sobre a superfície preparada do corpo de prova:
a) escurece as regiões ricas em níquel
b) escurece somente a perlita
c) não reage com a peça
d) escurece as regiões ricas em carbono
e) n.d.a.
20) Um cuidado que devemos Ter durante a preparação do Corpo de Provas, no momento de passarmos de uma lixa
para outra é:
a) fechar a água do lixador manual
b) secar a peça com álcool
c) lavar com água a superfície que esta sendo preparada
d) verificar se o embutimento está perfeito
e) nda
Bibliografia:
1) COLPAERT, Prof. Hubertus
Metalografia dos Produtos Siderúrgicos Comuns
2) KAUCZOR, Egon
Processos de Trabalho na Metalografia
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