Apostila - Teoria Das Estruturas 1
Apostila - Teoria Das Estruturas 1
Apostila - Teoria Das Estruturas 1
ENGENHARIA CIVIL
SUMRIO
1.
2.
3.
4.
FENMENOS FSICOS................................................................................................................... 23
4.1.
ESTRUTURA .................................................................................................................................. 23
4.2.
CAMINHO DAS FORAS .................................................................................................................... 24
4.3.
GEOMETRIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS ......................................................................................... 25
4.4.
TIPOS DE FORAS QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS .................................................................................. 26
4.4.1.
Cargas permanentes ........................................................................................................ 27
4.4.2.
Cargas acidentais ............................................................................................................. 27
5.
6.
6.2.
ESFOROS OU AES ...................................................................................................................... 37
6.2.1.
Foras Aplicadas ............................................................................................................... 38
6.3.
OBJETIVO DA ANLISE ESTRUTURAL................................................................................................... 39
6.3.1.
Estruturas Reticuladas ...................................................................................................... 39
6.4.
EQUILBRIO ESTTICO ..................................................................................................................... 40
6.4.1.
Grandezas Fundamentais ................................................................................................. 41
6.4.2.
Esforos Simples ............................................................................................................... 41
6.4.3.
Equaes do Equilbrio Esttico ........................................................................................ 41
6.5.
ESQUEMAS E SIMPLIFICAES DE CLCULO ......................................................................................... 42
6.6.
REPRESENTAES DAS FORAS APLICADAS (CARREGAMENTO) ................................................................. 42
6.7.
VNCULOS..................................................................................................................................... 44
6.7.1.
Apoios (ligaes) .............................................................................................................. 44
6.7.2.
Representao dos Apoios ............................................................................................... 44
6.7.3.
Representao dos Apoios: .............................................................................................. 45
6.7.4.
Representao de sistemas isostticos: ........................................................................... 47
6.8.
REAES DE APOIO ........................................................................................................................ 47
6.8.1.
Sequncia para obteno das reaes de apoio: ............................................................. 48
6.9.
CONVENO DE SINAIS POSITIVOS: .................................................................................................... 48
7.
8.
9.
DEFINIO.................................................................................................................................... 51
DETERMINAO DOS ESFOROS INTERNOS .......................................................................................... 52
ESQUEMATIZAO DOS ESFOROS INTERNOS ....................................................................................... 52
REPRESENTAO............................................................................................................................ 53
CLASSIFICAO DOS ESFOROS ......................................................................................................... 53
CONVENO DE SINAL .................................................................................................................... 55
DIAGRAMA DOS ESFOROS LINHAS DE ESTADO .................................................................................. 56
DETERMINAO DOS ESFOROS PARA O TRAADO DOS DIAGRAMAS MTODO DAS EQUAES .................... 57
RESUMO DOS ESFOROS .................................................................................................................. 58
VIGAS GERBER .............................................................................................................................. 58
VIGAS INCLINADAS ......................................................................................................................... 59
CARREGAMENTOS DISTRIBUDOS AO LONGO DAS PROJEES................................................................... 60
CARREGAMENTOS DISTRIBUDOS AO LONGO DA VIGA INCLINADA ............................................................. 62
10.
10.1.
10.2.
10.3.
11.
INTRODUO ................................................................................................................................ 64
PRTICOS SIMPLES ......................................................................................................................... 64
PRTICOS COMPOSTOS ................................................................................................................... 66
PRTICOS COM BARRAS CURVAS ............................................................................................ 69
INTRODUO ................................................................................................................................ 69
EIXOS CURVOS ARCOS .................................................................................................................. 69
CLASSIFICAO DOS ARCOS .............................................................................................................. 71
TRELIAS PLANAS .................................................................................................................... 73
11.4.2.
Mtodo dos Ns ............................................................................................................... 86
11.4.3.
Mtodo de Maxwell-Cremona .......................................................................................... 87
11.5. OBSERVAES GERAIS SOBRE AS TRELIAS ........................................................................................... 91
12.
APNDICE
A.
B.
13.
1. DEFINIES DE ESTRUTURA
1.1. Introduo
Estrutura sistema de diversos elementos conectados para suportar uma ao ou
conjunto de aes.
Projeto de Edificaes:
Projeto Arquitetnico;
Projeto Estrutural;
Projeto de Fundaes;
Projeto de Instalaes;
Projetos Complementares.
Estrutura:
2. Elementos Estruturais
2.1. Introduo
Os elementos estruturais so classificados como: lineares, de superfcie e de volume.
Vigas;
Pilares;
Trelias;
Arcos;
Prticos;
Grelhas.
Vigas:
So estruturas lineares, dispostas horizontalmente ou inclinadas, com um ou mais apoios.
Os principais tipos de vigas so:
Vigas: aplicaes em diversos tipos de estrutura como edifcios, estdios, pontes, etc...
10
Trao
Compresso
11
12
Carregamento
(Aes externas e reaes)
Estrutura
Fora Normal
Propriedades dos
Materiais
Esforos
internos
Fora Cortante
Momento Fletor
Momento Torsor
Tenses e
Deformaes
Resistncia
Rigidez
13
14
15
Cargas permanentes: so cargas fixas, aquelas cuja estrutura est submetida o tempo
todo, como tambm o seu prprio peso e quaisquer dispositivos fixos que fizerem parte
da estrutura ou que compem o espao arquitetnico. Muitas vezes, a estrutura tem
como principal fator a considerar, no clculo estrutural. Um dos grandes desafios dos
especialistas em clculo estrutural projetar com o mnimo de material possvel. Para
determinar essas cargas, necessrio que se conheam as dimenses dos elementos
estruturais e as caractersticas dos materiais estruturais, mais especificamente, o seu peso
especfico. A fim de simplificar a determinao dessas cargas, a Associao Brasileira de
Normas Tcnicas (ABNT), pela NBR 6120, regulamentou os valores dos pesos especficos a
serem considerados.
Cargas trmicas: esto relacionadas com a variao das dimenses provocadas por
dilatao ou contrao, decorrentes das trocas bruscas de temperatura que acontecem
do dia para a noite, ou mesmo com os ciclos mais prolongados das estaes do ano.
Dependendo da regio, as temperaturas podem variar de 0C a 30C em apenas 24 horas.
Cargas dinmicas: todas as cargas consideradas at aqui mudam lentamente com o tempo,
quer dizer, no sofrem mudanas de intensidade e, portanto, atuam estaticamente, exceo
feita s cargas excepcionais, que, dependendo da situao, podem ser consideradas cargas
16
dinmicas, caso da ao dos ventos. As cargas cujos valores mudam com rapidez e se aplicam a
formas bruscas so denominadas cargas dinmicas e podem ser muito perigosas se no forem
consideradas com ateno pelo projeto estrutural. As cargas dinmicas so subdivididas em
dois tipos de carga: cargas de impacto e cargas ressonantes. Em uma grande variedade de
casos prticos, os efeitos das cargas dinmicas so iguais ao dobro dos efeitos causados por
cargas estticas.
Foras externas reativas: so as foras que atuam nas posies vinculares, ou seja, nos pontos
de unio entre os elementos estruturais e nos pontos de ligao da estrutura com o solo. So
as foras que reagem s foras externas ativas, de modo a manter o corpo rgido em equilbrio.
As foras externas reativas agem sobre os corpos rgidos, impedindo movimentos de
translao e de rotao. Muitas vezes, desejvel impedir certos movimentos da estrutura e
liberar outros. Para tanto, usam-se dispositivos que possibilitam o controle dos movimentos da
estrutura como um todo e de cada uma de suas partes. Esses dispositivos so chamados de
vnculos.
17
18
19
20
Carga (KN/m2)
1,5
2
3
4
6
3
0,5
Ainda na mesma Norma tcnica podem ser encontrados o peso especfico aparente e o
ngulo de atrito interno de diversos materiais de armazenagem, como produtos agrcolas e
materiais de construo.
21
22
Figura 3.7 Carga distribuda por metro quadrado (kgf/m , kN/m , tf/m ).
4. Fenmenos fsicos
4.1. Estrutura
O que estrutura? No caso de edificaes, a estrutura um conjunto de elementos:
Lajes;
Vigas;
Pilares.
Que se inter-relacionam:
Laje apoiando em viga;
Viga apoiando em pilar.
Para desempenhar uma funo:
Criar um espao em que pessoas exercero diversas atividades.
23
24
25
Uma soluo poder ser econmica no consumo de materiais, mas poder ser feia e de
execuo demorada.
Outra poder ser bonita, mais cara e difcil de ser executada.
Pode acontecer que se exija que a soluo estrutural seja:
- econmica;
- bonita;
- fcil execuo.
26
Barra:
27
28
Para fins de anlise e de projeto, a grande maioria das estruturas pode ser considerada
como de estruturas planas sem que haja perda de preciso. Para essas estruturas, que
normalmente so admitidas no plano xy, a soma das foras nas direes x e y e a soma dos
momentos em torno do eixo perpendicular ao plano devem ser iguais a zero (Caso Plano).
5.2. Estaticidade
Quando o nmero de reaes de apoio (incgnitas do problema) igual ao nmero de
condies de equilbrio (equaes), conduz resoluo de um sistema determinado. No
entanto, nem sempre essa relao ser observada. Assim, a determinao das reaes de
apoio de uma estrutura deve ser precedida pela classificao desta com relao quantidade e
disposio dos vnculos ou, em outras palavras, estaticidade. Segundo essa classificao,
uma estrutura pode ser designada como hiposttica, isosttica ou hiperesttica.
Quando todos os esforos da estrutura podem ser determinados a partir das equaes de
equilbrio a estrutura estaticamente determinada (isosttica).
Quando h mais esforos desconhecidos do que equaes de equilbrio a estrutura
estaticamente indeterminada (hiperesttica).
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Os vnculos esto dispostos em nmeros e de tal forma que todos os movimentos esto
restritos. aquele cujo nmero de apoios (vnculos) o estritamente necessrio, isto , o
nmero de equaes igual ao nmero de incgnitas (reaes).
Cabe observar que, nas estruturas hipostticas, a relao entre nmero de reaes e
nmero de equaes (R EQ) condio suficiente para que se defina a estaticidade, ao passo
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que, para as estruturas isostticas e hiperestticas, esta relao aponta apenas uma condio
necessria. A classificao da estrutura implica tambm o estudo da disposio dos vnculos,
os quais devem garantir que todos os movimentos sejam efetivamente impedidos. Apesar do
nmero de vnculos serem igual ou superior ao necessrio, no existe restrio ao movimento
horizontal. Logo, ambas so hipostticas, pois o equilbrio instvel.
31
Para evitar o giro foi criado outro suporte. A barra no ir movimentar-se na vertical e
nem girar.
A fora na horizontal poder desloc-la nessa direo.
O equilbrio esttico da barra no est garantido.
Para evitar o movimento horizontal pode ser colocado num dos suportes uma trava.
O equilbrio esttico no seu plano condio necessria que ele no se desloque na
vertical, na horizontal e nem gire.
32
5.2.2. Vnculos
So dispositivos estruturais que tm por funo restringir certos movimentos e permitir
outros. Os vnculos so classificados de acordo com o grau de liberdade (gl) que possibilitam.
So vnculos:
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O vnculo que permite apenas o giro relativo e impedem dois movimentos de translao
denominado vnculo articulado fixo (ou rtula).
34
35
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37
Figura 6.2 Transmisso das foras aos apoios atravs de: A) ponto, B) elemento tracionado, C)
elemento comprimido, D) trelia, E,F,G H) prticos diversos.
{
{
{
{
Figura 6.3 Classificaes das solicitaes.
38
39
{
{
Cargas
{
{
{
40
41
Uma fora quando aplicada a um corpo rgido impe a este uma tendncia
deslocamento linear, ou translao. Um momento quando aplicado a um corpo rgido impe
a este uma tendncia de deslocamento angular, ou rotao.
O momento sempre produzido em torno de um eixo normal ao plano em que se
encontram as foras. Exemplo: para termos momento em torno do eixo x, preciso que as
projees das foras estejam contidas no plano y O z e definido pelos eixos y e z.
Para equilibrar um sistema, torna-se necessria a introduo de um sistema equivalente
ao primeiro, mas de sinal contrrio, ficando nulas as aes da resultante e do momento
resultante.
42
43
44
6.7. Vnculos
As equaes traduzem as condies de equilbrio, constituindo dois sistemas de foras
equivalentes e opostos. Os vnculos tero a finalidade de localizar este sistema de foras que
vai impedir os movimentos de translao e rotao.
45
A. Apoio Mvel
Figura 6.12 Vnculo de primeiro gnero: impedem uma translao deixando livre a outra translao e a
rotao em torno de um eixo normal ao plano das cargas.
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B. Apoio Fixo
Figura 6.13 Vnculos de segundo gnero: impedem as translaes deixando livre a rotao em torno
do um eixo normal ao plano das cargas.
C. Engaste
Figura 6.14 Vnculos de terceiro gnero: impedem os trs movimentos, as duas translaes e a rotao
em torno de um eixo normal ao plano das cargas.
47
Pelo fato de ter sido introduzida uma ligao de segundo gnero que liberta o sistema,
segundo uma direo, criando mais uma equao, os triarticulados e as vigas articuladas so
sistemas isostticos.
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e) Resolver o sistema;
f) Manter o sentido das reaes positivas e inverter o sentido das reaes negativas.
+
Eixo X (Esforos Horizontais)
49
7. Lista de exerccios:
1. Determine o grau de estaticidade das estruturas dadas, e sugira duas alternativas de
modificaes da mesma, para torn-la em estruturas isostticas, caso necessrio:
50
51
52
53
8.4. Representao
54
V (Esforo Cortante) Tende a fazer uma seo deslizar em relao outra. Tambm
conhecido com esforo cisalhante. A figura representa a conveno usual para sentido
positivo do esforo cortante, na qual o binrio formado pelas componentes de V gira
no sentido horrio.
55
56
57
Figura 8.5 Viga de concreto armado (simplificao): correspondncia entre momento fletor e
disposio da armadura longitudinal.
58
59
Como uma rtula constitui um ponto de momento nulo (ou seja, no transmite tendncia
de giro de um elemento para outro elemento adjacente), essa informao pode ser
empregada como uma equao adicional na verificao das condies necessrias ao
equilbrio.
A verificao da estabilidade no efetuada de forma to direta como para vigas simples,
devendo-se, para tanto, analisar inicialmente as vigas sem estabilidade prpria, de modo a
verificar se estas podem efetivamente transmitir aos trechos estveis as foras necessrias ao
seu equilbrio e, portanto, ao equilbrio do conjunto. Dessa forma, verificadas as condies
necessrias, procede-se ao estudo da estabilidade. Por exemplo, para a estrutura anterior:
60
Figura 8.6 Viga inclinada com carregamento vertical distribudo q ao longo da projeo horizontal L H.
61
Figura 8.7 Carregamento distribudo referido ao sistema local. Duas componentes: uma na direo do
eixo (direo x-local) e outra na direo perpendicular ao eixo (direo y-local).
Vertical (LV):
Figura 8.9 Viga inclinada com carregamento horizontal distribudo q ao longo a projeo vertical L V.
62
Figura 8.10 Carregamento distribudo referido ao sistema local. Duas componentes: uma na direo do
eixo (direo x-local) e outra na direo perpendicular ao eixo (direo y-local).
Figura 8.11 Viga inclinada com carregamento vertical distribudo ao longo do comprimento
inclinado L da viga.
63
Figura 8.12 Carregamento distribudo referido ao sistema local. Duas componentes: uma na
direo do eixo (direo x-local) e outra na direo perpendicular ao eixo (direo y-local).
64
9. Prticos planos
9.1. Introduo
Os prticos, ou quadros, assim como as vigas, podem consistir em estruturas simples ou
na associao destas, gerando estruturas compostas.
Os prticos planos so estruturas formadas por elementos (ou barras) cujos eixos, com
orientaes arbitrrias. Pertencem todos a um nico plano (plano da estrutura). O
carregamento atuante pertence tambm ao plano da estrutura. Os ns que interconectam os
elementos dos prticos podem ser rgidos ou articulados.
Nos ns rgidos h transmisso de momentos entre as barras. Os ns rgidos das
estruturas deformadas apresentam rotao absoluta sendo, porm nula a rotao relativa
entre os elementos conectados. Na estrutura indeformada, os ngulos entre os elementos,
permanecem os mesmo aps a aplicao do carregamento e a consequente deformao da
estrutura.
Nos ns articulados no h transmisso de momentos entre as barras. Os ns articulados
permitem a rotao relativa entre os elementos conectados. O momento fletor na rtula
sempre nulo.
Os prticos so classificados em simples e compostos.
65
A conveno de sinais para os esforos segue o que foi definido no incio deste estudo. No
entanto, necessitar ser complementada, para os elementos de eixo com orientao diferente
da horizontal, por uma conveno que indicar como o prtico de convenes ser
posicionado em relao ao eixo.
A conveno adicional consiste em representar um tracejado em uma face do elemento e
inteiramente arbitrria, desde que, uma vez estipulada, seja mantida at o traado dos
diagramas correspondentes a esse elemento. no entanto, como orientao inicial, apresentase a seguinte sugesto: imagina-se um observador dentro do prtico, desenhado o tracejado
na face do elemento que estiver mais prxima do observador (face interna).
66
Prtico engastado
Prtico triarticulado
67
68
Prticos mltiplos:
Vrias barras podem ser rotuladas em um n. Como regra geral tem-se que, quando n
barras rotuladas em um mesmo n, a estrutura comporta-se como tendo n 1 rtulas
distintas neste n (isto , as rtulas fornecem n -1 equaes).
Alguns exemplos de verificao da estaticidade:
Nmero de reaes = 10
Nmero de equaes = 3 eq. de equilbrio + 4.(2 1) + 1.(4 1) = 10
(Condio necessria atendida)
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Semicrculo de raio R:
Para a viga biapoiada definida por um semicrculo de raio R e submetida a uma fora
concentrada P, determinar os esforos internos em uma seo genrica S. a seo S definida,
em coordenadas polares, pelo raio R e pelo ngulo formado com a horizontal. A
determinao dos E.I.S, em qualquer seo de uma barra de eixo curvo, fica bastante
simplificada seguindo o seguinte procedimento:
a) Determinar a ao das foras, esquerda ou a direita da seo S, usando um sistema
conveniente, em geral o global X-Y-Z, conforme indicado na figura, obtendo-se:
Na direo Y (Vertical), a fora: P/2
Na direo Z o momento:
b) A determinao desta ao referida ao sistema local x-y-z, fornecer os esforos
internos na seo S. como os eixos Z global e z local tm a mesma orientao, o
momento fletor permanece o mesmo (M = MS). a conveno de sinais dos E.I.S deve
ser respeitada.
Nas barras de eixo curvo, para uma seo S qualquer no trecho 1 da figura, tem-se:
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Os diagramas dos E.I.S, marcados a partir do eixo curvo da barra, podem ser observado na
figura a seguir:
Observar:
Numa estrutura plana simtrica com carregamento simtrico os diagramas dos momentos
fletores e dos esforos normais so simtricos e o dos esforos cortantes assimtrico.
O traado dos diagramas dos esforos internos em barras curvas fica bastante
simplificado se seus valores forem marcados a partir de uma linha reta (reta 1-2 ligando os
extremos da barra) o diagrama obtido anteriormente, se marcado a partir da reta 1-2 seria
convenientemente representado por uma funo linear do valor (R-Rcos). Isto corresponde a
uma mudana de eixos do sistema local onde x e y so tangentes e normais em cada ponto,
correspondente s coordenadas polares R-, para um eixo x-y, com origem em 1, sendo x
horizontal e obtido como:
x = R (1 cos)
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Seja, por exemplo, a obteno do DMF de uma barra curva definida por uma funo
qualquer y = f(x) e submetida a uma fora concentrada unitria no n 2. Considerando-se que:
M = -1 . y
O seu traado a partir da reta 1-2 imediato sendo este delimitado pelo prprio eixo da barra,
conforme ilustrado na figura.
A determinao dos esforos internos em uma barra curva fica bastante simplificado
quando decompem-se os carregamentos em:
Cargas verticais e momentos
Cargas horizontais
Sendo os valores totais obtidos atravs da superposio, conforme ilustrado na figura.
72
Arcos hiperestticos:
Biengastado: possui dois engastes, em cada extremidade, e trs vezes
hiperesttico.
Atirantado: possui um apoio fixo e um apoio mvel, ambos ligados por uma barra
tracionada (tirante); uma vez hiperesttico (internamente).
Com uma articulao: biengastado com uma articulao intermediria; duas vezes
hiperesttico.
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Como as barras so rotuladas nos ns (pontos de momento fletor nulo), tem-se que:
MA = MB = MC = 0
Departamento de Engenharia Civil DEC/ECV/FURB
Prof. Rafael Jansen
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Sendo as cargas aplicadas apenas nos ns, tem-se das relaes diferenciais que o
momento fletor varia linearmente ao longo de cada elemento. em consequncia, os
momentos nulos nos ns resultam em momentos nulos em toda a estrutura.
Lembra-se ainda que:
75
O arranjo dos elementos da trelia deve ser efetuado de modo a constituir uma estrutura
indeformvel, executando-se, como j frisado, a variao no comprimento de cada elemento.
Nesse sentido, cabe observar que o nico polgono fechado indeformvel o tringulo.
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2n = b + r
onde:
n = nmero de ns (nmero de equaes disponveis por n);
b = nmero de barras que compem a trelia, que igual ao numero de esforos normais N
(incgnitas internas);
r = nmero de reaes de apoio (incgnitas externas).
Assim, por exemplo, se 2n > b + r, ento a estrutura hiposttica (nmero insuficiente de
elementos e/ou de vnculos externos). J, se 2n = b + r, a condio necessria para que a
estrutura seja isosttica atendida. Resta ainda verificar a condio suficiente disposio dos
vnculos externos e elementos (verificao do atendimento lei de formao).
Seguem alguns exemplos de verificao de trelias planas quanto estaticidade:
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79
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Ateno
Estaticidade e estabilidade
As condies expressas por 2n = b + r e 2n < b + r so condies necessrias, mas no
suficientes para que as trelias sejam classificadas como isostticas e hiperestticas,
respectivamente. Em ambos os casos, a condio necessria da estabilidade tem que ser
satisfeita.
A instabilidade das estruturas pode ser oriunda:
De formas geomtricas crticas, isto , barras da trelia arranjadas de forma inadequada;
De posicionamentos incorretos dos apoios, isto , foras reativas formando sistemas de
foras paralelas ou concorrentes;
De instabilidade parcial em decorrncia de trechos hiperestticos e hipostticos na
estrutura.
Exemplos de trelias instveis podem ser observados na figura abaixo. A instabilidade
devido forma crtica nem sempre de fcil identificao. A observao da regra bsica de
formao das trelias fundamental para a estabilidade das trelias.
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82
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Cabe destacar que as sees podem ter formas quaisquer, desde que sejam contnuas e
atravessem a trelia, de modo a separ-la efetivamente em duas partes.
O Mtodo de Ritter permite a fcil obteno dos esforos em barras situadas num ponto
qualquer da estrutura. No entanto, quando se busca a obteno dos esforos em todos os
elementos da trelia, torna-se bastante trabalhoso, por exigir um nmero grande de sees de
corte.
Observar:
Arbitrando-se todos os esforos normais como de trao, os sinais obtidos das equaes
de equilbrio conduzem a:
Sinal positivo (+) trao;
Sinal negativo (-) compresso.
O mtodo das sees apresenta a vantagem de no transpor erros de uma parte da
estrutura a outras, como ocorre com o mtodo do equilbrio dos ns;
O mtodo das sees particularmente til quando se deseja determinar os esforos
normais em algumas barras.
Tantas sees, quantas forem necessrias, devem ser consideradas quando se deseja
determinar os esforos normais em todas as barras;
Na resoluo das trelias, o mais conveniente utilizar dois mtodos: das sees e dos
ns. Recomenda-se, entretanto, dar preferencia ao mtodo das sees, utilizando o
mtodo dos ns somente para concluses localizadas dos clculos.
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Estaticidade:
Reaes de apoio:
Seo S1:
FV = 0
MD = 0
FH = 0
Verificao:
MC = 0
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- Seo S2:
ME = 0
MF = 0
FH = 0
Verificao:
FV = 0
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Fx = 0
Fy = 0
Por consequncia, para determinar os esforos normais das barras que convergem no n
necessrio que no se tenha mais do que duas incgnitas por n.
Na resoluo das trelias atravs do mtodo do equilbrio dos ns deve-se:
A determinao dos esforos normais em algumas barras exige o clculo dos esforos em
outras barras. O mtodo dos ns apresenta o inconveniente de transmitir erros de um n
para os seguintes;
Quando o objetivo determinar os esforos normais em apenas alguns elementos
recomenda-se utilizar o mtodo das sees.
O Mtodo dos Ns e das sees podem, e devem ser usados intercalados.
O Mtodo dos Ns possui uma forma grfica de resoluo, em crescente desuso,
conhecida como Mtodo de Maxwell-Cremona.
A notao de Bow, que consiste em identificar por meio de letras as regies delimitadas
pelas foras externas (ativas e reativas) e internas (normais N nas barras).
Iniciar o traado por um n no qual se tenha somente duas foras desconhecidas;
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Prof. Rafael Jansen
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Escolher um sentido de giro (horrio ou anti-horrio) que ser mantido ao longo de todo
o traado;
Iniciar sempre o traado pelas foras conhecidas, observando as direes e os sentidos
das foras, obedecendo sempre uma escala convenientemente escolhida;
Identificar as foras pelas letras das regies que ela delimita, obedecendo ao sentido de
giro adotado (exemplo ab se a fora delimita as regies A e B).
Exemplo: Empregando o Mtodo dos Ns, determinar os esforos nas barras da trelia:
Estaticidade:
89
Reaes:
FH = 0
FV = 0
MA = 0
Portanto: RVA + RVB =
Ou:
MB = 0
Verificao:
MB = 0
FV = 0
FH = 0
N C:
FV = 0
FH = 0
N D:
FV = 0
FH = 0
90
91
N B:
FV = 0
FH = 0
N E (verificao):
FV = 0
FH = 0
92
93
94
12.3. Trem-tipo
Um trem-tipo um conjunto de foras mveis, concentradas e/ou distribudas, de
valores constantes e de distancias relativas fixas entre si, que representam a combinao
prevista mais desfavorvel de veculos e de pessoas que atravessaro a estrutura,
usualmente definida em norma de projeto.
No Brasil, essas foras so estabelecidas pela Norma NBR 7188:2013 Carga mvel
rodoviria e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas e pela Norma
NBR 7189:1985 Cargas mveis para projeto estrutural de obras ferrovirias. E o nome tremtipo aluso s obras ferrovirias para as quais E. Winkler apresentou o conceito de linhas de
influncia.
O trem-tipo funo da classe da estrutura de transposio e representa as inmeras
combinaes de veculos e de aglomeraes que possam vir a percorr-la durante a sua vida
til.
95
2. Para estabelecer onde se deve posicionar a carga mvel em uma estrutura para
maximizar uma funo especfica, sem avaliar as ordenadas da linha de influencia.
Uma vez estabelecida a posio crtica, fica mais simples analisar diretamente certos
tipos de estruturas para a carga mvel especificada do que desenhar a linha de
influncia.
3. Para determinar a localizao das ordenadas mximas e mnimas de uma linha de
influncia, para que apenas algumas posies da carga unitria precisem ser
consideradas quando as ordenadas da linha de influncia forem calculadas.
O princpio de Mller-Breslau declara:
A linha de influncia de qualquer reao ou fora interna (cortante, momento)
corresponde forma defletida da estrutura produzida pela retirada da capacidade da
estrutura de suportar essa fora, seguida da introduo na estrutura modificada (ou
liberada) de uma deformao unitria correspondente restrio retirada.
A deformao unitria refere-se a um deslocamento unitrio para reao, um
deslocamento unitrio relativo para o cortante e uma rotao unitria relativa para o
momento.
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Como terceiro exemplo, analisada a linha de influncia do momento fletor na seo 1-1
da viga. Esse diagrama pode ser obtido cortando-se a viga no ponto em questo e aplicando-se
momentos imediatamente esquerda e imediatamente direita da seo de corte.
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que as cargas mais altas devam estar agrupadas em um local prximo s maiores ordenadas do
diagrama.
Uma nica carga atuando em uma viga produz um diagrama triangular de momentos cuja
ordenada mxima ocorre diretamente sob a carga. medida que uma carga concentrada se
move por uma viga com apoios simples, o valor do momento mximo diretamente sob a carga
aumenta de zero, quando a carga est em um dos dois apoios, at 0,25PL, quando a carga est
no meio do vo. A linha tracejada, denominada envelope do momento, representa o valor
mximo absoluto do momento de carga mvel produzido pela carga concentrada que pode se
desenvolver em cada seo da viga com apoios simples.
Figura 12.3 Envelope do momento de uma carga concentrada sobre uma viga com apoios simples.
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Figura 12.5 Cortante mximo em uma viga com apoios simples: (a) sentido positivo do cortante
em B; (b) linha de influncia de RA; (c) linha de influncia do cortante na seo B.
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Se uma viga com apoios simples suporta uma carga mvel uniforme de comprimento
varivel, talvez o projetista queira estabelecer o cortante de carga mvel crtico nas sees ao
longo do eixo da viga, construindo um envelope do cortante mximo. Um envelope aceitvel
pode ser produzido passando-se uma linha reta entre o cortante mximo no apoio e o apoio
igual a wL/2 e ocorre quando o vo inteiro est carregado. O cortante mximo em meio vo
igual a wL/8 e ocorre quando a carga colocada em uma das metades do vo.
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Prtico espacial:
Prticos planos:
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Grelha e pilares:
Vigas e pilares:
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Exemplo 1: Determinar a carga total e a carga total por unidade de medida de rea de uma
laje quadrada de lado 10 m, sabendo-se que:
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Exemplo 2: Determinar o valor de carga nas extremidades de uma laje de forma retangular,
executada em concreto armado, sabendo-se que ser utilizada como sala de aula.
- O espao ser utilizado como sala de aula;
- A laje ser executada em concreto armado ( = 25 kN/m3);
- A espessura da laje 10 cm;
- Condio de apoio = 4 lados engastados.
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Exemplo 3: Determinar a carga total atuante em uma viga de concreto armado, sobre a qual se
apoia uma parede de tijolos furados e sobre uma laje, cuja carga distribuda na borda de 10
kN/m
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