Apostila-Resistência Dos Materiais
Apostila-Resistência Dos Materiais
Apostila-Resistência Dos Materiais
REVISÃO GERAL
Múltiplos e submúltiplos
Conversão de Unidades
Trigonometria
Para o estudo da Mecânica necessitam-se dos conceitos fundamentais da
trigonometria.
A palavra trigonometria significa medida dos três ângulos de um triângulo e
determina um ramo da matemática que estuda as relações entre as medidas dos lados
e dos ângulos de um triângulo.
Triângulo retângulo
No triângulo retângulo, os catetos são os lados que formam o ângulo de 90º. A
hipotenusa é o lado oposto ao ângulo de 90º e é determinada pela relação: a2 = b2 + c2
.
Relações trigonométricas
Triângulo qualquer
Alfabeto Grego
Esforços internos
O objetivo principal deste módulo é estudar os esforços ou efeitos internos de
forças que agem sobre um corpo. Os corpos considerados não são supostos
perfeitamente rígidos; são corpos deformáveis de diferentes formas e submetidos a
diferentes carregamentos.
Tensão normal
Quando o esforço interno resistente atuando em cada ponto da seção
transversal for perpendicular à esta seção, recebe o nome de tensão normal. A tensão
normal tem a mesma unidade de pressão, ou seja, força por unidade de área. No
exemplo em questão, a intensidade da tensão normal em qualquer ponto da seção
transversal é obtida dividindo-se a força P pela área A da seção transversal.
σ = P/A
Onde:
σ é a tensão normal (N/m2, ton/m2, kg/m2; g/cm2);
P é a força aplicada na seção transversal (N);
A é a área da seção transversal (m2).
Se a força P é de tração, a tensão normal é de tração.
Se a força P é de compressão, a tensão normal é de compressão.
Corpos de prova
Para a análise de tensões e deformações, corpos de prova são ensaiados em
laboratório. Os ensaios são padronizados: a forma e as dimensões dos corpos de
prova variam conforme o material a ser ensaiado ou o tipo de ensaio a se realizar.
Deformação linear
Onde:
σ é a tensão normal (N/m2);
E é o módulo de elasticidade do material (N/m2) e representa a tangente do ângulo
que a reta OP forma com o eixo ε;
ε é a deformação linear (adimensional).
Módulo de elasticidade
Propriedades mecânicas
A análise dos diagramas tensão x deformação permite caracterizar diversas
propriedades do material:
ou
σadm = σesc/S
Exercícios
2. Introdução a Estática
Ponto material é uma pequena porção de matéria que pode ser considerada
como se ocupasse um ponto no espaço. Quando a resultante de todas as forças que
atuam sobre um ponto material é nula, este ponto está em equilíbrio. Este princípio é
conseqüência da primeira lei de Newton: “se a força resultante que atua sobre um
ponto material é zero, este ponto permanece em repouso (se estava originalmente em
repouso) ou move-se ao longo de uma reta com velocidade constante (se
originalmente estava em movimento)”.
onde:
F = força
R = resultante das forças
Exercício:
Exercícios:
Exercícios:
1) Determinar:
a) O momento em A devido ao binário de forças ilustrado na figura abaixo:
b) Substituir o binário da figura por uma força F vertical aplicada no ponto B.
2) Substituir o binário e a força F ilustrados na figura por uma única força P = 400 N,
aplicada no ponto C da alavanca. Determinar a distância do eixo ao ponto de
aplicação desta força.
3.1 Estrutura
Quanto às dimensões:
- Reticulares: uma dimensão predomina sobre as outras duas (ex.: vigas, treliças,
pórticos planos, pilares, etc.)
- Laminares: duas dimensões predominam sobre a terceira (ex.: cortinas, lajes, etc.)
Uma estrutura pode estar sujeita à ação de diferentes tipos de carga, tais como
pressão do vento, reação de um pilar ou viga, as rodas de um veículo, o peso de
mercadorias, etc. Estas cargas podem ser classificadas quanto à ocorrência em
relação ao tempo e quanto às leis de distribuição.
Cargas Permanentes:
Atuam constantemente na estrutura ao longo do tempo e são devidas ao seu
peso próprio e dos revestimentos e materiais que a estrutura suporta. Tratam-se de
cargas com posição e valor conhecidos e invariáveis.
Cargas Acidentais:
São aquelas que podem ou não ocorrer na estrutura e são provocadas por
ventos, empuxo de terra ou água, impactos laterais, frenagem ou aceleração de
veículos, sobrecargas em edifícios, peso de materiais que preencherão a estrutura no
caso de reservatórios de água e silos, efeitos de terremotos, peso de neve acumulada
(regiões frias), etc.
Cargas concentradas:
São cargas distribuídas aplicadas a uma parcela reduzida da estrutura,
podendo-se afirmar que são áreas tão pequenas em presença da dimensão da
estrutura que podem ser consideradas pontualmente (ex.: a carga em cima de uma
viga, a roda de um automóvel, etc.).
Cargas distribuídas:
Podem ser classificadas em uniformemente distribuídas e uniformemente
variáveis.
Uniformemente distribuídas:
São cargas constantes ao longo ou em trechos da estrutura (ex.: peso próprio,
peso de uma parede sobre uma viga, pressão do vento em uma mesma altura da
edificação, etc.).
Uniformemente variáveis:
São cargas triangulares (ex.: carga em paredes de reservatório de líquido,
carga de grãos a granel, empuxo de terra ou água, vento ao longo da altura da
edificação, etc.).
5. Aparelhos de Apoios
Condições de equilíbrio
Para um corpo, submetido a diferentes forças, estar em equilíbrio, é necessário
que as forças não provoquem tendência à rotação e translação.
Translação depende das forças resultantes: ∑ F = 0
Rotação depende dos momentos resultantes: ∑ M = 0
6. Esforços internos
Exercícios:
1)
2)
Exercícios:
1) Considere a viga sendo 20x30, e lembre que o (peso específico) do
concreto é 2500 kg/m3. Faça o modelo de cálculo da viga abaixo, calcule os
diagramas de esforços solicitantes na seção S.
S 1.25
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
i)
j)
k)
l)
m)
Exercícios:
4 KN/m
3.00 m
4.00 m
10.0 KN
4.0 m
3.0 m
10.0 KN
10.0 KN
4.00 m
3.00 m
2 KN 4 KN/m
3.00 m
2.00 m
4.00 m
M1,x = ycg1 . A1
M2,x = ycg2 . A2
M3,x = ycg3 . A3 ...........
Mx = M1,x + M2,x+ M3,x
Elemento Vazado
Mx = M1,x - M2,x
Portanto, atração exercida pela Terra sobre um corpo rígido pode ser
representada por uma única força P. Esta força, chamada peso do corpo, é aplicada
no seu baricentro, ou cento de gravidade (CG). O centro de gravidade pode localizar-
se dentro ou fora da superfície.
Sendo CG o centro de gravidade de uma superfície plana de área A definido pelo par
ordenado (x,y) tem-se as seguintes expressões:
Mx = ycg . A e My = xcg . A
onde:
xcg = distância do CG da figura até o eixo y escolhido arbitrariamente;
ycg = distância do CG da figura até o eixo x escolhido arbitrariamente;
Mx = momento estático da figura em relação ao eixo x;
My = momento estático da figura em relação ao eixo y;
A = área da Figura.
Exemplos:
Propriedade:
O momento de inércia total de uma superfície é a somatória dos momentos de inércia
das figuras que a compõe.
Exemplo:
Determinar o momento de inércia da superfície hachurada em relação ao eixo x que
passa pelo CG.
Ix = Ixcg + A . y2cg
Iy = Iycg + A . x2cg
Onde:
Ix = momento de inércia da figura em relação ao eixo x.
Iy= momento de inércia da figura em relação ao eixo y.
Icgx = momento de inércia da figura em relação ao eixo CG x que passa pelo CG da
figura.
Icgy = momento de inércia da figura em relação ao eixo CG y que passa pelo CG da
figura.
xcg = distância do eixo y até o eixo CG y .
ycg = distância do eixo x até o eixo CG x .
Exemplo:
Determinar o momento de inércia do retângulo em relação aos seguintes eixos:
a) x, passando pela base inferior.
b) xcg, passando pelo CG.
onde:
Icg = momento de inércia da peça em relação ao CG da figura
x, y = distância entre o eixo do CG da figura e a extremidade da peça.
r2x = √Ix/ A
r2y = √Iy/ A
Exemplo:
A figura representa a seção transversal de uma viga “T”. Para a figura,
determinar:
a) o centro de gravidade;
b) o momento de inércia em relação ao eixo x;
c) os módulos Resistentes superior e inferior;
d) o raio de giração.
Exercícios:
Determinar as características geométricas das figuras abaixo:
a) área;
b) centro de gravidade (xcg , ycg);
c) momento de inércia em relação ao eixo x;
c) momento de inércia em relação ao eixo y;
d) módulo resistente superior e inferior;
e) raio de giração.
Como o eixo de referência passa pela base da figura, então yinf = 4,65cm e ysup
= 2,35cm.
Na coluna Icgi (cm4) foi determinado o momento de inércia de cada figura,
passando pelo respectivo centro de gravidade. Por se tratar de retângulos, utilizou-se
a expressão Ix = bh3/12. Em seguida, deve-se proceder à translação destes momentos
de inércia para eixo x de referência para determinar a sua somatória.
9. Flambagem de colunas
Uma coluna qualquer de comprimento L que vai suportar uma carga qualquer P estará
bem dimensionada se a área A da seção transversal for escolhida de modo que a
tensão normal em qualquer ponto da seção transversal fique abaixo da tensão
admissível à tração ou compressão do material usado; e se a deformação se mantiver
dentro de especificações recomendadas. No entanto, pode ocorrer o fenômeno da
flambagem quando a carga P é aplicada; em vez de permanecer com seu eixo
retilíneo, a coluna se torna encurvada. A coluna que flamba sob o carregamento
especificado no cálculo não está dimensionada corretamente.
Observações:
1. o raio de giração deve ser aquele correspondente ao momento de inércia
mínimo.
2. O indice de esbeltes (λ ) deve ser inferior a 200.
Lf = k . L
Onde:
Lf = comprimento de flambagem;
k = coeficiente que depende dos tipos de vínculo da coluna;
L = comprimento real da coluna.
O coeficiente k é dado abaixo para quatro diferentes situações:
onde:
Exercícios:
2. Supondo-se que a tensão crítica para o pilar da questão anterior é de 500 kgf/cm²,
verifique se a peça está sujeita à flambagem.
4. Supondo-se que a tensão crítica para o pilar da questão anterior é de 500 kgf/cm²,
verifique se a peça está sujeita à flambagem.