Não Toqueis Nos Meus Ungidos
Não Toqueis Nos Meus Ungidos
Não Toqueis Nos Meus Ungidos
No toqueis nos
Meus ungidos
A difamao
tem destrudo
muitas vidas
9301
RA/mar 02
al
to
de
faiscou um brilho de sagacidade, e tomou coragem para perguntar: O irmo no pensa que os sermes de
nosso pastor so uma mistura pobre
de gua com acar? O dicono respondeu: No, eu no penso assim.
Assumindo um tom apologtico
e destacando cada slaba das palavras,
o visitante chegou ao ponto desejado,
perguntando: Ento, o meu irmo
em Cristo Jesus no pensa que seria
melhor, a esta altura, e para o bem de
todos, afastar esse pastor de nossa
igreja e procurar um outro melhor?
O dicono comeou a falar como
se tivesse sido atingido por uma bala
de revlver. Numa tonalidade mais alta
do que costumeiramente falava, respondeu: No, eu no penso assim.
O visitante guerrilheiro retrucou:
Como lder da igreja, o irmo fala
muito pouco. E demonstrando que
estava meio irritado, acrescentou:
Desse modo, ningum jamais saber
o que o irmo pensa.
Olhando bem nos olhos do visitante, o dicono Anselmo replicou:
Uma vez eu falei demais para seis irmos que estavam juntos numa reunio administrativa, onde se faziam
oraes. Trinta anos atrs, o meu corao aprendeu a suprema lio de
humildade e, desde aquela ocasio, tenho procurado andar suavemente
diante de meu Deus. Fiz um voto solene, que espero manter pela eternidade. E no tente fazer com que eu
quebre esse voto agora.
O visitante ficou assustado com a
firmeza do dicono, que era conhecidamente um homem de poucas palavras.
Ento perguntou: O que aconteceu
te
fermo, soaram aos meus ouvidos desde o momento em que o vi ser colocado no caixo at ser depositado na sua
sepultura. Em meus sonhos, por vezes
contemplo Cristo de p, dizendo:
No toqueis nos Meus ungidos, nem
maltrateis os Meus profetas.
Essas palavras me perseguiram
at que eu pudesse compreender a estima que Cristo tem para com os homens que deixam tudo por Seu amor
e Sua causa, e eu decidi amar cada um
desses homens por amor de Jesus,
mesmo que eles no sejam perfeitos e
errem em algumas das decises que
tomam. Desde aquele dia, amigo, procuro falar menos e apoiar mais meus
pastores, mesmo que eles no sejam
homens extraordinrios.
Que a minha lngua se pregue no
cu de minha boca, e a minha mo direita seque, se eu tentar outra vez separar aqueles que Deus ajuntou.
Quando um ministro de Deus colocado num lugar, quem sou eu para
julgar e questionar Seus intentos?
Creio que Deus tem a Sua mo nesse
negcio. Ele controla Suas coisas.
No vou me unir ao irmo. No
vou participar nesse esquema que o
trouxe aqui. Alm disso, se to-somente ouvir outras palavras vindas de seus
lbios sobre esse assunto, vou pedir aos
membros da minha congregao que o
procurem aconselhar e, se necessrio,
disciplinar o irmo ou qualquer um
que cause diviso. Irei lembr-los do
que alguns fizeram aqui em nossa congregao trinta anos atrs. Meu caro
irmo, pare onde voc est e ore a Deus
para que lhe d perdo a fim de que
seu corao fique outra vez limpo.
Esta resposta colocou um ponto
final naquele insidioso movimento de
prejudicar a reputao e o trabalho do
ministro que estava fazendo o servio
que lhe fora indicado.
Que Deus nos livre da funo de
algozes que manejam o terrvel aoite
da crtica! Que Ele nos ajude, como
membros da igreja de Cristo, a respeitar os que tm deveres e funes que
no so as mais desejveis para muitos.
Que Ele nos ensine a ver mais as boas
coisas e falar e escrever sobre elas.
TICA
do, nosso pastor fugiu para uma caverna para morrer, como Elias, o tesbita.
Ele foi afastado da igreja, mas
Deus Se manifestou entre ns atravs
do Seu Esprito, mostrando-nos que
Ele tinha abenoado o labor de Seu
amado servo. Meu prprio corao foi
quebrado pela experincia de meus filhos convertidos sob o impacto da
vida daquele bom homem, e eu decidi
que teria de visitar o meu ex-pastor e
confessar o meu pecado, e agradecer
por ter sido uma bno para a minha
famlia. A semente escondida tinha
germinado. Deus, porm, me negou
essa alegria e esse alvio de alma. Ele
queria me ensinar a lio que cada um
de Seus filhos deve aprender, ou seja,
aquele que toca em um de Seus servos,
toca na menina de Seus olhos.
Fui informado de que meu pastor estava muito doente. Levando meu
filho mais velho, fiz uma curta viagem
de uma hora de trem para v-lo. Era
noite, quando cheguei. Sua esposa,
com aquele esprito natural de defesa
que qualquer esposa sente ao ver de
novo um homem que procurou arruinar a vida de seu cnjuge, negou-me o
direito de entrar em seu quarto. Ela
disse algumas palavras que foram
como setas na minha alma: Meu marido est morrendo. Ao ver a sua face,
isso ir acrescentar mais angstia nos
momentos finais de sua vida, disse ela.
Meu Deus! Como foi que isso
chegou a tal ponto? eu disse para mim
mesmo. Este era o homem por cujo ministrio eu tinha entrado com minha
famlia no aprisco do Senhor e que me
confortara nas horas mais difceis de
minha vida at o dia em que algumas
pessoas me alienaram da sua amizade.
Eu o considerava mais do que um irmo, e agora apenas a viso de minha
face iria acrescentar angstia na hora de
sua morte! Clamei, com lgrimas, para
que Deus me perdoasse e to-somente
me permitisse ajoelhar-me diante de
Seu servo moribundo e receber seu perdo. O que importava se algumas de
suas palavras no eram to elegantes
quanto as de outros pastores? Se eu no
pude compreender as razes de algumas de suas decises? Eu queria ter sua
famlia em minha prpria casa como
minha prpria famlia. Mas tal felicidade no estava mais reservada para mim.
Ed