Aprendiz de Lazer e Turismo
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Mdulos
Livro do Aluno
Capa Aprendiz.indd 1
Coordenao
Regina Araujo de Almeida
Luiz Gonzaga Godoi Trigo
dson Leite
Maria Atade Malcher
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APRESENTAO
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Departamento de Qualificao e
Certificao e de Produo
Associada ao Turismo
Diretora
Coordenao-Geral de
Qualificao e Certificao
Coordenadora-Geral
Presidente
Tasso Gadzanis
Vice-Presidente
Coordenao
Equipe de Coordenao
Silvnia Soares
Assistente Financeiro
Reviso de Portugus
Carmen Marega
Assistente Administrativo
Secretrio
Nilton Volpi
Tesoureiro
Osmar Malavasi
Diretora Acadmica
Assistente Tcnico
Reviso Editorial
Conselho Consultivo
Dbora Menezes
Silvnia Soares
Coordenao Documentao
Profa. Dra. Regina A. de Almeida
Apoio
MTUR/AVT/IAP/USP 2007
Qualquer parte desta obra poder ser reproduzida para fins
educacionais e institucionais, desde que citada a fonte.
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Sumrio
MDULO II - VIAGENS
APRESENTAO .......................................................................................... 14
TEMA 1: AS VIAGENS TURSTICAS ............................................................... 14
TEMA 2: MAHATMA GANDHI ERA TURISTA? ............................................... 16
MDULO IV - LAZER
TEMA 1: LAZER E RECREAO:
Uma possibilidade no CINEMA, SHOPPING OU BIBLIOTECA .......... 32
TEMA 2: TRABALHO, LAZER E ENTRETENIMENTO ...................................... 33
TEMA 3: EVENTOS ....................................................................................... 35
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 36
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TEMA 1
A IMPORTNCIA DO TURISMO
NO MUNDO DE HOJE
Introduo ______________________________________________________________
Para entender o turismo no incio do sculo 21, deve-se ter como base de estudo no apenas os livros, mas
tambm os jornais dirios e revistas semanais. A histria tem apresentado profundas mudanas ao longo dos
ltimos tempos e esses movimentos podem continuar por alguns anos ou at mesmo dcadas. Um dos autores
que estudou essas mudanas o socilogo espanhol Manuel Castells. Ele escreveu uma importante obra para
tentar dar conta dos novos cenrios internacionais (A era da informao, em 3 volumes. So Paulo: Editora Paz e
Terra, 2003). Ali analisa como as redes de informao influenciam as sociedades, desde a educao at a poltica,
as novas demandas sociais, o crime organizado e as reflexes sobre os novos problemas.
A dcada de 1990 foi realmente um perodo de ouro para o turismo. Um dos textos mais interessantes da
poca foi escrito por J. R. Brent Ritchie e publicado em 1992 na The Annual Review of Travel (Revista anual de
viagens), uma edio especial patrocinada pela American Express. O artigo intitulava-se New realities, new horizons
(Novas realidades, novos horizontes). O texto remetia diretamente a uma parte das pesquisas j publicadas, em
1991, no World Travel and Tourism Review e considerava as seguintes mega-tendncias para a dcada de 1990:
01. Questo do meio ambiente;
02. Disseminao da democracia pelo planeta;
03. Aumento do nmero de idosos;
04. Racionalizao de investimentos na economia de mercado;
05. Diversidade cultural em um mundo homogneo;
06. Dilema entre tecnologia e recursos humanos;
07. Necessidade de diminuir o abismo entre pases desenvolvidos do Norte e pases em desenvolvimento do
Sul do planeta;
08. Novos valores: turismo cultural, educacional e profissional;
09. Busca de estabilidade e segurana;
10. A ascenso da sociedade baseada no conhecimento;
11. O crescimento da importncia das cidades;
12. As questes de migrao em vrios pontos do planeta.
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Mdulo I
No Brasil, tambm j havia uma discusso sobre as tendncias do turismo para os seguintes anos. Em maio de
1990, a Associao Mundial Para Formao Profissional Turstica (AMFORT) e a Escola de Comunicaes e Artes da
Universidade de So Paulo (ECA-USP) organizaram um seminrio em So Paulo intitulado Turismo: Grande desafio dos anos 1990. Vrios pesquisadores se posicionaram em relao ao turismo e os desafios globais. A lista dos
autores e dos assuntos por eles escolhidos um bom exemplo de como estavam dispostos os interesses acadmicos latino-americanos na poca.
Lendo essas trs publicaes do incio dos anos 1990, percebe-se quais os temas que marcariam a dcada:
A questo das sociedades ps-industriais e ps-modernas;
Questes ambientais e de sustentabilidade;
Novas tecnologias;
Capacitao de profissionais;
Globalizao;
Diversidade cultural;
Diferenas entre os hemisfrios norte/sul do planeta.
Crise ou conflito
1995
1997
1998
1999
Crise cambial no Brasil em janeiro, no rastro de uma crise iniciada em setembro de 1998.
Incio da pior crise econmica na histria da Argentina.
2000
2000/2001
Srie de escndalos fiscais em vrias multinacionais com sede nos EUA e na Europa.
A crise Argentina atinge o auge e o pas fica insolvel.
2001
2002
2003
Os trs fatores fundamentais para o desenvolvimento do turismo em um pas ou regio so: estabilidade
poltica, social e econmica. Porm h um fator isolado que compromete definitivamente o setor de viagens e
turismo: o terrorismo. O mundo, no incio do sculo 21, passa por problemas que atingem o trfego areo
internacional e as viagens para vrios lugares do planeta. Mas a crise no universal. reas como China, Japo,
Europa, frica do Sul, Brasil e Oceania mantm seus fluxos tursticos. A Amrica do Norte sofreu muito com os
atentados de setembro de 2001, mas mantm seu turismo interno e recupera sua parcela no fluxo de turismo
internacional.
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Obs.: Para obter informaes abundantes e atualizadas sobre globalizao acesse www.globalisationguide.org
ou http://globalize.kub.nl/. As informaes so em ingls e oferecem conceitos, mapas histricos, estatsticas e
respostas s questes mais comuns sobre globalizao.
Quando comeou a globalizao? Segundo vrios autores, entre o sculo 16 e a dcada de 1970, o que
significa que no h muito consenso a respeito. Certamente a primeira grande expanso do capitalismo europeu
ocorreu no incio do sculo 16, no perodo das grandes navegaes portuguesas e espanholas. No sculo 19,
houve uma outra grande expanso do comrcio e investimentos globais, at a ecloso da Primeira Guerra
Mundial (1914-1918) e da Grande Depresso da dcada de 1930, perodo no qual o processo foi interrompido.
O final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) trouxe outra onda de expanso do capitalismo, com o desenvolvimento das empresas multinacionais. O perodo ps-Segunda Guerra foi marcado tambm pela diviso bipolar do
planeta entre o capitalismo e o socialismo, gerando a Guerra Fria (1947-1991). Esse perodo viu tambm a
emancipao das colnias europias na frica e sia e o desenvolvimento das comunicaes e do transporte
areo global, que criaram novas possibilidades para o comrcio e negcios mundiais e originou o turismo de
massa. A queda dos regimes socialistas na Europa Oriental, o fim do Muro de Berlim e o colapso da ex-Unio
Sovitica encerraram a Guerra Fria e selaram a complicada vitria do capitalismo global. O desenvolvimento das
novas tecnologias de telecomunicaes, expressando na internet uma de suas maiores possibilidades, tornou
possvel negcios e troca de informaes em escala global que facilitou os acessos para milhes de pessoas.
Informaes em maior escala, com mais rapidez e mais baratas. A est o princpio da
chamada sociedade de informao, uma das facetas das sociedades ps-industriais.
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Mdulo I
A OECD (sigla em ingls da Organizao para Desenvolvimento e Cooperao Econmica) rene os trinta
pases mais ricos do mundo: Alemanha, Austrlia, ustria, Blgica, Canad, Coria do Sul, Dinamarca, Eslovquia,
Espanha, Estados Unidos, Frana, Finlndia, Grcia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islndia, Itlia, Luxemburgo, Japo,
Mxico, Nova Zelndia, Noruega, Polnia, Portugal, Repblica Tcheca, Reino Unido, Sucia, Sua e Turquia. A
OECD mantm contatos com outras 70 naes e Organizaes No-Governamentais, alm de outras instncias
da sociedade civil. uma das mais importantes reunies de pases do mundo (da qual o Brasil ainda no faz parte).
As estatsticas sobre turismo no site da OECD esto na seo de transportes.
O planeta passa por um enriquecimento cultural e o turismo parte integrante dessas transformaes.
agente ativo da globalizao. Beneficia-se direta e imediatamente das novas tecnologias, da malha global de
telecomunicaes e de finanas, da organizao do transporte de carga e passageiros, das grandes estruturas
administrativas de redes hoteleiras e empresas de entretenimento. Constitui uma das expresses da psmodernidade.
TEMA 2
O TURISMO E O BRASIL
Contexto histrico _______________________________________________________
O turismo brasileiro est na sua segunda fase de grande expanso. A primeira fase ocorreu no incio da dcada
de 1970, em plena ditadura militar, quando burocratas organizaram o turismo como um dos remdios para resolver
os problemas do pas. Implantou-se uma estrutura de financiamento hoteleiro, cursos superiores e tcnicos de
turismo, marketing agressivo e agitao cvica baseada na conquista do tricampeonato de futebol (1970), nas
vitrias de merson Fittipaldi na Frmula 1 e na beleza das brasileiras, sempre finalistas nos ento famosos concursos
de Miss Universo. Apesar do esforo concentrado, a primeira fase do turismo brasileiro acabou em fracasso. Dois
conjuntos de motivos afetaram a rea: o primeiro foi a srie de desastres econmicos provocados pela crise do
petrleo e aumento das dvidas brasileiras, que provocaram inflao e recesso, comprometendo o desenvolvimento
nacional, inclusive do setor turstico; o segundo foi o descaso dos planejadores que no se importaram com a
preservao ambiental, com a qualidade e com a formao de profissionais qualificados em todos os nveis, o
que afetou a operao e gesto dos servios tursticos. Todas essas deficincias do setor turstico aliadas crise
econmica mundial resultaram em fracasso. Da segunda metade da dcada de 1970 a meados da dcada de 1990,
vrias crises econmicas cclicas marcaram a histria do pas e o turismo ficou quase paralisado.
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Com a abertura da economia e estabilizao da democracia (governos Collor e Itamar Franco) e depois com os
governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula, o turismo encontrou condies propcias para uma segunda onda
de crescimento, desta vez mais bem estruturada. Pela primeira vez, em 1996, a Embratur estruturou uma poltica
nacional de turismo; investimentos nacionais e estrangeiros jorraram em hotis, parques temticos e projetos
ligados a entretenimento; a privatizao das telecomunicaes e de vrias rodovias provocou melhoras na infraestrutura; houve o crescimento da formao profissional em todos os nveis (superior, mdio e bsico); novos cursos
como hotelaria, gastronomia e lazer somaram-se aos cursos de turismo como formadores de profissionais qualificados; e vrios estados, municpios, empresas privadas e ONGs compreenderam a importncia do turismo como fator
de desenvolvimento e incluso social. A partir de 2003, foi criado o Ministrio do Turismo, antiga reivindicao do
setor, possibilitando que os problemas da rea fossem tratados em um ministrio especfico.
possvel um turismo mais justo e sustentvel? Sim e isso acontece em vrios lugares do mundo. Como dizer que
o turismo uma bandeira da paz em um mundo onde a guerra continua a ser uma proposta lucrativa e egosta de
dominao? Como afirmar que o turismo ajuda a compreenso entre os povos se as fronteiras esto fechadas para
milhes de excludos? Como encarar o turismo como uma possibilidade de desenvolvimento se a globalizao
ameaa degenerar-se em um sistema globalitrio e dogmtico? O que fazer com os excludos em um planeta que
esgota irresponsavelmente seus recursos naturais e a escassez de gua, alimentos e territrios habitveis ameaa
populaes inteiras? Como ser o turismo em 2050 ou 2080? As possibilidades de crescimento equilibrado existem
e as novas tecnologias devem privilegiar a vida e as comunidades. A globalizao precisa acentuar seus aspectos
positivos e deter suas perverses. As novas sociedades precisam ser fundamentadas no humanismo e no conhecimento cientfico direcionado ao desenvolvimento dos recursos humanos, naturais e tecnolgicos. preciso propor
uma agenda de discusses e iniciativas sobre a conscincia turstica e suas relaes com o mundo atual:
O setor de viagens e turismo um dos mais significativos da economia global e depende de uma sociedade
mais justa para se desenvolver plenamente. Um outro turismo ser possvel apenas em uma sociedade participativa.
Capital e conhecimento so importantes, mas a revalorizao do humanismo fundamental para que a vida seja
preservada e dignificada. A vida humana, animal e vegetal e o prprio planeta, que sustenta todas essas vidas, so
os nossos maiores valores.
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APRESENTAO
Este mdulo pretende abordar a importncia do turismo como um setor da economia, apresentando seus
conceitos bsicos, principais modalidades e os impactos dessa atividade econmica. Nosso principal objetivo
incentiv-lo a reconhecer e tambm descobrir as potencialidades tursticas de sua localidade ou regio e, mais
que isso, despert-lo para a necessidade de proteg-las e valoriz-las. A partir da viso da atividade turstica como
instrumento de desenvolvimento local, pretendemos dar condies para que voc se torne um agente de
conscientizao da importncia do turismo em sua comunidade.
TEMA 1
AS VIAGENS TURSTICAS
Ser que todas as viagens podem ser classificadas como tursticas? Sempre que algum viaja, est fazendo turismo?
As viagens se definem por suas motivaes: militares,
econmicas, polticas e etc. As viagens tursticas distinguemse dos demais tipos de viagens pelos objetivos que as induzem, isto , viaja-se pelo prazer de viajar, por curiosidade ou
divertimento, entre outros.
F onte: Microsoft Office Online
Atravs dos tempos, o homem procurou usar sua criatividade para pr em marcha meios de locomoo cada vez mais
aprimorados, que permitissem um deslocamento mais rpido pelo territrio e uma maior capacidade de transporte de
pessoas e objetos. A evoluo dos meios de transporte e de
comunicao permite, hoje, que mais pessoas faam turismo.
Tais conhecimentos favoreceram e incrementaram as viagens,
pois lhes deram maior conforto e segurana.
1) Cada grupo de alunos dever pesquisar e mostrar em um painel um dos temas propostos:
evoluo dos meios de transporte;
evoluo dos meios de comunicao;
descobertas e invenes que auxiliaram no desenvolvimento das viagens.
2) Jogo: Fases do Turismo
O jogo apresenta os motivos das viagens e as condies em que essas ocorreram em quatro grandes blocos: primitivo,
elitista, transio e de massa, permitindo conhecer as fases da histria das viagens e do turismo, de forma divertida!
Peas:
1 tabuleiro
1 dado
pinos de plstico ou outro material em cores diferentes (quantidade de acordo com o nmero de jogadores, at no mximo 6)
34 fichas numeradas
Instrues para montagem do material: O tabuleiro poder ser construdo em papel sulfite ou cartolina e
dever ter, no mnimo, 40 casas, divididas em 4 partes. Voc pode construir cada parte em folhas separadas ou
tudo numa grande cartolina, identificando as fases com cores diferentes, por exemplo. Cada uma das quatro
partes representa uma fase da histria do turismo; e cada uma das casas desse tabuleiro contar um pouco dessa
histria e ter uma tarefa atribuda, escrita nas fichas numeradas.
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Mdulo II
Regras para jogar: O jogo comear por quem tirar o menor nmero no dado. A partir da, os jogadores vo
avanando pelas casas numeradas de acordo com pontos tirados no dado. A cada casa em que o jogador pra, ele
deve ler em voz alta a histria na ficha correspondente e executar a tarefa solicitada. Ganha o jogador que chegar
primeiro ao final da ltima etapa da histria do turismo.
II
Elitista
10) Incio do sculo XIX: aparecimento do transporte ferrovirio. Aumenta o nmero de viajantes. Pegue um
leno e d adeus ao passado.
11) Thomas Cook organiza a primeira viagem de turismo para um congresso antialcolico na Inglaterra (1841).
Voc est bbado, avance uma casa e comporte-se como tal.
12) 1845: aparece o primeiro guia impresso para uso de clientes. Novidade: voc se perdeu, volte uma casa.
13) 1870: Thomas Cook organiza a primeira viagem de volta ao mundo. E voc embarcou nessa: ande trs casas.
14) 1890: Cesar Ritz moderniza a hotelaria, criando hotis com banhos nos apartamentos. At que enfim!
Ande duas casas.
15) Inicia-se a procura por banhos de mar em locais frios, com banhistas ainda usando trajes do dia-a-dia,
antes da criao da roupa de praia. No final do sculo XIX, h uma busca pelas praias quentes, popularizando os locais de veraneio no Mediterrneo. Boa nadada! Ande uma casa.
16) Incio do sculo XX: ressurge o termalismo como forma de turismo, mas entra em decadncia no final do
sculo. Como a gua est quente, fique no banho uma rodada.
17) Aparecem os primeiros cassinos em Monte Carlo, transformando-se em atrativos do turismo. Jogue par
ou mpar com algum do seu lado. Se ganhar, ande duas casas; se perder, volte trs.
18) Surgem as frias de inverno: descanso nas montanhas e esportes na neve. Avalanche! Volte trs casas.
Transio
19) 1910: Santos Dumont sobrevoa Paris, iniciando uma nova era nos transportes. D um pulo e bata asas:
voc voou trs casas.
20) 1914: acontece a 1 Guerra Mundial. Por questo de segurana, poucos viajam. Fique tranqilo, no
jogue uma rodada.
21) 1919-1929: ressurge o fluxo turstico ao fim da 1 Guerra Mundial, porm novamente desmotivado
pelo crash da Bolsa de Valores de Nova York. No jogue uma rodada.
22) Nessa poca, surge o automvel, generalizando-se o transporte e as estradas de rodagem. Cuidado! Voc
est preso porque atropelou uma vaca na ndia. No jogue uma rodada.
23) Em alguns pases, os trabalhadores comeam a desfrutar as frias remuneradas, perodo este aproveitado
em viagens. Ande uma casa.
24) O turismo se populariza, surgindo grande nmero de agentes e organismos de viagem.
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Massa
25) 1939-1945: total paralisao do turismo pela ocorrncia da 2. Guerra Mundial. Ponha um caderno na
cabea e reze.
26) Surgem os avies de motor turbolice e os jatos, possibilitando vos mais rpidos e de longa distncia.
Faa um avio de papel: se voar direito, voe cinco casas.
27) As montadoras produzem e vendem cada vez mais carros, o que aumenta o nmero de pessoas viajando
com seus prprios veculos. Pegue seu Fusca e ande duas casas.
28) A construo de hotis e outros meios de hospedagem com diferentes nveis de conforto e preo possibilita a hospedagem fora do seu domiclio.
29) Pela demanda, cresce e melhora a infra-estrutura viria de portos, aeroportos, estradas, marinas, etc. Sem
dinheiro para o pedgio, no d: volte trs casas.
30) Com o final das linhas martimas regulares, nascem os cruzeiros martimos. Verdadeiros hotis de luxo!
Voc foi parar no Hava. D uma rebolada.
31) A recuperao do crescimento deve-se a equipamentos de alta tecnologia. Informaes e servios
computadorizados, viagens mais freqentes e mais curtas. Deu pane no computador: volte duas casas.
32) O agente de viagens elemento dinmico do setor de turismo, combinando servio e venda aos clientes.
33) 1973: crise do petrleo diminui o ritmo do crescimento. Abra uma poupana e volte quatro casas.
34) O turismo fragmenta-se, oferecendo opes como: turismo para a terceira idade, turismo social, turismo
para jovens, turismo ecolgico, etc. Cumprimente seus colegas.
TEMA 2
Alexandre, o Grande
Marco Polo
Livingstone
Cristvo Colombo
Capito Cook
Napoleo
Amyr Klink
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Mdulo II
importante frisar que turistas so pessoas que viajam em seu tempo livre, para locais diferentes dos de sua
residncia, com a inteno de retorno. Merece destaque a questo do tempo livre e a inteno de retorno. Aqui
aparecem as principais diferenas entre o turista e um outro tipo de viajante qualquer como, por exemplo, o
imigrante, que viaja para mudar o local de residncia permanente. Assim, o turista um viajante que se desloca
com inteno de retorno ao seu local de origem; j o viajante, em geral, possui inmeras motivaes, tais como:
as militares, fixar residncia em outro local, a do poltico que, em tempo de campanha eleitoral, faz seus comcios
em diferentes regies, dentre outras. A viagem , assim, um deslocamento de seu lugar de origem a outro ponto
do universo, sendo diferenciada de outros deslocamentos a partir de suas motivaes.
II
Deve-se destacar que a atividade turstica s ocorre quando o deslocamento se d no tempo livre, ou seja, no
tempo de no-trabalho, aquele gasto fora dos negcios e, em geral, compreende o viajante que est fora de seu
local de origem por mais de 24 horas e menos de um ano.
O conceito de tempo livre s aparece depois da Revoluo Industrial, com as mudanas na concepo de
trabalho e tempo social, e com a evoluo tecnolgica, principalmente nos transportes, que permitiram o deslocamento a longas distncias com menor tempo, menor custo e maior segurana. O turismo, portanto, uma
atividade que s pode ocorrer - pelas condies apresentadas -, a partir do sculo XIX, sendo fruto da sociedade
contempornea. As alteraes pelas quais a sociedade passou, tanto na rea tecnolgica como na forma de
organizar o trabalho, acabaram gerando esse tempo livre, que utilizado para reposio das foras de trabalho.
As viagens - que retiram as pessoas de seu dia-a-dia exaustivo - levaram-nas para lugares e ritmos diferentes do
cotidiano, tornaram-se uma necessidade, passaram a ocorrer em intensidade cada vez maior e a atingir um
nmero crescente de pessoas, acabando por tornar-se um fenmeno de dimenses planetrias no sculo XX.
1) Com a ajuda de um dicionrio ou de outros livros, escreva no seu caderno os conceitos de viagem e viajante.
2) Discuta com seus colegas, defina e grife quais desses viajantes podem ser considerados turistas:
Imigrantes
Diplomatas
Refugiados
Passageiros em trnsito
Nmades
Trabalhadores fronteirios
Guias tursticos
Conferencistas
Agentes de viagens
Comissrios de bordo
Chefes de Estado
Empresrios
Desportistas
Estudantes
Cientistas
Peregrinos
3) Agora que voc separou os turistas dos demais tipos de viajante, liste as diferenas entre eles e conceitue
turismo e turista.
Turismo:
Turista:
viajante que se desloca para um ou mais locais diferentes de sua residncia habitual, e l
permanece por mais de 24 horas, mas com inteno de retorno. Alm disso, no participa do
mercado de trabalho no destino.
4) Pesquise em jornais, revistas ou outras fontes, alguns roteiros de viagens, excurses, passeios e eventos que
possam ser considerados atividades tursticas. Recorte-os, cole-os em seu caderno e guarde-os para a
prxima lio.
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TEMA 1
Turismo de sol e praia: caracteriza-se pelas atividades tursticas relacionadas recreao, entretenimento ou descanso em praias, por causa da presena de gua, sol e calor.
Turismo nutico: caracteriza-se pela utilizao de embarcaes nuticas como meio ou como finalidade da movimentao turstica, e pode ser classificado em turismo fluvial,
turismo em represa, turismo lacustre e turismo martimo.
Turismo cultural: como fenmeno social, produto da experincia humana, cuja prtica aproxima e fortalece as relaes
sociais e o processo de interao entre indivduos e seus grupos sociais, ou de culturas diferentes, est relacionado
Praia de Mococa, em Caraguatatuba (SP)
vivncia do conjunto de elementos significativos do patrimnio
histrico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.
Crdito: Dbora Menezes
Turismo de estudos e intercmbios: constitui-se da movimentao turstica gerada por atividades e programas de aprendizagem e vivncia para fins
de qualificao, ampliao de conhecimento e de desenvolvimento pessoal e
profissional.
Turismo cvico: caracterizado por deslocamentos motivados pelo conhecimento de monumentos, fatos, observao e participao em eventos cvicos, que representem a situao presente ou a memria poltica e histrica de
determinado local.
Turismo de negcios e eventos: compreende as atividades tursticas decorrentes das relaes de interesses profissionais, associativos, institucionais
de carter comercial, tcnico-cientfico, promocional e social.
Turismo de esportes: a definio adotada pelo Ministrio do Turismo estabelece que esse tipo de turismo compreende as atividades tursticas decorrentes
da prtica, envolvimento ou observao de alguma modalidade esportiva.
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Mdulo III
importante destacar que considera-se atividades de aventura aquelas cujo prmio a superao de seus limites pessoais, caracterizadas como atividades de
recreao e no de competio. Esse tipo de turismo, quando organizado ou
intermediado por prestadores de servios e operadores de agncias de turismo,
est submetido a normas e regulamentos de segurana, elaborados pelo Ministrio do Turismo, que orientam o processo de certificao dos servios.
III
Lembranas do Santurio de
Nossa Senhora, em Aparecida (SP)
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TEMA 2
Em geral, todo turista, quando se desloca, tem um destino predeterminado e este destino ou lugar tem certas
caractersticas que o tornam atrativo. Os atrativos tursticos
podem ser de diversos tipos e so classificados em dois
grandes grupos: naturais e culturais.
Atrativos naturais: constitudos basicamente por elementos da natureza;
Atrativos culturais: constitudos por elementos onde
h, ou houve, elaborao e interveno humana.
A classificao dos elementos que compem os atrativos naturais e culturais muito grande e varia conforme
a abordagem feita pelos diversos estudiosos do assunto.
Como vimos, as pessoas tm diferentes razes e
motivaes para viajar. Por isso, diferentes pessoas iro
optar por diferentes locais, procurando diferentes atraes, por diversos motivos.
A escolha de uma destinao turstica, entretanto, no depende somente das atraes, mas tambm da infraestrutura para atender o turista, como abastecimento de gua, energia eltrica, segurana pblica, etc.
Atualmente est na moda o turismo ecolgico ou ecoturismo, em que as pessoas buscam o maior contato
possvel com a natureza, optando por dormir em barracas, cozinhar em fogareiros e banhar-se em cachoeiras.
Porm, nem todo turista busca esse tipo de lazer. Grande parte ainda prefere viajar para localidades onde tenha
a certeza de encontrar todo o conforto. Na verdade, muitos turistas escolhem destinaes onde possam usufruir,
pelo menos por algum tempo, de confortos e regalias com as quais no podem contar em seu dia-a-dia.
Isto significa que, alm das atraes do clima e das paisagens naturais, possibilidades para a prtica de
esportes, fontes com qualidades teraputicas, tesouros artsticos, histricos e culturais, especialidades econmicas
e peculiaridades que uma determinada destinao possa oferecer, deve-se avaliar, igualmente, a qualidade dos
servios de apoio disponveis para recepo dos viajantes, tais como hotis e restaurantes, pois uma destinao
turstica escolhida, tambm, pelo conjunto de seus servios, que tm o propsito de satisfazer os desejos ou as
expectativas do turista.
Assim, antes de optar por um destino, o turista analisa:
os atrativos, que correspondem aos principais elementos motivadores do fluxo turstico para um local. So
os atributos naturais, culturais e eventos programados;
as facilidades, tambm chamadas de infra-estrutura turstica, permitem a permanncia do turista na localidade visitada. Mesmo que, geralmente, no sejam as principais responsveis pela escolha de uma destinao, esses servios facilitam o alojamento, a alimentao e at o entretenimento do turista. Muitas vezes,
a adequada infra-estrutura determinante para que o turista permanea mais tempo em uma localidade;
o acesso: so as vias e os meios de transporte disponveis, que possibilitam a locomoo do turista at o
local desejado e dentro da localidade.
Como explicitado, os elementos que se destacam para que um lugar possa se constituir como uma destinao
turstica so seus atrativos naturais e histrico-culturais, as facilidades oferecidas e a forma de acesso.
1) Pesquise em sua cidade e faa uma lista dos atrativos que ela pode oferecer aos turistas, separando-os de
acordo com a classificao estudada.
2) Em grupo, verifique quais atrativos da sua lista j esto sendo explorados como atrao turstica e quais ainda no.
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Mdulo III
3) Pesquise, em sua cidade ou regio, as facilidades e condies de acesso. Verifique se so adequadas para o
atendimento ao turista. Em caso negativo proponha, com a ajuda do seu professor, sugestes para melhor-las.
4) Recorte e cole no seu caderno imagens, fotos e ilustraes de duas destinaes tursticas: uma com atrativos
naturais e outra com atrativos culturais.
III
5) Leia o texto Nem com o mar de ressaca Rio perde humor e classifique os atrativos naturais e culturais do Rio
de Janeiro apresentados na reportagem.
TEMA 3
A IMPORTNCIA E OS
IMPACTOS DO TURISMO
Contexto________________________________________________________________
A principal tarefa deste tema demonstrar como se articulam as atividades ligadas ao turismo (entre si e com
as demais atividades produtivas do territrio) e os efeitos econmicos, sociais, culturais e ambientais resultantes
dessa articulao. Como toda ao humana no territrio, o turismo tambm provoca transformaes e conseqentes
impactos positivos e negativos. Por isso, o planejamento e a gesto do turismo devem visar sustentabilidade da
atividade, ou seja, perseguir a maximizao dos impactos positivos e minimizar os impactos negativos.
O desenvolvimento do turismo pode trazer benefcios e custos para a comunidade local. So inegveis os
benefcios relacionados criao de empregos, gerao de renda, divisas geradas pelo turismo internacional e
aumento da arrecadao de impostos em razo dos gastos dos turistas na localidade. No entanto, a distribuio
dos benefcios nem sempre igualitria.
O turismo pode propiciar populao residente o acesso aos servios relacionados ao saneamento, comunicao, segurana, limpeza, melhoria de estradas, aeroportos, novos hotis, museus, variedade de restaurantes e de
atividades de lazer. No entanto, h lugares em que toda essa infra-estrutura construda para beneficiar muito
mais o turista do que a comunidade local, criando apartheids sociais, como o caso de muitos resorts espalhados
pelo Brasil e pases africanos, asiticos e caribenhos.
O turismo pode proporcionar melhores rendimentos e salrios para a populao local, engajada na produo
de bens e servios tursticos, ao contrrio de constituir uma parcela da populao que sofre as conseqncias da
valorizao do espao pelo alto valor dos aluguis, das terras, dos produtos alimentcios, enfim, do custo de vida.
muito grande a capacidade de gerao de empregos no turismo. Milhes de pessoas atualmente trabalham
envolvidas na direo e funcionamento do turismo e nos servios dele originados, como transporte, agricultura,
bancos, etc., alm dos empregos indiretos. Nas economias desenvolvidas, o resultado mais positivo do que em
pases pobres. Nestes ltimos, por exemplo, verifica-se o aumento da demanda de empregos no perodo de
construo da infra-estrutura turstica, o que encoraja o abandono das atividades tradicionais (lavoura, pecuria,
pesca). Concluda essa fase, tal mo-de-obra no absorvida pelo mercado ou, ento, devido falta de qualificao, tem baixa remunerao. Isto sem falar no carter de sazonalidade do trabalho, que regulado pela alta e
baixa temporadas.
Do ponto de vista social e cultural h, tambm, benefcios e custos. Se o encontro de culturas de diferentes
partes do mundo pode provocar compreenso e tolerncia, tambm pode provocar alteraes nos padres
culturais de uma sociedade. Tal o caso da banalizao da arte folclrica nativa pela intensa exposio; da ameaa
de mudana de valores culturais dos jovens que tentam imitar hbitos, linguagens, roupas dos visitantes, sem
falar no consumo de drogas, prostituio e aumento de violncia.
Quando o produto turstico baseado em atraes de reas naturais (vida selvagem, monumentos arqueolgicos e histricos, preservao de stios), exige ainda mais cuidados e respeito para com a capacidade de carga, para
que as qualidades do destino turstico no sejam irremediavelmente perdidas.
Deve ser observada a importncia de conhecer e discutir os benefcios e os custos do turismo, para que se
construa uma viso crtica da atividade. Deve-se evidenciar que um turismo bem-sucedido relaciona-se melhoria da
infra-estrutura e de equipamentos urbanos; ao respeito capacidade de carga dos atrativos; ao treinamento de
recursos humanos, comunidade bem informada, participativa e amigvel; a defesa dos interesses locais e
preocupao com a propriedade internacional da terra, que transfere para o estrangeiro no s decises, mas partes
do territrio.
Aprendiz de Lazer e Turismo
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Pela leitura do artigo, voc pode avaliar a importncia da atividade turstica para o municpio de Porto Seguro,
no litoral da Bahia. E esse no um caso isolado! Existem inmeras outras localidades, no Brasil e no exterior, que
vivem basicamente da atividade turstica.
A atividade turstica traz dinheiro para a economia local e regional graas aos impostos arrecadados das
empresas tursticas e do dinheiro gasto pelos turistas na cidade. Essa renda pode beneficiar toda a comunidade,
com a execuo de melhorias na regio. Alm disso, o fluxo de turistas cria uma demanda por servios em vrios
setores, gerando empregos para a populao local.
Por outro lado, a liberdade de movimento das pessoas permite a liberdade de comunicao e de intercmbio
cultural. Por isso, a atividade turstica pode ocasionar impactos culturais e ambientais, tanto positivos quanto
negativos. Como exemplo de impactos culturais positivos, temos a proteo do patrimnio e a reafirmao da
identidade da cultura local. No entanto, a influncia dos hbitos dos turistas pode levar descaracterizao
cultural. So exemplos de impactos ambientais positivos a conservao de reas naturais e a maior conscientizao
sobre a importncia do meio ambiente. Entretanto, a ocupao desordenada do ambiente pode causar poluio,
problemas de saneamento bsico e degradao do ambiente.
1) Com a classe dividida em grupos, pesquise duas atividades relacionadas ao turismo que ocorrem ou poderiam
ocorrer em sua cidade (seja ela plo ou no de turismo) e que tm possvel impacto positivo e/ou negativo.
Explique os impactos.
2) Construa, em grupo, um exemplo de impacto positivo e um de impacto negativo do turismo no Brasil e monte
um painel na sala de aula.
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Mdulo III
TEMA 4
III
N. de
empregados
Participao no n. de empregados
nas atividades tursticas na PEA
1994
83.436
703.429
2.619.121
1995
97.144
911.354
3.410.368
1996
105.197
882.215
3.261.156
1997
113.859
926.693
3.489.893
1998
117.907
936.825
3.659.761
1999
144.727
1.189.040
4.758.914
2000
150.227
1.241.708
4.569.512
2001
160.579
1.312.962
4.944.648
2002
169.266
1.366.326
5.163.338
2003
174.955
1.397.216
5.074.125
Nota: Os dados sobre empregos gerados pelas atividades acima, no podem ser considerados todos tursticos. Por exemplo, um restaurante tanto pode atender a populao local como pode atender ao turista. Essas
informaes foram extradas do relatrio estatstico da Embratur atualizado em abril de 2005.
Nesse contexto, o Brasil tem grande potencial para atrair turistas, por sua beleza natural e diversidade cultural.
Entretanto, o nmero de turistas que vem ao nosso pas e a receita gerada com o turismo ainda so muito
inferiores ao nosso potencial. Sua e ustria, que tm territrios menores, recebem mais turistas que o Brasil. Isso
mostra o quanto ainda deve ser feito para nos tornarmos uma destinao mais visitada e nos beneficiarmos de
toda a renda e melhoria de condies de vida que o turismo pode trazer.
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Aprendiz de Lazer e Turismo
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1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Rio de Janeiro
39,50
41,80
30,50
37,40
30,20
32,50
34,10
28,80
38,58
36,90
So Paulo
21,30
19,90
22,40
23,50
18,40
13,70
19,70
17,00
20,84
18,53
Salvador
9,30
8,80
7,70
12,20
10,90
12,70
13,50
11,10
12,76
15,76
Fortaleza
2,30
4,10
3,20
3,40
4,60
4,70
5,39
5,61
7,16
8,50
Recife
4,80
5,70
4,70
5,70
7,20
6,40
5,80
7,30
8,24
7,51
12,70
16,00
16,60
11,80
8,90
11,80
12,90
11,50
9,28
7,40
Bzios
3,50
3,40
2,70
2,80
5,40
4,56
4,00
3,87
3,56
6,00
Porto Alegre
7,80
9,70
10,10
7,90
7,90
6,01
5,90
7,10
7,93
5,87
Florianpolis
15,30
11,40
17,00
13,90
14,00
17,70
18,70
15,80
6,42
5,28
Belo Horizonte
2,60
2,80
1,70
3,00
2,35
6,60
4,90
3,70
5,10
Balnerio de
Cambori
6,60
6,20
5,40
3,70
5,10
4,90
6,60
4,90
4,90
3,37
Foz do Iguau
Em 1998, o Brasil representava 0,5% do fluxo mundial de turistas, ocupando o 39 lugar na lista dos
principais destinos tursticos do mundo. H alguns anos, a OMT passou a divulgar somente os cinco primeiros
colocados dessa lista. Naquele mesmo ano de 1998, o turismo representava o quarto maior gerador de divisas no
pas. Dentre os principais destinos, no perodo de 1992 a 2003, tivemos: Rio de Janeiro, So Paulo, Foz do Iguau,
Florianpolis, Porto Alegre, Salvador, Balnerio de Cambori e Recife.
Um dos fatores importantes para o aumento do fluxo turstico a qualidade de servio e de atendimento
oferecidos. Essa deve ser uma preocupao no s dos profissionais que iro atender o turista, mas de todos: ser
atencioso, cordial e receptivo. O atendimento hospitaleiro pode fazer com que o turista se sinta bem recebido e
volte muitas vezes cidade visitada.
2000
2001
2002
2003
Estados Unidos
82,0
72,3
66,5
65,1
Espanha
31,5
32,9
33,6
41,7
Frana
30,8
30,0
32,3
36,6
Itlia
27,5
25,8
26,9
31,3
Alemanha
18,5
17,2
19,2
23,0
Reino Unido
19,5
16,3
17,6
19,4
China
16,2
17,8
20,4
17,4
ustria
9,9
10,1
11,2
13,6
Turquia
7,6
8,9
11,9
13,2
Grcia
9,2
9,7
10,7
4,2
3,7
3,1
3,4
Outros
216,5
224,6
221,8
239,0
Total
473,4
459,6
474,2
514,4
Brasil
26
Nota: Essas informaes foram extradas do relatrio estatstico da Embratur, atualizado em abril de 2005.
Na tabela da pgina seguinte, possvel observar a evoluo do turismo a partir da anlise da receita dessa
atividade, na Amrica do Sul e no Brasil. Nota-se que h uma queda na receita - mundial - a partir do ano de 2001,
em conseqncia do pnico gerado pelos atentados de 11 de setembro nos EUA e tambm devido crise e
dificuldade econmica dos continentes americano, europeu e asitico. Nos anos seguintes, percebe-se o aumento nessa receita, que alcana ndices maiores do que os registrados at ento.
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Mdulo III
1994
354,0
8,3
1.924,8
1995
405,1
9,3
2.097,1
1996
435,6
10,7
2.469,1
1997
436,0
11,4
2.594,9
1998
442,5
11,8
3.678,0
1999
455,0
11,6
3.994,1
2000
473,4
12,2
4.227,6
2001
459,6
11,3
3.700,9
2002
474,2
9,2
3.120,1
2003
514,4
10,5
3.386,0
III
Fonte: OMT
Nota: Essas informaes foram extradas do relatrio estatstico da Embratur, atualizado em abril de 2005.
Na tabela abaixo, observa-se a entrada de turista estrangeiros no pas e o fluxo de brasileiros que se locomoveram
para pases estrangeiros. Esses indicativos demonstram que os gastos dos brasileiros superam os valores gastos
aqui pelos estrangeiros.
Gastos de
estrangeiros no
Brasil US$ (*)
Gastos de
brasileiros no
exterior (*)
Desembarque
Vos internacionais
regulares (**)
Desembarque
Vos internacionais
charters (**)
Janeiro 2005
341 milhes
296 milhes
607.612 passageiros
52.207 passageiros
Fevereiro 2005
326 milhes
311 milhes
551.308 passageiros
47.772 passageiros
Maro 2005
341 milhes
260 milhes
549.858 passageiros
37.140 passageiros
Abril 2005
294 milhes
328 milhes
468.496 passageiros
23.474 passageiros
Maio 2005
292 milhes
424 milhes
475.496 passageiros
14.095 passageiros
Junho 2005
275 milhes
468 milhes
502.070 passageiros
11.999 passageiros
Julho 2005
298 milhes
486 milhes
608.219 passageiros
36.216 passageiros
Agosto 2005
360 milhes
463 milhes
542.299 passageiros
28.398 passageiros
Setembro 2005
319 milhes
433 milhes
502.848 passageiros
18.420 passageiros
Outubro 2005
309 milhes
413 milhes
540.416 passageiros
16.709 passageiros
Novembro 2005
348 milhes
439 milhes
521.663 passageiros
23.160 passageiros
Dezembro 2005
360 milhes
397 milhes
546.200 passageiros
39.938 passageiros
Janeiro 2004
296 milhes
196 milhes
478.077 passageiros
36.986 passageiros
Fevereiro 2004
275 milhes
181 milhes
467.673 passageiros
38.180 passageiros
Maro 2004
308 milhes
211 milhes
462.925 passageiros
25.966 passageiros
Abril 2004
250 milhes
240 milhes
416.975 passageiros
24.559 passageiros
Maio 2004
255 milhes
180 milhes
427.977 passageiros
11.137 passageiros
Junho 2004
241 milhes
248 milhes
447.087 passageiros
14.459 passageiros
Julho 2004
222 milhes
247 milhes
508.255 passageiros
27.245 passageiros
Agosto 2004
257 milhes
248 milhes
491.916 passageiros
34.038 passageiros
Setembro 2004
220 milhes
228 milhes
465.597 passageiros
23.309 passageiros
Outubro 2004
269 milhes
289 milhes
525.887 passageiros
22.161 passageiros
Novembro 2004
294 milhes
292 milhes
530.913 passageiros
31.677 passageiros
Dezembro 2004
335 milhes
313 milhes
543.614 passageiros
31.677 passageiros
Fontes: (*) Banco Central dados preliminares (**) Infraero dados preliminares
Nota: Essas informaes foram extradas do relatrio estatstico da Embratur, atualizado em abril de 2005.
Aprendiz de Lazer e Turismo
Aprendiz_Fev_2007.P65
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27
1) Voc j sabe como importante receber bem o turista para que ele se sinta satisfeito em sua cidade. Faa uma
lista de aes importantes para que o turista vivencie uma boa acolhida.
2) Com base nos dados estatsticos do texto, crie um folheto de propaganda para convencer as pessoas de sua
cidade acerca da importncia do turismo para seu municpio, regio e para o Brasil, assim como da importncia de tratar bem o turista.
3) Em grupo, represente duas cenas: uma em que o turista bem tratado e outra em que o turista maltratado.
Discuta com os colegas os resultados.
a) Retire do texto todos os dados e ndices sobre a atividade turstica em escala mundial e nacional.
b) Com base nessas informaes, faa uma avaliao das perspectivas da atividade turstica a curto prazo.
c) Quais transformaes do mundo moderno tm possibilitado o desenvolvimento da rea de viagens e turismo?
d) Como as novas tecnologias podem auxiliar ou atrapalhar o desenvolvimento do setor do turismo? Cite dois
exemplos retirados do texto.
e) Qual a relao entre setor do turismo e desemprego? E entre turismo e desenvolvimento?
f) Segundo o texto, quais vantagens o Brasil ofereceria para o desenvolvimento do setor do turismo?
28
Aprendiz_Fev_2007.P65
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Mdulo III
TEMA 5
III
Suponha que voc esteja viajando com sua famlia sem a utilizao dos servios de uma agncia de viagens.
Vocs decidem, de repente, fazer uma parada. Podem ir a um hotel, sem ter feito reservas. Provavelmente,
encontraro um apartamento disponvel e passaro a noite sem problemas. Ento, por que usar uma agncia de
viagens?
J pensou que voc pode chegar em uma cidade totalmente tomada por turistas - o Festival Anual da
Cerveja! - e pode no encontrar alojamento disponvel em um raio de 100 km? No nenhum exagero, isso pode
acontecer! Para evitar tais inconvenientes, nada melhor do que contatar uma agncia de viagens!
Em primeiro lugar, as agncias de viagens dispem de uma grande relao de hotis, podendo fornecer
informaes sobre a categoria, localizao, estado (conservado ou no, data de inaugurao, reformas, etc.),
qualidades e defeitos de cada um. Por meio delas, o risco de imprevistos e obstculos so bem menores.
Responsveis por grande parte das atividades desenvolvidas na rea de turismo, as agncias de viagens e
turismo so empresas prestadoras de servios, especializadas em planejamento, organizao, venda e divulgao
de produtos tursticos, alm de executar excurses coletivas ou individuais.
So intermedirias entre a oferta e a demanda de produtos, visando a atender os que tm pouca experincia
em organizar e planejar uma viagem de lazer e a empresrios que viajam a negcios. Orientam os turistas desde
a escolha do destino at a documentao necessria, reservas em hotis e melhores meios de transporte.
As agncias de turismo receptivo se localizam nos ncleos receptores (cidades tursticas) e prestam servios
aos turistas no destino; organizam passeios pelos atrativos tursticos; fornecem transporte e guias de turismo
especializados, servio de tradutores e intrpretes para grupos de turistas estrangeiros e fazem traslados (transporte)
entre aeroportos, estaes de nibus, trens e hotis.
J as operadoras de turismo - Wholesale Tour Operators, como so internacionalmente conhecidas - prestam
servios s agncias de turismo, criando programas e pacotes a serem comercializados. Tm, portanto, uma
funo mais tcnica do que comercial, embora possam tambm funcionar como agncias de viagens.
A primeira agncia de viagens brasileira de que se tem notcia foi idealizada pelo Padre Antnio Vieira e
aprovada para funcionar a partir de 10 de maro de 1649. Seu nome era Companhia Geral do Comrcio do Brasil
e detinha o monoplio das viagens pela orla brasileira (desde a capitania do Rio Grande do Norte at a de So
Vicente). A partir da, outras empresas foram surgindo e, da especializao, (para clientela de determinado poder
aquisitivo, para jovens, etc.) passaram a comercializar dos mais diversos produtos e atendimento aos mais variados pblicos.
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Aprendiz de Lazer e Turismo
Aprendiz_Fev_2007.P65
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TEMA 6
MEIOS DE LOCOMOO
E TRANSPORTE
Como o turismo leva as pessoas a se deslocar de seus pontos de residncia
para outros lugares, sem os meios de transporte, as viagens de longa distncia
e mesmo as de curta distncia seriam quase impossveis. Os meios de transporte so, evidentemente, um dos mais importantes elementos do setor de
viagens e turismo.
Eles compreendem toda a infra-estrutura necessria para sua operacionalizao, como rodovias, portos e aeroportos, postos de gasolina, borracheiros e
mecnicos. Dessa infra-estrutura, depende a qualidade e a segurana do servio prestado.
Crdito: AVT
Contexto________________________________________________________________
1) Pesquise em sua cidade os meios de transporte disponveis. Verifique a infra-estrutura para atendimento aos
turistas que desejam utiliz-los para chegar at sua cidade.
2) Visitando a estao
Acompanhado de seu professor, visite a estao rodoviria de sua cidade ou uma estao de trem. Faa uma
lista das principais cidades ligadas sua por meio de linhas de transportes regulares e procure identificar
quais dessas cidades podem ser ncleos emissores de turistas.
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Aprendiz_Fev_2007.P65
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TEMA 1
Eis o recreador em ao novamente! Ele deve trabalhar muito para atender um pblico extremamente diferente e ansioso por viver muitas emoes, em qualquer estao do ano!
A recreao a atividade planejada e dirigida especificamente para
divertir o cliente. Tem como caractersticas adicionais entreter, ocupar e
integrar seus usurios. O recreador vem suprir a necessidade que o cliente tem de se divertir, embora no saiba como, ou no esteja disposto a se
preocupar com isso. O recreador encontra seu posto principalmente em
hotis, mas tambm pode acompanhar viagens e excurses.
Para que o indivduo desfrute do tempo destinado ao lazer, necessrio considerar aquele que ele dedica s atividades impostas pelas obrigaes dirias. Esse
tempo, a forma como ele vivido e sua distribuio so determinados segundo as normas
que regem as diferentes sociedades e esto,
portanto, presos s suas prticas culturais.
Como alternativas de lazer, pode-se considerar: descansar, visitar amigos, ler, assistir
TV, ter hobbies (colecionar selos, aeromodelismo), passear (a p, de bicicleta), praticar esportes, participar de jogos, fazer turismo, etc.
Atividades recreativas
na piscina da Praia do
Forte Ecoresort (BA)
1) Agora sua vez de ser o recreacionista! Que brincadeiras voc faria com as faixas etrias de 0 a 3 anos, 4 a 6 anos,
7 a 10 anos, 11 a 14 anos, 15 a 18 anos, adultos, terceira idade (acima de 60 anos)? Cada grupo programar
duas atividades para cada caso.
2) Entre nessa brincadeira!
Dentre as brincadeiras do exerccio anterior, selecione as de que a classe toda pode participar, invente outras
ou pesquise junto aos pais, avs e vizinhos brincadeiras que eles costumavam fazer e monte uma sesso de
brincadeiras com toda a turma. A seguir, esto descritas trs atividades. Para cada atividade, dever haver um
grupo responsvel pela organizao.
Zoolgico
Os participantes, em roda, marcam seus lugares com arcos, bambols, cadeiras, etc. Dever haver um arco a
menos que o nmero de participantes. Cada um escolhe para si um nome de bicho, que dever ser dito para os
colegas. Um participante, sem arco, fica no meio da roda e diz o nome de dois bichos. Imediata e rapidamente,
os bichos chamados trocam de lugar entre si, enquanto o que est no meio tenta tomar um desses lugares.
O participante que sobrar sem arco ficar no meio e usar o mesmo procedimento que o anterior. Porm, ao
invs de chamar dois bichos poder dizer: - Zoolgico! Nesse caso, todos os participantes devero trocar de
lugar. Ningum poder ficar no mesmo arco. A atividade continua enquanto h motivao. Em vez de bichos,
podero tambm ser usados nomes de pases, frutas, etc.
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Mdulo IV
Quem sou eu?
Os participantes sentam-se vontade, porm prximos uns dos outros. Um deles levanta-se e sai do espao e,
os outros escolhem para ele um personagem ou figura famosa, conhecida por todos: um cantor, poltico,
esportista, etc. O participante volta e faz perguntas aos colegas, tentando descobrir quem a personagem.
As perguntas devem ser objetivas e fechadas, para que todo o grupo responda sim, no ou indiferente. Ex.: Sou um homem? Sou cantor? Sou brasileiro? Relacionando as respostas obtidas, o participante tenta
descobrir quem . Conseguindo, termina a rodada e outro se afasta do grupo para que tudo recomece.
IV
Bingo Humano
Os participantes sentam-se livremente por todo o espao, com uma caneta ou lpis e uma folha, dividida em
nove partes marcada por duas linhas horizontais paralelas e duas verticais paralelas. Cada um escolhe para si
um nome, composto por seu apelido mais o seu prato predileto.
Aps o sinal do recreacionista, os participantes levantam-se e se cumprimentam com um aperto de mo,
dizendo o nome composto que atriburam a si prprios. Cada participante anota, em sua folha, o nome
daquele que acabou de cumprimentar, vai ao encontro de outro e procede da mesma forma. Cada nome ser
anotado em um dos nove espaos do papel. Ao final da rodada cada participante dever, portanto, ter nove
nomes escritos em seu papel.
Terminada a primeira etapa, cada um se senta novamente no mesmo local em que se encontrava no incio.
Mesmo depois de sentado, se solicitado por algum, deve dar-lhe o seu nome para que todos completem os
nove espaos. O recreacionista estipula um tempo curto para a tarefa. Terminada esta etapa, todos tero
confeccionado suas cartelas de bingo.
O recreacionista escolhe aleatoriamente um participante, que se levanta e diz o nome com o qual se apresentou.
Os que tiverem esse nome em sua cartela, marcam um X. O recreacionista vai chamando outros at que algum
preencha todos os nove nomes de sua cartela. Quem preencher primeiro todos os nomes ser o vencedor.
De acordo com o grupo, o aperto de mo pode ser substitudo ou acompanhado por um abrao, beijo ou
outro gesto que represente um cumprimento. O nome do prato pode ser substitudo por um bichinho de
estimao, carro que gostaria de ter ou bairro onde mora.
TEMA 2
TRABALHO, LAZER E
ENTRETENIMENTO
Mas o que seria mesmo lazer nos dias atuais? Ele acontece quando voc est assistindo ao seu programa favorito na televiso ou lendo sua revista em quadrinhos preferida, quando seu pai assiste ao jogo de futebol pela televiso ou no estdio, ou mesmo quando vocs vo ao
campinho jogar aquela pelada. Ou ainda quando vo ao
cinema, ao shopping, praa, praia ou ao stio dos parentes para curtir o fim-de-semana; a viagem de frias
no final do ano quando se encerram as aulas todas so
atividades que podem ser consideradas como de lazer.
Para isso, basta que elas sejam realizadas por livre escolha
aps o cumprimento de todas suas obrigaes, sejam profissionais, religiosas, familiares ou sociais.
A busca da diverso, do relaxamento e da felicidade, do belo e do que faz bem ao esprito e recompe o corpo
para a lida diria tem sido constante na histria da humanidade, mas a forma como essa busca se configura aps
a Revoluo Industrial que determina o modo como conhecemos o lazer nos dias atuais. Vrias so as formas
para a busca do lazer, de entretenimento e diverso.
Em muitos momentos da trajetria da humanidade, o trabalho foi desprezado pelas elites por ser considerado destinado aos escravos, aos servos e aos menos providos de bens materiais e imateriais. Com a revoluo
religiosa, no incio do sculo XVI, o trabalho ganhou importncia e o grande vilo passou a ser o tempo livre.
Assim, o elemento que antes era considerado prprio da parcela menos favorecida da sociedade ganhou
centralidade: a economia abandonou o regime medieval por um regime capitalista, emergente no sculo XV.
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O tempo, fator preponderante para o entendimento da dinmica que rege a vida dos cidados no mundo
atual, uma varivel a ser considerada na anlise das atividades de lazer. Dizer que tempo dinheiro tornouse senso comum, mas a forma como essa questo influi em todos os momentos da vida, seja na rotina do homem
comum, ou seja na dos senhores dessa sociedade, provavelmente um dos elementos mais marcantes da
atualidade.
De acordo com dados levantados pelo Dieese, Departamento Intersindical de Estatsticas e Estudos
Socioeconmicos, o brasileiro habitante da metrpole dedica nove horas ao trabalho, duas horas ao trnsito, oito
horas ao sono e duas horas alimentao. Assim, subtraindo-se o tempo investido nessas atividades obrigatrias
das horas dirias, restam apenas trs horas.1
Dados do Departamento Intersindical de Estatsticas e Estudos Socioeconmicos de 2004. Disponvel em: <http://www.dieese.org.br>.
Acesso em: maio 2005.
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Mdulo IV
IV
TEMA 3
EVENTOS
Quando somos convidados para uma festa, simplesmente aparecemos. Na verdade, muito foi feito para que
esse momento acontecesse: um motivo (aniversrio, comemoraes, reunir pessoas, etc.), lista de convidados,
local, horrio, comes e bebes, convites, som, arrumao, limpeza do local, etc.
Todos esses procedimentos so, muitas vezes, automticos, dependendo da prtica da pessoa que organiza a
festa. Outras vezes, preciso fazer um levantamento preliminar de tudo o que envolve o evento, estipular
cronograma e atividades, executar as tarefas, at chegar ao evento propriamente dito.
Em turismo, um evento um acontecimento que envolve a reunio de pessoas em torno de um mesmo assunto
ou objeto. Pode ser de diversos tipos (congresso, conveno, simpsio, seminrio, conferncia, exposio, feira,
mostra, festa, jantar, reunio de negcios, formatura de alunos, show, campeonato de basquete, olimpadas, etc.).
Salo do Automvel,
um dos grandes
eventos de So Paulo
Atualmente, com o desenvolvimento econmico mundial, os eventos ganham cada vez mais
espao, como componentes ou mesmo motivadores das viagens.
Reproduo:
www.anhembi.terra.com.br
Depois de estabelecido o tipo de evento, deve-se partir para o planejamento, levando-se em conta todos os
detalhes que garantam o sucesso e o alcance do
objetivo pretendido. Aqui, as providncias sero tomadas de acordo com as definies de vrios fatores: data do evento, mbito (nacional
ou internacional), nmero de participantes, local
de realizao.
O turismo de eventos est, na realidade, intimamente ligado aos outros setores do turismo.
Assim como existem estabelecimentos prprios para agncias de viagens, hotis, companhias areas, etc., as empresas de eventos tambm possuem estabelecimentos prprios. Porm, uma empresa de
eventos utiliza toda a infra-estrutura turstica para desempenhar seu
papel. Se o evento de mbito nacional, necessrio trabalhar em
parceria com companhias areas para reservar vos, organizar datas
de sada e chegada; hotis tm que ser contatados e reservados; as dirias devem ser divulgadas para os participantes; passeios, atraes e city tours podem ser programados. A realizao de um evento uma atividade
constante da rea de turismo.
Os congressos, simpsios, convenes e feiras mobilizam milhes de pessoas por todo o planeta, atrs de
novidades comerciais ou tcnico-cientficas. Os espetculos artsticos e os eventos esportivos tambm so
grandes motivadores de viagens. Basta lembrar os Jogos Olmpicos, a Copa do Mundo e as peas da Broadway,
em Nova York.
Por essa razo, este setor tem crescido consideravelmente, ocupando um nmero cada vez maior de profissionais direta ou indiretamente relacionados aos eventos, constituindo-se em um dos setores mais promissores,
uma vez que independe da presena de atrativos fsico-naturais para sua existncia.
1) Recorte o anncio de um evento e cole no seu caderno. Depois prepare uma relao de todos os passos
necessrios para que ele se realize.
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