Considerações Sobre o Enigma Baiano
Considerações Sobre o Enigma Baiano
Considerações Sobre o Enigma Baiano
Este cenrio trouxe uma discusso sobre como reverter o enigma baiano. Mariani (1977 [1957])
acredita que a soluo est nas fontes locais de petrleo e gs natural e tambm no potencial
hidroeltrico da usina de Paulo Afonso. Aguiar (1977 [1958]) aponta o rico subsolo da regio
como recurso para instalao de uma cadeia de empresas bsicas, e pela lgica teoria dos plos
de crescimento acabariam se desenvolvendo prximo a essas empresas, vrias indstrias
subsidiarias e complementares. Em 1955 Rmulo Almeida cria uma coletnea estudos sobre
este momento da Bahia e de proposies de polticas para o desenvolvimento. As chamadas
Pastas Rosas apontavam que no estado da Bahia, sua deficincia no desenvolvimento
decorria de sua dependncia da agricultura (vulnervel a secas) e do comrcio exterior (termos
de intercmbio) e propunha-se a diversificao da produo, o desenvolvimento da indstria e o
estabelecimento de maiores vnculos com os mercados locais e nacionais.
(CAVALCANTI,2008,p. 77)
Ainda assim, os progressos para a regio no podem ser refutados. Alm da melhoria de vida da
populao diante dos melhores salrios, a infraestrutura se modernizava e expandia.
So caractersticas ainda deste perodo, no governo de Lomanto Jr:
ANOS 70
Momento onde ocorreu a consolidao do processo de industrializao e que
o estado comeou a perder sua feio agroexportadora. A Bahia [...] se
transformou em um estado supridor de produtos intermedirios para os
setores de bens finais instalados no eixo Sul/Sudeste do pas. (GUERRA;
TEIXEIRA, 2000, p.90). A industrializao foi direcionada para os setores
qumico e metalrgico, devido ao estado ser naquele momento o maior
produtor de petrleo do pas alm de j possuir uma refinaria. Outro ponto
era que o Governo Federal objetivava diminuir os desequilbrios regionais.
Assim, vrios empreendimentos foram implantados, entre eles o Complexo
Petroqumico de Camaari (COPEC). E o Centro Industrial de Arat.
Com o passar do tempo, sua consolidao fez com que a
participao relativa do setor primrio no PIB setorial baiano
diminusse de 40% em 1960, para 16,4% em 1980. O setor
secundrio, por sua vez, no mesmo perodo, quase triplica
sua participao, que salta de 12% para 31,6%. Essas
transformaes estruturais colocaram a economia baiana
numa nova posio. A taxa mdia de crescimento real do PIB
baiano na dcada de 70 foi de 11,4% contra 9,7% do
Nordeste e 8,6% do Brasil. Esse crescimento, determinado
pelo setor secundrio, contribuiu de forma positiva para a
dinmica do tercirio da economia baiana, particularmente
na Regio Metropolitana de Salvador (RMS). Na dcada de
70, os servios e o comrcio puderam garantir variaes
anuais reais de 7% ao ano para o PIB desse setor
(TEIXEIRA;GERRA,2000, p.90 apud CEI, 1992).
REFERNCIAS
AGUIAR. Manuel Pinto de. Notas sobre o enigma baiano. Planejamento, Salvador, V.5.n.4,
1977 ( Texto se encontra na XEROX DA Educao Fsica)
CAVALCANTTI, Ricardo L. A era da Industria: a economia baiana na segunda metade do
sculo XX, Salvador, FIEB,2008.( Texto se encontra XEROX DA Educao Fisica e j postado
no Portal)