O Conceito de - Nação - Nos Candomblés Da Bahia
O Conceito de - Nação - Nos Candomblés Da Bahia
O Conceito de - Nação - Nos Candomblés Da Bahia
DA BAHIA
DA BAHIA
(i) Na Bahia os dois têrmos se equivalem. Santo traduz o iorubi misa este
último já dicionarizado em português na forma de orixú, conservando o mesmo signi-
ficado que tem entre os nagos. IQOWU, em seu Olodumare, Cod in Yoruba Belief,
assim define orixá "The Yoruba designate the divinikies by the generic name o£
Orisà. This is a name the etymology of which is rather obscure.. ." (1962, 59) Os .
candomblés de caboclo chamam os santos ou orixás de encantados. Os termos vodum
dos terreiros jejes e inquice dos candomblés congo e angola, são menos ouvidos f6ia
das casas de suas respectivas nações. A grafia das plasvras de linguas ahicanas
assimihdas no corpus do português d o Brasil obedece hs normas prescritas pela Aca-
demia Brasileira de Letras. A transcrição fonttica náo foi utilizada neste trabalho por
motivos estritamente operacionais.
(2) Sobre a iniciação nos grupos de candomblt existe uma farta literatura etno-
gráfica. Ver especialmente NINA RODRIGUES, (1935, 75-85) : QUERINO, (1955,
63-71) ; CARNEIRO, (1948, 73-9) ; RAMOS, (1951, 55-67): BASTIDE, (1945, 50-62;
1961, 41-58) VERGER, (1957, 71-95). SBbre o fenomeno do transe, ver a revisão
.
criiim de BASTIDE, (1959, 181-207) e RIBEIRO, (1957, 29-60) Ainda, FIELD,
(1960. 55-86).
as dificuldades próprias de várias outras construções náo empíricas e
hipotéticas da antropologia (3) .
O significado do têrmo, entretanto - deixando i parte sua dis-
cutida etimologia - estendeu-se do corpus ideológico do grupo, seus
mitos, cosmogonias, rituais e ética - ao próprio local onde as cerimb-
nias religiosas desses grupos são praticadas, quando, então, candomblé
é sinônimo de terreiro, de casa-de-santo, de roça ( 4 ) . Na Bahia, na lin-
guagem do povo-de-santo, esses últimos termos se equivalem como re-
ferentes espaciais dos grupos, mas a palavra candomblé conserva sua
conotação de sistema ideológico em outras situações referenciais. "Ir
ao candomblé de X" ou "ser filho-de-santo do terreiro de F" sáo ex-
pressões correntes que se igualam em significação. Mas, "ser de can-
domblé" ou "acreditar em candomblé" exemplificam a outra cono-
tação da palavra e esses dois tipos de exemplos definem a arnbivalên-
.
cia semhtica do termo(5) Edison CARNEIRO, a quem se deve a
primeira monografia sistemática sobre os candomblés da Bahia, es-
creve, em sua obra já clássica, Candomblés da Bahia: "O lugar em que
os negros da Bahia realizam as suas características festas religiosas teni
hoje o nome de condomblé, que antigamente significou sòmente as
festas públicas anuais das seitas africanas, e em menor escala os nomes de
terreiros, roça, ou aldeia, este último no caso dos candomblés de in-
fluências amerindias" (6) .
VERGER por sua vez, define o candomblé
(7) VERGER, (1957, 19). Traduzido para a apostila do curso Etnias e Culturas
dfricanas no Brasil, dado por V . DA COSTA LIMA no CEAO em 1966.
(a) Sobre as linguas africanas no Brasil, ver o artigo muito esclarecedor de YEDA
PESSOA DE ,CASTRO, "A Sobrevivência das Línguas Africanas no Brasil"', (1967,
25-54) .
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$4.
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e*., . .- . .
\ v a ( . , h a m a r de "sincretismo religioso" entre os nagôs e os jejes.
Acentuam o fato como se, povos vizinhos, que se guerreavam continua- <
I mente, que capturavam prisioneiros e os vendiam como escravos ou se
casavam com as mulheres aprisionadas fossem apenas influenciados uns
pelos outros, no plano da vida religiosa. O contacto era, naturalmen-
te, muito mais amplo e não só a religião como a estrutura dos sistemas
familiares e a tecnologia foram assim mutuamente marcadas através O
longo periodo de lutasl,intermitentes entre os iorubás do oeste e OS
(10) NINA RODRIGUES cita dois livros da hoje discutida obra de ELLIS,
publicada no fim do seculo XIX: T h e Ewe-Speaking Peoples of the Slave Coast of
Africa, (1890) e T h e Yoruba-Speaking Peoples of the Slave Coast of Africa, (1894).
O merito da obra de ELLIS tem sido posto em queitãp devido Bs suas interpretações
muito pessoais dos mitos e da tradição oral dos povos que descreveu.
(li) NINA RODRIGUES, ob. cit. (1932, 342).
(12) Ver CARNEIRO, Negros Bantus, (1937) . Vale refcrir a dois autorcs do
século XVII - GREGORIO DE MATOS e NUNO MARQUES PEREIRA - que
descrevem, cada qual no seu gênero e estilo, cerimônias que devem ser hoje tidas
como "candombles-bantos". Sobre o assunto ver o bem documciitado artigo de FER-
NANDO DA ROCHA PERES, "Negros e Mulatos ein Greçório de Matos", (1967,
69-74).
.h:
(23) CARNEIRO diz ser êsse antigo terreiro "de Congo" (1948, 109) Entre- .
tanto a entrevista com o pai-de-santo da casa, BANDANCUAIME - hoje falecido
- d i o terreiro d o Bate-Fôlha como "de Angola". (Entrevista 9, I.a sbrie). Por
outro lado, a mãe-de-santo HELENA de TEMPO, filha-de-santo do falecido BER-
NARDINO do Bate-Fôlha. portanto irmã-de-santo de BANDANGUAIME, diz que sua
casa eem o apelido de "Bate-Folhinha" devido & sua filiaç5o e às suas ligações reli-
giosas com seu pai-de-santo e que "seu terreiro C da mesma nação de Angola". (En-
trevista 17, 2.a sbrie). De resto, nas 146 entrevistas uilizadas na feitura deste trabalho,
apenas encontrei uma casa de "Angola, Congo, Caboclo" e uma casa que se diz d e
"Congo-Caboclo". A análise das entrevistas entretanto não permite identificar ele-
mentos característicos da naqão Congo nesses terreiros.
(24) PIERSON, (1945, 357) .
préstimos e adotando as invenções - mas retendo sempre a marca revela-
hora de sua origem, em meio-à integração e à mudança. Daí a falecida
ialorixá ANINHA, poder afirmar, com orgulho: "Minha seita nagô 6
puro" (25) . E dizia isto no sentido de que a nação de sua seita, de seu
terreiro, e que eram os padrões religiosos em que ela, desde menina, se
formara, era nagô. Ai se deve entender nação-de-santo, nação-de-can-
domblé. Porque, no caso de ANINHA, ela mesma era e se sabia, etni-
camente, descendente de africanos gruncis, um povo que ainda hoje ha-
bita as savanas do norte de Gana e ao sul do Alto-Volta e que ne-
-b"&,
nhuma relação étnica ou histórica a t'nha cgm iorubás até o tráfico
negreiro (26) . Do mesmo modo qu a d mãe-de-anto do antigo ter-
reiro jeje do Bogum, terreiro importante ao ponto de dar, como o do
Gantois, seu nome a todo o bairro em que se situa - falando da his-
tória de sua casa, diz: "Tiana Jeje, mão-pequena daqui antes da fi-
nada Emiliana, tinha marca da tribo no rosto. Tiana veio do tempo
de meu pai-de-santo. No tempo em que fiz o santo ainda foi com
africano na casa. Já a finada Emiliana era crioula" (27) . E continua,
saudosista: "A primeira mãe-de-santo era Ludovina, que era africana.
Os terreiros de jeje já acabaram tudo, Carabetã, Campina de Bosquejã,
Agomenã tudo. . ."
Mas a casa do Bogum continua, apesar da melancolia com que
a vondusi RUNHO lamenta os tempos pretéritos "dos africanos", a
manter a tradição de ser "a casa mais pura de jeje-marrim que há na
Bahia" (28). Esse terreiro possui diversos assentos de voduns daomeanos
e sua mãede-santo pode passar muito tempo falando dos mitos de sua
nação e contando histórias dos velhos tempos em que "os jejes eram
respeitados só com o nome". Irmãde-santo (29) da famosa EMILIANA
(25) Os grunces- -
ou gruncis são um povo do grupo linguistico Gur -
que alguns autores chamam de Voltaico - e eram conhecidos na Bahia antigamente
como "nação de galinha". Cf. NINA RODRIGUES (1932, 312-3); BENDOR-SA-
MUEL (1965, 47-55) .
(26) A palavra foi empregada no antigo sentido - conservado em algumas Areas
-
linguísticas de "negro nascido no Brasil".
(27) Jeje-namim é uma das nações jejes conhecidas no Brasil. A expressão
alude aos fós da nação Nahi, ao noroeste de Ketu, e ao norte de Abomé. Dos Mahi
escreve CORNEVIN: "C'est leur esprit indkpendent, difficile et querelleur, surtout
entre eux, qui leur valut le qualificatif de "Ma-Hi-Nou". ce qui signifie presque
litéralement "les démangés de Ia rage". Le t e m e Mahi fut ensuite étendu par les
gens d'Abomey ti tous les habitants de Ia rbgion comprise entre les groupements íon
et les groupements yoruba" (1962, 47).
(28) Cf. CARNEIRO, (1948, 28-109) .
(29) Vodun daomeano, conhecido nas casas jejes ou que "tem uma parte de
jêje". O terreiro da falecida mãe-de-santo CECILIA MOREIRA DE BRITO. em
Cosme de Farias, tem como padroeiro a Azogno, que é o nome que Omolu tem do
lado de jeje marrim". (Entrevista 5, I.a série). A Casa cle Obalua8, da mãe MARL4
ANTONIA BISPO DA PAIXAO, Maguajé de Obaluag, na Federação, tem Azoano
igualmente com o padroeiro: "Azoano é o dono da Casa e o guia é o Caboclo Rei
das Ervas"..r "O terreiro é jeje". (Entrevista 92) .
do Bogum (30) a quem substituiu na direção da casa, explica ainda:
"Emiliana morreu há 15 anos (em 1966) e tinha 92 anos de idade. O
terreiro foi fundado por africanos e tem mais de 100 anos. Esta é a
segunda casa feita aqui no mesmo lugar. A gente quer acabar mas, tem
tanto santo por ai que veio da Africa que todos nós só lamenta aquela
árvore onde está assentado Azoano Adô (31) . . ." "Houve a primeira casa
que foi dos africanos, depois foi ficando n6s caboclos. Esta casa foi
construída em 1927, tem mais de trinta anos. A outra era de taipa.
Nós não fazia questão de continuar, mas todo mundo dizia - Terreiro
é o de jeje!" (32) . Mas também a mãe-de-santo VALENTINA-RUNH6
do ~ o g Ú m quando
, fala em jeje, está se referindo à nação de seu terreiro,
que de sua própria família biológica ela diz apenas que era "de afri-
canos".
Percebe-se que tanto a falecida ANINHA como a vodunsi RUNHÓ
se nacionalizaram, por assim dizer, por meio do sistema de crenças domi-
nante no grupo em que se integraram. A nação, portanto, dos antigos
africanos na Bahia foi aos poucos perdendo sua conotação política para
se transformar num conceito quase exclusivamente teológico. Nação pas-
sou a ser, desse modo, o padrão ideológico e ritual dos terreiros d a can-
.domblé da Bahia estes sim, fundados por africanos angolas, congos, je-
jes, nagôs, - sacerdotes iniciados de seus antigos cultos, que souberam
dar aos grupos que formaram a norma dos ritos e o corpo doutrinário
que se vêm transmitindo através os tempos e a mudança nos tempos.
Esse processo, entretanto, não eliminou de todo a consciência histó-
rica de muitos descendentes de africanos, que conhecem bem suas ori-
gens étnicas a ponto de serem capazes de discorrer - os velhos infor-
mantes iletrados - sobre a situação politica e geográfica da terra de
seus antepassados ao tempo da escravidão (33)r(&uando a naqáo política
CI .
d'L
(30) Da entrevista 109, com a mãe-de-santo MARIA DO CARMO DA CON-
GEICAO PALMEIRA, conhecida por OMULUCE: "Filha-de-santo de ANTONIO SAN-
TANA DOS SANTOS, que tinha um terreiro no Nordeste de Amaralina e era filho
d e santo de ENOCK de Cachoeira; a informante frisou bem a ascendsncia religiosa
d e seu pai-de-santo: jeje de Cachoeira".
(31) Nomes de rios; acesso as cidades e vilas, nomes e genealogias de reis;
guerras inter-tribais s50, ainda, evocados pelos pais e mães mais antigos, em detalhes
coerentes.
(32) Sobre a composição étnica da Bahia no século XIX. ver, além de NINA,
(1932, capt. I\?; O T T . (1955, 53-75).
(33) VERGER, ( 1962, 12-3). Esse ponto de vista foi mais discretamente ex-
posto pelo mesmo autor em sua exaustiva obra Flux et Reflux de la Traite des Négres
entre le Golfe de Bénin et Bahia de Todos os Santos: "La forte prkdominance des
Yorouba et de leurs moeurs et coutumes à Bahia serait donc explicable par leur venue
récente et massive, et Ia résistance aus influentes culturelles de leurs maitres vien-
Ürait de la prksence, parmi eux de nombreux prisonniers de g u m e de classe sociale
éléevée et de prêtres conscients de Ia valeur de leurs institutions et fermement attachks
aux prkceptes d é leur rkligion". (1968, 8).
africana se confunde com a nação religiosa dos candomblés e existe uma
ponderável tradição histórica que justifique o fenômeno, o sentimento
etnocêntrico se acentua, os padrões se cristalizam mais e, portanto, se
modificam menos. E isto também concorre para a explicação da predo-
minância regional de certos sistemas de ritos nos candomblés da Bahia. X
''
3 Das antigas nações africanas que se fixaram na Bahia nos séculos
XVIII e XIX e que foram submetidas, pelo contacto a variados graus de
mudança e assimilação, ressalta a dos iorubás-nagôs como a que melhor
conservou a configuração africana original.
Na Bahia, pois, os iorubás-nagôs é que centralizaram esse proces-
so, unificando ou aglutinando os africanos de vária origem étnica e
sobretudo os crioulos, já parcialmente desligados dos sentimentos nati-
vistas. Falo aqui da predominância da cultura iorubá-nagô, mas não
da absorção, por ela, de todas as outras culturas - especialmente dos
sistemas religiosos africanos na Bahia. Vale lembrar que esse mesmo
processo valorativo da cultura iorubá se observa no Recôncavo baiano
com referência à cultura jeje, e ainda hoje, na região de Cachoeira,
antigas casas de origem jeje mantêm os padrões característicos de sua
cultura original, naturalmente que modificados, lá como aqui, pela di-
riâmica sócio-cultural .
Dentre os grupos iorubás nagôs, por motivos que tentarei explicar ou
rever, nação de Ketu, passou a significar o rito de todos os nagôs. Certo
essa predominância nagô não pode mais ser explicada como o fez NI-
NA, nos termos de uma "superioridade" cultural dos nagôs e de uma
maior complexidade n o s p t e m a s cosmogênieos dos povos então classi-
ficados como "sudaneses" por oposição aos grupos das nações de angoln
e de congo, es e colocados na outra categoria da dicotomia clássica, a
dos "bantos" & a que buscar razões de ordem histórica e sócio-antropo-
lógica - sem descuidar dos aspectos que a psicologia social melhor es-
clareceria - para explicar o fato da imposição de um modelo sistemá-
tico de comportamento religioso a grupos etnicamente e culturalmente
heterogêneos. Que este era o panorama da Bahia no século X1.X tu) .
O contacto explica a etiologia do fenômeno nas suas motivações es-
senciais.
VERGER, abordando a questão dessa preeminência dos nagôs de
Ketu nos antigos candomblés da Bahia, escreve:
como Abeocutii -
-
(34) Ibadã, a maior cidade da atual Nigéria, era, nos comeqos do s6culo XIX
uma. vila em formaqão onde se reuniam refugiados iorubis das
guerras inter-tribais que assolavam o país naquele tempo. Ainda hoje descendentes
de africanos na Bahia lembram os nomes dos antigos grupos que formaram AbeocutB
e dos primeifos tempos de Ibadã. (Entrevistas 4 e 6, 1.a skrie). .f
fraquecimento deste último no principio do século XIX. A
cidadela de Ketu, mais exposta i incursão do Daomé, tocada e
assolada por guerras seguidas, viu seus habitantes vendidos aos
negreiros da Costa. Numerosos sacerdotes dos orixás foram.
assim, levados dessa região para a Bahia, ainda no fim da época
do tráfico de escravos. Elementos das diversas nações ioruba-
nas e daomeanas vizinhas de Ketu, representadas em minoria
na Bahia, juntaram-se aos recém-chegados que tinham conheci-
mentos mais profundos do ritual de sua religião. É por isto
que a palavra Ketu ganhou na Bahia, entre os descendentes de
africanos, o sentido de reunião, acordo, grupo" ( 3 5 ) .
(49) OS terreiros nag6s mais antigos possuem todos nomes iorubás ou nomes
em que entram têrmos iorubás, mas são comumente chamados pelas denominações
consagradas pelo uso; o Alaketu t o iinico caso anotado em que o nome iorubá da
casa - I16 Maroialaji - t popularmente substituido por outro nome de igual origem:
Alaketu.
(50) Do candomblt de Oxumarê, na Vila América, antigo terreiro com cinco
gerações de pais e mães-de-sasto: "O padroeiro da Casa 4 Oxumarê, mas o dono da
Roça C Xang6". (entrevista 26 da I.= série); d o Axd Zaomin Zamassl - o nome
iorubá do candomblt do Gantois -: "O dono da R o p t Xangô. isto t Dadá. Dadá
e Ajagunã. Agora, o padroeiro da Roça t Ox6ssi". (Entrevista 6 da série).
(51) O x u m r ê t o orixá correspondente ao vodun Dã dos jejes e t considerado
como de origem Mahi. Escreve VERGER: "Dan est le symbole de la continuitC, i1
est représentt par une serpent se mordant Ia queue formant ainsi un circuit fenne:
i1 symbolise aussi la force vitale, le mouvement, tout ce qui est allongé, i1 est à
Ia fois m2le ~t femaiie. I1 soutient ia teme et l'empêche de se dksintégrer.. . " (19.57,
233).
também me ocupo, em outro trabalho, quando estudo os sistemas de
parentesco e descendência familiar nas estruturas das casas de santo da
Baliia. Transcrevo a seguir alguns dados da entrevista feita com a atual
mãe-de-santo do terreiro do Alaketu e os comentários à margem da mo-
nografia resultante:
~ a m l ARO
~ i (Ketu)
--I
i
FORFÍRIO REGIS =
-i
OTAMPB OJARÕ
I
IAMITODOh.11
I (MARIA DO ROSARIO)
I
JOAQ REGIS = ODÉ ACOBI
I (CHIQUINHA)
I
BABA BORB = IA MERENUNDB
I
BABA D O D õ
(JOSE G . REGI$)
1
I UACO RÉGIS)
I
J . NEPOMUCENO = MARIA FRANCISCA (2) OBA OINDA
(DIONISIA FRANCISCA RBGIS (3)
I
O G U LONA
~
(ETELVINA F. REGIS) (4)
I
OIA F ~ M I = JOSÉ CUPERTINO BARBOSA
(OLGA FRANCISCA REGIS) I
I
- 1
I
I I I
(OSL LOURIEL GERSON JOSdLINA j o c E L L * JOCENIRA GENIVAL JONILSON
I I
--
(i) Filha
(2) Neta d o hmoso pai d e Congo-Angola, GREGORIO-MAQUENDE e irmá-
-de-santo de MADALENA avo d a ialorixá SENHORA d o Opô Afonjá
(3) "Dona Anisia" de que fala CARNEIRO
- (4) Ia-quequerê
T H E CONCEPT OF "NATION" IN T H E CANDOMBLÉS OF BAHZ.4
OBRAS CITADAS